Você está na página 1de 5

Universidade do Minho

Curso - Matemática
Departamento de Matemática

Álgebra Linear I - sugestões para a resolução dos exercı́cios

Nota: Tentarei dizer alguma coisa sobre todos os exercı́cios: respostas completas
ou respostas parciais ou sugestões.

a
Eu irei partir do princı́pio que cada uma das resoluções (totais ou não) aqui apre-
sentadas só será lida pela(o) alun(a)o que já resolveu o exercı́cio em causa ou que
já tentou “vezes sem conta”.

t
1 Matrizes

1.1. a)

b)
Å

Å
4
2

3
−3
−5

6 −9
12 −15 18
ã
;
3 3
−1 −4
ã
;
No
1.2. Única solução: x = 2, y = 4, w = 92 e z = − 11
Å
11 −6 14
ã Å
7 0
ã
4 .
Å
7 21
ã
c)

d)
Å

Ñ
−13 −6
−20
2
3
4
−3
1
9
8 −17
2
3
− 32
4
3
− 35
− 32
− 32
ã

é
;

1.3. AB = , A2 = , A3 = . Os outros produtos não estão definidos.


1 2 −14 0 7 14 −7
Ñ é
3 2 1

1.4. a) 1 ;
Å ã f) −18 −12 −6 ;
−15 19 6 4 2
b) ;
8 −2 Å ã
0 −7 −3 3
r
g) ;
13 −4 −6 1

c) 6 1 3 ;
Ü ê
d) −4 ;
 3 −2 0 0
2 −1 0 0
Ve

Å ã h) .
16 −6 0 0 2 2
e) ;
−2 −5 0 0 2 2
Å ã Å ã
5 −1 5 −13 −3 −6
1.5. a) A + B = , 3A − 4B = ;
−1 1 7 4 17 0
Å ã Å ã Å ã Å ã
−5 −2 −4 5 9 5 12 0 13 17
b) AC = , AD = , BC = , BD = ;
11 −3 12 18 9 −15 5 −8 4 9
Ñ é Ñ é
1 0 4 −2 6
c) AT = , DT AT = 9 9 , DDT =

−1 3 −2 1 −3 .
2 4 6 −3 9

1.6. Seja a for o valor comum a todas as entradas de A. Note-se que a igualdade A2 = A é equivalente a na2 = a ou
seja, a = 0 ou a = n1 . Há assim, para cada n ∈ N, duas matrizes de Mn (K) nas condições pretendidas.
1.7. Sejam A = (aij ), B = (bij ) e AB = (cij ).
Pn
a) Seja i tal que aij = 0 para todo j = 1, . . . , n. Então cij = k=1 aik bkj = 0.
b) (análogo ao anterior).
c) Use a definição de matriz inversa e note que a matriz identidade não tem nenhuma linha nem nenhuma
coluna só com zeros.
Pn Pn
d) Sejam j1 , j2 tais que bij1 = bij2 para todo i = 1, . . . , n. Então cij1 = k=1 aik bkj1 = k=1 aik bkj2 = cij2 .
e) (análogo ao anterior).
1.8. a) A2 é a matriz nula e, portanto,
An é a matriz nula para n ≥ 2
Å n ã
2 0
b) An = ;
0 3n

a
Å ã
1 2n
c) An = ;
0 1
Ü ê
1 2n 0 0
0 1 0 0

t
d) A = .
0 0 1 0
n
0 0 0 2
Å ãÅ ã Å ã ãÅ
0 a c d c ad 0
1.9. Não! Analise os produtos

1.10. Por exemplo: A =


Å
1 1
0 0
Outras soluções: A =

1.11. A =
Å
0
1
−1
0
Å

ã
.
ã
0 b

eB=
a
0
Å

b
0
ã
e B =
Å
0
0
No
λb
−λ a
ã
0

0
0
0

1
−1
e
ã
0

, ou então A =
Å
0
b
.

0 0
1 0
ã
eB=
Å
0

0
1
, com λ 6= 0 e (a, b) 6= (0, 0), ou então A =

Todas as soluções são da forma A =

Para a segunda parte basta encontrar



exercı́cio. Por exemplo, B = 22
Å B tal
1 −1
2
a
c
−1−a2
c
−a
!

ã que B seja uma das matrizes encontradas na primeira parte do


.
Å
0
c

, com a, c ∈ R e c 6= 0.
0
0
ã
e B =
Å
0
z
0
0
0
0
ã
ã
.

, com c, z 6= 0.

1 1

1.12. a) Tentar usar a distributividade de modo a obter menos cálculos.


b) Use a associatividade.
1.13. Basta resolver o sistema
r

Å ãÅ ã Å ãÅ ã 
 x = x+z
x y 1 1 1 1 x y x+y = y+t

= ou seja
z t 0 1 0 1 z t z = z
Ve



z+t =t

Å ã
x y
Obtemos assim as matrizes da forma , com x, y ∈ R.
0 x
Å ã Å ã
x y −2y y
1.14. B = eC= , com x, y, t ∈ R.
0 0 −2t t
1.15. Comece por observar que, se α, β ∈ R então
Å ãÅ ã Å ã
cos(α) − sen (α) cos(β) − sen (β) cos(α + β) − sen (α + β)
= ··· = .
sen (α) cos(α) sen (β) cos(β) sen (α + β) cos(α + β)

Em particular, fazendo β = −α obtemos (verifique!)


Å ã−1 Å ã Å ã
cos(α) − sen (α) cos(−α) − sen (−α) cos(α) sen (α)
= =
sen (α) cos(α) sen (−α) cos(−α) − sen (α) cos(α)

2
1.16. a) (A + B)2 = (A + B)(A + B) = A2 + AB + BA + B 2 que é igual a A2 + 2AB + B 2 , porque AB = BA,
b) (A − B)(A + B) = A2 + AB − BA − B 2 que é igual a A2 − B 2 , porque AB = BA,;
c) (A + B)3 = (A + B)2 (A + B) = (A2 + AB + BA + B 2 )(A + B) pela alı́nea a) e depois desenvolvemos, usando
sempre a igualdade AB = BA.
d) A mesma demonstração de indução que é feita para o desenvolvimento do binómio de Newton “usual”,
usando quando necessário a igualdade AB = BA.
1.17. A ideia é começar por descobrir o número de linhas e de colunas de X e depois resolver um sistema. Nas alı́neas
a), b) e f) há uma alternativa! Vou apresentar apenas as soluções.

a
Å ã
1 2
a) (Uma hipótese é multiplicar a igualdade à esquerda pela inversa da matriz · · · que é fácil de calcular) X = ;
1 −1
Å ã
5 8
b) (Uma hipótese é multiplicar a igualdade à direita pela inversa da matriz · · · que é fácil de calcular) X = .
3 5

t
c) Não tem solução.
Å ã
1 7 −1
d) X = 5 .
−3 −1
e) X = I2 .

f)

1.19. A2 − (a + d) A + (ad − bc) I =


No
(Comece por multiplicar a “linha 3” da matriz da esquerda pelas colunas de X)

1.18. Ver a pergunta seguinte.


Å
a2 + bc
ac + dc
ab + bd
bc + d2
ã

Å
a2 + ad
ac + dc
ab + bd
ad + d2
X=

ã
Ü

+
Å
0
1
0
0
1
1
1
1

ad − bc

a) Temos A2 = (a + d) A. Se A fosse invertı́vel então, multiplicando a igualdade à direita por A−1 obtemos
0
1
1
0
1
ê

0
ad − bc
ã
=
Å
0
0
0
0
ã
.

A = (a + d) I. Daqui concluı́mos que a = a + d, b = 0, c = 0 e d = a + d, ou seja, A é a matriz nula, que


sabemos não ser invertı́vel.
b) Partindo da igualdade A2 − (a + d) A + (ad − bc) I = O temos A(A − (a + d) I) = −(ad − bc) I. De seguida
divida esta igualdade por −(ad − bc) e conclua.
r
1.20. Temos

A4 = A aA2 + bA + cI = aA3 + bA2 + cA = a aA2 + bA + cI + bA2 + cA = (a2 + b)A2 + (ab + c)A + acI
 
Ve

A5 = A (a2 + b)A2 + (ab + c)A + acI = · · · = (a2 b + ab + c + a4 ) A2 + (b2 + ac + a2 b) A + (bc + a2 c) I.




1.21. Basta notar que, usando a hipótese,

(α B + β C) A = αB A + βC A = α A B + βA C (pela hipótese) = A (α B + β C) .

1.22. Seja Iij a matriz n × n cujas entradas são todas nulas excepto a entrada da linha i e coluna j que é igual a 1.
Pn
a) Se B = (bij ) ∈ Mn (K) então B = i,j=1 bij Iij . Deste modo, como AIij = Iij A,
Ñ é Ñ é
n
X n
X n
X n
X
AB = A bij Iij = bij A Iij = bij Iij A = bij Iij A = BA.
i,j=1 i,j=1 i,j=1 i,j=1

b) Fixemos r, s = 1, . . . , n e calculemos o elemento da linha i e coluna j de A Ir,s e de Ir,s A.


1.23. Basta multiplicar à esquerda a igualdade AB = AC por A−1 .

3
1.24. a) (A + B)T = AT + B T = A + B e (α A)T = αAT = αA.
b) (AB)T = B T AT = BA.
1.25. Semelhante à questão anterior.
Pn Pn
1.26. a) Se A = (aij ) então o elemento da linha i e coluna i de AA∗ é igual a j=1 aij aij = j=1 |aij |2 .
b) A2 = AA∗ .
1.27. a) (A ± AT )T = AT ± (AT )T = AT ± A = ±(A ± AT ); (AT A)T = AT (AT )T = AT A.
b) análoga à alı́nea anterior.

a
c) A = 21 (A + AT ) + 21 (A − AT ).
Inversamente, se A = B + C com B T = B e C T = −C anti-simétrica, então AT = (B + C)T = B T + C T =
B − C. Das igualdades A = B + C e AT = B − C obtem-se, somando e subtraindo, B = 21 (A + AT ) e
C = 12 (A − AT ).
d) A = 12 (A + A∗ ) + 21 (A − A∗ ).

t
Para a segunda parte, fazer como na alı́nea anterior trocando T por ∗.
1.28. Temos
Ñ

B =
0
1
1
1
1
0
é

Å
0
1
1
1

AB = (AAT )(AAT )−1 = I2 .


1
0
ã
Ñ
0
1
1 No
1

0
é−1 Ñ

1  = 1
0

1
1
0
é
1 Å
2
1
1
2
ã−1
=
1
3

1.29. É claro que as matrizes referidas são ortogonais. Inversamente seja A =


Ñ
0
1
1

a b
c d
Å ã
1
1
0
é
Å
2
−1
−1
2
ã
=
1
3

uma matriz ortogonal. Isto


significa que a2 + b2 = 1, ac + bd = 0 e c2 + d2 = 1. Se c = 0 então é fácil concluir! Se c 6= 0 então tirando o valor
de a na segunda igualdade e substituindo na primeira obtemos b2 (d2 + c2 ) = c2 e (usando a quarta igualdade)
Ñ
−1
1
2
2
1
−1
é

b = ±c. A conclusão segue facilmente, embora haja ainda um pequeno cuidado a ter!
Å ã â ì
−3 5 1 1 1 ··· 1
1.30. a) .
2 −3 0 1 1 ··· 1
Ö 1
−1 1
è
e) 0 0 1 ··· 1 ;
2 2
.. .. .. ..
r
b) 0 1 −2 . . . . .
0 0 1 0 0 0 ··· 1
Ñ é  
1 0 0 −(n − 2) 1 1 1 ··· 1
−1 ···
Ve

c) 0 0 1 . 
 1 0 0 0

0 1 0  1 0 −1 0 ··· 0
f)  .
 
d) (use Proposição 1.16 c)). .. .. .. ..

 . . . .


 1 0 ··· 0 −1 0 
1 − 12 − 16
Ö è
1 0 ··· 0 0 −1
1 1
0 4 − 12 .
1
0 0 9
Ü 1 ê
0 · · · λn
.. . ..
1.31. a) . .. . , se λi 6= 0, para i = −a2 a3
Ü ê
a−1 a
1
··· 0 1 0 −1 a −a2
λ1 c) , se a 6= 1.
1, . . . , n. a−1 0 1 −1 a
0 0 0 a−1
Ñ é
1 −a ac − b
b) 0 1 −c ;
0 0 1 d) Note que AAT = (a2 + b2 + c2 + d2 )I4 .

4
1.32. Seja A = (aij ). Pretende-se saber em que condições existe e B = (bij ) tal que BA = I. Teremos de ter:
ß
Pn 1 se i = 1 Pn
ˆ k=1 bik ak1 = e k=1 bik ak1 = bi1 a11 . Daqui concluı́mos que b11 = a111 e bi1 = 0, se i > 1;
0 se i 6= 1
ß
Pn 1 se i = 2 Pn P2
ˆ k=1 bik ak2 = e k=1 bik ak2 = k=1 bik ak2 . Daqui e do ponto anterior concluı́mos que
0 se i 6= 2
b22 = a122 e bi2 = 0, se i > 1;
ˆ ...

1.33. Basta notar que

a
1 1 1 2 1 n
(In − Jn )(In − n−1 Jn ) = In − n−1 Jn − Jn + n−1 Jn = In − n−1 Jn − Jn + n−1 Jn = In .

Usei a meio que Jn2 = nJn .

1.34. Comece por notar que

t
(I + A)(I − bA) = I − bA + A − bA2 = I − bA + A − baA = I + (1 − b − ba)A.

1.35. a) Basta lembrar que o produto de matrizes invertı́veis é invertı́vel.

1.36.
r
(ABA−1 )−3 = (ABA−1 )
No
b) (I − A)(I + A + A2 + · · · Ak−1 ) = I + A + A2 + · · · Ak−1 − (A + A2 + · · · Ak ) = I − Ak = I.
a) (A ± B)A−1 (A ∓ B) = (A ± B)(I ∓ A−1 B) = A ∓ AA−1 B ± B − BA−1 B = A − BA−1 B;
b) Será “necessário” usar o método de indução. Vejamos apenas o que acontece se n = 3 e n = −3, que é
esclarecedor.

(ABA−1 )3 = (ABA−1 )(ABA−1 )(ABA−1 ) = AB A−1 A B A−1 A B A−1 A BA−1 = AB 3 A−1

−1 3

= AB −1 A −1 3



=A B

| {z } | {z } | {z }
=In
−1 3



=In =In

A−1 = AB −3 A−1 .
Ve

Você também pode gostar