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da i g re j a m etodista – I E P
PIRACICABA
2016
FICHA CATALOGRÁFICA
Apresentação
1. Introdução....................................................................... 5
2. Histórico do Assentamento........................................6
3. Depoimentos...................................................................8
4. Conhecendo o Bloco..................................................10
5. Vantagens.......................................................................12
6. Informações sobre o solo.........................................14
7. Análises preliminares.................................................19
8. O solo para o BTC.........................................................26
9. Estabilização do solo..................................................28
10. Extração do Solo.........................................................31
11. Secagem e Peneiramento ......................................34
12. Dosificação do Cimento....................................... ...36
SUMÁRIO
13. A Mistura........................................................................39
13.1 Mistura em Seco.................................................40
13.2 Mistura Úmida.....................................................41
15. Prensagem ...................................................................44
16. Cura
16.1 Cura Seca..............................................................48
16.2 Cura Úmida..........................................................49
17. Controle de Qualidade dos Blocos ......................51
18. Emprego na Construção..........................................54
19. Tipos de Prensas..........................................................58
21. Mais Informações.......................................................61
INTRODUÇÃO
5
HISTÓRICO DO ASSENTAMENTO
anos
anos60
60ee70
70
Instalação de indústrias na região metropolitana de
Campinas acarreta a vinda de muitos imigrantes. A falta
de emprego deixa muitos deles sem fonte de sustento.
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HISTÓRICO DO ASSENTAMENTO
Atualmente
Atualmente
Assentamento I
Possui 45 famílias com 26 titulares, totalizando cerca de 300
pessoas. Grande parcela de seus jovens possui formação
superior. Sua principal fonte de renda são seus plantios e
criações, não existe muita ajuda do estado. Produzem
atualmente, mandioca, milho, batata-doce, banana, goiaba,
leite, hortaliças e legumes que são vendidos na rua, CEASA e
para a prefeitura de Sumaré através do Programa Compra Direta.
Assentamento II
Existem cerca de 60 famílias, sendo 26 titulares, totalizando
cerca de 320 pessoas. Produzem goiabas, bananas, acerolas,
manga, citrus, milho verde, mandioca, quiabo, abobrinha. O
Assentamento conta ainda com dois Centros Comunitários,
coleta de lixo, rede de água e rede telefônica, correio, Escola
Primária de primeira a quarta série e Jardim I e II. Recebe apoio
institucional da Secretaria da Justiça e Cidadania.
Assentamento III
Existem 29 famílias com18 titulares, com cerca de 86 pessoas
no total, onde 61% delas trabalha no próprio local. Os assentados
têm também uma associação, com CNPJ e outras exigências
legais. Produzem e vendem para o comércio e prefeitura
municipal de Sumaré, e para Guarulhos. Sua produção atual é
figo, goiaba, banana, morango, uva, laranja, e cereais para
consumo próprio. O ITESP é o órgão responsável legal pelos três
Assentamentos e fornece acompanhamento técnico a eles.
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DEPOIMENTOS
8
DEPOIMENTOS
10
CONHECENDO O BLOCO
Facilidade na produção
e uso, podendo ser
produzido com o
próprio solo do local da
obra, reduzindo ou
evitando custos de
transportes, no caso de
pequenas obras; Fotografia: Equipe Projeto FAE.
12
VANTAGENS
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INFORMAÇÕES SOBRE O SOLO
COMPOSIÇÃO DO SOLO
A terra é um material O solo origina-se da capa
heterogêneo e de superficial da terra,
composição bem variável, resultado do
um dos materiais mais desprendimento da rocha
abundantes do Brasil, e mãe através do tempo,
um dos principais este material sofre fortes
componentes da mistura transformações
do BTC. Por isso é muito ocasionadas por
importante definir as fenômenos como:
características dos
materiais que o constitui, - Erosões¹ causadas pela
já que alguns solos não agricultura, o vento,
servem como matéria erupções vulcânicas, etc.
prima para a fabricação de
blocos de BTC no seu
estado natural, sendo
necessário agregar outros
materiais a sua mistura
para se obter blocos de
boa qualidade.
Imagem ilustratiiva de uma Erosão.
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INFORMAÇÕES SOBRE O SOLO
MINERAIS ATIVOS:
A TERRA E A ÁGUA
PLASTICIDADE:
Capacidade de deformar-
se sem fissur r se
COESÃO: A capacidadede
resistir aos esforços de Fotografia: Equipe Projeto FAE.
COMPRESSIBILIDADE:
Capacidade para
densifica -se.
(comprime-se)
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INFORMAÇÕES SOBRE O SOLO
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ANÁLISES PRELIMINARES
EXAME VISUAL
Objetivo: OBSERVAR A
COR E COMPOSIÇÃO DA
AMOSTRA (o tamanho
dos grãos).
Procedimento: Examinar Fotografia: Equipe Projeto FAE.
EXAME TÁTIL
Objetivo: Identificar a
composição do tamanho
dos grãos do material (a
Fotografia: Equipe Projeto FAE. fração fina).
Procedimento: TRITURAR A
EXAME DE MORDIDA AMOSTRA entre os dedos e
a palma da mão.
TERRA ARENOSA - sensação
Objetivo: Identificar o
de rugosidade e não é
grão com o maior
pegajosa, fácil de moer.
tamanho. Atenção:
TERRA LIMOSA - ligeira
deve-se ter cuidado impressão de rugosidade, é
higiênico com as amostras. fácil de fazer um pó fino, e a
Procedimento: MORDER amostra úmida apresenta
UM POUCO DA AMOSTRA uma plasticidade média.
ENTRE OS DENTES. TERRA ARGILOSA - no
TERRA ARENOSA - provoca estado seco apresenta
sensação desagradável torrões que resistem à
entre os dentes. compressão e no estado
TERRA ARGILOSA - úmido absorve a água
sentimos uma sensação lentamente mudando para
lisa e farinhosa entre os uma massa plástica e
dentes. colante.
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ANÁLISES PRELIMINARES
EXAME DE ÁGUA
CORRENTE
Objetivo: Identificar a
proporção de finos na
amostra. Fotografia: Equipe Projeto FAE.
Procedimento: LAVAR AS
MÃOS após esfregá-las EXAME DE ADERÊNCIA
com a terra ligeiramen- Objetivo: Observar a
te úmida. quantidade de argila na
TERRA ARENOSA - fácil de amostra.
enxaguar as mãos. Procedimento: Toma-se
TERRA LIMOSA - provoca um pouco de terra úmida
sensação de secura e as que não se adere aos
mãos não são difíceis de dedos e se CORTA COM
enxaguar. UMA ESPÁTULA. A terra é
TERRA ARGILOSA - bem argilosa se a espátula
aparência esponjosa e é penetra sem grandes
muito difícil de enxaguar dificuldades e a terra é
as mãos. pouco argilosa se a
Atenção: A pressão da espátula penetra e se retira
água ao lavar as mãos não com facilidade mesmo
deve ser muito forte. quando manchada pela
terra.
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ANÁLISES PRELIMINARES
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ANÁLISES PRELIMINARES
EXAME DA GARRAFA
Objetivo: Determinar
aproximadamente, a
Após o período de 3
permeabilidade do solo.
repouso nota-se a
Procedimento: proporção de cada um
garrafa transparente
ocupando 1/4 de seu
volume, adicionando, Argila
Limo
em seguida, água Areia
Grava
lentamente até 3/4 da
garrafa. Deve-se anotar o
tempo que a água leva Com este exame é fácil
para chegar ao fundo da identificar componentes
garrafa. mais graúdos do solo,
como a areia e a grava.
Deve-se mexer bem a 2 No entanto as partículas
garrafa, para misturar seu inferiores a 1mm como
conteúdo, e depois limo (lama), argilas, ou
repousá-la pelo tempo de outro elemento, são
45 minutos. difíceis de identificar.
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ANÁLISES PRELIMINARES
E pode-se comparar
rapidamente diferentes
amostras de solo, o qual é
muito útil para controlar
as possíveis modificações
do solo durante a
2
extração.
EXAME DO CHARUTO
Objetivo: Determinar a
3
coesão² do solo, Procedimento:
verificando se a Eliminar os grãos com
quantidade de argila mais de 5 mm.
no solo é apropriada para 2. Misturar um pouco de
a fabricação de BTC. terra com água e fabricar
um “charuto”de 3 cm, de
espessura.
3 Deslizá-lo lentamente
para fora da mão até sua
1 quebra e medir o
comprimento do pedaço
(L).
Coesão² : Aderência; Força que une moléculas às partes constituintes de um
corpo, fazendo com que o mesmo não se parta.
24
ANÁLISES PRELIMINARES
26
O SOLO PARA O BTC
10% LIMO
50% AREIA
- Falta de coesão;
- Difícil de compactar e 20% GRAVA
moldar.
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ESTABILIZAÇÃO DO SOLO
As provas de campo
asseguram o uso de um
solo apropriado para a
produção do BTC. Fotografia: Equipe Projeto FAE.
1ª ETAPA:
Momento de obter a terra Qual a distância para o
mais apta para o BTC. local da extração ?
Questões importantes a O transporte incrementa
considerar antes de extrair de forma considerável o
a terra são: custo final do produto.
Procedimento
1º Tirar a capa superior de
matéria orgânica
2º É recomendável fazer a
extração em sentido
vertical para misturar as Fotografia: Equipe Projeto FAE.
diferentes capas do solo
(evitar a grava menor de
20 mm) Em tempo de seca, se o
solo está muito duro é
preferível molhá-lo um dia
antes para que se amacie
e seja mais fácil extraí-lo.
32
EXTRAÇÃO DO SOLO
PROVAS DE CONTROLE
DURANTE A PRODUÇÃO
EXTRAÇÃO:
Fotografia: Equipe Projeto FAE.
33
SECAGEM E PENEIRAMENTO
2ª ETAPA:
SECAGEM
Objetivo: Reduzir ao
máximo a umidade da
terra, para passar pelo
processo de
Fotografia: Equipe Projeto FAE.
peneiramento. A terra
muito úmida é difícil de Para uma melhor secagem
peneirar (as partículas ao sol, deve-se espalhar a
finas se grudam e não terra de maneira uniforme
passam pela peneira), e com até 30 cm de altura
dificulta a mistura com o em uma capa e deixá-la
cimento de maneira exposta sob o sol.
uniforme.
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SECAGEM E PENEIRAMENTO
PENEIRAMENTO
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DOSIFICAÇÃO DO CIMENTO
EXEMPLO: se
estabilizamos 5% de O peso de um carrinho de
100 kg. de terra mão em quilos.
36
DOSIFICAÇÃO DO CIMENTO
Dividir um saco de
cimento de 50 kg, em
quatro baldes idênticos,
isto é 12,5 kg em cada um.
Exemplo:
* Utilizando carrinhos de
mão de 60 lts.e balde de
10lts.
(6 baldes x um carrinho de
mão)
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DOSIFICAÇÃO DO CIMENTO
250
5% 12,5 33
1/4 de saco 3 carrinholas
de cimento
6% 25 416 55
1/2 saco 5 carrinholas
de cimento
7% 25 4 carrinholas +
357 47
1/2 saco
de cimento 1 balde
25
8% 312 3 carrinholas + 41
1/2 saco
de cimento 4 baldes
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MISTURA
conseguida com a
compactação.
É necessário avaliar alguns
parâmetros da mistura
feita desde o tipo e
porcentagem de argila, a
quantidade de areia, a
distribuição da curva
granulométrica, o
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MISTURA
Objetivo: Misturar em
seco o solo e o cimento.
Quanto mais seco e fino
esteja o solo, a mistura
será homôgenea e se
obterão os melhores Fotografia: Equipe Projeto FAE.
resultados na A mistura deve ter uma
estabilização. cor uniforme e não deve
ter bolas de cimento.
Procedimento:
40
MISTURA
41
MISTURA
Procedimento: A umidade
da mistura é verificada
através da coesão
apresentada pela massa
fresca.
Resultado:
42
MISTURA
43
PRENSAGEM
4ª ETAPA:
Objetivo: Compactar o
solo com uma prensa espessura em todos os
manual. blocos, deve-se colocar
Com este tipo de prensa, sempre a mesma
uma só pessoa é suficiente quantidade de mistura
para no molde.
dar ao bloco uma força de
compressão de 8
toneladas.
1 Instalar a prensa numa
superfície horizontal.
3 Verificar que a coberta
entre bem no molde.
45
PRENSAGEM
46
PRENSAGEM
4ª ETAPA:
PROVA DE QUALIDADE
DA COMPRESSÃO
Apoiar o polegar no
centro do bloco:
* Se a impressão é muito
visível e a compressão foi
muito fácil: precisa-se COMPRESSÃO:
colocar mais terra no VERIFICAR A POSIÇÃO
molde. CORRETA DAS PLACAS
* Se a impressão é muito DE COMPRESSÃO DA
visível e a compressão foi PRENSA
muito difícil: a terra está Se a altura do bloco muda
muito úmida. de um extremo ao outro,
* Se a impressão não é é necessário verificar se as
muito visível: a placas de compressão da
compressão é correta. prensa estão paralelas.
47
CURA
5ª ETAPA:
CURA ÚMIDA
Colocar os blocos “frescos”
e mais perto o possível da
prensa.
Cobrí-los imediatamente
com plástico e desenrolá-
lo à medida que a pilha de
blocos avança.
É preferível utilizar os
blocos depois deste
período.
As paletas de madeira
devem ser muito sólidas.
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CONTROLE DE QUALIDADE DOS BLOCOS
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CONTROLE DE QUALIDADE DOS BLOCOS
5 - PROVA DE IMERSÃO
Objetivo: Verificar a
resistência do bloco na
água.
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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO
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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO
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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO
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EMPREGO NA CONSTRUÇÃO
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TIPOS DE PRENSAS
CARACTERÍSTICAS DA
PRENSA
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TIPOS DE PRENSAS
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A PRENSA
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MAIS INFORMAÇÕES
61
MAIS INFORMAÇÕES
62
Fotografia: Equipe Projeto FAE.
UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA
FEAU - FACULDADE DE ENENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO
FCH - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS
FACOM – FACULDADE DE COMUNICAÇÃO
NEPEP – NÚCLEO DE ESTUDOS E PROGRAMAS EM EDUCAÇÃO POPULAR
2014