Você está na página 1de 31

Valores extremos e pontos de sela

Aula 51
Cálculo e Geometria Analítica I
Osvaldo Inarejos
Valores extremos
Valores extremos
Seja f (x , y) definida em uma região R que contém o
ponto (a, b). Então
i) f (a, b) é um valor de máximo local de f se
f (a, b)  f (x , y) para todos os pontos do domínio
em um disco aberto centrado em (a, b).
ii) f (a, b) é um valor de mínimo local de f se
f (a, b)  f (x , y) para todos os pontos do domínio
em um disco aberto centrado em (a, b).
Derivada primeira
Teste da derivada primeira

Teorema: se f (x , y) tiver um valor de máximo ou


mínimo local em um ponto interior (a, b) de seu
domínio e se as derivadas parciais de primeira ordem
existem lá, então fx (a, b)  0 e fy (a, b)  0.
Pontos críticos

Chamamos um ponto interior do domíno de f


onde tanto fx quanto fy sejam zero ou onde ao
menos uma das derivadas parciais não existe de
ponto crítico de f .
Pontos críticos
Pontos críticos
Pontos críticos
Ponto de sela
Um ponto de sela de uma função diferenciável
f (x , y) é um ponto crítico (a, b) em que, para todo
disco aberto centrado em (a, b), existem pontos do
domínio (x , y) onde f (x , y)  f (a, b) e pontos do
domínio onde f (x , y)  f (a, b).
O ponto de sela da superfície é o ponto
 a, b, f (a, b).
Exemplo 1
f ( x , y)  x  y
2 2

fx  2x e fy  2y.
fx (0,0)  fy (0,0)  0. Logo (0,0) é um ponto crítico.
Como f (0,0)  0 e f (x , y) nunca é negativa, (0,0) é
um mínimo local.
Exemplo 1
Exemplo 2
f ( x , y)  y  x
2 2
fx  2 x e fy  2y.
fx (0,0)  fy (0,0)  0. Logo (0,0) é um ponto crítico.
f (0,0)  0
Fixando x  0, f (0, y)  y  0 e, fixando y  0,
2

f (x ,0)  x  0. Logo, em todo disco aberto


2

centrado em (0,0), há pontos em que a função é


positiva e pontos em que é negativa. Então (0,0)
é um ponto de sela.
Exemplo 2
Hessiano
O hessiano de f (x , y) é dado por
fxx fxy
 fxx fyy  fxy .
2
fxy fyy
Teste da derivada segunda
Se f (x , y) tem derivadas parciais de primeira e
segunda ordem contínuas em um disco centrado
em (a, b) e fx (a, b)  fy (a, b)  0, então:
i) f tem um máximo local em (a, b) se
fxx  0 e fxx fyy  f  0 em (a, b).
2
xy

ii) f tem um mínimo local em (a, b) se


fxx  0 e fxx fyy  f  0 em (a, b).
2
xy
Teste da derivada segunda
iii) f tem um ponto de sela em (a, b) se
fxx fyy  f  0 em (a, b).
2
xy

O teste é inconclusivo se fxx fyy  f  0.


2
xy
Exemplo 3
f (x , y)  xy  x  y  2x  2y  4
2 2

fx  y  2 x  2 e fy  x  2y  2
(2, 2) é o único ponto crítico.
fxx  2, fyy  2 e fxy  1.
fxx fxy 2 1
 3
fxy fyy 1 2
Como fxx  0 e fxx fyy  f  0 em (2, 2), este é um
2
xy

ponto de máximo local, onde f (2, 2)  8.


Exemplo 4
f (x , y)  xy
fx  y e fy  x
(0,0) é o único ponto crítico.
fxx  0, fyy  0 e fxy  1.
fxx fxy 0 1
  1
fxy fyy 1 0
Como fxx fyy  f  0 em (0,0), este é um
2
xy

ponto de sela.
Exemplo 4
Máximos e mínimos
em regiões compactas

Em regiões fechadas e limitadas, os pontos de


valores extremos podem ser os pontos críticos
do interior ou os pontos de fronteira.
Exemplo 5
Encontre o máximo e o mínimo globais de
f ( x , y )  2  2 x  2y  x  y
2 2

na região triangular limitada


pelas retas x  0, y  0
e y  9  x.
Exemplo 5
Vamos verificar:
a) pontos críticos no interior da região;
b) pontos de fronteira:
i) no segmento em que y  0, 0  x  9;
ii) no segmento em que x  0, 0  y  9;
iii) no segmento em que y  9  x , x , y  0;
Exemplo 5
a) pontos críticos no interior da região;
fx  2  2 x e fy  2  2y
O único ponto crítico é (1,1) e f (1,1)  4.
Exemplo 5
b) pontos de fronteira:
i) no segmento em que y  0, 0  x  9;
f (x ,0)  2  2x  x  g(x)
2

Em x  0, f (0,0)  2;
Em x  9, f (9,0)  61;
No interior do segmento:
g(x)  2  2 x
x  1 é ponto crítico e f (1,0)  3.
Exemplo 5
b) pontos de fronteira:
ii) no segmento em que x  0, 0  y  9;
f (0, y)  2  2y  y  h(y)
2

Em y  0, f (0,0)  2;
Em y  9, f (0,9)  61;
No interior do segmento:
h(x)  2  2y
y  1 é ponto crítico e f (0,1)  3.
Exemplo 5
b) pontos de fronteira:
iii) no segmento em que y  9  x , x , y  0;
f (x ,9  x)  2  2 x  2(9  x)  x  (9  x)
2 2

 61  18 x  2 x2

Já testamos as extremidades (9,0) e (0,9);


No interior do segmento:
9 9
f (x ,9  x)  18  4 x ; x   y  9  x 
2 2
9 9 9 9 41
 ,  é ponto crítico e f  ,    .
2 2 2 2 2
Exemplo 5
Portanto, o valor máximo global de f (x , y) é 4,
assumido em (1,1), e o mínimo global é -61,
assumido em (0,9) e (9,0). f ( x , y )  2  2 x  2y  x 2
 y2
f (0,0)  2
f (1,0)  3
f (0,1)  3
f (1,1)  4
f (9,0)  61
f (0,9)  61
9 9 41
f , 
2 2 2
Exercícios
1) Identifique todos os máximos locais, mínimos
locais e pontos de sela das funções:
a) f (x , y)  x  xy  y  3x  3y  4;
2 2
Mínimo 5=f(-3,3)

b) f (x , y)  2 xy  5x 2  2y 2  4 x  4y  4; Máximo 0=f(2/3,4/3)
c) f (x , y)  x  xy  3x  2y  5;
2
Sela em (-2,1)
Exercícios
2) A placa circular plana da
figura abaixo tem o formato
da região x  y  1. A placa
2 2

é aquecida de tal modo que


a temperatura no ponto (x , y)
é T (x , y)  x  2y  x.
2 2

Encontre as temperaturas
nos pontos mais quentes e Mais frio: -0,25º em (1/2,0)
Mais quente: 2,25º em (-1/2,sqrt(3)/2)
mais frios da placa. e (-1/2,-sqrt(3)/2)
Exercícios

3) Aplique o teste da derivada segunda para calcular


os valores de a e b, com a  b, tais que
f (a, b)    6  x  x  dx
b
2
a
tenha seu valor máximo.

Você também pode gostar