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Guia normativo

sistemas
automáticos de
extinção por
sprinklers
de acordo com a EN
12845:2015 + AC:2017
GUIA NORMATIVO SISTEMAS
AUTOMÁTICOS DE EXTINÇÃO POR SPRINKLERS
de acordo com a EN 12845:2015 + AC:2017
O presente documento pretende compilar as principais orientações da norma europeia EN 12845:2015+AC:2017, relativa à
conceção, instalação e manutenção de sistemas de extinção por sprinklers, constituindo assim um elemento de apoio aos
profissionais da área da segurança.
Uma vez que as normas são propriedade do Instituto Português da Qualidade (IPQ), não pretende este documento
retratar de forma exaustiva as orientações da EN 12845, mas apenas compilar as suas principais orientações e apoiar os
profissionais do setor na consulta da norma em questão.

Elaborado pelo
Nucleo Autónomo de Proteção Ativa da APSEI
Índice
Introdução 4
Enquadramento Legal 4
Definições & Conceitos 5
A Proteção por Sprinklers 7
Classificação dos Riscos de Incêndio 8
Projeto de um Sistema Automático de Extinção por Sprinklers 10
Documentação Técnica 10
Abastecimento de água 12
Tipos de Abastecimento 12
Bombas para Sistemas Automáticos de Extinção por Sprinklers 14
Compartimentos para Alojamento de Bombas 14
Água de Alimentação 14
Aspiração 14
Ferragem da Bomba 15
Bomba Jockey 15
Arranque da Bomba 15
Grupos Eletrobomba 15
Grupos Motobomba Diesel 16
Tipos de Instalações 16
Extensões Secundárias 18
Espaçamento e Localização de Sprinklers 19
Dimensionamento e Traçado das Tubagens 20
Tipos de Sprinklers 20
Caudal, Temperatura e Sensibilidade Térmica dos Sprinklers 21
Interação com outros Meios de Proteção contra Incêndio 21
Válvulas 22
Alarmes e Dispositivos de Alarme 22
Tubagens 23
Sinalização, Avisos e Informação 24
Comissionamento 25
Programa de Inspeção, Manutenção e Assistência Técnica 26
Verificações Periódicas da Responsabilidade do Utilizador 26
Programa de Manutenção e Assistência Técnica da Responsabilidade de Empresa Autorizada 26
Lista de Quadros da EN 12845 28
Outros Documentos de Referência 30
Introdução
Os Sistemas Automáticos de Extinção rede de tubagem com os devidos situação de incêndio, os sprinklers
de Incêndio por Sprinklers têm como acessórios na qual se encontram sujeitos às temperaturas calculadas
função detetar e extinguir um foco de instalados os sprinklers, os quais se são acionados, descarregando
incêndio numa fase inicial, ou manter encontram localizados, regra geral, a água sob o foco do incêndio.
o mesmo controlado até à chegada ao nível dos tetos ou coberturas, Contrariamente ao que é muitas vezes
da Corporação de Bombeiros. eventualmente entre racks ou sob convencionado, perante uma situação
estantes, em locais específicos. de incêndio apenas os sprinklers sob
São constituídos por uma reserva influência do incêndio são acionados.
adequada de agente extintor (água) O acionamento dos sprinklers
ligada permanentemente a uma ou acontece quando, no local protegido,
mais redes de sprinklers fixos. são atingidas temperaturas
pré-determinadas, calculadas em
Cada sistema é composto por uma função da temperatura ambiente
válvula de controlo e alarme e uma expectável do local. Aquando de uma

Figura 1 – Esquema exemplificativo de sistema automático de extinção por sprinklers

Enquadramento Legal
De acordo com a legislação nacional que a proteção através do sistema UT VIII, constantes das disposições
vigente, designadamente a Portaria automático de extinção por sprinklers específicas do Capítulo VI do Título
n.º 1532/2008, de 29 de dezembro, deve ser total; VIII da Portaria n.º 1532/2008, de 29
que estabelece o Regulamento • Nas Utilizações-Tipo II de dezembro;
Técnico de Segurança contra Incêndio (Estacionamentos) da 2.ª Categoria • Na Utilização-Tipo XII
em Edifícios, os sistemas automáticos de Risco ou superior, com dois ou (Industriais, Oficinas e Armazéns) da
de extinção por sprinklers são mais pisos abaixo do plano de 2.ª categoria de risco ou superior;
obrigatórios nos seguintes edifícios referência; • Nos locais adjacentes a
e recintos, construídos ou licenciados • Nas Utilizações-Tipo III pátios interiores cuja altura seja
após 1 de janeiro de 2009: (Administrativos), VI (Espetáculos e superior a 20m;
• Nas várias utilizações-tipo, Reuniões Públicas), VII (Hoteleiros • Nos locais considerados de
com exceção da Utilização-Tipo I e Restauração) e VIII (Comerciais difícil acesso e elevada carga de
(Habitacionais) e locais de Risco D, e Gares de Transporte), da 3.ªa incêndio.
com o objetivo de duplicar a área de categoria de risco ou superior, em
compartimentação de fogo, caso em edifícios, com as exceções para a

4 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Definições & Conceitos
No presente capítulo apresentam-se os principais conceitos da EN 12845 no que aos sistemas
automáticos de extinção por sprinklers diz respeito:

A área máxima, sobre a qual é considerado, em termos de projeto, que os sprinklers irão atuar
Área de operação
em caso de incêndio.
Área de operação
A localização, numa rede de sprinklers, de uma área de operação de forma específica, na qual
hidraulicamente
o caudal de água é máximo para uma determinada pressão medida no posto de controlo.
mais favorável
Área de operação A localização, num sistema de sprinklers, de uma área de operação de forma específica,
hidraulicamente na qual a pressão da água de abastecimento medida no posto de controlo é a máxima
mais desfavorável necessária para garantir a densidade de descarga especificada no projeto.
Bomba de
manutenção da Pequeno grupo eletrobomba, automático, utilizado para compensar pequenas perdas de água
pressão (bomba e manter a pressão no sistema.
jockey)
Bombagem automática que fornece água a um sistema de sprinklers a partir de um
Booster pump
reservatório gravítico ou da rede pública de abastecimento de água.
Tubagem que alimenta diretamente um ramal ou um único sprinkler, localizada num ramal que
Coletor
não seja terminal, e com mais de 300mm de comprimento.
Coletor principal Tubagem que alimenta um coletor.

Coletor secundário Coletor alimentado por um coletor principal, que por sua vez alimenta ramais terminais.

Coluna montante Coletor vertical que alimenta um ramal ou coletor situado a montante.
Configuração em Rede de tubagens na qual cada sprinkler é abastecido por mais do que um sentido de
grelha escoamento.
Configuração em Rede de tubagens na qual existe um coletor em anel através do qual a água pode fluir para o
anel ramal por mais do que um sentido.
Configuração Rede de tubagens que apresenta um único ponto de alimentação de água a cada ramal de
ramificada distribuição.
Configuração Rede de tubagens que apresenta um único ponto de alimentação de água a partir de um
terminal coletor.
A densidade mínima de descarga, em milímetros por minuto, de água, para a qual a
Densidade de
instalação de sprinklers está projetada, determinada pela descarga de um grupo específico
projeto
de sprinklers, em litros por minuto, dividida pela área coberta, em metros quadrados.
Disposição Configuração na qual os sprinklers estão posicionados, ao longo do ramal, de forma
intercalada dos intercalada em relação ao(s) ramal(ais) seguinte(s) – também designada por disposição em
sprinklers quincôncio.
Disposição standard
Configuração retilínea com os sprinklers alinhados perpendicularmente à direção dos ramais.
dos sprinklers
Instalação de Parte do sistema de sprinklers que compreende o posto de controlo, a tubagem da instalação
sprinklers e os sprinklers.
Instalação Instalação na qual a tubagem está em carga, seletivamente com água ou com ar/gás inerte
alternada consoante as condições da temperatura ambiente.
Instalação seca Instalação na qual a tubagem está em carga com ar ou gás inerte sob pressão.
Instalação de Um de dois tipos de instalação, seca ou alternada em modo seco, na qual a válvula de alarme
pré-ação pode ser aberta por um sistema de deteção de incêndio independente, na área protegida.
Instalação húmida Instalação na qual a tubagem está permanentemente em carga com água.
Ponto num coletor de uma instalação pré-calculada, a jusante da qual a tubagem é
Ponto de projeto dimensionada através de tabelas e a montante da qual a tubagem é dimensionada por
cálculo hidráulico.

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Conjunto constituído por uma válvula de alarme, uma válvula de seccionamento e por todas as
Posto de controlo
outras válvulas e acessórios associados, para o controlo de uma instalação de sprinklers.
Ramal Tubagem que alimenta os sprinklers diretamente ou através de um troço de tubagem.
Rede Tubagens que alimentam um grupo de sprinklers.
Rede em árvore Rede de tubagens com ramais em ambos os lados do coletor.
Rede em pente Rede de tubagens com ramais num único lado do coletor.
Rede de distribuição Tubagem que liga pelo menos duas tubagens de abastecimento de água ao(s) posto(s) de
principal controlo da instalação.
Sprinkler Difusor com um dispositivo de selagem termo sensível que abre para efetuar descarga de água
(automático) para combate a incêndio.
Sprinkler pendente destinado a ser instalado parcialmente acima do plano inferior do teto, mas
Sprinkler semi-oculto
cujo elemento termo sensível se encontra abaixo desse plano.
Sprinkler oculto Sprinkler embutido com uma placa de cobertura que é libertada quando sujeita a calor.
Sprinkler
Sprinkler que produz um padrão de descarga de água esférico.
convencional
Conjunto constituído por um sprinkler e uma coluna descendente seca com válvula normalmente
Sprinkler seco
fechada no extremo da tubagem, constituída pela cabeça do sprinkler que a mantém nessa
pendente
condição.
Conjunto constituído por um sprinkler e uma coluna ascendente seca com válvula normalmente
Sprinkler seco
fechada no extremo da tubagem, constituída pela cabeça do sprinkler que a mantém nessa
montante
condição.
Sprinkler de Sprinkler que produz um padrão de descarga de água plana, em que uma parte é
pulverização plana direcionada acima do nível do defletor.
Sprinkler de fusível
Sprinkler que abre quando o elemento térmico incorporado funde.
térmico
Sprinkler de ampola
Sprinkler que abre quando a ampola de vidro com líquido rebenta.
de vidro
Sprinkler horizontal Sprinkler em que o orifício de descarga dirige a água horizontalmente.
Sprinkler aberto Sprinkler não selado por um elemento termo sensor.
Sprinkler pendente Sprinkler em que o orifício de descarga dirige a água para baixo.
Sprinkler embutido Sprinkler em que todo ou parte do elemento termo sensor está acima do plano inferior do teto.
Sprinkler de parede Sprinkler que produz um padrão de descarga de água lateral, de forma semi-parabolóide.
Sprinkler
Sprinkler que produz um padrão de descarga de água descendente, de forma parabolóide.
pulverizador
Sprinkler montante Sprinkler cujo orifício dirige a água para cima.
Todos os meios que permitem assegurar a proteção das instalações por sprinklers, incluindo
Sistema de
uma ou mais instalações de sprinklers, as tubagens que as alimentam e o(s) abastecimento(s)
sprinklers
de água.
Suporte do sprinkler A parte do sprinkler que fixa o elemento termo sensor e sustenta o defletor na cabeça do
(braços) sprinkler.
Tubagem de comprimento inferior a 0,30m que alimenta um só sprinkler, mesmo sem ser a
Troço de tubagem
última secção de um ramal.
Troço de tubagem
Tubagem vertical que alimenta um coletor ou uma rede situada a um nível inferior.
descendente
Tubagem que liga uma fonte de água à rede de distribuição principal ou ao(s) posto(s) de
Tubagem de
controlo da instalação; ou tubagem que fornece água a um reservatório ou reservatório de
abastecimento
armazenagem.
Válvula através da qual se pode desviar a água para teste do funcionamento do gongo
Válvula de teste de
hidráulico de alarme de incêndio e/ou de qualquer outro alarme elétrico de incêndio
alarme
associado.
Válvula de alarme
Válvula de alarme adequada a uma instalação húmida, seca ou alternada.
alternada

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Válvula de alarme Válvula de alarme adequada a uma instalação seca; e/ou em associação com uma válvula de
seca alarme húmida para uma instalação alternada.
Válvula de alarme
Válvula de alarme adequada a uma instalação de pré-ação.
de pré-ação
Válvula de alarme
Válvula de alarme adequada a uma instalação húmida.
húmida
Sub-divisão de uma instalação com um interruptor de fluxo próprio e equipada com uma
Zona
válvula de seccionamento secundária monitorizada.

A Proteção por Sprinklers


A proteção por sprinklers definida
pela EN 12845 tem subjacente que se
um dado edifício for protegido por
sprinklers, então todos os edifícios
ou áreas que com ele comuniquem
devem igualmente ser protegidos por
sprinklers.

Não obstante, após uma avaliação


da carga de incêndio dos espaços,
pode ser dispensada a proteção
por sprinklers em casas de banho
e balneários (mas não vestiários)
construídos em materiais não
combustíveis e que não sejam
usados para armazenar materiais
combustíveis, caixas de escadas
enclausuradas e ductos verticais
enclausurados (p. ex. elevadores ou
monta-cargas) que não contenham
materiais combustíveis e que sejam
construídos como compartimentos
resistentes ao fogo, salas protegidas
por outros sistemas de extinção
automática e processos húmidos,
como alguns existentes no processo
de fabrico de papel.

Há situações concretas, que pelos


riscos envolvidos, não devem ser
mesmo protegidas com sistemas
automáticos de extinção por
sprinklers. É o caso dos silos ou
reservatórios que contenham
substâncias que expandam em
contacto com a água, a envolvente
de fornos industriais, banhos de
sais, cadinhos de fundição ou
equipamentos semelhantes e áreas,
salas ou locais onde a descarga da
água possa representar um risco.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 7


Classificação dos Riscos de Incêndio
A norma europeia EN 12845 classifica
os edifícios e espaços a proteger
em três classes de risco, em função
do tipo de ocupação e da carga de
incêndio.

A determinação da classe de risco


do espaço ou edifício a proteger
deve ser sempre efetuada antes da
realização do projeto do sistema,
sendo que, no caso de espaços com
diferentes classificações de risco
que comuniquem entre si, devem ser
aplicados os critérios de conceção
referentes à classe de risco mais
elevada a pelo menos duas filas de
sprinklers no espaço com a classe de
risco mais baixa.

As classes em que um edifício ou


espaço a proteger por um sistema
automático de extinção de incêndio
por sprinklers pode ser considerado,
tendo em conta os riscos existentes,
são as seguintes:

Risco Ligeiro – LH

Ocupações com baixa carga de incêndio e combustibilidade, que não possuam compartimentos com mais do que
126m2 nem com resistência ao fogo inferior a 30min.

São exemplos de ocupações de risco ligeiro zonas determinadas de escolas e escritórios.

Risco Ordinário - OH

Ocupações onde sejam transformados ou fabricados materiais combustíveis com carga de incêndio e
combustibilidade média.

O Risco Ordinário é dividido em 4 grupos:

>>Risco Ordinário Grupo 1, OH1: neste tipo de risco incluem-se, por exemplo, as indústrias cimenteiras, as fábricas
metalomecânicas, os hospitais, os hotéis, as bibliotecas (excluindo as livrarias) e os restaurantes.

>>Risco Ordinário Grupo 2, OH2: são exemplos de ocupações de risco OH2 as fábricas de película fotográfica, os
centros metalúrgicos, os laboratórios de física, as lavandarias, os estacionamentos e museus.

>>Risco Ordinário Grupo 3, OH3: incluem-se neste tipo de risco, por exemplo, as fábricas de vidro, as tinturarias, os
laboratórios fotográficos, as fábricas de componentes eletrónicos, as oficinas auto, as fábricas de açúcar e as salas
técnicas.

>>Risco Ordinário Grupo 4, OH4: neste riscos incluem-se, por exemplo, as destilarias, as salas de concertos, as
tabaqueiras, os estúdios de produção cinematográfica, as indústrias de algodão, as serrações e as fábricas de
aglomerados.

8 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Risco Elevado - HH
Atividades cujos materiais possuem uma elevada carga de incêndio e combustibilidade e que, como tal, contribuem
para a rápida propagação ou intensificação do incêndio.

O Risco Elevado é subdividido em Processos de Risco Elevado, HHP, e Armazenamentos de Risco Elevado, HHS, cada
um dos quais, por sua vez, é subdividido em 4 categorias.
NP 1284
NP 1
Processos de Risco Elevado:
com proteção de de
com proteção
- Processo de Risco Elevado, Grupo 1, HHP1 HH HH
sprinklers intermédios em em
sprinklers intermédios
- Processo de Risco Elevado, Grupo 2, HHP2 estantesc,h
- Processo de Risco Elevado, Grupo 3, HHP3 estantesc,h
- Processo de Risco Elevado, Grupo 4, HHP4 150 150 1,2 1,2 2,4
a
Não aplicável.
a
Não aplicável.
Armazenamentos de Risco Elevado:
b
é recomendada
b
é recomendada a protecção com sprinklers
a protecção com sprinklersintermédios em estantes
intermédios em estantes
c Método

Armazenamento de proteção limitado a riscos onde
de Risco Elevado, Categoria 1, HHS1: são exemplos de riscos HHS1 de
c Método de proteção limitado a riscos os sprinklers
onde os de teto
sprinklers osestão aestão
menos
adesivos
teto de 4solventes,
asem
menos mdeacima do
asponto
4 m acima mais elev
do ponto mai
mercadorias armazenadas. Quando a distância ao tecto étecto
superior a 4m aacima do ponto mais elevado das merc
cerâmicas, os equipamentos elétricos de construção predominantementeNP
mercadorias armazenadas. Quando a distância 12845:2015
ao
metálica, é superior 4m acima
com uma massa plástica até 5%, do ponto mais elevado das
armazenadas, deverão
armazenadas, ser utilizados
deverão ser sprinklers
utilizados intermédios
sprinklers em estantes
intermédios em estantes
os mobiliários estofados com materiais e fibras naturais e os artigos de vidro vaziospor sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.

Armazenamento
d
Assuma
de Risco Elevado,
e Assuma
d três
Assuma estantes
Categoria
duas estantes
e Assuma
envolvidas
três estantes
2,envolvidas
hidraulicamente
envolvidas
HHS2: incluem-se
hidraulicamente
nestanaclasse
hidraulicamente
NP
na proteção
na
proteção
12845:2015
proteção
depor
risco
por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3
a farinha
sprinklers armazenada
intermédios emver 7.2.3.3.
em estantes,
duas estantes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.
sacos de papel, os colchões
com proteçãode
f materiais
de f Assuma
Assuma uma que
estantenão o plástico
envolvids expandido,
hidraulicamente na o leite
proteção em
por pó ensacado
sprinklers ou
intermédiosembalado,
uma estante envolvids hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, em estantes, over 7.2.3.3.
ver 7.2.3.3
HH
sprinklers intermédios
papel em folhas, armazenado g na
Assuma emouuma
horizontal
uma
g Assuma eduas
aoupasta
estantes de papel
envolvidas
duas estantes enrolada ou empacotada
hidraulicamente
envolvidas na proteção
hidraulicamente por sprinklers
na proteção intermédios
por sprinklers em estantes,
intermédios ver 7.
em estantes,
 com
estantes c,h proteção
h Se não de
for possível instalar sprinklers intermédios em estantes emcanelado,
armazenamento ST6 longitudinal e transversal, de
Armazenamento HH de Risco Elevado,SeCategoria
h não 3, HHS3:
for possível são
instalar aqui
sprinklers incluídos
intermédios o cartão
em estantes em rolos,
em armazenamento ST6 longitudinal e transver
sprinklers
ser intermédios
instaladas emlongitudinalmente
longitudinalmente em cada prateleira anteparas verticais contínuas a toda a altura. As anteparas verticais
armazenado na horizontal, a roupa sintética, armazenada
ser instaladas 150 na horizontal,
em
1,2cada o material
prateleira 2,4 de escritório, o desperdício de
anteparas verticais contínuas a toda a altura. As anteparas v
estantes c,h
contínuas a toda aa toda
contínuas alturaa devem
altura ser construídas
devem ser de acordo
construídas de com a com
acordo EN 13501-1,
a EN Euroclasse
13501-1, A1 ou A1
Euroclasse A2 ou
ou A2
umaouclassifica
uma cla
Não aplicável.papel, os rolos de material para coberturas, armazenados na vertical e o álcool >20%, engarrafado
nacional equivalente.
nacional equivalente.
recomendada a protecção com sprinklers
Armazenamento de Riscointermédios
Elevado, em estantes4, HHS4:150
Categoria são exemplos1,2 deste tipo de risco 2,4 a parafina, a lã de
a
Não de
Método madeira
aplicável.
proteção enfardada,
limitado os colchões
a riscos onde os sprinklersfabricados com
de teto estão plástico
a menos de 4expandido
m acima do e o cartão
ponto canelado
mais elevado das em rolos, armazenado na
é recomendada
ercadorias
b
vertical.a protecção
armazenadas. Quando acom sprinklers
distância intermédios
ao tecto é superior em a 4mestantes
acima do ponto mais elevado das mercadorias
mazenadas,
c Métododeverão ser utilizados
de proteção limitadosprinklers intermédios
a riscos onde em estantes
os sprinklers de teto estão a menos de 4 m acima do ponto mais elevado das
Assuma três estantes envolvidasQuando
hidraulicamente na proteção por sprinklers aintermédios em
do estantes, ver 7.2.3.3.
mercadorias
Assuma
armazenadas.
A classificação
duas estantes envolvidas
do a distância
armazenamento
hidraulicamente
ao tecto é
é efetuadasuperior 4m acima
conforme NP 12845:2015
ponto mais
apresentado, elevadopara
existindo das mercadorias
cada método de
armazenadas, deverão ser utilizados sprinklersnaintermédios
proteção por emsprinklers
estantes intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
Assuma uma armazenamento
estante envolvids limitações específicas
hidraulicamente na proteção nosprinklers
por que dizintermédios
respeito em à altura
estantes,de
verarmazenamento
7.2.3.3. (ver Quadro 2 da EN 12845):
d
Assuma três estantes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
Assuma
e Assuma • ST1:
uma duas
ou duasarmazenamento
estantes envolvidas livre ou em
hidraulicamente blocos;
na proteção por sprinklers intermédios em estantes,
estantes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3. ver 7.2.3.3.
e não
f for HH
Assuma • ST2:
possível
uma
comenvolvids
paletes
instalar
estante
proteção
sprinklers de
autoportantes
intermédios
hidraulicamentenuma na única
em estantes emfila,
proteção porcom
armazenamentocorredores
sprinklers de largura
ST6 longitudinal
intermédios nãoverinferior
e transversal,
em estantes, devema 2,4m;
7.2.3.3.
instaladas • ST3:
uma sprinklers
g Assumalongitudinalmente
ou paletes emintermédios
cada
autoportantes
duas estantes em
prateleira anteparas verticais
em filas múltiplas
envolvidas hidraulicamente contínuas
(incluindo
na proteção a toda a altura.
duplas);
por sprinklers As anteparas verticais
intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
ntínuas a toda a altura
h Se não for• ST4:
possívelestantes
devem c,h
estantes ser construídas de acordo com a EN 13501-1, Euroclasse A1 ou A2 ou uma classificação
instalarpara paletes
sprinklers (estantes
intermédios em perfis
em estantes para paletes);ST6 longitudinal e transversal, devem
em armazenamento
cional equivalente.
ser instaladas
• ST5:longitudinalmente
prateleiras maciçasem cada ou prateleira anteparas
em grelha 150 com verticais
largura contínuas
1,2de 1m aou toda a altura.
2,4 As anteparas verticais
inferior;
contínuas a• ST6:
toda aprateleiras
altura devemmaciças
ser construídas
ou em grelha com largura superior a 1m e ou
de acordo com a EN 13501-1, Euroclasse A1 A2 ouauma
inferior 6m.classificação
nacional equivalente.
a protecção com sprinklers intermédios em estantes
ção limitado a riscos onde os sprinklers de teto estão a menos de 4 m acima do ponto mais elevado das
zenadas. Quando a distância ao tecto é superior a 4m acima do ponto mais elevado das mercadorias
rão ser utilizados sprinklers intermédios em estantes
ntes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
antes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
nte envolvids hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
duas estantes envolvidas hidraulicamente na proteção por sprinklers intermédios em estantes, ver 7.2.3.3.
el instalar sprinklers intermédios em estantes em armazenamento ST6 longitudinal e transversal, devem
itudinalmente em cada prateleira anteparas verticais contínuas a toda a altura. As anteparas verticais
altura devem ser construídas de acordo com a EN 13501-1, Euroclasse A1 ou A2 ou uma classificação
te.
Armazenamento Livre, ST1 Armazenamento em paletes Armazenamento em paletes
autoportantes, ST2 autoportantes, ST3
Legenda
Legenda
1 Armazenamento livre (ST1)
1 Armazenamento livre (ST1) 4 Armazenamento em paletes
4 Armazenamento autoporta
em paletes auto
2 Estantes para paletes
2 Estantes (ST4)(ST4)
para paletes 5 Prateleiras maciças
5 Prateleiras ou emougrelha
maciças (ST
em grelh
3 Armazenamento em paletes
3 Armazenamento autoportantes
em paletes (ST2)(ST2)
autoportantes
Figura 3 – Configuração de armazenamento
Figura 3 – Configuração de armazenamento
7 Critérios de projecto
7 Critérios hidráulico
de projecto hidráulico
7.1 Classes LH, OH
7.1 Classes LH,eOH
HHP
e HHP
enda A densidade
A densidade de projecto não deve
de projecto ser inferior
não deve ao valor
ser inferior indicado
ao valor na presente
indicado secção,
na presente quando
secção, qu
rmazenamento livre (ST1) sprinklers de
sprinklers
Estantes tecto ou de cobertura,
4deArmazenamento
para paletes, tecto na
ST4ou de cobertura,
em divisão
paletesna
Prateleiras em questão
divisãoouem
autoportantes
maciças questão ou na área de operação, a fo
(ST3)
em ou na área de operação, a que q
stantes para paletes (ST4) somados a quaisquer
somados a5quaisquer sprinklers intermédios
Prateleirassprinklers e
maciças ouintermédios
em suplementares,
grelha
grelha, (ST
ST5/ST65/6) estão estão
e suplementares, em funcionamento. As espec
em funcionamento. As
rmazenamento em paletes autoportantesmínimas
Legenda (ST2) para densidades
mínimas de projecto
para densidades e áreas
de projecto de operação,
e áreas para as
de operação, classes
para LH, OH
as classes LH,eOHHHPe HHPsão apr

1 Armazenamento livre (ST1) no Quadro
Figura 3 – Configuração
no 3. Para
Quadro de 3. sistemas
armazenamento
Para da classe
4 Armazenamento
sistemas da HHS,
classe deve
emHHS, serautoportantes
paletes
deveaplicado
ser o especificado
aplicado (ST3)
o em 7.2.
especificado em 7.2.
Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 9
2 Estantes para paletes (ST4) 5 Prateleiras maciças ou em grelha (ST 5/6)
ritérios de projecto hidráulico
3 Armazenamento em paletes autoportantes (ST2)
Classes LH, OH e HHP Figura 3 – Configuração de armazenamento
Para determinar o critério de projeto exigido aquando da existência de mercadorias armazenadas, deve ser seguido
o procedimento que se ilustra:
Sim Utilizar critério Anexo G
É um risco especial?
específicado Riscos especiais

Anexo B
Contém plástico ou Sim Utilizar metodologia Metodologia de
borracha? de caracterização caracterização

Anexo C
Consultar índice Utilizar categoria
Lista alfabética de
alfabético específicada
produtos
Fonte: EN 12845:2015 + AC:2017

NOTA 1: Para mais exemplos de riscos de combustão (kg/seg). A energia bens para determinar a categoria.
LH e OH consultar o Anexo A da calorífica radiada da combustão é Se não for necessária modificação, o
norma europeia EN 12845. determinada pelo material ou pela fator material deve ser o único dado
mistura de materiais dos bens. A taxa determinante da categoria. Para
NOTA 2: O risco geral de incêndio de combustão é determinada tanto efeitos da determinação do fator
dos bens armazenados (definido pelos materiais envolvidos como pela material, consultar o Anexo B da
como um produto e a sua configuração do material. O material EN 12845.
embalagem) é função do seu poder deve ser analisado para determinar
calorífico (kW) que, por sua vez é o fator material. Quando necessário, NOTA 3: Para mais exemplos de riscos
função da energia calorífica radiada o fator material deve ser modificado HHS consultar o Anexo C da norma
em combustão (kJ/kg) e da sua taxa de acordo com a configuração dos europeia EN 12845.

Projeto de um Sistema Automático de Extinção por Sprinklers


Previamente à especificação de Documentação Técnica - Identificação do autor do projeto
um sistema automático de extinção do sistema automático de extinção
por sprinklers, devem ser tidos em Aquando da especificação de um por sprinklers;
consideração todos os aspetos que sistema automático de extinção por - Identificação da pessoa
possam afetar o desempenho do sprinklers para proteção de um dado responsável pela verificação do
sistema, relacionados com os sistemas espaço, o autor do estudo deve projeto (e que não deve ser o próprio
de construção e as condições de entregar ao proprietário ou utilizador projetista);
exploração do edifício, bem como as do espaço as seguintes informações: - A data e o número da edição.
eventuais interações com outros meios - Identificação do utilizador ou
de proteção contra incêndio existentes proprietário do espaço a proteger; Para além das informações referidas,
- Morada do local a proteger e devem ser ainda entregues as
no espaço a proteger.
sua localização; seguintes informações:
- Ocupação de cada edifício;

- especificação geral do sistema.


- diagrama de blocos da instalação que identifique os tipos de instalações,
as classes de risco e as categorias de armazenamento nos vários edifícios,
a globalidade do sistema com detalhes das áreas não protegidas, a
construção e ocupação do edifício principal e de todos os edifícios
adjacentes ou que com ele comuniquem, corte da totalidade dos edifícios
Fase Preliminar que identifique a altura do sprinkler mais elevado relativamente ao nível de
referência especificado;
- dados gerais do abastecimento de água (no caso do abastecimento ser
efetuado a partir da rede pública, incluir os dados de pressão e caudal, com
referência à data e hora do ensaio, e uma planta de identificação do local
do ensaio).
- declaração que ateste que a estimativa tem por base os critérios da norma
europeia EN 12845.

10 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


- programa dos trabalhos, o qual deve incluir informações sobre a designação
do projeto, os números de referência, títulos, números e datas de emissão de
todos os desenhos ou documentos, os tipos das instalações e os diâmetros
nominais, número ou referência de cada posto de controlo, o número de
sprinklers de cada posto de controlo, uma lista dos componentes que devem
ser utilizados com os sprinklers incluídos no sistema, identificados pelo
Fase de Projeto nome do fornecedor e pelo modelo/referência, o diagrama de tubagem e
instrumentação (P&ID) – se exigido pelas autoridades competentes-, a altura
do sprinkler mais elevado de cada posto de controlo e uma declaração que
ateste que a instalação foi projetada de acordo com a norma europeia EN
12845.
- desenhos completos da instalação, incluindo a indicação do referencial
cartográfico “Norte”, as classes da instalação em função da classe de risco,
incluindo a categoria de armazenamento e a altura de armazenamento de
projeto, pormenores de construção dos pavimentos, tetos, coberturas, paredes exteriores e paredes de separação
entre área protegidas e não protegidas por sprinklers, a localização e as dimensões dos tetos falsos ou dos vãos,
escritórios e outros espaços fechados situados a um nível abaixo da cobertura ou do teto real, a indicação das
redes de condutas, bastidores, plataformas, maquinaria, pontos de luz, geradores de calor, tetos falsos suspensos,
etc. que possam afetar de forma negativa a distribuição dos sprinklers, os tipos de sprinklers e as suas gamas de
temperatura, o tipo e localização aproximada dos suportes das tubagens, a localização e o tipo dos postos de
controlo e a localização dos gongos hidráulicos de alarme, a localização e pormenores de quaisquer fluxostatos,
pressostatos, válvulas secundárias, válvulas de seccionamento secundárias e válvulas de drenagem, a pendente da
drenagem das tubagens, o número de sprinklers e respetiva área de proteção, localização de todas as válvulas de
teste, localização e pormenores de quaisquer quadros de alarme, localização e pormenores de quaisquer tomadas
de carga para bombeiros e legenda da simbologia utilizada.
- pormenores dos abastecimentos de água, incluindo a identificação dos abastecimentos de água e a tubagem
que os liga aos postos de controlo, as localizações e tipos de válvulas de seccionamento, válvulas de retenção
e quaisquer válvulas de redução de pressão existentes, caudalímetro, dispositivos de segurança contra refluxo,
quaisquer ligações que abasteçam água de outros serviços e legenda da simbologia utilizada. No caso de sistema
de bombagem automático, desenhos que mostrem o abastecimento de água e a tubagem até ao conjunto de
válvulas de controlo, legenda dos símbolos utilizados, a posição e o tipo de válvulas de seccionamento e de não
retorno e quaisquer válvulas redutoras de pressão, contadores de água, dispositivos anti-refluxo e quaisquer ligações
que forneçam água para outros serviços. Para cada sistema de bombagem automático deve ser fornecida a curva
característica da bomba para o nível baixo de água “X” com indicação do desempenho estimado da(s) bomba(s)
nas condições do manómetro “C” do posto de controlo, a ficha técnica do fabricante com informações sobre a
curva característica da bomba, a curva de potência absorvida, a curva do NPSH e uma declaração da potência
instalada de cada motor, a ficha técnica do instalador com informações dos valores de pressão/caudal do sistema
de bombagem instalado, no manómetro “C” do posto de controlo para o nível de água normal e para o nível
mais baixo “X” e no manómetro da descarga da bomba para o nível de água normal, a diferença de altura entre
o manómetro “C” do posto de controlo e o manómetro na descarga da bomba, o número da instalação e as
classes de risco, os valores do NPSH disponível e requerido, para a situação de caudal máximo, o nível mínimo
de submersão das bombas submersíveis e ainda a curva característica de pressão/caudal requerida, para as
áreas de operação hidraulicamente mais desfavorável e mais favorável, calculada no manómetro “C” do posto de
controlo, quando a tubagem for integralmente calculada. Relativamente ao reservatório de armazenamento devem
ser disponibilizadas informações sobre a sua localização, volume total, capacidade útil e autonomia, caudal de
enchimento no caso dos reservatórios de capacidade reduzida, distância vertical entre o eixo da bomba e o nível
mais baixo “X” do reservatório, pormenores estruturais do reservatório e da cobertura, periodicidade recomendada
de reparações programadas que exijam o esvaziamento do reservatório, proteção contra congelamento, o nível
mais baixo de água “X” e o nível normal de água “N” e a altura do reservatório gravítico acima do sprinkler mais
elevado. No caso de reservatório pressurizado, devem ser fornecidas informações sobre a sua localização, volume
total, volume de água armazenado, pressão do ar, altura do sprinkler mais elevado e/ou hidraulicamente mais
distante relativamente ao fundo do reservatório, a distância vertical dos sprinklers mais baixos, abaixo do fundo do
reservatório e os pormenores dos meios de reabastecimento.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 11


Dependente da forma como é calculada a tubagem, será ainda necessário fornecer as informações seguintes:

Em conjunto com os desenhos ou a acompanhá-los:


- Identificação de cada ponto de projeto no desenho de implantação.
- Valores das perdas de carga entre o posto de controlo e os pontos de
Tubagem projeto ao caudal 225l/min, para instalações LH, ao caudal 1000l/min,
Pré-Calculada para instalações OH, e ao caudal correspondente à densidade de projeto
adequada indicada no Quadro 7 da EN 12845, para instalações HH.
- O cálculo especificado na secção 13.3 da EN 12845.

Em conjunto com cálculos pormenorizados:


- a identificação e versão do programa utilizado;
- a data da folha de cálculo ou da sua impressão;
Tubagem Integralmente - os diâmetros internos, utilizados no cálculo, de todas as tubagens para cada
Calculada área de operação do projeto: a identificação da área, a classe de risco, a
densidade de projeto especificada em mm/min, a área de operação máxima
prevista em m2, o número de sprinklers na área de operação, o
tamanho nominal do orifício do sprinkler em mm e a área máxima coberta
por sprinkler em m2;
- desenhos pormenorizados e cotados que identifiquem o esquema de referenciação dos nós ou tubagens, a
localização das áreas de operação hidraulicamente mais desfavorável e mais favorável, os quatro sprinklers nos quais
é baseada a densidade de projeto e a altura de cada valor de pressão identificado relativamente ao ponto de
referência.
- para cada sprinkler em funcionamento, o nó ou número de referência do sprinklers, o fator K nominal (ver EN 12259-1),
o caudal do sprinkler em l/min e a pressão à entrada do sprinkler ou grupo de sprinklers, em bar;
- para cada troço de tubagem hidraulicamente significativo o nó ou outro número de referência do troço de
tubagem, o diâmetro nominal, em mm, a constante Hazen-Williams, o caudal, em l/min, a velocidade, em m/s, o
comprimento, em m, o número, o tipo e os comprimentos equivalentes, em me, de acessórios e componentes, a
variação da pressão estática, em m, as pressões de entrada e de saída, em bar, as perdas por atrito, em bar e a
indicação do sentido do escoamento.

Abastecimentos de Água
O abastecimento de água deve preferencialmente sob o controlo do multijet, fluxostatos, válvulas de alarme
fornecer de forma automática, no utilizador. de sistemas secos e de pré-ação,
mínimo, as condições de pressão e aceleradores e exaustores, gongos
caudal exigidas para o sistema. Se Deve ser assegurado que a água hidráulicos, válvulas de controlo de
o abastecimento alimentar outros de abastecimento está livre de zona, descarga das bombas, válvulas
sistemas de proteção contra incêndio, matéria fibrosa ou outras matérias de alarme húmidas, válvulas de
para além do sistema automático de em suspensão que possam provocar seccionamento e uniões mecânicas
extinção por sprinklers, então cada sedimentos na tubagem do sistema da tubagem. Uma pressão superior é
abastecimento deve ter capacidade e que nas tubagens apenas circula possível durante os testes e no caso
para garantir as seguintes autonomias água doce. Na indisponibilidade de de edifícios de grande altura, em que
mínimas, para os riscos indicados: água doce, pode ser utilizada água a diferença de cotas entre o sprinkler
salgada ou salobra, desde que seja à cota mais elevada e o mais baixo
LH OH HHP HHS garantido que a tubagem está em exceder os 45m, na descarga das
carga com água doce. bombas e na coluna montante e na
30min 60min 90min 120min tubagem de distribuição.
De modo a evitar o congelamento
Os abastecimentos de água
devem estar sempre disponíveis,
da água existente nas tubagens, o Tipos de Abastecimento
tubo de alimentação e o posto de
pelo que devem ser tomadas controlo devem ser mantidos a uma
todas as medidas necessárias A EN 12845 prevê os seguintes tipos de
temperatura mínima de 4ºC. abastecimento de água:
para garantir a continuidade e A pressão da água não deve
fiabilidade dos mesmos. Para tal, os exceder os 12bar nas ligações dos
abastecimentos de água devem estar equipamentos, nos sprinklers, sistemas

12 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Requisitos:
Devem garantir os requisitos de pressão, caudal e autonomia, incluindo qualquer acréscimo de
caudal necessário para combate manual. Deve ser assegurado um pressostato para acionar
Rede Pública um alarme sempre que a pressão de abastecimento desça até um valor pré-determinado.
Dependendo da qualidade da água, pode também ser necessário instalar filtros nas ligações
da rede pública de abastecimento.

Requisitos:
Reservatórios O volume de água requerido por um sistema automático de extinção por sprinklers pode ser
abastecido através de um reservatório de capacidade total (de capacidade pelo menos igual
de à exigida pelo sistema), ou através de um reservatório de capacidade reduzida (em que o
Armazenamento volume de água é conseguido pela capacidade efetiva do reservatório e pelo enchimento
automático).

Requisitos:
Os reservatórios pressurizados devem ser exclusivos do sistema de sprinklers e/ou do sistema de
Reservatórios água pulverizada e devem ser acessíveis para inspeção externa e interna.
de Deve ser também assegurado que é protegido contra corrosão, tanto a nível interno como
Armazenamento externo, e que a tubagem de descarga se situa pelo menos a 0,05m acima do fundo do
reservatório.
Estes reservatórios devem ser alojados numa posição facilmente acessível, num dos seguintes
locais, mantidos a uma temperatura de pelo menos 4ºC:
- Um edifício protegido por sprinklers, de construção com resistência ao fogo não inferior a 30 min;
- Um edifício independente, protegido por sprinklers, de Euroclasse A1 ou A2 (ou equivalente) usado apenas para o
alojamento de equipamentos e abastecimentos de água de proteção contra incêndio;
- Um edifício desprotegido situado num compartimento com resistência ao fogo de 60 min, sem materiais
combustíveis.
Para instalações LH o volume de água mínimo, para um abastecimento único, deve ser de 15m3 e para instalações OH1
de 23m3. Para abastecimentos duplos, por sua vez, o volume de água mínimo deve ser de 15m3, tanto para instalações
LH como OH.
No referente ao volume de ar, este não deve ser inferior a um terço do volume do reservatório sob pressão.
A pressão no reservatório não deve exceder os 12bar, devendo garantir-se, cumulativamente, que as pressões de ar e
os caudais do reservatório são suficientes para satisfazer os requisitos exigidos pela instalação de sprinklers, até ao
esgotamento da água.
Os reservatórios usados como abastecimento único devem ser fornecidos com meios que mantenham automaticamente
os níveis de ar e de água, devendo ser possível pressurizar e encher completamente o reservatório em menos de 8h,
considerando um caudal de pelo menos 6m3/h.
Os reservatórios pressurizados devem ser fornecidos com um manómetro de pressão e com dispositivos de segurança
adequados que garantam que a pressão máxima permitida não é excedida. Devem possuir também um visor de nível,
protegido contra danos mecânicos e que indique o nível da água, válvula de drenagem e válvulas de seccionamento
em cada extremidade do visor de nível, as quais devem ser normalmente mantidas fechadas. Deve garantir-se também
a existência de um sistema de aviso automático, para indicação de falha dos dispositivos responsáveis pelo restauro da
pressão de ar ou o nível de água corretos, e no posto de controlo da instalação ou em local permanentemente vigiado
devem ser garantidos alarmes visuais e sonoros.
Requisitos:
A legislação nacional de segurança contra incêndio em edifícios, designadamente a Portaria
n.º 1532/2008, de 29 de dezembro, que estabelece o Regulamento Técnico de Segurança
Fontes contra Incêndio em Edifícios, não prevê a utilização de fontes inesgotáveis para a alimentação
Inesgotáveis de equipamentos e sistemas de proteção contra incêndio.
A EN 12845 define os requisitos a cumprir pelas câmaras de sedimentação ou aspiração
alimentadas a partir de fontes inesgotáveis. Estes requisitos são definidos na secção 9.4 da
EN 12845.

A seleção dos tipos de fontes de abastecimento e o cálculo da sua capacidade deve ser efetuada em conformidade
com a secção 9.6 da norma EN 12845.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 13


Bombas para Sistemas Automáticos de Extinção por Sprinklers
As bombas dos sistemas de sprinklers caso de motobombas. Neste último Aspiração
devem cumprir a norma europeia caso, os compartimentos devem
prEN 12259-12, podendo ser acionadas possuir ainda ventilação adequada, Devem ser instaladas
por motores elétricos ou diesel. de acordo com as recomendações preferencialmente bombas centrífugas
No mínimo, estas bombas devem dos fabricantes. Por ordem de horizontais, com aspiração positiva.
disponibilizar a potência requerida: preferência, estes compartimentos Deve garantir-se que pelo menos
- no pico da curva de potência, podem ser um edifício separado, dois terços da capacidade efetiva
no caso de bombas com curvas um edifício adjacente a um edifício do reservatório de aspiração estão
características de potência sem protegido por sprinklers, com acesso acima do nível do eixo da bomba
sobrecarga; direto a partir do exterior, ou um e que a posição do eixo da bomba
- máxima para quaisquer condições compartimento no interior de um não ultrapassa mais de 2m acima do
de carga da bomba, desde caudal edifício protegido por sprinklers, com nível de água mínimo do reservatório
zero até um caudal correspondente acesso direto a partir do exterior. de aspiração. Na impossibilidade de
a um NPSH requerido da bomba Este compartimento deve ele próprio aspiração positiva, a bomba pode ser
igual a 16m ou à altura máxima de ser protegido por sprinklers, sendo instalada na condição de aspiração
aspiração adicionada de 11m, a que que, no caso de edifício separado, negativa ou então podem ser
for maior, para bombas com uma na impossibilidade da proteção utilizadas bombas de coluna vertical.
curva característica de potência por sprinklers ser efetuada a partir As soluções de aspiração negativa
ascendente. do posto de controlo, esta deve com bombas submersíveis devem ser
ser efetuada a partir do ponto evitadas, a menos que a instalação
O acoplamento entre o motor e a acessível mais próximo, a jusante em aspiração positiva não seja de
bomba dos grupos horizontais deve da válvula de retenção à saída da todo exequível.
ser de tal forma que garanta a bomba, através de uma válvula de
remoção independente de ambos e seccionamento secundária bloqueada O dimensionamento da tubagem
a inspeção ou substituição do interior na posição aberta, em conjunto com de aspiração, incluindo válvulas
da bomba sem afetar a tubagem de um fluxostato que permita indicar e acessórios, deve assegurar que
aspiração ou de descarga. o funcionamento dos sprinklers de o NPSH disponível à entrada da
forma visual e sonora, no posto de bomba excede em pelo menos 1m o
No caso de bombas múltiplas, controlo ou num local vigiado por NPSH disponível, ao caudal máximo,
deve garantir-se que possuem pessoal responsável. conforme descrito no Quadro 14
curvas características compatíveis da EN 12845. De modo a evitar
e que funcionam em paralelo em Água de Alimentação a formação de bolsas de ar na
qualquer caudal. Existindo duas tubagem, a tubagem de aspiração
bombas instaladas, cada uma deve A água de alimentação não deve deve ser instalada na horizontal ou
disponibilizar o caudal e pressão possuir uma temperatura superior então com uma ligeira inclinação
especificados pela instalação e a 40ºC. No caso de bombas ascendente, na direção da bomba.
sempre que existirem três bombas submersíveis a temperatura não Sempre que o eixo da bomba esteja
instaladas, cada uma destas bombas deve ser superior a 25ºC, a menos acima do nível de água mínimo, deve
deve disponibilizar, pelo menos, 50% que o motor seja aprovado para instalar-se uma válvula de pé.
do caudal à pressão especificada. temperaturas até 40ºC, conforme a
EN 12259-1.
No caso de fontes de abastecimento
superiores ou duplas, em que exista
mais do que uma bomba instalada,
deve garantir-se que apenas uma
das bombas é alimentada por motor
elétrico. Aspiração Negativa

Compartimentos para
Alojamento de Bombas
No referente aos compartimentos
para alojamento das centrais de
bombagem, estes devem ser exclusivos
da proteção contra incêndio, possuir
uma resistência ao fogo mínima de Aspiração Positiva
60 minutos e ser mantidos a 4ºC, no
caso de eletrobombas, ou a 10ºC, no Figura 2 – Esquema exemplificativo de tipos de aspiração

14 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Na Tabela seguinte apresentam-se as condições a cumprir para cada tipo de aspiração: Os cabos para operação do sistema
de sprinklers devem ser selecionados
Tipo de
Condições e instalados de modo a manter
Aspiração
O diâmetro da tubagem de aspiração não deve ser inferior a 65mm e deve ser
o sistema funcional em caso de
tal que a velocidade do escoamento não exceda 1,8m/s, com a bomba a funcionar incêndio. Podem ser utilizados
a caudal máximo. cabos retardadores de chama sem
Positiva Existindo mais do que uma bomba, a interligação de tubagens de aspiração requisitos adicionais, desde que
apenas é permitida se estiverem instaladas válvulas de seccionamento que
permitam que a bomba continue a funcionar sempre que outra bomba for
sejam enterrados com uma cobertura
retirada para manutenção. mínima de 70cm, sejam instalados no
O diâmetro da tubagem de aspiração não deve ser inferior a 80mm e deve ser
chão e em paredes de material não
tal que a velocidade do escoamento não exceda 1,5m/s, com a bomba a funcionar combustível com cobertura suficiente
a caudal máximo. (por exemplo em betão com uma
Existindo mais do que uma bomba, as tubagens de aspiração não devem ser cobertura de 10cm), na central de
Negativa interligadas. A tubagem de aspiração deve ser instalada no depósito ou no
reservatório, conforme aplicável. No ponto mais baixo da tubagem de aspiração
bombagem para sprinklers e na sala
deve ser instalada uma válvula de pé. do quadro elétrico principal, desde
Deve ser também assegurado que a altura do nível de água mínimo ao eixo da que a sala esteja protegida por
bomba não excede 3,2m e que cada bomba possui ferragem automática. sprinklers. Caso isto não seja possível,
os cabos devem ser resistentes ao
Ferragem da Bomba Se a bomba Jockey for instalada com fogo E90 com testes adicionais
aspiração negativa, deve garantir-se da autoridade competente, ser
Cada bomba deve possuir um que a tubagem de aspiração e os funcionais quando expostos à água e
sistema independente de ferragem acessórios são independentes dos protegidos contra danos mecânicos,
automática, constituído por um da(s) bomba(s) principal(ais). projetados de acordo com a secção
reservatório, situado num plano acima 5.4 da EN 12845, em espaços de
da bomba, e por uma tubagem Arranque da Bomba tetos falsos imediatamente abaixo
descendente a partir do reservatório do teto real, em condutas fechadas
até à descarga da bomba. Nesta O arranque da bomba principal deve e ductos feitos de material não
tubagem deve existir uma válvula de acontecer automaticamente quando combustível ou em esteiras de
retenção. no coletor de compressão a pressão cabos completamente envolvidas
atingir um valor não inferior a 0,8p, em material não combustível. Devem
O reservatório, a bomba e a em que p é a pressão na condição ser utilizados fixadores aprovados
tubagem de aspiração devem ser de válvula fechada. Havendo duas para cada cabo, de acordo com o
mantidos permanentemente cheios bombas instaladas, a segunda bomba manual de instruções. No caso de
de água. Deve garantir-se que deve arrancar antes da pressão sistemas alimentados por duas fontes
a bomba arranca sempre que o atingir um valor não inferior a 0,6p. de energia elétrica, os cabos para
nível de água do reservatório de Assim que a bomba arrancar, esta o controlador devem ser instalados
ferragem desce até 2/3 do nível deve ser mantida em funcionamento a uma distância mínima de 3m entre
normal ou, alternativamente, que é até ser desligada manualmente. eles.
enviado um alarme para um local
permanentemente vigiado, de modo Quadro Elétrico Principal
a assegurar uma ação imediata. Grupos Eletrobomba
O quadro elétrico principal deve
A capacidade do reservatório de O fornecimento de energia elétrica ser localizado num compartimento
ferragem da bomba e a dimensão da deve estar sempre disponível e deve resistente ao fogo, exclusivo para o
tubagem devem cumprir os valores ser de uso exclusivo do sistema de fornecimento de energia elétrica. As
indicados no Quadro 15 da EN 12845. sprinklers e separado de todas as ligações a este quadro devem ser de
outras ligações. Quando permitido, forma que o fornecimento ao quadro
Bomba Jockey o fornecimento de energia elétrica elétrico de comando da bomba não
ao quadro elétrico de comando da seja cortado quando outros serviços
A bomba Jockey (também conhecida bomba deve ser ligado do lado forem isolados.
por bomba de manutenção de da entrada do interruptor principal
pressão), tem como objetivo evitar o das instalações. Não existindo esta Os interruptores na alimentação de
arranque desnecessário das bombas possibilidade, deve ser efetuada uma energia elétrica dedicada à bomba
principais ou manter a pressão do ligação no interruptor geral. do sistema de sprinklers devem estar
sistema acima dos postos de controlo devidamente identificados, com o
com flutuações de pressão. Assim, Os fusíveis do quadro elétrico de texto “ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DO
esta bomba deve ser dimensionada comando da bomba devem ser do GRUPO ELETROBOMBA DE INCÊNDIO
e instalada de forma a não fornecer tipo alto poder de corte e devem ser – NÃO DESLIGAR EM CASO DE
o caudal e pressão suficientes capazes de suportar a corrente de INCÊNDIO”, com letras brancas sobre
para alimentar um sprinkler aberto, arranque por um período não inferior fundo vermelho, de altura mínima de
impedindo, desta forma, o arranque a 20s. 10mm.
da(s) bomba(s) principal(ais).

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 15


No dimensionamento do cabo carga, à altitude da instalação, com a água é retirada da bomba dos
entre o quadro elétrico principal e uma potência disponível contínua, de sprinklers, um radiador com um
o quadro elétrico de comando da acordo com a ISO 3046 e o arranque ventilador acionado pelo motor
bomba deve ser considerada uma automático e a operação do grupo através de correias múltiplas,
sobreintensidade de corrente igual de bombagem não devem depender um radiador com um ventilador
a 150% da intensidade de corrente de quaisquer fontes de energia que acionado pelo motor através de
máxima possível. não as do seu motor e das suas correias múltiplas ou arrefecimento
baterias. de ar direto do motor através de
Quadro Elétrico de Comando da um ventilador acionado por correias
Bomba 15s após o início de qualquer múltiplas.
sequência de arranque a bomba
O quadro elétrico de comando da deve estar totalmente operacional. O gasóleo utilizado como combustível
bomba deve estar situado no mesmo O motor deve ser capaz de arrancar deve obedecer às recomendações
compartimento do motor elétrico e da a uma temperatura do compartimento do fornecedor, devendo assegurar-se
bomba (exceto no caso de bombas de 5ºC e possuir um controlador combustível para permitir que o motor
submersíveis), possuir um amperímetro de velocidade para ± 5% da sua funcione em plena carga durante
e garantir o arranque automático velocidade nominal, em condições 3h, no caso de instalações LH, 4h no
do motor, quando recebido um de carga normais e ser construído caso de instalações OH e 6h, para
sinal dos pressostatos, o arranque de modo que qualquer dispositivo instalações HHP e HHS.
manual do motor e que o motor mecânico montado no motor que
apenas é desligado manualmente. eventualmente impeça o seu arranque
No caso de bombas submersíveis, automático o faça voltar à sua
no quadro elétrico da bomba deve posição de arranque.
ser afixada uma placa com as suas
características. No referente ao arrefecimento do
motor, este pode ser assegurado
Grupos Motobomba Diesel mediante refrigeração com a água
da bomba dos sprinklers, diretamente
O motor diesel deve ser capaz de nas camisas dos cilindros do motor,
operar de forma contínua, em plena um permutador de calor, em que

Tipos de Instalações
Consoante o tipo de funcionamento, um Sistema Automático de Extinção por Sprinklers pode integrar instalações dos
seguintes tipos:

Instalações
Húmidas

Instalação em que os sprinklers estão instalados numa tubagem permanentemente pressurizada com água, ligada
através de um posto de controlo a uma fonte abastecedora de água, de modo que esta é descarregada assim que o(s)
sprinkler(s) abre(m) pela ação do calor do incêndio. Utilizam-se quando não existe probabilidade de congelamento da
água ou quando a temperatura do espaço a proteger não exceda os 95ºC.

As partes da instalação que possam estar sujeitas a congelamento podem ser protegidas por líquido anticongelante ou
por circuitos elétricos de aquecimento ou extensões secas ou alternadas.

A área máxima que pode ser controlada por uma única válvula de alarme húmida, incluindo sprinklers numa eventual
extensão secundária, é estabelecida no Quadro 17 da EN 12845.

16 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Instalações
Secas

Instalação em que os sprinklers estão instalados numa tubagem permanentemente pressurizada com ar ou um gás
inerte, estando a tubagem a montante do posto de controlo pressurizada com água. Neste tipo de instalações a
tubagem apenas é pressurizada com água quando ocorre uma perda de pressão na tubagem, por acionamento de um
ou vários sprinklers. Estas instalações utilizam-se quando existe probabilidade de congelamento da água existente nos
ramais ou quando a temperatura do espaço protegido possa exceder temperaturas de 70ºC, como acontece, por
exemplo, nos fornos de secagem.

Para manter a pressão na tubagem deve ser assegurada uma fonte permanente de ar/gás inerte.

O tempo máximo entre a abertura de um sprinklers e a descarga de água não deve exceder os valores indicados no
Quadro 18 da EN 12845.

Recomenda-se que as instalações secas e alternadas não sejam utilizadas em riscos HHS uma vez que o tempo que a
água pode demorar a atingir o primeiro sprinkler

Instalações
de Dilúvio

Instalação que utiliza sprinklers abertos. A rede encontra-se seca e é ligada a um posto de controlo do tipo dilúvio.
Quando o sistema é acionado, uma vez que os sprinklers são abertos, a água é descarregada por todos os sprinklers
da instalação. O disparo deste tipo de instalações pode ser hidráulico, electropneumático ou manual.

Instalações
de Pré-ação

Devem ser de um dos seguintes tipos:


• Instalação de pré-ação do tipo A: são instalações secas convencionais em que a atuação do sistema não é efetuada
pela operação dos sprinklers, mas através de sistema automático de deteção de incêndio. De modo a permitir o
acionamento da válvula de pré-ação em caso de emergência, deve ser instalada pelo menos uma válvula manual de
abertura rápida numa posição adequada. Da mesma forma, este tipo de instalações deve funcionar como um sistema
seco convencional, caso o sistema de deteção de incêndio falhe.
Este tipo de instalações apenas deve ser instalado em áreas onde possam ocorrer danos consideráveis em caso de
descarga de água acidental.
• Instalação de pré-ação do tipo B: são instalações secas convencionais, em que a atuação do sistema tanto pode
acontecer pela operação dos sprinklers como através de sistema de deteção de incêndio.
Este tipo de instalações pode ser utilizado sempre que seja necessário um sistema de tubagem seca e a propagação
do incêndio seja rápida. Podem também ser utilizados como alternativa a sistemas de tubagem seca comuns ou sem
acelerador ou exaustor.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 17


A inclusão de mais do que uma instalação de pré-ação num sistema de sprinklers apenas deve acontecer quando
comprovado, mediante avaliação de risco, que a operação simultânea das instalações de pré-ação é possível. Nesta
possibilidade o volume de água armazenado deve ser aumentado pelo volume total das instalações de pré-ação e o
tempo entre a atuação de múltiplas instalações de pré-ação e a descarga de água de qualquer ponto de teste nas
instalações sob consideração não deve exceder os 60s.

No que diz respeito à deteção automática, esta deve ser instalada em todas as salas e compartimentos protegidos
pela instalação de pré-ação e cumprir as partes aplicáveis da EN 54 ou, na sua inexistência, com especificações
apropriadas válidas no local de utilização do sistema de sprinklers.

O Quadro 17 da EN 12845 estabelece o número de sprinklers que pode ser controlado por uma válvula de alarme de
pré-ação.

Instalações
Alternadas

Este tipo de instalações incorpora uma válvula de alarme alternada ou um conjunto composto, constituído por uma
válvula de alarme húmida e uma válvula de alarme seca. Nas instalações alternadas é normal nos meses de inverno a
tubagem da instalação a jusante da válvula de alarme alternada ou da válvula de alarme seca estar pressurizada com
ar ou gás inerte e o restante sistema a montante da válvula de alarme estar pressurizado com água. Nos restantes
meses do ano a instalação funciona como uma instalação húmida.
Tal como nas instalações secas, o tempo máximo entre a abertura de um único sprinkler e a descarga de água não
deve exceder os valores indicados no Quadro 18 da EN 12845.

Extensões Secundárias
As extensões secas ou alternadas são de dimensão limitada e constituem extensões às instalações húmidas normais.
Devem cumprir as secções 11.2 e 11.3 da EN 12845.

A sua instalação apenas é permitida enquanto uma extensão seca ou alternada de uma instalação húmida, em peque-
nas áreas de edifícios sem aquecimento adequado onde exista possibilidade de congelamento ou como uma extensão
seca de instalações húmidas ou alternadas em armazéns frigoríficos e fornos de altas temperaturas.

As extensões secundárias não devem possuir mais de 100 sprinklers. No caso de um único posto de controlo controlar
mais do que duas extensões secundárias, então estas extensões não devem possuir mais do que 250 sprinklers.

No caso de extensões secundárias de água pulverizada os sprinklers devem ser do tipo aberto ou então podem ser
utilizados difusores ligados a uma instalação de sprinklers através de válvula de comando próprio, nomeadamente
através de válvula de dilúvio ou comando múltiplo. A ligação de extensões secundárias de água pulverizada apenas
é possível se a ligação não for superior a 80mm e se a necessidade adicional de água for considerada aquando do
projeto de abastecimento de água. A sua utilização é adequada em locais onde sejam expectáveis fogos intensos de
muito rápida propagação e onde seja conveniente aplicar água sobre a totalidade da área onde seja expectável o
início ou propagação de um incêndio.

18 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Espaçamento e Localização de Sprinklers

O espaçamento e localização dos No referente a paredes e divisórias, No que diz respeito à distância do
sprinklers são definidos na secção 12 a distância máxima dos sprinklers defletor do sprinkler aos tetos ou
da EN 12845. deve ser o menor valor apropriado, coberturas, esta deve situar-se entre
tendo em conta os seguintes: 2,0m os 0,075m e os 0,15m, exceto no caso
As medições dos espaçamentos entre para espaçamento normal; 2,3m para de sprinklers pendentes embutidos
sprinklers devem ser realizadas no espaçamento em quincôncio; 1,5m no ou semi-embutidos. Deve ser também
plano horizontal, exceto quando caso de vigas de teto expostas ou assegurado que os defletores dos
especificado em contrário. Deve ser que sobressaiam por baixo do teto; sprinklers são instalados de forma a
garantido que abaixo dos sprinklers 1,5m da fachada aberta de edifícios ficarem paralelos ao declive do teto
de teto ou de cobertura é mantido abertos; 1,5m no caso de paredes ou da cobertura, sendo que, no caso
um espaço livre de pelo menos 0,3m, externas de material combustível; deste declive ser superior a 30º, deve
no caso de sprinklers de pulverização 1,5m no caso de paredes externas ser instalado um ramal de sprinklers
plana e 0,5m nos restantes casos, de metal, com ou sem revestimentos no topo ou num raio não superior a
em riscos LH e OH. Para riscos HHP combustíveis ou materiais de 0,75m do topo.
e HHS deve ser assegurada uma isolamento; metade da distância
distância de 1,0m. máxima indicada nos Quadros 19 e 20 As claraboias de volume superior a
da EN 12845. 1m3, distanciadas a mais de 0,3m
A área máxima de cobertura de cada acima do nível normal do teto e
sprinkler é definida na EN 12845, Abaixo de tetos combustíveis a não dotadas de vidros estanques ao
nomeadamente no Quadro 20, no instalação dos sprinklers deve ser nível da face inferior do teto ou da
caso de sprinklers de parede e no efetuada a uma distância não cobertura, devem ser protegidas por
Quadro 19, nos restantes tipos de superior a 0,3m, sendo que no caso sprinklers.
sprinklers. de tetos ou coberturas de Euroclasse
A1 ou A2 a distância deve ser superior, Para espaçamento e localização de
No que diz respeito à distância em concreto 0,45m. Não sendo sprinklers em situações concretas,
mínima entre sprinklers, esta não possível cumprir estas distâncias, deve como por exemplo vigas, vãos, pilares,
deve ser inferior a 2m, exceto quando garantir-se que a área afetada é a escadas rolantes, tetos suspensos e
forem tomadas precauções de modo menor possível. No caso de existência ductos verticais, consultar a secção 12
a prevenir que sprinklers adjacentes de cúpula, a distância do seu bordo da norma europeia EN 12845.
se molhem uns aos outros, no caso de aos sprinklers mais próximos não deve
sprinklers intermédios em estantes e ser superior a 1,5m.
escadas rolantes e vãos de escadas.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 19


Dimensionamento e Traçado das Tubagens
O dimensionamento das tubagens de um sistema automático de extinção
por sprinklers pode ser efetuada utilizando um dos seguintes métodos:
- Sistemas Pré-calculados: os diâmetros das tubagens são obtidos a partir
de valores tabelados e de cálculo, conforme secção 13.3 da EN 12845;
- Sistemas Integralmente Calculados: os diâmetros das tubagens são obtidos
exclusivamente por cálculo hidráulico, conforme secção 13.4 da EN 12845.

A escolha entre os sistemas pré-calculados e os sistemas integralmente


calculados compete ao projetista. No entanto, existem casos em que não há
opção, sendo necessário utilizar obrigatoriamente o cálculo integral, como é
o caso das instalações HHS com sprinklers intermédios e das configurações
em grelha ou em anel.

Tipos de Sprinklers
A norma europeia EN 12845 considera os tipos de sprinklers que a seguir se apresentam:

Difusor com um dispositivo de selagem termo sensível que abre para efetuar descarga de
Sprinkler (automático)
água para combate a incêndio.
Sprinkler pendente destinado a ser instalado parcialmente acima do plano inferior do
Sprinkler semi-oculto
teto, mas cujo elemento termo sensível se encontra abaixo desse plano.
Sprinkler oculto Sprinkler embutido com uma placa de cobertura que é libertada quando sujeita a calor.
Sprinkler convencional Sprinkler que produz um padrão de descarga de água esférico.
Conjunto constituído por um sprinkler e uma coluna descendente seca com válvula
Sprinkler seco pendente normalmente fechada no extremo da tubagem, constituída pela cabeça do sprinkler que a
mantém nessa condição.
Conjunto constituído por um sprinkler e uma coluna ascendente seca com válvula
Sprinkler seco montante normalmente fechada no extremo da tubagem, constituída pela cabeça do sprinkler que a
mantém nessa condição.
Sprinkler de pulverização Sprinkler que produz um padrão de descarga de água plana, em que uma parte é
plana direcionada acima do nível do defletor.
Sprinkler de fusível
Sprinkler que abre quando o elemento térmico incorporado funde.
térmico
Sprinkler de ampola de
Sprinkler que abre quando a ampola de vidro com líquido rebenta.
vidro
Sprinkler horizontal Sprinkler em que o orifício de descarga dirige a água horizontalmente.
Sprinkler aberto Sprinkler não selado por um elemento termo sensor.
Sprinkler pendente Sprinkler em que o orifício de descarga dirige a água para baixo.
Sprinkler em que todo ou parte do elemento termo sensor está acima do plano inferior do
Sprinkler embutido
teto.
Sprinkler de parede Sprinkler que produz um padrão de descarga de água lateral, de forma semi-parabolóide.
Sprinkler que produz um padrão de descarga de água descendente, de forma
Sprinkler pulverizador
parabolóide.
Sprinkler montante Sprinkler cujo orifício dirige a água para cima.
Pulverizador Difusor de água que produz uma descarga de padrão cónico descendente.

Aquando da instalação de um sistema automático de extinção por sprinklers apenas devem ser utilizados sprinklers
novos. Para além disso, há que assegurar que os sprinklers não são sujeitos a quaisquer alterações, depois de saírem
da fábrica.
20 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers
A especificação dos sprinklers que raiz quadrada da pressão, P, expressa muito elevada, o que pode acontecer,
devem ser utilizados, em função em bar: Q=Kx√P por exemplo, em espaços confinados,
das classes de risco, é definida no em espaços não ventilados, sob
Quadro 37a e nas secções 14.2.2 a No que diz respeito à temperatura claraboias ou tetos envidraçados,
14.2.4 da EN 12845. de resposta de um sprinkler, a poderá haver necessidade de instalar
regra é selecionar a temperatura sprinklers com temperatura de
Caudal, Temperatura e considerando 30ºC acima da resposta superior, por exemplo 93ºC
temperatura máxima expectável ou mesmo 100ºC).
Sensibilidade Térmica dos do local a proteger (em condições
Sprinklers normais, em climas temperados, A temperatura de resposta de um
é adequado selecionar sprinklers sprinklers é identificada através de
O caudal de um sprinkler, Q, em com temperatura de resposta de um código de cores, conforme Tabela
litros por minuto, calcula-se através do 68ºC ou 74ºC. No entanto, quando a 37b da EN 12845:
produto do fator k do sprinkler pela temperatura ambiente expectável seja

Sprinklers de Ampôla Sprinklers de Termo-Fusível


Temperatura nominal de Temperatura nominal de Código de cores dos braços
Código de cor do líquido
operação oC operação oC do defletor
57 laranja 57 a 77 incolor
68 vermelho 80 a 107 branco
79 amarelo 121 a 149 azul
93 verde 163 a 191 vermelho
100 verde 204 a 246 verde
121 azul 260 a 302 laranja
141 azul 320 a 343 preto
163 malva
182 malva
204 preto
227 preto
260 preto
286 preto
343 preto

Os sprinklers são também Interação com outros os vários meios de proteção contra
caracterizados pela sua sensibilidade incêndio instalados (os sprinklers, de
térmica, que mais não reflete do Meios de Proteção contra um modo geral, são atuados pela
que o tempo que um sprinkler pode Incêndio energia calorífica transportada pelas
demorar a ser acionado quando sob correntes convectivas, quando estas
a ação do calor de um incêndio. A Na seleção do tipo de sprinklers, entram em deslocação horizontal,
sensibilidade térmica dos sprinklers nomeadamente no que diz respeito pelo que nada deve interferir com
é definida pela norma europeia EN à sua sensibilidade térmica, deve a deslocação horizontal dos fluxos
12259-1. Assim, a maioria dos sprinklers ser sempre tida em consideração a gasosos de combustão).
é classificada como sendo de possível interação entre o sistema de
resposta rápida, de resposta especial sprinklers e outros meios de proteção
e de resposta standard “A”, em que os contra incêndio instalados no local
sprinklers de resposta rápida são os a proteger. Por outro lado, deve ser
que apresentam maior sensibilidade também sempre assegurado que
térmica. não existem conflitos operativos entre

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 21


Válvulas

De um modo genérico e simplista, apresentam-se os principais requisitos da EN 12845, no que às válvulas de um sistema
automático de extinção por sprinklers diz respeito:

Tipo de Válvula Principais requisitos da EN 12845


Cada instalação de sprinklers deve possuir um posto de controlo em conformidade com a
norma europeia EN 12259-2 ou EN 12259-3. Estes postos de controlo devem ter instalados
manómetros nos locais seguintes:
- imediatamente a montante de cada posto de controlo (manómetro “B”) (quando o posto de
Posto de Controlo controlo for do tipo seco, o manómetro deve ser dotado de indicador que mostre a pressão
máxima atingida);
- imediatamente a jusante de cada posto de controlo (manómetro “C”);
- imediatamente a jusante de cada posto de controlo secundário alternado ou seco, mas a
montante de qualquer válvula de seccionamento.
As válvulas de seccionamento devem ser adequadas às pressões de operação, em especial nos
edifícios de grande altura, onde são normalmente expectáveis elevadas pressões estáticas.
Este tipo de válvulas não pode ser instalado a jusante dos postos de controlo, com exceção das
situações previstas na EN 12845.
Válvulas de
Todas as válvulas de seccionamento com capacidade para interromper o fornecimento
Seccionamento
de água aos sprinklers devem fechar no sentido dos ponteiros do relógio, ser dotadas
de indicador visual que identifique de forma clara a posição de aberta ou fechada e ser
mantidas na posição correta através de cadeado de consignação ou impedida a sua manobra
indevida de forma equivalente.
Válvulas de
Sempre que os sistemas de sprinklers forem alimentados por um anel de distribuição principal,
seccionamento do
devem ser instaladas válvulas de seccionamento, com o objetivo de assegurar o isolamento do
anel de distribuição
anel por secções, de modo que nenhuma secção inclua mais do que 4 postos de controlo.
principal
Devem ser instaladas válvulas de drenagem, nas condições do Quadro 39 da EN 12845, que
permitam a drenagem da água da instalação. Estas válvulas devem ser instaladas:
- imediatamente a jusante do posto de controlo ou da sua válvula de seccionamento jusante,
se instalada;
- imediatamente a jusante de qualquer válvula de alarme secundária;
Válvulas de
- imediatamente a jusante de qualquer válvula de seccionamento secundária;
drenagem
- entre um posto de controlo seco ou secundário e qualquer válvula de seccionamento
secundária instalada para ensaios;
- em qualquer tubagem, com exceção de troços descendentes para sprinklers terminais numa
instalação húmida, que não possa ser drenada por via de qualquer outra das válvulas de
drenagem.
Devem ser instaladas válvulas de teste com 15 mm, para ensaiar:
- o alarme hidráulico e qualquer pressostato;
Válvulas de teste
- qualquer fluxostato instalado a jusante da válvula de controlo;
de alarme e de
- um dispositivo automático de arranque da bomba;
arranque da bomba
- qualquer bomba ou pressostatos do grupo hidropneumático instalado a montante do posto
de controlo.
Deve existir um dispositivo de teste que inclua uma válvula de teste com os respetivos acessórios
Válvulas de teste
e tubagem, que garanta um caudal equivalente à descarga de um único sprinkler, ligado no
remotas
local hidraulicamente mais remoto da rede de distribuição.

Alarmes e Dispositivos de Alarme

Os principais requisitos da EN 12845 relativos a alarmes e dispositivos de alarme são apresentados na Tabela que se
segue:

22 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Tipo de Dispositivo Principais requisitos da EN 12845
Cada posto de controlo deve ser dotado de um alarme hidráulico, em conformidade com a
norma europeia EN 12259-4, e um dispositivo elétrico para indicação de alarme remoto, ambos
Alarmes de instalados o mais próximo possível da válvula de alarme.
Escoamento de No caso de bateria de postos de controlo húmidos, pode ser instalado um único alarme
Água hidráulico, desde que os postos de controlo se situem no mesmo espaço e possuam um
indicador de caudal por cada válvula de alarme.
Cada gongo hidráulico deve ser marcado de forma clara com o número da instalação.
O motor hidráulico deve ser instalado de modo que o gongo fique na face exterior de uma
parede exterior e com o veio a não mais de 6m para além do ponto de ligação para a válvula
Motor Hidráulico e de alarme.
Gongo Entre o motor e o ponto de ligação à válvula de alarme deve ser instalado um filtro de fácil
acesso para a limpeza, devendo a saída da água ser disposta de modo que o caudal de
água possa ser visto.
O funcionamento dos sistemas de sprinklers deve ser detetado por dispositivos elétricos que
Fluxostatos e
podem ser fluxostatos, em conformidade com a EN 12259-5, ou pressostatos.
Pressostatos
Os fluxostatos só devem ser instalados em instalações húmidas.
O equipamento utilizado para efetuar a transmissão automática de sinais de alarme a
Ligação aos partir de uma instalação de sprinklers aos bombeiros ou a um centro remoto, guarnecido em
Bombeiros e à permanência, deve ter a capacidade de ser verificado no que diz respeito à continuidade dos
Central Remota de circuitos e à continuidade do circuito entre o dispositivo de alarme e a unidade de controlo.
Alarme No caso de existir uma ligação direta aos bombeiros, o procedimento de teste deverá ser
acordado com as autoridades, de modo a evitar chamadas falsas.

Tubagens
Existindo vários tipos de tubagens, referem-se os principais aspetos a ter em consideração para cada um deles,
conforme orientações da EN 12845:

Tipo de Tubagem Principais requisitos da EN 12845


Devem ser instaladas conforme indicações dos fabricantes e possuir resistência adequada à
corrosão.
São recomendadas tubagens em ferro fundido, ferro dúctil, cimento centrifugado, fibra de vidro
Tubagens Enterradas
reforçada e polietileno de alta densidade (PEAD).
Tratando-se de tubagens enterradas, devem ser tomadas medidas de modo a garantir que
não sofrem danos, por exemplo, pela passagem de veículos.
A jusante das válvulas de controlo, as tubagens devem ser em aço, cobre ou outro material, de
acordo com especificações adequadas válidas no local de utilização do sistema.
- Tubagens de aço: as tubagens roscadas, ranhuradas por corte ou maquinadas por outra
forma, de diâmetro nominal até 150mm, devem possuir espessura mínima conforme ISO 65M.
Quando as tubagens forem executadas sem redução significativa de espessura, devem possuir
espessura conforme ISO 4200, ao grau D.
Tubagens Aéreas - Tubagens de cobre: devem cumprir a EN 1057. Podem ser utilizados apenas em sistemas
húmidos para LH, OH1, OH2 e OH3, a jusante de qualquer tubagem de aço. As uniões para
tubagens de cobre devem cumprir a EN 1254 e as soldaduras de juntas cobre-cobre que
envolvam ligas de cobre e zinco ou cobre, estanho e zinco, devem ser executadas de acordo
com a EN ISO 3677.
- Tubo de Aço Galvanizado: a utilizar preferencialmente em instalações secas, alternadas ou de
pré-ação.
Tubagens e Ligações Devem ser instaladas juntas ou secções flexíveis sempre que for expectável a existência de
Flexíveis movimento entre as diferentes secções de tubagem do sistema.

As tubagens devem ser instaladas Assim, não devem ser embutidas em A sua instalação deve também
de modo que o seu acesso, para pavimentos ou em tetos de betão e não garantir que as tubagens não ficam
reparações e alterações, seja fácil. devem ser instaladas em espaços ocultos. expostas a danos mecânicos, devendo

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 23


ser tomadas, para o efeito, as meios que permitam a drenagem da suportes não devem ser soldados
precauções necessárias. totalidade da tubagem. Isto pode à tubagem ou aos acessórios e
ser conseguido através da válvula devem ter capacidade para suportar
Se o atravessamento de espaços não de drenagem do posto de controlo, a tubagem. Devem ser do tipo
protegidos por sprinklers for inevitável, ou através da instalação de válvulas ajustável, de modo a assegurar uma
as tubagens de alimentação de água extra, nas condições estabelecidas distribuição de carga uniforme, e não
devem ser instaladas à cota do solo pela EN 12845. devem ser de material combustível.
e devem ser enclausuradas para Especificações mais detalhadas sobre
proteção contra danos mecânicos, Os suportes das tubagens dos as características das tubagens dos
com a adequada resistência ao fogo. sistemas de sprinklers devem ser sistemas automáticos de extinção por
preferencialmente fixados diretamente sprinklers e dos seus suportes, devem
A pintura das tubagens é permitida, ao edifício ou, se necessário, a ser consultadas na secção 17 da
devendo ser, inclusivamente estruturas como, por exemplo, norma EN 12845.
assegurada uma proteção extra prateleiras de armazenagem e
contra corrosão, se tal se verificar maquinaria. Os suportes devem ser
necessário. exclusivos do sistema de sprinklers,
não devendo, portanto suportar
Devem ser também garantidos quaisquer outras instalações. Os

Sinalização, Avisos e Informação


Junto à entrada principal ou em local facilmente visível pelos bombeiros ou pelos responsáveis pela resposta a um
alarme, deve existir um diagrama de blocos das instalações com as seguintes informações:
- o número da instalação e a localização do respetivo posto de controlo e gongos de alarme hidráulicos;
- cada uma das áreas de risco individualmente classificada, a classe de risco e, quando apropriado, a altura de
armazenagem máxima;
- a área coberta por cada sistema, através de sombreados ou tramas de cobertura e, se requerido pelos bombeiros, a
indicação dos caminhos na instalação para essas áreas;
- a localização de qualquer válvula de seccionamento secundária.

Para além disso, devem ser ainda asseguradas as sinalizações e avisos que a seguir se indicam:

Tipo de Sinalização/Aviso
Em material e texto resistente à intempérie, deve ser afixada na parede exterior, o mais
próximo possível do acesso aos postos de controlo.
Placa Identificadora Deve ostentar a frase “Válvula de Seccionamento dos Sprinklers”, em letras brancas
de tamanho não inferior a 35mm sobre fundo vermelho, e “no interior”, em letras de
tamanho não inferior a 25mm.
Através de placa retangular, com letras brancas de altura não inferior a 20mm sobre
fundo vermelho, ostentando a frase “Posto de controlo de sprinklers”, junto à válvula de
seccionamento principal e quaisquer válvulas secundárias.
Sinalização para Válvulas
Sempre que a válvula de seccionamento se encontre no interior de compartimento
de Seccionamento
fechado com porta, a placa de sinalização deve ser afixada no exterior da porta e no
interior da porta deve ser afixado um segundo sinal, circular, com letras brancas de
altura não inferior a 5mm sobre fundo azul, com o texto “Manter fechado à chave”.
Se o sistema de sprinklers possuir mais do que uma instalação, cada posto de
controlo deve ser marcado de forma visível e indelével com o número da instalação
correspondente.
No caso de instalações completamente calculadas, na coluna ascendente, junto a cada
Posto de Controlo posto de controlo, deve ser afixado ainda um aviso indelével que contenha informações
sobre o número da instalação, a(s) classificação(ões) de risco da instalação e, para
cada área de risco dentro da instalação, os requisitos do projeto (área de operação e
densidade de descarga) e o requisito pressão-caudal no manómetro “C” ou instalações
de ensaio de caudal para as áreas de operação mais desfavoráveis e mais favoráveis.
Nas válvulas de seccionamento que controlam as fontes de abastecimento das tubagens
Ligações de Abastecimento de alimentação do sistema de sprinklers ou a rede de distribuição principal a outros
de Água para outros serviços, deve ser afixada uma etiqueta adequada (por exemplo com o texto “Boca de
Serviços Incêndio do Tipo Carretel” ou “Abastecimento de Água Doméstica”), em letras em relevo
ou gravadas.
24 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers
Em cada bomba de aspiração ou booster pump deve ser afixada uma placa de
identificação com informações sobre a pressão de saída, em bar, a velocidade nominal
correspondente e o caudal, em litros por minuto, para a condição de entrada e para o
caudal nominal especificado no Quadro 16 da EN 12845, e a potência máxima absorvida
à velocidade correspondente, para qualquer valor de caudal.
Bombas de Aspiração e
No caso de instalações completamente calculadas, deve ser afixada uma folha de
Booster Pumps
dados do instalador junto à bomba, que contenha as fichas técnicas dos fabricantes
das bombas, uma lista dos dados técnicos especificados na secção 4.4.4.4 da EN 12845,
uma cópia da curva característica da bomba fornecida pelo instalador e as perdas
de carga, para o caudal Qmax., entre a descarga da bomba e o posto de controlo
hidraulicamente mais afastado.
Sempre que o escoamento da água acionar um alerta automático para os bombeiros,
Válvula de teste de alarme
junto da válvula de teste de alarme deve ser afixado um aviso para esse efeito.
No caso de grupo motobomba diesel, no quadro de controlo da bomba e em local
vigiado por pessoa responsável, devem ser assinalados os alarmes seguintes, de
forma adequada: arranque da motobomba diesel desligado, falha de arranque da
motobomba diesel, bomba em funcionamento e falha no controlador da motobomba
diesel.
Interruptores Elétricos e
Para além disso, o mecanismo de paragem manual deve ser identificado com o texto
Quadros de Controlos
“Paragem da Bomba dos Sprinklers”.
No caso de bomba de incêndio de acionamento elétrico, todos os interruptores na
alimentação de energia elétrica dedicada ao motor da bomba de sprinklers devem ser
identificadas com o texto “Alimentação do motor da bomba de sprinklers – Não desligar
em caso de incêndio”.
Todas as válvulas e instrumentos usados para ensaio e operação do sistema devem
Dispositivos de Operação e
ser adequadamente identificados. A identificação deve corresponder à constante da
Ensaio
documentação.

Comissionamento
Aquando do comissionamento do corrigir quaisquer falhas detetadas nomeadamente a Portaria
sistema de sprinklers, é necessário - Abastecimentos de Água: efetuar n.º 773/2009, de 21 de julho, exige
efetuar os seguintes ensaios: o ensaio de arranque do motor diesel que aquando de trabalhos de
- Tubagem: (conforme a secção 20.2.2.5 da EN instalação de equipamentos e
• Tubagens secas: ensaiar a tubagem 12845) e o ensaio do abastecimento sistemas de segurança contra
pneumaticamente, a uma pressão de água (conforme a secção 8.6 da incêndio em edifícios, nos quais
não inferior a 2,5 bar, durante pelo mesma norma). se incluem necessariamente os
menos 24 h. Corrigir quaisquer fugas sistemas automáticos de extinção por
superiores a 0,15bar durante as 24h. No final do comissionamento do sprinklers, a empresa responsável
• Totalidade da tubagem: ensaiar sistema, o instalador deve entregar pela instalação entregue ao
a tubagem hidrostaticamente ao utilizador um certificado final, proprietário do edifício Termo de
durante pelo menos 2 h, à maior atestando a conformidade do Responsabilidade, subscrito pelo
das seguintes pressões: 15 bar ou 1,5 sistema com os requisitos específicos Técnico Responsável da empresa, que
vezes a pressão máxima de serviço da norma europeia EN 12845 ou ateste que a instalação foi efetuada
do sistema (ambos medidos nas identificando os desvios identificados de acordo com o projeto e com a
válvulas de controlo da instalação). e o conjunto das instruções de legislação e normalização aplicáveis.
Corrigir quaisquer falhas detetadas trabalho e dos desenhos da
(como por exemplo deformação instalação executada, incluindo a A EN 12845 estabelece ainda
permanente, rotura ou fuga) e identificação de todas as válvulas que, a menos que especificado
repetir os ensaios. Garantir que e instrumentação utilizada para o regulamentarmente, todas as
nenhum componente do sistema é ensaio e operação e um programa instalações novas e alteradas devem
sujeito a uma pressão superior à de inspeção e verificação para o ser inspecionadas por terceira
recomendada pelo fabricante. utilizador (conforme secção 20.2) e um parte independente e o respetivo
- Equipamento: efetuar os programa de serviço e manutenção certificado de conformidade e
procedimentos estabelecidos no (conforme secção 20.3). documentos de projeto relevantes
programa semanal (20.2.2) e A legislação nacional de segurança entregues às autoridades
trimestral (20.3.2) da EN 12845 e contra incêndio em edifícios, competentes.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 25


Programa de Inspeção, de Manutenção e Assistência Técnica
Verificações Periódicas da Responsabilidade do Utilizador
O proprietário/utilizador do sistema O utilizador deve realizar o programa das verificações realizadas, os quais
deve nomear um indivíduo (e um de verificações fornecido pelo devem ser mantidos no local.
substituto) para a manutenção das instalador do sistema, o qual deve
condições de funcionamento do incluir as ações a tomar em caso de De acordo com a EN 12845, o
sistema, devendo a identificação avaria e operação do sistema e o programa de inspeção e verificação
e contactos destas pessoas estar procedimento de arranque manual de a realizar pelo utilizador do sistema
disponíveis para consulta na sala dos emergência das bombas e detalhes deve incluir pelo menos o seguinte:
postos de controlo dos sprinklers. de rotina semanal, e manter registos

Programa Semanal
Devem ser verificadas e registadas as leituras de todos os manómetros de água e
ar das instalações, redes de distribuição principais e reservatórios de pressão (nas
instalações secas, alternadas e de pré-ação a perda de pressão por semana não deve
Verificações
ser superior a 1bar).
Devem ser também registados todos os níveis de água dos abastecimentos de água e
verificada a posição correta de todas as válvulas de seccionamento.
Ensaio dos gongos de
Cada gongo de alarme hidráulico deve ser acionado durante, pelo menos, 30s.
alarme hidráulico
Verificar os níveis do combustível e do óleo de lubrificação do motor.
Simular a condição de arranque automático, através da redução da pressão de água
Ensaio de arranque da no dispositivo de arranque.
bomba automática Verificar e registar a pressão de arranque aquando do arranque da bomba.
Verificar a pressão do óleo nas motobombas, assim como o caudal de água de
arrefecimento através dos sistemas de arrefecimento de circuito aberto.
Ensaiar os motores diesel imediatamente após o ensaio de arranque da bomba,
colocando o motor a funcionar durante 20min ou durante o tempo recomendado pelo
fornecedor. Parar o motor e coloca-lo novamente em marcha, utilizando o botão de
ensaio de arranque manual.
Ensaio de arranque do Verificar o nível de água no circuito primário do circuito fechado dos sistemas de
motor diesel arrefecimento.
Ao longo do ensaio monitorizar a pressão do óleo (quando existirem manómetros), as
temperaturas do motor e o fluxo do líquido de refrigeração.
Verificar as tubagens de óleo e efetuar uma inspeção geral para detetar fugas de óleo,
líquido de refrigeração ou gases de escape.
Aquecimento de tubagens
e sistemas de aquecimento Verificar o correto funcionamento dos sistemas de aquecimento.
localizados
Programa Mensal
Verificar o nível e a densidade do eletrólito das baterias de ácido e chumbo, incluindo
as baterias de arranque dos motores diesel e as baterias de alimentação do painel de
Baterias
controlo. Verificar o carregador da bateria, caso o nível das baterias seja baixo. Se o
carregador estiver a funcionar corretamente, substituir as baterias afetadas.

Programa de Manutenção e Assistência Técnica da Responsabilidade de Empresa Autorizada


A EN 12845 recomenda que os NOTA: Em Portugal uma empresa de equipamentos e sistemas de
trabalhos de manutenção, serviço qualificada será uma empresa proteção contra incêndio, nos quais
e teste dos sistemas automáticos devidamente registada para o se incluem necessariamente os
de extinção por sprinklers sejam efeito na Autoridade Nacional sistemas automáticos de extinção por
realizados ao abrigo de um contrato, de Emergência e Proteção Civil sprinklers.
que poderá ser formalizado com (ANEPC). Em Portugal, inclusivamente,
a empresa responsável pela apenas as empresas registadas na Deve ser tido em consideração
instalação do sistema ou por empresa ANEPC podem prestar serviços de que quando um equipamento é
qualificada para o efeito. comércio, instalação e manutenção sujeito a manutenção não está

26 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


nas suas condições normais de Com exceção de situações de é conseguido garantindo que esta
operacionalidade, pelo que devem emergência, apenas o proprietário/ ordem é da responsabilidade
ser tomadas medidas que garantam utilizador do sistema poderá autorizar exclusiva dos bombeiros.
que o espaço continua a com o nível a desativação do sistema automático
de proteção necessário. de extinção por sprinklers. Antes Uma vez que sempre que o sistema
desta desativação, deverão verificar- é atuado existe necessidade de
Assim, quando um sistema não se todas as áreas do espaço, de substituir os sprinklers ativados (isto
estiver operacional, o proprietário/ modo a garantir que não existem não acontece no caso dos sistemas
utilizador do sistema deve informar situações de incêndio, e deve avisar- húmidos!), deve garantir-se a
as autoridades e qualquer central se os ocupantes do espaço (e de existência de um stock adequado
de monitorização da situação, deve espaços que com ele comuniquem) de sprinklers nas instalações. Estes
notificar as pessoas responsáveis que o abastecimento de água irá ser sprinklers podem ser usados para
pelas zonas afetadas e garantir desligado. substituir sprinklers que tenham sido
que essas zonas estão vigiadas em ativados, conforme referido, mas
permanência e garantir que caso a Após a desativação de um sistema também sprinklers que, por qualquer
instalação fique inoperacional fora que tenha sido colocado em motivo, tenham sido danificados.
do horário de trabalho as portas e funcionamento devem substituir-se os Os sprinklers de substituição e as
cortinas resistentes ao fogo dessa sprinklers que tenham sido ativados respetivas chaves de aperto devem
zona são mantidas fechadas. O por sprinklers do mesmo tipo, e o ser alojados em caixa ou armário
utilizador deve ainda assegurar que abastecimento de água deve ser localizados em zona de fácil acesso
a totalidade do sistema nunca fica restabelecido. Devem verificar-se e de temperatura ambiente não
inoperacional, devendo a maior também os sprinklers na proximidade superior a 27ºC.
parte possível da instalação ficar em da zona de funcionamento do
condição operativa. Inclusivamente, sistema e, se necessário, substituir os O programa de manutenção e
sempre que possível, devem ser sprinklers afetados. Outra questão assistência técnica a realizar por
repostas determinadas partes da muito importante é garantir que o empresa autorizada para o efeito é o
instalação de modo a assegurar a abastecimento de água de uma que se apresenta a seguir:
proteção necessária durante a noite, instalação que tenha sido ativada
seja por recurso a juntas cegas ou a não é interrompido até que o
seccionadores nas tubagens. incêndio tenha sido extinto, o que

Programa Trimestral
Identificar quaisquer alterações que possam alterar o risco a proteger e efetuar as
Reavaliação do Risco
alterações apropriadas.
Limpar cuidadosamente os sprinklers, comandos múltiplos e difusores afetados por
sedimentos (que não de pintura). Substituir os sprinklers, controlos múltiplos e difusores
Sprinklers, Comandos que estejam pintados ou deformados.
Múltiplos e Difusores Verificar os revestimentos por parafina e, quando necessário, remover os revestimentos
existentes e revestir os elementos com duas camadas de parafina (no caso dos sprinklers
de ampola de vidro, apenas revestir o corpo e os braços dos sprinklers)
Verificar, quanto a corrosão, e pintar, se necessário.
Se necessário, retocar a pintura betuminosa das tubagens e reparar os enfitamentos.
Tubagens e Suportes de
Verificar o correto funcionamento dos sistemas de aquecimento.
Tubagens
Verificar as tubagens quanto a ligações elétricas de terra e remover as ligações
existentes.
Abastecimento de Água e
Ensaiar cada abastecimento de água com cada posto de controlo do sistema.
seus Alarmes
Verificar o correto funcionamento de quaisquer alimentações elétricas alternativas a
Alimentações Elétricas
partir de geradores diesel.
Operar as válvulas de seccionamento que controlem o fluxo de água para os sprinklers
Válvulas de Seccionamento
de modo a garantir o seu correto funcionamento e recoloca-las na sua posição correta.
Fluxostatos Verificar o correto funcionamento de todos os fluxostatos.
Sobressalentes Verificar o número e estado das peças sobressalentes.
Programa Semestral
Manobrar as partes móveis das válvulas de alarme secas e todos os aceleradores e
Válvulas de Alarme Secas exaustores de ar em instalações secas e extensões secundárias, de acordo com as
instruções dos fornecedores.

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 27


Alerta à Brigada de
Incêndios e Alarme a uma
Verificar a instalação elétrica.
Central de Segurança
Remota
Programa Anual
Ensaiar cada bomba da instalação à condição de carga nominal (com recurso ao
Ensaio de Caudal das coletor de provas ligado ao coletor de compressão do grupo de bombagem a jusante
Bombas Automáticas da válvula de retenção da saída da bomba), até atingir os valores de pressão/caudal
indicados na chapa de características.
Ensaio de Falha de
Ensaiar o alarme de falha de arranque (de acordo com a secção 10.9.7.2 da EN 12845).
Arranque do Motor Diesel
Válvulas de Boia nos
Verificar o correto funcionamento das válvulas de boia nos reservatórios de água.
Reservatórios de Água
Câmaras de Aspiração de Inspecionar e limpar, sempre que necessário, os filtros de aspiração das bombas, as
Bombas e Filtros câmaras de sedimentação e as respetivas grelhas.
Programa Trianual
Reservatórios de
Verificar todos os reservatórios exteriormente, quanto a corrosão. Drenar e limpar,
Armazenamento e
conforme necessário, e examinar internamente, quanto a corrosão.
Pressurização
Válvulas de Seccionamento
do Abastecimento de Água, Examinar todas as válvulas de seccionamento do abastecimento de água, válvulas de
Válvulas de Alarme e de alarme e de retenção e reparar ou substituir, conforme necessário.
Retenção
Programa de 10 anos
Limpar todos os reservatórios e examinar internamente. Se necessário, beneficiar a
Reservatórios
estrutura.

Lista de Quadros da EN 12845


Para uma mais fácil consulta da EN 12845, listam-se abaixo os Quadros constantes da norma:

Quadro Descritivo
Quadro 1 Alturas máximas de Armazenamento para Proteções OH3
Quadro 2 Requisitos de proteção e limitação para diferentes configurações de armazenamento ST1 a ST6
Quadro 3 Critérios de projeto para classes LH, OH e HHP
Quadro 4 Critérios de projeto para HHS com proteção só no tecto ou na cobertura
Quadro 5 Critérios de projeto para sprinklers de teto ou de cobertura com sprinklers intermédios em estantes
Quadro 6 Requisitos de pressão e caudal para sistemas pré-calculados LH e OH
Requisitos de pressão e caudal para instalações pré-calculadas concebidas utilizando os Quadros
Quadro 7
32 a 35
Quadro 8 Ligações de água para outros serviços em sistemas para edifícios de baixa altura
Quadro 9 Volume de água mínimo para sistemas pré-calculados das classes LH e OH
Quadro 10 Volume de água mínimo para sistemas pré-calculados das classes HHP e HHS
Quadro 11 Capacidade mínima efetiva dos reservatórios de capacidade reduzida
Quadro 12 Afastamentos da entrada da tubagem de aspiração
Quadro 13 Diâmetro nominal das tubagens ou condutas de alimentação das câmaras de sedimentação e de
aspiração
Quadro 14 Pressão e caudal nominais da Bomba
Quadro 15 Capacidade do reservatório de ferragem e diâmetro da tubagem

28 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers


Quadro 16 Características mínimas da bomba para LH e OH (sistemas pré-calculados)
Quadro 17 Área máxima protegida em instalações húmidas e de pré-ação
Quadro 18 Tempo máximo de descarga entrega de água - Instalações secas e alternadas
Quadro 19 Área de cobertura e espaçamento máximos para sprinklers que não sprinklers de parede
Quadro 20 Área de cobertura e espaçamento máximos para sprinklers de parede
Quadro 21 Localização dos sprinklers intermédios em armazenamento do tipo ST5 e ST6
Quadro 22 Valor C para vários tipos de tubagens
Quadro 23 Comprimento equivalente de acessórios e válvulas
Quadro 24 Precisão dos cálculos hidráulicos
Quadro 25 Localização dos pontos de projeto - LH
Quadro 26 Localização dos pontos de projeto – OH, HHP e HHS
Quadro 27 Diâmetros de ramais para instalações LH
Quadro 28 Perda de carga máxima por atrito, entre o posto de controlo e qualquer ponto de projeto - LH
Quadro 29 Perdas de carga para caudais de projeto em instalações LH
Quadro 30 Diâmetro de ramais em instalações OH
Quadro 31 Diâmetros de coletores em instalações OH
Quadro 32 Diâmetros de ramais para instalações HH com características de pressão e caudal de acordo com
o Quadro 7 (1 ou 2)
Quadro 33 Diâmetros do coletor a jusante do ponto de projeto, em instalações HH com características de
pressão e caudal de acordo com o Quadro 7 (1)
Quadro 34 Diâmetros do coletor a jusante do ponto de projeto, em instalações HH com características de
pressão e caudal de acordo com o Quadro 7 (2, 3 ou 4)
Quadro 35 Diâmetros de ramais para instalações HH com características de pressão e caudal de acordo com
o Quadro 7 (3 ou 4)
Quadro 36 Diâmetro mínimo das tubagens
Quadro 37a Tipos de sprinklers e factores K para as várias classes de risco
Quadro 37b Código de cores para sprinklers
Quadro 38 Sensibilidade térmica do sprinkler
Quadro 39 Dimensões mínimas das válvulas de drenagem
Quadro 40 Parâmetros de projeto para suportes de tubos
Quadro 41 Dimensões mínimas dos perfis de ferro e grampos de suspensão
Quadro A1 Ocupações de Risco Ligeiro
Quadro A2 Ocupações de Risco Ordinário
Quadro A3 Ocupações de Risco Elevado
Quadro B1 Categorias em função da configuração da armazenagem
Quadro C1 Produtos armazenados e categorias
Quadro G1 Critérios de proteção para o armazenamento de aerossóis
Quadro G2 Líquidos inflamáveis em barris metálicos (ST1) com capacidade > 20 l e < 208 l
Quadro G3 Líquidos inflamáveis em barris de metal (ST4) com a capacidade > 20 l e < 208 l
Quadro G4 Líquidos inflamáveis em barris de metal (ST1, ST5, ST6) com capacidade < 20 l
Quadro G5 Proteção de paletes vazias (ST1)
Quadro G6 Proteção de paletes armazenadas em estantes (ST4, ST5, ST6)
Quadro G7 Têxtil sintético não tecido: critério de projeto apenas com proteção de cobertura ou de teto
Quadro I1 Tipo de alarmes para transmissão
Quadro K1 Número de sprinklers a inspecionar
Quadro N1 Distância mínima do deflector do sprinkler CMSA montante ao ramal
Quadro N2 Distâncias mínimas e máximas de defletores abaixo do teto para vários tipos de construção
Quadro N3 Posição do defletor quando localizado acima da face inferior da viga, vigota ou outra obstrução

Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers 29


Quadro N4 Posição dos sprinklers em relação a obstruções localizados inteiramente abaixo dos sprinklers
Quadro N5 Proteção de armazenamento interior ST1 de paletes de madeira vazias
Quadro N6 Proteção de paletes de plástico vazias (ST1)
Quadro N7 Critérios de projeto para armazenamento livre (ST1) de classes HHS1, HHS2 e HHS3 excluindo
plásticos
Quadro N8 Critérios de projeto para armazenamento livre (ST 1) de classes HHS 3 e HHS 4
Quadro N9 Critérios de projeto para estantes simples, duplas e múltiplas para armazenamento de paletes em
estantes (ST4) de mercadorias classe HHS1, HHS2 e HHS3 excluindo plásticos
Quadro N10 Critérios de projeto para estantes simples, duplas e múltiplas para armazenamento de paletes em
estantes (ST4) para classes HHS 3 e HHS 4
Quadro P1 Guia para utilização de sprinkler ESFR
Quadro P2 Plásticos cartonados não-expandidos, armazenagem ST1 ou ST5
Quadro P3 Plásticos cartonados não-expandidos, armazenagem ST2, ST3 ou ST5
Quadro P4 Plásticos não-expandido exposto, armazenagem ST1 ou ST5
Quadro P5 Plásticos não-expandidos exposto, armazenagem ST2, ST3 ou ST4
Quadro P6 Plásticos expandidos cartonados, armazenagem ST1 ou ST5
Quadro P7 Plásticos expandidos cartonados, armazenagem ST2, ST3 ou ST4
Quadro P8 Plásticos expandidos expostos, armazenagem ST1 ou ST5
Quadro P9 Plásticos expandidos expostos, armazenagem ST2, ST3 ou ST4
Quadro P10 Rolos de papel de peso médio na vertical, armazenagem ST1
Quadro P11 Rolos de lenços de papel na vertical, armazenagem ST1
Quadro P12 Rolos de papel pesado na vertical, armazenagem ST1
Quadro P13 Papel pesado revestido a plástico, armazenagem ST1
Quadro P14 Pneus de borracha, armazenagem ST3 ou ST4
Quadro P15 Diversas Mercadorias em mezaninos, armazenagem ST1
Quadro P16 Diversas Mercadorias em mezaninos, armazenagem ST3 e ST4
Quadro P17 Fator K do sprinkler
Quadro P18 Valores de temperatura sprinkler ESFR e códigos de cores
Quadro P19 Localização sprinkler ESFR em relação a obstruções do teto, como vigas ou vigotas
Quadro P20 Espaçamento de sprinklers ESFR
Quadro P21 Distância do sprinkler desde a face inferior do teto

Outros Documentos de Referência


Decreto-Lei nº 220/2008, Estabelece o Regime Jurídico de Segurança contra incêndio em Edifícios
de 12 de novembro
Decreto-Lei nº 224/2015, de Introduz a primeira alteração ao Regime Jurídico de Segurança contra Incêndio em
9 de outubro Edifícios
Portaria nº 1532/2008, de Aprova o Regulamento Técnico de Segurança contra Incêndio em Edifícios
29 de dezembro
Despacho nº 13042/2013, Aprova a Nota Técnica nº 14 “Fontes de Abastecimento de Água para o Serviço de Incên-
de 14 de outubro dio” da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil
Declaração de Retificação Retifica o Despacho nº 13402/2013, de 14 de outubro, que aprova a Nota Técnica nº 14
nº 13042/2013, de 6 de “Fontes de Abastecimento de Água para o Serviço de Incêndio” da Autoridade Nacional
novembro de Emergência e Proteção Civil
Despacho nº 14903/2013, Aprova a Nota Técnica nº 15 “Centrais de Bombagem para o Serviço de Incêndio” da
de 18 de novembro Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil

30 Guia normativo Sistemas automáticos de extinção por sprinklers

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