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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

ENGENHARIA DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO

DOCENTE: EDINALDO TEIXEIRA

DISPLINA: FISICA II

JANYNNA THAIANE DA SILVA FARIAS

FLUIDOS

SALINÓPOLIS
2021
Física II Fluidos

1. Oque seria um FLUIDO?


Primeiramente, o conceito de fluidos envolve líquidos e gases. O fluido é uma
substância capaz de fluir e escoar, ele se comporta assim porque não resisti a uma força
tangencial paralela à superfície por menor que ele seja, assim, assumindo a forma do
recipiente onde colocado. Algumas matérias com viscosidade maior, como exemplo o
piche, têm mais dificuldade de assumir a forma do local onde o fluido for depositado.

Figura 1: Força tangencial agindo sobre um fluido

Para se ter uma definição mais precisa do que é um fluido, precisamos especificar os
diferentes tipos de tensões que agem nele. A tensão pode ser caracterizada como a razão
entre a superfície e a força aplicada. Existe dois tipos de tensões: as tensões tangencias e
as normais.

2. Massa especifica e pressão


As grandezas que usamos no caso dos fluidos são em termos das Leis de Newton, que
são massa e força. Como queremos algo mais especificado, como substâncias sem
forma certa, utilizamos a massa específica e a pressão.
 Massa específica:
m
ρ= ,
V
onde V é volume, m é massa e a unidade SI é (kg/m3).
 Pressão
F
p= ,
A
Onde, F é a força perpendicular a área, A é o valor da área e a unidade SI é Pascal (Pa).
Observação: Unidades de medidas

1 atm=1,01 ×10 Pa=760 torr=14,7 1 b/¿ .


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3. Fluidos em repouso (variação de pressão)


Sabe-se que a pressão aumenta com a profundidade e diminui com a altitude, essas são
chamadas de pressões hidrostáticas, que é o ramo da física que estuda as propriedades
dos fluidos em repouso. A pressão hidrostática varia de acordo com a altura, ou seja,
varia com a posição vertical (eixo y). Sendo assim, teremos dois pontos de altura y 1 e y 2
.
Observe a figura,

mg
F2

F1

Figura 2: Um tanque de água no qual um certo volume de água está contido em um cilindro
imaginário com base horizontal de área A.

O cilindro está submetido a três forças: F 1 que age sobre a superfície superior do
cilindro, F 2 que age sobre a superfície inferior do cilindro e a força gravitacional que
age sobre a água mg , o equilíbrio dessas forças pode ser escrito:
F 2=¿ F +mg ¿.
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Como queremos uma equação incluindo pressões, sabemos que pressão é igual a força
F
sobre área p= , logo vimos que F= p × A . Conhecemos também a massa especifica
A
m
ρ= , logo a massa vai ser m=ρ ×V , como o volume depende da altura, a massa da
V
água do cilindro é m=ρA ( y 1− y 2 ). Substituindo na equação, temos:

p2= p1 + ρg( y1 − y 2).

A pressão sendo a mesma para todos os pontos localizados à mesma altura. Se o h é a


profundidade infra a algum nível que indica onde a pressão é p0, podemos simplificar a
equação:
p= p 0+ ρgh,

assim temos a pressão absoluta ou pressão total, pela lei de Stevin.


Observação: A pressão em um ponto de um fluido em repouso depende apenas da
profundidade do ponto e não da medida horizontal do fluido ou recipiente.

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4. Medindo pressão
 O barômetro de mercúrio
Um dos primeiros instrumentos de medida de pressão com base em coluna de fluido
desenvolvido por Torricelli para medir a pressão da atmosfera. É um tubo de vidro,
fechado em uma das pontas que depois de enchido com mercúrio, é virado em um
recipiente contendo mercúrio. A coluna de mercúrio no tubo vertical, sofre redução de
altura por causa da fuga do fluido, diminuindo o comprimento indicado por h. Isso
provoca o aparecimento de um espaço, que é ocupado por seu vapor. Determinamos a
pressão atmosférica Patm em termos da altura h da coluna de mercúrio.
P0= ρgh

Onde ρ é a massa específica do mercúrio.

Figura 3: Barômetro de mercúrio

 Manômetro de tubo aberto


Usado para medir pressões manométricas. Formado por tubo em forma de U contendo
um fluido com uma das pontas do tubo é ligada a um recipiente cuja pressão quer medir,
a outra ponta é aberta para a atmosfera.
Usamos a equação abaixo para medir a pressão manométrica em termos de altura h. A
pressão manométrica é diretamente proporcional a h.
Pm= p− p0= pgh

Onde ρ é a massa específica do líquido no tubo.

Figura 4: Manômetro de tubo aberto

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5. Princípio de Pascal
É uma lei da hidrostática que envolve a variação de pressão hidráulica num fluido em
repouso.
“O aumento da pressão exercida em um líquido em equilíbrio é transmitido
integralmente a todos os pontos do líquido bem como às paredes do recipiente em que
ele está contido.”
Observe a figura abaixo que mostra o princípio de Pascal e o macaco hidráulico:

Figura 5: Um macaco hidráulico pode ser usado para amplificar a força, mas não o trabalho, que
é o mesmo para as forças de entrada e saída.

A diferença de pressão entre dois pontos de um fluido em repouso é constante. Todos os


pontos dos líquidos sofrem a mesma variação de pressão. Se F 1 e F 2 são as dimensões
de força sobre as áreas A1 e A2, temos:
F1 F 2
= ,
A1 A2

Assim, se A2 > A1 , temos F 2> F 1.


Abaixo, temos uma figura que mostra o efeito do princípio de Pascal:

Figura 6: Ao comprimir, o fluido contido dentro da bexiga furada fica sujeito ao aumento
de pressão

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6. Princípio de Arquimedes
“Um corpo é imerso em um fluido em equilíbrio recebe uma força vertical para cima
denominada empuxo, mas de sentido contrário ao peso da porção deslocada de fluido e
aplicada no ponto onde estava localizado o centro de massa desta porção de fluido.”
O princípio de Arquimedes diz que todo corpo totalmente imerso ou parcialmente
imerso em um líquido qualquer, fica submisso a uma força vertical de baixo para cima,
igual ao peso da porção de líquido mudado pelo corpo. Essa força é a força de empuxo

F E =mf × g

Onde mf é a massa do fluido deslocado pelo corpo.

Veja o exemplo abaixo:

Repare na Figura 7 que a força de empuxo é


uma força contrária a força peso. Isso quer
dizer que ela atua diminuindo a intensidade
da força peso. É exatamente ela que dá a
sensação de que o peso dos corpos imersos
em líquidos diminui.

Figura 7: Diagrama de forças, para exemplificar o princípio


de Arquimedes, de um sistema contendo um cubo de gelo dentro de um copo de água.

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Quando um corpo flutua em um fluido, o módulo F E da força do empuxo que age sobre o
corpo igual ao módulo F g da força gravitacional a que o corpo está sujeito. Logo afirmamos
F E =F g, como F E =mf × g, nossa equação vai ficar da seguinte forma:

F g=mf × g

Essa é a nossa equação para flutuação.

O peso aparente de um corpo sobre o qual atua, um empuxo está relacionado ao peso
real através da seguinte equação:

peso ap=peso−F E

Essa é a nossa equação de peso aparente.

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7. Fluidos ideais em movimento

Existem quatro condições a respeito do escoamento:

 Escoamento é laminar, ou seja, a velocidade do fluido em um qualquer ponto


não muda com o tempo, nem em modulo e nem em sentido.
 Escoamento é incompressível, ou seja, a massa especifica tem um valor
uniforme e constante. Densidade constante.
 Escoamento não viscoso, ou seja, é um fluido sem viscosidade, sem aquela
medida de resistência na hora que escoar, o fluido fica mais fácil de escoar.
 Escoamento irrotacional, ou seja, quando suas partículas, em uma certa região,
não apresentam, rotação em relação a um eixo qualquer.

Uma linha de um fluxo é a trajetória seguida por uma partícula do fluido. Um tubo de
fluxo é um feixe de linhas de fluxo. O escoamento no interior de um tubo de fluxo
obedece a equação da continuidade. Como mostra a figura abaixo:

Figura 8: Ao se mover, um elemento do fluido traça uma linha de fluxo. O vetor velocidade do
elemento é a tangente à linha de fluxo em todos os pontos.

8. Equação da continuidade

A equação da continuidade relaciona a velocidade do fluido com a área disponível para


seu escoamento. Essa equação mostra a conservação de massa de líquido ao longo do
escoamento.

Observe a figura abaixo, a trajetória feita pelo fluido tem duas áreas diferentes: A1 > A2 ,
em um intervalo de tempo Δt, um volume ΔV do fluido entre pela área A1, aderindo que
o fluido é incompressível, então o mesmo volume ΔV terá de sair pela área A2.

Figura 9: https://static.mundoeducacao.uol.com.br/equacao-continuidade.jpg 8
Física II Fluidos

∆S
A área feita pelo fluido pode ser dado, pela equação da velocidade média, V = que
∆t
modificando temos,∆ S=V ×∆ t , em que V é a velocidade de escoamento. Se considerar
as marcações nas pontas da figura como os volumes ocupados pelo fluido em
movimento e sabendo que eles são iguais, temos:

V 1=V 2

A1 ×∆ S= A2 ×∆ S

A1 ×V 1 ×∆ t= A 1 ×V 2 × ∆ t

A1 ×V 1= A 2 ×V 2

Essa equação mostra que a velocidade do escoamento aumenta quando a área da reta
onde o fluido escoa é restrita, um exemplo é quando fechamos com o dedo a ponta de
uma mangueira de água

A figura abaixo vai mostrar um tubo de fluxo no qual a área de seção reta aumenta de
A1 para A2 no sentido do escoamento:

Figura 10: Um tubo de fluxo é definido pelas linhas de fluxo que o envolvem. A vazão é a
mesma em todas as retas de um tubo de fluxo

Sabemos que com o aumento da área a velocidade diminui, essa figura nos mostra a
velocidade de escoamento é maior. Assim reescrevemos a equação da continuidade:

RV =A V =constante

Onde RV é a vazão do fluido.

Se a massa especifica ρ do fluido é uniforme, podemos multiplicar a equação pela


massa especifica para obtermos a vazão mássica.

Rm =ρ× RV =ρ× A V =constante

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9. Equação de Bernoulli

A aplicação da lei da conservação da energia do escoamento de um fluido ideal, essa


equação é utilizada para descrever o comportamento dos fluidos em movimento no
interior de um tubo.

Figura 11: Um fluido escoa com vazão constante através de um comprimento L de um tubo, da
extremidade de entrada até a extremidade de saída.

A equação de Bernoulli relaciona a pressão, a velocidade e a altura de quaisquer dois


pontos em um fluxo com uma massa especifica constante ρ . Como o fluido é
incompreensível, o volume que sai é igual ao volume que entra. Assim, escrevemos
equação de Bernoulli seguinte forma,

1 2 1 2
P1 + ρV 1+ pg y 1=P2 + ρ V 2+ pg y 2
2 2

1 2
Como a quantidade de P+ ρ V + pgy é a mesma em todos os pontos em um fluxo,
2
outra forma de escrever a equação de Bernoulli é,

1 2
P+ ρ V + pgy =constante
2

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10. REFERENCIAS
 HALLIDAY, D.; RESNICK, R; WALKER, J. Fundamentos da Física. 9.ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2012. v. 2.

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