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Extremos locais
Seja f ( x ) uma função real a várias variáveis e x0 um ponto interior do
seu domínio.
i) A função f ( x ) tem um máximo local em x0 , se e só se:
f ( x0 ) f ( x ) , para todo o x numa vizinhança de x0 .
ii) A função f ( x ) tem um mínimo local em x0 , se e só se:
f ( x0 ) f ( x ) , para todo o x numa vizinhança de x0 .
Os máximos locais e os mínimos locais da função f ( x ) constituem os
extremos locais da função.
f ( x0 ) 0 ou f ( x0 ) não existe.
Teorema 13: Se a função real a várias variáveis f ( x ) possui um extremo
local em x0 , então:
f ( x0 ) 0 ou f ( x0 ) não existe.
J.A.T.B. 2.63
Funções Escalares Capítulo 2
Os pontos no interior do domínio de f ( x ) onde o gradiente é nulo ou o
gradiente não existe chamam-se pontos críticos. Estes são os únicos
pontos onde poderão existir extremos locais (teorema 13).
J.A.T.B. 2.64
Funções Escalares Capítulo 2
x2 y2 2 x 2y
f ( x, y ) , tal que f ( x, y ) ,
a2 b2 a2 b2
x2 y2
z
a2 b2
J.A.T.B. 2.65
Funções Escalares Capítulo 2
f ( x, y ) 1 x 2 y 2
z 1 x2 y 2
f x f y
( x, y ) e ( x, y )
x x2 y 2 y x2 y 2
J.A.T.B. 2.66
Funções Escalares Capítulo 2
2f 2f 2f
A 2 ( x0 , y 0 ) , B ( x , y ) e C 2 ( x0 , y 0 )
x y x 0 0 y
Considerando o discriminante D AC B 2 :
i) Se D 0 , então ( x0 , y 0 ) é um ponto de sela;
ii) Se D 0 e A 0 , então f ( x, y ) possui um mínimo local em ( x0 , y 0 ) ;
iii) Se D 0 e A 0 , então f ( x, y ) possui um máximo local em ( x0 , y 0 ) .
a 2 c 2
f ( x, y ) x y , com a 0 c 0
2 2
J.A.T.B. 2.67
Funções Escalares Capítulo 2
O gráfico de f ( x, y ) é um paraboloide:
a 2 c 2
z x y (14)
2 2
Notando que
f f
f ( x, y ) i j (ax )i (cy ) j
x y
conclui-se que o gradiente é nulo na origem, f (0,0) 0 .
Sabendo que
2f 2f 2f
A 2 (0,0) a , B (0,0) 0 e C 2 (0,0) c
x y x y
D AC B 2 ac
J.A.T.B. 2.68
Funções Escalares Capítulo 2
Solução:
As derivadas parciais são:
f 2 2 2 2 2 2
( x, y ) ye ( x y )/2 x 2 ye ( x y )/2 y ( x 2 1)e ( x y )/2
x
f 2 2 2 2 2 2
( x, y ) xe ( x y )/2 xy 2e ( x y )/2 x( y 2 1)e ( x y )/2
y
O gradiente da função f ( x, y )
2
y 2 )/2
f ( x, y ) e ( x y ( x 2 1)i x ( y 2 1) j
está definido em todos os pontos do seu domínio, pelo que, neste caso, os
pontos críticos são pontos estacionários (pontos onde o gradiente é nulo).
Uma vez que
2
y 2 )/2
e ( x 0
então f ( x, y ) 0 , se e só se:
y ( x 2 1) 0 e x ( y 2 1) 0
x 0 , y 0 , x 1 , y 1
J.A.T.B. 2.69
Funções Escalares Capítulo 2
2f 2
y 2 )/2
A 2
( x, y ) xy (3 x 2 )e ( x
x
2f 2 2
B ( x, y ) ( x 2 1)(1 y 2 )e ( x y )/2
y x
2f 2 ( x 2
y 2 )/2
C 2
( x , y ) xy (3 y )e
y
J.A.T.B. 2.70
Funções Escalares Capítulo 2
f ( x, y ) x 4 y 4 , g ( x, y ) ( x 4 y 4 ) e h( x, y ) x 4 y 4
No ponto (0,0) , cada uma das funções possui gradiente nulo, enquanto o
discriminante é D 0 ; nestas condições o teste das derivadas parciais de
segunda ordem é inconclusivo.
No entanto, analisando o comportamento de cada uma das funções na
vizinhança do ponto (0,0) ,verifica-se:
i) A função f ( x, y ) possui um mínimo local em (0,0) ;
ii) A função g ( x, y ) possui um máximo local em (0,0) ;
iii) A função h( x, y ) possui um ponto de sela em (0,0) .
Enquanto as conclusões apontadas em i) e ii) são óbvias, o mesmo já não
acontece em iii).
Para confirmar iii), note-se que h(0,0) 0 , ao passo que em pontos
situados na vizinhança de (0,0) a função assume valores positivos e
negativos:
h( x,0) 0 , se x 0
h(0, y ) 0 , se y 0
J.A.T.B. 2.71
Funções Escalares Capítulo 2
Extremos absolutos
Enquanto a existência de extremos locais num ponto interior, x0 , do
domínio de uma função real a várias variáveis depende do
comportamento da função numa vizinhança de x0 , os extremos
absolutos dependem do comportamento da função em todo o seu
domínio.
Seja f ( x ) uma função real a várias variáveis:
i) A função f ( x ) tem um máximo absoluto em x0 , se e só se:
f ( x0 ) f ( x ) , para todo o x no domínio de f ( x ) .
ii) A função f ( x ) tem um mínimo absoluto em x0 , se e só se:
f ( x0 ) f ( x ) , para todo o x no domínio de f ( x ) .
J.A.T.B. 2.72
Funções Escalares Capítulo 2
se e só se:
P Q P R Q R
, e
y x z x z y
No caso de
f ( x, y ) P ( x, y )i Q( x, y ) j
P Q
y x
J.A.T.B. 2.73
Funções Escalares Capítulo 2
y x
f ( x, y ) P ( x, y )i Q( x, y ) j y 2x i x 1 j
2 x 2 y
é gradiente e determine o campo escalar ( x, y ) , tal que f ( x, y ) ( x, y ) .
Solução:
Sabendo que
P 1 1 Q
y 2 y 2 x x
conclui-se que o campo vetorial f ( x, y ) é gradiente; então, existe um
campo escalar ( x, y ) , tal que f ( x, y ) ( x, y ) .
Notando que
y
( x, y ) P ( x, y ) y 2x
x 2 x
x
( x, y ) Q ( x, y ) x 1
y 2 y
( x, y ) P ( x, y )dx x y y x x 2 1( y ) k1 (15)
( x, y ) Q( x, y )dy x y y x y 2 ( x ) k2 (16)
( x, y ) x y y x x 2 y k
J.A.T.B. 2.74
Funções Escalares Capítulo 2
Solução:
Sabendo que
P Q P R Q R
1 , 0 e 1
y x z x z y
conclui-se que o campo vetorial f ( x, y , z ) é gradiente; então, existe um
campo escalar ( x, y , z ) , tal que f ( x, y , z ) ( x, y , z ) .
Notando que
( x, y , z ) P ( x, y , z ) x y 1
x
( x, y , z ) Q( x, y , z ) x z
y
( x, y , z ) R( x, y , z ) y e z
z
x2
( x, y , z ) P ( x, y , z )dx
2
xy x 1( y , z ) k1 (17)
( x, y , z ) Q( x, y , z )dy xy zy 2 ( x, z ) k2 (18)
( x, y , z ) R ( x, y , z )dz yz e z 3 ( x, y ) k3 (19)
J.A.T.B. 2.75
Funções Escalares Capítulo 2
x2
( x, y , z ) x xy yz e z k
2
J.A.T.B. 2.76