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DETERMINAÇÃO DO EQUIVALENTE EM ÁGUA

DE UM CALORÍMETRO (W)
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Aparato experimental para realização da prática.........................................7

Tabela 1 - Dados coletados no experimento...............................................................8

Gráfico 1 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 20mL de água


a 25°C com 20mL de água a 30,4°C............................................................................8
Gráfico 2 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a
25°C com 40mL de água a 30,4°C...............................................................................9
Gráfico 3 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 60mL de água a
25°C com 60mL de água a 30,4°C...............................................................................9
Gráfico 4 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 20mL de água a
25°C com 20mL de água a 41,1°C.............................................................................10
Gráfico 5 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a
25°C com 40mL de água a 41,1°C.............................................................................10
Gráfico 6 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a
25°C com 40mL de água a 41,1°C.............................................................................11
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................5
2 OBJETIVOS...............................................................................................................6
2.1 Objetivo geral................................................................................................6
2.2 Objetivos específicos....................................................................................6
3 METODOLOGIA.........................................................................................................6
3.1 Materiais e Reagentes..................................................................................6
3.2 Procedimento experimental..........................................................................6
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...............................................................................8
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................13
6 REFERÊNCIAS........................................................................................................14
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1 INTRODUÇÃO

Calorimetria é o estudo do calor transferido durante um processo físico ou


químico e calor, por sua vez, é identificado como a transferência de energia que faz
uso do movimento térmico das partículas nas vizinhanças do sistema. Tal forma de
energia, contudo, não é conservada e flui da substância mais quente a mais fria até
que suas temperaturas se igualem.

Uma capacidade calorífica elevada significa que se uma determina


quantidade de calor fluir para o sistema haverá uma pequena elevação da
temperatura, em contrapartida, se a capacidade calorífica for baixa, a mesma
quantidade de calor provocará uma elevação de temperatura superior em relação a
primeira situação. Vale ressaltar, então, que essa grandeza resulta da razão entre a
quantidade de calor recebido por um corpo e a variação de temperatura.

Q
C=
∆T

Onde C corresponde a capacidade térmica, Q a quantidade de calor e ΔT a


variação de temperatura.

Os calorímetros são aparelhos que permitem estudar os processos de


transferência de energia térmica e as propriedades térmicas dos materiais, sendo os
mesmos projetados para manter a transferência de calor entre o interior e as
vizinhanças a um mínimo valor absoluto. Corresponde, dessa forma, a um sistema
fechado, ou seja, que não permite trocas de calor com o ambiente.

Baseado no supracitado, torna-se fundamental distinguir a capacidade


calorífica no interior de um determinado calorímetro, possibilitando assim o cálculo
da quantidade de calor que vem a ser absorvido ou liberado durante a reação. Para
que seja determinado, entretanto, a capacidade calorífica de um calorímetro utiliza-
se água em diferentes temperaturas e o presente trabalho visa explanar as técnicas
envolvidas nessa determinação, bem como a obtenção do equivalente em água do
calorímetro em questão. Sendo esta última propriedade a quantidade de água que
apresenta o mesmo comportamento térmico de uma massa qualquer de outra
substância e seu módulo é numericamente igual a capacidade térmica da
substância.
4

A medição dessas propriedades, porém, está intimamente ligado ao princípio


da conservação da energia podendo ser calculado a partir da seguinte expressão:

mH 2 O(q ) . C H O .|∆T q|=W .|∆ T f|+m H O .C H O .|∆ T f|


2 2 ( f) 2

Onde m H 2 O se refere as massas de água quente (q) e fria (f), C H 2 O é o calor

específico da água, W é o equivalente em água do calorímetro e |∆T q| e |∆T f| são,


respectivamente, as variações de temperatura da água quente e fria, em módulo.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Calcular o valor do equivalente em água de um calorímetro.

2.2 Objetivos específicos

Analisar as trocas de calor de substâncias no calorímetro e elucidar a


reprodutibilidade e os erros experimentais.

3 METODOLOGIA

3.1 Materiais e Reagentes

 2 banhos-maria
 Termômetro
 Cronômetro
 Calorímetro (Garrafa térmica)
 Proveta de 50 mL
 2 erlenmeyers
 Água destilada

3.2 Procedimento experimental

A priori, ligou-se os banhos-maria e regulou-se os mesmos em diferentes


temperaturas, visando realizar duas etapas experimentais com temperaturas de
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água distintas. Em seguida, um sistema foi montado, a partir do calorímetro, cujo


aspecto se assemelha ao que está representado na sequência:

Figura 1 – Aparato experimental para realização da prática

Fonte: ebah.com

Na sequência, encheram-se dois erlenmeyers de 250 mL com água destilada


e cada um foi posto em um respectivo banho, fazendo com que a água no interior de
cada erlenmeyer assumisse uma temperatura condizente com o banho em que fora
posto. Feito isto, mediu-se a temperatura ambiente e a temperatura da água contida
em cada elernmeyer e, a partir disso, o experimento se deu em duas etapas
experimentais, chamadas de etapas 1 e 2, de acordo com a temperatura de água
aquecida que foi utilizada.

O procedimento de cada etapa, por sua vez, consistiu em misturar volumes


iguais de água em temperaturas distintas e registrar a variação da temperatura em
intervalos de tempo definidos até que a mistura atingisse o equilíbrio. Cada etapa,
no que lhe concerne, foi realizada três vezes com volumes de água iniciais
diferentes. Ademais, vale ressaltar, que foi considerado desde o início alguns erros
que poderiam ocorrer ao longo da prática, pois além de não ter sido utilizado um
calorímetro ideal, a experiência requeria mais provetas.

Tendo isso em vista, realizou-se a primeira etapa com a água do primeiro


banho, cuja temperatura era 31,4°C, conforme o esquema a seguir:

20 mL de H2O(q) + 20 mL de H2O(f)
6

40 mL de H2O(q) + 40 mL de H2O(f)

60 mL de H2O(q) + 60 mL de H2O(f)

Onde os termos H2O(q) e H2O(f) referem-se, respectivamente, a água


aquecida; isto é, aquela provinda do banho; e a água fria que corresponde a água na
temperatura ambiente. Ambas, por sua vez, tiveram o seu volume aferido na proveta
e assim que as duas entraram em contato, aferiu-se a temperatura a cada 3
segundos até que se atingisse uma certa estabilidade.

Quando tal estabilidade foi alcançada, anotou-se o resultado, pois este


corresponde a temperatura final, ao passo que a temperatura ambiente (25°C)
corresponde a temperatura inicial. Os mesmos passos foram seguidos na etapa
experimental dois na qual a temperatura da água quente era de 41,1 °C.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após a adição da água quente em cada uma das etapas e registro da


temperatura em intervalos de 3 s, foi possível construir os seguintes gráficos com
base na variação de temperatura:

Gráfico 1 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 20mL de água a 25°C
com 20mL de água a 30,4°C.
7

27.82
f(x) = − 0.01 x + 27.81
27.8 R² = 0.77

27.78

27.76
Temperatura (°C)

27.74

27.72

27.7

27.68

27.66

27.64
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)

Fonte: dos autores


8

Gráfico 2 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a 25°C
com 40mL de água a 30,4°C.

28.25

28.2

28.15

28.1
f(x) = − 0.02 x + 28.1
Temperatura (°C)

28.05 R² = 0.63

28

27.95

27.9

27.85

27.8

27.75
0 2 4 6 8 10 12 14 16

Tempo (s)

Fonte: dos autores


9

Gráfico 3 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 60mL de água a 25°C
com 60mL de água a 30,4°C.

28.1

28 f(x) = 0.02 x + 27.61


R² = 0.74
27.9

27.8
Temperatura (°C)

27.7

27.6

27.5

27.4

27.3

27.2
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Tempo (s)

Fonte: dos autores


10

Gráfico 4 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 20mL de água a 25°C
com 20mL de água a 41,1°C.

31

f(x) = 0.02 x + 30.32


R² = 0.91
30.8

30.6
Temperatura (°C)

30.4

30.2

30

29.8
0 5 10 15 20 25 30

Tempo (s)

Fonte: dos autores


11

Gráfico 5 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a 25°C
com 40mL de água a 41,1°C.

32.25

32.2

32.15
f(x) = − 0.01 x + 32.14
32.1 R² = 0.66
32.05
Temperatura (°C)

32

31.95

31.9

31.85

31.8

31.75

31.7
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Tempo (s)

Fonte: dos autores


12

Gráfico 6 - Variação da temperatura com o tempo para a mistura de 40mL de água a 25°C
com 40mL de água a 41,1°C.

32.95

32.9

32.85
f(x) = − 0.02 x + 32.86
R² = 0.86
32.8
Temperatura (°C)

32.75

32.7

32.65

32.6

32.55

32.5

32.45
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Tempo (s)

Fonte: dos autores

Tendo esses gráficos em vista, os dados pertinentes para o cálculo do


equivalente em água de um calorímetro puderam ser sintetizados na tabela a seguir:

Temperatura Temperatura Proporção da Temperatur Variação da


da água da água fria mistura a final (Tf) temperatura
quente (Tq) (Tf) (ΔT)
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H2O
H2O (q)
(f)
20ml de H2O(f) +
27,7°C -2,7°C 2,7°C
20ml de H2O(q)

40ml de H2O(f) +
30,4°C 28°C -2,4°C 3°C
40ml de H2O(q)

60ml de H2O(f) +
27,9°C -2,5°C 2,9°C
60ml de H2O(q)
25°C
20ml de H2O(f) +
30,7°C -10,4°C 5,7°C
20ml de H2O(q)

40ml de H2O(f) +
41,1°C 32°C -9,1°C 7°C
40ml de H2O(q)

60ml de H2O(f) +
32,6°C -8,5°C 7,6°C
60ml de H2O(q)
Tabela 1 – Dados coletados no experimento
Fonte: do autor

Por meio desses dados e sabendo-se que a densidade e o calor específico da


água correspondem a, respectivamente, 1g/ml e 1cal. g -1.°C-1, é possível calcular a
capacidade térmica do calorímetro em cada uma das condições supracitadas,
baseando-se no princípio da conservação da energia, através da seguinte expressão
já mencionada:

mH 2 O(q ) . C H O .|∆T q|=W .|∆ T f|+m H O .C H O .|∆ T f|


2 2 ( f) 2

Fazendo-se, então, as devidas substituições e tendo em vista que a massa de água,


em virtude de sua densidade de 1g/ml, é numericamente igual ao volume:

20. 1.|−2,7|=W .|2,7|+20.1 .|2,7|→ W =0 cal/° C


40. 1 .|−2,4|=W .|3|+ 40.1 .|3|→W =−8 cal /° C
60. 1.|−2,5|=W .|2,9|+60. 1 .|2,9|→ W =−8,28 cal/° C
20. 1.|−10,4|=W .|5,7|+20.1 .|5,7|→W =16,49 cal/° C
40. 1 .|−9,1|=W .|7|+40. 1 .|7|→W =12 cal/° C
60. 1.|−8,5|=W .|7,6|+ 60.1 .|7,6|→W =7,11 cal /° C
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Valores tão distintos, e nos casos negativos completamente incoerentes, do


equivalente em água do calorímetro se devem, certamente, a certos problemas
experimentais como:

 Não haver sete provetas sendo seis para transportar a água quente até a água
fria e uma para medir o volume de água fria, de forma que a cada passo ainda há
calor da etapa anterior sendo transferido da proveta para a água fria que nela é
medida. Além disso, as provetas utilizadas para transportar a água quente
deveriam todas ser aquecidas numa estufa antes do experimento, pois, devido à
ausência disso, a cada passo a água quente transfere parte de sua energia
térmica para a proveta que está em uma temperatura mais baixa do que a água
em questão.

 Não haver seis calorímetros, uma vez que a cada etapa do experimento parte do
calor que é transferido para o calorímetro na etapa anterior é transferido para a
água fria assim que esta é posta o que altera os valores de variação de
temperatura obtidos.

 A dificuldade para estabilizar a temperatura no calorímetro de forma geral

Entretanto, apesar dos problemas experimentais relatados pode-se dizer que


o valor mais adequado, certamente, foi o primeiro obtido na segunda etapa do
experimento (etapa com a temperatura da água quente de 41,1°C), isto é, que o
equivalente em água do calorímetro é de 16,49 g. Tal escolha se deve ao fato dos
valores obtidos na etapa com água a 30,4°C serem completamente incongruentes e,
dentre os obtidos na segunda etapa, o primeiro é o que sofreu menos influência dos
problemas supracitados.

5 CONCLUSÃO

Através dos resultados foi possível elucidar a baixa precisão do método de


obtenção do equivalente em água do calorímetro. A capacidade térmica de todos os
materiais existentes não pode ser nula e, muito menos, negativa o que permite inferir
que a primeira etapa do experimento está incorreta, seja em virtude de erros
sistemáticos que podem ter ocorrido ou mesmo pelos erros experimentais. Contudo,
15

de acordo com os problemas experimentais já mencionados, o primeiro valor obtido


em cada etapa será, certamente, o mais coerente com a realidade devido a estes
não sofrerem com a transferência de calor da proveta ou a proveta dependendo da
temperatura da água que nela foi inserida para aferir o volume. Somado a isso, o
primeiro é também o menos afetado pela transferência de calor do calorímetro em
razão dos fatores já citados. E, com base nessas informações, é que foi escolhido
como valor mais coerente com a realidade, para o equivalente em água do
calorímetro no experimento em questão, 16,49g de água.

6 REFERÊNCIAS

Atkins, P.; De Paula, J. Físico-Química. 8 ed. Rio de Janeiro: LTDA, 2010, v.1.
Castellan, G. W. Fundamentos de Físico-Química. 1 ed. Rio de Janeiro: LTDA,
1995.
GONDIN, S. A. et al. Determinação do equivalente em água de um calorímetro.
Itacoatiara (AM): UFAM, 2012.
TELES, A. L. et al. Determinação do equivalente em água de um calorímetro.
Manaus (AM): UFAM, 2015.

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