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Derivadas parciais

Aula 49
Cálculo e Geometria Analítica I
Osvaldo Inarejos
d  f (x , y0 ) f ( x0  h, y 0 )  f ( x 0 , y 0 )
 lim
dx h 0 h
x  x0
Derivada parcial em relação a x
A derivada parcial de f ( x , y) em relação a x no ponto
(x0 ,y 0 ) é
f f ( x0  h, y 0 )  f ( x 0 , y 0 )
 lim
x ( x0 ,y0 ) h0 h
Essa é a taxa de variação de f na direção de i em
(x0 , y0 ).
f
Outras notações:  x0 , y0  ou fx  x0 , y0 .
x
d  f (x0 , y) f (x0 , y0  h)  f (x0 , y0 )
 lim
dy h 0 h
y  y0
Derivada parcial em relação a y
A derivada parcial de f ( x , y) em relação a y no ponto
(x0 ,y 0 ) é
f f (x0 , y0  h)  f (x0 , y0 )
 lim
y ( x0 ,y0 ) h0 h
Essa é a taxa de variação de f na direção de j em
(x0 , y0 ).
f
Outras notações:  x0 , y0  ou fy  x0 , y0 .
y
Exemplo 1
Seja f (x , y)  x  3xy  y -1.
2

Calcule os valores de f x e f y no ponto (4, 5).


Solução:
f (x , 5)  x  15x  6
2

d  f (x , 5)
 2 x  15
dx
 d  f (x , 5)
f ( x , y)  7.
x ( x , y )(4, 5) dx x 4
Exemplo 1

Solução alternativa:
 
f (x , y)  2 x  3y f (x , y)  3x  1
x y
 
f ( x , y)  7. f (x , y)  13.
x ( x ,y )(4,5) y ( x ,y )(4, 5)
Exemplo 2
Seja g(x , y)  y sin xy .
Determine f x e f y .
Solução:

 y cos  xy  y  y cos  xy 
2

x

 y cos  xy  x  1sin  xy 
y
 xy cos  xy   sin  xy .
Exemplo 3 (derivação implícita)
Considere a equação yz  ln z   x  y.
Determine z x .

Solução:
  x y z  1 
yz  ln  z    y   1
x x x x x  z 
z 1 z z 1 z
y  1 0  
x z x x y  1 yz  1
z
Exemplo 4 (coeficiente angular)
O plano x  1 apresenta
interseção com o parabolóide
zx y
2 2

em uma parábola. Encontre


a reta tangente à parábola
em (1,2,5).
Exemplo 4 (coeficiente angular)
Solução:
z
 2y (1,2)  4.
y (1,2)
Logo, a reta tangente possui direção
(0,1,4), e como passa pelo ponto
(1,2,5), trata-se da reta:
(x , y , z)  (1,2  t ,5  4t).
Derivadas parciais e continuidade
Como exemplo, considere
0, se xy  0
f (x , y)  
1, se xy  0

f não é contínua na origem, mas possui derivadas


parciais:
f f
 0
x ( x ,y )(0,0) y ( x ,y )(0,0)
Derivadas parciais e continuidade

Logo, ter derivadas não implica em continuidade,


como ocorre com funções de uma variável.
Mas se f pussuir derivadas contínuas em um disco
centrado em  x0 , y0  , então f será contínua em
 x0 , y0  , conforme veremos a seguir.
Diferenciabilidade
A função y  f (x) é diferenciável em x  x0 se
y  f (x0 )x  x
onde   0 quando x  0.
A função z  f (x , y) é diferenciável em  x0 , y0  se
z  fx  x0 , y0  x  fy  x0 , y0  y  1x  2y
onde 1 , 2  0 quando x,y  0.
Diferenciabilidade e continuidade

Note que diferenciabilidade implica em continuidade.


De fato, se z  f (x , y) é diferenciável, então
z  f (x0  x , y0  y)  f (x0 , y0 ) se aproxima de 0
quando x e y tendem a zero.
Diferenciabilidade e continuidade
Teorema do incremento:
Suponha que as derivadas parciais de primeira
ordem de f (x , y) sejam definidas em uma região
aberta R que contenha o ponto ( x0 , y0 ) e que
fx e fy sejam contínuas em ( x0 , y0 ). Então f é
diferenciável em R.
Diferenciabilidade e continuidade
Conclusão:
Existência de
derivadas parciais
Derivadas parciais 
contínuas em um  Diferenciabilidade
disco.

Continuidade
Derivadas mistas

Uma vez que fx (x,y) e fy (x,y) são funções, podemos


calcular suas derivadas (derivadas de segunda ordem
de f ).
Notação:   f   f2
  f   f 2

  2  
x  x  x y  x  yx
  f   f 2
  f   f 2

   2   
y  y  y x  y  xy
Derivadas mistas
Teorema: se f (x,y) e suas derivadas parciais
f f  f  f
2 2
, , , forem definidas em uma
x y xy yx
região aberta contendo o ponto (a, b) e todas
forem contínuas em (a, b), então

 f
2
 f
2
 .
xy (a ,b) yx (a ,b)
Exemplo
f (x , y)  x cos(y)  ye .
x

f
 cos(y)  ye x

x
f
  x sin(y)  e x
y
 f
2
 f 2
   sin(y)  e x

xy yx
Exemplo
 f 2
Qual ordem de derivação calculará mais
xy
rapidamente: primeiro em x ou primeiro em y ?
y
e
a) f (x , y)  xy  2 ;
y 1
b) f (x , y)  y  x y  4 y  ln(y  1);
2 3 2

c) f (x , y)  x ln(xy).
Exercícios

1) Uma função f (x , y) com derivadas parciais de


primeira ordem contínuas em uma região aberta R
deve ser contínua em R? Justifique a sua resposta.
Exercícios
2) Sabendo que a equação de onda unidimensional
é expressa por
w 2w
2 2
c 2 ,
t 2
x
mostre que a função w( x , t)  sin( x  ct) é solução
da equação da onda.
Exercícios
2 y
3) Mostre que a função f (x , y)  e cos(2x)
satisfaz a equação de Laplace bidimensional
 f  f
2 2
 2  0,
x y
2

que descreve potenciais e distribuições de


temperatura no estado estacionário no plano.

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