Você está na página 1de 206

Estabilidade de Taludes

1916

2023
Prof. Dr. Gérson Miranda
mirandadosanjos@gmail.com
ESTRUTURAÇÃO DO CURSO:
ESTRUTURAÇÃO DO CURSO:
➢ TALUDE:
▪ QUALQUER SUPERFÍCIE DE SOLO INCLINADA EM RELAÇÃO À HORIZONTAL
➢ TIPOS DE TALUDES:
▪ ARTIFICIAL: ATERROS E CORTES EM SOLO E ROCHA;
▪ NATURAL: ENCOSTAS NATURAIS, DUNAS, ETC.

Era uma vez um .. Barranco ! TALUDE !


NBR 11682/2009
https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=51490
SALVADOR, BAHIA Gasolina e Fogo, COMBINAM-SE ?
26/08/2005: Motoristas observam uma pequena lombada no trecho das fotos
SALVADOR (2005)

27/08/2005: 12:00 hs – Interdição da avenida com elevação do asfalto em


cerca de 30 cm; Noite_ Pista já apresentava um elevação de cerca 1,5 m

28/08/2005: Elevação de 3,0 m com progressão.


SALVADOR (2005)
DESAFIOS NÃO FALTAM !
OSO LANDSLIDE
A large landslide occurred
in northwest Washington on
March 22, 2014, leading to
tragic loss of life (43) and
destruction of property [40].
https://www.youtube.com/watch?v=qJ41eNK0rRw CUSCO_ PERU 2018
ESCORREGAMENTO LAGOA RJ (Morro dos Cabritos)
A encosta analisada colapsou no
dia 7 de novembro de 1988 e
envolveu um volume de solo de
5000 m³, causando sérios danos
em um bloco residencial.
O principal mecanismo deflagrador da
ruptura não estava associado à infiltração
de água de chuva, mas sim as variações
de poropressão, em virtude de infiltração
de água pelas fraturas do embasamento
(Gerscovich). – Morro dos Cabritos RJ 1988

Estabilização com cortinas, tirantes,


vegetação e retaludamento
Novembro de 2008, Estado de calamidade pública em Blumenau. Com centenas de
deslizamentos, mortes, ruas interditadas, barro e lama. Catástrofe assola o Vale do
Itajaí.
Com 4 mil pessoas desabrigadas e outras 800 em abrigos, bombeiros,
representantes do Estado e até mesmo o Exército Brasileiro começavam a se
mobilizar para garantir que todo o efetivo atuasse na prestação de serviços à
comunidade.
A Região Sul tem ≈ 30%
de sua área classificada
como de suscetibilidade
baixa ou muito baixa e ≈
40% caracterizada por
suscetibilidade alta ou
muito alta. 30% (média)
1776
“... vários
COLLIN 1850-1870 (Canais na França) escorregamentos tem
forma circular ...”

Canal do Panamá
1862
1870 - 1912 Canal Kiel

Cais de Gothemburgo

Deslizamento tornam-se
“O atraso da ciência são os sucessos” “COMUNS”
MUNDO REAL (Porto de Gotemburgo, 1916)

Surge o método Sueco


(Petterson & Hultin)

Fellenius _ 1927

Ele desenvolveu a análise de


uso do gsub de resistência ao cisalhamento não
maneira apropriada drenada (su) chamando-a de f = 0
1920 _ John Olsson O super secretário da geotecnia SUECA !
• Desenvolveu o ensaio de compressão não confinado
• Desenvolveu o ensaio de cone (Limite de liquidez)
• Desenvolveu o primeiro amostrador pistão (1922) e
reconheceu a importância de amostras indeformadas
• Desenvolveu a ideia de sensibilidade de argilas
• Largamente responsável pelo desenvolvimento do uso
de superfície circular para propósito de análises.

1920 _ Karl Von Terzaghi

Introduziu o conceito
de tensão efetiva !

E nasce... A Mecânica
dos Solos :
(Erdbaumechanik 1926)
1930 - 1935 Jurgenson & Casagrande
Foram os responsáveis pelo desenvolvimento dos
procedimentos do ensaio TRIAXIAL: CD; CU; UU

1936 TERZAGHI sugere a análise em termos de tensão


efetiva para a estabilidade de taludes (c’ e f’)

Duas formas de análises eram disponíveis:

1) Em tensão total (su)


2) Em tensão efetiva para a estabilidade de taludes (c’ e f’)

.... ** Taylor perde pra Bishop **

“70” anos ! 1952 BISHOP _ Introduz os resultados de seu Ph.D:


Formulação Rigorosa e “Simplificada” da estabilidade de taludes

1952 - 1953 TAYLOR _ Produz seu método no qual era similar a de Bishop
Diferenciando somente ao método de Bishop por este incluir o efeito de forças inter-fatias
A ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDE VISA:

▪ DEFINIR A SEGURANÇA À RUPTURA DE TALUDES EXISTENTES;


▪ DEFINIR GEOMETRIAS QUE GARANTAM CONDIÇÕES DE SEGURANÇA
SATISFATÓRIAS EM ATERROS E ESCAVAÇÕES;
▪ AVALIAR, DIAGNOSTICAR E RECUPERAR TALUDES;

➢ ESTUDO E CONTROLE DE ESTABILIDADE DE ENCOSTAS E TALUDES


RESULTANTES DE CORTES, E ATERROS REALIZADOS EM ENCOSTAS;
▪ NÃO ABRANGE: TALUDES DE CAVAS DE MINERAÇÃO, BARRAGENS,
SUBSOLOS, METRÔS, ATERROS SOBRE SOLOS MOLES, OU
QUALQUER OUTRA SITUAÇÃO QUE NÃO ENVOLVA ENCOSTAS;

➢ CONHECIMENTO PRÉVIO:
▪ MÉTODOS DE INVESTIGAÇÃO DE CAMPO E LABORATÓRIO;
▪ RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS;
▪ PERCOLAÇÃO DE ÁGUA NOS SOLOS;
▪ COMPORTAMENTO TENSÃO x DEFORMAÇÃO DOS SOLOS.
▪ TRIGONOMETRIA
MOVIMENTOS DE MASSA
NBR 11682/2009
➢ PRINCIPAIS MECANISMOS DEFLAGADORES DOS MOVIMENTOS DE
MASSA SEGUNDO VARNES (1978):
NBR 11682/2009
NBR
11682/2009
QUEDA
Uma queda se inicia com a separação do solo ou da rocha, ou de ambos, de um
talude íngreme, ao longo de sua superfície, na qual tenha ocorrido pouco ou
nenhum deslocamento por cisalhamento. Posteriormente, o material vem abaixo,
principalmente por queda, salto ou rolamento
Material Geobrugg
MOVIMENTOS DE MASSA
▪ ESCORREGAMENTOS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
▪ TIPOS DE ESCORREGAMENTO: PLANAR
MOVIMENTOS DE MASSA
▪ ESCORREGAMENTOS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
▪ TIPOS DE ESCORREGAMENTO: EM CUNHA
▪ ESCORREGAMENTOS: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS:
▪ SUPERFÍCIE CIRCULAR (ROTACIONAL)
▪ CORRIDAS OU FLUXO: RASTEJO PODE SER CONSIDERADA UMA
FORMA DE MOVIMENTO POR FLUXO:

Velocidade do Movimento de massa


▪ CORRIDAS OU FLUXO: AMPLA GAMA DE MOVIMENTOS
SEMELHANTES A UM FLUXO VISCOSO, COM VELOCIDADE E
TEOR DE UMIDADE VARIÁVEL
ITENS DE AVALIAÇÃO DO MÓDULO:

1) Transcreva dez itens de Termos e


Definições da NBR 11682/2009;

2) Transcreva os itens 6.3.5 e 6.4 da


NBR 11682/2009;

3) Material em PDF....
ESTRUTURAÇÃO DO CURSO:
O objetivo da analise de estabilidade é avaliar a possibilidade de ocorrência de
movimento de massa em talude natural ou construído. Em geral os projetos
adotam a abordagem determinística e um Fator de Segurança (FS) é calculado,
comparando-se as tensões cisalhantes disponível com a resistência
mobilizada. Caso FS=1,0, o talude está na condição iminente de ruptura;
consequentemente, se FS>1, este se encontra estável.

A Norma de Estabilidade de Encostas (NBR 11682) estabelece os valores mínimo


admissíveis (FSadm) para deslizamentos em função do tipo de obra, da vida útil e dos riscos de
perda humana e material. A norma ainda ressalta que, no caso de grande variabilidade dos
resultados de ensaios geotécnicos, os fatores de segurança da mínimos admissíveis devem
ser majorados em 10% ou, alternativamente, ser usado um enfoque probabilístico.

Resistência DISPONÍVEL
Resistência REAL
FATOR DE SEGURANÇA
➢ RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA DE ENCOSTAS
(NBR 11.682/2009 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS):
▪ NÍVEL DE SEGURANÇA CONTRA A PERDA DE VIDAS HUMANAS:
Nível de Segurança Critérios
Áreas com intensa movimentação e permanência de pessoas, como
edificações públicas, residenciais ou industriais, estádios, praças e
demais locais, urbanos ou não, com possibilidade de elevada
Alto
concentração de pessoas.

Ferrovias e rodovias de tráfego intenso.


Áreas e edificações com movimentação e permanência restrita de
pessoas.
Médio
Ferrovias e rodovias de tráfego moderado
Áreas e edificações com movimentação e permanência eventual de
pessoas.
Baixo
Ferrovias e rodovias de tráfego reduzido
➢ RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA DE ENCOSTAS
(NBR 11.682/2009 – ESTABILIDADE DE ENCOSTAS):

Nível de Segurança Contra Danos a Vidas Humanas


FSadm
Alto Médio Baixo
Nível de Segurança Contra Danos Materiais e

Alto

1,5 1,5 1,5


Ambientais

Médio

1,5 1,4 1,3


Baixo

1,4 1,3 1,2


➢ RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA ADMISSÍVEIS
(FUNDAÇÃO GEORIO, 1984):

Risco de perdas de vidas humanas


FSadm
Desprezível Médio Elevado

Desprezível
1,1 1,2 1,4
Risco de perdas econômicas

Médio

1,2 1,3 1,4


Elevado

1,4 1,4 1,5


➢ RECOMENDAÇÕES PARA FATORES DE SEGURANÇA EM PROJETOS DE
BARRAGENS (U.S. CORPS OF ENGINEERS, 2003):
▪ TALUDES DE BARRAGENS;
▪ TALUDES DE DIQUES E ATERROS
▪ TALUDES DE ESCAVAÇÃO

Situação FS
Final da Construção 1,3
Fluxo permanente de longo prazo 1,5
Rebaixamento rápido 1,0 a 1,2
TÉCNICAS DE ANÁLISES
➢ MÉTODOS DETERMINÍSTICOS:
▪ EQUILÍBRIO LIMITE DE UMA MASSA DE SOLO;
Sempre que possível
▪ ANÁLISE TENSÕES x DEFORMAÇÕES.

Unit Weight Cohesion Water


Material Name Color Strength Type Phi Phi b Air Entry
(kN/m3) (kN/m2) Surface

Ma teri a l 1 20 Mohr-Coul omb 35 29.4 None 0 0

Ma teri a l 2 19.2 Mohr-Coul omb 0 31.9 None 0 0 1.692

Ma teri a l 3 17.2 Mohr-Coul omb 0 29 None 0 0

Ma teri a l 4 19.2 Mohr-Coul omb 0 31.9 None 0 0

Ma teri a l 5 20 Mohr-Coul omb 0 31.9 None 0 0


MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE

➢ HIPÓTESES DOS MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE:

▪ A DEFINIÇÃO A PRIORI DE UMA SUPERFÍCIE DE RUPTURA (Circular ?


Planar ?, etc); → (Limite Superior)

▪ O SOLO SE COMPORTA SEGUNDO UM MODELO RÍGIDO-


PERFEITAMENTE-PLÁSTICO DO TIPO MOHR-COULOMB;

▪ A MASSA DE SOLO ENCONTRA-SE EM CONDIÇÕES IMINENTES DE


RUPTURA GENERALIZADA;

▪ O FATOR DE SEGURANÇA É ÚNICO AO LONGO DA SUPERFÍCIE DE


RUPTURA;

▪ O FATOR DE SEGURANÇA DAS COMPONENTES COESIVA E DE ATRITO


DA RESISTÊNCIA É IGUAL PARA TODOS OS SOLOS ENVOLVIDOS.
FATOR DE SEGURANÇA
➢ ESTABILIDADE DE UM TALUDE FINITO:
ESTABILIDADE DE UM TALUDE FINITO COM SUPERFÍCIE POTENCIAL PLANA:
MÉTODO DE CULMANN

... e a Não Saturação do


SOLO e sua influência ??
DETERMINE PELO MÉTODO DE CULLMAN O FATOR DE SEGURANÇA DE UM
TALUDE DE INCLINAÇÃO 1(V):1(H), COM 5,0 m DE ALTURA, FORMADO POR UM
SOLO HOMOGÊNEO, SEM PRESENÇA DO NÍVEL DE ÁGUA, QUE APRESENTA
UMA COESÃO EFETIVA IGUAL A 2 kPa, E UM ÂNGULO DE ATRITO INTERNO
IGUAL A 30°, E PESO ESPECÍFICO NATURAL APARENTE IGUAL A 20 kN/m³.
FATOR DE SEGURANÇA (TALUDE INFINITO)
➢ Método de Talude Infinito:
➢ Método de Talude Infinito:
➢ Método de Talude Infinito:
➢ Método de Talude Infinito:
➢ Posição da Linha Crítica
➢ Método de Talude Infinito:
ESTABILIDADE DE UM TALUDE FINITO:
Collin (1860-1890)
“... São Circulares”
MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE
PRINCIPAIS MÉTODOS DE ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDES QUE
CONSIDERAM O EQUILÍBRIO LIMITE DA MASSA DE SOLO:
▪ MÉTODO DE JANBU;
▪ MÉTODO DE FELLENIUS;
▪ MÉTODO DE BISHOP-SIMPLIFICADO;
▪ MÉTODO DE MORGENSTERN & PRICE;
▪ MÉTODO DE SPENCER
▪ GLE (GENERAL LIMIT EQUILIBRIUM);
▪ ETC.

PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE MÉTODOS:


▪ EQUAÇÕES DA ESTÁTICA SATISFEITAS (EQUILÍBRIO DE FORÇAS,
MOMENTOS, ETC);
▪ CÁLCULO DAS FORÇAS INTERFATIAS;
O parâmetro de poro pressão é fácil de ser implementado, mas o grande
problema está no fato de que este varia no talude. Assim sendo, avaliar a
estabilidade considerando um único valor de ru fornece resultados incorretos

Um valor constante de ru so é possível em taludes com superfície


freática coincidente com a superfície do talude.
здравствуйте Olá ! zdravstvuyte
➢ CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO CONSIDERADAS NOS MÉTODOS:
➢ RELAÇÕES ENTRE FORÇAS INTERFATIAS:
PRINCIPAIS HIPÓTESES:
MÉTODO DE FELLENIUS (1936)
▪ DESCONSIDERA AS FORÇAS INTERFATIAS;
▪ A SUPERFÍCIE DE DESLIZAMENTO É CIRCULAR (HIPÓTESE NÃO
NECESSÁRIA);
▪ SATISFAZ APENAS A CONDIÇÃO DE EQUILÍBRIO DE MOMENTOS PARA TODA A
MASSA DESLIZANTE;
▪ A FORÇA NORMAL É CALCULADA A PARTIR DO EQULÍBRIO DE FORÇAS NA
DIREÇÃO NORMAL À FATIA:
➢ CÁLCULO DO FATOR DE SEGURANÇA:

(13)

MÉTODO DE FELLENIUS (1936)


Graves erros devido a incorreta consideração
das poro-pressões.
No talude submerso, FF = 1,1 e FM-P =2.

A expressão do coeficiente de segurança, para altos


valores de u _ Pode resultar em N’ < 0!
Método de Bishop Simplificado

Método ITERATIVO
Tentam-se várias superfícies, geralmente arbitrando-se
diferentes centros e para cada centro, vários raios
CÁLCULO DOS FATORES DE SEGURANÇA
➢ EQUILÍBRIO DE FORÇAS E MOMENTOS E VARIAÇÃO DO VALOR DE l:
▪ SUPERFÍCIE CIRCULAR:
CÁLCULO DOS FATORES DE SEGURANÇA
➢ EQUILÍBRIO DE FORÇAS E MOMENTOS E VARIAÇÃO DO VALOR DE l:
▪ SUPERFÍCIE COMPOSTA:

EXTRA ! EXTRA !

A Geologia do local tem papel significante


na localização da superfície de ruptura – a
superfície frequentemente segue o
material mais fraco
EXTRA ! EXTRA !
Qto. maior é a coesão ... Mais
profunda é a cunha de ruptura

EXTRA ! EXTRA !
Qto. mais arenoso ... mais
superficial é a ruptura
Taylor ... ! _ 1937 (f = 0 ; “su” comanda)
Taylor ... ! _ 1937 (c’; f’ tensão efetiva comanda)
Métodos Simplificados
Métodos Simplificados
Corrêa & Anjos 2019_ UFPa
Santiago & Anjos 2022_ (primeira aproximação) 15, 16, 18, 20 e 22 kN/m³.
0, 5, 10, 15, 25, 50 e 100 kPa 20, 25, 28, 30, 33, 35, 40, 45 e 50º.
0, 5, 10, 12, 15, 18, 20,
25, 30, 40, 50 e 60 kPa.
0, 0,25, 0,5.

3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,
12, 15, 20, 30 e 50 m.
15, 20, 25, 30, 33, 35, 40, 45, 50 e 55º.
Santiago & Anjos 2022_ (primeira aproximação)

1800 casos e mostrou-se (estatisticamente), superior a Corrêa e Anjos (2019)


TÉCNICAS DE ANÁLISE

➢ MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: A MEDIDA DA SEGURANÇA É FEITA EM


TERMOS DA PROBABILIDADE OU DO RISCO DE OCORRÊNCIA DA
RUPTURA:

FS (deterministic) = 1.71
FS (mean) = 1.85
PF = 0.10%
RI (normal) = 1.42
RI (lognormal) = 1.79
TÉCNICAS DE ANÁLISE
➢ MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS:

VARIAÇÃO DA
COESÃO EFETIVA

VARIAÇÃO DO
ÂNGULO DE ATRITO
TÉCNICAS DE ANÁLISE

➢ MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: VARIAÇÃO NO FATOR DE SEGURANÇA


OBTIDO:
Failed Stable
1,4
2,4
1,3
1,2
1,1 2
1
0,9 1,6
0,8
0,7
1,2
0,6
0,5
0,4 0,8
0,3
0,2 0,4
0,1
0
0
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 73 76 79 82 85
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70
18%
➢ MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS:

A incerteza sobre a resistência ao cisalhamento é geralmente a maior incerteza


envolvida nas análises de estabilidade de taludes.

O valor do fator de segurança usado em qualquer caso deve ser proporcional às


incertezas envolvidas no seu cálculo e nas consequências de ruptura.

Os cálculos de confiabilidade fornecem um meio de avaliar os efeitos


combinados de incertezas e um meio de distinguir entre as condições em que as
incertezas são particularmente altas ou baixa.

O desvio padrão é uma medida quantitativa da dispersão de uma variável .


Quanto maior a dispersão, maior o desvio padrão.

O coeficiente de variação é o desvio padrão dividido pela média.

A regra 2𝜎 pode ser usada para estimar um valor de desvio padrão, estimando
primeiro o valor mais alto e baixo (Range) concebíveis do parâmetro e, em
seguida, dividindo a diferença entre eles por 4.
➢ MÉTODOS PROBABILÍSTICOS: VARIAÇÃO DAS PROPRIEDADES GEOTÉCNICAS:

A confiabilidade e a probabilidade de ruptura podem ser determinadas uma vez que o


fator de segurança e o coeficiente de variação do fator de segurança (COVF) foram
determinados, usando o método numérico da série de Taylor, e assumindo que o fator
de a segurança é normalmente ou log-normalmente distribuído.
O evento cuja probabilidade é descrita por a probabilidade de ruptura não é
necessariamente uma ruptura catastrófica. É importante reconhecer a natureza das
consequências do evento e não “ser cegado” pela palavra ruptura.
A principal vantagem da probabilidade de ruptura, em contraste com o fator de
segurança, é a possibilidade de julgar o nível aceitável de risco com base no custo
estimado e consequências da ruptura.
LOTEAMENTO SÃO
JOAQUIM – ALTAMIRA PA

A altura do talude é de 7 m
Inclinação média de 45°

Você Foi contratado para


esta análise ... E então ??
ALGUNS SOFTWARES QUE PERMITEM AS ANÁLISES:
▪ GEOSTUDIO: SIGMA-W; SLOPE-W; SEEP-W.
▪ ROCSCIENCE: PHASE² 7.0; SLIDE;
▪ GEO-FINE: SLOPE STABILITY, ETC.

???
8,764
100 x 100

6,412
CONDIÇÃO DE CONTORNO
Terremoto de 7,4 pontos atinge El Salvador e Nicarágua
Tremor ocorreu às 21h51 locais e durou meio minuto.
Considerable attention has been focused over the last few decades on developing
procedures to analyze the seismic performance of earth embankments.
1) The first issue that must be addressed is an evaluation of the potential of the
materials comprising the earth structure to lose significant strength under cyclic
earthquake loading.
2) Saturated cohesionless materials (gravels, sands, and non plastic silts) that are
in a loose state are prime candidates for liquefaction
and hence significant strength loss.
3) Experience has shown that cohesionless materials placed by the hydraulic fill
method are especially vulnerable to severe strength loss as a result of strong shaking.
4) A modified version of the Seed & Idriss [1982] simplified method has been
employed to evaluate the liquefaction potential of cohesionless soils in earth
slopes and dams [Seed & Harder, 1990].
5) Certain types of clayey materials have also been shown to lose significant
strength as a result of cyclic loading. If clayey materials have a small percentage of
clay-sized particles, low liquid limits, and high water contents, the material’s cyclic
loading characteristics should be determined by cyclic laboratory testing.

Eram essas as características do material das Barragens rompidas ? Quantas mais romperão ?
ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES
... NEM TUDO SÃO FLORES
Geotechnical limit equilibrium stability analysis techniques,
as has been demonstrated have limitations:

The limitations arise chiefly because the method does not


consider strain and displacement compatibility.

This has two serious consequences. One is that local variations in


safety factors cannot be considered, and the second is that the
compute stress distributions are often unrealistic.

To allow for variations in local safety factors along the slips


surface and to deal with somewhat realistic stresses, the
formulation and analysis technique needs to include a stress–
strain constitutive relationship.
... e a Não Saturação do SOLO?
Com Qual 𝜙 𝑏 Eu vou ???
(primeira aproximação)
ESTABILIDADE DE TALUDES VIA ANÁLISE s x e
➢ AS ANÁLISES TENSÃO x DEFORMAÇÃO DA MASSA DE SOLO
PERMITEM:
▪ DEFINIÇÃO DO ESTADO DE TENSÕES E DO CAMPO DE
DESLOCAMENTOS NA MASSA DE SOLO;
▪ DEFINIÇÃO DOS FATORES DE SEGURANÇA EM CADA FATIA;

▪ SIMULAÇÃO DO PROCESSO DE EXECUÇÃO DOS TALUDES;


▪ IDENTIFICAÇÃO DE EVENTUAIS ZONAS DE PLASTIFICAÇÃO E
FORMAÇÃO DAS SUPERFÍCIES POTENCIAIS DE RUPTURA (ANÁLISES
ELASTOPLÁSTICAS);
▪ PERMITEM UMA ANÁLISE MAIS REALISTA DO PROCESSO.
ESTABILIDADE DE TALUDES VIA ANÁLISE s x e
➢ ANÁLISES TENSÕES x DEFORMAÇÕES:
▪ MATERIAIS ELÁSTICO PERFEITAMENTE PLÁSTICO:
MODELO DE MOHR-COULOMB

MODELO ELÁSTICO- SUPERFÍCIE DE


PERFEITAMENTE PLÁSTICO PLASTIFICAÇÃO
➢ ANÁLISES s x e ELÁSTICO-LINEARES: PERMITE AVALIAR A TENSÃO
CISALHANTE MOBILIZADA NA BASE DAS FATIAS E AS FORÇAS NORMAIS
DIRETAMENTE A PARTIR DO ESTADO DE TENSÕES ATUANTE.

OBSERVAÇÃO: NÃO HÁ NECESSIDADE DE SE ESTABELECER HIPÓTESES PARA A


SOLUÇÃO DO PROBLEMA E CÁLCULO DO FATOR DE SEGURANÇA.
M.E.L x [s x e] (redução de parâmetros)

The critical failure surface and factor of


safety from conventional Morgenstern limit
equilibrium analysis of a concrete dam.
The thin, beige-coloured material beneath
the dam is the weak layer.

The critical failure surface and factor of


safety obtained using block search,
combined with surface optimization.
Notice the differences between this
surface
➢ ANÁLISES s x e ELASTO-PLÁSTICAS COM REDUÇÃO DOS PARÂMETROS:
▪ CONSIDERAÇÃO PARA A CONFIGURAÇÃO FINAL DO TALUDE (NÃO
PERMITE SIMULAR O PROCESSO CONSTRUTIVO);
▪ REDUÇÃO DOS PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS ATÉ
UM VALOR TAL QUAL O ESTADO DE TENSÕES NA MASSA DE SOLO
NÃO SATISFAZ ÀS EQUAÇÕES ENVOLVIDAS QUE GARANTAM O
EQUILÍBRIO DA MASSA DE SOLO (EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO,
EQUAÇÕES DE COMPATIBILIDADE E AS RELAÇÕES TENSÃO x
DEFORMAÇÃO).
FATOR DE SEGURANÇA PARA O TALUDE

The authors recommend that the results from the strength reduction technique
be taken as the STANDARDS IN DESIGN AND SAFETY ASSESSMENT OF SLOPES.
Computers and Geotechnics 33 (2006)
ESTABILIDADE DE TALUDES VIA ANÁLISE s x e

FS = 1,27
PARA O TALUDE SEGUINTE, DEFINIR O FATOR DE SEGURANÇA POR
FELLENIUS, BISHOP, SPENCER E MORGENSTERN & PRICE (ARMAS):

40

30 d e

Aterro: areia argilosa (SC)


Elevação

2 g = 20 kN/m³ 2
20 1 c = 15 kPa 1
f = 30°
b c E = 60 MPa;  = 0,35
f g
Fundação: areia siltosa com pedregulhos; g = 18,0 kN/m³; c' = 0 kPa; f' = 25°; E = 16,5 MPa;  = 0,2
10
a Rocha granítica sã a pouco fraturada 1

0
0 20 40 60 80 100 120
Distância
CONSIDERAR AS SEGUINTES COORDENADAS PARA OS PONTOS DO ATERRO: a (0, 10); b (0, 13); c
(23,13); d (53, 28); e (66, 28); f( 96, 13); g (120, 13); h (120, 10).

OBS: CONSIDERAR O NÍVEL DE ÁGUA COINCIDINDO COM A SUPERFÍCIE DO SOLO DE FUNDAÇÃO.


Exercícios:

1) Um Talude é mostrado na figura abaixo. Se AC representa o plano de ruptura (inicial),


determine FS contra o deslizamento da cunha ABC. (Culmann);
ITENS DE AVALIAÇÃO DO MÓDULO: g (kN/m³) = 18
f’ (°) = 25
c’ (kPa) = 19,1

1) Transcreva dez itens de Termos e


Definições da NBR 11682/2009;

2) Transcreva os itens 6.3.5 e 6.4 da


NBR 11682/2009;
2) Para o Talude mostrado abaixo, encontre a altura para a condição de equilíbrio crítico
para os métodos de: TAYLOR; MICHALOWSKY; e todos os MÉTODOS SIMPLIFICADOS:
3) Material em PDF.... Use a Planilha em EXCEL.
Considere:
g (kN/m³) = 17
f’ (°) = 28
c’ (kPa) = 12
 (° ) = 48
d/H= 3

ν = 0,4837 - 0,0047.φ'
r² = 0,9997
Brasília, DF – Dezembro de 2019
DF, 10/12/2019

ACIDENTAL !
Em apenas oito dias, a chuva ultrapassou mais da metade da média prevista para o mês. Até
o fim da tarde deste domingo (8/12), choveu 146 mm. A previsão era de 241,5 mm em todo
o dezembro. Paranoá e Águas Emendadas, em Planaltina, foram as regiões onde mais
choveu, 66,6 mm e 42,8 mm, respectivamente. No Gama foram registrados os ventos mais
fortes, 57,6 km/h.

As precipitações começaram no início da tarde em diversas regiões do Distrito Federal. Por


volta das 14h, uma árvore grande caiu entre as quadras 214/414 Sul, próximo a um posto de
gasolina, deixando o trânsito interditado nos dois sentidos. O Corpo de Bombeiros foi
acionado e removeu o tronco por volta das 14h30. Ninguém ficou ferido.

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as precipitações continuam


esta semana. Na segunda-feira (9/12), a temperatura mínima será de 17ºC e a máxima de
27ºC. A umidade relativa do ar fica entre 95% e 55%.
Geo Rio
SOLO GRAMPEADO é o resultado da O Solo Grampeado tem cada vez mais
execução de chumbadores, concreto ganhado aceitação no âmbito da
projetado e drenagem visando estabilizar engenharia geotécnica brasileira.
determinado talude. Isso se deve principalmente ao seu
baixo custo, versatilidade de se
Os chumbadores promovem a adaptar a geometrias variadas, alta
estabilização geral do maciço, o concreto velocidade de execução, aplicação em
projetado a estabilidade local junto ao solos inconsistentes com presença de
paramento e a drenagem age em ambos nível d´água.
os casos.

O conjunto visa estabilizar taludes nas


condições de instabilidade de:
• Maciços a serem cortados, cuja
geometria resultante não é estável;
• Taludes existentes que não tem a
estabilidade satisfatória;
• Taludes rompidos.
SOLO GRAMPEADO
O item de maior relevância dentre as causas para queda de arrimo construído pela técnica
de Solo Grampeado, é a má execução do chumbador.
Não se pode deixar de executar uma perfuração sem que a cavidade permaneça estável até
a conclusão da injeção e principalmente que as injeções sejam realizadas em no mínimo
TRÊS fases: bainha, primeira fase e segunda fase.
Não se pode executar uma obra em Solo Grampeado, sem que o método construtivo seja
programado detalhadamente e adaptado às condições encontradas no campo. Ou seja, que
se garanta a estabilidade de todas as fases intermediárias.
A drenagem geral da área que abrange o arrimo deve ser cuidadosamente detalhada, e com
muita atenção executada e ajustada às condições reais de fluxos de águas observáveis
durante os trabalhos.
A execução de drenos sub horizontais curtos em áreas de presença do lençol freático,
durante o processo de escavação, facilita a injeção de fases e a melhoria a estabilidade do
solo envoltório.
DRENAGEM É CRUCIAL PARA O SUCESSO OU INSUCESSO DO PROJETO NO TALUDE
A execução de paredes em Solo Grampeado requer cuidado especial por ser um processo
com grande interação entre projetista e executor.
Diferentemente de uma CORTINA ATIRANTADA onde os tirantes são testados um a um, a
parede em Solo Grampeado precisa que o chumbador seja bem feito, esteja no
comprimento projetado, sua injeção de bainha preencha totalmente o espaço gerado pela
perfuração e que injeções complementares sejam feitas de acordo com o terreno arrimado.
Como proposta de melhoria de eficiência da injeção, sugere-se a colocação de mangueiras
com válvulas setorizadas, ou seja uma para cada trecho. Por exemplo, dividindo-se o
chumbador em duas ou três faixas de injeção.

Casos especiais em solos de argila mole, devem ser tratados com injeções setorizadas. A
associação dessas injeções com a aplicação de drenos operacionais curtos, acelerarem o
adensamento dessas argilas, possibilitando ganhos instantâneos na estabilização durante o
processo de escavação.

https://sites.google.com/site/naresi1968/naresi/11-solo-grampeado
CLOUTERRE 1991
CLOUTERRE 1991
ESTABILIDADE INTERNA: COMPARAÇÃO DO MÁXIMO ESFORÇO ATUANTE NO
GRAMPO COM O ESFORÇO NECESSÁRIO PARA PRODUZIR A SUA RUPTURA:

TMÁX
Grampo Onde:
Tmáx: máximo esforço atuante no
grampo;
qS
Ativa
T = .D.qs.Lp
Passiva qs: atrito solo-grampo;
D: diâmetro do grampo;
Lp: comprimento do grampo no interior
da zona passiva;
Superfície potencial de ruptura
ESTABILIDADE MISTA: CONSIDERANDO AS DUAS FORMAS
DE ANÁLISE ANTERIORES;
Muro Atirantado – Recomposição de Rodovia – Terrae Engenharia
Os Tirantes podem ser Monobarras de Aço, cordoalhas
ou fios (15° a 30° inclinação no processo de injeção)
Cortina atirantada > 30 m de Altura _ Terrae Engenharia
Tirante possui, basicamente, três partes: Cabeça do tirante, Trecho Livre e
Trecho ancorado

A GeoRio (2014) só trata de tirantes de


monobarras de aço. Tanto as ancoragens
de fios como as de cordoalhas não são Toda a carga aplicada deve ser
empregadas no órgão. resistida pelo trecho ancorado
Uso de Cordoalhas em atirantamento
▪ PAREDE DIAFRAGMA
NBR 5629 (Abril/2006) – Execução de Tirantes Ancorados no Terreno.
Estes elementos são introduzidos no terreno em perfuração previamente executada.
Logo após é feita injeção de calda de cimento ou de outro aglutinante na parte inferior
destes elementos, formando o bulbo de ancoragem, que é ligado à parede estrutural
pelo trecho não injetado do elemento resistente à tração e cabeça do tirante.
Etapas de Execução
Perfuração: é aceitável o uso de qualquer sistema de
perfuração desde que se garanta a estabilidade da
escavação, até que ocorra a injeção.
Injeção - Bainha: feita de forma ascendente, com
fator água/cimento = 0,5 (em peso) até que a calda
extravase pela boca do furo.
Fases de injeção: injeção de calda de cimento com
fator água/cimento igual a 0,5 (em peso), com
expectativa de valores de pressão de abertura
variável de até 5 MPa e de injeção de até 2 MPa. -
Primeira fase, limitada a um saco de cimento por
válvula, ou pressão de injeção lida menor que 2 MPa.
- Demais fases limitadas a meio saco de cimento por
válvula, até atingir a pressão de injeção desejada.
Ensaios: passados sete dias da última fase de
injeção, de acordo com a NBR 5629.

Cabeça de ancoragem: depois de concluída a


protensão, são instalados dois tubos para injeção na
cabeça do tirante. Após a concretagem da cabeça do
tirante, é feita a injeção da calda de cimento por um
dos tubos, o outro tubo serve como respiro.
Os painéis podem ser apoiados sobre fundação direta ou estacas
(Cargas: Peso do painel e componentes vertical do tirante e do empuxo ativo)
Os painéis podem ser apoiados sobre fundação direta ou estacas
(Cargas: Peso do painel e componentes vertical do tirante e do empuxo ativo)

Painéis com apoio em fundação direta


Durante a construção (cima para baixo), a
estabilidade provisória poderá ser garantida
com o uso de escavações em nichos
alternados e a incorporação de carga nos
tirantes, mesmo que parcialmente
aumentando assim a segurança com a
minimização de deformações
Ostermayer 1977

0,15H

Pinelo 1980 Pinelo 1980


CORTINAS ATIRANTADAS
PROCESSO EXECUTIVO: Perfuração (Tirante Auto injetável)

3
2
CORTINAS ATIRANTADAS
PROCESSO EXECUTIVO (Enquanto isso no Ceará !)

➢ MÉTODO DE ESCAVAÇÃO
CORTINAS ATIRANTADAS
PROCESSO EXECUTIVO
➢ MÉTODO DE ESCAVAÇÃO
CORTINAS ATIRANTADAS
DETALHE DO TIRANTE - ELEMENTOS

PROTEÇÃO DAS PARTES GRAXA NEUTRA


METÁLICAS DUTO DE PLÁSTICO ALARGADO

LUVA
PINTURA ANTI-CORROSIVA
TUBO DE PLÁSTICO
ARGAMASSA 1:3
ARRUELAS BRAÇADEIRA DE APERTO DO TUBO
PLÁSTICO FLEXÍVEL.
CUNHA
TUBO CORRUGADO
CHAPA DE AÇO CALDA DE CIMENTO MONOBARRA DE AÇO
(20x20x2,0) cm
CENTRALIZADOR
A CADA METRO TAMPA
TRE
CHO
LIV
RE

BUL
BO
DE
AN
COR
AG
EM
CORTINAS ATIRANTADAS
DETALHE DO TIRANTE - ELEMENTOS
CORTINAS ATIRANTADAS
DETALHE DO TIRANTE - ELEMENTOS
CORTINAS ATIRANTADAS
DETALHE DO TIRANTE - ELEMENTOS
CORTINAS ATIRANTADAS
DETALHE DO TIRANTE - ELEMENTOS
CORTINAS ATIRANTADAS
APLICAÇÃO DA PROTENSÃO
CORTINAS ATIRANTADAS
APLICAÇÃO DA PROTENSÃO
CORTINAS ATIRANTADAS
APLICAÇÃO DA PROTENSÃO
CORTINAS ATIRANTADAS
MÉTODOS DE DIMENSIONAMENTO

➢ PROCEDIMENTO DE PROJETO:
▪ DEFINIÇÃO DA FORÇA DE ANCORAGEM;
▪ DEFINIÇÃO DO PLANO DE ANCORAGEM;
▪ DEFINIÇÃO DO COMPRIMENTO DO BULBO DE ANCORAGEM.

➢ CÁLCULO DA FORÇA DE ANCORAGEM:


▪ MÉTODO BRASILEIRO: ESTABILIDADE DE UMA CUNHA DE
RUPTURA SEGUNDO UMA SUPERFÍCIE PLANA: DESENVOLVIDO
POR A.J.C. NUNES;
▪ MÉTODOS BASEADOS NO EQUILÍBRIO LIMITE DA MASSA DE SOLO;
CORTINAS ATIRANTADAS
CORTINAS ATIRANTADAS:
Dimensionamento
1) Inicialmente deve-se encontrar o Fator de Segurança mínimo:
2) Encontra-se um coeficiente FSp, que é o fator de segurança obtido com as forças de
protensão, com FS >1,5

Consegue extrair uma relação entre FSp e FSmin:

A força necessária para estabilizar o talude vale:

Assim o talude estará estabilizado


se a Força de Protensão ≥ Tp,
CORTINAS ATIRANTADAS: MÉTODO BRASILEIRO
➢ CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ANCORAGEM:

• SOLOS ARENOSOS: NBR 5629/2006

q Tmax
Lb 
L1 D furos ' z k f

PL
AN
OD
EA L'
NC
OR
AG H COMPACIDADE
EM  
SOLO
F MUITO
FOFA COMPACTA
COMPACTA
' CR
i
SILTE 0,1 0,4 1,0

AREIA
0,2 0,6 1,5
FINA

AREIA
0,5 1,2 2,0
MÉDIA

AREIA
1,0 2,0 3,0
GROSSA
➢ CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ANCORAGEM:

q • SOLOS ARGILOSOS: NBR 5629/2006

L1
 Tmax
Lb 
D furoSu
PL
AN
OD
EA L'
NC
OR
AG H
EM  
F • Para Su ≤ 40 kPa, α = 0,75.
• Para Su ≥ 100 kPa, α = 0,35.
' CR
i
➢ CÁLCULO DO COMPRIMENTO DE ANCORAGEM:

q
• ROCHA: NBR 5629/2006

Tmax
Lb 
L1

PL
AN D furo qaderência
OD
EA L'
NC
OR
AG H
EM   • qaderência = 1/30 da resistência à
F compressão simples da rocha;
• qaderência = 1/30 da resistência à
' CR
i compressão simples da
argamassa.

OBSERVAÇÃO: O TRECHO DE ANCORAGEM NÃO PODE SER EM:


• SOLOS ORGÂNICOS MOLES;
• ATERROS OU SOLOS COESIVOS, COM Nspt < 4 ;
• ATERROS SANITÁRIOS. PLANILHA !
Contenção da encosta do Barro Branco,
SALVADOR BA _ 2017
Obra Estável..... Hoje !
FAZENDA GRANDE DO RETIRO _ SALVADOR BA
Antes de inaugurar... e das chuvas....
FAZENDA GRANDE DO RETIRO _ Outubro de 2019 SALVADOR - BA
Noite chuvosa !
https://www.youtube.com/watch?v=MsKdoJhe6cI
FAZENDA GRANDE DO RETIRO https://www.youtube.com/watch?v=11uEs4P8-9E

https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2019/10/05/casas-comecam-a-ser-demolidas-
apos-encosta-desmoronar-em-salvador.ghtml
FAZENDA GRANDE DO RETIRO _ SALVADOR BA
TIRANTES ....ONDE ??
TIRANTES ....ONDE ??
CORTINAS ATIRANTADAS
ELEMENTOS DA NBR 5629/2018
CORTINAS ATIRANTADAS
ELEMENTOS DA NBR 5629/2018
➢ MATERIAIS:

▪ TIRANTES: FIOS, CORDOALHAS, E BARRAS DE AÇO;

▪ CALDA DE CIMENTO OU ARGAMASSA: FATOR ÁGUA CIMENTO MÁXIMO


DE 0,5, E RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO NA DATA DO ENSAIO MÍNIMA
IGUAL A 25 MPa

➢ PROTEÇÃO À CORROSÃO:

▪ ESPECIFICAÇÕES DAS CONDIÇÕES DE PROTEÇÃO DOS ELEMENTOS


TRACIONADOS EM FUNÇÃO DO MEIO NO QUAL OS TIRANTES SERÃO
EXECUTADOS (PROTEÇÃO CLASSES 1, 2 E 3)

▪ PELÍCULAS PROTETORAS; FLUIDOS A BASE DE BETUME; TUBOS


CONTÍNUOS DE POLIPROPILENO, POLIETILENO, PVC; GRAXA.
CORTINAS ATIRANTADAS
NORMATIZAÇÃO – NBR 5629/2018

➢ INSTALAÇÃO:

▪ O BULBO DEVE ESTAR A UMA DISTÂNCIA MÍNIMA SUPERIOR A 3,0 m DO


INÍCIO DA PERFURAÇÃO DO TERRENO;

➢ INJEÇÃO:

▪ INJEÇÃO ÚNICA OU EM MÚLTIPLAS FASES;

▪ FATOR ÁGUA-CIMENTO DA CALDA:

o 0,5 PARA EXECUÇÃO DA BAINHA (SENDO ACEITO OUTRA DOSAGEM


DESDE QUE COMPROVADA QUE SUA RESISTÊNCIA AOS 28 DIAS SEJA
SUPERIOR A 25 MPa)

o 0,5 a 0,7 PARA RE-INJEÇÃO;


CORTINAS ATIRANTADAS
NORMATIZAÇÃO – NBR 5629/2018

➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ AS CARGAS DE TRABALHO, MÁXIMA DE ENSAIO E DE INCORPORAÇÃO


DEVEM CONSTAR NO PROJETO;

▪ PRAZO: OS ENSAIOS DEVEM SER EXECUTADOS APÓS UM TEMPO MÍNIMO DE


CURA COMPATÍVEL COM AS CARACTERÍSTICAS DO CIMENTO E
CRONOGRAMA DE OBRA:

o CIMENTO PORTLAND COMUM: SETE DIAS;

o CIMENTO ARI: TRÊS DIAS;

o OUTRAS CONDIÇÕES, DESDE QUE COMPROVADAS.


CORTINAS ATIRANTADAS: NORMATIZAÇÃO – NBR 5629/2018
➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE QUALIFICAÇÃO:

o VERIFICADOS A CAPACIDADE DE CARGA DO TIRANTE E SEUS


DESLOCAMENTOS SOB CARGA, CALCULADO O SEU COMPRIMENTO
LIVRE E AVALIADO O ATRITO AO LONGO DO COMPRIMENTO
LIVRE;

o CARREGAMENTOS E DESCARREGAMENTOS SUCESSIVOS COM


LEITURAS DE DESLOCAMENTO DA CABEÇA DO TIRANTE, PARTINDO
DE F0 ATÉ FMAX.

o DEVEM SER OBRIGATORIAMENTE EXECUTADOS ENSAIOS EM 1% DOS


TIRANTES POR OBRA, POR TIPO DE TERRENO E POR TIPO DE TIRANTE,
COM UM MÍNIMO DE DOIS ENSAIOS POR OBRA.
➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE QUALIFICAÇÃO: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

TIRANTES PROV.
➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE QUALIFICAÇÃO: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Deslocamento elástico da cabeça para um


tirante com o comprimento livre (LL) mais
metade do bulbo (Lb)

Deslocamento da cabeça para um tirante


com o comprimento livre (LL) diminuído de
20% com um trecho inicial RS defletido,
onde os pontos R e S são definidos por
coordenadas:
R: d = 0 ; F = Fo + 0,15(FS)Ft
S: d = [0,6(FS)Ft]LL/ES; F = Fo+0,75(FS)Ft
CORTINAS ATIRANTADAS
NORMATIZAÇÃO – NBR 5629/2018

➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE QUALIFICAÇÃO: CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO:

a) OS PONTOS CORRESPONDENTES AOS DESLOCAMENTOS ELÁSTICOS


NO GRÁFICO (F X d) DEVEM SITUAR-SE ENTRE AS LINHAS LIMITE
SUPERIOR “a” E INFERIOR “b”;

b) O SEGMENTO Pa QUE REPRESENTA A PERDA DE CARGA POR ATRITO AO


LONGO DO COMPRIMENTO LIVRE DEVE SER MENOR OU IGUAL AO
SEGMENTO Fo R.
CORTINAS ATIRANTADAS
NORMATIZAÇÃO – NBR 5629/2018

➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE RECEBIMENTO: CONTROLAR O COMPORTAMENTO DE TODOS


OS TIRANTES DE UMA OBRA.

o SÃO PREVISTOS QUATRO TIPOS DE CARREGAMENTOS, CONFORME A


UTILIZAÇÃO DO TIRANTE E SEQÜÊNCIA DE EXECUÇÃO;

o TODOS OS ENSAIOS DEVEM PARTIR DA CARGA INICIAL Fo, IR ATÉ A


CARGA MÁXIMA PREVISTA, RETORNAR À CARGA INICIAL Fo E
RECARREGAR ATÉ A CARGA DE TRABALHO Ft COM MEDIÇÕES DE
DESLOCAMENTOS DA CABEÇA;
➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE RECEBIMENTO:

o TIRANTES DEFINITIVOS - EXECUTAR ENSAIOS DO TIPO A EM PELO


MENOS 10% DOS TIRANTES DA OBRA E DO TIPO B NOS RESTANTES;

o TIRANTES PROVISÓRIOS - EXECUTAR ENSAIOS DO TIPO C EM PELO


MENOS 10% DOS TIRANTES DA OBRA E DO TIPO D NOS RESTANTES.
➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE RECEBIMENTOS: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE RECEBIMENTOS: APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS


➢ PROTENSÃO E ENSAIOS:

▪ ENSAIO DE RECEBIMENTO: CONDIÇÕES DE ACEITAÇÃO:

o O ENSAIO DE RECEBIMENTO DEVE SER INTERPRETADO EM RELAÇÃO


À ESTABILIZAÇÃO DOS DESLOCAMENTOS DA CABEÇA E ATRITO AO
LONGO DO TRECHO LIVRE, PONDENDO SER ACEITO QUANDO:

a) OS DESLOCAMENTOS DA CABEÇA SE ESTABILIZAREM COM A


APLICAÇÃO DA CARGA MÁXIMA DE ENSAIO PREVISTA

b) O DESLOCAMENTO MÁXIMO DA CABEÇA REPRESENTADO NOS


GRÁFICOS DAS FIGURAS A.4 A A.7 SE SITUAR ENTRE AS LINHAS “a”
E “b” DESTES GRÁFICOS.
CORTINAS ATIRANTADAS
CARGAS DE ENSAIO E TRABALHO - ESPECIFICAÇÃO

TENSAIO
TENSAIO = 0,90. f y . As TTRAB = FS = 1,5 PARA TIRANTES
1,75 PROVISÓRIOS

TINC = 0,8TTRAB − 1,0TTRAB

Dbarra Dmín - perfuração TENSAIO TTRAB


Aço Seção
(mm) (mm) (kN) (kN)
Dywidag Gewi ST
Plena 32 100 350 200
50/55
Dywidag ST 85/11 Plena 32 100 600 350
CA 50A Plena 25 100 230 130
CA 50A Plena 32 100 360 200
CA 50A Reduzida com rosca 25 100 190 110
CA 50A Reduzida com rosca 32 100 260 160
Rocsolo ST 75/85 Plena 22 100 210 125
Rocsolo ST 75/85 Plena 25 100 280 165
Rocsolo ST 75/85 Plena 28 100 360 200
Rocsolo ST 75/85 Plena 38 125 660 375
Rocsolo ST 75/85 Plena 41 125 890 510
CARGAS DE ENSAIO E TRABALHO - ESPECIFICAÇÃO

TENSAIO
TENSAIO = 0,90. f y . As TTRAB = FS = 1,5 PARA TIRANTES
1,75 PROVISÓRIOS
TINC = 0,8TTRAB − 1,0TTRAB
ITENS DE AVALIAÇÃO DO MÓDULO:

1) Transcreva dez itens de Termos e


Definições da NBR 11682/2009;

2) Transcreva os itens 6.3.5 e 6.4 da


NBR 11682/2009;

3) Material em PDF....

4) Transcreva o item 4.5 (e seus itens)


da NBR 5629/2018;

5) Comente sobre todo o item 5.2 da


NBR 5629/2018
CORTINAS ATIRANTADAS: DETALHAMENTO DO PROJETO
ES_ relatório
• CRONOGRAMA DO CURSO
INTRODUÇÃO • OBJETIVOS DO CURSO.
• MOVIMENTOS DE MASSA

• DEFINIÇÃO DO FATOR DE SEGURANÇA;


ESTABILIDADE DE • MÉTODOS DE EQUILÍBRIO LIMITE;
TALUDES • ANÁLISES TENSÕES x DEFORMAÇÕES PARA
ANÁLISE DA ESTABILIDADE DE TALUDES;

TÉCNICAS DE • DRENAGEM SUPERFICIAL E PROFUNDA;


MELHORIA DA • RETALUDAMENTO;
ESTABILIDADE • REFORÇO DOS SOLOS.
DIMINUIÇÃO DAS PORO-PRESSÕES
➢ PRINCIPAIS MECANISMOS:
▪ DRENAGEM SUPERFICIAL;
▪ DRENAGEM PROFUNDA.
RETALUDAMENTO
➢ PRINCIPIO GERAL:
REFORÇO DOS SOLOS
➢ ALTERAÇÃO DAS PROPRIEDADES DOS SOLOS: INJEÇÕES DE
MATERIAL AGLUTINANTE, ETC;
REFORÇO DOS SOLOS
➢ INTRODUÇÃO DE ELEMENTOS RESISTENTES A FLEXÃO E A
TRAÇÃO: SOLO GRAMPEADO, SOLO REFORÇADO COM
GEOSSINTÉTICOS, TERRA ARMADA, ETC;
➢ CONTRIBUIÇÃO DO REFORÇO: REFORÇO DOS SOLOS
Q
FS =
 c'.L.R + (N − u.L )R tan f ']
W .x +  kW .e  D.d  A.a − T cos( +  )

c'.L.sen + u.L.sen . tan f '


W− + Q.sen + Tsen( +  ). cos( +  )
N= FS
sen . tan f '
cos  +
FS
XL kW ER
EL XR  
 c'.L.sen + u.L.sen . tan f '  
 W − + Q.sen + Tsen( +  ). cos( +  )   
Tn W 
 c '.L.R + 

 FS
sen . tan f '


− u.L 

R tan f '

 cos  +  
  FS   
90º- (+) FS =
 W .x +  kW .e  D.d  A.a − T cos( +  )
T
Sm=Sr/F
Tc
N
Sempre buscar: Vantagens e Desvantagens do sistema
Sempre buscar: Vantagens e Desvantagens do sistema
MUITO OBRIGADO!
Prof. Dr. Gérson Miranda
mirandadosanjos@gmail.com
WApp: 91 981428737

Você também pode gostar