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Figura 3. Exemplo de
conectores em
Figura 2. Perfil U. Fonte estacas-pranchas.
Arcelor (2010, apud Fonte: (2010, apud
BASILE, 2014). BASILE, 2014).
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
Cap 5
5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.1. Muros sem ancoragem
Muros deste tipo são principalmente constituídos de estacas-pranchas e são usados
apenas para a contenção de taludes de altura relativamente pequena. Em areias e
cascalhos, esses muros podem ser usados como estruturas permanentes. A estabilidade
do muro deve-se inteiramente à resistência passiva mobilizada na frente do muro. O
estado limite principal é a instabilidade do talude causando rotação ou translação.
Figura 4. Estacas-prancha.
Fonte: ArcelorMittal (2021).
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
Cap 5
5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.1. Muros sem ancoragem
O modo de ruptura é por rotação em torno de um ponto O próximo à extremidade inferior
do muro conforme a Figura 2(a). Consequentemente, a resistência passiva age acima de
O na frente do muro e abaixo de O atrás do muro, conforme a Figura 2(b), fornecendo
assim um momento de fixação.
σ 𝐹𝐻 = 0 (1)
σ 𝑀𝑂 = 0 (2)
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5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.2. Muros ancorados e escorados
5.1.2.1. Análise de Extremidade Livre
Figura 11.Sistema
de vigas bi
apoiadas. Fonte:
Fagundes (2021).
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5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.3. Ancoragens (Tirantes)
Normalmente tirantes são ancorados em vigas, placas ou blocos de concreto, colocados
a alguma distância atrás do muro. Os estados limites últimos são arrancamento da
ancoragem e comprimento do tirante. O estado limite de utilização é que o deslocamento
da ancoragem seja mínimo.
Figura 12.Preparaçao para perfuração. Fonte: TRISUL (2021). Figura 13. Perfuratriz executando trabalhos de perfuração. Fonte:
TRISUL (2021).
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5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.3. Ancoragens (Tirantes)
Figura 14.Elementos do tirante. Fonte: ABNT (2018). Figura 15.Ancoragem no terreno. Fonte: Craig (2007).
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Cap 5
5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.3. Ancoragens (Tirantes)
1
𝐾𝑝 − 𝐾𝑎 . 𝛾. 𝑑𝑎2 . 𝑙 − 𝐾𝑎 . 𝑞. 𝑑𝑎 . 𝑙 ≥ 𝑇. 𝑠 (3)
2
Onde
𝑇 = força no tirante por unidade de comprimento do muro;
𝑠 = espaçamento entre os tirantes;
𝑙 = comprimento de ancoragem por tirante;
𝑞 = pressão de sobrecarga na superfície
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5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.3. Ancoragens (Tirantes)
Para solos arenosos, e argilosos, as equações 4 e 5 possibilitam determinar a
força no elemento de tirante.
Solos arenosos
𝑇 = 𝜎′𝑉 . 𝑈. 𝐿𝑏 . 𝑘𝑓 (4)
Onde
𝜎′𝑉 = pressão efetiva sobrejacente em torno da ancoragem fixa em kPa;
𝑈 = perímetro do tirante em m²;
𝐿𝑏 = comprimento do bulbo tirante em metros;
𝑘𝑓 = coeficiente que depende do tipo de solo
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Cap 5
5.1. Muros Engastados (GRAIG, 2007)
5.1.3. Ancoragens (Tirantes)
Solos arenosos
kf
Compacidade
Solo
Fofa Compacta Muito compacta
𝑇 = 𝛼. 𝑈. 𝐿𝑏 . 𝜏𝑢 (5)
Onde
𝛼 = coeficiente de atrito lateral;
Para 𝜏𝑢 ≤ 40 𝑘𝑃𝑎 → 𝛼 = 0,75
Para 𝜏𝑢 ≥ 100 𝑘𝑃𝑎 → 𝛼 = 0,35
𝑈 = perímetro do tirante em metros;
𝐿𝑏 = comprimento do bulbo tirante em metros;
𝜏𝑢 = resistência ao cisalhamento não drenada em kPa.
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Cap 5
5.2. Escavações Escoradas (GRAIG, 2007; ALONSO 2010)
O escoramento de valas é um serviço frequentemente utilizado em obras de
saneamento, drenagem, construção de redes de gás e oleodutos, para evitar
desmoronamentos e manter estáveis os taludes das escavações. O objetivo é garantir
condições para a realização das atividades no local e, principalmente, a segurança dos
trabalhadores.
Estacas-pranchas ou escoramentos de madeira são usados normalmente para suportar
os lados de escavações profundas e rasas. A estabilidade, nestes casos é mantida por
meio de escoras que se estendem de um lado para o outro da escavação. Normalmente
as estacas são cravadas em primeiro lugar, e as escoras são colocadas em estágios à
medida que a escavação prossegue.
Entre as técnicas de escoramento de valas mais recomendadas na atualidade estão a
contenção de cava com escoramento com pranchas metálicas e a utilização de
módulos pré-fabricados, a chamada blindagem de valas. Ambas proporcionam índices
elevados de produtividade, mas diferem bastante na forma de execução.
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Cap 5
5.2. Escavações Escoradas (GRAIG, 2007; ALONSO 2010)
Figura 19. Escoramentos de taludes. Fonte: Life (2021). Figura 20. Escoramentos para obras e drenagem. Fonte: Albacora (2021).
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5.2. Escavações Escoradas (GRAIG, 2007; ALONSO 2010)
Figura 21. Escavações escoradas e distribuições aparentes de empuxo. Fonte: Craig (2007).
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Cap 5
5.2. Escavações Escoradas (GRAIG, 2007; ALONSO 2010)
De acordo com Peck (1996, apud CRAIG, 2007), o comportamento de uma escavação
escorada em argila depende do valor do número de estabilidade e, por conta disto propôs as
envoltórias dispostas na figura 22 para determinar a pressão ativa no terreno. Alonso (2010)
comenta que as envoltórias não consideram pressões de sobrecarga e, caso existam,
estas precisam ser somadas.
Figura 23. Esquema de cálculo para mais de uma linha de escoras. Fonte: Alonso (2010)
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
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5.3. Parede Diafragma (GRAIG, 2007)
Parede diafragma consiste em um muro vertical formado por painéis alternados ou
sucessivos capazes de conter os empuxos do solo. Quando em conjunto com tirantes
possuem a capacidade de aumentar a resistência das cargas provenientes do solo, podendo
variar, normalmente, a espessura entre vinte a quarenta centímetros dependendo das cargas
e espaçamento dos elementos de ancoragem.
Sequencia Construtiva (GEOFIX, 2021; TRISUL, 2021)
Execução da mureta guia;
Preparo da lama bentonítica;
Escavação;
Colocação da armadura;
Desarenação ou troca da lama;
Concretagem;
Retirada da chapa junta e placa de espelho.
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5.3. Parede Diafragma (GRAIG, 2007)
Figura 24. Mureta – Guia. Fonte: Instituto de Engenharia (2021) Figura 25. Clam Shell. Fonte: Loenning (2021)
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
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5.3. Parede Diafragma (GRAIG, 2007)
• Equilíbrio de forças
Onde
1
Figura 27.
𝑃 = 2 . 𝛾𝑙𝑎𝑚𝑎 (𝑛𝐻)² (7)
Estabilidade de
escavação com
1
lama. Fonte: Craig
(2007). 𝑊 = 2 𝛾𝐻2 . 𝑐𝑜𝑡𝑔𝛼 (8)
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5.3. Parede Diafragma (GRAIG, 2007)
No caso de areia (𝑐 ′ = 0), a análise de tensão efetiva é pertinente, assim:
𝑇 = (𝑁 − 𝑈). 𝑡𝑔𝜑′ (9)
1
𝑈= .𝛾 . 𝑚𝐻 2 . 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝛼) (10)
2 𝑤
Para o caso de argilas saturadas (𝜑𝑢 = 0), a análise de tensões totais é pertinente, assim:
𝑇 = 𝑐𝑢 . 𝐻. 𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝛼) (11)
Figura 28.
Estabilidade de
taludes com solo
reforçado. Fonte:
Diprotec (2021)
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5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
5.3.1. Geossintéticos em muros como elemento de reforço
Camadas de geossintéticos podem usadas para estabilizar taludes contra rupturas profundas
por meio de camadas horizontais de reforço primário, permitindo a realização de taludes
mais íngremes. Caso seja necessário estabilizar a face, são realizados reforços secundários
relativamente curtos e menos espaçados e/ou envelopando-se as camadas de reforço da
face.
Figura 29. Talude em solo reforçado. Fonte: Diprotec (2021) Figura 30. Instalação do Geotextil em o auxílio de formas de madeira
reaproveitáveis. Fonte: Vermatti (2015)
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
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5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
Detalhes executivos de Obra (VERMATTI, 2015)
A fundação deve ser preparada, removendo-se ou substituindo-se materiais de baixa capacidade
portante; A correta inclinação superficial da face é provida pela utilização de uma fôrma de
madeira, em forma de L, com altura um pouco maior que o espaçamento entre as camadas
reforçadas. A fôrma é colocada na base do muro e vai subindo junto com as camadas.
O Geotêxtil é desenrolado e posicionado de forma que sobre aproximadamente um metro além do
topo da fôrma. Se o reforço for suficientemente largo e possuir propriedades iguais nas duas
direções, ele pode ser desenrolado paralelamente ao muro. Caso contrário, o Geotêxtil deve ser
desenrolado perpendicularmente ao muro e costurado ou sobreposto: em geral, a sobreposição
deve ser de 30 cm (emendas longitudinais apenas).
O aterro é espalhado sobre o geotêxtil até cerca de 50% ou 75% do espaçamento entre camadas
(tipicamente entre 20 e 40 cm) e então compactado com equipamento convencional. Escava-se
um pequeno trecho a aproximadamente 50cm da face do muro, no qual a extremidade livre do
Geotêxtil é dobrada e encaixada.
O restante do aterro é executado e compactado, completando a execução da camada. A fôrma de
madeira é removida e posicionada sobre a camada recém executada, de forma a iniciar-se a
execução da camada seguinte.
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5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
5.4.1. Método de Dimensionamento Adotado para o Cálculo da Estabilidade Interna
Vermatti (2015) confirma o exposto por Cragi (2007) a respeito das metodologias
existentes para o dimensionamento de maciços reforçados e sugere, para a simplificação
de procedimentos, a utilização do método desenvolvido por Jewell (1991), baseado no
equilíbrio limite estudado por Jarret e Mc Gown (1988), que utiliza ábacos que
simplificam os cálculos.
Figura 31. Efeito do reforço no equilíbrio: (A) talude sem reforço e (B)
geotêxtil contribuindo como reforço. Fonte: Vermatti (2015)
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
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5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
5.4.1. Método de Dimensionamento Adotado para o Cálculo da Estabilidade Interna
Parâmetros:
H = altura do muro / talude, em metros; b = ângulo de inclinação da face / superfície do talude
com o plano horizontal, em graus (pode variar na faixa de 30o a 80o);
𝜑𝑝 = ângulo de atrito interno do solo ( pico ), em graus; 𝜑𝑑 = ângulo de atrito de projeto, em
graus.
TMAX = resistência do Geotêxtil à tração - carga distribuída, indicada pelo fabricante, em kN/m.
FS = fator de segurança global, para as características resistentes do solo.
FRT = fator de redução total, para a resistência à tração do Geotêxtil.
Kreq = Coeficiente de empuxo ativo requerido.
eV = espaçamento vertical entre as camadas de reforço com Geotêxtil, em metros.
Ta = resistência disponível do Geotêxtil, em kN/m.
Treq= resistência do Geotêxtil, requerida pelo projeto, em kN/m.
L = Comprimento do reforço, em metros.
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Cap 5
5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
5.4.1. Método de Dimensionamento Adotado para o Cálculo da Estabilidade Interna
Sequência de Cálculo
1) Cálculo do ângulo de atrito de projeto:
𝑡𝑔𝜑𝑝
𝜑𝑑 = arctg (12)
𝐹𝑆
O fator total é composto por vários fatores parciais (KOERNER, 1998; FABRIN ET AL, 1999
apud VERMATTI, 2015):
FRFL= fator de redução para deformações por fluência em tração, que varia de 2,0 a 4,0,
em função da matéria-prima do Geotêxtil; FRDI= fator de redução devido a danos de
instalação na obra, que varia de 1,0 a 2,0 em função dos materiais fisicamente
contundentes em contato com o Geotêxtil; FRMA = fator de redução devido à degradação
pelo meio ambiente (química e biológica), que varia de 1,0 a 1,6 para obras de reforço,
em geral.
5. Estruturas de Contenção sem Reaterro
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5.4. Solo Reforçado (GRAIG, 2007; VERMATTI, 2015)
5.4.1. Método de Dimensionamento Adotado para o Cálculo da Estabilidade Interna
Sequência de Cálculo
5) Considera-se uma ancoragem de 1m de comprimento e determina-se o
comprimento total do reforço.