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Brajas. M..

Das Fundamentos de Engenharia Geotécnica


Fundações Directas
As fundações directas, são elementos de fundação em que a carga é
transmitida ao terreno, predominantemente pelas pressões
distribuídas sob a base da fundação.
Incluem-se neste tipo de fundação, as sapatas isoladas, os blocos de
fundação, e as sapatas corridas e os ensoleiramentos gerais.

Luis Abel
Sapatas (isoladas ou associadas) → São elementos de apoio de
concreto, de menor altura que os blocos, que resistem
principalmente por flexão.
Blocos de fundação → Assumem a forma de bloco escalonado, ou
pedestal, ou de um tronco de cone. Alturas relativamente grandes e
resistem principalmente por compressão.

Luis Abel
RADIER
Quando todos pilares de uma estrutura transmitirem as cargas ao
solo através de uma única sapata. Este tipo de fundação envolve
grande volume de concreto, é relativamente onerosa e de difícil
execução. Quando a área das sapatas ocuparem mais de 50% da área
coberta pela construção ou quando se deseja reduzir ao máximo os
recalques diferenciais.

Luis Abel
QUANTO À PROFUNDIDADE DA COTA DE APOIO

Luis Abel
Sempre que o terreno próximo da superfície apresentar
características adequadas opta-se por fundações superficiais (são
mais baratas).
Quando o terreno próximo da superfície não tem boas
características adequadas, é que se opta por fundações profundas
(mais caras)

Luis Abel
Adequação do tipo de fundação
Se o solo aflorante é competente, consistente, adaptar-se-ão
fundações superficiais,recomendando o uso de:
 sapatas isoladas se as cargas forem concentradas e afastadas ou;
 sapatas corridas se as cargas forem distribuídas por elementos
em painel.

Luis Abel
No caso de uma solução em sapatas isoladas, se feita uma análise
da possível distribuição e dimensões das sapatas se concluir que a
área total destas, anda por volta de mais de 50% da área total
projectada, então opta-se por ensoleiramento geral, mesmo que
tenha de ser nervurado

Luis Abel
A capacidade resistente de uma fundação é a carga máxima que o
terreno de fundação pode suportar em segurança e depende de:
 características mecânicas do terreno;
 presença da água;
 características do elemento de fundação, tamanho,
profundidade e forma geométrica;
 processo construtivo ou de instalação.
Isto quer dizer a capacidade resistênte, não é uma característica
intrínca do terreno.

Luis Abel
Fundações superficiais (Terzaghi 1943): São aquelas em que a
profundidade do plano em contacto com o terreno é menor ou
igual que a sua menor dimensão. Df  B

Df  B

Luis Abel
Dimensionamento de Fundações Directas
No dimensionamento de fundações tem que se assegurar a
resistência necessária do terreno e os assentamentos compatíveis
com a estrutura.
A resistência mobilizada no terreno depende da geometria da
fundação pois está associada à distribuição de tensões em
profundidade.

Luis Abel
No pré-dimensionamento de fundações superficiais tem que se
garantir que a tensão transmitida ao terreno , é menor do que a
capacidade resistente do terreno r :

Luis Abel
O cálculo da capacidade resistente do terreno (r) é relativamente
complexo, pois envolve a noção do terreno mobilizado (bulbo de
tensões real, que depende da geometria da fundação e do modelo
de comportamento adoptado para o solo), da geometria da
superfície de rotura e da deformação.
Apesar de o valor de r depender da geometria da fundação, em
pré-dimensionamento e de uma forma muito simplificada, podem
usar-se valores pré-estabelecidos para alguns tipos de solos
(tabela).

Luis Abel
Luis Abel
Na fase de dimensionamento tem que se fazer o cálculo da
capacidade resistente, considerando a geometria da fundação e as
características do terreno da zona de implantação da obra. No
cálculo recorre-se a uma teoria da capacidade resistente de
fundações que admite uma dada superfície de rotura.

Luis Abel
TENSÃO ADMISSÍVEL
A tensão admissível para um solo é definida como a máxima tensão
que pode ser aplicada ao terreno através de uma fundação direta.
Para fixar este valor máximo deve-se levar em conta de:
a) segurança contra ruptura do terreno;
b) recalques compatíveis com a estrutura suportada pela fundação.

Luis Abel
A determinação da tensão admissível, resistência ou capacidade
de carga do solo, consiste no limite de carga que o solo pode
suportar sem se romper ou sofrer deformação exagerada.
A capacidade de carga de um terreno é, em geral limitada pelo
assentamento que ele experimenta sob as tensões que lhe impõe a
estrutura a fundar.

Luis Abel
As fórmulas de capacidade de carga são hoje um instrumento
bastante eficaz na previsão da tensão admissível, destacando-se
dentre as inúmeras formulações a de Terzaghi, de Meyerhof, de
Skempton, e de Brinch Hansen (com colaborações de Vesic).
As fórmulas de capacidade de carga são determinadas a partir do
conhecimento do tipo de rotura que o solo pode sofrer,
dependendo das condições de carregamento

Luis Abel
TENSÃO DE RUPTURA X TENSÃO ADMISSÍVEL
A tensão de ruptura (u) ou capacidade de carga de um solo – É
tensão que aplicada ao solo causa a sua ruptura.
Adotando um adequado coeficiente de segurança, obtém-se a
tensão admissível, a qual deverá ser “admissível” não só à
ruptura como também às deformações excessivas do solo.

Luis Abel
ou ensoleiramento
Luis Abel
“Capacidade de carga é a tensao que provoca a ruptura do maciço
de um solo em que a fundaçao está embutida”
O aumento da carga P aplicada a sapata mobiliza tensoes
resistentes no maciço de solo, com o valor dado por:

Com o acréscimo da carga, há o surgimento de uma superfície


potencial de ruptura no interior do maciço, mobilizando sua
resistência máxima até atingir a tensao de ruptura (r), ou seja, a
capacidade de carga do sistema sapata-solo.

Luis Abel
CÁLCULO DA CAPACIDAD DE CARGA
O cálculo da capacidade de carga do solo pode ser feito por
diferentes métodos e processos, embora nenhum deles seja
matematicamente exato.
A determinação da capacidade de carga pode ser feita por:
 fórmulas teóricas;
 semi-empíricas e
 experimentalmente (através da execução de provas-de-carga).

Luis Abel
1.FÓRMULAÇÃO TEORICA DE TERZAGHI
TERZAGHI (1943) desenvolveu uma teoria para o cálculo da
capacidade de carga, baseado nos estudos de PRANDTL (1920)
Terzaghi estudou a capacidade de carga de ruptura para tipos de
fundações em solos de diversas categorias de solos, ou seja:
 solos com atrito e coesão (c, );
 solos não-coesivos ou granulares (c = 0) e;
 solos puramente coesivos ( = 0).

Luis Abel
CRITÉRIOS DE RUPTURA DE TERZAGHI:
1.Ruptura “generalizada”–frágil e
2.Ruptura “localizada” – plástica.
1.RUPTURA GENERALIZADA
À medida que a carga aumenta, o material resiste, deformando-
se relativamente pouco, vindo a ruptura acontecer quase
bruscamente (C1).
 Acontece em solos compactos
e rijos

Luis Abel
A pressão de ruptura é bem definida (pr). Quando atingida, os
recalques tornam-se incessantes e é denominada por ruptura
generalizada, sendo típica para solos pouco compressíveis isto é
solos compactos ou rijos.

Ruptura generalizada

Luis Abel
2.RUPTURA LOCALIZADA
As deformações são grandes e aceleradamente crescentes.
A pressão de ruptura é dada por p’r. Não há uma ruptura definida

Ruptura localizada

Luis Abel
Segundo, Terzaghi, corresponde ao ponto “a”, em que há
mudança no gráfico, com a curva inicial para um trecho
aproximadamente retilíneo final.
Este tipo de ruptura é denominado por ruptura localizada, típica
para solos muito compressíveis isto é solos fofos ou moles.

Luis Abel
Equação de Terzaghi para a Capacidade de Carga Última
Prandtl (1921) publicou resultados de seus estudos sobre a
penetração de corpos rígidos em materiais maleáveis.
Terzaghi (1943) estendeu a teoria das deformações plásticas para o
cálculo da capacidade de carga dos solos para sapatas corridas rasas
e considerou que o peso do solo acima da sapata como uma
sobrecarga. q  Df 

Df  B

Luis Abel
Quando a ruptura é atingida, o terreno desloca-se, arrastando
consigo a fundação. O solo passa do estado “elástico” ao estado
“plástico”.
O deslizamento ao longo da superfície ABC é devido à ocorrência
de tensões de cisalhamento (ta) maiores que a resistência ao
cisalhamento do solo (tr).

Figura Solo arrastando a fundação.

Luis Abel
TERZAGHI CONSIDERA AS SEGUINTES HIPÓTESES:
 A sapata é corrida, L>B, problema é bidimensional
 A profundidade de assentamento é hB, o que permite desprezar a
resistência do solo situado acima da cota. Esta simplificação,
implica subustituir a camada de solo de espessura h e peso
especifico () por uma sobrecarga q=h.
 O maciço de solo sob a base da sapata é compacta ou rija,
tratando se da ruptura gereneralizada.
Desta forma o problema é esquematizado como se ilustra na figura:

Luis Abel
TEORIA DA CAPACIDADE DE CARGA ULTIMATERZAGHI 1943

Superfície potencial de ruptura ADEG é composta pelos trechos


rectos AD e EG e por uma espiral logarítimica no trecho DE,
formando três zonas (I, II e III). Os segumentos de recta CE e EG
são inclinados a 45- /2 em relação horizontal.

Luis Abel
TEORIA DA CAPACIDADE DE CARGA ULTIMATERZAGHI 1943

Os seguimentos AD e CD formam ângulo  com a base da sapata,


variando entre  e 45+ /2. A zona I (ACD) é uma zona elástica
abaixo da fundação. Zonas (II) de cisalhamento radial ADF e CDE e
Zonas (III) passivas de Rankine AFH e CEG.
O ângulo de inclinação CAD e ACD é assumido que é igual a  = 
do solo. Os solos acima é uma sobrecarga (GI e HJ)

Luis Abel
Na iminência de ruptura, em que a sapata aplica a tensão (r) no
solo, examinando a cunha I, com o peso próprio W.
Nas suas faces AD e CD actuam empuxos passivos (Ep) e as
forças de coesão (Ca) de acordo a figura para o caso particular,
onde =

Luis Abel
Fazendo o equilíbrio das forças, para uma cunha de comprimento
unitário tem-se:
 r B  W  2E p  2Ca sen  0

B/2 
com Ca  c W  B 2tg
cos  4
Ep 
r  2  ctg  B tg
B 4
c= coesão do solo
= é ângulo de atrito do solo
 =peso específico

Luis Abel
Resolvendo a equação
𝐸𝑝 
r=2 + ctg - 𝐵tg 
𝐵 4
Que representa a solução do problema, se Ep for conhecido.Não há
solução geral que leve em conta o peso do solo e a influência da
sobrecarga.
Por isso Terzaghi (1943), adotou a metodologia de considerar casos
particulares, às vezes hipotéticos, para depois fazer a generalização
da equação.

Luis Abel
OS PRINCIPIOS DESSA APRÓXIMAÇÃO SÃO OS SEGUINTES:
1.Solo sem peso (=0 e c0 ) e sapata à superfície (h=0)
A zona I permanece em estado elástico, actua como se fosse parte da
sapata e penetra no solo como uma cunha, deslocando lateralmente
as zonas II, que por sua vez empurra para cima as zonas III, no
estado passivo de Rankine.

Luis Abel
1.Solo sem peso (=0 e c0 ) e sapata à superfície (h=0)
O ângulo  atinge o valor máximo de 45- /2
A capacidade de carga é expressa:

qu  qc  cN c
Nc= depende de ângulo de atrito ()

Luis Abel
2.Solo não-coesivo (c=0) e com peso (h  0 e   0)
O modelo de ruptura permanece o mesmo e a capacidade de
carga é dada pela equação:
qu  qq  qN q
Onde Nq depende de ângulo de atrito ()

3.Solo não coesivo (c=0 ) e sapata à superfície (h= 0) e   0


A sapata apoiada à superfície de um maciço de areia pura
1
qu  q   BN
2
Onde N depende de ângulo de atrito ()

Luis Abel
Por meio do método da superposição, considerando, uma sapata
corrida os efeitos do peso específico do solo, da coesão e da
sobrecarga, a equação fica:
1
qu  qc  qq  q  cN c  qN q   BN
2
Denominada equação de Terzaghi para a capacidade de carga de
solos. Os termos Nc, Nq e N são factores de capacidade de carga
referentes a coesão, sobrecarga e ao peso do solo e dependem
unicamente de . Os seus valores estão em tabelas e graficos.

Luis Abel
Figura – Valores dos fatores de capacidade de carga -
Nc, Nq e N

Luis Abel
Para o caso de sapatas quadradas e circulares, Terzaghi sugeriu as
seguintes equações:
Para sapatas quadradas tem-se:
qu=1,3cNc+qNq+0.4  BN
Para sapatas circulares de raio r - B:
qu=1,3cNc+qNq+0.3BN
A análise até aqui exposta refere-se ao caso de “ruptura
generalizada”.

Luis Abel
Em casos de se tratar de “ruptura local por cisalhamento, pode se
considerar o seguinte:
2
c = c
3
2
tg   tg 
3

A capacidade de carga ultima do solo para sapata corrida fica:


 1
qu  c N c  qN q   BN
  
2
os fatores Nc’, N’e Nq’ são calculados pela mesma equação geral,
porém, substituindo-se:    tg 1 ( 2 tg ) por  
3
Os valores Nc’, N’e Nq’ são obtidos nas linhas tracejadas.

Luis Abel
Para capacidade de carga ultima do solo para sapatas quadradas
e circulares, no caso da ruptura local por cisalhamento.
Para sapatas quadradas tem-se:
qu  1,3cN  c  qN q  0, 4 BN
Para sapatas circulares de raio r-B:
qu  1,3cN  c  qN q  0,3 BN

Luis Abel
RUPTURA LOCAL POR CISALHAMENTO
 2
qu  ( cu )(5, 7)  q  3,8cu  q(sapata corrida)
3

 2
qu  (1,3)( cu )(5, 7)  q  4,94cu  q (sapata quadrada e
3
circular)
Solos puramente coesivos, a capacidade de carga indepente da
dimensão da sapata.
Enquanto solos não coesivos a capacidade de carga é linearmente
crescente com B e aumenta com a profundidade.

Luis Abel
Em seguida, Terzaghi resumiu a equação da capacidade de carga
do solo numa única, considerando uma ruptura generalizada e
localizada e factores de forma pela seguinte expressão
(Bowles, 1988):
Equação geral de capacidade de carga
σr = c.Nc.Sc + q.Nq.Sq + 0,5.γ.B.Nγ.Sγ
Onde:
Sc, Sγ, Sq: fatores de forma, obtidos na Tabela (Terzaghi 1943)

Luis Abel
OCORRÊNCIA DO NÍVEL DE ÁGUA (N.A.)
Abaixo do nível d’água deve-se usar o peso específico de solo
submerso, o que reduzirá o valor da capacidade de carga.

Luis Abel
Caso 1

1
qult= 𝑐𝑁𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 + BN
2

Luis Abel
Caso 2

1
qult= 𝑐𝑁𝑐 + 𝐷𝑓𝑁𝑞 + BN
2

Luis Abel
Caso 3

1
qult= 𝑐𝑁𝑐 + 𝑞𝑁𝑞 + BavN
2

Luis Abel
Coeficientes de segurança (FS)
Em fundações os valores de FS estão associados às incertezas,
refletindo a soma dos seguintes factores:
 Investigações geotécnicas disponíveis, tipo, qualidade,
Quantidade, etc;
Parâmetros admitidos ou estimados;
Métodos de cálculo empregados;
As cargas que realmente actuam e
Os procedimentos de execução.

Luis Abel
Condição Factor de
segurança (Fs)

Capacidade de carga de fundações superficiais 3,0

Capacidade de carga de estacas ou tubulões sem


prova de carga 2,0

Capacidade de carga de estacas ou tubulões com 1,6


prova de carga

Luis Abel
Capacidade de carga admissivel (Allowable Bearing Capacity)
Capacidade de carga admissível (qadm) é o valor usado no
projecto de fundações;
 Na Ameríca do Norte, o factor de segurança a ruptura geral.
O Fs é aplicado para a capacidade de carga ultima (qu)

qu
qa dm 
Fs
 Na Grã-Bretanha, o Fs não é aplicado para a sobrecarga.

0.5 B( S N )  c( Sc N c )
qadm    DN q
Fs

Luis Abel
2.PROPOSIÇÃO DE VESIC
Vesic é um dos principais autores sobre a capacidade de carga de
solos.
Vesic (1975) considera 3 modos de ruptura do solo de um elemento
isolado de fundação: Ruptura geral, Local e Puncionamento

Luis Abel
2.1.A ruptura generalizada
O corre a formação de uma cunha, que tem movimento vertical
para baixo, e que empurra lateralmente duas cunhas, que tendem a
levanter o solo adjacente a fundação. A superficie de ruptura é
bem definida e repentina, acompanhada por tombamento da
fundação.

Observa-se a formação de considerável protuberância na superficie.


Ocorre na maioria das fundações em solos compactos e rijos.

Luis Abel
2.2. Ocorre em solos muito compressiveis, (areis fofas e argilas
moles), Não é facil de ser observada. Com a aplicação da carga, o
elemento fundação tende a fundar, em decorrencia da compressão
de solos subjacente. O solo externo não é afectado e não há
movimentação do solo na superficie.

Luis Abel
2.3.A ruptura local é claramente definida apenas sob a base da
fundação. Apresenta algumas caracteristicas dos outros dois modos
de ruptura, constituindo-se num caso intermediário.

Luis Abel
Modificação da equação da capacidade de carga de Terzaghi
Baseado nos estudos laboratóriais e modelos, o Vesic em 1973
modificou a equação de Terzaghi (1943), assumido inicialmente
que o modo de ruptura é = .
σr = c.Nc.Sc + q.Nq.Sq + 0,5.γ.B.Nγ.Sγ
O modo de ruptura demonstrado atráves de estudos laboratoriais


de acordo Visic (1973) é igual ∝= 45 + do que ∝= 
2

demosntado por Terzaghi (1943)

Luis Abel
De acordo com os estudos laboratoriais do Visic (1973) em relação


o modo de ruptura ∝= 45 + , os factores de capacidade de
2

carga ficam:

Reissner 1924

Reissner 1924

Vesic 1973

Luis Abel
Segundo o Vesic 1975, os factores de forma e profundidade
dependem não somente da geometria da sapata mas também do
ângulo de atrito do solo ().
São apresentados nas tabelas os factores de forma e de
profundidade de De Beer modificados por Vesic (1975).

Luis Abel
Tabela - Factores de forma de De Beer modificados por Vesic (1975).

Luis Abel
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A equação da capacidade de carga do solo de uma sapata
corrida, pode ser modificada para a utilização geral por meio da
incorporação dos factores de forma, profundidade e inclinação
(Meryohof 1963).

Luis Abel
Meryohof (1963) introduz na equação os seguintes factores:
Factor de forma – para determinar a capacidade de carga de
sapatas circulares e quadradas
Factor de profundidade - para representar a resistência ao
cisalhamento desenvolvida na superfície de ruptura do solo
acima da base da sapata
Factor de inclinação – para determinar a capacidade de carga de
uma sapata na qual a direção de aplicação da carga apresenta
um determinado ângulo de inclinação em relação à vertical

Luis Abel
Modificada a equação geral da capacidade de carga última, pode
ser expressa por:

1
qu  cN c sc d c ic  qN q sq d q iq   BN  s d i
2
sc , sq , s y Factores de forma
d c , d q , d Factores de profundidade
ic , iq , i Factores de inclinação

Luis Abel
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Factores de inclinação


0
ci  (1  0
) 2

90
Meyerhof
 0
qi  (1  0
) 2

90
0
 i  (1  0
) 2

90

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MÉTODOS DE BRINCH HANSEN
Complementando uma publicação de 1961, Hansen (1970) inclui
na formula de capacidade de carga os chamdos factores de
profundidade e também analisa o caso de carga inclinada,
quantificando a redução de capacidade de carga por meio de
factores de inclinação da carga .

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FACTORES DE FORMA E PROFUNDIDADE

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FACTOES DE PROFUNDIDADE

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FACTORES DE PROFUNDIDADE

Luis Abel
FACTORES DE CAPACIDADE DE CARGA
O N definido por Meyerhof foi recomendado.

Meyerhof (1963)

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Entretano as relações definadas por Vesic e Hansen também
são recomendados

Hansen (1970)

Vesic (1975)

Luis Abel
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Método de Skempton
Outro método de capacidade de carga muito utilizado é o de
Skempton (1951), específico para o caso de argilas saturadas na
condição não-drenada.
Para uma condição não drenada, caso uma carga vertical ( =0)
seja aplicada à sapata, temos:
 0 N 1 q
c  cu
N c  5,14
N  0
ci  qi   i  1
qu=cNcScdc+q
 B  Df 
qu  5,14cu 1  0, 2( )  1  0, 2( )  q
 L  B 

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Skempton’s Nc Values

 since u = 0, Nq = 1 and:

q f  cu N c  D

 values of Nc are
acquired from
Skempton’s Chart

Craig, 6th Ed.


Skempton’s Nc Values

Luis Abel
PARA O CASO DE CARGA VERTICAL EXCÊNTRICA.
Meyerhof (1953), introduziu o conceito de área efectiva. propõe
que as dimensões reais da base da sapata (B, L) sejam
substituídas, nos cálculos de capacidade de carga, por valores
Fictícios (B’L’) dados pelas expressões.

B  B  2eB
L  L  2eL

Luis Abel
FATORES DE CORREÇÃO PARA A FORMA DA SAPATA:

A teoria original de Terzaghi foi formulada a partir da hipótese


de que a sapata é contínua Hansen e Vesic propuseram fatores
de correção para abranger diferentes relações entre L’ e B’.

Luis Abel
Portanto, a área efectiva é igual a B’ vezes L’. Agora, utilizando
a Largura efectiva, podemos escrever a eq.
1
qu  cFcs Fcd N c  qFqs Fqd N q  F s F d  BN  (1)
2
Para calcular os factores de forma e profundidade, é necessário
substituir B por B’e L por L’

Luis Abel
CORREÇÃO DA FORMA DA SAPATA

Luis Abel
6.Pressão “net”e Pressão ‘gross” em capacidade de carga

Luis Abel
Se na cava executada, aplicar-se carga crescente, em um dado
estágio , igualará a pressão inicial, restabelecendo a situação
original: poderá ser aumentada a pressão, até provocar a
ruptura do terreno.
A pressão de roptura é pressão “gross” maior que a pressão
original. A diferença é a pressão “net”

Luis Abel

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