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UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE ENGENHARIA

ENGENHARIA DE ENERGIA

AVALIAÇÃO 2 – QUADRO DE COMANDO

Lucas Augusto Silva Araújo

Felipe Pajeu Sampaio

Leandro da Silva Araujo

07/2023
UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

FACULDADE DE ENGENHARIA

ENGENHARIA DE ENERGIA

AVALIAÇÃO 2 – QUADRO DE COMANDO

Relatório técnico apresentado para a disciplina de


Projetos elétricos, ministrada pelo Prof. Dr. Áureo
C. de Lima.

Lucas Augusto Silva Araújo

Felipe Pajeu Sampaio

Leandro da Silva Araujo

Dourados – MS
Sumário

1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................................................ 4
2.1 OBJETIVO..................................................................................................................................................... 4
2.2 MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................................................................4
2.3 METODOLOGIA............................................................................................................................................8
2.4 RESULTADOS................................................................................................................................................8
3 CONCLUSÃO......................................................................................................................................... 12
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................... 13
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo dar continuidade ao estudo e dimensionamento


do peojeto elétrico do silo de grãos proposto.

2 DESENVOLVIMENTO

Para o desenvolvimento dos cálculos e análises solicitadas, foi utilizado o software


Microsoft Excel, que possibilita o desenvolvimento de todos os cálculos tarifários e análises
gráficas. Tambem foram utilizados o software AUTOCAD, para fazer os desenhos e layouts
dos componentes de comando.
2.1 OBJETIVO

O trabalho tem por objetivo a análise dos funcionamentos dos componentes dos
processos necessários em uma empresa de armazenagem de grãos, de modo à desenvolver o
conhecimento teórico e prático acerca dos métodos de cálculos e dimensionamento de
projetos elétricos.
2.2 MATERIAIS E MÉTODOS

Dando sequência ao projeto elétrico do silo de grãos em estudo, faz-se necessário


determinar a posição do quadro de comando projetado.
De acordo com Filho, 2017, Os quadros ou painéis de distribuição de circuitos
terminais devem ser localizados em pontos que satisfaçam, em geral, as seguintes condições:
 No centro de carga
Isso quase sempre não é possível, pois o centro de carga muitas vezes se acha em um
ponto físico inconveniente do Setor Elétrico; isto é, o quadro de distribuição fica instalado
entre as máquinas, dificultando ou interrompendo o fluxo normal de produção.
 Próximo à linha geral dos dutos de alimentação (canaletas, eletrocalhas etc.) Afastado
da passagem sistemática de funcionários
 Em ambientes bem iluminados
 Em locais de fácil acesso
 Em locais não sujeitos a gases corrosivos, inundações, trepidações etc.
 Em locais de temperatura adequada
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Dessa forma, temos que o melhor local disponível para a instalação do quadro de
comando é em área coberta, próximo a moega e limpeza, em uma localidade adequada,
mostrada pela figura 1.

Figura 1 – posição da instalação do quadro de comando.

Fonte: Autor.

Para o dimensionamento da partida e das proteções dos motores e componentes do


sistema foi utilizado o site da WEG, que é uma empresa que produz esses equipamentos e
disponibiliza, no seu site, uma ferramenta de facil manuseio para realizar os
dimensionamentos. Os dados obtidos pelo site foram dispostos na tabela de dimensionamento
no excel, juntamente com a relação de material e a cotação aproximada dos componentes,
mão de obra e projeto.
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Figura 2 – Partida e proteção de motores no site da WEG.

Fonte: WEG.

Na sequência, faz-se necessário fazer o cálculo da demanda pelo método disposto pelo
livro: MAMEDE, J.F. Instalações Elétricas Industriais, assim como determinar a potência do
transformador e as características do padrão de entrada conforme NDU 003 Energisa-MS.

Para o cálculo da demanda e necessário conhecer todos os componentes que serão


ligados no sistema elétrico. A tabela 1 mostra as características dos motores que serão ligados.

Tabela 1- Relações dos motores do processo de armazenagem.

Fonte: Autor.
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Conhecendo os motores, podemos partir para o cálculo das demandas individuais dos
mesmo, que é dada pela expressão:

Os fatores de potência, utilização, simultaneidade e o rendimento são valores tabelados


e correnpondem a cada potência do motor e numero de motores que serão ligados durante a
operação do sistema.
Com a demanda devidamente calculada, podemos estabelecer a potência do
transformador e as características do padrão de entrada conforme NDU 003 Energisa-MS.
Como se trata de uma instalação contendo vários motores, que são cargas indutivas, e
que possuem uma potencia reativa associada, faz-se necessário a correçao do fator de potência
através de um banco de capacitores.
Assim, precisamos calcular o fator de potência médio da carga total da instalação e,
para isso, é necessária a potencia aparente total de todas as cargas instaladas. Junto a isso,
deve-se calcuclar a potência reativa de cada motor utilizandos os seus respectivos dados de
fator de potência. Com isso, pode-se obter a o fator de potência médio pela expressão:

A concessionária exige que o fator de potência se mantenha em 0,92, caso seja inferior
uma multa deve ser paga. Assim, visando corrigir esse baixo fator de potência provocado
pelas cargas indutivas da instalação, deve-se utilizar um banco de capacitores. Para
dimensionar esse banco de capacitores temos a seguinte expressão:
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Onde,
Pc é a potência do capacitor em kVAr,
Pta é a potência total das cargas em kW,
ψ1 e ψ2 são os ângulos referentes ao fator de potência desejado e o médio calculado.

2.3 METODOLOGIA

A metodologia se deu pela análise de dados e materiais disponibilizados, bem como


através do uso dos softwares de cálculo e desenho, como o Excel e AUTOCAD e em sites de
fornecedores e fabricantes como a WEG.

2.4 RESULTADOS

Os cálculos referentes à demanda do sistema, seguindo o metodo de calculo do


MAMEDE, nos dão que será necessário um transformador de 112,5kVA para tender a
unidade. A tensão de atendimento e de 380V, assim, dependendo da localidade será
necessário requisitar a instalação de um novo padrão para a concessionária, que no caso é a
Energisa. Além disso, esse sistema se enquadra, segundo a NDU 003, como uma unidade
consumido com demanda igual ou inferior à 136kW (380V), logo, deverá ser atendia por
ramal trifásico aéreo, dimensionado pela NDU 002.
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Tabela 2 – NDU 002.

Fonte: Energisa.

Figura 3 – Entrada de serviço.


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Fonte: Autor.
Fazendo uso do AUTOCAD e o dimensionamento dos componentes, foi feito o layout
do quadro de força, contemplando todos os componentes que serão ligados no projeto elétrico.

Figura 4 – layout do quadro de força.

Fonte: Autor.

Foi utilizado um disjuntor geral de caixa moldada de 175A, juntamente com 4 DPS
monopolares de 460Vca/60kA para proteção contra surtos, devido área rural.
Para representar a ligação dos comopnentes e circuitos foi desenvolvido um diagrama
unifilar, bem como para representar as dimensões dos cabos, eletrodutos e proteções.
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Figura 5 – Diagrama unifilar.

Fonte: Autor.

Para a correção do fator de potência foi calculado um fator médio de 0,797 e para
corrigi-lo para 0,92, como é exigido pela concessionária, será necessário um banco de
capacitor de 25 kVAr.

Tabela 3 – Calculos de potência.

Fonte: Autor.

Para essa potência reativa de 25kVAr, foi selecionado o banco de capacitor Trifásico
25Kvar 380V BCW25V40T da WEG.
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Figura 6 – Banco de capacitores BCW25V40 T.

Fonte: WEG.

Figura 7 – Banco de capacitores BCW25V40 T.

Fonte: WEG.

3 DIMENSIONAMENTO DE CABOS, E ELETRODUTOS


Para o dimensionamento dos cabos foi tirado como ponto de partida a potencia
nominal dos motores e o disjuntores motores escolhidos para partida, a função do disjuntor é
proteger o cabo assim a corrente nominal do cabo deve ser maior que a corrente permitida
pelo disjuntor, de acordo com a NBR 5410 que trata instalações elétricas de baixa tensão os
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disjuntores tem seu acionamento até 45% a mais da sua capacidade descrita assim para o
dimensionamento dos condutores deve satisfazer essas condições.
Para o dimensionamento o método de instalação também é relevante a partir do
método de instalação a norma indica a corrente máxima de passagem para os condutores, para
instalação deste trabalho é de eletroduto aparente classificado como categoria B2. Além disso
dois fatores que foram considerados foram o fator de agrupamento nos eletrodutos e
temperatura de trabalho ao qual s condutores seriam expostos, foi considerado um eletroduto
para cada motor individualmente tendo assim a maior eficiência possível e para fator de
temperatura foi considerado a uma temperatura de 40°C para tal temos então uma um fator de
temperatura de 0,91. A seguir é apresentada a tabela com os condutores escolhidos.
Tabela 4 – Condutores escolhidos para a instalação.
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CONDUTOR NEUTRO E DE PROTEÇÃO
E RESULTADO FINAL
Condutores Disjuntor
Fase Neutro Terra Corrente
Seção Seção
Ic Seção In nº de
(A) (mm²) (A) pólos
(mm²) (mm²)
4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

16,0 80 16,0 40,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

16,0 80 16,0 40,0 3

16,0 80 16,0 40,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3

4,0 35 4,0 18,0 3


Fonte: Desenvolvido pelo autor.
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Para o dimensionamento também foi avaliado a secção por queda de tensão por tratar
de grandes distancias, no entanto, os cálculos apresentaram valores muito pequenos menor
que a secção mínima indicada para instalações elétricas de 2,5mm². Por se tratar de uma
instalação 380 V não se utiliza o neutro assim não é necessário seu dimensionamento, para o
fio terra que serve de proteção para o motor e para quem utiliza do dele a NBR 5410 indica a
secção a ser escolhida a partir do seguinte quadro:

Quadro 1 – Secção dos condutores terras a serem escolhidos.

Fonte: NBR 5410.


Para o dimensionamento dos eletrodutos também foi utilizado a NBR 5410 que define
a área necessária para o uso dos eletrodutos a partir da secção desses, para cabos multipolares
aos quais serão utilizados na instalação desse projeto área permitida de ocupação é de 40% da
área total do eletroduto, outro ponto necessário de ser avaliado é a a distancia permitida para o
uso dos dutos sem precisar abrir que para dutos contínuos é de 30 metros os quais diminuem 3
metros para cada curva no eletroduto e para instalações aparentes aumentam 9m para cada
secção que se aumenta o eletroduto. Assim para nosso projeto temos as seguintes condições.
Tabela 7 – Secção escolhida para os eletrodutos.

Fonte: Desenvolvido pelo Autor.


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4 CONCLUSÃO

Dessa forma, podemos concluir que o trabalho atingiu o objetivo de estudo do


dimensionando dos componentes do quadro de força, partidas e as proteções para os
equipamentos que compoem o sistema, assim como o calculo da demanda e projeto do padrão
de entrada segunda as instruções da concessionaria responsável. Através da planilha de
orçamento do excel foi estimado um custo total de R$ 44.381,17 para os componentes,
instalação e projeto.

REFERÊNCIAS

MAMEDE, J.F. Instalações Elétricas Industriais. Editora LTC, 903p, 10ª edição, 2023

WEG. Partida e Proteção de Motores. Disponível em:


https://www.weg.net/catalog/weg/BR/pt/Automação-e-Controle-Industrial/Controls/Partida-e-
Proteção-de-Motores/c/BR_WDC_IA_CTL_MPC.

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