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3 – DERIVADAS PARCIAIS
Veremos neste capítulo como as derivadas parciais aparecem e como calcular estas
derivadas utilizando as regras de derivação de funções de uma única variável.
Para facilitar a compreensão deste novo conteúdo, na maior parte das vezes,
trabalharemos com funções de duas variáveis, pois para outras quantidades de variáveis o
raciocínio será análogo.
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∂f f ( x1 , K , xi + h, K , x n ) − f ( x1 , K , x n )
( x1 , K , x n ) = lim , se ele existir.
∂x i h → 0 h
f x = 10 x + z 2 ,
f y = −3 y 2 ,
f z = 2 xz
2
fx = ,
2x + 3y − z2 + t 2
3
fy = ,
2x + 3y − z2 + t 2
− 2z
fz = ,
2x + 3y − z2 + t 2
2t
ft = .
2x + 3y − z2 + t 2
d 2 f ( x) d df ( x)
=
dx 2 dx dx
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Ou ainda,
d 2 f ( x) f ( x + 2∆x) − 2 f ( x + ∆x) + f ( x)
= lim
dx 2 ∆ x → 0 ∆x 2
d 2 f ( x) df ( x)
∫ dx 2 dx = dx + C
Analogamente, as derivadas parciais de segunda ordem de uma função de dois
argumentos f ( x, y ) são:
∂ 2 f ( x, y ) ∂ ∂f ( x, y )
• = ;
∂x 2 ∂x ∂x
∂ 2 f ( x, y ) ∂ ∂f ( x, y )
• = ;
∂x∂y ∂x ∂y
∂ 2 f ( x, y ) ∂ ∂f ( x, y )
• = .
∂y 2 ∂y ∂y
Se f for uma função de duas variáveis, então em geral D1 f e D2 f também são funções
de duas variáveis. E, se existirem suas derivadas parciais, elas serão chamadas de derivadas
parciais segundas de f. Neste caso, existem quatro derivadas parciais segundas de uma função de
duas variáveis. Para uma função de duas variáveis, temos as seguintes notações:
∂2 f
D2 ( D1 f ) ; D`12 f ; f12 ; f xy ;
∂y∂x
f 1 ( x, y + ∆ y ) − f 1 ( x, y )
f 12 ( x, y ) = lim , se esse limite existir.
∆y → 0 ∆y
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Obs.: Derivadas parciais de ordem superior de uma função de n variáveis têm definições
análogas às definições de derivadas parciais de ordem superior de uma função de duas variáveis
∂3 f
a) D11 f ( x, y ) ; b) D12 f ( x, y ) ; c) .
∂x∂y 2
1 1
Resolução: Temos que D1 f ( x, y ) = e x seny + ( y ) = e x seny + . Sendo assim:
xy x
1
a) D11 f ( x, y ) = e x seny − .
x2
b) D12 f ( x, y ) = e x cos y .
∂3 f
c) Para encontrar , derivamos parcialmente duas vezes em relação a y e uma vez
∂x∂y 2
em relação a x. Ou seja,
∂f 1 ∂2 f 1 ∂3 f
= e x cos y + ; 2 = −e x seny − 2 ; = −e x seny
∂y y ∂ y y ∂x∂y 2
Solução: • D1 f ( x, y, z ) = y cos( xy + 2 z )
• D13 f ( x, y, z ) = −2 ysen( xy + 2 z )
a) f xy ( x, y ) ; b) f yx ( x, y )
Resolução:
a) f x ( x, y ) = 3 x 2 y − y 2 senh xy ;
⇒ f xy ( x, y) = 3x 2 − 2 ysenh xy − xy 2 cosh xy
b) f y ( x, y ) = x 3 − cosh xy − xysenh xy ;
⇒ f yx ( x, y) = 3x 2 − ysenh xy − ysenh xy − xy 2 cosh xy = 3x 2 − 2 ysenh xy − xy 2 cosh xy
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Obs.: Em derivadas de segunda ordem de funções vetoriais, a mesma regra se aplica, isto
é, a derivada da derivada da função vetorial.
∂2 ∂2
Exemplo 3.8: Verifique que w= w, onde w é a função
∂y∂x ∂x∂y
w = xsen( y) + ysen( x) + xy .
∂
w( x, y ) = sen( y ) + y cos( x) + y
∂x
∂2
w( x, y ) = cos( y ) + cos( x) + 1
∂y∂x
Por outro lado, calculando a derivada primeira da função em relação à variável y obtém-
se que
∂
w( x, y ) = x cos( y ) + sen( x) + x
∂y
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∂2
w( x, y ) = cos( y ) + cos( x) + 1
∂x∂y
∂2 ∂2
Portanto, w= w.
∂x∂y ∂y∂x
∂ f ( x0 + ∆x. y 0 ) − f ( x0 , y 0 ) ∂ f ( x0 , y 0 + ∆y ) − f ( x0 , y 0 )
f ( x0 , y 0 ) = lim e f ( x0 , y 0 ) = lim
∂x ∆x → 0
∆x ∂y ∆y → 0
∆y
caso os limites existam. Para calcular esses limites no ponto (−2,1) , observe que
f (−2,1 + ∆y ) − f (−2,1)
= 1 + 2∆y
∆y
∂
f (−2,1) = 1
∂y
∂
f (−2,1) = 1
∂x
Assim, as derivadas parciais da função f ( x, y) no ponto (−2,1) são iguais e têm valor 1.
Geometricamente, as derivadas parciais correspondem às inclinações das retas indicadas na
figura abaixo. Além dessas retas, a Figura 02 ilustra o gráfico da função e as curvas coordenadas
f1 ( x ) = f ( x, 1) e f 2 ( y ) = f ( −2, y ) .
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2
Seguindo a sugestão dada para simplificar o cálculo da derivada, vamos considerar a função é
dada por:
1
f ( x, y ) = ln( x 2 + y 2 )
2
∂ x ∂ y
f ( x, y ) = 2 e f ( x, y ) = 2
∂x x + y2 ∂y x + y2
∂2 x2 − y 2 ∂2 x2 − y 2
f ( x, y ) = − 2 e f ( x, y ) = 2
∂x 2 ( x + y 2 )2 ∂y 2 ( x + y 2 )2
E, portanto, é fácil perceber que a função dada satisfaz à equação de Laplace, isto é,
∂2 ∂2
2 f ( x, y ) + 2 f ( x, y ) = 0
∂x ∂y
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Exemplo 3.11: Mostre que a função w = cos(2 x + 2ct ) é uma solução da equação da
∂2 2 ∂
2
onda unidimensional w = c
w , onde w é a altura da onda, x é a variável distância, t é a
∂t 2
∂x
2
Usando a regra da cadeia em uma variável na função w(t, x ) = cos(2 x + 2ct ) obtém-se:
∂ ∂2
w(t , x ) = −2csen(2 x + 2ct ) e w(t , x ) = −4c 2 cos(2 x + 2ct )
∂t ∂t 2
∂ ∂2
w(t, x ) = −2sen(2 x + 2ct ) e w(t , x ) = −4 cos(2 x + 2ct )
∂x ∂x 2
∂2 2 ∂
2
∂t 2
w = c
∂x
2
w ⇒ (− 4c 2
)
cos(2 x + 2ct ) = c 2 (− 4 cos(2 x + 2ct ) )
EXERCÍCIOS
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∂f ∂f
6) Encontre as derivadas parciais e da função f ( x, y, z, w) = x 2 e 2 y +3 z sen y + 1000w .
∂x ∂y
∂S
a) Ache a taxa de variação S da superfície por unidade de variação de m, ou seja, .
∂m
∂S
b) Ache a taxa de variação S da superfície por unidade de variação de h, ou seja, .
∂h
∂f ∂f ∂f
8) Encontre as derivadas parciais , e da função
∂x ∂y ∂w
f ( x, y , z , w) = 2 x 3e 2 y +3 z cos y + 4 w .
9) Ache a derivada parcial indicada, mantendo todas as variáveis constantes menos uma,
e aplicando os teoremas para derivação ordinária.
2 2 y +3 z u2 − v2
a) f ( x, y, z , w) = x e cos( 4 w) b) f (u , v, w) = 2
v + w2
x2 + y2
c) f ( x, y, u , v) = d) f ( x, y, z ) = xy + yz + zx
u2 + v2
e) f ( x, y, z ) = 1 + y 2 +2 z 2 f) f ( x, y , z , w) = ln( xyzw)
11) Use as equações abaixo para encontrar os valores de e nos pontos dados.
a) − + + − 2 = 0, 1, 1, 1
b) + + + + + = 0, , ,
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