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RELATÓRIO SOBRE A CALIBRAÇÃO DE SOLARÍMETRO (PIRANÔMETRO)

Alunos: Víctor O. P. de Sá Marques, Carlos Amorim P. Neto, Stoni Diniz Ferraz


Disciplina: Introdução à energia solar
Professora: Elieuza Moura de Souza
Turma: EN 245
1. INTRODUÇÃO

Quando imaginamos instrumentos de medição aplicados a geração de energia


elétrica, comumente pensamos apenas nas grandezas elétricas como tensão,
corrente, resistência e potência. Porém quando tratamos de energias renováveis,
como a solar (fotovoltaica, heliotérmica e térmica), temos de pensar sempre em
mensurar a fonte, no caso a radiação solar. A medição da radiação solar global,
considerando tanto a componente direta como a componente difusa, na
superfície terrestre, é de grande importância para os estudos das influências das
condições climáticas e atmosféricas. Com o histórico dessas medidas determina-
se o potencial elétrico possível de ser gerado, e assim viabiliza-se as instalações
de sistemas de geração (fotovoltaica, heliotérmica e térmica) em uma
determinada região, garantindo o máximo aproveitamento ao longo do ano.
Além do potencial esta instrumentação é de grande valia nos controles de
eficiência da geração, e na manutenção de todo sistema.

Existe uma grande variedade de equipamentos para estas medições que são
classificados pela OMM (Organização Mundial de Meteorologia) e também pela
ISO 9060 (International Standard Organization). No Brasil, para algumas
aplicações especificas como habilitação em leilões de energia elétrica e outorga
de usinas geradoras de energia, tanto a EPE (Empresa de Pesquisa Energética)
quanto a ANEEL (Agencia Nacional de Energia Elétrica), têm as suas próprias
resoluções e diretrizes de como estas medições devem ser realizadas e quais
equipamentos utilizar. É importante sabermos que embora os "tipos" e/ou as
classificações dos equipamentos possam variar de acordo com o nível da geração,
a sua utilização é necessária sempre, mesmo sendo em projetos domésticos,
geração distribuída, micro/mini-geração e grandes usinas. A seguir mostramos
alguns instrumentos de medição da radiação solar e seu uso mais frequente.
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Existem diversos tipos de instrumentos utilizados para medição da irradiação


solar que chega ao solo, os mais utilizados pelo mercado atual são os
piranômetros, pireliômetro, Espectroradiômetros, medidor de UV, pirgeômetro,
rastreador solar (sun tracker) e o albedômetro.
Piranômetro: Realização da medição de radiação global (tanto para o plano
horizontal, quanto para o plano inclinado). Quando associado a um acessório
adequado, como “sun tracker” ou “shadow ring”, também pode ser utilizado para
medição de radiação difusa.
Pireliômetro: Realização de medição de radiação solar direta quando associado a
um “sun tracker”.
Espectroradiômetros: Qualifica a radiação solar, especificando as bandas
espectrais.
Medidor de UV: Determina a quantidade de radiação UV.
Pirgeômetro: Determina a quantidade de radiação de ondas longas (infra-
vermelho).
Rastreador solar (sun tracker): Associado aos sensores adequados, permite fazer
medições de radiação difusa, radiação direta e também radiação global.
Albedômetro: Determina a quantidade de radiação de ondas longas (infra-
vermelho).
3. METODOLOGIA

Segundo as recomendações da OMM (Organização Meteorológica Mundial) a


constante de calibração de piranômetros deve ser calculada através da média dos
valores dos valores individuais das constantes de calibração obtidos para dias de
céu com diferentes condições de nebulosidade. A OMM recomenda que a
calibração seja feita a partir de dias obtidos quando o sol se encontra a ângulos
zenitais inferiores a 60°. Além disso, é aconselhado pela OMM que sensores de
radiação solar de uso contínuo sejam aferidos a cada 6 meses. O método
recomendado pela organização apresenta melhores resultados quando os
valores de irradiância solar são suficientemente grandes e consequentemente os
erros relativos suficientemente pequenos. Esta restrição indica que esse método
é mais adequado para as condições de um céu claro. Por outro lado, no caso de
calibração entre piranômetros com concepções diferentes, a OMM recomenda a
utilização de observações efetuadas nas mais diversas condições possíveis,
incluindo condições de céu encoberto. Para calibrar os protótipos, é necessário
utilizar como referência os piranômetros aferidos (usa-se o piranômetro PSP
como padrão).

3.3 Procedimentos

Conectar os sensores, PSP padrão e o sensor de prova, nos canais diferencial 1 e


2, respectivamente, do datalogger CR1000. A polaridade de cada equipamento
poderá ser verificada com um multímetro digital.
Verificar a conexão da bateria de alimentação do datalogger. Em hipótese alguma
a polaridade da mesma deverá ser invertida com relação ao datalogger (ver
indicação da polaridade indicada sobre o painel frontal do datalogger).
Conectar o PC com o programa LoggerNet ou PC400 devidamente instalado ao
datalogger via cabo conversor USB-RS232. O driver do cabo também deverá está
instalado ao PC.
Carregar o programa a ser executado no datalogger. Um modelo básico do
programa (visto em sala de aula) encontra-se na pasta (). O arquivo poderá ser
aberto em qualquer editor de texto.
Carregado o programa no datalogger, este já estará em processo de medição
onde armazenará médias aritméticas minuto-a-minuto ininterruptamente.
Decorrido de 24 horas, o aluno deverá coletar os dados experimentais para
trabalha-los com intuito de se obter uma curva de calibração do sensor de prova.
Os dados experimentais devem ser plotados, com auxílio de uma planilha
eletrônica para a elaboração da curva de calibração.
4. RESULTADOS E COMENTÁRIOS

A curva de calibração e a constante de calibração das piranômetro de prova em


relação ao piranômetro padrão (calibrado). Os dados para calibração do nosso
solarímetro foram (expus apenas uma décima parte dos dados):

TOA5 CR1000 CR1000.Std.27


TIMESTAMP RadPadrao_Avg S_provaB_Avg
TS W/m^2 mV
Avg Avg
06/06/2017 11:52 311,7 1,007
06/06/2017 11:54 372 1,162
06/06/2017 11:55 597,2 1,971
06/06/2017 11:56 633,7 1,981
06/06/2017 11:57 350,3 1,182
06/06/2017 11:58 761,5 2,446
06/06/2017 11:59 624,5 1,994
06/06/2017 12:00 805 2,621
06/06/2017 12:01 487,3 1,514
06/06/2017 12:02 266,4 0,881
06/06/2017 12:03 959 3,109
06/06/2017 12:04 447,1 1,39
06/06/2017 12:05 374,5 1,263
06/06/2017 12:06 451,6 1,435
06/06/2017 12:07 208,7 0,692
06/06/2017 12:08 578,3 1,934
06/06/2017 12:09 705,8 2,255
06/06/2017 12:10 590,6 1,918
06/06/2017 12:11 769,7 2,53
06/06/2017 12:12 971 3,107
06/06/2017 12:13 710 2,226
06/06/2017 12:14 268,5 0,874
06/06/2017 12:15 750,2 2,487
06/06/2017 12:16 587,4 1,819
06/06/2017 12:17 360,6 1,228
06/06/2017 12:18 906 2,906
06/06/2017 12:19 845 2,72
06/06/2017 12:20 770,5 2,467
06/06/2017 12:21 893 2,871
06/06/2017 12:22 925 2,952
Que gera uma curva de calibração que tem o formato:

Tal curva mostra a constante de calibração (K), K=0,0032.


Referências

• GMT Research . PV Technology, Production and Cost, 2009 Forecast: PV


through 2012 .2009.

• ASTM International, “Standard Test Methof for Transfer of Calibration


From Reference to Field Radiometers”, ASTM E 824-10, 2010.

• EKO. EkoInstruments USA Inc, Environmental Measurement&Analysis.


ML-01 Pyranomenters. Disponível em < http://eko-
eu.com/products/solar-radiation-andphotonic-sensors/small-sensors/ml-
01-si-pyranometer >. Acesso em 05 Jun. 2015.

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