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Campus Congonhas
FUNDAÇÕES
Congonhas
1
2013
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais
Campus Congonhas
FUNDAÇÕES
2
Congonhas
2013
SENOCK HENRIQUE DE OLIVEIRA CASTRO
FUNDAÇÕES
Por:
_________________________________________
Mário Cabello
Engenheiro Civil
_________________________________________
3
Rodolfo da Silva
Coordenador do curso de Edificações
AGRADECIMENTOS
Muito Obrigado!
4
RESUMO
5
SUMÁRIO
1- INTRODUÇÃO 8
2- ELEMENTOS NECESSÁRIOS EM PROJETO DE FUNDAÇÕES 9
3- AS CARGAS DA EDIFICAÇÃO 10
4- RESISTÊNCIA OU CAPACIDADE DE CARGA DO SOLO 12
5- CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES 13
6- ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO 14
7- FUNDAÇÕES RASAS OU DIRETAS 15
7.1 – Blocos e Alicerces 15
7.2 – Sapatas de Fundação 18
7.2.1 – Sapatas Isoladas 19
7.2.2 – Sapatas Corridas 20
7.2.3 – Sapatas Associadas 21
7.2.4 – Sapatas Alavancadas 22
7.3 – Radier 24
8- FUNDAÇÕES PROFUNDAS OU INDIRETAS 25
8.1 – Estacas Moldados in loco 27
8.1.1 – Estaca escavada mecanicamente (s/ lama) 27
8.1.2 – Estaca escavada (c/ lama bentonítica) 27
8.1.3 – Estaca Raiz 29
8.1.4 – Estaca Strauss 32
8.1.5 – Estaca Apiloada 35
8.1.6 – Estaca Franki 35
8.1.7 – Estaca de Hélice Contínua (monitorada) 38
8.1.8 – Parede Diafragma e Estacas Barretes 40
8.1.9 – Estaca Ômega (monitorada) 42
6
8.2 – Estacas Pré-Moldadas 42
8.2.1 – Estaca de Madeira 43
8.2.2 – Estaca Metálica 44
8.2.3 – Estaca de Concreto 45
8.2.4 – Estaca Mega 47
8.3 – Tubulões 48
8.3.1 – Tubulão a céu aberto 48
8.3.2 – Tubulão pneumático ou ar comprimido
50
9- CONCLUSÃO 53
10- BIBLIOGRAFIA 54
7
1. INTRODUÇÃO
Toda obra de engenharia necessita de uma base sólida e estável para ser
apoiada. Entende-se por obra de engenharia: edifício de apartamentos, galpão,
barracão, ponte, viaduto, rodovia, ferrovia, barragem de terra ou concreto,
porto, aeroporto, estação de tratamento de água, etc. Base sólida e estável:
apoio que proporcione condições de segurança quanto à ruptura e
deformações. É importante lembrar que os solos situados sob as fundações se
deformam, e que, consequentemente, toda fundação sofre recalques, devido
ao acréscimo de tensões introduzido por uma obra de engenharia no solo de
fundação, e que a todo acréscimo de tensões corresponde uma deformação. O
importante é que não sejam ultrapassadas as deformações limites
(admissíveis), que cada edificação pode suportar sem prejuízo de sua
utilização pelo tempo previsto para tal.
8
2. ELEMENTOS NECESSARIOS EM PROJETO DE FUNDAÇÕES
9
• Número de pavimentos, carga média por pavimento.
• Desempenho das fundações.
• Existência de subsolo.
• Possíveis conseqüências dc escavações c vibrações provocadas
pela nova obra.
3. AS CARGAS DA EDIFICAÇÃO
10
Alvenaria de pedra 2200 a 2400 kgf/m3
kgf/m3
Alvenaria de tijolo maciço revestido 1600 kgf/m3
kgf/m3
Alvenaria de tijolo furado revestido 1300
kgf/m3
Concreto simples 2200
kgf/m2
Concreto armado 2500 kgf/m2
kgf/m2
Revestimento com madeira (taco) 45
kgf/m2
Ladrilho e pedras de piso 50
kgf/m2
Mármore de 2 a 3 cm de espessura 80 a 90
kgf/m2
Revestimento de tetos e pisos de lajes com 25
argamassa kgf/m2
125
Telhado completo – telha francesa kgf/
150
Telhado completo – telha canal
90
Telhado completo – cimento amianto
900
Madeira de lei
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
Tabela 2: Sobrecargas ou carga úteis em lajes de piso e de forro.
Sobrecarga – kgf/m2
Compartimento
Arquibancadas 400
11
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
12
Para obras de pequeno vulto sujeita a cargas relativamente pequenas, a
resistência fs do terreno poderá ser obtida por meio de tabelas práticas em
função do tipo de solo (tabela 3).
Tabela 3: Tensão admissível no solo (fs) recomendado pela ABNT.
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
Tipo de solo Tensão
admissível
(kgf/cm2)
Rocha viva, maciça sem laminação, fissuras ou sinal de 100
decomposição, tais como: gnaisse, granito, diábase e basalto.
Solo concrecionado. 8
Argila dura. 3
Argila rija. 2
Argila média. 1
13
• Fundações profundas (indiretas): são aquelas cujas bases estão
implantadas a mais de duas vezes a sua menor dimensão, e a mais de 3 m de
profundidade.
O que caracteriza principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato
da distribuição de carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de
fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual que ocorre no pilar, é
transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de
suportá-la. Outra característica da fundação direta é a necessidade da abertura
da cava de fundação para a construção do elemento de fundação no fundo da
cava.
A fundação profunda ou indireta, a qual possui grande comprimento em
relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela base, porém
grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de
fundação com o solo. A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura da
cava de fundação, constituindo-se, por exemplo, em um elemento cravado por
meio de um bate-estaca.
14
proceder a escolha do tipo de fundação mais adequada, técnica e
economicamente.
O estudo é conduzido inicialmente, pela verificação da
possibilidade do emprego de fundações diretas.
Mesmo sendo viável a adoção das fundações diretas é
aconselhável comparar o seu custo com o de uma fundação indireta.
E finalmente, verificando a impossibilidade da execução
das fundações diretas, estuda-se o tipo de fundação profunda mais
adequada.
Quando a camada ideal for encontrada à profundidade de
5,0 à 6,0m, podemos adotar brocas, se as cargas forem na ordem de 4
a 5 toneladas
Em terrenos firmes a mais de 6,0m, devemos utilizar
estacas ou tubulões.
15
que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior
a duas vezes a menor dimensão da fundação.
Incluem-se neste tipo de fundação as sapatas, os blocos, os radiers, as
sapatas associadas, as vigas de fundação e as sapatas corridas.
Para o caso de fundações apoiadas em solos de elevada porosidade,
não saturados, deve ser analisada a possibilidade de colapso por
encharcamento, pois estes solos são potencialmente colapsíveis. Em princípio
devem ser evitadas fundações superficiais apoiadas neste solo, a não ser que
sejam feitos estudos considerando-se as tensões a serem aplicadas pelas
fundações e a possibilidade de encharcamento do solo.
16
Figura 1: Tipos de alicerce e Bloco em alvenaria de tijolos.
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
Execução
17
Fazer a impermeabilização para evitar a percolação capilar, utilizando
uma argamassa “impermeável” (com aditivo) ou ainda, uma chapa de
cobre, de alumínio ou ardósia.
Controle de Qualidade
18
7.2. SAPATAS DE FUNDAÇÃO
19
Figura 4: Sapatas de Fundação.
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
São aquelas que transmitem para o solo, através de sua base, a carga
de uma coluna (pilar) ou um conjunto de colunas (BRITO, 1987). A Figura 3.4
apresenta alguns tipos de sapatas isoladas.
Execução
20
Figura 5: Sapatas isoladas.
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
21
Execução
Escavação.
Colocação de um lastro de concreto magro de 5 a 10 cm
de espessura.
Posicionamento das fôrmas, quando o solo assim o exigir.
Colocação das armaduras.
Concretagem.
Cinta de concreto armado: sua finalidade é a maior
distribuição das cargas, evitando também deslocamentos indesejáveis,
pelo travamento que confere à fundação; muitas vezes, é usado o
próprio tijolo como fôrma lateral.
Camada impermeabilizante: sua função é evitar a subida
da umidade por capilaridade para a alvenaria de elevação; sua
execução deve evitar descontinuidades que poderão comprometer seu
funcionamento e nunca devem ser feitas nos cantos ou nas junções das
paredes; esta camada deverá ser executada com argamassa com
adição de impermeabilizante e deverá se estender pelo menos 10 cm
para revestimento da alvenaria de embasamento; para evitar retrações
prejudiciais, deverá receber uma cura apropriada (água, sacos de
cimento molhados, etc.), sendo depois pintada com emulsão asfáltica
em duas demãos, uma após a secagem completa da outra.
22
viga que une os dois pilares denomina-se viga de rigidez, e tem a função de
permitir que a sapata trabalhe com tensão constante.
23
Figura 8: Sapatas Alavancadas.
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
Controle de Qualidade
24
7.3. RADIER
25
Figura 9: Radier. Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br
O tipo de fundação deve ser escolhido com base nos seguintes fatores:
Fatores Econômicos, tais como custos para execução dos diversos tipos, situação
e disponibilidade de espaço no canteiro de obras, condicionantes construtivas do
projeto e riscos com relação a vizinhos e terceiros, etc.
26
fundações segundo uma escala numérica de 1 a 10. Quanto maior o número da
escala, tanto mais propício é o solo para aquele tipo de fundação
3, com
Enrocamentos Impossível 6, c/ tubex Impossível Impossível zero zero zero
martelete
Rochas
e solos Solos com Segue a Segue a Segue a
3, com
matacão ou A analisar 6, c/ tubex Impossível 3 granulometria granulometria granulometria
martelete
talus predominante predominante predominante
Pedregulhos
misturados
3, c/
ou não com Impossível 6, c/ tubex Impossível 5 A analisar A analisar A analisar
martelete
areia, silte e
argila
Solos
Areias com 8, c/ pá e
Grossos Impossível 6, c/ tubex 3 8
pedregulhos picareta
De 3 a 8 De 3 a 8 De 3 a 8
Areias sem 10, c/ pá e 7, c/ conforme a conforme a conforme a
Impossível 6 10
pedregulhos picareta revestimento compacidade compacidade compacidade
Areias
10, c/ pá e 7, c/
siltosas ou Impossível 7 10
picareta revestimento
argilosas
Solos Siltes
Finos inorgânicos,
areias finas
siltes De 2 a 7, De 2 a 7, De 2 a 7,
10, c/ pá e 8, c/
arenosos, 1 10 10 conforme a conforme a conforme a
picareta revestimento
siltes compacidade compacidade compacidade
argilosos de
baixa
plasticidade
Argila
inorgânica de
baixa a média
De 1 a 6, De 1 a 6, De 1 a 6,
plasticidade, 10, c/ pá e 9, c/
2 10 10 conforme a conforme a conforme a
com ou sem picareta revestimento
dureza dureza dureza
pedregulhos;
arenosas ou
não
Siltes 10, c/ pá e 8 10, c/ 10 10 De 2 a 7, De 2 a 7, De 2 a 7,
inorgânicos, picareta revestimento conforme a conforme a conforme a
solos siltosos dureza dureza dureza
27
ou arenosos
mináceos ou
diatomáceos
Argilas
De 1 a 6, De 1 a 6, De 1 a 6,
inorgânicas 10, c/ pá e 10, s/
10 10 10 conforme a conforme a conforme a
de elevada picareta revestimento
dureza dureza dureza
plasticidade
Argilas
orgânicas de De 1 a 5, De 1 a 5, De 1 a 5,
5, c/ pá e 8, c/
média a alta 7 9 9 conforme a conforme a conforme a
picareta revestimento
Solos plasticidade, dureza dureza dureza
Orgânico siltes
s Turfa, solo
orgânicos de 3, c/ pá e
Impossível Impossível 7 7 zero zero zero
baixa picareta
plasticidade
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
8.1. ESTACAS
MOLDADAS “IN-LOCO”
Acima do N.A.
Perfuratrizes rotativas
Profundidades até 30m
Diâmetros de 0,20 a 1,70m (comum até 0,50m)
28
Figura 10: Estaca escavada Mecanicamente. Fonte: http://www.drilling.com.br/
29
Figura 11: Estaca Escavada (c/ lama bentonítica).
Fonte: http://www.benapar.com.br
Aplicação
Execução
Controle de Qualidade
Durante a perfuração verifica-se, permanentemente, a verticalidade, que
é corrigida ao primeiro indício de desaprumo. Antes da concretagem verifica-se
a adequada limpeza do fundo da estaca através do ensaio das características
30
de amostra de lama, coletada a 15cm do fundo, e que deverá apresentar as
características dentro dos limites fornecidos pela NBR 6122. Após a colocação
da armação inicia-se a concretagem, que não deve sofrer interrupções, sendo
o concreto lançado pelos caminhões diretamente no funil disposto na
extremidade superior do tubo tremonha. Antes do lançamento de cada
caminhão verifica-se visualmente o aspecto do concreto e mede-se seu
abatimento.
Durante a concretagem é mantido rigoroso controle da subida do
concreto dentro da estaca, assegurando que posição da ponta do tubo
tremonha seja mantida sempre imersa no concreto.
31
Figura 12: Estaca Raiz. Fonte: http://www.benapar.com.br
Aplicação
32
Quando há a possibilidade de execução de estacas com elevadas
inclinações.
Execução
Compreende a perfuração do terreno por meio de tubo de aço que
possui coroa de widia em sua extremidade inferior, ao qual se aplica a rotação
e “pull down” (força axial para baixo), à medida que água vai sendo injetada em
seu interior através de uma bomba capaz de elevadas vazões e pressões.
Ao retornar externamente ao tubo, a água injetada remove o material
desagregado pela coroa ao mesmo tempo em que forma-se espaço anelar
entre o tubo e o solo, permitindo que o mesmo gire livremente. A perfuração é
levada à cota de paralisação prevista para a estaca e, ao concluir a introdução
do tubo o fluxo d’água é mantido até que todo o material desagregado saia.
Coloca-se então a armadura da estaca e inicia-se a concretagem, que
consiste em verter, através de tubo tremonha, argamassa de cimento e areia
com consumo mínimo de 600kg de cimento por metro cúbico de argamassa. A
etapa prossegue até o enchimento do tubo de perfuração e retorno de
argamassa sã (sem excesso d’água).
Inicia-se então a remoção dos tubos de perfuração e, a cada tubo
removido, aplica-se pressão por meio de ar comprimido, até que se constate o
vazamento da argamassa por fora do tubo de perfuração.
Controle de Qualidade
Centralização da armadura.
33
Manutenção do tubo de injeção sempre imerso na argamassa injetada.
20 25 20 15
30 32 25 20
40 38 30 25
60 45 38 30
80 55 48 45
Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br/
Vantagens
A estaca strauss apresenta vantagem pela leveza e simplicidade do
equipamento que emprega. Com isso, pode ser utilizada em locais confinados,
34
em terrenos acidentados ou ainda no interior de construções existentes.
O processo não causa vibrações, o que é de muita importância em obras
em que as edificações vizinhas, dada a natureza do subsolo e de suas próprias
deficiência, sofreriam danos sérios com essas vibrações.
Por a estaca Strauss ser moldada no local, fica acabado com
comprimento certo, arrasada na cota prevista, não havendo perda de material
nem necessidade de suplementação. Os equipamentos para a estaca strauss
constam de um tripé de aço, um guincho duplo ou simples acoplado a motor a
explosão (diesel) ou elétrico, uma sonda de percussão munida de válvula em
sua extremidade inferior para retirada de terra, um soquete com peso
compatível com o diâmetro da estaca, linhas de tubulação de aço, com
elementos de 2,00 a 3,00 metros de comprimento, rosqueáveis entre si, um
guincho manual (para máquina simples) para retirada da tubulação, além de
roldanas, cabos e ferramentas.
Perfuração
Com o soquete é iniciada a perfuração até a profundidade de 1,00 a 2,00
metros, furo este que servirá de guia para a introdução do primeiro tubo,
dentado na extremidade inferior, chamado "coroa". Inicia-se assim a perfuração
para estaca strauss.
Com a introdução da coroa, o soquete é substituído pela sonda de
percussão, a qual, por golpes sucessivos e o auxílio de água, vai retirando o
solo do interior e abaixo da coroa, e a mesma vai se introduzindo no terreno.
Quando a Estaca Strauss estiver toda cravada, é rosqueado o tubo
seguinte, e assim por diante, até atingir a camada de solo resistente e/ou que
tenha um comprimento de estaca considerado suficiente para garantia de carga
de trabalho da mesma. Procede-se a limpeza da lama e da água acumulada
durante a perfuração, que ficam armazenadas no interior da sonda, com a
inversão da mesma quando retirada da tubulação.
Concretagem
Nesta etapa, a sonda é substituída pelo soquete.
É lançado concreto no tubo em quantidade suficiente para se ter uma coluna
35
de aproximadamente 5,00 metros. Sem puxar a tubulação, apiloa-se o concreto
formando uma espécie de bulbo. Para a execução do fuste, o concreto é
lançado dentro da tubulação e, à medida que é apiloado, esta vai sendo
retirada com o emprego do guincho. Esta operação é realizada
simultaneamente, para se evitar secção da estaca, que pode ocorrer caso a
tubulação seja puxada e o concreto não seja apiloado.
Para a garantia da continuidade do fuste, deve ser mantida, dentro da
tubulação durante o apiloamento, uma coluna de concreto suficiente para que o
mesmo ocupe todos os espaços perfurados e eventuais vazios no subsolo.
Desta forma, o pilão não tem possibilidade de entrar em contato com o solo da
parede da estaca e provocar desbarrancamento e mistura de solo com
concreto, o que pode comprometer a resistência da estaca.
A concretagem para estaca strauss é feita até um pouco acima da cota
de arrasamento da estaca, deixando-se um excesso para o corte da cabeça da
estaca. O concreto utilizado deve consumir, no mínimo, 320 quilos de cimento
por metro cúbico. É importante frisar que a coluna de concreto plástico dentro
das tubulações, por seu próprio peso, já tende a preencher a escavação e
contrabalançar a pressão do lençol freático, se existente.
CARACTERÍSTICA DA ESTACA
Consumo de materiais
Diâmetro da Distância
Carga Distância da estaca por metro
Estaca mínima do eixo
Admissível mínima entre Cimento
Acabada à parede Areia Pedra I
(kN) eixos (cm) (saco 50
(cm) vizinha (cm) (l/m) (l/m)
kg/m)
25 200 75 15 35 60 0,35
32 300 90 20 50 90 0,50
38 400 110 25 70 130 0,70
45 600 130 30 105 200 1,05
36
Figura 13: Estaca Strauss. Fonte: http://www.fxsondagens.com.br
37
Figura 14: Estaca Apiloada. Fonte: http://www.dicionariogeotecnico.com.br
Execução
Crava-se no solo um tubo de aço, cuja ponta é obturada por uma bucha
de concreto seco, areia e brita, estanque e fortemente comprimida sobre as
paredes do tubo. Ao se bater com o pilão na bucha, o mesmo arrasta o tubo,
impedindo a entrada de solo ou água.
38
Atingida a camada desejada, o tubo é preso e a bucha expulsa por
golpes de pilão e fortemente socada contra o terreno, de maneira a formar uma
base alargada.
Uma vez executada a base e colocada a armadura, inicia-se a
concretagem do fuste, em camadas fortemente socadas, extraindo-se o tubo à
medida da concretagem, tendo-se o cuidado de deixar no mesmo uma
quantidade suficiente de concreto para impedir a entrada de água e de solo.
As estacas tipo Franki apresentam grande capacidade de carga e
podem ser executadas a grandes profundidades, não sendo limitadas pelo
nível do lençol freático. Seus maiores inconvenientes dizem respeito à vibração
do solo durante a execução, área necessária ao bate-estacas e possibilidade
de alterações do concreto do fuste, por deficiência do controle. Sua execução é
sempre feita por firma especializada.
No caso de existir uma camada espessa de argila orgânica mole
saturada, a concretagem do fuste pode ser feita de duas maneiras:
Crava-se o tubo até terreno firme, enche-se o mesmo com areia,
arranca-se o tubo e torna-se a cravá-lo no mesmo lugar. Deste modo, forma-
se uma camada de areia que aumentará a resistência da argila mole e
protegerá o concreto fresco contra o efeito de estrangulamento.
Após a cravação do tubo, execução da base e colocação da armação,
enche-se inteiramente o mesmo com concreto plástico (slump de 8 a 12 cm) e
em seguida o mesmo é retirado de uma só vez com auxílio de um
equipamento vibrador acoplado ao tubo. A este processo executivo dá-se o
nome de estaca Franki com fuste vibrado.
39
Figura 15: Estaca Franki. Fonte: http://www.benapar.com.br
Controle de Qualidade
40
8.1.7. ESTACA HÉLICE CONTÍNUA (MONITORADA)
41
Figura 16: Estaca de Hélice Continua. Fonte: http://www.benapar.com.br
Aplicação
Vantagens
Execução
Controle de Qualidade
42
Processado eletronicamente através de sistema específico, cujo controle
central é exercido por computador existente na cabine da máquina. Seu
objetivo é monitorar e apresentar, em tempo real, informações sobre a
perfuração e a concretagem da estaca, permitindo ao operador alterá-las
conforme cada circunstância específica.
Aplicação
43
Adapta-se à geometria do projeto.
Apresenta quase total ausência de vibração.
Execução
44
caso haja interrupção de um dia para outro, deve-se providenciar a troca da
lama antes de reiniciar o procedimento.
Controle de Qualidade
45
Limitada pelo torque da máquina
46
Figura 19: Estaca de Madeira. Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br
8.2.2. ESTACA METÁLICA
47
Figura 20: Estaca Metálica: Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br
8.2.3. ESTACA DE CONCRETO
48
Costumam ser pré-fabricadas em firmas especializadas, com suas
responsabilidades bem definidas, ou no próprio canteiro, sempre num processo
sob controle rigoroso.
O comprimento de cravação real às vezes difere do previsto pela
sondagem, levando a duas situações: a necessidade de emendas ou de corte.
No caso de emendas, geralmente constitui-se num ponto crítico, dependendo
do tipo de emenda: luvas de simples encaixe, luvas soldadas, ou emenda com
cola epóxi através de cinta metálica e pinos para encaixe, este último tipo mais
eficiente.
49
Figura 22: Estaca de Concreto. Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br
Controle de Qualidade
50
8.2.4. ESTACA MEGA
51
Figura 24: Estaca Mega. Fonte: http://construcaociviltips.blogspot.com.br
8.3. TUBULÕES
52
inferior o diâmetro da maior base. Quando é necessário executar abaixo do NA
utiliza-se o recurso do ar comprimido. Este tipo de fundação em breve será
proibida no Brasil, como já acontece em países desenvolvidos.
Aplicação
Execução
53
O diâmetro mínimo exigido para o fuste é de 60cm, devido ao
alargamento manual da base, que deverá ter altura limitada a 2m.
Controle de Qualidade
54
São fundações profundas, normalmente verticais, empregadas para
transmitir cargas de médio e grande valor ao solo. Geralmente possuem
seções transversais circulares, porém as mesmas podem ter outras formas,
como por exemplo, ovais.
Aplicação
Execução
55
adequado sem a necessidade de adensamento. O lançamento deve ser feito
através do “cachimbo” de concretagem.
Controle de Qualidade
56
Inspeção do material escavado, que deverá estar de
acordo com o mostrado pelas sondagens.
Conferência da cota de assentamento obtida, que deverá
ser compatível com a prevista.
9. CONCLUSÃO
57
Neste trabalho, fizemos uma pequena apresentação de como são
escolhidas, projetadas e executadas as fundações de um edifício.
Toda fundação ou alicerce partem do mesmo princípio: trata-se de uma
estrutura de ferro ou de concreto, colocada sob a terra para distribuir o peso do
edifício por uma área maior do solo. A fundação evita que qualquer estrutura,
até mesmo uma casa, afunde, por isso, ela tem que ser posicionada
diretamente abaixo dos pontos de apoio da futura construção. No caso dos
prédios, ela fica sob os pilares de sustentação. O ideal é que o solo que
sustenta a fundação seja resistente e não se deforme com o peso do edifício.
Existem vários métodos para fazer uma fundação, conforme
apresentado neste trabalho. A escolha depende de fatores como a
profundidade em que fica o solo firme, o peso do edifício e seu custo. Depois
de pronta a fundação, e assim, iniciar a construção da superestrutura do
edifício, o que podemos chamar de “o esqueleto do prédio”, feito com pilares de
concreto ou de aço.
58
10. BIBLIOGRAFIA
59