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Ministério da Educação

Universidade Tecnológica Federal do Paraná


CAMPUS DE CORNÉLIO PROCÓPIO
LABORATÓRIO DE FÍSICA I
PR
UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ATIVIDADE 8

1. Choques Mecânicos

2. Objetivo
Determinar o coeficiente de restituição de uma bola de borracha colidindo como chão.

3. Equipamentos
Bolinha: Trena:

4. Fundamentos Teóricos

A palavra colisão denota, na linguagem informal do cotidiano, para um indivíduo comum, o


impacto de um corpo contra outro. Entretanto, na definição formal, científica, a ocorrência
de uma colisão não exige que os corpos tenham contato um com o outro. O estudo das
colisões é muito importante, em Física, especialmente nas áreas de Física Nuclear e
Física de Partículas. Colisões entre partículas nucleares e elementares são, muitas vezes,
provocadas e usadas para se descobrir muita coisa sobre tais partículas. A confrontação
das informações que se tem antes da colisão com as que se tem após a colisão pode
revelar informações sobre as massas, cargas elétricas, tempos de vida, entre outras, das
partículas. Certos fenômenos que acontecem com os gases podem ser interpretados
através de modelos que levam em conta as colisões entre as partículas do gás. Durante
uma colisão, forças relativamente grandes atuam sobre cada um dos corpos que colidem,
durante um intervalo de tempo relativamente muito pequeno. As medidas de velocidades,
momentos lineares e energias cinéticas dos corpos, antes e após cada colisão, possibilita
analisar se houve, ou não, as conservações de momento e energiaem cada colisão.
Teoria sobre alguns tipos de colisões importantes
As colisões costumam ser classificadas conforme a conservação, ou não, da energia
cinética na colisão. Se a energia cinética é conservada, diz-se que a colisão é elástica.
Imaginemos dois corpos movendo-se ao longo da linha que une seus centros de massa, e
continuando, depois de colidir, a se mover na mesma linha reta. Considere as massas dos
corpos 𝑚1 𝑒 𝑚2 e suas velocidades iniciais 𝑣⃗1𝑖 𝑒 𝑣⃗2𝑖 . Após a colisão, suas velocidades finais
serão 𝑣⃗1𝑓 𝑒 𝑣⃗2𝑓 .
Pela conservação do momento linear, pode-se escrever, para o caso em análise:

Se a colisão é elástica, a energia cinética se conserva, e então:

Se a energia cinética não é conservada, diz-se que a colisão é inelástica; e se os dois


corpos permanecem juntos após a colisão, a colisão é dita perfeitamente inelástica.
Como a energia cinética não é conservada, existe perda de energia, que é transformada,
por exemplo, em calor ou energia potencial de deformação. Se, eventualmente, for liberada
energia potencial na colisão, a energia cinética final pode ser maior que a inicial.
Numa colisão perfeitamente inelástica os corpos permanecem juntos após a colisão, ou
seja, a velocidade final é igual para ambos. A relação entre o coeficiente de restituição (e)
com a altura (h) é:

Não é possível fazer o ajuste linear desta equação, a opção para conseguir a linearização
do gráfico seria a eliminar a potência da equação. Isto é possível, aplicando logaritmo de
base 10 em ambos os lados da equação.
𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛 = logℎ0𝑒2𝑛
log 𝑎. 𝑏 = log 𝑎 + log 𝑏
𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛 = logℎ0 + 𝑙𝑜𝑔𝑒2𝑛
log 𝑎𝑏 = b . log 𝑎
𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛 = logℎ0 + 𝑛𝑙𝑜𝑔𝑒2
Escrevendo em termos de uma equação linear y = A + B.x, onde y equivale a 𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛, A
equivale a logℎ0, B equivale a 𝑙𝑜𝑔𝑒2 e n equivale a x.

5. Procedimentos Experimentais e Obtenção de dados

Marcamos um ponto na altura 150,00 cm e fixar uma trena de 150,00 cm na parede.


Depos soltamos uma bola de borracha de uma altura de ℎ0 = 150,00 cm e anotamos a
altura atingida pela bola após a primeira colisão (ℎ1). Soltmos novamente a bola de
borracha do valor de ℎ1 para calcular ℎ2, que equivale à alturaque a bola de borracha atinge
após a segunda colisão com o chão, da mesma maneira que encontramos ℎ1. Determinamos
as alturas ℎ3, ℎ4 𝑒 ℎ5 que a bola de borracha atinge após aterceira, quarta e quinta colisão com o
solo. E escrevemos o resultado na tabela a baixo:
ℎ0 = 150,00 cm
ℎ1 = 116,09 cm
ℎ2 = 93,08 cm
ℎ3= 75,03 cm
ℎ4 = 64,07 cm
ℎ5 = 50,03 cm

6. Desenvolvimento e Análise dos Dados

Determinamos o coeficiente de restituição entre ℎ1 𝑒 ℎ0, ℎ2 𝑒 ℎ1, ℎ3 𝑒 ℎ2, ℎ4 𝑒 ℎ3 e ℎ5 𝑒 ℎ4. Por


fim o valor médio de e.

ℎ1 e =√116,09
𝑒=√
ℎ0 150,00 e = 0,88
ℎ2
e=√ e = √93,08
ℎ1
116,09 e = 0,90
ℎ3
e=√ e = √75,03
ℎ2
93,08 e = 0,90

ℎ4 e = √64,07
𝑒=√ e = 0,92
ℎ3 75,03
ℎ5
e=√ e = √50,03
ℎ4
64,07 e = 0,87

𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑜 =0,89
Fizemos o gráfico em Excel do logaritmo de altura atingida após a colisão versus
números de colisões (𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛 𝑥 𝑛):
𝑛 𝑙𝑜𝑔ℎ𝑛
1 1,9688
2 1,9689
3 1,8752
4 1,6992
5 1,5802

Dedução: log10 ℎ𝑜 = 2,1325


log 𝑎 𝑏 = 𝑐 => 𝑎 = 𝑏 𝑐
ℎ0 = 102,1325
ℎ0 = 135,68𝑐𝑚
log10 𝑒 2 = −0,1047
log 𝑎 𝑏 = 𝑐 => 𝑎 = 𝑏 𝑐
𝑒 2 = 10−0,1047
𝑒 = 0,89

7. Conclusão
Comparando o coeficiente linear com a altura inicial e o coeficiente angular com
o 𝑒𝑚é𝑑𝑖𝑜 concluimos que os valores estão próximos, comprovando a teoria de
choques mecânicos .

BIBLIOGRAFIA JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao Laboratório


de Física Experimental: métodos de obtenção, registro e análise de dados
experimentais. EDUEL, 2003. VUOLO, J. H. Fundamentos da Teoria de Erros. 2.
ed. São Paulo: Blucher, 1991

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