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1.2.

Componentes Retangulares
1.2.1. Caso Bidimensional
Em aplicações da Mecânica é bastante útil decompor os vetores força segundo componentes
retangulares, também chamadas de componentes cartesianas.
Considere a força F com as coordenadas retangulares em destaque:

F = Fx + Fy = Fx i + Fy j
E ainda:

Fx = F cos (θ ) ; Fy = Fsen (θ ) ; F = Fx2 + Fy2

OBS: Fx e Fy são componentes escalares de F. Essas componentes podem assumir valores


positivos ou negativos.
As componentes de uma força dependem do sistema de eixos adotado e esse sistema é
muitas vezes adotado à conveniência da geometria do corpo que sofre a influência da força,
exemplo:
1.2.1. Caso Bidimensional (cont.)
Havendo forças concorrentes (duas ou mais) em um dado ponto, pode-se determinar sua
resultante a partir de suas componentes retangulares, ou seja:

F1 = F1x i + F1 y j
F2 = F2 x i + F2 y j

Sendo R = F1 + F2 , tem-se:

R = ( F1x + F2 x ) i + ( F1 y + F2 y ) j = Rx i + Ry j

Onde:
Rx = F1x + F2 x
Ry = F1 y + F2 y
Para “n” forças concorrentes em um dado ponto, pode-se escrever:
n
Rx = F1x + F2 x + F3 x + L + Fnx = ∑ Fix
i =1
n
Ry = F1 y + F2 y + F3 y + L + Fny = ∑ Fiy
i =1
1.2.1. Caso Bidimensional (cont.)
EXEMPLO 1:Determine a intensidade e a direção da força resultante que atua no pino.
1.2.1. Caso Tridimensional
Considere agora uma força F no espaço:

F = Fx + Fy + Fz = Fx i + Fy j + Fz k
Onde:
Fx , Fy , Fz → Componentes escalares de F em relação
ao sistema xyz adotado.

As componentes de F podem ser dadas por:

Fx = F cos θ x ; Fy = F cos θ y ; Fz = F cos θ z


Sendo: θ x ,θ y ,θ z → Ângulo entre F e os vetores i, j e k respectivamente. São chamados
de ângulos diretores do vetor F.

É comum também denominar: l = cos θ x ; m = cos θ y ; n = cos θ z


Onde: l , m, n → Cossenos diretores do vetor F. E ainda: l 2 + m2 + n2 = 1
1.2.1. Caso Tridimensional (cont.)
Sendo assim, pode-se escrever:
F = Fx i + Fy j + Fz k = F cos θ x i + F cos θ y j + F cos θ z k
= F ( cos θ x i + cos θ y j + cos θ z k ) = F ( li + mj + nk )
Chamando λ F = ( li + mj + nk ) , tem-se:
F = Fλ F , λ F → Vetor unitário na direção de F

Para se determinar as componentes da força F, existem duas formas básicas:


i) Quando se conhece dois pontos pertencentes à linha de ação da Força:

Tem-se que:
uuur
λF =
AB ( x − x ) i + ( y2 − y1 ) j + ( z2 − z1 ) k
= 2 1
AB ( 2 1) ( 2 1) ( 2 1)
− + − + −
2 2 2
x x y y z z
λF
Assim: F = Fλ F
uuur
OBS: Fazendo-se¨ BA, obtém-se -F
1.2.1. Caso Tridimensional (cont.)
ii) Quando se conhece dois ângulos que orientam a linha de ação da Força:

Sendo os ângulos φ e θ conhecidos, tem-se:

Fz = Fsenφ

Fxy = F cos φ
Sendo os ângulos φ e θ conhecidos, tem-se:

Fx = Fxy cos θ
Fy = Fxy senθ

Assim: F = Fx i + Fy j + Fz k
1.2.1. Caso Tridimensional (cont.)
EXEMPLO 2: O cabo AB exerce uma tensão de 2kN no suporte em A. Determine as
componentes retangulares da força.
1.3. Momento de uma força
1.3.1. Caso Bidimensional – Momento em torno de um ponto
Um força, quando aplicada em um dado corpo sólido, tende a movê-lo segundo sua direção e
também rotacioná-lo em torno de um eixo que não intercepte e nem seja paralelo em relação
à linha de ação dessa força. Essa tendência de rotação é quantificada através do conceito de
MOMENTO DE UMA FORÇA ou TORQUE. Considere o bloco apoiado no solo submetido a
uma força F:

θ A y
F
r
d

o x
Definindo-se a posição “A” (ponto de aplicação da força) pelo vetor posição r em relação ao
ponto “o”, o momento da F em relação a “o” é dado, na forma vetorial, pelo produto:

M = r×F
O módulo do vetor M é dado por:

M = Frsenθ = Fd OBS: A distância “d” é BRAÇO DE ALAVANCA da força. É a


distância entre sua linha de ação e o ponto “o”.
1.3. Momento de uma força (cont.)
1.3.2. Caso Bidimensional – Teorema de Varignon
Considere o sistema de forças concorrentes em um mesmo ponto:
F3
Fn Sendo:
y L
R = F1 + F2 + F3 + L + Fn
F1
O momento da resultante em relação ao ponto
r F2 “o” é dado por:
MR = r × R
Então:
o x
M R = r × ( F1 + F2 + F3 + L + Fn )
Aplicando a propriedade distributiva, ou seja:
n n
M R = r × F1 + r × F2 + r × F3 + L + r × Fn = ∑ r ×Fi = ∑ M i
i =1 i =1

CONCLUSÃO: A soma dos momentos de um sistema de forças concorrentes em relação


a um ponto é igual ao momento de sua resultante em relação a esse mesmo ponto.
1.3.2. Caso Bidimensional – Teorema de Varignon (cont.)
EXEMPLO 3: Determine o momento da força em relação ao ponto B e ao ponto A.
1.3. Momento de uma força (cont.)
1.3.2. Caso Tridimensional – Momento em torno de um eixo
Considere agora uma força F no espaço:

O momento M em relação ao ponto “o” é dado por:

i j k
M o = r × F = rx ry rz
Fx Fy Fz
Desenvolvendo o determinante, temos:
M o = ( ry Fz − rz Fy ) i + ( rz Fx − rx Fz ) j + ( rx Fy − ry Fx ) k =
= M xi + M y j + M zk
Representação das componentes em notação de vetor de “seta dupla”:
z
Mz Mo M o = M x + M y + M z = M xi + M y j + M zk

(M x ) + (M y ) + (M z )
2
M0 =
2 2

y
Mz My
OBS: O sentido da seta dupla segue a regra da mão direita.
x
1.3.2. Caso Tridimensional – Momento em torno de um eixo (cont.)
EXEMPLO 4: Uma força T=10kN é transmitida pelo cabo fixado em A e B. Determine o
momento da força de tração no cabo em relação ao ponto “o”.

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