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1.1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo é feita uma revisão nos conceitos de forças componentes, força
resultante, momento de uma força em relação a um ponto e em relação a um eixo. Veremos
que todo e qualquer sistema poderá ser substituído pela ação de dois esforços que, em relação
a um ponto qualquer, venham a produzir o mesmo efeito que o sistema inicial. Estes esforços
são uma força e um momento resultantes. A força resultante é a soma vetorial das projeções
das forças do sistema e capaz de produzir translação, segundo sua direção. O momento
resultante é a soma vetorial dos momentos das forças do sistema, portanto capaz de produzir
rotação.
O estudo da Estática compreende a ação de forças exteriores sobre um corpo
rígido, em posição de repouso. Assim, a determinação da resultante (força e momento) ganha
importância, pois dela depende diretamente as condições de equilíbrio de um corpo.
1 R
3 Fig. 1.1
F1 180 -
2
Aplicando a Lei dos cossenos para 123, tem-se:
R2 = F12 + F22 – 2F1F2.cos(180 - )
R2 = F12 + F22 + 2F1F2.cos
Para verificar sua veracidade, tomemos um caso particular conhecido. Seja =
90º, então:
F2 2 3
R
1 1 Fig. 1.2
F1
R = F1 = F2
sen[180º-(1+2)] sen2 sen1
Rx = Rcos e Ry = Rsen
onde é o ângulo que R faz com x. Assim, temos uma nova maneira, mais prática e
universalmente usada, para determinar a resultante de um sistema de forças F qualquer, dada
por:
R = (Rx2+Ry2); tg = Ry
Rx
Rx = Ficosi; Ry = Fiseni
y
Convenção para o
sistema de eixos
d 0
M M x
F
Fig. 1.3 z
Por definição:
Fy F
Fx x Fig. 1.4
h
d 0
MF= MC
0 0
4
1.5. BINÁRIO
Um binário é um par de forças de mesmo módulo, mesma direção, mas com
sentido diferente. Deste modo, podemos mostrar que se um corpo se encontra sob ação,
exclusiva, de um binário, não sofrerá movimento de translação, enquanto o movimento de
rotação existe e é igual para todos os pontos do corpo (Fig. 1.5).
F
d
a x1 b x2 c
Fig. 1.5
F
d
z y
F Fig. 1.6
y
x
MF = F.y e MF = F.x
X Y
(x,y) = Coordenadas do ponto onde F fura o plano xy. Neste caso, também é
válido o teorema de Varygnon.
5
F1 F1 F1
F1
d1 F2
0 d2
FN
dN 0 F2
FN
FN F2 F2
F2 F1 F
MN M
FN 0
M2 0
M1
Fig. 1.7c Fig. 1.7d
Solução:
2. Um carro avariado é puxado pelas cordas AB e AC, sendo a tração na corda AB = 400 N,
determine a tração em AC e a resultante de modo que o carro se mova paralelamente as
margens da estrada.
7
Solução:
sen 30
Ry = 0 Ry = 400sen30o - ACsen20o = 0 AC = 400 AC = 585 N
sen 20
olução:
Como MC = 0, F passa em C;
8
MA = 60 = 2Fx Fx = 30 kN MB = 80 = 3Fy Fy = 80 kN
3
Fx Fy F 40 kN
2 2
Logo F =
Interseção com x:
-20 = - 80 x x = 3 m P 3 ;0
3 4
4
Interseção com y:
9
Solução:
Solução:
Solução:
R = 20 + 20 – 10 – 10 R = 20 kN
M 20x = 60 x = 3 m
R C
MA = A
Rx = 30 kN ; Ry = 40 kN
M M
Inicial Equivalent
e
A A
M
Equivalent
e
A = 2F
Então:
2F = 160 F = 80 Kn
12
9 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
3. O corpo na figura esta sob ação do seu peso próprio W = 20 kN, F = 30 kN (horizontal) e
a pressão P exercida pelo plano inclinado. Determine P e R, sabendo que R é paralela ao
plano inclinado.
4. Uma força F é tal que provoca MA = 60 kNm (h), MB = 80 kNm (a) e MC = 0. Determine
F e a interseção da sua linha de ação com os eixos x e y.
7. Na barra abaixo atuam três forças, duas das quais mostradas junto com a resultante. Qual a
terceira força e sua posição?
Resposta: F3 = 20 kN ; 10 m à direita de A.
15
8. Determine X, de modo que o sistema de forças possa ser substituído por uma única força
resultante em C.
Resposta: X = 4 cm.
9. Duas locomotivas em margens opostas de um canal puxam um barco por meio de dois
cabos. A tração em cada cabo é 10 kN e 12 kN e o angulo entre eles é 60o. Determine o
angulo entre cada cabo e os lados do canal para que o barco se mova paralelamente aos
lados destes.
10. Determine a resultante e sua posição das cargas que atuam na laje abaixo.
6kN
Resposta: a. R = 39 kN , (3,8; 4,46). ; b. R = 40 kN , (1,05; 2,1).
16
Resposta: d, e.
17
15. Determine a resultante das forças sabendo que o raio mede 20 cm e a intensidade das
forças em kN são numericamente iguais aos comprimentos AB , AC , AD , etc. em cm.
17. Uma jangada é puxada por dois rebocadores. Se a resultante das forças exercidas pelos
rebocadores for uma força de 22 240N dirigida segundo o eixo da jangada, determine :
a) A força de tração instalada em cada uma das cordas sabendo que = 45 º
b) O valor de para que o valor de tração da corda 2 é mínima
18. Uma força F= (700 N)i + (1500 N)j é aplicada a um parafuso A. Determine a intensidade
da força e o ângulo que ela forma com a horizontal.
19
a)
b)
20
2.1. INTRODUÇÃO
A x1 x2 x3
B x Fig. 2.1
Por hipóteses:
a) F1 + F4 = F2 + F3 Força resultante nula
b) MB = 0 F1(x1+x2+x3) – F2(x2+x3) – F3x3 = 0 Momento estático nulo num ponto
MB = 0 x1F1 + (F1-F2)x2 + x3(F1-F2-F3) = 0
Queremos mostrar que MX = 0.
MX = F1x – F2(x-x1) + F3(x1+x2-x) – F4(x1+x2+x3-x)
MX = x(F1-F2-F3+F4) + x1(F2-F3-F4) + x2(F3-F4) + x3(-F4)
MX = 0 + x1F1 + x2(F1-F2) + x3(F1-F2-F3) = 0 + MB
MX = 0 + 0 = 0 OK!!!
21
Representam a ação de outros corpos sobre o corpo considerado; seja o corpo, uma
viga de um edifício. As forças externas atuando na viga são: seu peso próprio, peso de parede,
descarga da laje e reação dos pilares.
VIGA
PILAR PILAR
Fig. 2.2
b.2) numa superfície. Ex.: peso próprio de uma laje, peso de pessoas e objetos sobre
uma laje (Fig. 2.4).
q(kN/m) q(kN/m2)
A B q (kN/m)
B Fig. 2.5
Fig. 2.6
x dx B Fig. 2.7
l
l l
dx 0 dA dF = qdx 0 dF = 0 qdx
MB = 0 q(l-x)dx
l
= ql2 = ql._l_
2 2
23
dF dA
q(x)
q C
x dx B (2/3)l l/3
Fig. 2.8
dx 0 dA dF = q(x)dx
q = q(x) q(x) = qx
l x l
l l
F = 0 dF = 0 qx.dx = ql
2
MB = ql2 = ql. l .
6 2 3
Ou seja: para se calcular o momento estático no ponto B, aplica-se a resultante no centro
da figura formada pelo carregamento.
Podemos generalizar: a resultante de um carregamento distribuído qualquer é igual à
área da figura formada por este carregamento e para se calcular o momento estático num
ponto qualquer, a resultante é aplicada no centróide desta figura.
24
Apoios são elementos estruturais que fazem o contato da estrutura considerada com o
exterior. Ao impedir seus movimentos, permitem o equilíbrio da mesma. Assim, num sistema
estrutural simples, as fundações apoiam os pilares, que apoiam as vigas, que apoiam as lajes.
Os apoios se classificam segundo o número de movimentos que impedem. Temos
então:
a) apoio do 1º gênero. Impede apenas um movimento, geralmente a translação vertical
(Fig. 2.9).
estrutura
estrutura
apoio
Ry SIMBOLOGIA:
apoio Ry
Fig. 2.9
Rx estrutura
estrutura
Ry SIMBOLOGIA: Rx
apoio
apoio
Ry
Fig. 2.10
c) apoio do 3º gênero. Impede as duas translações e a rotação (Fig. 2.11).
estrutura
apoio M
SIMBOLOGIA: Rx apoio
estrutura Fig. 2. 11 Ry
25
Um caso particular importante é o de uma estrutura plana com carga no seu próprio
plano (xy). Neste caso, as equações acima se reduzem a três:
Fx = 0; Fy = 0; Mz = 0.
Este tipo de estrutura tem o nome de pórtico ou quadro plano.
Outro caso particular interessante é o de uma estrutura plana (xy), com carga
perpendicular ao seu plano. Neste caso, as equações de equilíbrio passam a ser:
Fz = 0; Mx = 0; My = 0.
Este tipo de estrutura dá-se o nome de grelha.
Havendo uma racional disposição dos elemen-tos de apoio, as estruturas, quanto a sua
estaticidade ex-terna, classificam-se em:
a) hipoestática: quando o número de reações de apoios (NR) é menor que o número de
equações de equilí-brio aplicáveis (NE). Não tem estabilidade própria.
b) isostática: quando NR = NE. Tem estabi-lidade própria.
c) hiperestática: quando NR > NE. Tem esta-bilidade própria. Diz-se até, de forma
imprópria, que o equilíbrio é mais que estável. Define-se GH = NR – NE, como grau de
hiperestacidade externa de uma estrutura. Estas estruturas são resolvidas com o auxílio das
equações de compatibilidade de deformação, pois as de equilíbrio são insuficientes.
A Figura 2.13 ilustra, com exemplos, as si-tuações a, b e c.
a) Hipo b) Iso
Fig. 2.13
Fig. 2.14 F
Quando as forças que atuam sobre o corpo estão em equilíbrio, o corpo se desloca,
porém suas várias seções vão se deformar, o que nos induz que, internamente, estão sendo
solicitadas por algum esforço (Fig. 2.15). Es-te esforço é chamado esforço interno ou simples
e recebe nome de acordo com a direção em que atua.
Antes Depois
M M M M
Fig. 2.15
Um sistema de forças, atuando sobre um cor-po, encontra seu equilíbirio através das
reações de apoio que provocam. Vejamos, agora, quais os efeitos estáticos que estas cargas e
reações provocam em cada uma das seções do corpo.
28
Fig. 2.16
y M
My
R
S Vy Fig. 2.17
Vz C N T x
Mz
z
CONVENÇÃO DE SINAL
V – positivo quando as forças externas, que o provoca, à direita estiver para baixo
ou à esquerda apontar para cima.
Seção Seção
M(+) M(+)
M(-) M(-)
T – positivo, quando, usando a regra da mão direita, o polegar apontar para fora
da seção.
1. Determine as reações de apoio das seguintes estruturas planas carregadas em seu próprio
plano.
Solução:
a.
F y = 0 RA + RB = 40 + 20 = 60 kN
b.
F y = 0 RA + RB = 60 kN
4RA = 65 RA = 16,25 kN
c.
F x = 0 HA - 20 4
5
= 0 HA = 16 kN
F y = 0 RA = 20 3
5
+ 10 RA = 22 kN
d.
F x = 0 HA = 30 kN
F y = 0 RA + RB = 20 kN
Obs.: O valor negativo para RB indica que o sentido correto da força é contrario ao arbitrado.
e.
F x = 0 HA = 10 kN
F y = 0 RA = 10 kN
Obs.: O sinal (-) indica que o sentido arbitrado para MA é o oposto do sentido real.
2. Calcule as reações de apoios das seguintes estruturas planas isostáticas com carga
perpendicular ao seu plano.
Obs.: Todas as barras fazem 90o entre si.
33
Solução:
a.
M B C =0
M B D =0
b.
F z = 0 RA = 30 kN
34
Solução:
Peso Próprio:
W = 50,120,325 = 4,5 kN
Planos lisos reagem no sentido perpendicular a eles.
F y = 0 RA = W = 4,5 kN
F x = 0 RB = F
4. Três cilindros estão empilhados numa vala retangular como descrito na figura.
Desprezando o atrito determine a reação entre o cilindro A e a parede vertical.
35
Solução:
F y =0
F y =0
36
F x =0
HA = 50 4 HA = 40 kN
5
37
g.
h.
39
m.
n.
o.
40
p.
q. r.
s.
41
t.
4. Uma Barra se apóia sobre a outra formando o sistema estrutural mostrado na figura.
Determine as reações em A.
5. A carga sobre as rodas de um pequeno trator que cruza uma ponte de 5,4 m de
comprimento é dada na figura. Em que posição X o trator deve estar para termos o maior
valor possível da reação em A?
Resposta: X = 3,6 m.
9. O bloco trapezoidal da figura pesa 36 kN e repousa sobre um piso que reage na forma
indicada. Determine qA e qB.
11. Uma barra de 3,6 m de peso desprezível repousa numa posição horizontal apoiada nos
planos inclinados A e B. Determine X para a barra ficar em equilíbrio na sua posição
horizontal.
OBS: planos lisos
Resposta: X 1,45 m.
45
Resposta: X 1 m.
13. A escada uniforme mostrada na figura repousa apoiada na parede de um prédio em A e no
telhado de uma casa em B se a escada tem um peso de 100N e as superfícies A e B são
consideradas lisas, determine o ângulo θ para a condição de equilíbrio.
B
46
14. Para estrutura abaixo determinar os esforços internos solicitantes (normal, cortantes,
momentos fletores e momento torço) na seção junto ao engaste.
47
3.1. INTRODUÇÃO
Uma viga é um elemento estrutural linear, geralmente com eixo horizontal, com a
função principal de receber cargas verticais provenientes das lajes e transmití-las aos pilares.
As vigas isostáticas se classificam segundo o modo com o qual são vinculadas. Os
tipos de vigas isostáticas freqüentemente usadas são mostradas na Fig. 3.1. A distância l entre
os apoios é denominada vão. Observe que as reações serão determinadas se os vínculos
externos envolverem apenas três incógnitas. As reações serão estaticamente indeterminadas se
mais incógnitas forem envolvidas; neste caso, os recursos da Estática não serão suficientes
para determinar as reações, e as condições de deformação da viga devem ser consideradas,
mas isto é objeto da Resistência dos Materiais.
l l l
P1 q1 q2 P2
x S Fig. 3.2a
RA l-x RB
48
P1 q1
M Fig. 3.2b
V
RA S
Na seção S deve atuar uma força cortante V e um momento fletor M para que este
novo corpo fique em equilíbrio. Note que de acordo como a convenção dada no Capítulo 2,
este cortante é positivo bem como é positivo este momento fletor. Note também que o valor
numérico de V é igual à soma algébrica das forças, em sua direção, que estão à esquerda da
seção e o momento fletor é igual à soma algébrica dos momentos de todas as forças externas
que estão à esquerda da seção; isto porque consideramos a parte à esquerda da seção.
0 x
Fig. 3.3
A C D B
1,5 1 1 2 ,5 1
30KN 15KN
P
x x x V+V
Fig. 3.4
Fy = 0 V - qx – V -V = 0 q = -V
x
lim q = - lim V/x q(x) = - V(x)
x0 x0
A derivada do cortante em relação a sua posição é igual ao valor da carga, com sinal
trocado, nesta posição.
MP = 0 M + Vx – qx2 –M - M = 0
2
V = M + qx lim V = lim
x 2
x0 x0
( M + qx
x 2
) => V(x) = M(x)
A derivada do momento fletor é igual ao esforço cortante na mesma seção. Isto vem
confirmar a expectativa criada no item 3.2.
O esforço cortante positivo é marcado acima de uma linha de referência que coincide
com o eixo da viga. O momento fletor positivo é marcado abaixo desta mesma linha e o
negativo acima, de modo que o DMF mostra sempre a posição das fibras tracionadas. Isto tem
importância no caso de vigas de concreto armado, quando o DMF vem mostrar a posição da
armadura.
Roteiro para o traçado da parábola do 2º grau que representa o momento fletor num
trecho com carga uniformemente distribuída (Fig. 3.5).
A B
l
linha de referência
+ + +
MA
ql2
1 8 MB
2 4
3 3
ql2
4 8 2
1
Fig. 3.5
1) Unem-se por uma reta auxiliar os momentos das seções de transição de carga no trecho
(MA e MB).
2) A partir desta reta e no ponto correspondente ao centro do carregamento, marca-se, no
sentido da carga e perpendicular ao eixo da viga, o valor auxiliar y = ql 2/4, chamado de
flecha.
3) O extremo da flecha é unido por retas auxiliares a MA e MB.
4) Os dois segmentos de retas obtidos são subdivididos num número de partes iguais. Os
pontos que definem esta subdivisão são unidos, de modo conveniente (Fig. 3.5), por retas
auxiliares.
52
5) Por fim, traça-se a parábola, à mão livre, tangenciando as retas 1, 2, 3, etc., e incluindo
MA e M B .
OBS.: Quanto maior o número de subdivisões maior a precisão do traçado.
tg = ql2/l = ql
A B 4 2 2
ql l ql
tg - inclinação da tangente
2 2
ao momento fletor em A.
MA MB
ql2 Sabemos que a derivada do
- 8 mo-
ql2
8
mento é igual ao esforço cortante e com este traçado isto se confirma, pois:
VA = ql/2 = tg. Da mesma forma, a inclinação das tangentes 1, 2, 3,..., n (Fig. 3.5) à parábola
do DMF serão o esforço cortante nas seções correspondentes, justificando assim o roteiro
estabelecido para este traçado.
- DMF e DEC no caso de carga triangular
Neste caso, os diagramas podem ser traçados por pontos a partir da expressão geral de
cada esforço. No DEC é indispensável os valores máximos e o valor nulo; no DMF, os
valores nulos, o máximo e no mínimo mais o valor numa seção qualquer. A Fig. 3.6 mostra
este traçado no caso de uma viga simplesmente apoiada.
53
q(x)
ql/6 l ql/3
x
0,577l
DMF
M(x) 0,064ql2
M(x) = qlx - qx3
ql 6 6l
6
V(x) DEC
V(x) = ql – qx2
6 2l
ql/3
Fig. 3.6
54
Solução:
Reações de apoio:
RA = 42,5 kN
Do F y = 0 RB = 37,5 kN
F x = 0 HA = 0
Solução:
M B =0
4RA - 1201 = 0
RA = 30 kN; RB = 90 kN
No trecho AB:
0 x 4 M(x) = 30 x 10 x 2
0 x 4 V(x) = 30 20 x
No trecho BC:
0 x 2 M(x) = 10 x 2
0 x 2 V(x) = 20 x
VAd Pb ; VBe Pa
l l
VCe Pb ; VCd Pa
l l
MA = MB = 0 MC = Pab
l
4. Sem o calculo das reações de apoio trace o Diagrama do Momento Fletor:
Solução:
30 kN
MC = 0; MA = -20kNm
Pab
MB = 0; = 30kNm
l
Logo, MD = 30 – 5 = 25kNm
58
Solução:
ql 2 20 32
y(AC) = = 45kNm
4 4
59
Solução:
Valores de transição:
VA = 0; VB = -5kN
VCe = -5kN; VCd = VDe = -10kN
MA = 0; M Be = -2,5kNm
M Bd = -7,5kNm
MC = -51,5 – 5 = -12,5kNm
MD = -52,5 – 5 – 5 1 MD = -22,5 kNm
7. Determine analiticamente o momento fletor máximo e o esforço cortante máximo.
Solução:
M B =0
4RA – 20 – 160 – 20 + 10 = 0
RA = 47,5 kN; RB = 62,5 kN
60
2,3752
M(2,375) = Mmax(+) = -20 + 47,52,375 – 20
2
Mmax(+) = - 20 + 112,8125 – 56,406 36,41 kN.m
8. Determine a = f (l) de modo que a viga fique submetida aos menores momentos fletores
possíveis.
Solução:
Pab P 4 l 4
3 l
l l
3Pl
Mmax(+) = M max Pa Pa
16
3Pl 3
2 Pa a l
16 32
61
2
Resposta: a. M(x) = q l 2 x q x 2 ; V(x) = q l q x
2
62
2 3
b. V(x) = q l 6 q x 2l ; M(x) = q l 6 x q x 6 l
c. V(x) = q x ; M(x) = q x
2
d. 0 x a V(x) = P b ; M(x) = P b x
l l
3. Trace em escala, DMF e DEC das seguintes vigas isostáticas:
f.
g.
63
l.
m.
n.
64
5. Determine a = f(l), de modo que as vigas fiquem submetidas a uma distribuição ótimas de
momentos fletores.
Resposta: a. a = 0,207 l
b. a = 0,293 l
c. a = l
8
6. Determine a = f(l) de modo que na viga todas as fibras superiores fiquem tracionadas.
Resposta: a = l .
2
65
a)
b)
c)
d)
66
11.O gráfico abaixo representa o DEC de qual das vigas abaixo. Justifique sua resposta.
12 . Uma viga simplesmente apoiada tem um vão e dois balanços iguais. A viga recebe
uma carga uniformemente distribuída q em toda a sua extensão L=10m . Qual a
posição mais econômica para os apoios ?
67
5.1. INTRODUÇÃO
São estruturas formadas por barras retas articuladas (rotuladas) em suas extremidades,
situadas num mesmo plano, com carga preferencialmente atuando nos nós (ponto de união de
duas ou mais barras). As barras devem ser dispostas de modo a formar painéis triangulares
(Fig. 5.1). Quanto ao material, as treliças podem ser metálicas ou de madeira. As barras
situadas nas partes superiores e inferiores são chamadas de cordão ou banzo, as verticais de
montante e as inclinadas de diagonais.
P1 P2 P3 P4 P5 cordão ou banzo
superior
A B
diagonal montante
Pode parecer restritiva ou não real a condição do carregamento atuar somente nos nós.
No entanto é o que ocorre na prática, pois as cargas chegam às treliças através de outras peças
estruturais, que nelas se apoiam nos nós, conforme ilustram as figuras 5.2.a e 5.2.b.
T T T
T
T
T
T
L T
L T
T
A primeira representa uma ponte ferroviária com duas treliças extremas, que recebem,
nos nós, as cargas através das vigas tranversais T ( por isso chamadas transversinas), que a
elas chegaram através das vigas longitudinais L, sobre as quais caminha o trem. A segunda
representa uma cobertura constituída por diversas treliças paralelas, que recebem, nos nós, a
carga das telhas, vindas através das terças T.
Em todos os casos reais existirão, entretanto, pequenas flexões nas barras, devidas a
seu peso próprio, cujo cálculo será estudado no item 7 deste capítulo. Estas flexões devidas a
peso próprio costumam ter, nos casos usuais, diminuta influência no dimensionamento das
peças, prevalecendo como dimensionantes seus esforços normais.
Para uma melhor compreensão desta questão, acompanharemos a discussão feita nos
seguintes casos, onde:
Portanto:
NR + NB = nº de incógnitas;
2N = nº de equações.
C D
A B A B
Fig. 5.4
Fig. 5.3
estrutura é deslocável, instável, pois os pontos C e D não estão, cada um deles, ligados
a outros dois indeslocáveis. A forma de deformação do conjunto está indicada na
figura 7.4 e prosseguirá até a queda da estrutura.
NR + NB = 11
2N = 12
Fig. 5.5
NR + NB < 2N
b) NR + NB = 2N, é condição necessária para uma treliça ser isostática, no
entanto o diagnóstico final só pode ser dado após análise dos apoios externos
e da lei de formação interna da treliça em questão. Ilustramos esta discussão
com as figuras 5.6, 5.7 e 5.8.
C D
A B
C D
A B
Na treliça da figura 5.9, temos NR + NB > 2N; (17 > 16), porém devido a má
definição dos apoios, ela é hipoestática; na treliça da figura 5.10, NR + NB >
2N; (21 > 20), mas esta treliça é hipoestática por má formação do painel
ABCD. Na treliça da figura 5.11, NR + NB > 2N; (18 >16), com os
painéis bem definidos (triangulares), portanto a treliça é hiperestática com
grau de hiperestaticidade gh = NR + NB – 2N = 2.
E F 3P 2P
a AE
3P a a a D 45º
A B C A AB
3P
2P 3P P
Convenção de sinal: quando a força apontar para fora do nó analizado a barra estará
tracionada. Observemos que arbitramos tração para AB e AE (Fig. 7.12b) e o sinal negativo
encontrado significa que as barras estão comprimidas. Vejamos agora o equilíbrio do Nó E
(Fig. 5.12c).
(22)P = AE
E 45º Fx=0 EF + 22(2/2)P =0 EF= -2P
EF Fy=0 22(2/2)P = EB = 2P
Fig. 5.12c
EB
Seja, por exemplo, determinar o esforço normal na barra BF da treliça da Fig. 5.12a.
Consideremos o equilíbrio da parte à esquerda do plano 1-1 (Fig. 5.13a).
1 EF CF
BF
3P
C
1 BC BC CD
2 2
2P
Fig. 5.13a 3P Fig. 5.13b
Fy=0 CF = 3P (tração)
Observemos que o plano 2-2 cortou três barras concorrentes no mesmo ponto; o
esforço é determi-nado pelo equilíbrio vertical, mas não conseguimos deter-minar BC e CD.
Convém destacar que o método das seções tem a mesma precisão que o método dos
nós, pois se tratam de métodos analíticos. Notemos, contudo, que o método das seções oferece
uma solução mais rápida quando desejamos a solução para determinadas barras.
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Solução:
Por simetria:
RA = RE = 50kN; HA = 0
Nó A:
Fx 0
AB = 0
Fy 0
AF = -50kN
O sinal negativo indica que a barra está comprimida, uma vez que foi arbitrado o
sentido de tração.
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Nó F:
Fy 0
50 20 FB 2 2 0
FB 30 2 (T)
Fx 0
FG 30 2 2 2 0
FG = -30kN (C)
Nó B:
Fy 0
BG 30 2 2 2 0
BG = -30kN (C)
Fx 0
30 2 2 2 BC
BC = 30kN (T)
Nó G:
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Fy 0
30 20 GC 2 2 0
GC 10 2 (T)
Fx 0
GH 30 10 2 . 2 2 0
GH = -40kN (C)
Nó H:
Fx 0
HI = -40kN (C)
Fy 0
HC = -20kN (C)
Obs.:
i. Para todos os nós foram arbitrados os sentidos de tração para as forças nas
barras.
ii. O esforço normal nas demais barras pode ser obtido por simetria da estrutura,
chegando ao resultado abaixo:
77
Solução:
Considerando o equilíbrio vertical das forças situadas à esquerda do plano 1 – 1,
temos:
50 20 20 GC 2 0
2
GC 10 2kN (T)
3. Usando o método de Ritter determine o esforço normal na barra AB da treliça abaixo:
Solução:
Considerando a parte à esquerda do plano 1 – 1 e fazendo momento estático nulo em
C, temos:
MC 0
-204 - 202 - AB4 = 0
AB = -30kN (C)
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Solução:
Nó F: Para o equilíbrio vertical EF deve ser nula, DF deve existir para o equilíbrio
horizontal junto com FG.
Nó E: Para o equilíbrio na direção perpendicular a AG, DE deve ser nula uma vez que
EF =0; CE deve existir para que junto com EG equilibre as forças na direção de AG.
Assim as barras preguiçosas são as barras EF, DE, DC e CB, resultando assim na
treliça abaixo.
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Solução:
HA = 0
MD 0
6RA - 206 - 204 - 202 + 202 + 204 = 0
RA = 20kN; RD = 100kN
Obs.: A diagonal BG pode ser substituída por AH ou simplesmente não existir, uma
vez que se trata de uma barra preguiçosa.
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1. Usando o método dos nós determine o valor e a natureza do esforço normal nas barras
da treliça abaixo:
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