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MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

PROJECTO: CONSTRUÇÃO DE UM EDIFICIO COM FIM COMERCIAL.

MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

A presente memória descritiva e justificativa é referente a construção de um edifício comercial


de 3 andares e 4 pisos, na Província de Sofala, Cidade da Beira, Bairro da Ponta – Gêa
pertencente a Sr. JOSÉ ARMANDO CHITULA. Nesta memória descritiva, aborda-se os
processos a serem executados na Obra, bem como os caracteres que se pretendem dar a esta
unidade, tendo em contas as Normas do Regulamento Geral das Edificações Urbanas.

1. INTRODUÇÃO

O edifício localizar-se-á no Bairro da Ponta – Gêa, Talhão s/nº. e será posicionado de acordo com
o desenho de implantação.

2. DESCRIÇÃO

O edifício articula-se em quatro pisos nomeadamente: rés-do-chão e primeiro, segundo e terceiro andar.

Em termos de áreas úteis teremos as seguintes para Rés-do-chão:

Em termos de áreas úteis teremos as seguintes para o Primeiro andar:

1 Estacionamento com uma areia de: 64.740 m²

Em termos de áreas úteis teremos as seguintes para o Primeiro andar:

1 Corredor com uma área de: 2,613 m2

1 Wc comum com uma área de: 3,000m²

1 Recepção com uma área de: 9,112 m²

1 Escritório com uma área de 22,463 m²

1 Gabinete com uma área de 15,000 m²


1 Varanda social com uma área de 6,985 m²

Em termos de áreas úteis teremos as seguintes para o Segundo andar:

1 Corredor com uma área de: 2,613 m2

1 Wc comum com uma área de: 3,000m²

1 Recepção com uma área de: 9,112 m²

1 Escritório com uma área de 22,463 m²

1 Gabinete com uma área de 15,000 m²

1 Varanda social com uma área de 6,985 m²

Em termos de áreas úteis teremos as seguintes para o Terceiro andar:

1 Corredor com uma área de: 5,074 m2

1 Wc comum com uma área de: 3,000m²

1 Copa com uma área de: 6,769 m²

1 Esplanada com uma área de: 38,528 m²

1 Varanda social com uma área de 5,640 m²

Todos os acabamentos serão ao critério do responsável da obra, verificando a qualidade estética,


e segurança do espaço, e durabilidade do material a ser usado. As fotos em anexo ditam o
acabamento do edifício.

3. TRABALHOS PRELIMINARES

Todo o terreno a edificar, será limpo de toda a vegetação, devida mente regularizado e
compactado.

3.1. CONSTRUÇÃO DE CANGALHOS

A construção de cangalhos ou cercas será de madeira periférica no exterior dos caboucos para a
demarcação dos eixos das alvenarias, fundação e demarcação das cotas do projeto.

3.2. IMPLANTAÇÃO
A demarcação das partes (paredes, eixo e caboucos) será feita com ajuda de uma fita métrica de
mais de 50 metros de comprimento e um fio-de-prumo nylon, tomando como base a planta das
fundações e as medidas nela contidas. Essa fase consiste em marcar no terreno, por meio de
estacas e cordéis a disposição das paredes e a largura dos caboucos para as fundações.

Se o terreno estiver em declive, a fita devera sustentar-se de forma horizontal e aprumar-se-ão as


extremidades. O cordel de nylon esticara utilizando cavaletes formados por duas estacas de
madeira que cravar-se-ão no terreno e um travessão horizontal que as une.

4. MOVIMENTO DE TERRAS

4.1. CABOUCOS

Serão abertos com uma largura não inferior a 0,80m e profundidade que garanta segurança e bom
leito para as fundações e sapatas de acordo com as peças desenhadas. Serão devidamente regadas
e batidos a maço manual ou mecânico depois de colocado o solo limpo. Evitar se a que as valas
inchem de água, pois se tal acontecer será necessário proceder se outro nivelamento.

4.2. ATERRO

O aterro efetuar-se-á com a colocação de camadas sucessivas de solos limpos sendo cada camada
no máximo de 20cm de espessura regados e batidos a maço manual ou mecânico. Os solos
removidos dos caboucos se estiverem isentos de impurezas, poderão ser utilizados com
autorização da fiscalização.

5. CONDIÇÕES AMBIENTAIS

5.1. VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO

Como é verificável no projeto, todos os espaços, terão ventilação e iluminação natural,


diretamente do exterior e mediante vãos, e janelas praticados nas paredes.

6. MEMÓRIA CONSTRUTIVA

6.1. CABOUCOS

Serão abertos até a profundidade mínima de 130cm e 80cm de largura, bem nivelados e batidos a
maço.
6.2. FUNDAÇÃO

O Betão de limpeza será feito ao traço 1:4:8 respectivamente cimento, areia e pedra. Nesta obra
se vai usar a fundação corrida. O leito dos caboucos deverá ser regado, batido e nivelados. A
fundação será de Betão ciclópico. Os blocos devem ser assentes a partir de um desnível de 0,50m
de altura da parte mais alta do edifício. As fundações terão um enrocamento de 0,15m estender se
a uma camada de Betão ciclópico ao traço 1:3:6.

6.3. PAVIMENTO

Os pavimentos serão em Betão aplicados sobre uma camada de enrocamento com pedra mediana
devidamente compactada.

6.4. PILARES

Os pilares para Armazém seguirão as especificações do desenho. Os Pilares terão duas


dimensões como ilustram nos desenhos estruturais das fundações e de piso cotado demonstram.
Os pilares serão armados com Ø12 a Ø16 como armadura principal e Ø6@15cm para as cintas
conforme os desenhos de estruturas.

As estruturas Lajes, Vigas, Pilares, incluindo Sapatas, serão em Betão armado da classe B25 e o
aço da classe A400. O fabrico de Betão será pelo método manual, devendo os inertes e o cimento
serem dosados ao peso ou volume. A colocação do Betão, será feita por operários e ficarão
cofradas, dispensando-se os rebocos. A cofragem deverá ser devidamente escorada de modo a
evitar assentamentos durante a Betonagem.

6.5. ALVENARIA

Todas as alvenarias serão em blocos de cimento vazado (traço 1:7) ou tijolo cerâmico vazado e
de boa qualidade assentes com argamassa de cimento e areia ao traço 1:4. Os blocos a usar serão
de 0.20cm ou 0.15cm nas paredes exteriores. Serão assentes com uma argamassa de cimento e
areia ao traço 1:4 em volume. Com juntas de 15mm de espessura no máximo alinhados
verticalmente.

6.6. ARGAMASSA
Serão ao traço de 1:4 cimento e areia respectivamente, a água a usar deve estar isenta de
impurezas e deve ser doce o mesmo deve registar-se com a areia que deve ser limpa isentos de
agentes orgânicos que podem prejudicar o Betão e a argamassa.

6.7. BETÃO ARMADO

O Betão a ser usado para sapatas, pilares, vigas e lenteis devem ser classe B25, ao traço de 1:2:4
a classe do aço será A400.

7. ARRANJOS EXTERIORES

Serão objetos as preferências do proprietário caso não siga orientações do projeto em 3D.

7.1. COBERTURA

A cobertura será de Laje de Betão Armado ao traço de 1:2:3 e será aplicado impermeabilizante
de seguida lançado pó de cimento devendo garantir-se que não haja infiltrações.

8. REVESTIMENTO

Todas as paredes feitas de bloco de cimento serão revestidas a reboco esponjado ao traço 1:4 em
exteriores e 1:5 em paredes interiores.

Nos sanitários e cozinha as paredes das zonas húmidas terão um lambril de azulejo até 1.50m e
1.70m de altura conforme o desenho, aplicados com cimento-cola.

8.1. PINTURAS

As tintas a aplicar tem de ser de marca CIN, as superfícies a pintar tem de ser preparadas de
maneira a garantir um trabalho eficiente. As cores das tintas ficam ao critério de escolha do
proprietário. Todo interior e exterior serão pintados em três demãos com tinta plástica sobre uma
sob capa.

9. CAIXILHARIAS

Todas as portas serão metálicas ou em madeira de 1a qualidade e de boa categoria com todos os
acessórios nomeadamente mata-juntas, dobradiças de 4”, fechaduras Yale para interior e exterior
e puxadores ou maçanetas cromadas.
As janelas, serão executadas com aros de madeira ou alumínio, vidro fixo de 3mm de espessura e
rede mosqueteira em algumas partes como WC e Cozinha, levarão persianas de vidro liso, móvel
de 4mm de espessura.

10. INSTALAÇÃO ELÉCTRICA

Ela será feita em tubos plásticos de PVC embutidos na parede com a secessão previsível no
regulamento em vigor, será dotado de uma instalação eléctrica trifásica embutida em paredes e
tetos, constituída essencialmente por quadros, pontos de iluminação e tomadas para alimentar
eletrodomésticos e aparelhos de climatização.

11. REDES HIDRÁULICAS

11.1. LOUÇA SANITÁRIA

Todas as louças sanitárias serão de boa qualidade e deverão ser instaladas com todos os
acessórios de fixação, nomeadamente, sanitas com respectivos autoclismos e sifões, lavatórios
com torneiras e buchas flexíveis de ligação e sifões de descarga, bases chuveiro, e lava louças
com respectivos acessórios e torneiras misturadoras.

Estarão também incluídos todos os dispositivos de apoio como toalheiros cromados para parede,
porta rolos de papel higiénico e saboneteiras.

Nas paredes e por cima dos lavatórios serão colocados espelhos de cristal de

0.65m x 0.70m fixados devidamente com buchas e parafusos apropriados.

11.2. CANALIZAÇÃO DE ÁGUA

Todas as tubagens de abastecimento de água quente e fria será em tubo galvanizado com
diâmetro variável entre 1/2’’ e 3/4”, embutido nas paredes e conforme os desenhos de
canalização.

11.3. CANALIZAÇÃO DE ESGOTOS

Toda a tubagem de esgoto será em tubo PVC de 50, 95 e 110 mm de diâmetro, rígido embutido
nas paredes e pavimentos e ligados por caixas de inspeção, devidamente fechadas e protegidas
para evitar contaminações e conforme indicado nos desenhos.
11.4. FOSSA SÉPTICA

Todas as tubagens de águas negras, isto é, das sanitas serão conduzidas para a fossa séptica,
tendo como ligações intermédias caixas de visita e de inspecção. A tubagem a utilizar será em
PVC de 110 mm de diâmetro.

As fossas sépticas a serem construídas terão a capacidade para 20 pessoas e deverá ser em
estrutura de Betão armado em paredes e lajes.

As divisões da fossa serão em paredes de blocos de argamassa de areia e cimento e o último


compartimento terá uma chaminé em tubo galvanizado de 2 polegadas para permitir a sua
ventilação.

Todas as paredes e pavimento serão acabados com betonilha lisa queimada a colher ao traço 1:3.

Os compartimentos da fossa terão acesso facilitado por tampas de Betão armado com dispositivo
para a sua remoção e colocação.

12. OMISSÕS E ALTERAÇÕES

As partes omissas desta memória descritiva e justificativa serão construídas na arte da boa mão, e
construir tendo em conta as configurações e indicações das peças desenhadas, segundo a norma
de construção em vigor na República de Moçambique. Em caso de alterações devera se respeitar
o aspecto arquitetônico e sem falta deverá se comunicar a entidade responsável da urbanização
da cidade.

O Técnico

(Manuel Cipriano Chutar)

Beira, Maio de 2023

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