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Saídas de

Emergência
e Acesso de Viatura
na Edificação -
Parte 2
Curso: Projeto de prevenção e combate a incêndio
Professora: Andréa Rodrigues
andrea.carla@professor.ufcg.edu.br
Áreas de refúgios
Elemento de
segurança contra
fogo usado em
edificações,
principalmente em
determinados grupos
de ocupação como
hospitais, asilos, etc.,
cujos ocupantes
usam cadeiras de
roda, estão
imobilizados em
camas ou
apresentam outra
dificuldade de
locomoção.
Áreas de refúgios
Algumas características geométricas e construtivas

 Estrutura resistente ao fogo por 2


horas; São obrigatórias em:
 Pode proporcionar uma redução de até E5  Pré-escolas
50% nas larguras das saídas de E6  Escolas para
emergências; portadores de deficiência
 Não devem ter áreas superiores a H2  Locais de pessoas
2.000 m2 devendo possuir que requerem cuidados
compartimentação; especiais por limitações
 Devem ter comunicação entre si e/ou físicas ou mentais
destas com as saídas em nível. H3  Hospitais e
assemelhados
Antecâmaras
Ambiente enclausurado localizado antes de escadas, rampas ou elevadores de emergência
com sistema de ventilação natural por dutos de entrada e saída de ar.

Antecâmara;
 Comprimento mínimo de 1,8 m
e pé-direito mínimo de 2,5 m
 Paredes com resistência a 2 hs
de fogo
 Portas de acesso tipo PF-60 e
na entrada da escada PF-30
 Ter área de resgate com espaço
reservado e demarcado para o
posicionamento de pessoas em
cadeira de rodas
Sistema de exaustão de gases e fumaça (Dutos)
 Duto de entrada  permite a entrada de ar
frio e limpo vindo do exterior;
 Duto de saída ou exaustão  Retiram o ar
aquecido, a fumaça e os gases das
antecâmaras.

Para dimensionamento:

S = 0,105 . n
Onde:
S = Seção mínima, em m2 (nunca inferior a
0,84 m2)
n = número de antecâmaras ventiladas pelo
duto
Sistema de exaustão de gases e fumaça (Dutos)
SIMULAÇÃO DO DIMENSIONAMENTO DOS DUTOS DE VENTILAÇÃO NATURAL
Número de antecâmaras Área mínima da seção do Dimensões mínimas do duto
(n) duto (S) (I1 x I2)
Pavimentos m2 mxm
3 0,84 1,40 X 0,60
8 0,84 1,40 X 0,60
9 0,95 1,20 X 0,80
10 1,05 1,20 X 0,90
15 1,58 1,50 X 1,10
20 2,10 1,75 X 1,20
30 3,15 2,25 X 1,45
40 4,20 2,50 X 1,70

Alternativa para edificações com grande altura: Sistema pressurizado


Sistema de exaustão de gases e fumaça (Dutos)

Para edifícios com mais de 30 m o


trecho horizontal dos dutos de
entrada de ar terão:

SEH > 1,5 SEV

E a abertura de saída do trecho


vertical será:

Stopo > 1,5 SSV


Escadas

A escada é um elemento cuja


função é proporcionar a
possibilidade de circulação
vertical entre dois ou mais
pavimentos de diferentes
níveis, constituindo uma
sucessão de degraus.
(Faillace, 1991)
Características construtivas das escadas
 Atender a todos os pavimentos acima e abaixo do pavimento de descarga e
ambas terminarem de forma independente, obrigatoriamente no piso deste.

Lanços dos andares altos ao piso de descarga

Lanços dos andares inferiores ao piso de descarga


Características construtivas das escadas
Largura

Segundo a NT 12/2015 deve atender


os seguintes requisitos:

 Ser proporcional ao nº de pessoas


resultante do cálculo do pavimento de
maior população;
 Quando possuírem lanços paralelos
devem possuir espaço mínimo de 10
cm entre eles.
Características construtivas das escadas
Degraus

Segundo a NT 12/2015 deve atender os seguintes requisitos:

 Ter largura do espelho h compreendida entre 16 e 18 cm, com tolerância de 0,5 cm;
 Bocel ou nariz com 1,5 cm, no mínimo. O bocel pode ser substituído por espelho
inclinado.
 Largura do piso dada por: b=28 a 32 cm
 Atender a relação de Blondel: 63cm < (2h+b) < 64cm
Características construtivas das escadas
Lanços

É conveniente que os lanços das escadas não sejam demasiado longos sendo
recomendável intercalar patamares. Segundo a NT 12/2015 devem:

 Ter um número mínimo de 3 degraus;


 Não devem ultrapassar 3,70 m de altura entre patamares.

A NBR 9.050/2015
recomenda um limite
máximo de 3,20m de

h < 3,7 m
altura entre
patamares.
Características construtivas das escadas
Patamares

Segundo a NT 12/2015 os patamares devem atender as seguintes condições:

 Não podem ter degraus;


 Nas mudanças de direção devem ser totalmente planos com largura mínima igual a
largura mínima da escada.
 Quando situado entre dois lanços retos, sem mudança de direção devem ter
comprimento calculado pela fórmula:

P= (2h+b)n+b

Onde:
p = Comprimento do patamar (cm)
h = Altura do espelho do degrau (cm)
b = Largura da base do degrau (cm)
n = Número inteiro igual a 1, 2 ou 3
Características construtivas das escadas
Guarda-corpos e balaustradas

A altura dos guarda-corpos deve ter no mínimo: Segundo a NT


12/2015 as escadas
Para escadas internas à edificação: destinadas a rota de
fuga devem ser
 92 cm ao longo dos lanços das escadas;
protegidas de ambos
 1,05 m ao longo dos patamares, corredores,
os lados por paredes
mezaninos, etc.
ou guarda-corpos
Para escadas externas à edificação : sempre que houver
qualquer desnível
 1,30 m ao longos dos lanços, patamares, etc. maior que 19 cm.
Características construtivas das escadas
Guarda-corpos e balaustradas

Os guarda-
corpos podem
ser de alvenaria,
de concreto ou
constituídos por
elementos
vazados como
balaustradas,
> 1,05 m

grades, telas e
longarinas.
Características construtivas das escadas
Corrimão
Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampa
e possuir as seguintes características geométricas:
Características construtivas das escadas
Escadas com mais de 2,20m devem
Corrimão intermediário possuir corrimões intermediários a
cada 1,80 no máximo e a cada 1,10
no mínimo.
Escadas Permitidas em rotas de saídas de
emergência
Segundo a NT12/2015 as escadas permitidas em rotas de saída de
emergência são:

 Escadas enclausuradas protegidas (EP)


 Escadas enclausuradas à prova de fumaça (EPF)
 Escadas enclausuradas à prova de fumaça pressurizadas (PFP)
 Escadas não enclausuradas ou escada comum (NE)
 Escada aberta externa (AE)
Escadas não permitidas em rotas
de fuga escadas com degraus em
leque ou em espiral, exceto para
mezaninos e áreas privativas .
Escadas de emergência
Escada Enclausurada Protegida
Escada:
Se caracterizam por não possuírem  Caixas com resistência a 2 hs de fogo
antecâmaras.  Portas de acesso tipo PCF-90
 Aberturas para exaustão de gases no
topo das caixas das escadas
 Abertura de entrada de ar puro de
forma permanente

Janelas:
 Área mínima de Ventilação = 0,80m2
 Largura mínima = 80 cm
 Peitoril >1,10 m
 Venezianas p/ ventilação permanente
 Construção em perfil metálico
reforçado, espessura mínima de 3 mm
Escadas de emergência
Escada Enclausurada
Protegida
Escadas de emergência
Escada Enclausurada à Prova de Fumaça (PF)
Se caracterizam por
possuírem antecâmaras
com dutos de entrada e
saída de ar.

Escada:
 Caixas com resistência a 4
hs de fogo
 Portas de acesso tipo PCF-
60
 Iluminação natural
recomendável mais não
indispensável
Escadas de emergência
Escada Enclausurada à Prova de Fumaça pressurizada Tipos de pressurização
(PFP) – NBR 14880/14  Sistema de um estágio 
Um sistema único de
Se caracteriza por pressurização que entra
possuir em operação somente
insuflamento de ar quando acionado pelo
externo. alarme de incêndio.
 Sistema com dois estágios
 Um sistema funciona
Sistemas básicos: com um nível baixo de
1) Acionamento e alarme pressurização, de forma
2) Moto-ventilador contínua e a previsão de
3) Suprimento de ar
4) Fornecimento de entrada em operação do
energia elétrica de segundo estágio com maior
emergência nível de pressurização para
situação de emergência.
Escadas de emergência
Escada Enclausurada à Prova de
Fumaça e a prova de fumaça
pressurizada devem:

Características

 Ter área de resgate com espaço


reservado e demarcado para o
posicionamento de pessoas em
cadeiras de rodas, fora do fluxo
principal de circulação, conforme NBR
9050. Deve ser reservado um módulo
de referência (80 cm x 1,20 m) para
cada 500 pessoas.
Escadas de emergência
Escada abertas externas (AE)

Apresentam-se como uma


boa solução de proteção
contra incêndios aliada a
uma boa solução
arquitetônica,
principalmente para
edificações existentes que
devem se adequar às
novas exigências legais de
segurança.
Escadas de emergência
Escada abertas externas (AE)

Características:
 Altura limitada: 23 m;
 Acesso por porta corta-
fogo 90 min
 Atender somente aos
pavimentos acima do
piso de descarga;
 Ter estrutura de material
incombustível com
tempo de 2 hs de
resistência ao fogo.
Escadas de emergência
Escada não enclausurada

Características:
 As escadas comuns ou não
enclausuradas devem
atender às mesmas
características geométricas,
estruturais e de resistência
ao fogo que as demais
escadas.

Não são protegidas por


porta corta-fogo.
Escadas de emergência
Escada com lanços curvos e mistos Características:
 As escadas com lanços curvos
podem ser utilizadas em saídas de
emergência quando só atenderem a
edificações com ocupações do
grupo A (residencial), ou se
tratar de escadas não
enclausuradas, exceto no caso de
ocupações da divisão F-3 (centros
esportivos).

Não são admissíveis lanços mistos, em


saídas de emergência: a) em escadas
à prova de fumaça; b) em edificações
com ocupações dos grupos F e H.
Escadas em edificações em construção

 Em edificações em
construção, as escadas
devem ser construídas
concomitantemente com
a execução da estrutura,
permitindo a fácil
evacuação da obra e o
acesso dos bombeiros.
Tipos de escadas de acordo com a ocupação
Tabela 3 – Tipos de escadas (NT 012/2015)
Rampas
O uso de rampas é
obrigatório nos seguintes
casos:

 para unir dois pavimentos


de diferentes níveis em
acessos a áreas de refúgio
em edificações com
ocupações dos grupos H-2
e H-3;
 na descarga e acesso de
elevadores de emergência;
Rampas

 Sempre que a altura a vencer for


inferior a 0,48 m, já que são
vedados lanços de escadas com
menos de três degraus;

 Para unir o nível externo ao nível do


saguão térreo das edificações em
que houver usuários de cadeiras de
rodas (ver NBR 9050/15);
Rampas
CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO

 Comprimento mínimo dos patamares:


1,20 m, medidos na direção do trânsito.
Obrigatórios quando houver mudança
de direção ou a altura a ser vencida
ultrapassar 3,70 m.
 O piso das rampas deve ser
antiderrapante.
 As rampas devem ser dotadas de
guardas e corrimãos.
Rampas
DECLIVIDADE

 Segundo a NBR 9050/2004 e a NT


12/15 CBMPB.

i=(h.100)/c
Onde: h = desnível do segmento
c= comprimento da projeção horizontal

As rampas devem ser classificadas, a


exemplo das escadas, como não
enclausurada, protegida, à prova de
fumaça, à prova de fumaça pressurizada
e aberta externa
Elevadores de Emergência

É obrigatória a instalação de elevadores


de emergência:
 Em todas as edificações residenciais A-2 e A-
3 com altura superior a 80 m e nas demais
ocupações com altura superior a 60 m,
excetuadas as de classe de ocupação G-1, e
em torres exclusivamente monumentais de
ocupação F-2;;
 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3,
sempre que sua altura ultrapassar 12,00
m.
Elevadores de Emergência
EXIGÊNCIAS

 ter sua caixa enclausurada por paredes


resistentes a 4 h de fogo;
 ter suas portas metálicas abrindo para
antecâmara ventilada, para varanda, para
hall enclausurado e pressurizado, para
patamar de escada pressurizada ou local
análogo do ponto de vista de segurança
contra fogo e fumaça;
 ter circuito de alimentação de energia
elétrica com chave própria independente da
chave geral do edifício.
Elevadores de Emergência

EXIGÊNCIAS

 Nas ocupações institucionais H-2 e H-3, o


elevador de emergência deve ter cabine
com dimensões apropriadas para o
transporte de maca.
 As caixas de corrida e casas de máquinas
dos elevadores de emergência devem ser
enclausuradas e totalmente isoladas das
caixas de corrida e casas de máquinas dos
demais elevadores.
Acesso da Viatura às edificações
Acessibilidade do corpo de bombeiros
O acesso livre a
edificação dos
membros do corpo
de bombeiros para
auxiliar no
salvamento de
pessoas e o
combate ao fogo é
um elemento
extremamente
importante no
plano de proteção
contra incêndio de
uma edificação.
(NT 14/2016 –
CBMPB)
Acessibilidade do corpo de bombeiros
Esta acessibilidade inclui:

 O caminho e a distância a ser percorrida pelo caminhão do


corpo de bombeiros para chegar ao local;
 A possibilidade de acesso do caminhão junto às fachadas da
edificação;
 A facilidade de acesso dos membros do corpo de bombeiros
ao interior da edificação;
 O fácil acesso de outros serviços de apoio, como
ambulâncias, polícia militar.
Acesso do corpo de bombeiros
O sistema viário da cidade, as vias de acesso, a faixa de
estacionamento frontal, os obstáculos no passeio, como postes,
rede elétrica, etc., e o paisagismos no terreno poderão dificultar
as ações de salvamento e de combate ao fogo e
consequentemente, o tamanho do incêndio.
Acesso do corpo de bombeiros
VIAS URBANAS VIADUTOS E TÚNEIS
 Largura livre mínima..............: 6,0 m  Largura livre mínima..............: 5,0 m
 Altura livre mínima................: 4,5 m  Altura livre mínima................: 4,5 m
 Resistência do pavimento: 25.000 kg PASSARELAS
 Retornos:  Altura livre mínima................: 4,5 m
Acessibilidade do corpo de bombeiros
Acesso do corpo de bombeiros
VIA DE ACESSO A EDIFICAÇÃO

 Largura livre mínima..............: 6,0 m


 Altura livre mínima................: 4,5 m
 Resistência do pavimento: 25.000 kg
 Portão no acesso:
Acesso do corpo de bombeiros
PORTÃO DE ACESSO A EDIFICAÇÃO
Acesso do corpo de bombeiros
VIA DE ACESSO A EDIFICAÇÃO

Figura 3: Modelo de retorno


Acesso do corpo de bombeiros
FAIXAS DE ESTACIONAMENTO NA VIA PÚBLICA

 Largura mínima...................: 8,0 m


 Comprimento mínimo..........: 15,0 m
 Afastamento máximo ..........: 8,0 da face da edificação
 Desníveis máximos: 5%
 Resistência do piso: 25.000 kg
 Estar livre: de postes, painéis, árvores, etc.
 Retorno: semelhante aos das vias urbanas
 Sinalização:
 Vertical: PROIBIDO PARAR E ESTACIONAR
 Horizontal: Demarcação da área com faixa amarela e identificado:
RESERVADO PARA VIATURAS DO CORPO DE BOMBEIROS
Acesso do corpo de bombeiros
FAIXAS DE ESTACIONAMENTO NA VIA PÚBLICA
Acesso do corpo de bombeiros
OBRIGATORIEDADE

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