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LABORATÓRIO DE FÍSICA II

EXPERIMENTO: CAPACIDADE TÉRMICA DO CALORÍMETRO E


CALOR ESPECÍFICO DE UMA AMOSTRA

PRÁTICA 3

24 DE JANEIRO DE 2023
Laboratório de Física II Estudo dos fluidos em equilíbrio

Sumário
1. TÍTULO................................................................................................................3

2. OBJETIVOS........................................................................................................ 3

3. FUNDAMENTOSTEÓRICOS.......................................................................... 3

4. MATERIAL........................................................................................................ 4

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL............................................................ 5

6. TRATAMENTO DE DADOS ............................................................................6

7. ANÁLISE............................................................................................................. 7

8. CONCLUSÃO................................................................................................... 10
9. REFERÊNCIAS.................................................................................................10

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Laboratório de Física II Estudo dos fluidos em equilíbrio

1. Título: Capacidade Térmica do Calorímetro e Calor Específico de uma Amostra


2. Objetivos
• Determinar a Capacidade termina do calorímetro;
• Determinar o calor específico dos corpos de prova;
• Entender os fundamentos da troca de calor.

3. Fundamentação teórica

O calor é uma forma de energia térmica que é transferido de uma substância mais
quente para uma substância mais fria para equilibrar as temperaturas. A transferência de
calor pode ocorrer de várias maneiras, incluindo condução, convecção e radiação. O calor
é medido em joules (J) e pode ser produzido por reações químicas, fricção ou
transferência de energia elétrica.

A quantidade de calor necessária para mudar a temperatura de uma substância pode


ser calculada usando a relação entre calor e capacidade térmica:

𝑄𝑄 = 𝑐𝑐 ∗ 𝛥𝛥𝛥𝛥

Onde:

• Q é a quantidade de calor (em J)


• c é a capacidade térmica (em J/°C)
• ΔT é a variação de temperatura (em °C)

Logo, a capacidade térmica representa a quantidade de calor necessária para mudar a


temperatura de uma substância, e a temperatura é diretamente proporcional à quantidade
de calor fornecido. Quanto maior a capacidade térmica de uma substância, mais calor é
necessário para mudar sua temperatura, e quanto menor a capacidade térmica, menos
calor é necessário para mudar sua temperatura.

A capacidade térmica por unidade de massa, ou calor específico, é a quantidade de


calor necessária para elevar a temperatura de 1 grama de uma substância em 1 °C. O calor
específico varia de acordo com a substância e pode ser diferente para diferentes estados
físicos (sólido, líquido ou gasoso). A quantidade total de calor necessária para mudar a
temperatura de uma substância pode ser calculada usando a seguinte equação:

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𝑄𝑄 = 𝑚𝑚 ∗ 𝑐𝑐 ∗ 𝛥𝛥𝛥𝛥

Onde:

• Q é a quantidade de calor (em J)


• m é a massa da substância (em gramas)
• c é o calor específico (em J/g°C)
• ΔT é a variação de temperatura (em °C)

CALORÍMETRO

Calorímetro é um dispositivo utilizado para medir a quantidade de calor trocada


em uma reação química ou processo físico. O funcionamento de um calorímetro baseia-
se na lei da conservação de energia, que afirma que a energia total do sistema é constante
durante uma reação. O mesmo consiste basicamente em um recipiente isolado
(geralmente feito de aço inoxidável ou vidro) que contém o sistema (a substância que está
sendo aquecida ou resfriada). A quantidade de calor trocada pelo sistema é medida pelo
aumento ou diminuição da temperatura do calorímetro e pode ser calculada usando a
equação do calorímetro, que afirma que a energia total do sistema é constante durante
uma reação. A equação do calorímetro pode ser escrita da seguinte forma:

𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 + 𝑄𝑄𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 = 0

Onde:

• 𝑄𝑄𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠 é a quantidade de calor trocada pelo sistema (a substância que está


sendo aquecida ou resfriada)
• 𝑄𝑄𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 é a quantidade de calor trocada pelo calorímetro (o recipiente que
contém o sistema)

A equação do calorímetro é importante porque permite medir a quantidade de


calor trocada pelo sistema, independentemente de como ele é medido. Isso é útil, por
exemplo, para determinar a entalpia de reação de uma reação química ou a variação de
energia interna de um processo físico.

4. Materiais
• Calorímetro 200ml
• Proveta 250ml
• Termômetro −10°𝐶𝐶 𝑎𝑎 110°𝐶𝐶

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• Manta aquecedora
• Becker 250ml
• Balança de precisão
• Corpo de prova de alumínio
• Corpo de prova de ferro
• Carretel de linha
5. Procedimentos
5.1. Procedimento A
5.1.1. Utilizando uma proveta, foi medido 50g de água (𝑚𝑚1 ). Em seguida a água
medida foi posta em um calorímetro, que foi agitado e teve sua temperatura
aferida.
5.1.2. Por seguinte, foi aquecido 80g de água em um Becker com a manta
aquecedora até 60 graus celsius. Após aquecida, a água teve sua massa aferida
em uma balança de precisão.
5.1.3. Em seguida a água quente foi adicionada ao sistema calorímetro + água.
Quando o sistema entrou em equilíbrio, teve sua temperatura aferida. O
mesmo procedimento foi realizado para diferentes valores de massa de água
quente e água fria.

5.2.Procedimento B
5.2.1. Inicialmente determinou-se a massa dos corpos de prova de ferro e de
alumínio. Em seguida, foi posto 200ml de água em um Becker, e aquecida até
a ebulição.
5.2.2. Mediu-se então 150g de água com a proveta com o auxílio de uma balança de
precisão. Essa água foi adicionada ao calorímetro. E ao entrar em equilíbrio o
sistema teve sua temperatura aferida.
5.2.3. Em seguida, o corpo de prova foi posto na água em ebulição, ainda na manda
aquecedora e ficou lá até que a água atingisse ebulição novamente e teve sua
temperatura aferida. Após isso, o corpo de prova foi posto em tão no
calorímetro, que foi agitado suavemente para atingir o equilíbrio. Onde teve
sua temperatura medida novamente. O mesmo procedimento foi realizado 3
vezes para cada corpo de prova (ferro e alumínio).

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6. Tratamento de Dados

Sabendo que

𝑚𝑚1 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝐸𝐸 − 𝑇𝑇1 ) + 𝐶𝐶(𝑇𝑇𝐸𝐸 − 𝑇𝑇1 ) + 𝑚𝑚2 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝐸𝐸 − 𝑇𝑇2 ) = 0

Onde 𝑚𝑚1 𝑒𝑒 𝑚𝑚2 é a massa de água fria e quente respectivamente, 𝑇𝑇1 é a temperatura de
equilíbrio (água fria + calorímetro), 𝑇𝑇2 é a temperatura da água quente, 𝑇𝑇𝐸𝐸 é a temperatura
de equilíbrio (água fria + água quente + calorímetro), 𝑐𝑐1 é o calor específico da água e 𝐶𝐶
é a capacidade termina do calorímetro. A capacidade termina do calorímetro pode ser
obtida, ao isolar o termo 𝐶𝐶 na equação, de modo a obter:

𝐶𝐶(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) = −𝑚𝑚1 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) − 𝑚𝑚2 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇2 )

𝑚𝑚1 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) + 𝑚𝑚2 𝑐𝑐1 (𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇2 )


𝐶𝐶 = −
(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 )

Pode-se medir a capacidade térmica para cada um os experimentos, nos


permitindo assim, completar a tabela 1.

Tabela 1

Experimento 𝑚𝑚1 𝑚𝑚2 𝑇𝑇1 (º𝐶𝐶) 𝑇𝑇2 (º𝐶𝐶) 𝑇𝑇𝑒𝑒 (º𝐶𝐶) 𝐶𝐶(𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐/º𝐶𝐶)
1 50 80 25 60 45,5 24,15
2 60 90 28,5 62 46 43,47
3 80 50 29 61 41 67,93
Sabendo que

𝑚𝑚1𝑐𝑐1(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) + 𝐶𝐶(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) + 𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇2 ) = 0

Podemos encontrar o calor específico 𝑐𝑐𝑐𝑐, de modo

𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚𝑚(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇2 ) = −𝑚𝑚1𝑐𝑐1(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇1 ) − 𝐶𝐶(𝑇𝑇𝑒𝑒 − 𝑇𝑇2 )

Desse modo, podemos completar a tabela 2,

Tabela 2

Materiais 𝑚𝑚1 𝑚𝑚𝑖𝑖 𝑇𝑇1 𝑇𝑇2 𝑇𝑇𝑒𝑒 𝑐𝑐𝑖𝑖


Ferro 150,01 86,91 28 96 31 0,16
149,99 86,91 26,5 96 30 0,15
150,01 86,91 26 96 29,5 0,15

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Alumínio 150,00 30,49 26 96 29 0,23


150,01 30,49 26 96 29 0,23
150,02 30,49 26 96 29 0,23

Tabela 3

Material Calor específico teórico Calor específico experimental


Alumínio 0,22 0,23
Ferro 0,11 0,153

7. Análise
7.1.Resposta: C1 estará com maior temperatura, já que sua capacidade térmica é
menor e quanto maior a capacidade térmica de um material ou corpo, mais difícil
é elevar sua temperatura, pois requer uma quantidade maior de calor. A
capacidade térmica é a medida da resistência de um material ou corpo a mudanças
na temperatura. Quanto maior a capacidade térmica, mais energia é necessária
para mudar a temperatura e, portanto, mais tempo é necessário para que a
temperatura aumente.

7.2.Resposta: Capacidade térmica total (C) de um corpo composto por três


substâncias é a soma das capacidades térmicas de cada substância, que são dadas
pela equação:
𝐶𝐶 = 𝑚𝑚1 × 𝑐𝑐1 + 𝑚𝑚2 × 𝑐𝑐2 + 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐3

Com m1 = m2 = 2m3, podemos escrever m1 e m2 como 2m3.

𝐶𝐶 = (2 × 𝑚𝑚3)𝑐𝑐1 + (2 × 𝑚𝑚3)𝑐𝑐2 + 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐3

𝐶𝐶 = 4 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐1 + 2 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐2 + 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐3

E como 𝑐𝑐1 = 0,5 × 𝑐𝑐2 = 0,25 × 𝑐𝑐3, podemos substituir esses valores na
equação:

𝐶𝐶 = 4 × 𝑚𝑚3 × (0,5 × 𝑐𝑐2) + 2 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐2 + 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐3

𝐶𝐶 = 2 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐2 + 2 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐2 + 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐3


𝐶𝐶 = 5 × 𝑚𝑚3 × 𝑐𝑐2
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7.3.Resposta: As paredes de um calorímetro são adiabáticas para minimizar a


transferência de calor para o ambiente externo durante uma medição. Isso garante
que a quantidade de calor medida seja exclusivamente a quantidade transferida
entre as substâncias dentro do calorímetro, sem influência de outras fontes de
calor. Assim, é possível obter resultados mais precisos e confiáveis na medição
da capacidade térmica de substâncias.

7.4.Resposta: Alguns exemplos de calorímetros usados no dia a dia incluem:


• Garrafa térmica: utilizada para impedir a troca de calor com meio externo
• Chaleira elétrica: utilizada para medir a quantidade de água quente necessária para
uma xícara de chá ou café.
• Forno: utilizado para medir a quantidade de calor necessária para cozinhar
alimentos.
• Termostato: usado em sistemas de climatização para controlar a temperatura
ambiente, medindo a quantidade de calor necessária para manter a temperatura
desejada.
• Bimetal: usado em termômetros para medir a temperatura, a partir da variação da
curvatura de duas lâminas metálicas de diferentes coeficientes de dilatação.
7.5. Resposta: As equações 2 e 5 podem ser usadas sem erros graves se as seguintes
condições forem atendidas:

Equação 2: A temperatura do objeto é constante durante o processo de transferência de


calor, o que significa que a taxa de variação de calor é constante.

O objeto é isotermo, ou seja, o calor transferido é completamente absorvido pelo


objeto, sem haver perda ou ganho de calor para o meio ambiente. O objeto é homogêneo,
ou seja, sua capacidade térmica é uniforme em toda sua extensão.

Equação 5:O calor transferido é completamente absorvido pelo calorímetro e pelo corpo
de prova, sem haver perda ou ganho de calor para o meio ambiente. O calorímetro e o
corpo de prova são isotermos, ou seja, a taxa de variação de temperatura é constante
durante a transferência de calor. O calorímetro e o corpo de prova são homogêneos, ou
seja, suas capacidades térmicas são uniformes em toda sua extensão. O corpo de prova é
adiabático, ou seja, sua temperatura não muda durante a transferência de calor.

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7.6. Resposta: Desvio padrão

(𝑥𝑥𝑥𝑥 − 𝑥𝑥𝑥𝑥)2
𝑆𝑆 = ��
𝑛𝑛 − 1

(24,15 − 44,52)2 + (43,47 − 44,52)2 + (67,93 − 44,52)2


𝑆𝑆 = �
3−1

7.11. Resposta: Sim, é igual pois o sistema é adiabático e a energia é conservada.


7.12.Resposta: Não foi conservada por eles, pois eles cederam para o restante do
sistema.

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8. Conclusão

Em conclusão, a capacidade térmica é uma medida da quantidade de calor necessária


para elevar a temperatura de uma substância em 1 grau Celsius. A relação entre a
temperatura e a capacidade térmica é diretamente proporcional, de forma que quanto
maior a capacidade térmica de uma substância, mais calor é necessário para mudar sua
temperatura. Além disso, o calor é uma forma de energia térmica que é transferida de uma
substância mais quente para uma substância mais fria para equilibrar as temperaturas. A
quantidade de calor pode ser medida em joules e pode ser produzida por reações químicas,
fricção ou transferência de energia elétrica.

Os dados obtidos nos experimentos realizados para determinação da capacidade


calorífica do calorímetro e do calor específico dos corpos de prova de ferro e alumínio
mostra resultados próximos aos valores teóricos. Quanto à capacidade calorífica do
calorímetro, obteve-se valor médio de 44,52 cal/ºC com desvio padrão de 20,12 cal/ºC,
indicando baixa precisão da medida. No experimento do calor específico, os resultados
para as amostras de ferro e alumínio foram 0,153 cal/g.ºC e 0,23 cal/g.ºC,
respectivamente. Os experimentos realizados foram eficazes na determinação da
capacidade calorífica do calorímetro e do calor específico de amostras de ferro e alumínio,
o que contribuiu para o entendimento da dinâmica de troca de calor em sistemas físicos.

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9. Referencias

Smith, J. (2007). Termodynamics. McGraw Hill.

Serway, R. A., & Jewett, J. W. (2011). Physics for Scientists and Engineers with Modern
Physics. Cengage Learning.

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