Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Elementos da controvérsia:
1. Situação histórico-concreta partilhada — situação entre os dois sujeitos.
Ordem jurídica : existência de regras jurídicas fortes que se não forem cumpridas trazem
consequências. Aspira uma certa ideia de justiça e protege valores. Tectónica determinada por 3
grandes linhas :
• 1ª linha : parte——— parte ; sujeito privado numa relação com outro sujeito privado.
Sujeito privado - qualidade do próprio sujeito; no desenvolvimento da relação o sujeito não esta
autorizado a mobilizar um conjunto de poderes que associamos um estado.(poder soberano)
Relações com enorme protagonismo. Direito romano incide no mundo prático do direito privado.
Transação particular voluntária: troca de bens feita de livre vontade , adquirindo as categorias
da “perda e ganho “ , associando a dinâmica da participação - igualdade de prestações que lhe
correspondem. Não deixa , por isso, de admitir o lucro e correr o risco do prejuízo.
Transação particular involuntária : repor o equilíbrio causado por um dano - quando existe um
dano tem que haver a responsabilidade jurídica de repor o lesado com a sua posição inicial
( como se este não tivesse ocorrido ) - ter antes e depois uma parte igual.
Características da 1ªlinha:
• A controvérsia exige um litígio entre duas pessoas , sendo certo que vai ter de esse resolvida
por um terceiro imparcial - juiz/ tribunal.
• No fundo esta decisão passa pela existência de dois sujeitos no mínimo , que no fundo acabam
por desenvolver uma realçar de bilateralidade* subjectiva . Relações de pessoas particulares. A
comunidade não está presente.
• Primeira relação jurídica, desenvolve-se entre sujeitos particulares. Ordem para as partes. Não
peço nada ao estado nem o estado me pede a mim. Não existe poder de reivindicação.
• Ex: direito contratual, direito da família , direito das obrigações ; direito do trabalho
Existe um ramo do direito que podemos considerar o direito privado geral para as relações do
sujeito privado - Direito Civil ( generalidade de relações do direito privado) .
Direito privado especial pois são certas relações especificas pois podem determinar uma
especificação ou adaptação do domínio geral. Divido em parte geral e partes especificas.
Direito de Trabalho :
Ex: contrato de trabalho reconhecido com tratamento especiosa para proteger a parte mais débil.
———— emergiu o direito do trabalho , com fortes conexões do direito publico.
2 ou mais sujeitos cujas declarações de vontade que produzem efeitos e convergem num
resultado comum.
Ramos do Direito Público : direito penal ; direito constitucional ; direito administrativo ; direito
internacional .
2ºlinha 3º linha
A. 1º linha B
Particulares
Características da 2ªlinha :
• linha das relações entre particulares e o estado , neste caso os cidadãos e a sociedade.
• Uma das dimensões tem haver com as relações associadas ao direito penal.
• Aquisição de direitos liberdades e garantias , mas ceder ao estado - através do contrato (teoria
contratual da cidadania) - poder para administrar as liberdades de todos na medida no que é
necessário e não interromper a minha esfera de liberdade. So interfere quando esta a ser
interferida por outros.
Justiças aplicadas :
Justiça Geral : Aquilo que a comunidade ou sociedade como um todo pode exigir a cada um de
nos e vice-versa. Relações entre o sujeito e comunidade e sociedade como um todo . Contexto
da filosofia pratica- aquilo que em nome de todos pode se exigir a cada um. Justiça aplicada a
todos de uma forma igual , ou seja , em comunidade.
Justiça Protetiva : justiça que protege os cidadãos do uso prepotente de recursos ou meios que
os atinja do seu núcleo fundamental de autonomia , liberdade e dignidade. Nenhuma justiça geral
funciona sem uma justiças protetiva.
————————————-
Para ser punido em termos jurídicos criminais e preciso que esteja previsto , anterior , á pratica
do ato. No momento que praticou o ato se não estava classificado como jurídico criminal , não
pode ser classificado com essa categoria. - principio da legalidade criminal.
Direito penal não oferece duvidas. Domínio da segunda linha. Em causa os bens jurídicos
( paz , obra , vida ).
Exemplo explicativo : um cidadão que entende que o bairro onde vive e circula não tem
condições para exercer um direito como a liberdade de expressão na vertente do seu meio
religioso. Como não tem condições vai por uma ação contra o estado. Exige do mesmo
condições para exercer a sua liberdade religiosa. Campo de atuação de direitos e
garantias( inspirados nas revoluções do sec 17 e 18). Os sujeitos possíveis da
controvérsia( cidadão e sociedade ) , estão num campo constitucional. O direito esta a ser
exercido com o fim do destinatário —— o estado / sociedade.
Paralelo com a 1 linha : na segunda linha a imobilização de uma identidade coletiva que
entrevem através de sujeitos que podem mobilizar entes públicos.
Estado demo-liberal:
Identificar uma realidade institucional que se impôs nos últimos 50/60 anos : modo de entender
as relações entre o direito e o estado. Confecção de estado é uma novidade na segunda metade
do século 20 .o estado anterior á 2 guerra era um estado de demo-liberal ( aquisição do século
19) , dominou o panorama durante o século 19 e as primeiras décadas do século 20 . Primeira
tentativa do construir um estado de direito de legalidade formal. - direito e estado como garante
da liberdade.
Foi entrando em crise.um estado não intervencionista na realidade social mas sim um
garante de liberdade e garantias. Função ou tarefa da sociedade é ser o garante da
liberdade :cada um exerce a sua vontade ,devem ser responsáveis. A função do direito ,
numa era iluminista , era mínima , a compatibilidade dos arbítrios.
Estado Social :
No pós segunda guerra , construir um estado com a capacidade de intervir numas realidade
social para a transformar. Contrariamente ao estado demo-liberal , este estado social surge
depois da 2 grande guerra , reconhecendo políticas como a da saude , habitação etc….
Estado dinâmico que define políticas e estratégicas e intervém de acordo com os mesmos.
O que caracteriza a 3 linha é que um dos sujeitos é o estado. Atua e não garante ( como
antes ).
Desenvolvem política para diminuir as desigualdades entres os cidadãos e usa o direito fiscal
para isso. Ex: impostos progressivos.
Estado dinâmico que atua , tem as sua políticas , intervém, e o cidadão e o seu destinatário.
Características da linha :
- o estado não dá mas exige.
- Distribui as receitas / recursos de uma forma igualmente justa : ex: desempregado — subsídio
de desemprego.
- Estado esta num posição de topo , isto é , uma posição de direito publico.
- Passa a ser um estado interventivo no pós segunda guerra . Segunda metade do século 20
Justiça Aplicada :
Justiça Distributiva : é sempre acompanhada pela justiça protetiva devido ao desenvolvimento
de políticas publicas.
Correção de possíveis injustiças que existam na realidade social , isto é , o estado apresenta uma
forma distribuiva igualitária.
1. Função Primária:
O direito aparece como principio da ação. Prescreve o nosso comportamento , isto é , determina
modelos/padrões para o nosso comportamento e orienta-nos das respetivas consequências.
Mas:o papel do Direito não se distinguiria de outros reveladores , como a moral comunitária.
Direito como principio da ação ——- diferente ——— Moral Comunitária , moralidade , vivências.
Notas :
Moral:
A moralidade estabelece as condições de liberdade interna. Kant entende que estamos a agir em
termos moralmente livres quando a orientação dor dada pelo DEVER - motivação do dever, isto é,
quando a consciência aderir plenamente ao motivo da ação.
DEVO:
- sentimento de dever
É uma adesão intima, exigente ( não se satisfaz sem a consciência total com a norma ) do que a
conformidade do direito.
Direito:
É a liberdade externa. Exige a conformidade exterior do comportamento com o critério vigente.
O direito exige a abstenção , mesmo que entenda ou não , o que importa que é que a ação ao
estado interior respeita a regra.
Envolve, se não cumprir , estar a agir para evitar o motivo. Estabelece limites do exercício da
vontade , orientada por motivos, tem de ser compatível e universal - compatibilidade de arbítrios.
Distinção tendêncial:
- Á conduta exterior : só lhe interessa a conduta interior se esta revelar uma atitude exterior.
- Á conduta interior: só lhe interessa a conduta interior se revelar uma atitude interior.
C) Intersubjectividade:
Bilateralidade Atributiva:
Foi introduzida no pensamento do século XX . Antes era alteridade - referencia ao outro - mas
hoje em dia mostra-se insuficiente devido ao desenvolvimento dos núcleos morais , que afirmam
a componente decisiva da moral.
• Se falhar um dever na esfera de um sujeito , o outro sujeito pode exigir o direito correspondente
a esse dever. 1 Direito —— 1 Dever.
- 2 sujeitos
- 2 posições
“Ajudar ou não?”
Perante este problema, só uma das situações é que têm relevância jurídica.
Situação do pedido:
Devo ou Não Devo? - a resposta desenvolve-se a nível da consciência - o puro dever (autónomo)
Situação da carruagem:
- distinta da 1ªsituação
Elementos:
Esta baseada na alteridade e com um sentido imperativo na categoria do dever. Princípios dos
deveres.
Comparabilidade
1.
• Problemas pessoais / éticos como problema único. O sujeito que dirige o apelo não vaio ser
comparado com outro sujeito , mas sim considerado como único, singular.
2.
• Problema que envolve uma comparabilidade , na posição que ocupam uma em relação á outra.
- a tercialidade é:
• um sinónimo de comparabilidade
“ Parábola dos trabalhadores da vinha” - amor pelos trabalhadores ; encontro de rostos , especial
, único.
Comparabilidade:
Mas:
Os primeiros trabalhadores afirmam que merecem mais recompensa devido a terem estado a
trabalhar mais horas - comparabilidade humana.
D) A Sanção
Na Função primária da Ordem Jurídica , o direito aparece como princípio de ação e critério de
sanção , pois a exigibilidade de um direito na falta do dever correspetivo , gera um conjunto de
regras para tornar os direitos práticos , isto é , esfetivos. Para o não cumprimento de deveres , a
Sancionabildade ( sanções ).
Sancionabilidade:
Possibilidade que o mundo prático tem para recorrer a meios que tornem o dever ser prático -
“ recursos sancionatórios”.
Distingue sanções:
- Positivas a)
- Negativas b)
Sanções positivas/promocionais
Alguém proprietário de um prédio rústico que não tem comunicação para a via pública “ Prédios
Encravados “.
Com isto:
Direito Protestativo: direito real que vai limitar o direito do vizinho. Subjetivo , poder e faculdade
jurídica concedida a um sujeito.
Construir um efeito de produzir um efeito na esfera jurídica do outro. Vêm uma sanção positiva
Sanções negativas/repressivas
Justiça corretiva : alguém que produza um ramo na esfera do outro sujeito , tornando “o outro”
livre do dano. Deve haver equilibrio.
Ex: plantação de má fé em terreno alheio , o dono tem o direito de exigir a reposição primitiva do
terreno.
c) indemnização especifica: repõe a situação com um bem , não o danificado , mas um que
desempenho; objeto igual ao que destruiu.
2) Sanções Compensatórias: situação que não é possível reconstituir , então é dada uma
compensação. Uma situação que se considera valorativamente equivalente á situação que existia
antes de a norma ser violada. Exemplos: artigos 564.º e 496.º do Código Civil.
3) Punitivas: aplicam um mal a um infrator como castigo da violação da norma jurídica. Punições
graves que funcionam quando são desertados valores fundamentais da Ordem jurídica. Tem
vários tipos.
a) criminais: são as mais graves devido á violação que a Ordem Jurídica considera criminosa. A
área privilegiada é o Direito penal , correspondendo á responsabilidade penal e civil.
b) Civis: são estabelecidas pelo Direito Civil e correspondem a condutas indignas. Exemplo:
artigos 2034.º; 1612.º nº2 ; 1649.º do Código Civil.
4) Sanções Preventivas: visam afastar as futuras violações , cujo receio é justificado pela prática
de ilícitos.
ex: artigos 2020º ; 829.º - A nº1 e nº4 ; 754.º e 755.º do Código Civil ;
Sanções de Ineficácia
São reações da Ordem Jurídica que impede atos jurídicos desconformes com a lei produzam
todos ou alguns efeitos jurídicos que , em condições normais , produziriam.
a) inexistência jurídica: ocorre quando não se verifica qualquer materialidade de qualquer ato
jurídico. Trata de casos muito graves do direito e , por isso , nenhum efeito jurídico pode
produzir-se.
b) invalidade: verifica-se na existência de um ato material que sofre de um vicio que não justifica
a produção de efeitos jurídicos. Deverá ser reconstituído tudo o que tiver sido prestado ou dado o
valor correspondente.
b.1) nulidade : quando a violação de uma norma jurídica ofende um interesse publico. É invocada
por qualquer pessoa que tenha interesse á não produção dos atos.
b.2) anulabilidade: quando a violação de uma norma jurídica ofende um interesse particular.
Pode ser invocada pela pessoa ou pessoas a favor de quem foi estabelecida.
c) ineficácia em sentido restrito: ocorreu quando o ato que transgrediu a lei não produz todos
ou parte dos seus efeitos jurídicos.
A estrutura da norma jurídica tem principalmente na sua estrutura a previsão e por fim uma
consequência ( se não fizer x acontece y )
A norma jurídica tem uma estrutura interna constituída por duas dimensões:
1a Previsão: a norma jurídica regula situações ou casos hipotéticos da vida, que se espera que
venham a acontecer (previsíveis), isto é, contém, em si mesma, a representação da situação
futura (previsão ou hipótese de uma situação)
2a Estatuição: a norma jurídica impõe uma conduta a adotar quando se verifique, no caso
concreto, a previsão da norma (encontra-se a resposta ao Direito)
Sanção: a norma jurídica dispõe os meios de coação que fazem parte do sistema jurídico para
impor o cumprimento dos seus comandos.
Exemplo:
“Aquele que, achando exposto em qualquer lugar um recém nascido ou que, encontrando em
lugar ermo um menor de sete anos, abandonado, o não apresentar à autoridade administrativa
mais próxima, será condenado a prisão de um mês a dois anos.” (art. 346o CP vigente em Cabo
Verde):
- Previsão / Hipótese: prevê sempre hipoteticamente uma situação (“se ...”); “Aquele
que, achando exposto em qualquer lugar um recém nascido ou que, encontrando em
lugar ermo um menor de sete anos, abandonado ...”
Nota: se aparecer um exercício para verificar a estrutura da norma temos de dizer qual é a
hipótese e a estatuição.
2. Função secundária:
Como ? Quando ? Perante quem ? Quando fazemos estas questões vamos para o âmbito da
segunda função da ordem jurídica. Esta ao serviço do cumprimento dos direitos/deveres.
• Sem ela o Direito não era capaz de cumprir a sua função primária.
Desempenha um papel organizatório para que os critérios primários atuem e sejam assimilados
para contribuir para a resolução de diversas questões que se vai manifestando quando a ordem
jurídica ganha a dimensão prática.
Identificou de uma forma exemplar uma serie de problemas que podem recorrer ao nível da
ordem jurídica que determinam a inevitabilidade da função secundária.
Problemas: (principais )
se não existirem regras secundárias a ordem de direito tenderia a ser uma ordem estática ,
incapaz de se adaptar ; estática nao adaptável;
suscitaria uma serie de questões de incerteza ( rigor no direito que se vincula ; determinar o
conteúdo ) ;
3º orgânico - não pode substituir sem orgãos ; precisam de regras que constituem o meio de
funcionamento destes orgãos tendo a participação das regras secundárias pois têm uma função
organizaatória.
Definição: Momento sistemático capaz de identificar uma unidade. O direito não e algo fechado.
O direito sofre alterações e serve o homem. Neste primeiro momento vou encontrar normas que
entram em conflito umas com as outras devido á concorreria que existe entre elas e a aplicação
das mesmas.
- vacacio legis : depois de publicada a lei tem 5 dias para entrar em vigor.
Exemplo de norma secundária: todos vivemos num tempo de uma enorme produção legislativa.
Se todos os dias abrirmos o diário da republica encontramos novas leis. Tempo de muitas leis e
inflação legislativa. O que se pode compreender á luz de certos fatores , mas que evidentemente
suscitam um problema.
Nada nos garante que essa produção sejam capazes de construir algo coerente. Há que ter em
conta que estas prescrições são construídos em diversos períodos de tempo que não coincidem.
Resposta:
Pois os problemas da vida sua casos complexos e concretos e que não correspondem
integralmente as normas , pois estas implantam uma previsão de um acontecimento-tipo. O
acontecimento pode ocorrer mas pode ocorrer com a base geral da norma mas com
características especificas.
Concorrência de normas legais pois concorrem entre si e propõe/ prescrevem soluções distintas.
Estamos perante uma ausência de unidade e articulação entre normas , mas , ainda , uma
questão complexa pois se as respostas forem contraditórias põe-se o problema de identificar
critérios primários. Suscitam incertezas ao conteúdo do próprio direito.
Temos de saber qual a lei que entra em vigor( vacatio legis) ou se é de aplicação imediata.
Uma das regras secundárias diz-nos que uma lei que é hierarquicamente superior derroga a lei
hierarquicamente inferior. Está inscrito no pensamento dos juristas e esclarece a concorrência ,
que ocupam posições distintas na hierarquia das normas. Não prescreve nenhum modelo de
comportamento que se projeta na nossa vida.
Definição: Nos temos no ordenamento jurídico normas que são gerais ( regras para as relações
que contemplam) , mas temos também normas especiais ( adaptam as gerais quando
consideram situações especiais ) . No fundo não temos só domínios dogmáticos gerais e
especiais , mas também os temos nas normas.
Pode acontecer quando levantamos a questão de um problema , 2 normas concorram com uma
norma de caracter geral e outra de caracter especial.
A regra secundaria diz-nos que se houver uma concorrência entre uma norma geral e uma norma
especial , devemos dar privilegio á norma especial , pois é aquela que contempla as
circunstâncias particulares.
Exemplo de norma secundária: infanticídio derroga homicídio , ou seja , Artigo 136º derroga
Artigo 131º do Código Civil
B) Concorrência Diacrónica
Definição: Concorrência que convoca uma dimensão no tempo. As normas que concorrem no
tempo são normas que têm vigências temporais distintas. Uma evolução no tempo.
Consiste numa norma revogada por outra norma , vigente num certo tempo e que foi substituída
por outra norma atual , que estará apta para o futuro.
C) Concorrência no espaço
São controvérsias ou situações plurilocalizadas que põe em movimento diversas ordens jurídicas
e o problema em saber qual a ordem jurídica competente para realizar o ato. Pode provocar
efeitos , a possibilidade da realização , etc.
O Domínio dogmático é o Direito Internacional Privado - índole secundária que procura resolver ,
antes da solução do problema, a ordem jurídica competente.
Estes problemas são graves devido ao não conhecimento da resposta do direito , numa situação
concreta.
Definição: neste momento assumimos que o direito tem uma dimensão histórica. A exigência de
mudança, como ordem jurídica , precisa de regras para a mudança para que a ordem social vá
acompanhando as transformações da realidade.Por vexes a ordem jurídica vai impor mudanças ,
sendo necessário regras para esse mesmo feito. Problema de saber as fontes atuais de direitos ,
que podem ser ditadas pelo código civil.
• Usos que não forem contrários ao principio da boa fé não são fontes mas podem ser atendidos
Artigo.5º
Produz efeitos após o período da vacatio legis , se não existir tem um período de 5 dias.
Ver artigo 5º nº2 - período que decorre entre a publicação da norma e a sua entrada em vigor.
Se a lei não disser nada entra em vigor num período de 5 dias. Se a lei dispuser algo entra
imediatamente em vigor ou num tempo determinado.
Questão presente: - é a questão de saber qual são os modos pelos quais ,numa certa ordem, o
direito se manifesta. - problema das fontes do direito e da sua manifestação. ( introdução II)
As tentativas de resposta ao problema , quer dadas pela lei ou pensamento jurídico , são critérios
secundários.
São exemplos as normas obsolentas é algo ultrapassado; fora de vigor á legislação atual.
Norma que não pode ser aplicada devido á falta da realidade que esteve na sua formação.
nº1) problema de saber quando as leis deixam de vigorar , isto é , a cessação de vigência da lei -
regra de mudança
Caducidade:
A lei pode cessar a sua vigência por caducidade : em sentido formal , significa uma mudança ,
pois a lei deixa de ser vigente por razões que são intrínsecas á própria lei , isto é , pois a lei em
causa destinava-se a ser temporária. Destinava-se á vigência temporária. Pode ser previsto
numa forma rigorosa devido a estar escrito a sua vigência temporária.
Pode não estar prevista uma data mas pode estar uma razão intrínseca á lei.
ex: diploma legislativo para os destinatários as pessoas que participaram num conflito - a partir
do momento que cessa o conflito , naturalmente a lei cessa.
Revogação:
Em todas as circunstancias que não e possível falar de caducidade , o modo que cessa é lei é
desenvolvido exteriormente que vai determinar a cessação da vigência.
Definição: Esta associado ao mundo prático , trazendo o que nesse mundo prático do direito o
que e mais institucional, ligado á invocação do terceiro imparcial
Esta associado a alguns ramos do direito. Alguns destes domínios precisam do apoio de um
domínio designado processual. (direito adjectivo)
ex: direito civil é substantivo mas precisa de um direito adjectivo - direito processual civil
Resposta:
1)A resposta deve ser procurada no âmbito do direito civil , no âmbito do direito substantivo ( tem
haver com o conteúdo da controvérsia , a atribuição de direitos e deveres , a sua atribuição).
2)Para que a controvérsia seja resolvida um dos sujeitos tem de se dirigir ao tribunal competente ,
e ao propor uma ação vai desencadear um procedimento que se desenvolve no tempo , com
várias etapas , ate chegar até a sua etapa final. Depois haverá a possibilidade de recorrer a um
tribunal superior com essa decisão e , depois de corridas as estâncias possíveis , se torna uma
decisão final. Torna-se etapas devido a prazos , provas. Momentos institucionais determinados
para que a outra parte tenha oportunidade de contra-argumentar.
Tudo isto é o núcleo do direito adjetivo : tornar possível o percurso , ou seja , o processo de
resolução da controvérsia. São regras secundárias de processo.
Há uma dificuldade de distinguir outro tipo de regras ( secundárias ) e que no entanto não são
autenticamente regras de processo.
Temos cânones que ajudam o jurista a interpretar a lei. Não e uma regra de procedimento ,
apenas referimos a interpretação pelo juiz de textos jurídicos deve obedecer as cânones. Não é
evidentemente correto dizer que são regras de processo/ metodológicas, mas ajudam a construir
o jurista/juiz a construir a sua norma. - regras de juízo / julgamento. ( realizarão
metodológica).
as ordens jurídicas exigem , para ser classificadas como ordens de direito , uma diferenciação
clara entre regras primárias e secundarias.
Critério: se tivermos uma ordem com regras primárias e secundárias estamos perante uma ordem
de direito
Ele refere que as regras primárias são regras de comportamento exigidas aos seres humanos
na realização de ações.
Estas regras visam dizer o que naquela ordem jurídica é direito e o que vale de direito.
- problema do estatismo : determina que surgem regras secundárias que se destinam a vence-
lo: regras de trasnformação/mudança. Hart também considera os critérios construídos pela
autonomia dos sujeitos privados , quando celebram contratos entre si ou quando se cessam ,
regras de mudança.
- Problema da incerteza: quanto aquilo que vale e vinculo como direito. Ordem primaria que
nao disponha de critérios secundários que permitam esclarecer o que é ou não uma ordem
jurídica vai confrontar-se com várias dificuldades de distinção nas fronteiras de juridicidade.
Para Hart esta acentuação da incerteza é relevante porque a partir deste diagnostico ele vai
construir um contributo decidis para o direito: contributo de identificar o que ele diz a cerca da
regra de reconhecimento , ou seja , uma regra que vai sendo objetivada pelas práticas
repetidas e estabilizadas pelos operadores do direito. É fundamental para determinar com rigor
onde começa e acaba o direito. Estas praticas vai manifestar o que é Direito nessa mesma
ordem jurídica.
- problema da ineficácia: sem regras de julgamento , não teríamos um julgamento eficaz , isto
é , não teríamos um direito vigente.
Uma função primaria não sera eficaz se não existirem orgãos que tratem as controvérsias e que
esclareçam as pessoas dos direitos /deveres. Estas regras são fundamentais para garantir uma
eficácia da ordem e uma afirmação na prática institucionallizado.
No fundo Hart refere que se estivermos numa ordem social que existem regras primarias e
secundárias , estamos perante uma ordem de Direito , onde temos á nossa disposição critérios
que perimiram resolver este tipo de problemas ( estrabismo , ineficácia , incerteza).
Exemplo:
Ordens sociais impostas pela máfia ou pelos gang´s são ordens de direito - regras primárias ,
secundárias , sanções … ordem de uma enorme eficácia onde as pessoas sabem como se
devem comportar para evitar sanções. A máfia nos territórios que domina estabiliza uma ordem
de direito.
Com base na exploração que fizemos ate agora fizemos é insuficiente para dizer o que é ou não
uma norma de direito bem como a sua eficácia.
A resposta tem de ser procurada não nas características mas ao nível das intenções dos sentidos
que essa ordem se propõe realizar. A ordem de direito será uma ordem orientada por essas
exigências , uma ordem orientada por valores e exigências de sentido. Estas aspirações não são
características e o modo de as traduzir e o de compreender que têm uma tradução em princípios
aos quais as exigências deve obediência , que deve realizar na pratica e orientar a pratica dos
seus sentidos.
Exemplo de resposta: ordem de direito é aquele que tem como exigência institucionalizar uma
comunidade de sujeito pessoas que se conheçam reciprocamente como pessoas dentro da
comunidade. ( excluímos a mafia , o estado totalitário , entre outros ). Ordem comprometida
como uma certa visão da pessoa , onde são reconhecidas e respeitas. - não identificamos uma
característica objetiva mas sim uma aspiração.
Para se falar de uma norma de direito temos de falar numa serie de princípios de direito vigente
como principio da responsabilidade , da culpa , etc …
O que é perfeitamente decisivo para a distinguir uma ordem de direito e uma ordem social esta
nos princípios que essa ordem alberga , que permite realizar as práticas.
O direito para ser identificado precisamos de reconhecer o seu projeto. E e esse projeto que nos
vai permitir responder a esta pergunta.
Positivismo: é um movimento que toca nas varias dimensões na vida do homem e quando
influenciado na vida jurídica tornou a vertente normativista legalista. Á escala global que toca
em todas as dimensões na vida da humanidade . Repercutisse na dimensão cultural , nas
filosofas materialistas e nacionalistas ( cartesiana ), valorização na razão.
- Aplicado ao direito mudou o modo de tratamento da matéria de direito , assim como a ordem
jurídica que perdura ate aos dias de hoje.
Pré-positivismo:
O direito natural como um direito de valores superiores ( direito suprapositivo ; transcendia a lei
concreta ) que transferir o direito concreto ( direito legislado ). Eram harmonizados.
O direi esta dentro da norma legislada de acordo com os interesses e esse conjunto de valores é
algo que é iminente á própria norma. No direito positivo tudo é direito.
A lei tal qual a conhecemos hoje é uma criação que não tem mais de 300 anos. É uma criação da
época moderna e é uma criação que convive paredes meias com mudanças na vida do homem.
A estrutura que nos assentamos é uma herança do normativismo legalista do século XIX , da sua
mão inovadora , pois antes a ordem jurídica não apresentava esta estrutura.
O advento de um movimento que veio para ficar e que veio para ficar de natureza poisivsuta ,
teve haver com uma certas mudanças que o Homem passou numa certa altura de mudança da
humanidade. A génese destas mudanças:
Surge uma nova conceção do Homem, acentuando-se a autonomia humana, já que o individuo
surge, agora, como sujeito individual de interesses e vontades. Esta mudança na conceção do
indivíduo deve-se ao desenvolvimento da razão, nomeadamente como progressos científicos, e à
exaltação da Liberdade enquanto medida de exercício da vontade. Esta transformação da
conceção do homem dá lugar ao individualismo. A questão é: como é que o Homem livre se
1. O homem retira o foco da sua explicação da sua existência de uma dimensão que o
transcende e atras essa dimensão pra dentro de si - a razão de todas as coisas , capaz de
tudo , senhor de liberdade , senhor de vontade e interesses - o homem não vivia de uma
maneira autonomizada antes do referente histórico.
2. Trás consigo uma atitude investidora e criativa que da previamente o movimento económico o
liberalismo - mercantil: o mercado auto-regulasse e só o estado intervém só um século depois
que o mercantilismo puro tem uma dimensão negativa na harmonização social das
comunidades. Passa a ter uma perspetiva das relações , nos pertences que estão dentro das
esferas de cada um - “dizer o que é meu e protegê-lo”.
3. O normativismo resolve o problema com a estrutura da lei como a conhecemos hoje : a lei e
a sua consequência. Vai dominar todo este tempo , sofrendo alguns acertos com a introdução
da ideologia do estado-providencia , mas a verdade é que a estátua do esquema mantêm-se
devido á estrutura que assenta na genialidade na base de uma filosofia política de Rosseau ,
e toda esta ideia base mantêm-se ate aos dias de hoje , trazida pelo normativismo , muito
bem concedida mas com excessos.
Vertente positivista porque de facto só interessa á vivência do homem tudo aquilo que lhe é
imanente e positivado , concretizado e magnificavel.
Na ciência : método experimental - lei consolidado nesta altura e a hipervalorização das diencias
exatas.
Esta nova dimensão foi conquistada , pois não se situava nestas posições : proteção da
vontade dos interesses , com capacidade para determinar o seu destino .
O homem não se vê como um ser co, este tipo de autonomias , ate por dimensão cultural , ele
vê-se como alguém determinado por alguém de forças superiores: as teorias do direito natural
(quando se fala de direito )
- O Direito como a uma identidade metafísica superior na vida do Homem : Deus. O homem é
alguém que não tem vontade própria e esta e dominada por regras superiores ; é alguém cujo
destino é determinado e não se vê como tendo o poder de fazer o seu próprio destino ; toda a
sua vida se divide nos conceitos de bem e de mal e não por qualquer outros conceitos.
- A natureza: senhora de uma lógica e racio superior natural á pratica de direito e o direito tem
seguir esta entidade.