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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


BACHARELADO EM QUÍMICA INDRUSTRIAL

AULA N°. 02
A LEI DE BOYLE

Aluno: Thiago Oliveira Lopes


Profª.: MSc Lílian (Físico-Química Exp. I)
Experimento realizado no dia 09/03/2009.

Anápolis,
Março de 2009.

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• INTRODUÇÃO:

Em 1662, Robert Boyle publicou um trabalho chamado "The Spring and


Weight of the Air". Neste trabalho, Boyle apresenta uma série de experimentos onde ele
media o volume de gases em função da pressão exercida sobre estes, em diferentes
temperaturas [1].
Boyle pegou um tubo longo de vidro moldado em forma de J, com o lado
menor lacrado. Ele então verteu mercúrio no tubo, prendendo ar no lado menor do J.
Quanto mais mercúrio adicionava, mais o gás era comprimido. Boyle concluiu que o
volume de uma quantidade fixa de gás diminui quando a pressão sobre ele aumenta. A
curva mostrada é chamada uma isoterma, que é um termo geral para um gráfico que
mostra a variação de uma propriedade à temperatura constante [2].

GRÁFICO 1 [2]: A lei de Boyle


FIGURA 1 [2]: (a) No experimento de resume o efeito de pressão sobre o volume de
Boyle um gás foi aprisionado dentro do lado uma quantidade fixa de gás à temperatura
fechado do tubo em forma de J por um líquido. constante. Quando o volume ocupado por uma
(b) O volume do gás aprisionado diminui amostra de gás é aumentado, a pressão do gás
quando a pressão sobre ele aumenta pela adição diminui.
de mais líquido no tubo aberto.

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GRÁFICO 2 [2]: Em um gráfico da pressão contra 1/volume, obtém-se uma linha reta. A lei de
Boyle falha para pressões altas, e uma linha reta não é obtida nestas regiões.

Os resultados que Boyle encontrou indicavam que o volume é inversamente


proporcional à pressão: V = C / p , onde p é a pressão, V é o volume e C é uma
constante. A lei de Boyle pode ser escrita na forma:
p ×V = C

e se aplica apenas a uma massa na temperatura constante, Para gases, cujo


comportamento se aproxima da idealidade é válida a equação a seguir, conhecida como
lei de Boyle [4].
p1 ×V1 = p 2 ×V2 = k
A pressão no interior de um gás no interior de um recipiente é medida com um
manômetro. Na sua versão mais simples, um manômetro é uni tubo em U cheio com um
liquido pouco volátil. Se uma boca do tubo for aberta, a pressão, p, da amostra gasosa
equilibra com a soma das pressões exercidas pela coluna do líquido, que é igual a ρgh
, mais a pressão externa, ρext :
p = ρext + ρgh

,onde p é a densidade do líquido, g a aceleração da gravidade e h é a altura do líquido no


tubo em U [3].

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Figura 2: Manômetro simples em forma de U.

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• OBJETIVO:

O objetivo desse experimento é simular os valores obtidos por Robert Boyle e


E. Mariotte, no século XVII, mostrando assim que para os gases o volume é
inversamente proporcional à pressão.

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• PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

Em um suporte Universal foram presos uma Bureta e uma Pipeta, e tiveram


suas extremidades de baixo ligadas por uma mangueira de látex, formando uma forma
parecida com um “U”. Como a Bureta é maior q a Pipeta, uma das extremidades do “U”
ficou maior que a outra.
Uma seringa de 20mL com uma mangueira na ponta e o êmbolo totalmente
puxado, posição de 20mL, foi presa, na posição horizontal, a um outro suporte
universal.
No manômetro em “U” improvisado, foi colocado água com azul de metileno
(parta facilitar a observação). Foi feita uma marcação de altura inicial da água na parte
de Bureta do manômetro.
A mangueira da seringa foi conectada a outra extremidade da pipeta
(extremidade menor do manômetro), tomando o cuidado de manter o êmbolo no 20mL.
O êmbolo foi empurrado, parando de 2mL em 2mL, para anotar a altura
referente à parte maior do “U”, em relação à altura inicial.
O experimento foi feito em duplicata [4].

Figura 3 [4]: representação esquemática da aparelhagem do experimento

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• RESULTADOS E DISCUSSÕES:

p (mm Hg) V (cm³) pV pV-<pV> (pV-<pV>)²


779,32604 20 15586,5208 6538,573542 42752943,97
791,962332 18 14255,32198 5207,374718 27116751,46
806,08526 16 12897,36416 3849,416902 14818010,49
821,694748 14 11503,72647 2455,779214 6030851,55
836,560956 12 10038,73147 990,7842144 981653,3595
852,17052 10 8521,7052 -526,2420576 276930,7032
867,036728 8 6936,293824 -2111,653434 4459080,224
881,902936 6 5291,417616 -3756,529642 14111514,95
898,103704 4 3592,414816 -5455,532442 29762834,22
927,98812 2 1855,97624 -7191,971018 51724447,12
Tabela 1: Valores experimentais

p (mm Hg)

750 800 850 900 950


0

10

15

20
V (cm³)

25

Gráfico 3: Gráfico do volume versus a pressão.

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1/p (1/mm Hg)

0,00105 0,0011 0,00115 0,0012 0,00125 0,0013


0

10

15
V (cm³)

20

25

Gráfico 4: Gráfico do volume pelo inverso da pressão.


pV (mm Hg x cm³)

18000
16000
14000
12000
10000
8000
6000
4000
2000
0
750 800 850 900 950
p (mm Hg)

Gráfico 5: Gráfico do produto pressão x volume pela pressão.

Sendo o desvio padrão e o desvio padrão relativo ados por:

∑( pV − < pV >) 2 S
S= e S relat. = .100, temos que:
n −1 < pV >
S = 4619 ,223 e S relat . = 51% .

Tendo o resultado obtido ficado muito fora do padrão aceitável, 51% de Erro
relativo, fomos levados a considerar um erro experimental. Esse erro pode ter sido
graças à má preparação da aparelhagem usada, ou um erro de operação.

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• REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

1. http://www.qmc.ufsc.br/quimica/pages/aulas/gas_page2.html; acessado
no dia 09 de março de 2009.

2. "Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio


ambiente”; ATKINS, Peter e JONES, Loretta; trad. para língua
portuguesa por CARACELLI, Ignez de “Chemical principles: the quest
for insight”; Porto Alegre; Bookman, 2001.

3. Material cedido pela professora Lílian.

4. Adaptado do material cedido pela professora Lílian.

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