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FUNDAÇÃO E OBRAS DE TERRA

Unidade 04 – FUNDAÇÕES
1 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS

1. INTRODUÇÃO
2. TIPOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
3. CAPACIDADE DE CARGA
4. DIMENSIONAMENTO
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1.INTRODUÇÃO
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3 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS

Portanto, a decisão de instalar FUNDAÇÕES PROFUNDAS


deriva fundamentalmente da interpretação dos resultados
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dos testes de solos mostrar a existência de uma camada


rochosa ou solos compactos e densos por debaixo de
camadas de materiais aluvionares, silte ou argilas moles.
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2. TIPOS DE FUNDAÇÕES
PROFUNDAS
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As fundações profundas podem ser:

a) Estacas: são peças longas de


fraca secção transversal que
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servem de veículo de transmissão


de cargas entre a base da estrutura
e a camada firme de fundação (no
caso de secções circulares, de
diâmetro pouco excedendo 1 m,
muito frequentemente com secções
ainda menores) e com esbelteza
maior do que 6 ou 7.
Celso Luis Faife 4/24/2018
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As estacas podem também ser definidas como elementos


compridos e esbeltos utilizados em circunstâncias onde
torna-se necessário transmitir as cargas para um estrato
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sólido, com boa capacidade de resistência, através de uma


camada ou camadas de material de fraca resistência,
material compressível ou água.
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b) Pegões (Poços) - os pegões não são senão estacas do


tipo moldado, mas de grande secção transversal, nunca
inferior a 1m2, mesmo habitualmente com secção
bastante maior. São frequentes as secções circulares,
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mas também são muito comuns secções quadrangulares,


normalmente executados em betão simples ou armado.
Têm um âmbito mais limitado de aplicação.

Celso Luis Faife


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No caso de fundações próprias de estruturas metálicas


do tipo naves industriais, os pegões assentam sobre o
solo superficial, sendo as suas dimensões, sobretudo a
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vertical, necessárias não só para se mobilizar o impulso


passivo lateral do terreno, como para servirem de lastro
(peso suplementar) face à solicitação ascendente da
acção do vento.
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c) Caixões: são normalmente


caixas ocas, de betão que são
descidas no terreno por “havage”
(escavação pelo interior), ou
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levados a flutuar na água para o


local de implantação e então
afundados.
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3. TIPOS DE ESTACAS
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As estacas podem ser classificadas em:

i) Quanto ao tipo de material: podem ser de madeira,


metal, betão simples, betão armado, e outras combinações
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de materiais.

ii) Quanto a forma da secção: podem ser classificadas


como sendo quadrado sólido, quadrado com cavidade,
rectangular, tubular e poligonal.
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iii) Quanto ao Método de transmissão de carga: podem ser


estacas de resistência na ponta ou base (iii.a), estacas de
resistência lateral (iii.b) ou misto (iii.c).
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(iii.a) (iii.b) (iii.c)


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iv) Quanto ao método de execução: há que distinguir dois


tipos fundamentais:
iv.a - estacas cravadas, e
iv.b - estacas moldadas no terreno/local.
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As estacas cravadas podem ser de aço, comportando uma


gama muito variada de perfis. São também muito
frequentes estacas cravadas de betão armado, sendo
modernamente quase sempre pré -esforçadas, para as
robustecer em relação à operação de içamento e
suspensão. De facto, muitas vezes, para estacas longas, as
operações de transporte e preparação da cravação são a
solicitação determinante do dimensionamento.
Celso Luis Faife 4/24/2018
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iv.c – Estacas tipo Franki
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iv.d – Estacas tipo Strauss
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iv.e – Estacas tipo hélice
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iv.f – Estacas tipo RAIZ
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iv.g - Estacas moldadas com lamas trixotrópicas

ESTACAS
TIPO RAIZ
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Celso Luis Faife 4/24/2018


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iv.h - Estacas moldadas com tubo recuperado (emtubadas)
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Celso Luis Faife 4/24/2018


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iv.i - Estacas cravadas por impacto

O processo de cravação mais utilizado é o de


cravação dinâmica, onde o bate-estacas utilizado é
o de gravidade. Este tipo de cravação promove um
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elevado nível de vibração, que pode causar


problemas a edificações próximas do local.

A cravação de uma estaca consiste em forçá-la a


penetrar no solo por meio de um bate-estacas até a
uma cota em que ela ofereça resistência. No caso
de um bate-estacas por gravidade o martelo é
erguido com auxílio de um cabo, polia e motor até
uma determinada altura donde é largado vindo em
queda livre ao encontro da cabeça da estaca.
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iv.j - Estacas cravadas por impacto

Um vibrador é basicamente
constituído por uma par de
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eixos engrenados e que


giram à mesma velocidade
em direcções opostas. Os
eixos contêm pesos
excêntricos e são accionados
por meio de um motor
eléctrico instalado num
invólucro.
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Medidas a tomar na execução de estacas

Em qualquer circunstância a cravação deve ser feita com a


devida atenção e com observância das boas práticas tais
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como:

• Evitar emprego de estacas cravadas ou de tubo moldado


obturado em solos contendo elementos rochosos;
• Colocar sempre tubagem de revestimento em presença
de solos instáveis;
• Utilizar sempre tecnologias de betão submerso em casos
de presença de água;
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Realizar a limpeza do fundo em estacas a trabalhar por


resistência na ponta;
• Evitar a descompressão dos solos em torno da estaca
sempre que se assumir que a estaca vai também funcionar
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por atrito lateral.


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3.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS MÉTODOS
DE EXECUÇÃO DE ESTACAS

i.) – Estacas Cravadas:


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Vantagens

• rapidez de execução;
• limpeza da obra;
• podem ser cravadas até à nega prevista;
• o terreno na ponta fica compactado e em contacto com
esta;
• estáveis em terrenos sem auto-sustentação (argilas
moles, lodos);
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i.) – Estacas Cravadas:


Vantagens

• possibilidade de serem recravadas quando sujeitas a


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levantamento do solo;
• possibilidade de inspeccionar a estaca antes da
cravação;
• controlo da qualidade na execução da estaca;
• resistência a ataques químicos;
• o nível freático não afecta processo construtivo;
• possibilidade de cravar grandes comprimentos;
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i.) – Estacas Cravadas:


Vantagens

• possibilidade de execução através da água em


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estruturas marítimas;
• podem ser instaladas a uma cota superior à do terreno;
• podem aumentar a compacidade relativa da camada
granular da fundação;
• técnica de cravação e equipamento pouco dependentes
das condições “in situ”.
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Desvantagens

• mais onerosas;
• dificuldade na variação e ajuste do comprimento;
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• poderem ser danificadas por excessiva energia de


cravação;
• inadequadas em solos contendo elementos ou blocos
duros;
• espaço em estaleiro antes da cravação;
• não poderem ser cravadas com grande diâmetro ou em
condições de limitação do pé-direito;
• provocam ruído e vibrações e deformação do terreno;
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Desvantagens

• perturbação do terreno que pode levar a


reconsolidação e desenvolvimento de atrito negativo
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nas estacas;
• subida (expulsão) de estacas anteriormente cravadas,
quando a penetração da ponteira destas estacas, na
camada de apoio, não foi suficiente para mobilizar a
necessária resistência às forças de levantamento;
• levantamento e perturbação do terreno envolvente
pode causar dificuldades e ter repercussões nas
estruturas vizinhas.
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Desvantagens

•Limitação dos comprimentos de cravação em várias


situações;
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• Molde pode ser problemático em casos de poços


artesianos;
• Vibrações, poluição sonora e deslocamentos de solos
podem afectar estruturas adjacentes;
• Difícil de executar em obras marítimas sem adaptação
especial;
• Não podem ser realizadas em grandes diâmetros.
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ii.) – Estacas moldadas in-situ

Vantagens
• Comprimento pode ser ajustado para responder a casos
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específicos;
• Solos removidos podem ser analisados;
• Podem ser realizadas em grandes diâmetros;
• Materiais da estaca não são dependentes de manuseamento e
cravação;
• Podem ter comprimentos significativos;
• Podem ser alargadas na base;
• Uma das principais vantagens reside na ausência de ruídos ou
vibrações no solo, pelo que podem ser utilizadas em zonas hurbanas.
As condições do solo são pouco afectadas. A retirada de terreno
permite ter um controlo sobre as características dos terrenos onde
se faz a instalação.
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Desvantagens

• Água e pressão artesiana podem inviabilizar execução;


• Betão não é colocado em condições ideais;
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• Bases alargadas podem ser difíceis de executar em solos


coesivos;
• Métodos de perfuração podem perturbar solos arenosos
• Difíceis de executar em obras marítimas e fluviais;
• É muito difícil controlar a qualidade final do betão. Não
existem garantias da existência ou não de defeitos ao longo
da superfície lateral das estacas. Pode haver desvios da
verticalidade e arrastamento do betão durante a presa.
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4. CAPACIDADE DE CARGA
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A capacidade de suporte de grupos de estacas sujeitas a


cargas verticais ou verticais e transversais depende do
comportamento da capacidade de suporte de uma única
estaca. A capacidade de carga de uma única estaca
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depende:

1 .Tipo, tamanho e comprimento da estaca,


2.Tipo do solo,
3.O método de instalação/execução.
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4.1- Tipos de ruptura do solo
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Terzaghi Vesic
Meyerhof
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4.2- Mecanismo De Transmisao De Carga
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4.3- Eq. de Capacidade de Carga

𝑄𝑏 = 𝑞𝑏 × 𝐴𝑏
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𝑄𝑠 = 𝐶𝑎 × 𝐴𝑙 Argila
0
𝐿

𝑄𝑠 = 𝑓𝑠 × 𝐴𝑙 Areia
0

qb= tensão última de base/ponta


fs = tensão última lateral
Ca = Adesão
Al = Área lateral da estaca
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i.1. Estacas moldadas em solos argilosos

 Tensão última de base/ponta


𝑘𝑁
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𝑞𝑏 = 𝑁𝑐 × 𝜔 × 𝐶𝑢𝑏 (𝑚2 )

Nc = factor de capacidade de carga. Para condições não


drenadas em fundações profundas, teoricamente varia
entre 8.0 e 9.8 (Whitaker e cooke,1966) mas tem sido
largamente usado 9.0 (Skempton,1959).
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Cub = e’ a resistência de corte não drenada na base da


estaca.

Esta tensão e’ obtida em ensaios de compressão triaxial no


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laboratório com amostras de 38 mm de diametro. Para


corrigir esta tensão obtida laboratorialmente para valores
representativos da situação de campo introduz-se o
coeficiente ω.
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Se a resistência de corte não drenada na base da estaca


for obtida em ensaios de compressão triaxial no
laboratório com amostras de 100 mm de diametro, a tensão
obtida laboratorialmente tornam-se representativos da
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situação de campo não havendo necessidade de introduzir o


coeficiente ω.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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 Tensão última lateral (fs)


Este parametro representa a tensão de corte entre o solo e
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a superficie lateral da estaca. Em solos argilos recebe o


nome de Adesão (Ca).
𝑘𝑁
𝐶𝑎 = 𝛼 × 𝐶𝑢 ( )
𝑚2
Onde α e’ factor de adesão.
α = 1.0 para argilas moles e rigidas ( Vesic,1977)
α = 0.45 para argilas rigidas( Skempton,1977)
Em caso de uso de lamas trixotropica Ca deve ser reduzido por
20% ( Tomlinson,1987).
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i.2. Estacas cravadas em solos argilosos

 Tensão última de base/ponta


𝑘𝑁
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𝑞𝑏 = 𝑁𝑐 × 𝐶𝑢𝑏 (𝑚2 )

Onde:
Nc = factor de capacidade de carga = 9
Cub = resistência ao corte não drenada na base da estaca.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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 Tensão última lateral (fs = Ca)


α (factor de adesão ):
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Celso Luis Faife 4/24/2018


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α (factor de adesão ):
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α (factor de adesão ):
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 Tensão última lateral (fs = Ca) - 𝜆 metodo

Estaca longa de aço:


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(Vijayvergiya and Focht, 1972)

Onde:
E’ adesão media ao longo da estaca.
Tensão efectiva vertical entre o nível do terreno e
a base da estaca.
Tensão de corte não drenada ao longo da estaca
Factor empírico.
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𝜆:
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 Tensão última lateral (fs = Ca)


Estaca longa de aço: metodo
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Estaca longa de aço:


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 Tensão última lateral (fs = Ca), estacas


cravadas ou moldadas.
Aproximacao da tensao lateral a tensao efectiva:
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′ 𝑘𝑁
𝑓𝑠 = 𝐾𝑠 × 𝑝0′× 𝑡𝑎𝑛∅ ( 2 )
𝑚
𝐾𝑠 = 1 − 𝑠𝑒𝑛∅′

K s = coeficiente de impulso
𝑝0′ = Tensão efectiva vertical média

Celso Luis Faife 4/24/2018


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i.3 Estacas cravadas em solos arenosos

 Tensão última de base/ponta:


𝑘𝑁
𝜎𝑣′ ,
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𝑞𝑏 = 𝑁𝑞 × ( 2)
𝑚

𝑁𝑞 = factor de capacidade de carga


𝜎𝑣′ = Tensão vertical efectiva na base da
estaca

Celso Luis Faife 4/24/2018


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Nq = factor de apacidade de carga


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Zc = profundidade critica
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Zc = profundidade critica
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Ângulo de atrito interno
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Ângulo de atrito interno
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 Tensão última lateral (fs = Ca)

𝑘𝑁
𝑓𝑠 = 𝑘𝑠 × 𝜎𝑣′ × 𝑡𝑎𝑛𝛿 (𝑚2 )
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𝑘𝑠 = Coeficiente da tensão efectiva horizontal

𝛿 = Ângulo de atrito entre a estaca e o solo

𝜎𝑣′ = tensão efectiva vertical


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Ks :
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Zc :
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i.4 Estacas moldadas em solos arenosos

Poulos (1980) sugere o uso do método descrito para


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estacas cravadas mas com o ângulo de atrito interno


após a instalação.

Meyerhof (1976) sugere que para uma estimativa


preliminar da resistência de base de uma estaca
moldada, pode tomar-se 1/3 do valor determinado
para estacas cravadas e para resistência lateral
pode tomar-se 1/2.
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4.4 Factor de Seguranca
 Para estacas de diametro inferior ou igual a 600mm
Fs = 2.5
Qa = Qu/Fs
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Onde: Fs = e’ factor de seguranc,a


Qa = Carga/ Forc,a admissivel
 Para estacas de diametro superior a 600mm :

Qa = menor
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4.4 Factor de Seguranca
 Para estacas de diametro inferior ou igual a 600mm
Fs = 2.5
Qa = Qu/Fs
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Onde: Fs = e’ factor de seguranc,a


Qa = Carga/ Forc,a admissivel
 Para estacas de diametro superior a 600mm :

Qa = menor
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4.5 Grupo de Estacas

i. Espaçamento de estacas (s)


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O espaçamento entre eixos de estacas é geralmente 3


diâmetros para estacas de resistência por atrito lateral e
2 diâmetros para estacas de resistência de ponta.
 Se as estacas estiverem demasiadamente espaçadas o
momento no maciço de encabeçamento de estacas será
demasiadamente grande, condicionando uma maior
espessura do maciço e maior quantidade de armadura.
 Se as estacas forem demasiadamente próximas, o solo
entre elas pode se tornar excessivamente.
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4.5 Grupo de Estacas
ii. Zona de pressão
A zona de tensão de uma estaca é muito menor que a de um grupo de estacas,
o que resulta nas seguintes consequências:
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 O método de instalação tem menor consequência no comportamento do


grupo de estacas do que numa só estaca, o distúrbio do solo na zona em volta
e abaixo do grupo de estaca é relativamente pequena, o que significa que a
tensão vai ser transmitida para um solo sem distúrbios.

 Camadas compressíveis existentes abaixo da base de um grupo de estacas


produzirão assentamento do grupo enquanto que
não afectam o resultado de uma estaca.

Por causa do exposto acima, a avaliação da


performance de um grupo de estacas por meio do
teste do comportamento de uma estaca deve ser
feita com cuidado.
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4.5 Grupo de Estacas
iii. Variação da carga

Em geral cada estaca de um grupo de estacas carrega uma carga


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diferente.
 Se o maciço de encabeçamento das estacas for flexível esujeito a
uma carga uniforme, então a pressão de contacto entre o maciço e
a estaca vai ser praticamente uniforme ( quer em solos arenosos
quer em argilosos) e as estacas estarão carregando cargas
praticamente iguais.
 Se o maciço de encabeçamento das estacas for rígido, ocorrerão
assentamentos uniformes, e se as estacas estiverem em solos
argilosos, haverá um aumento das cargas nas estacas dos extremos
e diminuição nas estacas centrais mas se as estacas estiverem em
solos arenosos, haverá um aumento das cargas nas estacas centrais
e diminuição nas estacas dos extremos.
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4.5 Grupo de Estacas
iv. Eficiência
É usualmente incoreto afirmar que a carga de ruptura de um grupo de
estacas é igual a soma da carga de ruptura das estacas individuais.
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Esta diferença é representada por um factor chamado 𝜂 .


Carga média por estaca quando ocorre a ruptura do grupo
𝜂=
Carga de ruptura de uma estaca isolada

 Para estacas cravadas em areia pobre e moderadamente densa:


n>1
 Para estacas cravadas em areia densa não excede n < 1
 Estacas moldadas em areia, a perturbação da zona entre as
estacas reduz a eficiência.
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4.5 Grupo de Estacas
v. Capacidade de Carga
A carga última de um grupo de estacas em argilas deve ser tomado
como o menor dos seguintes valores:
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A soma da carga de ruptura de cada estaca do grupo


A capacidade de carga de um bloco de solo delimitado pelo perímetro
da estaca.
𝑃𝑢𝑙𝑡 = 𝐶𝑢 𝑁𝑐 𝑠𝑐 𝑑𝑐 𝐵𝑔 𝐿𝑔 + 2(𝐵𝑔 + 𝐿𝑔 )𝐿𝑝 𝑐
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
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EXERCÍCIOS
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72 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
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5. DIMENSIONAMENTO
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5.1 Generaliades

As fundações profundas
mais utilizadas são as
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fundações por estacas que


consistem essencialmente
num maciço (maciço de
encabeçamento de estacas)
que recebe as acções do
pilar e as transfere para as
estacas.

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5.2 Maciços de encabeçamento de estacas

Um maciço de encabeçamento de estacas é


uma estrutura constituída por uma sapata ou
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maciço que se apoia sobre um grupo de estacas


ou colunas que se introduzem profundamente
no terreno para transmitir a sua carga ao
mesmo.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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a) Dimensões em planta

A forma e dimensões em planta do maciço de


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encabeçamento de estacas são determinadas em


função do número de estacas adoptado e do
afastamento entre estas.

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a.1) Dimensões em planta –Separacao minima entre


estacas
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A separação mínima entre os eixos das estacas


deve ser duas vezes o diâmetro das estacas
(s≥2Øest) e não inferior a 75cm. Esta separação
deve manter-se em todas as direcções da estaca.

Deve ter-se em conta se existem estacas


inclinadas: em qualquer caso, a separação das
estacas não deve ser inferior a 1/15 do
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comprimento das estacas.
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a.2) Dimensões em planta – No. de estacas

O numero de estacas deve ser tal que o conjunto


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de estacas ofereça uma capacidade resistente


igual ou superior a acção imposta pelo pilar.

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a.3) Dimensões em planta – Bordo livre
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A distancia entre a face da


estaca extrema e a face do
maciço deve ser, no mínimo,
igual a 0.25m. As estacas
circulares são mais correntes
e comuns de diâmetros entre
0.30m e 1.00m.
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a.4) Espessura do Maciço de Encabeçamento de


estacas – resistencia ao corte
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A altura do maciço é fixada por razoes económicas de


modo que não seja necessário armadura de corte.
Como altura útil, que permite evitar a comprovação de
corte adopta-se a altura obtida pela expressão:

Nd– esforço axial transmitido pelo pilar, em kN


b – largura do maciço, em m (larguraCelso
da secção na qual se comprova o corte)
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d – altura útil recomendado para o maciço, em m
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a.5) Espessura do Maciço de Encabeçamento de


estacas – rigidez
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A espessura dos maciços de encabeçamento deve


ser determinada para que estes sejam rígidos
para que as acções se distribuam uniformemente
ficando todas estacas solicitadas de igual forma;
hipotese alcansada quando:

V– consola máxima do maciço, em m


h – espessura do maciço, em m Celso Luis Faife 4/24/2018
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a.6) Dimensionamento interno do Maciço de


Encabeçamento de estacas
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a.6) Dimensionamento interno do Maciço de


Encabeçamento de estacas
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a.6) Dimensionamento interno do Maciço de


Encabeçamento de estacas – Metodo das Bielas
Caso 1: a2 <h
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a.6) Dimensionamento interno do Maciço de


Encabeçamento de estacas – Metodo das Bielas
Caso 2: l <=2h
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a.6) Dimensionamento interno do Maciço de


Encabeçamento de estacas – Metodo das Bielas
Caso 3: l <=2h
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5.3 Estacas
a.1) Cargas actuantes numa estaca
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A carga total que actua sobre uma estaca obtém-


se, somando, à carga que lhe transmite o maciço, o
peso próprio da estaca e a fricção negativa, caso
exista.

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Os maciços em geral, transmitem às estacas três


tipos de esforços: axiais, momentos e transversos.
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Destes esforços, os axiais são os esforços


principais, enquanto os momentos e transversos,
são esforços secundários, em geral desprezados
em relação aos primeiros.

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Para o cálculo dos esforços axiais, que o maciço


transmite a cada estaca, consideram-se as
seguintes hipoteses:
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 as estacas estão biarticuladas,


 o maciço é infinitamente rígido.

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Onde:
n = número de estacas;
N = carga vertical total (do pilar)
no maciço;
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Mx= momento (vector) em torno


do eixo dos xx;
My = momento (vector) em torno
do eixo dos yy;
Xi e y ias coordenadas do centro
da estaca i.

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Onde:
n = número de estacas do maciço,
Aj = a área da secção recta da estaca j
Xgi e Ygi = coordenadas do ponto de
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intercepção do eixo da estaca i com o plano


horizontal,
N = força vertical no maciço (reduzida ao centro da
gravidade G do maciço)
MxG = componente do vector momento aplicado no
maciço segundo o eixo Xg(principal central
da inércia), depois da redução da solicitação ao
ponto G.
MyG é a componente do vector momento aplicado
no maciço segundo o eixo Yg (principal central da
inércia), depois da redução da solicitação ao ponto G.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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a.2) Dimensionamento interno

O cálculo estrutural da estaca consiste na sua


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comprovação como elemento de betão armado.

Como é comum desprezar os esforços secundários


(momentos e transversos) transmitidos pelo maciço, o
cálculo das estacas efectua-se como os pilares com carga
centrada.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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Em relação ao possível varejamento, só é necessário ter


em conta nas estacas que trabalham por ponta. Por outra
parte, o terreno constitui um apoio elástico ao longo da
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estaca, e corta, pelo menos parcialmente, as suas


deformações laterais, limitando os efeitos de segunda
ordem. Em terrenos de boa consistência admite-se como
varejamento 1/3 do comprimento enterrado da estaca.
Como excentricidade acidental devem tomar-se, valores
superiores aos do pilar.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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5.4 Exemplos De Pormenores
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Preços, em média, dos processos associados à execução de alguns
dos tipos de fundação referidos
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Celso Luis Faife 4/24/2018


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102 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
EXERCICIO 1:
Considere o maciço de estacas de diâmetros variados da figura. Estão
aplicados no centro de gravidade do maciço a carga N=5500kN e os
momentos Mx=1800kN.m e My=1500kN.m.
a) Calcule a carga na estaca mais carregada.
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b) Se for retirada a estaca E2, calcule o esforço vertical nas restantes


estacas.

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EXERCICIO 2:
Um pilar está na sua base submetido aos seguintes esforços:
N = 600tf, Mx= 80kN.m, My= 80kN.m. Sendo a fundação constituída
por 5 estacas verticais todas do mesmo comprimento e o mesmo
diâmetro, d = 0,60m.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS

a) Calcule a carga na estaca 5. Justifique todos oscálculos.


b) Supondo que a estaca 4 era eliminada refazer os cálculos
para obter a carga na estaca 5.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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104 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
EXERCICIO 3:
Um pilar está na sua base submetido aos seguintes esforços:
N = 500tf; Mx= 80kN.m; My= 150kN.m. Sendo a fundação constituída
por 6 estacas verticais todas do mesmo comprimento e o mesmo
diâmetro, d = 0,80m.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS

a) Calcule a carga na estaca 5. Justifique todos oscálculos.


b) Supondo que a estaca 4 era eliminada refazer os cálculos para obter
a carga na estaca 5.

Celso Luis Faife 4/24/2018


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105 3. FUNDAÇÕES PROFUNDAS
EXERCICIO 3:
Determine o esforço axial nas estacas.
b) Dimensione o maciço de encabeçamento (materiais: C20/25 e A400NR).
c) Pormenorize as armaduras.
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Celso Luis Faife 4/24/2018

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