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FUNDAÇÕES

É a parte da estrutura que transmite ao terreno subjacente à carga da


obra.

Estudos Preliminares para a definição de fundações:

 Cálculo das cargas atuantes sobre a fundação


 Estudo de terreno (sondagem)

Requisitos para a escolha do tipo de fundação:

 As cargas da estrutura devem ser transmitidas às camadas de


terreno capazes de suportá-las sem ruptura;

 As deformações das camadas de solo subjacentes às fundações


devem ser compatíveis com as da estrutura;

 A execução das fundações não deve causar danos às estruturas


vizinhas;

 Ao lado do aspecto técnico, a escolha do tipo de fundação deve


atentar também para o aspecto econômico

TIPOS DE FUNDAÇOES

Os principais tipos de fundações estão reunidos em 2 grandes grupos:

 Fundações Superficiais e,

 Fundações Profundas
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS (Rasas ou Diretas)

 Fundação Isolada – é que suporta apenas a carga de um pilar –


pode ser uma sapata ou um bloco.

 Sapata

• São fundações de concreto armado e de pequena


altura em relação às dimensões da base;
• São semiflexíveis;
• Trabalham a flexão

B
h

B B

 Blocos
• São usualmente fundações de concreto simples ou
ciclópico (pode ter até 30% de pedra de mão);
• e com grande altura, o que lhes confere rigidez
apreciável, não usa ferragem;
• trabalham a compressão simples.
 FUNDAÇÃO EXCÊNTRICA

• Também chamada de sapata excêntrica ou sapata de


divisa;
• Normalmente está associada a uma viga de equilíbrio
• É a fundação onde a resultante das cargas não passa pelo
centro de gravidade da base
• É a fundação utilizada em divisas de terreno

Planta

Corte

P1 P2

e l
 FUNDAÇÃO CORRIDA

 Sapatas corridas (ou associadas) – é a sapata comum a


vários pilares cujos centros de carga em planta podem
ou não estar no mesmo alinhamento.

pilares
não alinh.

pilar
alinh. s

 Viga de Fundação – apresentam os centros dos vários


pilares num mesmo alinhamento

 PLACA DE FUNDAÇÃO

 Também chamado de Radier


 Reúnem num só elemento de transmissão de carga os
pilares de uma construção
Obs: quando mais rígidos menores serão os recalques
diferenciais, se o solo for homogêneo.

FUNDAÇÃOES PROFUNDAS

São geralmente utilizadas quando as camadas superficiais de


terreno não tem resistência suficiente para agüentar as
cargas da estrutura.

 Os principais tipos de fundações profundas são:

 Estacas,
 Tubulões e
 Caixões
 ESTACAS

 São peças alongadas, cilíndricas ou prismáticas,


que se cravam ou se confeccionam (escavadas) no solo com
fim de transmitir as cargas da estrutura a uma camada
profunda e resistente;

 A capacidade de resistência das estacas é devida -


parte pelo atrito lateral e parte pela resistência de ponta

 Existem casos, como por exemplo aterro sobre


argila mole, em que o atrito lateral empurra a estaca para
baixo (atrito negativo), neste caso a resistência é só de ponta;

 Encontramos casos também que as estacas só


apresentam resistência de atrito lateral sendo chamada de
estaca flutuante
 TUBULÕES

 São fundações de forma cilíndrica, com base alargada ou


não;
 São destinados a transmitir as cargas da estrutura a uma
camada de solo ou substrato rochoso de alta resistência e a
grande profundidade;
 É usado para cargas muito grandes
 Eles podem ser revestidos ou não (de concreto ou
metálico);
 Quando houver água injeta-se ar-comprimido para
aumentar a pressão no interior e não deixar a água entrar.

 CAIXÕES

São de seção retangular e, em geral, de volumes muito maiores que os


tubulões.
 OUTROS TIPOS DE FUNDAÇÕES

• FUNDAÇOES FLUTUANTES

 É aquela que, mediante a escavação de um volume de solo


de peso equivalente ao da construção, mantém no terreno o
primitivo estado de pressões;

 No caso de solos muito compressíveis, a fundação


flutuante constitui uma solução para reduzir, no mínimo, os
recalques;

 Tal solução, em geral, acarreta um considerável acréscimo


de despesas com escavações, escoramentos, eventual
rebaixamento de nível d’água e construção de subsolos
adicionais.

• FUNDAÇÕES SOBRE ATERRO COMPACTADO

 Consiste na remoção do solo pouco resistente, o qual, a


seguir, é redepositado em camadas e convenientemente
compactado;

 Esta solução não constitui propriamente um tipo de


fundação, mas apenas um recurso que poderá ser vantajoso
em alguns casos.
FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS

DIMENSIONAMENTO SAPATAS E BLOCOS

 Dimensionamento

• Geométrico e
• Estrutural

 DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO

σ adm
B B

p
S

p= P S = P
S σ adm
)
 P = a carga do pilar
 S = A = área da base da sapata
 p = tensão produzida pela carga do pilar em relação a área
da base
 σ adm = tensão (pressão) admissível do terreno

CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES

 Centro de gravidade da sapata ou do bloco deve coincidir com o


centro do pilar;

 A sapata ou bloco não deverá ter dimensões em planta menores


que 60cm;

 Sempre que possível os valores A e B de uma sapata retangular


devem ser escolhidos de modo a que os balanços da sapata, em
relação as faces do pilar sejam iguais nas duas direções;

CAPACIDADE DE CARGA DOS SOLOS

 Pressão de Ruptura ou Capacidade de Carga do Terreno


(Pr) – é a pressão que aplicada ao solo causa sua ruptura.

 Pressão Admissível do Solo (σ adm) – é a pressão que


provoca apenas recalques que a construção pode suportar sem
inconvenientes.

 Desta forma, dividindo a pressão de ruptura por um


coeficiente de segurança, obtém-se a pressão admissível,
a qual é admissível não só a ruptura ou escoamento do
solo como também do elemento estrutural da fundação.

σ adm =Pr
C.S
C.S. = coeficiente de segurança ≥ 3

CÁLCULO DA CAPACIDADE DE CARGA DO SOLO (da


σ adm)
 Por meio da teoria de mecânica do solos
 Por meio de provas de carga sobre placas
 Método semi-empírico
 Método empírico

MÉTODO EMPÍRICO – determinação de σ adm (tensão


admissível do solo

Este método se basea na correlação do SPT e na classificação do


solo para determinação da Tensão Admissível do solo.

E é determinada conforme as correlações abaixo:

Solos arenosos - σ adm = N (em kg /cm2)


6

Solos argilosos - σ adm = N (em kg /cm2)


7

Sendo N = o número de golpes dado no amostrador da camada


onde a fundação superficial estiver assentada, retirado do
resultado do SPT no perfil de sondagem.
FUNDAÇÕES PROFUNDAS

MÉTODO PARA DETERMINAR A CARGA ADMISSÍVEL DE UMA


ESTACA

PR = Pl + Pp

P = carga de ruptura

Pl = resistência por atrito lateral

Pr = resistência de ponta

MÉTODO EMPÍRICO (AOKI-VELOSO)

PR = Pl + Pp

SENDO

Pl = U . Σ ∆ l . r1

Resistência por Atrito lateral – r1 = α . k . N


F2

Pp = A. rp

Resistência de ponta – rp = k . N
F1

U = perímetro do fuste da estaca


A= área de projeção da ponta da estaca
∆ l =espessuras das camadas
α , k = dependem do solo (tabelados)
N = número dos golpes SPT
F1 , F2 = coeficientes que dependem do tipo da estaca – também
tabelados.

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