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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE

SÃO PAULO
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA
LABORATÓRIO DE FÍSICA BÁSICA: FLUIDOS E TERMODINÂMICA
PROFESSOR: NÉLIO HENRIQUE NICOLETI

RELATÓRIO DE HIDROSTÁTICA

GUILHERME TEIXEIRA DA SILVA PC3001946

PIRACICABA-SP
1°SEMESTRE/2020
OBJETIVO

O objetivo dos experimentos tinha como principal papel definir os princípios

fundamentais da hidrostática como a Pressão, Densidade e Empuxo e demonstrar de

maneira prática os Princípios de Arquimedes, Pascal e Stevin.

INTRODUÇÃO

A hidrostática é a parte da física que estuda o comportamento dos fluídos quando em

repouso. Um fluido, de uma forma simples, pode ser entendido como sendo toda

substância que escoa facilmente e se molda a qualquer recipiente que o contenha. Isto

acontece porque um fluido é uma substância que não oferece resistência. Dentro da

hidrostática são estudados temas como densidade, Princípio de Pascal e Arquimedes

que são de extrema importância nesse campo do conhecimento.

DENSIDADE

Densidade (ou massa específica) de um determinado corpo obedece a razão entre a

massa e o volume do mesmo, de maneira matemática temos:

𝒅 = 𝒎/𝑽

A densidade informa se a substância do qual é feito um determinado corpo é mais ou

menos denso. Os corpos que possuem muita massa em um pequeno volume, como

é o caso do ouro e da platina, apresentam grande densidade. Já os corpos que tem

uma massa menor em um grande volume, como é o caso do isopor, apresentam uma

pequena densidade. Em termos de comparação, veja a figura abaixo, na qual temos

três recipientes com água contendo três materiais diferentes que por sua vez teremos

três densidades distintas.

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Figura 1: Densidade de três materiais diferentes.

PRESSÃO (PRINCÍPIO DE PASCAL)

É a relação entre a força exercida sobre um corpo e a sua área sobre a qual ele atua,

podemos expressar essa relação da seguinte forma:

𝑷 = 𝑭/𝑨

O Princípio de Pascal aproveita os estudos da hidrostática, que mostram que em um

líquido a pressão se transmite igualmente em todas as direções. Então, podemos

resumir o Princípio de Pascal da seguinte maneira: um aumento de pressão exercido

em um determinado ponto de um líquido ideal se transmite integralmente aos demais

pontos desse líquido e às paredes do recipiente em que ele está contido.

Figura 2: Princípio de Pascal em uma prensa hidráulica.

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EMPUXO (PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES)

Arquimedes descobriu que todo o corpo imerso em um fluido em equilíbrio, dentro de

um campo gravitacional, fica sob a ação de uma força vertical, com sentido oposto a

este campo, aplicada pelo fluido, cuja intensidade é igual a intensidade do peso do

fluido que é ocupado pelo corpo. O empuxo pode ser descrito da seguinte maneira:

𝑬⃗ = 𝒅𝒍𝒊𝒒 . 𝒈. 𝑽𝒍𝒊𝒒

O empuxo surge por causa da diferença de pressão existente entre a parte inferior e

superior de um objeto mergulhado em um fluido. A pressão na parte inferior, em

virtude da maior profundidade, é maior que a pressão na parte superior, o que resulta

no surgimento de uma força vertical para cima, o empuxo.

Figura 3: Empuxo atuando em um objeto mergulhado em um copo.

VASOS COMUNICANTES

Quando um determinado líquido está presente numa cadeia de recipientes

interligados, cada um deles com volumes e formas diferentes, podemos observar que

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a altura do líquido será igual em todos os recipientes depois de estabelecido o

equilíbrio. Esse fenômeno acontece porque a pressão que é exercida pelo líquido

depende apenas da altura da coluna.

Figura 4: Vasos comunicantes.

DESCRIÇÃO DA PARTE EXPERIMENTAL

Os experimentos são separados em duas práticas, onde são necessários:

 2 Béquer

 1 Painel Hidrostático

 1 Corante solúvel

 1 Peso metálico

 1 Dinamômetro

 1 Paquímetro digital

 1 Suporte

 600ml de água

1º EXPERIMENTO: PRINCÍPIO DA HIDROSTÁTICA

Posicione o suporte sobre a mesa aonde será realizado o experimento, em seguida

meça a altura e diâmetro do Béquer com um paquímetro e encha o mesmo com

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aproximadamente 300ml de água e coloque abaixo do suporte;

Após feito isso tire as medidas referentes a altura e diâmetro do peso metálico e

coloque-o na extremidade do dinamômetro, após feito isso coloque o dinamômetro

juntamente com peso no suporte de modo que o mesmo fique sobre o Béquer;

Depois mergulhe o peso na água que se encontra presente no Béquer e observe a

variação de força que será apresentado no dinamômetro, note também a variação da

altura da água com o mergulho do peso, depois de cumprir as observações anote os

dados obtidos ao longo do experimento em uma folha.

2º EXPERIMENTO: PAINEL HIDROSTÁTICO

Coloque sobre a bancada de experimentos o painel hidrostático, logo após feito isso

abra as extremidades dos vasos comunicantes que se encontram tampadas e encha

o Béquer com um total de 300ml de água;

Terminado a etapa anterior adicione ao Béquer o corante solúvel e faça uma mistura

para que o liquido fique bem visível, proceda o experimento verificando se os vasos

comunicantes estão livres para a passagem do liquido;

Adicione a mistura que foi feita anteriormente nos vasos comunicantes lembrando-se

de deixar o sifão acima do nível mais alto da solução nos vasos para prosseguir com

o experimento de maneira eficaz;

Por fim, movimente o sifão de cima para baixo bem devagar e observe se haverá

variação do nível da solução dentro dos vasos comunicantes e anote o que for

visualizado, feito o passo anterior repita o movimento descrito com um béquer em uma

das extremidades do painel hidrostático variando o fechamento de alguns tubos

(vasos comunicantes), registre o fenômeno quer for apresentado.

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DADOS E RESULTADOS

1° EXPERIMENTO: PRINCÍPIO DA HIDROSTÁTICA

Durante o experimento foi solicitado que se calcula-se a pressão, densidade e o

empuxo durante o mergulho do peso metálico no Béquer, para se calcular os itens

informados fez-se indispensável os valores de diâmetro e raio coletados a partir de

um paquímetro digital, esses dados coletados estão expressos na tabela abaixo:

MATERIAL DIÂMETRO (𝒄𝒎) RAIO (𝒄𝒎)

BÉQUER 6,7 3,35

PESO METÁLICO 2,3 1,15

1 – Pressão e Massa:

Utilizando os valores que se encontram na tabela juntamente com o valor da força

obtida através do dinamômetro temos que:

A = π. R = 𝜋. (1,15) = 4,15 𝑐𝑚

F 1 N
P= = = 0,24
A 4,15 cm

Lembrando que a pressão é uma força que atua entre os fluidos, portanto, podemos

dizer que ela é uma força como toda as outras e com isso conseguimos substituir na

equação abaixo gerando a massa do peso metálico:

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F = P = m. g → m = = = 0,102 Kg
,

2 – Densidade:

Com a obtenção do valor da massa desse corpo metálico e consultando a tabela

podemos chegar nos valores de densidade e empuxo como veremos a seguir.

𝑚 102
𝑑= = = 12,3 𝑔/𝑐𝑚
𝑉 8,3

3 – Empuxo:

Fazendo a diferença entre o volume final (𝑉 ) e o volume inicial (𝑉 ) podemos obter o

volume do liquido (𝑉 ) como representado abaixo:

V =A . H = 267,9 cm V =A . H = 250,275 cm

V = 267,9 − 250,275 → V = 17,625 cm ou 17,625. 10 m

Com o valor do volume do liquido (𝑉 ) em mãos, conseguimos por fim substituir o

resultado obtido na equação que determina o valor de empuxo que está agindo sobre

o corpo metálico:

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E⃗ = d . g. V

E⃗ = 1 × 10 . 9,81.17,625 × 10

E⃗ ≈ 0,2 N

2° EXPERIMENTO: PAINEL HIDROSTÁTICO

ATIVIDADE I – Ao executarmos o movimento do sifão de cima para baixo é possível

observar que os vasos comunicantes 𝐻 , 𝐷 , 𝐻 e 𝐷 diminuem o seu nível de maneira

a acompanhar o nível da coluna de água presente no sifão, por outro lado os vasos

𝐻 e 𝐻 se mantém estáticos em sua posição por não estarem ligados as outras

tubulações.

Figura 5: Painel hidrostático.

ATIVIDADE II – Fazendo o movimento lentamente de cima para baixo com o sifão

tampando apenas uma de suas extremidades, podemos visualizar que as tubulações

seguiram o nível presente no sifão. Apenas as tubulações 𝐻 e 𝐻 permanecem em

seu lugar ao decorrer do movimento mencionado.

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ATIVIDADE III – Executando o movimento novamente com o sifão é possível verificar

o mesmo fenômeno descrito nas atividades 1 e 2, onde os vasos comunicantes

seguem o nível da coluna de água independentemente de as extremidades estarem

obstruídas. Os vasos 𝐻 e 𝐻 continuam intactos por não fazerem parte do sistema

como um todo.

Figura 6: Painel hidrostático.

ATIVIDADE IV

a)- Ao adicionarmos o béquer com água em uma das extremidades do painel

hidrostático e executarmos o movimento de subida e descida do mesmo, poderá ser

visualizado o movimento da água para tentar se igualar com o nível dos vasos 𝐻 e

𝐻.

b)- Se efetuarmos o mesmo movimento citado no primeiro item, mantendo a

extremidade 2 fechada e a extremidade 1 aberta, será visível o movimento de

nivelamento por parte da água presente no béquer.

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Figura 7: Painel hidrostático.

Os fenômenos relatados nas atividades anteriores podem ser explicados pelo teorema

de Stevin que se aplica nos vasos comunicantes. Num líquido que está em recipientes

interligados, cada um deles com formas e volumes diferentes, observaremos que a

altura do líquido será igual em todos eles depois de estabelecido o equilíbrio. Isso

ocorre porque a pressão exercida pelo líquido depende apenas da altura da coluna.

As grandezas que atuam nessa situação como a pressão atmosférica, densidade e

aceleração da gravidade irão se manter constantes, explicando assim o fato de que a

pressão atmosférica não tem influência determinante no sistema.

CONCLUSÕES

No final dessa sequência de experimentos concluo que, com base nos estudos

realizados através de pesquisas, é possível verificar de forma prática leis e princípios

que explicam fenômenos relacionados com a hidrostática. Durante o primeiro

experimento foi trabalhado os Princípios de Pascal e Arquimedes, onde foi solicitado

a obtenção dos valores de pressão, densidade e empuxo, com os resultados dessas

três grandezas em mãos verificou-se uma divergência nos valores devido a um

engano nas unidades de medida, mas que com uma revisão foi facilmente resolvido.

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No segundo experimento foi possível verificar o Princípio de Stevin através do painel

hidrostático, onde foi feita a coleta de muitos dados devido ao número de variações

realizadas nesse experimento, durante esta atividade foram surgindo muitas dúvidas

no manuseio do painel com isso gerando um atraso que implicou na falta de coleta de

alguns dados, esses mesmos que tive correr atrás pessoalmente. Podemos pôr fim

dizer que, apesar das dificuldades enfrentadas, o objetivo principal da atividade foi

atingido.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

YURI, Valdyr Soares L. Cavalcante. et. al. Hidrostática. Ciências Naturais. Ed.

Universitária UFPB. João Pessoa. p, 235-236, 2012.

AZENHA, Regina Bonjorno. et. al. Física completa: volume único; ensino médio. 2 ed.

São Paulo. p, 333-334, 2001

SILVA, Domiciano Correa Marques da. “Princípio de Pascal”; Mundo Educação.

Disponível em: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/principio-pascal.htm

Acesso em 17 de Março de 2020.

"Empuxo" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação. Disponível

em:http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/empuxo.ph

p Acesso em 17 de Março de 2020.

"Teorema de Stevin" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação. Disponível

em: http://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/EstaticaeHidrostatica/teoremade

stevin.php Acesso em 17 de Março de 2020.

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