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Introdução ....................................................................................................................................... 4
Metodologia .................................................................................................................................... 5
Fundações ....................................................................................................................................... 6
Sapatas......................................................................................................................................... 8
Conclusão...................................................................................................................................... 18
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Introdução
A presente revisão bibliográfica ira falar sobre as fundações rasas, mas partindo do conceito de
fundação, suas subdivisões e as possíveis formas de execução.
Para que ocorra a escolha correta da fundação, cabe ao profissional técnico entender da
necessidade do cliente e as características do solo, pois é partir disso que ele poderá optar por uma
fundação que seja capaz de associar economia com funcionalidade. Em síntese, podemos
classificar uma fundação como rasa ou profunda, no qual a primeira é indicada geralmente para
obras de pequeno porte e transmitem a carga de forma direta ao solo, pelas pressões emitidas pela
base da fundação; enquanto as fundações profundas são recomendadas para construções maiores,
com uma profundidade mínima de 3,00m, e com a carga transmitida por intermédio da resistência
de base, de fuste ou ambos.
Objectivo geral
A presente revisão bibliográfica tem como objectivo geral falar das fundações rasas.
Objectivos específicos
Definir fundações rasas;
Mencionar e descrever os tipos de fundações rasas;
Falar dos blocos e alicerces e seu processo de execução;
Falar de sapatas isoladas e seu processo de execução;
Falar das sapatas corridas e seu processo de execução;
Abordar sobre sapatas associadas e seu processo de execução; e
Abordar sobre as fundações radier;
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Metodologia
Para ter mais enfase no tema fundações rasas, recorreu-se a uma pesquisa bibliográfica onde
pude encontrar informações bastantes relevantes a cerca do trabalho, com o auxilio da internet e
livros obtive as informações.
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1. Fundações
As Fundações são elementos estruturais destinados a suportar toda carga de pressão proveniente
dos carregamentos de esforços oriundos do peso próprio dos elementos estruturais como num todo,
acrescido dos carregamentos provenientes do uso (sobrecargas) transmitindo-as para solo. Esses
elementos têm por finalidade distribuir os esforços estruturais para o terreno (solo), dando assim
estabilidade a obra.
1.1.Tipos de Fundações
As fundações se classificam em diretas e indiretas, de acordo com a forma de transferência de
cargas da estrutura para o solo onde ela se apoia.
Fundações diretas são aquelas que transferem as cargas para camadas de solo capazes de suportá-
las (FABIANI, s.d.), sem deformar-se exageradamente. Esta transmissão é feita através da base do
elemento estrutural da fundação, considerando apenas o apoio da peça sobre a camada do solo,
sendo desprezada qualquer outra forma de transferência das cargas (BRITO, 1987). As fundações
diretas podem ser subdivididas em rasas e profundas.
1.1.1.1.Blocos e Alicerces
Elemento de fundação superficial de betão, dimensionado de modo que as tensões de tração, nele
resultante sejam resistidas pelo betão, sem precisar de armaduras. As suas faces podem ser
verticais, inclinadas ou escalonadas (degrau) e apresenta normalmente em planta secção quadrada,
rectangular ou trapezoidal. São construídos de pedras, tijolos maciços, betão simples ou betão
ciclópico.
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Geralmente usa-se blocos quando a profundidade da camada resistente do solo esta entre 0,5 a 1,0
m de profundidade (BRITO, 1987). As dimensões mínimas dos blocos, em planta não devem ter
dimensões inferiores a 0,60m.
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– Compatibilização da carga da parede x largura do alicerce, observando: eventual distinção da
largura dos alicerces para as diferentes paredes, e o uso adicional de
1.1.1.2.Sapatas
Diferente dos blocos as sapatas não trabalham apenas a compressão simples, mas também a flexão,
ou seja, são elementos de fundação superficial dimensionadas de modo que as tensões de tração
nele resultante sejam resistidas pelo emprego de armadura especialmente disposta para esse fim.
Dentre todos os elementos de fundação superficial, a sapata é o mais comum, e devido à grande
variabilidade existente na configuração e forma dos elementos estruturais que nele se apoiam,
podem ser classificadas quanto a posição, rigidez e carga.
1.1.1.2.1.1.Sapatas Isoladas
São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga de uma coluna (pilar) ou um
conjunto de colunas (BRITO, 1987). Apresenta alguns tipos de sapatas isoladas.
É a mais comum nas edificações, sendo a que transmite ao solo as acções de um único pilar. A
sapata isolada tem varias formas em planta, mas a rectangular é a mais comum, devido aos pilares
rectangulares.
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Campo de aplicação: terrenos com características constantes; níveis de carga pequenas a médios;
superestrutura sem exigências especiais relativas a assentamentos diferenciais.
1.1.1.2.1.2.Sapatas Corridas
São elementos contínuos que acompanham a linha das paredes, as quais lhes transmitem a carga
por metro linear (BRITO,1987). Para edificações cujas cargas não sejam muito grandes, como
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residências, pode-se utilizar alvenaria de tijolos. Caso contrário, ou ainda para profundidades
maiores do que 1,0 m, torna-se mais adequado e econômico o uso do concreto armado.
Campo de aplicação: terrenos com características não uniformes; níveis de cargas elevadas ou
terreno com pequena capacidade resistente; pilares no contorno do terreno ou muros de suporte;
paredes resistentes ou painéis pré-fabricados.
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Para construção de uma sapata corrida, com embasamento em alvenaria, são executadas as
seguintes etapas:
1. escavação;
2. colocação de um lastro de concreto magro de 5 a 10 cm de espessura;
3. posicionamento das fôrmas, quando o solo assim o exigir;
4. colocação das armaduras;
5. concretagem;
6. cinta de concreto armado: sua finalidade é a maior distribuição das cargas, evitando
também deslocamentos indesejáveis, pelo travamento que confere à fundação; muitas
vezes, é usado o próprio tijolo como fôrma lateral;
7. camada impermeabilizante: sua função é evitar a subida da umidade por capilaridade para
a alvenaria de elevação; sua execução deve evitar descontinuidades que poderão
comprometer seu funcionamento e nunca devem ser feitas nos cantos ou nas junções das
paredes; esta camada deverá ser executada com argamassa com adição de
impermeabilizante e deverá se estender pelo menos 10 cm para revestimento da alvenaria
de embasamento; para evitar retrações prejudiciais, deverá receber uma cura apropriada
(água, sacos de cimento molhados, etc.), sendo depois pintada com emulsão asfáltica em
duas demãos, uma após a secagem completa da outra(FABIANI, s.d.).
1.1.1.2.1.3.Sapatas Associadas
É aquela comum a mais de um pilar. Geralmente ocorre devido à proximidade entre os pilares, não
é possível projectar uma sapata para cada pilar, neste caso uma única sapata pode ser projetada
como a fundação para dois ou mais pilares. Esse tipo de sapata pode ser projectada com e sem viga
de rigidez, como indica as seguintes figuras:
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Figura 7: a) Sapata associada sem viga de rigidez, b) Sapata associada com viga de rigidez (VR).
A viga de alavanca aplica-se comumente, no caso de pilar posicionado da divisa de terreno, onde
ocorre uma excentricidade (e) entre o ponto de aplicação de carga do pilar (N) e o centro
geométrico da sapata.
Figura 8: Pilar de divisa sobre sapata combinada com viga alavanca (VA). (fonte: aula4_fundacao.pdf)
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1.1.1.2.2. Quanto a Rigidez:
A classificação das sapatas relativamente à rigidez é muito importante, porque direciona a forma
como a distribuição de tensões na interface base da sapata/solo deve ser considerada bem como o
procedimento ou método adoptado no dimensionamento estrutural.
Segundo a NBR 6118 (22.6.1) classifica as sapatas quanto a rigidez como rígidas ou flexíveis.
Sendo rígida a que atende a equação:
𝐴 − 𝑎𝑝
ℎ≥ (1)
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Na equação (1) também deve ser verificada às dimensões 𝐵 e 𝑏𝑝 da outra direção da sapata, sendo
que para ser classificada como rígida a equação deve ser atendida em ambas as direções. No caso
da equação não se verificar para as duas direções, a sapata será considerada flexível.
As sapatas rígidas têm a preferência no projecto de fundações, por serem menos deformáveis,
menos sujeitas por punção e mais seguras. Enquanto que as sapatas flexíveis são caracterizadas
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pela altura pequena e segundo a NBR 6118 (22.6.2.3):” embora de uso mais raro, essas sapatas são
utilizadas para fundações de cargas pequenas e solos relativamente fracos.”
𝐹𝑘
𝜎=
𝐴
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Figura 11: Sapata sob carga excêntrica.
A distribuição de tensões depende do ponto de aplicação da forca vertical em relação a uma região
específica da secção, denominado núcleo central. Para forcas verticais localizadas em qualquer
posição pertencente ao núcleo central, as tensões na sapata serão somente de compressão.
𝒂
Assim, para as forcas verticais aplicadas dentro do núcleo central, a excentricidade é igual a 𝟔.
Para excentricidade da forca vertical em apenas uma direcção, calculam-se o valor máximo e
mínimo do diagrama de tensões na sapata a partir das expressões clássicas da Resistência dos
Material, referente a flexão normal composta:
𝐹 𝑀 𝐹 𝑀
𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝐴 + 𝑊 𝜎𝑚𝑖𝑛 = 𝐴 − 𝑊
𝑀 = 𝐹 ∙ 𝑒;
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𝑒: é a excentricidade da forca vertical 𝐹 em relação ao centro de gravidade da sapata;
𝑏×𝑎2
𝑊= (modulo de resistência elástico da base da sapata).
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Para excentricidade de cargas nas duas direcções ortogonais, aplicam-se as expressões da flexão
obliqua composta, se a carga vertical situar-se no núcleo central, ou seja, se:
𝑎 𝑏
𝑒𝑥 ≤ 𝑒 𝑒𝑦 ≤
6 6
𝑀𝑥 = 𝐹 ∙ 𝑒𝑦
𝑀𝑦 = 𝐹 ∙ 𝑒𝑥
𝑎 ∙ 𝑏2
𝑊𝑥 =
6
𝑎2 ∙ 𝑏
𝑊𝑦 =
6
De com as excentricidades apresentadas na figura 13, a tensão máxima na sapata ocorre no ponto
4:
𝐹 𝑀𝑥 𝑀𝑦
𝜎𝑚𝑎𝑥 = 𝜎4 = + +
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦
As tensões nos demais pontos devem ser também calculadas especialmente para a avaliar se
ocorrera a inversão das tensões (tensões de tração):
𝐹 𝑀𝑥 𝑀𝑦
𝜎𝑚𝑖𝑛 = 𝜎1 = − −
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦
𝐹 𝑀𝑥 𝑀𝑦
𝜎2 = − +
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦
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𝐹 𝑀𝑥 𝑀𝑦
𝜎3 = + −
𝐴 𝑊𝑥 𝑊𝑦
E quando a carga excêntrica estiver aplicada fora do núcleo central, apenas parte de sapata estará
comprimida, não se admitindo tensões de tração no contacto sapata-solo. A área da sapata que
efectivamente comprimida deve ser calculada com as equações gerais de equilíbrio entre as acções
verticais e as reacções do solo sobre a sapata.
Quando a soma das cargas da estrutura dividida pela taxa admissível do terreno excede a metade
da área a ser edificada, geralmente é mais comum e económico reunir as sapatas num só elemento
de fundação, que toma o nome de radier (ensoleiramento geral).
Pode-se considerar também, quando a área das sapatas ocuparem cerca de 50% da área total
projectada, opta-se no ensoleiramento geral da fundação.
Recorre-se a esse tipo de fundação quando o terreno é de baixa resistência e a espessura da camada
do solo é relativamente profunda. Envolve grande volume de betão, é onerosa e de difícil execução.
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Conclusão
Dado o exposto, entende-se que as fundações rasas podem ser optadas por diversas razões, mas
que o essencial é em razão da proporção da construção que será realizada num determinado terreno.
Portanto este trabalho de caráter teórico demonstra como a investigação de solo pode proporcionar
a segurança de uma opção de fundação que não gere problemas futuros na obra construída, e da
mesma forma seja viável economicamente. Com base nos resultados obtidos com a pesquisa, é
evidente que nas construções de pequeno porte no dia a dia são optados as fundações rasas, pois
geralmente são casas e pequenos comércios, de somente um pavimento, porém deve-se lembrar da
importância do exame de solo no local da obra, uma vez que é necessário uma análise geotécnica
relacionado a topografia e análise laboratorial do solo, para assim ter melhor um resultado mais
detalhado do que apenas um ensaio SPT.
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Referenciass Bibliograficas
PEREIRA, Caio. Fundações Rasas ou Superficiais.2020. Disponível em :https ://www.Escola
engenharia.com.br/fundações-rasas/. Acesso: em 30 Out. 2020.
BRITO, José Luís Wey de; Fundações do edifício; São Paulo; EPUSP; 1987.FABIANI, Breno;
Fundações; s.d..
AZEREDO, Hélio Alves de; O Edifício até sua cobertura; São Paulo; Ed; Edgar Blucher
Ltda.;1977.
Http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/estgeo
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