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INSTALAÇÕES ELÉTRICAS INDUSTRIAIS

PROFESSOR: Dr. Samuel Cesar Mota de Paula


TURMA: Eletrotécnica 4
ALUNOS: Grupo 10 Glaucio Mikael Do Monte Serrato Andrade / Johann Lukas
Angelly Brasil

- ATIVIDADE REFERENTE AO QUARTO BIMESTRE


- ROTEIRO DE PROJETO ELÉTRICO INDUSTRIAL

Elabore um roteiro (completo) contendo todas as etapas necessárias


para a elaboração de um projeto elétrico industrial contendo
lâmpadas, tomadas e motores elétricos de indução.

Obs.: Não é necessário incluir no roteiro proteção contra descargas


atmosféricas e sistemas de aterramento.
ROTEIRO DE PROJETO ELÉTRICO INDUSTRIAL

Filho, o roteiro para elaboração de um projeto elétrico industrial deve conter 10 etapas,
são elas:
1 Planejamento;
2 - Projeto luminotécnico;
3 - Determinação dos condutores;
4 - Determinação e correção do fator de potência;
5 - Determinação das correntes de curto-circuito;
6 - Determinação dos valores de partida dos motores;
7 Determinação dos dispositivos de proteção e comando;
8 Cálculo da malha de terra;
9 Diagrama unifilar;
10 Memorial descritivo;
Sendo assim, esse roteiro será baseado nessas etapas do livro Instalações elétricas
industriais (sétima edição) de João Mamede filho. Para cumprir a proposta do professor,

, pois, não é necessário incluir no roteiro, a proteção contra


descargas atmosféricas e sistemas de aterramento.
1. PLANEJAMENTO.
Este é um roteiro para um projeto elétrico industrial que contém lâmpadas, tomadas
e motores elétricos de indução, Sendo assim, será necessário começar pelo projeto
luminotécnico, onde será escolhido a quantidade de lâmpadas, tipo das lâmpadas, cor da
luz, consumo de energia e também a distribuição correta das lâmpadas para o melhor
aproveitamento de espaço e energia. buscando assim, boa iluminação e o menor gasto
possível de energia.
Após o projeto luminotécnico, será feito a determinação dos condutores, assim
sendo, essa é a etapa que o projetista determina a seção dos condutores dos circuitos, a
partir da corrente necessária para acionamento das lâmpadas e de outros equipamentos da
indústria, sendo assim, escolhido os tipos de condutores necessários para que não haja
problemas nos circuitos, pois não pode haver mal dimensionamento de fios e cabos.

edição) de João Mamede Filho. Logo após a determinação dos condutores, deve ser feito
a determinação e correção do Fator de potência para fazer isso, o projetista deve saber os
valores das cargas ativas e reativas, para assim determinar o fator de potência, com essas
informações deverá ser determinado a potência capacitiva para colocar, ou manter o fator
de potência dentro dos valores impostos pela legislação.
Após determinar e corrigir o fator de potência o projetista deverá determinar as
correntes de curto-circuito, nessa etapa o projetista deverá saber a definição de todos os
condutores, a distribuição do sistema e os valores da rede de alimentação, para assim
determinar as correntes de curto-circuito no decorrer da instalação elétrica.
Seguindo a ordem, o projetista deverá determinar os valores de partida dos motores,
para que não haja problemas de queda de energia durante a partida, pois, a partida é o
momento onde há o pico da corrente elétrica do motor. Com isso, é necessário que se
conheça as condições da rede elétrica durante a partida dos motores, sendo assim, deve-
se saber também os parâmetros dos motores e os parâmetros da rede elétrica.
Neste roteiro está excluído os dispositivos de proteção contra descargas
atmosféricas e sistemas de aterramento, sendo assim, as etapas 7 (Determinação dos
dispositivos de proteção e comando) e 8 (Cálculo da malha de terra), não serão
discorridas.
A penúltima etapa para elaboração do projeto de uma instalação elétrica industrial
é o diagrama unifilar. O diagrama unifilar é o desenho, contendo a simbologia da ABNT,
de todo o circuito elétrico da indústria, sendo assim, ele é essencial para que haja a
instalação elétrica e as manutenções na instalação elétrica da indústria.
A última etapa do projeto de instalações elétricas industriais é o memorial
descritivo, nessa parte, o projetista fará um documento com todas as informações acerca
do projeto. Este documento é muito importante para a formalização do projeto e nele será
descrito todos os serviços técnicos da instalação elétrica.
2. PROJETO LUMINOTÉCNICO:
Para realizar esse projeto, é necessário possuir a planta de arquitetura, para que o
projetista tenha informações sobre a estrutura do local onde serão colocadas as lâmpadas,
após isso será escolhida as lâmpadas, levando em consideração a vida útil e o rendimento
delas. As opções de lâmpadas elétricas são: Lâmpadas Incandescentes, Lâmpadas
Halogenas de Tungstênio, lâmpada de luz mista e as lâmpadas de descarga, que inclui
lâmpadas fluorescentes, lâmpada a vapor de mercúrio, a vapor de sódio e à vapor
metálico. Assim sendo, se for escolhido uma lâmpada de descarga, será necessário incluir
no projeto, os dispositivos de controle, que servem para dar partida nas lâmpadas e são
eles: Reatores, Starters e Ignitores. Sendo assim, para a instalação das lâmpadas, é
necessário que haja luminárias, pois, elas facilitam a instalação e a manutenção, além de
direcionar a luz para um ponto. Para a finalização do projeto luminotécnico, é preciso
fazer o cálculo da luminância e a distribuição correta das luminárias, sendo isso, com o
objetivo, de que os valores fiquem dentro da norma e o ambiente fique bem iluminado.

3. DETERMINAÇÃO DOS CONDUTORES:


Para o dimensionamento dos condutores é necessário saber: Tensão nominal da
rede, frequência nominal da rede, potência da carga a ser suprida, fator de potência da
carga, tipo do sistema, natureza da carga, distância da carga e corrente de curto circuito.
Levando em consideração esses parâmetros, será escolhido o tipo e a bitola dos fios do
circuito elétrico, isso será feito a partir de cálculos para o dimensionamento do circuito,
com o objetivo de evitar incêndios e mau funcionamento da rede. Nessa etapa também
será feito a divisão dos circuitos elétricos da indústria seguindo as normas da NBR 5410.
Na divisão de circuitos pode haver diferença do material e bitola dos fios, devido à
corrente necessária em cada circuito, podendo ser assim separado, um circuito só para
motores, outro para lapadas e outro para tomadas, também deverá ser especificado e
dimensionado os eletrodutos, caixas de distribuição e escolhido os locais estratégicos para
fazer a passagem dos fios.

4. DETERMINAÇÃO E CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA:


A energia reativa indutiva, é a responsável pela diminuição do fator de potência e
ela é consumida por motores de indução e transformadores. Como a indústria é composta
por muitos motores, há a queda do fator de potência e isso é um problema a ser controlado.
Assim sendo, é necessário evitar práticas que diminuem o fator de potência, como deixar
o motor operar em vazio. Sendo assim, a legislação impõe limites para a baixa do fator
de potência, com isso, é necessário que os valores fiquem dentro das normas, para que
isso aconteça é necessária a ligação de um banco de capacitores no circuito. Com isso, o
projetista deve calcular o fator de potência de rede e a potência dos capacitores.
5. DETERMINAÇÃO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO:
Para determinar as Correntes de curto-circuito, o projetista deve saber o valor das
Impedâncias no circuito elétrico completo, sendo assim, deve ser calculado a Impedância
dos transformadores da subestação, a Impedância reduzida do sistema, Impedância do
circuito que conecta o transformador ao QGF, Impedância do barramento do QGF,
Impedância do circuito que conecta o QGF ao CCM, Impedância do circuito que conecta
o CCM aos terminais do motor. Também deve ser calculado, a Corrente simétrica de
curto-circuito trifásico, o impulso da corrente de curto-circuito, a Corrente bifásica de
curto-circuito e a impedância de contato.

6. DETERMINAÇÃO DOS VALORES DE PARTIDA DOS MOTORES:


Essa etapa tem o objetivo de calcular os parâmetros dos motores e da rede elétrica
para que no momento de partida dos motores não haja uma queda de tensão superior aos
limites estabelecidos para o funcionamento dos equipamentos. O projetista também deve
verificar a partida de um conjunto de motores simultaneamente. Sendo assim, deve-se ter
o valor do conjugado do motor e escolher a forma de partida. A partida do motor pode
ser: Partida direta, Partida com chave Estrela-triangulo, Partida através de chave
compensadora e partida soft-starter.

9. DIAGRAMA UNIFILAR:
No diagrama unifilar deve-se ter o desenho completo do circuito elétrico contendo
os equipamentos elétricos, chaves, condutores, disjuntores com especificação,
barramento dos quadros de distribuição, indicação do valor das correntes, tensão e
potência, indicação de buchas de passagem, indicação dos transformadores com suas
especificações e as lâmpadas no circuito. Além disso o diagrama unifilar deve possuir
uma legenda e simbologia baseada nas normas.

10. MEMORIAL DESCRITIVO:


O memorial descritivo é um documento necessário para o entendimento do projeto
de uma instalação elétrica industrial, nele deve conter o orçamento completo do projeto,
relação completa de materiais utilizados, endereço do ponto de entrega de energia, tipo
de alvenaria, características dos equipamentos de proteção e comando, memorial de
cálculo e a finalidade do projeto. Sendo assim, esse documento é importantíssimo para
que o projeto e a execução sejam feitos, pois deve-se ter total transparência entre o
projetista, as empresas relacionadas no projeto e execução, o contratante e a
concessionária de energia.

BIBLIOGRAFIA:
FILHO, João Mamede. Instalações Elétricas Industriais. 7. ed. LTC, 2007.

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