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PROJECTO DE NAVE INDUSTRIAL UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO CÁLCULO


ESTRUTURAL

2 GENERALIDADES
A presente memória refere-se ao projecto estrutural para a construção de uma Nave
Industrial, em Marracuene na província de Maputo.

As fundações serão em betão armado, os pilares e as vigas da Nave Industrial serão em


perfis metálicos. A estrutura de cobertura é formada por asnas e madres em perfil “U”,
sendo o revestimento em chapa IBR. As fachadas são constituídas por paredes em
alvenaria de bloco de cimento e areia vazados até aos 2 metros de altura, e chapas IBR
dos 2 metros até aos 7 metros.

Na presente memória são referenciados as normas e regulamentos seguidos para a


concepção e dimensionamento da estrutura e os modelos de cálculo adoptados.

3 NORMAS E REGULAMENTOS
Para a elaboração do presente projecto estrutural foram obedecidos os preceitos dos
regulamentos aplicáveis em vigor em Moçambique, a saber:

 Regulamento de Solicitações em Edifícios e Pontes;


 Regulamento de Estruturas de Betão Armado;
 Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios.

Nos casos omissos ou pouco claros nos regulamentos referidos foram aplicados, para as
acções, o “Regulamento de Segurança e Acções em Estruturas de Edifícios e Pontes” e,
para o dimensionamento das estruturas metálicas, o “Regulamento de Estruturas de Aço
para edifícios”.

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4 MATERIAIS
A parte das estruturas metálicas será constituído por aço do tipo Fe360.

A parte das estruturas em betão armado será constituída por betão da classe B20 e aço do
tipo A400.

Por sua vez, os elementos estruturais de madeira, caso sejam adoptados, devem garantir
um valor de cálculo da tensão de rotura à tracção e à compressão de 20MPa.

Os blocos de cimento e tijolos a usar deverão ter um valor de resistência à compressão


não inferior a 16kg/cm2.

5 ACÇÕES
Para o dimensionamento da estrutura da Nave Industrial foram consideradas as seguintes
acções:

 Acções permanentes – resultantes do peso dos elementos estruturais e de


revestimento
G= Peso da madre + Peso da chapa
 Peso da madre = 0,22 kN/m
 Peso da Chapa = 0.078 kN/m2

 Acções variáveis
 Sobrecarga em cobertura ordinária = 0.30 kN/m2
 Vento na cobertura = 1,26 KN/m2
 Vento nas paredes = 0,45KN/m 2 (pressão) e 0,41KN/m2 (sucção)

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6 MODELOS DE CÁLCULO
6.1 Dimensionamento
O dimensionamento das estruturas foi feito manualmente, respeitando os regulamentos e
normas acima mencionadas.

Breve descrição da análise efectuada e a respectiva discretização estrutural


A análise das solicitações realiza-se através de cálculo manual, por métodos matriciais de
rigidez, considerando todos os elementos que definem a estrutura: pilares, vigas, asnas e
madres.

Resumidamente, a estrutura discretiza-se em elementos tipo barra, malha de barras


e nós.

6.1.1 Pilares
São barras verticais, com um nó no arranque de fundação ou noutro elemento, como uma
viga ou asna, estes serão executados em perfis metálicos do tipo INP 450.

6.1.2 Vigas
Definem-se em planta fixando nós na intersecção com o eixo de pilares e/ou nas suas
faces, assim como nos pontos de corte com outras vigas. Assim se criam os nós no eixo e
nos bordos laterais. E as vigas serão executadas em perfis INP450.

Outras considerações tidas em conta no cálculo

Para o dimensionamento dos elementos estruturais, o efeito das acções foram acrescidas
em 50%, isto é, sendo o coeficiente de majoração de 1.50.

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7 CONCEPÇÃO DAS ESTRUTURAS


8 Descrições da Nave Industrial

8.1 Cobertura
A cobertura da Nave Industrial será formada por asnas em perfis ”INP”, que darão apoio
às madres em perfis “U”.

No cálculo da estrutura do edifício foram tidas em conta as cargas permanentes


resultantes das asnas, madres, chapa IBR, sobrecarga em cobertura ordinária e acção do
vento. As referidas cargas foram aplicadas nas vigas como resultado das áreas de
influência da cobertura.

As asnas e madres foram projectadas como perfis INP e UNP respectivamente, sendo a
secção determinada em função do esforço máximo a que o elemento se encontra sujeito.
Também se tiveram em conta as dimensões correntes das madres.
As madres foram dimensionadas à flexão simples e consideradas como simplesmente
apoiadas.

8.2 Vigas
Nos pilares, ao nível do topo destes, serão colocadas vigas metálicas.

Estas vigas terão a função essencial de receber as cargas provenientes da cobertura e


redistribuir aos pilares, para além de acrescer a rigidez da estrutura, tornando-a assim
mais sólida e resistente. Para o caso deste projecto, em grande parte servirão de apoio à
estrutura de cobertura.

8.3 Lintéis e peitorís


Os lintéis das portas e janelas estarão no topo destes elementos devendo-se prolongar em
redor de todo o edifício.

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Os peitorís das janelas serão executados na base destas devendo-se prolongar em 15cm
em cada extremidade.
Os lintéis das portas e janelas serão em perfil INP100

8.4 Pilares
Os pilares foram dispostos conforme ilustra-se nas peças desenhadas.

Estes elementos estruturais serão em perfis INP, servindo de apoio para as vigas. As
cargas para os respectivos dimensionamentos resultam da soma entre o peso próprio dos
pilares e das reacções de apoio das vigas.

Os pilares apoiar-se-ão em sapatas de betão armado.

8.5 Fundações
Sob os pilares devem ser construídas sapatas isoladas em betão armado e sob as paredes
de alvenaria sapatas corridas em betão simples. Estas devem ser fundadas a uma
profundidade indicada nas peças desenhadas.

As sapatas acima referidas devem ser interligadas de modo a funcionarem conjuntamente,


não permitindo a ocorrência de assentamentos diferenciados.

Sobre as sapatas corridas, até ao nível de pavimento, deverão ser usados blocos de
cimento amaciçados.

Os recobrimentos deverão ser de 3 cm de espessura para garantir uma adequada


protecção contra a corrosão das armaduras.

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9 TRABALHOS PRELIMINARES

9.1 Limpeza do terreno de construção


Limpeza do local destinado à construção, de todos os entulhos, arbustos e capim,
procedendo em seguida à regularização do terreno até atingir os níveis indicados no
projecto.

9.2 Implantação da obra


A demarcação das partes de obra a construir será feita com ajuda de fita métrica e
tomando como base a planta geral de implantação e as medidas nela contidas.

9.3 Construção do cangalho


Construção de estrutura auxiliar de madeira periférica e exterior aos caboucos para
demarcação de eixos de alvenaria, fundações e marcação de cotas de projecto.

9.4 Movimento de terras


Escavação de caboucos para fundações. As fundações serão abertas conforme as
indicações no projecto.

Deverá atender-se à conveniência de reduzir ao mínimo possível, o tempo que medeia


entre a abertura dos caboucos ou valas e o seu enchimento, de modo a evitar o
desmoronamento ou desagregação dos paramentos das trincheiras e o alagamento
demorado destas.

Regar e bater a maço o leito dos caboucos e pavimentos


O leito das fundações deverá ser regularizado com a colocação e espalhamento de uma
camada de aterro de areia limpa, regada e batida a maço manual ou mecânico.

Aterro das fundações com solos limpos regados e batidos


No caso de ser necessário aterrar, o aterro será feito por colocação de camadas sucessivas
de solos limpos, isentos de detritos orgânicos ou lixos, sendo cada camada de no máximo

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20cm de espessura regada e batida a maço manual ou mecânico. Se os solos removidos


dos caboucos estiverem isentos de impurezas e materiais vegetais podem ser reutilizados
com aprovação da fiscalização para enchimento das caixas de pavimento.

10 RESULTADOS DO CÁLCULO
Em anexo são apresentados os resultados do cálculo.

11 DISPOSIÇÕES FINAIS
Todos os trabalhos constantes na presente memória descritiva de estrutura deverão ser
executados de acordo com as boas regras de construção em vigor na República de
Moçambique, não devendo constituir razão à má execução pelo empreiteiro, de qualquer
omissão aqui constante.

Maputo, Novembro de 2014

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Índice Pag.
1 MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA DO CÁLCULO ESTRUTURAL .............. 1
2 GENERALIDADES ............................................................................................................ 1
3 NORMAS E REGULAMENTOS ........................................................................................ 1
4 MATERIAIS ....................................................................................................................... 2
5 ACÇÕES............................................................................................................................. 2
6 MODELOS DE CÁLCULO ................................................................................................ 3
6.1 Dimensionamento ........................................................................................................ 3
Resumidamente, a estrutura discretiza-se em elementos tipo barra, malha de barras e nós. ........... 3
6.1.1 Pilares ................................................................................................................. 3
6.1.2 Vigas.................................................................................................................... 3
7 CONCEPÇÃO DAS ESTRUTURAS .................................................................................. 4
8 Descrições da Nave Industrial .............................................................................................. 4
8.1 Cobertura ..................................................................................................................... 4
8.2 Vigas ........................................................................................................................... 4
8.3 Lintéis e peitorís .......................................................................................................... 4
8.4 Pilares.......................................................................................................................... 5
8.5 Fundações.................................................................................................................... 5
9 TRABALHOS PRELIMINARES ........................................................................................ 6
9.1 Limpeza do terreno de construção ................................................................................ 6
9.2 Implantação da obra ..................................................................................................... 6
9.3 Construção do cangalho ............................................................................................... 6
9.4 Movimento de terras .................................................................................................... 6
10 RESULTADOS DO CÁLCULO...................................................................................... 7
11 DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................. 7
Maputo, Novembro de 2014 ......................................................................................... 7

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