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Problemas Resolvidos de Física Prof. Anderson Coser Gaudio – Depto.

Física – UFES

HALLIDAY, RESNICK, WALKER, FUNDAMENTOS DE FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE


JANEIRO, 1996.

FÍSICA 2

CAPÍTULO 16 – FLUIDOS

41. Uma esfera oca, de raio interno igual a 8,0 cm e raio externo 9,0 cm, flutua submersa pela
metade em um líquido de densidade 800 kg/m3. (a) Qual é a massa da esfera? (b) Calcule a
densidade do material de que ela é feita.
(Pág. 73)
Solução.
Considere o seguinte esquema:
M, V

E
Re
e
Ri
P y

(a) Como a esfera está em equilíbrio, a soma de seu peso (P) e do empuxo (E) do líquido deslocado
pela esfera deve somar zero.
Fy P E 0
Mg gVdesloc
14 3 2 2 3
M Re Re3 800 kg/m3 0, 090 m 1, 2214 kg (1)
23 3 3
M 1,22 kg
(b) A densidade da esfera ( e) é a razão entre sua massa M e seu volume V.
2
Re3 800 kg/m3
M 3
e 1.343, 77 kg/m3
V 4 3 3
Ri
3
0, 080 m
3
Re Ri
3 2 1 2 1
Re 0, 090 m

Na expressão acima, a expressão que substituiu M veio da Eq. (1). Logo:


e 1,3 103 kg/m3

88. Uma barra de metal de comprimento 80 cm e massa 1,6 kg tem área seção transversal uniforme
igual a 6,0 cm2. Devido à densidade não ser uniforme, o centro de massa da barra se encontra a
20 cm de uma das extremidades. A barra é suspensa em posição horizontal, por meio de cabos
atados às duas extremidades e mergulhada em água, como mostrada na Fig. 16-57. (a) Qual é a
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a
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tensão no cabo mais próximo do centro de massa? E no mais distante?

(Pág. 73)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação, onde T1 e T2 são as tensões no fio esquerdo e direito,
respectivamente, E é o empuxo do líquido sobre a barra e P é o peso da barra, que age em seu no
centro de massa (CM):

L/2
T1 l
E T2
y
CM
M z x

P
L
(a) A soma dos torques em z em relação ao eixo ortogonal ao plano da página, que passa pelo ponto
1, deve ser nula:
L
z T1 P E LT1 L l P E 0
2
EL
LT1 L l P
2
l gAL
T1 1 Mg
L 2
0, 20 m
T1 1 1, 6 kg 9,81 m/s 2
0,80 m
1, 0 103 kg/m3 9,81 m/s 2 6, 0 10 4
m 2 0,80 m
9, 4176 N
2
T1 9, 4 N
(a) A soma dos torques em z em relação ao eixo ortogonal ao plano da página, que passa pelo ponto
2, também deve ser nula:
L
z T2 P E LT2 lP E 0
2
EL
LT2 lP
2
lMg gAL
T2
L 2
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0, 20 m 1, 6 kg 9,81 m/s 2
T1
0,80 m
1, 0 103 kg/m3 9,81 m/s 2 6, 0 10 4
m 2 0,80 m
1,5696 N
2
T1 1,6 N

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a
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RESNICK, HALLIDAY, KRANE, FÍSICA, 4.ED., LTC, RIO DE JANEIRO, 1996.

FÍSICA 2

CAPÍTULO 17 – ESTÁTICA DOS FLUIDOS

06. Em 1654, Otto von Guericke, prefeito de Magdeburgo e inventor da bomba de vácuo, realizou
uma demonstração diante do Conselho Imperial, em que duas parelhas de cavalos não foram
capazes de separar dois hemisférios de latão no interior dos quais se havia feito vácuo. (a)
Mostre que a força F necessária para separar os hemisférios é F = R2 , onde R é o raio
(externo) dos hemisférios e é a diferença entre a parte interna e a externa da esfera (Fig. 18).
(b) Supondo R = 0,305 m e a pressão interna igual a 0,100 atm, qual a força que deveriam
exercer as parelhas de cavalos para separar os hemisférios? (c) Porque foram utilizadas duas
parelhas de cavalos? Não seria suficiente utilizar apenas uma para fazer a demonstração?

(Pág. 73)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:
z

Rd

dF’
R
d
dF’ sen sen

d y

dF’ sen
R sen R sen d

x
A força dF’ que age num elemento de área dS da superfície da esfera sujeita a uma diferença de
pressão p vale:
dF ' pdS (1)
A força que age sobre toda a superfície esférica devido a p vale:
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a
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F' dF ' sen sen (2)


Na Eq. (2), dF’ sen sen é a componente de dF’ paralela ao eixo y. É esta componente que se
opõe a F, que é a força externa exercida pelos cavalos (confira no esquema acima). O elemento de
área dS é dado por:
dS Rd .R sen d
O resultado acima é obtido por meio do produto dos comprimentos dos lados do elemento de área.
dS R 2 sen d d (3)
Substituindo-se (1) e (3) em (2):
F' R2 p sen sen 2 d d
Como as integrais são independentes, podemos fazer:
2
F' R2 p sen 2 d sen d
0 0

F' 2 R2 p
A força que agem em cada hemisfério (F) é a metade de F’. Logo:
F R2 p
Podemos notar que a força em cada hemisfério é o produto da área do hemisfério projetada no plano
xz (ortogonal ao eixo y), ou seja a área de uma circunferência de raio R, pela diferença de pressão.
(b)
2
F 0,305 m 1, 01 105 Pa 0,100 1, 01 105 Pa 26.565, 22 N

F 26,6 kN
(c) Uma parelha de cavalos seria suficiente, desde que a corda ligada ao outro hemisfério fosse
amarrada em algum lugar fixo e resistente, como um tronco de árvore. Temos que nos lembrar que
à época do experimento as leis de Newton, em particular a lei da ação e reação, não eram
conhecidas.

13. Um tubo em U simples contém mercúrio. Quando 11,2 cm de água são derramados no ramo
direito, a que altura sobe o mercúrio no lado esquerdo, com relação ao seu nível inicial?
(Pág. 73)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

H2O
l
d
h
1 2

Hg Hg
Este problema deve ser resolvido tendo-se em vista que as pressões nos pontos 1 e 2 são iguais. A
pressão no ponto 1 vale:
p1 p0 H 2O gd (1)

________________________________________________________________________________________________________ 5
a
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A pressão no ponto 2 vale:


p2 p0 Hg gh (2)
Igualando-se (1) e (2):
p0 Hg gh p0 H 2O gd

H 2O
998 kg/m3
h d 3
11, 2 cm 0,821882 cm
Hg 13, 6 kg/m3
Em relação ao nível original, o deslocamento d é a metade de h, como mostra o esquema:
h 0,821882 cm
d 0, 410941 cm
2 2
d 0, 411 cm

14. Na face vertical de uma represa que está voltada contra a corrente do rio, a água se encontra a
uma profundidade D, como mostra a Fig. 20. Seja L a largura da represa. (a) Determine a força
horizontal exercida sobre a represa pela pressão manométrica da água e (b) o torque total devido
à pressão manométrica da água, aplicado em relação a uma linha que passa pelo ponto O,
paralelamente à largura da represa. (c) Onde está a linha de ação da força resultante
equivalente?

(Pág. 73)
Solução.
(a) Considere o seguinte esquema da situação:

y
dy
L
dF

D
r
O
Considere um elemento de área dA, de comprimento L e altura dy (dA = Ldy), localizado a uma
profundidade y ao longo da represa. A pressão hidrostática sobre esse elemento de área vale:
dF
p( y ) gy
dA
Onde é a densidade da água da represa. Logo:
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a
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dF gydA gyLdy (1)


D
F dF gLydy
0

gLD 2
F
2
(b) O elemento de torque d provocado por dF, em relação ao eixo que passa pelo ponto O ao longo
da largura da represa, é dado por:
dτ r dF

d D y .dF .sen
2
d D y dF (2)
Substituindo-se (1) em (2):
d gLy D y dy
D D3 D3
d gL y D y dy gL
0 2 3
gLD 3
6
(c) A linha de ação da força resultante (F) é a profundidade h, contada a partir da superfície, onde
essa força deve agir na represa para produzir o torque . Ou seja:
τ r F

D h .F .sen D h F (3)
2
Substituindo-se os resultados dos itens (a) e (b) em (3):
gLD 3 gLD 2
D h
6 2
D
D h
3
2D
h
3

23. Dois recipientes cilíndricos idênticos, cujas bases estão no mesmo nível, contém um líquido de
densidade . A área de cada base é A, mas em um dos recipientes a altura do líquido é h1, e no
outro, h2. Determine o trabalho realizado pela gravidade para equalizar os níveis quando os dois
recipientes são conectados.
(Pág. 74)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

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a
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h1 - h2 (h1 - h2)/2 (h1 - h2)/2

h1 h2

A B C
No esquema A, vemos a situação inicial do problema, onde os cilindros da direita e da esquerda
acabaram de ser conectados. Para igualar o nível dos cilindros, podemos fazer uma operação em
duas etapas. A primeira etapa consiste em transpor a metade superior da coluna de líquido mais alta
para a direita (B). Nesta etapa, nenhum trabalho gravitacional é executado. Na segunda etapa, a
porção de líquido de altura (h1 h2)/2 deverá ser baixada de uma altura também igual a (h1 h2)/2.
O trabalho gravitacional executado nesta etapa será:
h1 h2
W mg
2
Na equação acima, m é a massa da coluna líquida de altura (h1 h2)/2. Podemos substituir m por
V, em que V é o volume dessa coluna.
h1 h2 h1 h2 h h
W Vg A g 1 2
2 2 2
2
h h
W Ag 1 2
4

24. Um tubo em U está cheio com um único líquido homogêneo, que é temporariamente
comprimido em um dos lados por um pistão. O pistão é removido e o nível do líquido em cada
ramo oscila. Mostre que o período de oscilação é (2L/g)1/2, onde L é o comprimento total de
líquido no tubo.
(Pág. 74)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

x 2x

Seja a densidade do líquido. Se o nível de uma das colunas for baixado de uma distância x, o nível
da outra coluna atingirá uma altura 2x em relação à primeira. A coluna de altura 2x exercerá uma
força gravitacional que será capaz de acelerar toda a massa líquida (m). Vamos resolver a segunda
lei de Newton para o sistema:

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a
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Fx max
A força gravitacional exercida pela coluna líquida 2x corresponde ao produto entre a pressão do
líquido (p) e a área da seção reta da coluna (A). O sinal negativo é devido à força ter o sentido
contrário ao deslocamento x.
d 2x
pA m
dt 2
d 2x
g 2 xA AL
dt 2
d 2 x 2g
x 0 (1)
dt 2 L
A Eq. (1) é a equação diferencial do movimento harmônico simples, sendo que o coeficiente de x é
2
.
2g
L
Logo:
2
T

L
T 2
2g

28. A tração num fio que sustenta um bloco sólido abaixo da superfície de um líquido (de densidade
maior do que a do sólido), é T0 quando o vasilhame que o contém (Fig. 23) está em repouso.
Mostre que a tração T, aplicada quando o vasilhame sofre uma aceleração a, em sentido vertical
para cima, é dada por T0 (1 + a/g).

(Pág. 74)
Solução.
Considere o seguinte esquema, onde a situação A corresponde ao sistema em equilíbrio (a = 0) e B
ao sistema acelerado para cima (a = +aj):

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a
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A B

E0 E
y

P T0 P T x

a=0 a
Na situação A temos:
Fy 0
E0 T0 P 0
E0 T0 P (1)
Na situação B temos:
Fy ma y
E T ma P
P
T E P a
g
a
T E P 1 (2)
g
Precisamos agora de uma relação entre E e E0:
E0 gV
E g a V
Sendo o líquido supostamente incompressível, seu volume nas situações A e B são iguais.
Logo:
E0 g
E g a
a
E 1 E0 (3)
g
Substituindo-se (1) em (3):
a a a
E 1 T0 P 1 T0 1 P (4)
g g g
Substituindo-se (4) em (2):
a a a
T 1 T0 1 P P 1
g g g
a
T 1 T0
g

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a
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32. Um bloco de madeira flutua na água com 0,646 do seu volume submerso. No óleo, 0,918 do seu
volume fica submerso. Determine a densidade (a) da madeira e (b) do óleo.
(Pág. 75)
Solução.
Quando o bloco de madeira é colocado na água, observa-se a seguinte situação, onde P é o peso do
bloco e Ea é o empuxo da água sobre o bloco:
Ea

P Água

P Ea
mg a g 0, 646V
m
0, 646 a (1)
V
Mas m/V é a densidade da madeira ( m) e a densidade da água é a = 1,00 103 kg/m3. Logo:
m 0,646 1,00 103 kg/m3

m 646 103 kg/m3


Quando o bloco é colocado no óleo, observa-se a seguinte situação, onde Eo é o empuxo do óleo
sobre o bloco:
Eo

P Óleo

P Eo
mg o g 0,918V
m
0,918 o (2)
V
Igualando-se (1) e (2):
0, 646
o a 0, 70370 1, 00 103 kg/m3
0,918
o 704 103 kg/m3

37. Um objeto cúbico cuja aresta mede L = 0,608 m e cujo peso P = 4.450 N, no vácuo, pende da
extremidade de um fio dentro de um tanque aberto cheio de um líquido de densidade = 944
kg/m3, como mostra a Fig. 25. (a) Determine a força total para baixo, exercida pelo líquido e
pela atmosfera, no topo do objeto. (b) Determine a força total para cima, aplicada no fundo do
objeto. (c) Determine a tensão no fio. (d) Calcule a força de empuxo sobre o objeto, aplicando o
princípio de Arquimedes. Que relação existe entre essas três quantidades?

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a
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(Pág. 75)
Solução.
Considere o seguinte esquema das forças que agem sobre o corpo submerso:

Fs T
y

Fi

(a) A força exercida na parte superior do corpo (Fs) é igual à pressão total nessa região (ps)
multiplicada pela área da parte superior do corpo (A):
Fs ps A
A pressão total na parte superior do corpo é igual à soma da pressão atmosférica (p0) e da pressão
exercida pelo líquido à profundidade L/2:
L
Fs p0 g A 38.376,75 N
2
Fs 38, 4 kN
(b) A pressão total na parte inferior do corpo (pi) vale:
Fi pi A
L
Fi p0 g L L2
2

5 0, 608 m 2
Fi 1, 01 Pa 944 kg/m3 9,81 m/s 2 0, 608 m 0, 608 m
2
Fi 40.458,13 N
Fi 40,5 kN
(c) A tensão no fio (T) é obtida por meio da condição de equilíbrio estático do corpo, em que P é o
peso do corpo:

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a
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Fy 0
T Fi Fs P 0
T Fs P Fi 38.376, 75 N 4.450 N 40.458,13 N 2.368,88 N
T 2,37 kN
(d) A força de empuxo (E) vale:
3
E gV gL3 944 kg/m3 9,81 m/s 2 0,608 m 2.081,38 N
E 2,08 kN
A relação entre essas forças é:
E Fi Fs

41. Uma casca esférica oca, feita de ferro, flutua quase completamente submersa na água; veja a
Fig. 27. O diâmetro externo é de 58,7 cm e a densidade do ferro é de 7,87 g/cm3. Determine o
diâmetro interno da casca.

(Pág. 75)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:

Água E D/2

y
d/2
x
P

Nas equações a seguir, P é o peso da casca esférica, E é o empuxo que a água exerce sobre a casca,
Fe e Água são as densidades da casca e da água, VInt e VExt são os volumes interno e externo da
casca e mFe é a massa da casca. A casca esférica oca está em equilíbrio, logo:
Fy 0
P E 0
mFe g Água
gVExt

Fe g VExt VInt Água


gVExt
3 3 3
4 D d 4 D
Fe g Água
g
3 2 2 3 2
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a
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Água
D3 d 3 D3
Fe

Água
d3 D3 1
Fe

1/ 3 1/ 3
Água
0,998 g/cm3
d D 1 58, 7 cm 1 56,1057 cm
Fe 7,87 g/cm3
d 56,1 cm

43. Três crianças, cada uma pesando 366,5 N, constroem uma jangada amarrando toras de madeira
de 0,32 m de diâmetro e 1,77 de comprimento. Quantas toras serão necessárias para manter as
crianças à tona? Considere a densidade da madeira como sendo 757,7 kg/m3.
(Pág. 76)
Solução.
Considere o seguinte esquema da situação:
Ea

Pc
Água

Pt
Na situação de equilíbrio, o peso de n toras (cada uma pesando Pt) somado ao peso das três crianças
(cada uma pesando Pc) será igual ao empuxo exercido pela água (Ea):
3Pc nPt Ea
3Pc t g nVt a g nVt
ngVt a t 3Pc
3Pc
n (1)
gVt a t

Na Eq. (1), Vt é o volume e t é a densidade de cada tora e a é a densidade da água. O volume de


cada tora, em que l é o seu comprimento e d é o seu diâmetro, vale:
2
d
Vt l
2
ld 2
Vt (2)
4
Substituindo-se (2) em (1):
12Pc
n 2
lgd a t

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a
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12 366,5 N
n 2 2
3, 2764
1, 77 m 9,81 m/s 0,32 m 998 kg/m3 757, 7 kg/m3
Aqui não é possível arredondar o resultado para 3. Caso isto seja feito, o uso de três toras não irá
suportar o peso das crianças, já que uma fração de tora ainda seria necessária (0,249...) para
equilibrar o sistema. Portanto, é necessário acrescentar mais uma tora para satisfazer à condição de
flutuabilidade.
n 4 toras

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