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Dulmair Caima Zubaida Taquidir

Eugénio Silvano Mausse


Osvaldo Nguenha
Yud Idrisse

Dimensionamento da Laje, Viga, Pilar e Sapata de uma Habitação Residencial


Licenciatura em Engenharia de Construção Civil

UNISAVE
Maxixe
2021
Dulmair Caima Zubaida Taquidir
Eugénio Silvano Mausse
Osvaldo Nguenha
Yud Idrisse

Dimensionamento da Laje, Viga, Pilar e Sapata de uma Habitação Residencial

Trabalho em grupo de carácter avaliativo a ser


apresentado, da cadeira de Betão II.

Docente: Gorka Solana

UNISAVE
Maxixe
2021
Índice
1.Introdução ........................................................................................................................ 5
1.1.Objectivos ..................................................................................................................... 5
1.1.1.Geral .......................................................................................................................... 5
1.1.2.Específicos ................................................................................................................. 5
2.Dimensionamento da Laje, Viga, Pilar e Sapata de uma Habitação Residencial ............ 6
2.1.Dimensionamento de uma laje vigada maciça rectangular de betão armado ............... 6
2.2.Dados de entrada .......................................................................................................... 6
2.3.Pré dimensionamento da viga ....................................................................................... 6
2.3.1.Cálculo da espessura viga .......................................................................................... 6
2.3.2.Largura da viga .......................................................................................................... 7
2.4.Pré dimensionamento da laje ........................................................................................ 7
2.4.1.Definição da direcção das armaduras ........................................................................ 8
2.4.2.Cálculo da espessura mínima da laje ......................................................................... 8
2.5.Acções e critérios de projecto ....................................................................................... 8
2.5.1.Calculo das acções permanentes................................................................................ 8
2.5.2.Acções variáveis ........................................................................................................ 9
2.5.3.Combinações de acções ............................................................................................. 9
2.5.4.Calculo dos esforços ................................................................................................ 10
2.5.5.Cálculo de armaduras pela tabela de flexão simples ............................................... 11
2.5.5.1.Calculo das armaduras principais ......................................................................... 14
2.5.5.2.Cálculo da armadura mínima ................................................................................ 16
2.5.5.3.Calculo das armaduras de distribuição ................................................................. 17
2.5.6.Estado limite de fendilhação.................................................................................... 17
2.5.7.Verificação da segurança ao estado Limite último de esforços transversos ............ 17
2.6.Dimensionamento da viga .......................................................................................... 18
2.6.1.Combinação das acções ........................................................................................... 18
2.6.2.Cálculo da linha neutra ............................................................................................ 19
2.6.3.Calculo das armaduras longitudinais (E.L.U. Flexão)............................................. 20
2.6.4.Calculo das armaduras transversais ......................................................................... 21
2.6.4.1.Espaçamento mínimo das armaduras transversais................................................ 21
2.7.Dimensionamento do pilar de canto ........................................................................... 22
2.7.1.Pré-dimensionamento .............................................................................................. 22
2.8.Dimensionamento da sapata ....................................................................................... 22
2.8.1.Pré-dimensionamento da sapata .............................................................................. 22
2.8.1.1.Pré-dimensionamento da altura ............................................................................ 23
2.8.2.Verificação da rigidez da sapata .............................................................................. 23
2.8.3.Verificação da tensão d solo .................................................................................... 24
2.8.4.Calculo das armaduras ............................................................................................. 24
3.Conclusão ...................................................................................................................... 25
4.Referências bibliográficas ............................................................................................. 26
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1. Introdução
Segundo o EC2-1-1, “o objectivo de uma análise estrutural é o de determinar a distribuição,
quer de esforços, quer de tensões, extensões e deslocamentos, em toda ou parte da estrutura.”

As lajes fazem parte de uma estrutura, e são classificadas como elementos de superfície,
planos e bidimensionais, que são aqueles onde duas dimensões (comprimento e largura) são
da mesma ordem de grandeza e muito maiores que a terceira dimensão, a espessura. As lajes
são também chamadas placas. Destinam-se a receber a maioria das cargas aplicadas em uma
edificação, normalmente de pessoas, móveis, máquinas e equipamentos, paredes, veículos, e
os mais variados tipos de cargas que podem existir em função da finalidade arquitectónica do
espaço que a laje faz parte. As cargas são comumente perpendiculares ao plano da laje, e
podem ser divididas em distribuídas na área, distribuídas linearmente ou forças concentradas.
Embora menos comuns, também podem ocorrer acções externas na forma de momentos
flectores, normalmente aplicados nas bordas das lajes. As cargas são geralmente transmitidas
para as vigas de apoio nas bordas da laje, mas eventualmente também podem ser transmitidas
directamente aos pilares, quando são chamadas lajes lisas, com ou sem capitel.

As lajes podem ser de betão Armado ou de betão Protendido, e neste trabalho será
dimensionada uma laje maciça rectangular de betão Armado.

1.1.Objectivos
1.1.1. Geral
 Dimensionar Laje, Viga, Pilar e Sapata de uma Habitação Residencial recorrendo ao
uso das tabelas.

1.1.2. Específicos
 Pré-dimensionar Laje, Viga, Pilar e Sapata.
 Dimensionar as armaduras da Laje, Viga, Pilar e Sapata.
 Verificar a segurança ao estado limite último de esforços.
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2. Dimensionamento da Laje, Viga, Pilar e Sapata de uma Habitação Residencial


2.1.Dimensionamento de uma laje vigada maciça rectangular de betão armado
2.2.Dados de entrada
 Dimensão da laje
 Espessura: 16cm
 Largura: 9m
 Comprimento: 11m

 Dimensão do solo para jardim


 Espessura: 40cm

 Material



 Armadura: Aço A400
 Impermeabilizante: manta asfáltica

2.3.Pré dimensionamento da viga


2.3.1. Cálculo da espessura viga
 Vão teórico
Segundo REBAP, no seu Artigo 87, nas vigas encastradas, o vão teórico deve ser o menor
dos valores (distância entre os eixos dos apoios). Para a nossa viga, o vão teórico ( ) é igual a

Ainda de acordo com o mesmo regulamento, no seu artigo 89, a altura das vigas de betão
armado, deve satisfazer a seguinte condição:
: ;

De acordo com o quadro XIII do mesmo artigo, para a condição de carregamento da nossa
viga duplamente encastrada é igual a .
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2.3.2. Largura da viga

Dimensões da viga . Esses valores, segundo REBAP, não satisfazem a dimensão


mínima de uma viga (20 ), portanto, adoptaremos a dimensão mínima.

2.4.Pré dimensionamento da laje


Na análise dos esforços em lajes vigadas com continuidade os esforços podem ser
determinados nos painéis isolados, caso as lajes terem dimensões diferentes, será depois
necessário efectuar o equilíbrio dos momentos negativos nos apoios comuns dos diversos
painéis e reajustar os momentos positivos.
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2.4.1. Definição da direcção das armaduras

A laje será bidireccional

2.4.2. Cálculo da espessura mínima da laje


;

De acordo com o quadro XV do REBAP, não existe o valor do coeficiente “ ” para a laje
armada em duas direcções, apoiada num bordo e encastrada no outro, logo, adoptaremos
como espessura da laje .

2.5.Acções e critérios de projecto


No presente capítulo apresentam-se as acções consideradas nas verificações de segurança
para a fase de serviço da estrutura, as combinações de acções consideradas e os critérios de
dimensionamento definidos. Não são consideradas neste trabalho situações de acidente ou de
teste da estrutura.

2.5.1. Calculo das acções permanentes


 Peso próprio da laje

 Peso próprio de contra piso


9

 Peso próprio de solo

2.5.2. Acções variáveis


Considerou se o tipo de cobertura terraço acessível, onde a sobrecarga é igual a .

2.5.3. Combinações de acções

: Quando a acção de base é favorável a estrutura, isto é, quando reduz o esforço da


estrutura. Caso a acção seja desfavorável;
é sempre igual a 1.5.

 Escolha dos coeficientes de repartição de carga .


Para o menor vão, o coeficiente deve variar entre 0.5 e 1, e o maior vão, deve ser .
10

2.5.4. Calculo dos esforços


 Modelo estático da laje
 Direcção X

 Diagrama de momento flector

 Diagrama de forca cortante

 Modelo estático da laje


 Direcção y
11

 Diagrama de momento flector

 Diagrama de forca cortante

2.5.5. Cálculo de armaduras pela tabela de flexão simples


Ambiente moderamente agressivo
 Critérios para escolha da tabela
 Armadura aço A400


12

 Cálculo do Momento flector reduzido negativo na direcção

 Percentagem mecânica da armadura

 Cálculo do Momento flector reduzido positivo na direcção

 Percentagem mecânica da armadura


13

 Cálculo do Momento flector reduzido positivo na direcção

 Percentagem mecânica da armadura


14

2.5.5.1.Calculo das armaduras principais


Direcção
15
16

Direcção

2.5.5.2.Cálculo da armadura mínima

NB: Esta armadura deve ser colocada em todas as zonas e direcções onde a laje possa estar
traccionada.
17

2.5.5.3.Calculo das armaduras de distribuição


 Armadura inferior:
Não é necessária nas duas direcções.

 Armadura superior:
 Direcção y: não é necessária

 Direcção X:

2.5.6. Estado limite de fendilhação


De acordo com o parágrafo 4.4.2.3(1) do EC2, as lajes cuja espessura total não exceda
200mm não necessitam de medidas específicas para controlar a fendilhação, desde que se
respeite as disposições construtivas indicadas na secção 5.4.3.

2.5.7. Verificação da segurança ao estado Limite último de esforços transversos


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2.6.Dimensionamento da viga

( )

2.6.1. Combinação das acções

 Modelo estático da viga


19

 Diagrama de momento flector

 Diagrama de forca cortante

2.6.2. Cálculo da linha neutra

Existe o nível mínimo de ductilidade.


20

2.6.3. Calculo das armaduras longitudinais (E.L.U. Flexão)


 Critérios para escolha da tabela
 Armadura aço A400

 Cálculo do Momento flector reduzido positivo

De acordo a tabela de flexão simples terá se:

[ ]

 Cálculo do Momento flector reduzido positivo

De acordo a tabela de flexão simples terá se:


21

[ ]

2.6.4. Calculo das armaduras transversais

2.6.4.1.Espaçamento mínimo das armaduras transversais


*
22

2.7.Dimensionamento do pilar de canto

2.7.1. Pré-dimensionamento

Usaremos dimensão mínima de pilar

2.8.Dimensionamento da sapata
2.8.1. Pré-dimensionamento da sapata
Tensão admissível do solo
Altura do pilar

[( ) ]

[ √( ) ]
23

[ √ ]

2.8.1.1.Pré-dimensionamento da altura

2.8.2. Verificação da rigidez da sapata


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2.8.3. Verificação da tensão d solo

2.8.4. Calculo das armaduras


Tang =0.4
( ) ( ) ( )

( )
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3. Conclusão
Inicialmente desenvolveu-se a concepção da estrutura e descreveram-se as acções
consideradas para as verificações de segurança. A par da definição das secções geométricas
dos elementos estruturais, executou-se o pré-dimensionamento da estrutura. No decurso do
trabalho foi efetuado o dimensionamento detalhado dos elementos estruturais,
nomeadamente, laje, viga, pilar e sapata, sendo expostos os métodos e modelos de cálculo
utilizados e verificados os Estados Limites Últimos de acordo com os critérios definidos.
Foram apresentados os principais resultados obtidos para os elementos analisados.

Concluiu se que para a escolha das dimensões da laje, os principais parâmetros iniciais são os
seguintes:
 Vãos efectivos;
 Acções, abrangendo os carregamentos permanentes e variáveis; - vinculação nos
apoios;
 Tipo de utilização da laje.

Com o auxílio de tabelas ou programas computacionais, pode-se determinar as características


da laje para diversas finalidades, como as especificações da armadura em treliça, as
armaduras complementares, nervuras transversais, etc, como forma de verificar a segurança
ao estado limite ultimo de esforços, e com base com os valores obtidos, dimensionar viga,
pilar e sapata.
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4. Referências bibliográficas
I. Camara, J. N.. A.. Estruturas de Betão I Folhas de Apoio às Aulas. DECIVIL. Lisboa,
2014/2015.

II. Costa, A.. Estruturas de Betão II Folhas de Apoio às Aulas. DECIVIL. Lisboa,
2013/2014.

III. EURO CODIGO 2 – Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado


para edifícios.

IV. Henriques, António A.R. - Aplicação de Novos Conceitos de Segurança no


Dimensionamento do Betão Estrutural. Tese de Doutoramento, FEUP, Porto, 1998.

V. Lopes, B. M.. Avaliação da segurança de Estruturas Existentes. Dissertação de


Mestrado, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, Portugal, 2009.

VI. Nunes. M. A. O.. Dimensionamento de Pontes Rodoviárias de Betão Armado e Pré-


Esforçado Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia Civil, 2014.

VII. RSAEEP - Regulamento de Segurança e Acções para Estruturas de Edifícios e Pontes.

VIII. REBAP - Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado.


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Anexos
Tabela 1
28

Tabela 2

Tabela 3

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