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Ricardo Baratella
© 2012 by Universidade de Uberaba
Universidade de Uberaba
Reitor:
Marcelo Palmério
Assessoria Técnica:
Ymiracy N. Sousa Polak
Editoração:
Supervisão de Editoração
Equipe de Diagramação e Arte
Capa:
Toninho Cartoon
Edição:
Universidade de Uberaba
Av. Nenê Sabino, 1801 – Bairro Universitário
V667 A vida na Terra / Gabriela Marcomini de Lima ... [et al.]. – Uberaba :
Universidade de Uberaba, 2012.
332 p. : il.
ISBN 978-85-7777-398-5
CDD: 570
Sobre os autores
Gabriela Marcomini de Lima
Especialista em Gestão e Manejo Ambiental na Agroindústria pela Universidade
Federal de Lavras (UFLA). Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas
pela Universidade de Uberaba (Uniube). Docente do curso de Ciências
Biológicas, na modalidade EAD, na Universidade de Uberaba.
Bons estudos!
Estruturando um planeta
Capítulo
e explorando seu interior
1
Introdução
Bons estudos!
Objetivos
Esquema
Registro geológico
a geologia é uma ciência fundamentada nas
observações e experimentos orientados no local
É a informação do objeto de estudo. Várias comparações são
preservada nas
rochas,originadas feitas por geólogos, entre as observações diretas
em vários tempos da do passado e aquelas que inferem informações
longa história da Terra
(PRESS et al., 2006).
a partir do registro geológico.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
SAIBA MAIS
Não existe nenhum registro histórico, pelo menos até agora, de que
um homem pôde presenciar a queda de um bólido sobre a superfície
da Terra. No passado, tem-se a certeza de ter ocorrido essas quedas,
que voltarão a acontecer novamente, apenas não se estima quando.
A evolução da Terra é gradativa e lenta, mas marcada por eventos
extremados, mesmo que irregulares, envolvendo mudanças bruscas e
extraordinárias no sistema terrestre (PRESS et al., 2006).
Para explicar como surgiu o universo e até mesmo a própria vida, o ser
humano busca diferentes linhas de pesquisa e entendimento. Uns se
fundamentam na religião, outros na ciência e outros na estagnação,
procurando ainda uma explicação plausível e que de fato os convença.
SAIBA MAIS
De acordo com Press et al. (2006), a gravidade gerada pela massa dos
corpos fez contrair a nuvem difusa, acelerando a rotação das partículas,
e essa rotação mais rápida achatou a nuvem, que passou a ter a forma
discoidal.
10 UNIUBE
PESQUISANDO NA WEB
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/fissao-e-fusao-nuclear/fissao-
e-fusao-nuclear.php>.
Boa leitura!
O gás hélio, que compõe o Sol, é conhecido como gás nobre. Pesquise
as características desse gás, onde ele pode ser encontrado, além do
Sol, e qual(is) sua(s) utilidade(s).
PESQUISANDO NA WEB
Caso você queira conhecer lindas imagens e fotos de nosso sistema solar
e de cada planeta separadamente, sugerimos que acesse o site da Nasa:
<http://solarsystem.nasa.gov/index.cfm>.
SAIBA MAIS
Como afirmam Press et al. (2006), o material mais leve que emergiu do
interior terrestre carregou consigo energia na forma de calor, irradiando-o,
dessa maneira, para o espaço. Assim, a Terra resfriou-se e transformou-
-se em um planeta diferenciado ou zoneado em três camadas principais
(Figura 3).
14 UNIUBE
• CROSTA
Os materiais líquidos e obviamente menos densos separaram-se
das substâncias geradoras, flutuando em direção à superfície do
oceano magmático. Uma vez resfriados, formou-se a crosta sólida
da Terra, uma fina camada externa com apenas 40 km de espessura.
Os minerais que a constituem são: silício, alumínio, ferro, cálcio,
magnésio, sódio e potássio, combinados com o oxigênio. Todos,
com exceção do ferro, constituem-se em elementos sólidos leves
(PRESS et al., 2006).
• MANTO
Camada situada entre o núcleo e a crosta, uma região que
forma a maior parte da Terra. Abrange profundidades que vão
de 40 até 2.900 km. A densidade das rochas que o compõem
é intermediária. O manto é composto basicamente de oxigênio
com magnésio, ferro e silício (PRESS et al., 2006).
• NÚCLEO (NIFE)
A temperatura do núcleo pode variar na parte mais externa, com
4000°C, até na parte mais interna, com 6000°C. Constitui-se de
níquel e ferro (TEIXEIRA et al., 2003).
Sabemos que o planeta Terra é o único a manter água líquida em sua superfície.
A teoria mais aceita sobre a formação dos oceanos relata que a emissão
de gás das rochas na formação do planeta liberou gases em quantidade
suficiente para o surgimento de um efeito estufa. Parte destes gases
era vapor d’água que se condensava a partir de certa altitude e voltava
a cair sobre a superfície como chuva.
UNIUBE 19
PESQUISANDO
PESQUISANDO NA WEB
Caso não saiba e queira entender sobre isso, acesse o site Ambiente Brasil,
e leia o texto Por que a água do mar é salgada?, no endereço:
<http://ambientes.ambientebrasil.com.br/agua/artigos_agua_salgada/
por_que_a_agua_do_mar_e_salgada%3F.html>.
Boa leitura!
Pensando nisso, o poeta Robert Frost (apud PRESS et al., 2006, p. 36)
pensou, talvez, na vulnerabilidade da vida na Terra quando produziu
as seguintes palavras:
Como já visto, estudos afirmam que a crosta é menos densa nas massas
montanhosas do que sob as planícies e menos densa também sob as
planícies do que sob os oceanos. A litosfera, por ter menor densidade,
flutua sobre a astenosfera, à semelhança de um iceberg no oceano.
Isso acontece, por meio da isostasia, que é o estado de equilíbrio entre
os blocos continentais mais leves que flutuam no substrato mais denso
do manto.
Você sabe que a Terra é um sistema aberto, no sentido de que troca massa
e energia com o restante do cosmos.
ONDA PRIMÁRIA
ONDA SECUNDÁRIA
ONDA LOVE
ONDA RAYLEIGH
D
Figura 6: Tipos de ondas e seus movimentos.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
EXEMPLIFICANDO!
• Crosta
Sua camada externa tem espessura variável entre 10 e 70 km de
profundidade. É dividida em siálica (Si, Al) e simática (Si, Mg), que
são separadas pela descontinuidade de Conrad. Na base da crosta,
as ondas sofrem um aumento de velocidade, rápida no início, até
mais ou menos 1000 km de profundidade, e, depois, mais lenta.
Esse aumento se dá graças às rochas mais densas que constituem
o manto. O limite crosta-manto é marcado pela descontinuidade de
Mohorovicic ou molho. A crosta externa é a sede dos fenômenos
geológicos observáveis originados na crosta inferior ou manto.
30 UNIUBE
• Manto
De acordo com Press et al. (2006), o principal tipo de rocha do
manto superior é o peridodito, constituído de dois silicatos à base
de magnésio e ferro. A mudança dessa rocha se dá por meio da
diminuição ou aumento das ondas S, nas profundezas da Terra.
• Núcleo
É dividido em núcleo externo e núcleo interno. O núcleo é líquido em
sua parte externa, o que pode ser comprovado por não transmitir as
ondas S. Seu contato com o manto é separado pela descontinuidade
de Gutenberg, em que as ondas P sofrem redução brusca de
velocidade. O núcleo interno é sólido e vai de 5150 km a 6371 km
de profundidade (TEIXEIRA et al., 2003).
Veja a Figura 8:
IMPORTANTE!
Para Press et al. (2006), a Terra é quimicamente zoneada por sua crosta,
manto e núcleo, que constituem em camadas quimicamente distintas
que se agregaram durante a diferenciação primordial.
EXPLICANDO MELHOR
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
SAIBA MAIS
Radioelementos
Elementos químicos radioativos encontrados no interior da Terra que
emitem calor das profundezas até os dias atuais.
EXEMPLIFICANDO!
Veja na Figura 10, a seguir, temos uma visão simplificada das correntes
de convecção no interior da Terra:
Núcleo externo
Núcleo interno
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Responda:
Referências
LEINZ, Viktor e AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. São Paulo:
Editora Nacional, 1989.
PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman,
2006, p. 656.
TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
Capítulo
Da deriva dos continentes
à tectônica de placas:
2
a teoria unificadora
Introdução
Bons estudos!
Objetivos
Esquema
PONTO CHAVE
IMPORTANTE!
Um breve histórico
CURIOSIDADE
Veja a Figura 1:
A)
B)
SAIBA MAIS
Podemos chamar esta teoria de placas rígidas, definida por Hess, como
sendo bases puramente geológicas, reforçadas pelos fundamentos
geomagnéticos das faixas de rochas magmáticas, em função da
inexistência de rochas mais antigas (LEINS; AMARAL, 1989).
56 UNIUBE
PESQUISANDO NA WEB
SAIBA MAIS
Dobramentos orogenéticos
Litologia
Refere-se ao estudo dos processos referentes à formação rochosa, ou
seja, a conversão de sedimentos em rochas.
A litosfera tem espessuras variadas, com uma média próxima a 100 km. É
compartimentada por falhas e fraturas profundas em Placas Tectônicas.
A distribuição dessas placas é ilustrada na Figura 5.
• Africana;
• Norte-americana;
• Sul-americana
• Eurasiana;
• Pacífica;
• Indo-australiana;
• Antártica;
• Nazca.
Essas placas movem-se com velocidade que variam de 1,3 a 18,3 cm/
ano. A velocidade absoluta da placa sul-americana é de 4 cm/ano para
oeste, aproximadamente. Vale ainda ressaltar que a única placa tectônica
submersa, ou seja, coberta completamente por água é a placa do Nazca.
Divergente ou construtivo
Esse tipo de limite entre placas ocorre quando duas placas movem-se
em sentido contrário (a partir da cadeia mesoceânica), separadas uma
da outra. O material magmático extravasa pelas fendas do revestimento
externo da Terra, formando-se um novo assoalho oceânico.
Convergente ou destrutivo
Colisional ou de suturas
Conservativo
EXEMPLIFICANDO!
As falhas ocorrem porque o material rochoso que sofre esta ação não
possui plasticidade suficiente, ou seja, ao sofrer pressão vertical que
supera seu limite de resistência, ele se rompe, formando-as. Neste
sentido, as camadas deslocam-se e ficam em posições diferentes.
Resumo
Neste capítulo, vimos que a tectônica de placas é uma teoria da geologia
que descreve os movimentos de grande escala que ocorrem na litosfera
terrestre.
Atividades
Atividade 1
C) D)
E)
76 UNIUBE
Atividade 2
Atividade 3
a) I, II e III, apenas
b) I, II, III e IV, apenas
c) II, III e V, apenas
d) I, II, III e V, apenas
e) III, IV e V, apenas
Referências
LEINZ, Viktor e AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia geral. São Paulo:
Editora Nacional, 1989.
PRESS, Frank et al. Para entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006.
TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2003.
Introdução
Viram como a Geologia faz parte das nossas vidas? Sendo assim,
vamos estudar um pouco sobre a constituição sólida da Terra, na
forma de minerais e rochas.
Bons estudos!
Objetivos
Ao terminar de ler este capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
1º momento - Minerais
2º momento - Rochas
3.1 Minerais
CURIOSIDADE
3.1.2.1 Estrutura
3.1.2.2 Forma
3.1.2.3 Clivagem
3.1.2.4 Fratura
3.1.2.5 Dureza
3.1.3.1 Brilho
3.1.3.2 Cor
3.1.4.1 Ferro
3.1.4.2 Alumínio
3.1.4.3 Chumbo
3.1.4.4 Ouro
CURIOSIDADE
3.1.4.5 Cobre
3.1.4.7 Petróleo
Hidrocarbonetos
O petróleo é uma substância oleosa, viscosa,
menos densa que a água e, ainda, inflamável, Conjunto de compostos
orgânicos formados
sendo esta sua principal característica relaciona- somente de carbono
e hidrogênio, variando
da ao seu uso como combustível fóssil. É consti- somente no número de
carbono e hidrogênio
tuído, principalmente, por hidrocarbonetos. de cada um.
3.1.4.8 Mercúrio
3.1.5 Gemologia
3.1.5.1 Diamante
3.1.5.3 Esmeralda
CURIOSIDADE
3.2 Rochas
O termo ígneo dado a estas rochas possui origem do latim (ignis) e refere-
-se a fogo. Sendo assim, as rochas ígneas são aquelas cuja formação
ocorreu a altas temperaturas, a partir de material mineral fundido em
profundas distâncias em relação à superfície terrestre. O material fundido
é denominado magma, que, ao consolidar-se, constitui as rochas ígneas.
A fusão das rochas que originam os magmas pode ser provocada pelo
aumento da temperatura, por variações na pressão, por variações no
teor de fluidos, ou, mais comumente, pela combinação destes fatores.
Você já deve ter ouvido falar de fósseis. Pois é, a grande maioria dos
fósseis é encontrada nas rochas sedimentares. Eles são partes do grande
“livro das rochas”, sendo que cada camada ou estrato representa uma
página diferente deste livro, sendo os fósseis, evidências importantíssimas
da evolução e do passado da Terra.
EXPLICANDO MELHOR
(C) Rocha
Metamórfica
(C) Rocha
Sedimentar
SAIBA MAIS
A extração dos metais das rochas
Mas, não é sempre que isso acontece. A maior parte do cobre é encontra-
da na forma de minérios, fazendo parte de outras substâncias minerais.
Para extraí-lo e ampliar o seu uso, o homem precisou desenvolver
processos cada vez mais eficientes. Por isso, os registros mostram que,
apesar de conhecido há mais de dez mil anos, o cobre só passou a ser
utilizado em maior quantidade há cerca de oito mil anos.
Nem todos os metais, porém, têm extração fácil assim. O ferro, por
exemplo, é encontrado em minerais, como a magnetita e a hematita,
combinado com outros elementos, principalmente com o oxigênio. Para
extraí-lo, não basta aquecê-lo. É necessário aquecê-lo em contato com o
carvão, produzindo, dessa forma, uma liga de ferro e carbono. Por isso,
o uso do ferro só se tornou comum muito depois do cobre, há apenas
3.500 anos. Nessa época, nos arredores do Mar Negro, descobriu-se
que era necessário aquecer uma mistura de ferro e carvão para obter
uma liga mais resistente do que as de cobre.
UNIUBE 111
Você já parou para pensar que a maioria destes recursos, que produzem
bens para auxiliar em nossas atividades diárias, são recursos não
renováveis?
Resumo
Atividades
Atividade 1
Ao viajar por uma região que tenha um relevo rochoso, é comum dizer:
olha o tamanho daquela pedra! Mas, na verdade, o que dizemos ser
pedra, refere-se a um fragmento de rocha. A pedra brita, por exemplo, é
fragmento de uma rocha de cor escura, o basalto. Classifique o basalto
de acordo com o tipo de rocha de que se trata e, em seguida, explique
a sua origem.
UNIUBE 115
Atividade 2
Atividade 3
Referências
CASA da Ciência; UFRJ. Fósseis? Rochas? Minerais?. Rio de Janeiro RJ; 2007.
Disponível em: <http://www.casadaciencia.ufrj.br/exposicao/caminhos/files/manual.
pdf>. Acesso em: 23 mai. 2012.
LEINZ, Viktor; AMARAL, Sérgio Estanislau do. Geologia Geral. 14. ed. Revisada.
São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2001.
Introdução
Bons estudos!
120 UNIUBE
Objetivos
Esperamos que, ao final da leitura deste capítulo, você seja capaz de:
Esquema
Determinação da
Veja a reconstrução de um paleoambiente, correspondência
estratigráfica entre
baseado no conteúdo fóssil encontrado no local rochas situadas
em pontos mais ou
(Figura 1): menos afastados.
122 UNIUBE
Figura 1: Reconstrução de um
paleoambiente.
Uma vez que cada espécie tem sua própria distribuição geográfica
(Biogeografia), elas são encontradas, em maior ou menor região, na
terra ou na água. Analogamente ao que acontece hoje, as espécies
devem ter passado pelas mesmas imposições ambientais, determinando
também outro tipo de distribuição, a distribuição ecológica.
UNIUBE 123
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Para que um ser vivo seja preservado, é necessário que seus restos ou
vestígios sigam alguns passos, caracterizando sua formação. Falaremos,
agora, um pouco de cada um.
4.2.1 Morte
Já ouviu aquela frase famosa: “Para morrer, basta estar vivo!”? Pois é,
parodiando essa frase, podemos dizer que “para ser fóssil, é preciso
estar morto”. Para que um fóssil seja formado, o primeiro passo é a
morte. Parece meio macabro, mas sem a morte não há registro fóssil.
1) desconexão do crânio;
2) desencaixe da mandíbula;
3) desconexão das cinturas pélvica e escapular;
4) desconexão dos membros em ossos isolados;
5) desencaixe das costelas;
6) desarticulação da coluna vertebral.
4.2.3 Transporte
PARADA OBRIGATÓRIA
Uma carcaça pode flutuar devido aos gases da putrefação. Isto diminui
sua densidade em relação à água e faz com que a carapaça percorra
grandes distâncias antes de afundar, podendo ser encontrada bem distante
do local onde vivia, preservando seu esqueleto articulado. Devido a esse
transporte da carcaça articulada, o paleontólogo poderá interpretar o
fato erroneamente, inferindo aquele local onde o fóssil foi encontrado ao
ambiente em que o animal vivia.
4.2.4 Intemperismo
Nem todo animal que morre, preserva 100% do seu esqueleto original,
mesmo desarticulado. Devemos lembrar que os elementos ósseos
passam por várias transformações, não só de origem biológica, mas
também de natureza inorgânica. O conjunto de processos físico-químicos,
pelos quais os ossos passam, após a morte do organismo, é chamado
de intemperismo.
CURIOSIDADE
4.2.5 Diagênese
A atividade sugerida, a seguir, é uma prática bem fácil de ser feita e que
pode ser realizada em sala de aula com nossos alunos, fazendo com que
despertem ainda mais o interesse pela Paleontologia.
Materiais necessários:
• argila molhada;
• argila seca;
• um recipiente (garrafa pet ou pote de margarina);
• objetos coletados: ossos, folhas, conchas.
Procedimentos:
4.3.1 Restos
Os fósseis podem ser preservados ainda com alteração dos seus restos
esqueléticos como:
4.3.2 Vestígios
• pegadas;
• coprólitos (Figura 6): fezes fossilizadas;
4.3.3 Pseudofósseis
CURIOSIDADE
Veja a Figura 7:
Uma das hipóteses que podem responder a essa pergunta é que esses
organismos estão muito bem adaptados às condições do meio, ou
seja, possuem um tipo de sucesso no modo de sobreviver, não sendo
necessário que mude suas características.
Viu que não é fácil ser paleontólogo? Se você quer seguir esta profissão,
tem que gostar muito de Geologia e Biologia. Mas, assim como todo
bom profissional que ama o que faz, o paleontólogo dedica sua vida ao
estudo da informação contida neste “livro” especial, que são as rochas.
Desta forma, elucida um pouco do grande enigma que é a evolução da
vida no planeta, nas diversas “páginas” geológicas.
Mas, quem realmente deixou claro esta teoria foi Willian Smith. Realizan-
do seus trabalhos de agrimensor na Inglaterra, ele percebeu que os
mesmos conjuntos de rochas afloradas em distintas regiões continham
determinados fósseis, não encontrados em outros pacotes de rochas.
Então, ele demonstrou que rochas encontradas em regiões geografica-
mente distintas, contendo jazigos fossilíferos correspondentes, podiam
ser correlacionadas de acordo com seu conteúdo fóssil.
EXPLICANDO MELHOR
Para ser mais exato no estudo, o paleontólogo utiliza-se dos dois modos
de datação, o relativo e o absoluto, fazendo uma relação entre os dois
e, assim, quantificando melhor a idade das rochas.
4.6 Microfósseis
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Uma grande utilidade dos microfósseis está na datação das rochas. São
excelentes ferramentas para a identificação da idade das rochas. Porém,
sua distribuição tem que ser limitada a um curto período de tempo, ou
seja, tem que surgir, evoluir e se extinguir rapidamente, por volta de
alguns milhares de anos, para que esta datação seja mais precisa.
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Algumas coisas são mesmo muito estranhas, mas muitas delas a ciência
pode explicar. Não é raro achar fósseis de animais aquáticos em lugares
bem altos como em grandes altitudes. Bivalves, artrópodes, crustáceos
e uma gama de outros animais podem ser encontrados no topo de uma
montanha. Escreva por que estes fósseis são encontrados no alto de
uma montanha.
Atividade 3
Referências
Introdução
Bons estudos!
152 UNIUBE
Objetivos
Esquema
RELEMBRANDO
CURIOSIDADE
Para ler mais sobre essa importante descoberta, acesse a revista Ciência
Hoje, edição de abril de 2010, que está disponível para leitura no link:
EXPLICANDO MELHOR
1 – morte do animal;
2 – animal recoberto por uma lâmina de água;
3 – animal soterrado por várias camadas de sedimentação;
4 – após milhares de anos, a movimentação de rochas e processos
erosivos pode expor os fósseis às camadas mais superficiais.
PESQUISANDO NA WEB
RELEMBRANDO
Agora que já estudamos sobre os fósseis, você deve ter percebido que
a evolução dos seres vivos ocorre lentamente.
Radioatividade
O que possibilitou a datação das rochas
e dos fósseis foi a descoberta, pelo físico Fenômeno natural
ou artificial, pelo qual
Antoine Henri Becquerel, do fenômeno da algumas substâncias
ou elementos
radioatividade e pelos químicos Marie e Pierre químicos, chamados
radioativos, são
Curie de outros elementos radioativos como o capazes de emitir
polônio e o tório. A desintegração radioativa radiações.
RELEMBRANDO
SAIBA MAIS
Foi durante o Arqueano que a vida surgiu, sendo que, os fósseis mais
antigos constituídos de microfósseis e bactérias (Figura 9) com aproxi-
madamente 3,5 bilhões de anos.
Esse período da história da Terra foi marcado por muitos eventos. Como
exemplo, podemos citar a estabilização dos continentes, o surgimento,
nesta época, dos primeiros organismos unicelulares é de fundamental
importância para a evolução da vida, a primeira evidência de oxigênio
na atmosfera.
Período Cambriano
Período Ordoviciano
Período Siluriano
Período Devoniano
Período Carbonífero
Período Permiano
Período Triássico
Período Jurássico
Período Cretáceo
CURIOSIDADE
Período Terciário
• Época Paleoceno
O Paleoceno é marcado pela dominação dos mamíferos. A vegeta-
ção e o clima tropical são predominantes e alguns mamíferos (como
os golfinhos) já se arriscam no meio aquático, enquanto as aves
começam a atingir tamanhos enormes.
178 UNIUBE
• Época Eoceno
Nesse período, ocorre a diversificação dos mamíferos quanto às
suas formas e tamanhos, o que permitiu dominar quase todos os
ambientes.
• Época Oligoceno
Durante o Oligoceno, os mamíferos continuam a desenvolver-se
com sucesso. O clima continua tropical e começam a aparecer os
campos e pradarias (Figura 15).
• Época Mioceno
O Mioceno foi marcado pela expansão dos campos e cerrados
(Figura 16). Esse evento foi influenciado por um clima mais árido
no interior dos continentes. A placa Africana-Arábica uniu-se à Ásia,
fechando o mar que tinha separado previamente África e a Ásia. As
faunas destes continentes se uniram gerando novas competições,
extinções, espécies animais e vegetais modernas, sendo que
75% das espécies da Ásia, África, Europa, América do Norte e
Oceania sobreviveram, algumas sofrendo poucas adaptações.
UNIUBE 179
• Época Plioceno
Durante o Plioceno, houve uma grande diversificação dos campos
e savanas que haviam se desenvolvido durante o Mioceno. Nesse
período, ocorreram eras glaciais e, ao mesmo tempo, apareceu
uma ponte de terra que uniu as Américas, permitindo migrações de
plantas e de animais. Uma acumulação de gelo nos polos conduziu
à extinção de muitas espécies. O clima mudou de tropical para um
clima mais frio no Plioceno, porém cerca de 75% das espécies
vegetais sobrevivem até a atualidade.
Período Quaternário
• Época Pleistoceno
O Pleistoceno ocorreu entre 1,8 milhão a 11.000 anos atrás. Esta
época foi caracterizada pela presença de mamíferos e de pássaros
gigantes. Entre os mamíferos, podemos citar os mamutes e seus
primos, os mastodontes, búfalos, tigres dente de sabre e muitos outros
que viveram nessa época. No entanto, ao final desse período, todas
estas criaturas foram extintas.
180 UNIUBE
Você sabia que a rocha diatomito é formada por sílica (SiO2) de carapa-
ças de diatomáceas (Figura 17) que se depositaram no fundo oceânico
há milhões de anos?
SAIBA MAIS
• Época Holoceno
O Holoceno compreende aos últimos 11.000 anos da história da
Terra. Este período foi marcado por temperaturas mornas e quentes.
No entanto, em alguns períodos ocorreram pequenas idades do gelo.
O evento mais marcante desse período é a historia da humanidade,
marcada pela ascensão e queda de todas as civilizações.
PESQUISANDO NA WEB
Bacias
Como podemos observar, mais da metade do territó- sedimentares
RELEMBRANDO
PESQUISANDO NA WEB
DICAS
Estação Ciência
Exposição permanente.
R. Guaicurus, 1274/1394 - Lapa - São Paulo - SP
Horários: de terça à sexta, das 9h às 18h; sábados e domingos, das
13h às 18h.
site: <http://www.eciencia.usp.br/>
Museu Nacional
End. Quinta da Boa Vista s/n - São Cristóvão ‐ Rio de Janeiro - RJ
Horário: de terça a domingo, das 10h às 16h.
Tel: (21) 2568-8262 ramal 210.
site: <http://www.museunacional.ufrj.br/>
Museu de Paleontologia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Instituto de Geociências
Av. Bento Gonçalves, 9500
Campus do Vale - Bairro Agronomia - Prédio 43127
Porto Alegre, RS
site: <http://www.ufrgs.br/geociencias/>
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Referências
SILVA, Sergio Dias da. A Paleontologia nos livros didáticos de Primeiro Grau:
Um estudo qualitativo. Trabalho do curso de Pós-Graduação – Mestrado – em
Geociências, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul: UFRGS, 1998.
Introdução
Para iniciar nossas reflexões neste capítulo, pense na seguinte
situação.
Bons estudos!
198 UNIUBE
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
A geografia A fragmentação A compreensão
da vida: a dos continentes e do padrão de
distribuição dos o surgimento das distribuição dos
seres vivos novas espécies seres vivos
Introdução
Novos ambientes
A história da Terra aos métodos
precisam de
biogeográficos
novas adaptações
A influência
As modificações do homem na
O clima da Terra da posição dos distribuição
continentes das espécies
UNIUBE 199
EXPLICANDO MELHOR
RELEMBRANDO
RELEMBRANDO
Pré-cambriano
Era geológica na qual se acredita ter originado os primeiros seres vivos.
Carbonífero
Período da era Paleozoica, compreendido entre 360 e 286 milhões de
anos.
UNIUBE 203
Permiano
Período da era Paleozoica compreendido entre 286 e 245 milhões de
anos. Juntamente com o período Carbonífero, forma a chamada idade
dos anfíbios.
Pleistoceno
Época do período Quaternário, da era Cenozoica, compreendido entre
1,6 milhões e 10.000 anos.
SAIBA MAIS
Estima-se que, acerca de 12 a 18 mil anos atrás, a Terra passava por sua
última fase fria e seca. O clima da Amazônia nesse período era semiárido: as
grandes florestas de terra firme estavam fragmentadas e sobrevivendo em
refúgios com maior disponibilidade de água. As fisionomias vegetais dominan-
tes eram cerrados, caatingas e campinaranas, adaptadas a climas secos.
Com a volta do clima quente e úmido, que ocorreu há cerca de 7000 anos
atrás, houve novamente a expansão das florestas, e as vegetações típicas de
cerrado se encontram atualmente em refúgios em meio à mata de terra firme.
RELEMBRANDO
CURIOSIDADE
Relativo aos
movimentos que as
Nesses casos, os seres são separados e evoluem placas tectônicas
da crosta terrestre
independentemente. realizam sob o
manto, originando
a formação
Tal fato pode ser mais bem compreendido de cadeias
de montanha,
quando utilizamos como exemplo o movimento vulcanismo,
terremotos.
dos continentes pelo tectonismo.
208 UNIUBE
PARADA OBRIGATÓRIA
Todo mundo, em algum dia na vida, já viu ou verá um cacto (Figura 3).
Isso porque os cactos estão distribuídos por várias regiões do planeta,
devido ao fato de serem utilizados como plantas ornamentais, tamanha a
beleza de suas flores brilhantes e de cores fortes. Mas quando pensamos
em cacto, logo nos remetemos a um ambiente desértico, com clima
quente e chuvas escassas.
Figura 3: Cacto.
EXPLICANDO MELHOR
Primeiro exemplo
Supomos que nessa região “A” viva uma população de lebres que se
relacionam e são capazes de se reproduzir, originando descendentes
férteis. Em determinado momento da história, formou-se uma grande
cadeia de montanhas que cruzou a região “A” de norte a sul, dividindo a
população de lebres em dois grupos, que chamaremos de grupos 1 e 2.
Segundo exemplo
PESQUISANDO NA WEB
EXEMPLIFICANDO!
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Tuatara.jpg>.
216 UNIUBE
RELEMBRANDO
Figura 5: Ornitorrinco.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Figura 6: Tigre.
Foto: Gabriela Marcomini de Lima.
UNIUBE 219
Figura 8: Arara.
O pinguim imperador é uma ave habitante da Antártica, mas que pode ser
encontrada em outras regiões do planeta, em decorrência da migração.
Em determinadas épocas do ano, é possível encontrar pinguins de
passagem pelo litoral brasileiro.
Figura 9: Petrel.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
Região Antártica: por ser uma região coberta por gelo, dificilmente
se desenvolve alguma vida vegetal nessa região. A vegetação, que se
assemelha à tundra, se limita à algumas ilhas subantárticas.
Voltando ao exemplo das aves ratitas, por meio das análises morfológicas,
e, mais recentemente, de análises genéticas, foi possível estabelecer
que essas aves pertencem a um grupo monofilético.
EXEMPLIFICANDO!
Essa evidência sugere que essas espécies têm um ancestral comum que
poderia transitar do sudeste da África ao continente sul americano, por
meio de ligação terrestre entre esses continentes.
CURIOSIDADE
PESQUISANDO
Discuta com seus colegas e com o professor sobre como o homem pode
influenciar na distribuição das espécies e quais as consequências dessa
influência para a biodiversidade?
Resumo
Neste capítulo, vimos que a biogeografia é a ciência que estuda a
distribuição dos seres vivos no planeta e os fatores históricos e ecológicos
envolvidos nessa distribuição.
UNIUBE 229
Para propor teorias sobre o atual padrão de distribuição dos seres vivos,
são utilizados os métodos biogeográficos, entre eles a análise filogenética
que, juntamente com o estudo dos registros fósseis, procura estabelecer
graus de parentesco entre espécies viventes e extintas.
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Referências
OLIVEIRA, Márcia Divina de. Introdução de espécies: uma das maiores causas
de perda de biodiversidade. Artigo de divulgação de mídia. n 75. Corumbá:
Embrapa Pantanal, 2004. Disponível em: <http://www.cpap.embrapa.br/publicacoes/
online/ADM075.pdf>. Acesso em 18 fev. 2010.
Introdução
Imagine que você está andando em meio à Floresta Amazônica.
Pense na quantidade de formas de vida diferentes que você
pode observar: várias espécies de aves, árvores, fungos, répteis,
sem falar nos insetos. Essa grande diversidade de espécies da
qual estamos falando é apenas uma parte (uma boa parte!) da
biodiversidade que pode ser encontrada na Terra.
Objetivos
Após a leitura deste capítulo, esperamos que você seja capaz de:
Esquema
A importância
dos fatores
O clima A pluviosidade
e elementos
ambientais
Eventos
As estações Frentes frias e
climáticos
do ano frentes quentes
extremos
Ambientes
aquáticos
PARADA OBRIGATÓRIA
7.2 O clima
PESQUISANDO NA WEB
Você já deve ter ouvido falar que o clima na Terra é seco e frio em direção
aos polos e quente e úmido no Equador.
Via de regra, o clima da Terra na região dos polos tende a ser seco e
frio, enquanto no Equador quente e úmido porque a intensidade de luz
varia com a latitude. A intensidade de luz é maior no Equador porque
o Sol está mais próximo à perpendicular no Equador, e nas latitudes
mais altas, o ângulo formado pela luz que atinge a superfície da Terra
é mais baixo.
238 UNIUBE
SAIBA MAIS
O ar frio e seco que perdeu seu calor e umidade na região tropical torna-se
mais denso e se desloca para as regiões subtropicais. Nessa zona subtro-
pical, o ar frio e seco desce e se posiciona próximo à superfície.
Nesse momento, o ar começa a se aquecer e aumenta sua capacidade de
retenção de água, absorvendo a umidade da Terra, e por isso, na região dos
cinturões subtropicais de alta pressão encontram-se os maiores desertos
do planeta.
UNIUBE 241
SAIBA MAIS
RELEMBRANDO
Vejamos os horizontes:
PESQUISANDO
7.3 A pluviosidade
Nas regiões costeiras, por exemplo, costuma chover mais do que nas
regiões continentais. Além da disponibilidade de água superficial, os
ventos também são responsáveis pela variação da quantidade de
chuva em diferentes regiões tropicais, pois são eles os responsáveis
por distribuir vapor de água pela atmosfera.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
SAIBA MAIS
Quando uma nuvem se forma, ela pode evoluir, tornando-se cada vez
maior ou pode se dissipar. A dissipação ocorre quando a nuvem sofre
um aquecimento e em decorrência disso o vapor d’água evapora.
250 UNIUBE
EXPERIMENTANDO
Construindo um pluviômetro
Se você não possui um local com terra para a fixação da ripa, pode
utilizar latão de tinta preenchido com terra e brita ou cascalho, de
tal forma que a ripa fique seguramente fixa. O pluviômetro deve ser
colocado em local aberto.
De acordo com a Figura 10, vemos que a frente fria é empurrada para
baixo da massa de ar quente e se posiciona próximo ao solo. O ar quente,
que se posiciona acima do ar frio, se resfria e ocorre a precipitação.
SAIBA MAIS
Você já deve ter ouvido alguém dizer que o tempo mudou repentinamente
ou que o clima em determinada região é frio. Afinal, você sabe dizer a
diferença entre tempo e clima?
Portanto, o tempo hoje está nublado, porque o clima nesta época do ano
é quente e úmido.
UNIUBE 257
EXPLICANDO MELHOR
EXPLICANDO MELHOR
SAIBA MAIS
PESQUISANDO
7.7.1 Lagos
7.7.3 Estuários
7.7.4 Oceanos
Região de um corpo
d’água que recebe B) zona mesopelágica: é uma zona afótica
iluminação solar
suficiente para que cuja profundidade varia de 200 a 1000 metros.
a produção primária
ocorra.
Apresenta poucas espécies animais e as plantas
são ausentes;
Zona afótica
Região de um corpo
d’água onde não
ocorre iluminação
C) zona batipelágica: também é uma zona afótica
direta da luz solar. que abrange 1000 a 3000 metros; possui poucos
animais, com olhos pequenos;
Resumo
Neste capítulo, vimos que, assim como o passado geológico da Terra,
as atuais relações dos seres vivos com elementos bióticos e abióticos
do ambiente influenciam no padrão de distribuição das espécies.
Atividades
Atividade 1
b)
suponhamos que dentro desse bioma existisse uma região
montanhosa com altitude superior a 4000 metros. Nesse caso, à
medida que caminhássemos rumo ao topo, perceberíamos que a
vegetação sofreria modificações. Poderíamos até mesmo encontrar
espécies vegetais típicas de climas mais amenos (subtropicais)
vivendo no local. Explique como isso é possível.
268 UNIUBE
Atividade 2
Atividade 3
Referências
MILLER JR, G. T. Ciência ambiental. 11. ed. São Paulo: Thomson Pioneira, 2006.
Ricardo Baratella
Introdução
• o que é evolução?
Bons estudos!
Objetivos
Esquema
1859, foi o primeiro livro sobre evolução amplamente lido. Mas, antes de
prosseguirmos nesse assunto, responda, objetivamente, às seguintes
questões:
Reflita sobre o que você já aprendeu, leu, ouviu e faça o registro das
suas impressões. Em seguida, converse com seus colegas e imagine
uma resposta, ouvindo a opinião deles e discutindo com eles a respeito
dessa temática.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
PARADA OBRIGATÓRIA
Figura 3: Cobra.
Foto: Henrique Suriani de Oliveira.
UNIUBE 287
Figura 4: Girafa
Foto: Henrique Suriani de Oliveira.
Cirrípede
Tratava-se de um cirrípede de espécie desconhe-
cida. Até então, os estudos sobre o grupo de
Ordem de
crustáceos de animais marinhos e fixos (de que fazem parte os
pequeno porte na
qual se enquadram bálanos) só apresentavam resultados insatisfa-
as cracas.
tórios. Era para Darwin a oportunidade ideal de
adquirir, no domínio da sistemática, uma reputa-
ção capaz de colocá-lo ao abrigo dos ataques
sobre suas reais competências.
PESQUISANDO NA WEB
Nada mais fácil que analisar mentalmente e procurar dar a uma espécie
superioridade sobre uma outra. Isso seria suficiente apenas para nos
convencer de nossa ignorância acerca das relações afins que existem
entre os seres organizados; é uma verdade que nos é tão necessária
quanto difícil de compreender. Os seres organizados se empenham
incessantemente em multiplicar-se em algumas fases nos seus ciclos
de vida; lutam continuamente pela sobrevivência
e ao mesmo tempo, permanecem expostos à
Seleção natural
destruição.
Fenômeno admitido
primeiramente
O simples fato de pensar nessa luta universal por Charles
Darwin, como uma
provoca tristes reflexões. Todavia, devemos nos consequência
da luta pela vida,
consolar uma vez que temos a certeza de que por meio qual a
a luta na natureza é efêmera; de que o medo é natureza faria
a seleção de
desconhecido; de que a morte está geralmente alguns tipos, os
mais adaptados
pronta e que, apenas, os seres vigorosos, sadios às condições
ambientais (clima,
e afortunados sobreviverão e se multiplicarão. forma de vida,
hábitos alimentares,
maneira de
Darwin introduziu o termo seleção natural para reprodução),
em detrimento
permitir a ideia de que a natureza exerce a seleção de outros, que
tenderiam à
mais ou menos como um criador de animais, extinção.
292 UNIUBE
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Naquela época, a ideia dominante era de que tudo o que existia na Terra
havia sido criado por Deus. As revelações de Darwin causaram grande
rebuliço nos meios científicos e religiosos do período, mas ainda hoje
são o principal paradigma para explicar diversos fenômenos biológicos.
Mas, para entender as ideias de Darwin, é importante conhecer alguns
aspectos das ilhas Galápagos.
UNIUBE 295
As ilhas Galápagos
A iguana terrestre mede mais 1 metro e pode pesar 13 kg. Elas são
abundantes no litoral rochoso das ilhas Galápagos. Veja a Figura 7:
Herbívoras, as iguanas terrestres vivem nas áreas mais áridas das ilhas
e, para escapar do Sol do meio-dia, costumam abrigar-se nas sombras
de cactos, rochas e árvores.
O cormorão-de-Galápagos
Figura 8: Cormorão-de-Galápagos.
Fonte: PHALAROCORAX HARRISI DI09P1OCA.JPG.2006.
Fragata
Figura 9: Fragata.
Fonte: Acervo EAD-Uniube.
298 UNIUBE
Ela acasala apenas uma vez a cada dois anos, pois o único filhote do
casal leva um ano para se tornar independente.
Leões-marinhos
Cágado gigante
O réptil mais interessante das ilhas é o cágado gigante (Figura 11), que
lhes emprestou o nome (espanhol) galápago. Pastando em grupos,
esses cágados podem alcançar 250 quilogramas de peso e 1,50 m de
comprimento.
UNIUBE 299
Alcatraz
Segundo Darwin, mesmo que a seleção natural possa agir somente pelo
bem e para o bem de cada ser, no entanto, características e estruturas
que estamos inclinados a considerar como de importância insignificante,
podem ser afetadas por ela. Ao considerar as muitas diferenças pequenas
que existem entre espécies — diferenças que, até onde nossa ignorância
nos permite avaliar, parecem completamente insignificantes — não
podemos esquecer que o clima, a alimentação etc., produzem nelas
indubitavelmente algum efeito direto.
Células somáticas
1880, pelo biólogo alemão August Weismann,
que dizia: “um organismo comporta, de um lado,
São todas e
quaisquer células células somáticas, sujeitas a modificações
que participam das
estruturas ou dos provisórias por influências externas, e, de outro,
tecidos do corpo. células germinais, depositárias de caracteres
hereditários e totalmente ao abrigo das influências
Células germinais
externas”.
Células que existem
no interior das
gônadas e das Para Darwin (1979, p.76 [1859]) a seleção natural
quais têm origem os
gametas. procura, a cada instante e em todo mundo:
as variações mais sutis; repele as nocivas, conserva
e acumula as que são úteis; trabalha em silêncio,
insensivelmente, por toda a parte e sempre, desde
que se apresente na ocasião para melhorar os seres
organizados relativamente às suas condições de
vida orgânicas e inorgânicas. Essas transformações
lentas e progressivas fogem à nossa percepção até
que, com o tempo, as mãos dos mesmos as tenham
marcado com seu sinete e, então, damos tão pouca
conta dos longos períodos geológicos decorridos
que simplesmente nos contentamos em dizer que
as formas viventes são hoje diferentes do que foram
outrora. A seleção natural pode modificar a larva
de um inseto de forma a adaptá-la a circunstâncias
totalmente diferentes daquelas em que deverá viver
o inseto adulto. Essas modificações poderão até
mesmo afetar, em razão da correlação, a conformação
do adulto. Mas, inversamente, modificações na
conformação do adulto podem afetar a conformação
da larva. Em qualquer circunstância, a seleção natural
não produz modificações nocivas ao inseto; senão,
a espécie se extinguiria.
Para Darwin, a seleção sexual que ocorre, por exemplo, nos tigres,
ilustra a luta pela sobrevivência, que inclui uma luta constante pela
posse das fêmeas. No entanto, além do combate entre os machos
pela posse das fêmeas e a aquisição de elementos que servem para
estabelecer a supremacia entre indivíduos do mesmo sexo, caracteres
sexuais secundários, presentes nas espécies em que o dimorfismo
sexual é mais acentuado, atraem a atenção de Darwin: exibição de cores,
plumagens, desenhos complexos das penas e qualquer outro tipo de
ornamento (por exemplo, o canto dos pássaros) presentes, sobretudo
nos machos. Veja as características do pavão, na Figura 13:
304 UNIUBE
Em seu livro, A Origem das Espécies, Darwin não hesita em afirmar que
o homem e os animais superiores, os primatas, sobretudo, têm alguns
instintos em comum. Todos possuem os mesmos sentidos, as mesmas
intuições, experimentam as mesmas sensações. Eles têm paixões,
afeições e emoções semelhantes, mesmo as mais complicadas, tais
como a inveja, a desconfiança; gostam de enganar e se vingar, sentem
surpresa e curiosidade; possuem as mesmas faculdades de imitação,
atenção, deliberação, escolha, memória, imaginação, associação de
ideias e raciocínio, mas, ressaltamos: em graus bem diferentes.
RELEMBRANDO
Como estudamos, o registro nas rochas não é um livro que pode ser aberto
na página de escolha. Ele é infelizmente, muito incompleto. Considerando
os fatores que atrapalham os esforços dos paleontólogos, é impressionante
a qualidade do documentário dos fósseis.
Você sabia que esse princípio é tão aceito cientificamente que alguns
autores o chamam de lei, e não de princípio? Isso acontece porque, em
uma sucessão de camadas de rocha que não foram deformadas, cada
camada é mais jovem do que aquelas que estão abaixo dela e mais
antiga do que as que estão acima.
SAIBA MAIS
O caso da América, quase bastaria, por si só, para provar sua exatidão,
pois se excluíssemos as partes polares e temperadas do norte, todos
os autores concordam que uma das divisões mais fundamentais na
distribuição geográfica é a que existe entre o Velho e o Novo Mundo.
AMPLIANDO O CONHECIMENTO
Resumo
Atividades
Atividade 1
Atividade 2
Atividade 3
Referências
DARWIN, Charles Robert. A origem das espécies e a seleção natural/Charles
Darwin; tradução Caroline Ramos Furukawa. 2. ed. São Paulo: Madras, 2009.
DARWIN, Charles Robert.1979 [1859]. A origem das espécies. São Paulo: Hemus.