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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

ENSINO BILÍNGUE
PROJETO DE EXPERIÊNCIA - EDUCAÇÃO

Nestes tempos pós pandêmicos, educar é também cuidar?


Sujeitos globais, TICs e readequação de práticas de aprendizagem

RICARDO EGAME SILVA

SÃO PAULO
2023
Projeto de Experiência - Educação

Nestes tempos pós pandêmicos, educar é também cuidar?


Sujeitos globais, TICs e readequação de práticas de aprendizagem

INTRODUÇÃO:

Os anos de 2020 a 2022 ficarão marcados na história da humanidade. A


epidemia do coronavírus (SARS-CoV-2) colocou à prova a estreiteza das relações
entre comunidade internacional, para a solução de um problema em escala global,
ao mesmo tempo em que exigiu níveis de empatia e altruísmo da população para
que se contivesse o espalhamento da doença que ceifou a vida de 19 milhões de
pessoas no mundo. A paradoxal necessidade de união e esforços conjuntos e a
necessidade de isolamento social para a contenção do vírus trouxeram desafios
para todas as áreas da atividade humana, muitos dos quais lidam com os efeitos
adversos das medidas de contenção ainda no período pós-pandêmico.
Certamente, a área da educação está entre elas. Levando-se em
consideração que o sistema educativo não estava preparado para as medidas de
urgência que foram tomadas, como a paralisação das aulas por tempo
indeterminado, a adoção do “ensino a distância” por meio de aulas remotas
síncronas ou mistas, além da temporária perda do papel socializador do ambiente
escolar, os efeitos da pandemia, sobre professores e alunos, ainda se fazem sentir
no dia-a-dia das escolas por todo o mundo, nos fazendo refletir sobre as relações
entre a escola, entendida como métodos, técnicas e práticas de ensino-
aprendizagem, e a sociedade, no seu papel de cuidado para com as pessoas e sua
formação social.
É neste contexto, dos desafios do pós-pandemia, que este trabalho se insere.
Buscamos refletir sobre como a área de “Ensino Bilíngue” foi afetada e quais
estratégias podemos (ou devemos) adotar para lidar com os desafios que nos foram
legados. Tendo em vista que o “Ensino Bilíngue” tem como objetivo a formação de
sujeitos em um mundo globalizado, coletivo e interconectado, precisamos repensar
o papel das tecnologias de informação e comunicação (TICs), o aprofundamento
das dificuldades de aprendizagem e socialização, a readequação dos métodos ,
técnicas e práticas no processo de ensino e aprendizagem, assim como o papel
social da escola na formação destes sujeitos globais críticos e socialmente
conscientes que pretendemos formar.
Para o desenvolvimento desta reflexão mobilizarmos a ferramenta do Design-
Thinking, assim como os conteúdos aprendidos durante o curso em matérias como
“Ensino Bilíngue”, “Métodos e Técnicas do Ensino de Língua Inglesa” e “Escolas:
Papel Social e Desafios Contemporâneos”, “Organização da Ação Pedagógica”,
“Ensino e Avaliação de Textos”, “Aquisição de Língua Estrangeira: Técnicas de
Ensino”, além de alguns relatos da minha experiência pessoal, sendo formado em
História pela Universidade Federal de São Paulo e atualmente cursando o quarto
ano de Letras-Linguística na Universidade de São Paulo (USP), tive a oportunidade
de atuar em sala de aula, na rede pública de ensino de São Paulo, como professor
de História, no período anterior a pandemia e como professor de Inglês, da rede
privada, para crianças de 4 a 6 anos de idade em 2021, ainda durante a pandemia,
e atualmente com alunos das etapas do Fundamental II e Ensino Médio, dentro dos
componentes de Inglês e Redação, nos anos subsequentes (pós-pandemia).
DESENVOLVIMENTO:

A ferramenta do Design-Thinking, é uma ferramenta de inovação utilizada na


área de gestão de empresas, por meio dela seria possível identificar necessidades
reais dos usuários, compreender suas expectativas, propor modelos (protótipos) que
permitam testar ideias que levem à uma solução inovadora. Ela se propõe como um
“processo de conceber, planejar e desenvolver produtos funcionais" (BUCHMANN,
1992) que tenham como “enfoque a compreensão dos desejos e necessidades
humanas” (CAVALCANTI e FILTRO, 2017). Neste sentido, podemos afirmar que o
Design-Thinking é uma ferramenta de solução de problemas com uma abordagem
humanista, já que em sua metodologia propõe a coleta de dados a partir das
pessoas, da comunidade envolvida e interessada na solução do problema, por meio
de pesquisa e observação, e, por fim, propor soluções que possam ser testadas
(protótipos), avaliadas e melhoradas durante todo o processo, ou seja, é centrada
principalmente no ser humano (PINHEIRO e ALT (2011).
Portanto, todo trabalho no campo pedagógico, quando feito de forma
consciente e responsável, é já uma expressão do Design Thinking. Todo o trabalho
envolvido no cotidiano escolar é um trabalho com pessoas, é antes de mais nada
um ato de cuidado, em que problemas surgem a todo momento, os quais precisam
ser discutidos com toda a comunidade escolar a fim de que se chegue a possíveis
soluções, estas são testadas e lapidadas até que se chegue a uma solução
pertinente. Isto é, até que novos problemas surjam e demandem uma reavaliação
de abordagens, técnicas e métodos.
Mesmo que estejamos acostumados com o surgimento de novos problemas
no cotidiano escolar, quase que diariamente, e tenhamos, como profissionais da
educação, o “Design-Thinking” como uma segunda natureza, a pandemia do Covid-
19 nos trouxe desafios em uma escala nunca antes vista, pois desorganizou todo o
sistema de ensino, descontinuando todos os processo de ensino e aprendizagem,
do letramento a socialização. Ao exercemos nossa intervenção nestes tempos tão
difíceis pós-pandemia, estaremos enfrentando desafios que nos mobilizam pessoal
e profissionalmente. Esses são os princípios que regularão nossa abordagem do
projeto de experiência: refletir sobre o campo do Ensino Bilíngue e o papel social
que as escolas exercem na sociedade; reavaliar a pertinência de métodos e
técnicas de ensino e avaliação; refletir sobre o papel das TICs no ensino-
aprendizagem para alunos nativos digitais; refletir sobre o aprofundamento das
desigualdades de aprendizagem verificados no período pós-pandemia.
Primeiramente, precisamos compreender do que se trata uma Escola
Bilíngue. Atualmente, no Brasil, não há uma regulamentação norteadora em âmbito
nacional que a defina, contudo, o Conselho Nacional de Educação aprovou as
Diretrizes Nacionais para a Educação Plurilíngue no Brasil em julho de 2020, mas
que no entanto ainda carecem de homologação do MEC. É com base neste
documento que encontraremos informações sobre os objetivos, carga horária,
formação de professores e organização curricular que determinam o que pode ser
considerado como Escola Bilíngue. Assim, o objetivo de uma escola bilíngue é
trabalhar os conteúdos acadêmicos não linguísticos por meio das duas línguas, e
não somente um ensino voltado ao aprendizado de dois sistemas linguísticos. Para
isso, o conteúdo deve ser ministrado em no mínimo 30% e no máximo 50% na
segunda língua. Para que isso seja possível, a formação dos professores é
essencial, sendo necessária a formação em nível superior na disciplina ministrada
somada à formação complementar em educação bilíngue e comprovação de nível
mínimo B2 no CEFR.
A Escola Bilíngue, portanto, deve ser um ambiente em que a convivência e o
aprendizado se façam por meio da integração de ambas as línguas. Neste intuito, as
abordagens CLIL (Content and Language Integrated Learning) e a Aprendizagem
por meio de Projetos (ABP) são essenciais para permitir um aprendizado de forma
holística, tanto do conteúdo linguístico quanto do não linguístico, possibilitando
conexões significativas que dialoguem com a realidade do aluno (ALMEIDA e
BARROS, 2018). Além disso, a (ABP) também permite a colaboração entre os
docentes, potencializando a interdisciplinaridade entre os conteúdos e múltiplos
olhares sobre o desenvolvimento do aprendizado de um mesmo indivíduo,
intensificando o cuidado, e colaborando para uma formação global..
Consequentemente, o papel da escola e dos docentes é buscar diminuir os
contrastes sociais no decorrer da formação do sujeito, dado que a escola não está
descolada da comunidade da qual faz parte e esta interfere no aprendizado. Isto é
ainda mais verdadeiro em um contexto pós-pandemia, em que os alunos ficaram
apartados do ambiente escolar e limitados ao ambiente familiar por pelo menos dois
anos. Como aponta Cerqueira (2016), muitos problemas cognitivos e emocionais
são resultado da estrutura familiar. Por outro lado, “a escola é o lugar onde as
crianças deixam de pertencer exclusivamente a família para integrarem-se numa
comunidade mais ampla” (CANIVEZ,1991), portanto, passa a ser papel desta
instituição oferecer um espaço de convivência social pautado pela
interdependência, não violência e administração de conflitos a partir de princípios
sociais e éticos para a constituição de cidadãos com senso crítico, cientes de sua
participação social (DELORS,1998).
Neste processo, é fundamental o papel do professor, que vai muito além da
transmissão de um saber científico, em propiciar uma aplicação social dos
conteúdos, de forma que os alunos, como sujeitos sociais, sejam capazes de atribuir
significação real àquilo que foi aprendido para agir sobre a própria realidade, ou
seja, mais do que ensinar é papel do professor educar (FREIRE, 2019). Contudo,
isto só se torna possível a partir do momento em que se estabelece entre
professores e alunos uma relação de afetividade, o que não significa ser um
professor “bonzinho” e liberal, e sim estabelecer um diálogo baseado em respeito
mútuo, que preze pela valorização das individualidades (CURY, 2016) em que os
alunos se sintam seguros para cometer erros, pois estes são essenciais para um
processo de ensino e aprendizagem que tenha no aluno seu protagonista.
Em um contexto de ensino bilíngue, é comum que os educandos não estejam
no mesmo nível linguístico, o que implica um olhar de cuidado e atenção
permanente dos professores para adequar métodos e técnicas de ensino para
necessidades particulares. Assim, é imperativo que um professor bilíngue se
aproprie de conceitos básicos, como o de abordagem, a promoção de condições
significativas de aprendizagem baseadas em certo modelo de aquisição focado em
determinada competência linguística, que se realiza por meio de um método, uma
sequência didática atrelada a um material didático e o tratamento que se dará a ele
– de auxiliar ou protagonista – durante o procedimento, sequência de técnicas em
ordem cronológica no decorrer da aula, que, por sua vez dependerá da técnica a ser
empregada, ou seja, da maneira de realização das ações propostas pelo professor.
De forma que, mais do que adotar e aplicar um método específico, o que
poderia ser limitante e restritivo, é importante que o professor seja capaz de avaliar
o contexto de ensino-aprendizagem no qual seus alunos estão inseridos, levando
em consideração fatores socioculturais, o direcionamento e objetivos de
aprendizagem, dentro do trinômio particularidade, praticidade e possibilidade
(THORNBURY, 2005). Desta forma, ele será capaz de, a partir de seus
conhecimentos das diversas metodologias possíveis, selecionar aquelas que forem
mais adequadas.
No contexto da pandemia, a realidade que se impôs foi a necessidade de
adaptação, rápida e sem o devido planejamento, de abordagens, técnicas e
métodos para o ambiente digital, o que gerou muitos problemas. Um deles advém
da evidente desigualdade de acesso ao mundo virtual, mesmo entre os alunos de
escolas particulares, que de acordo com o senso comum, se supõe que possuam
acesso a computadores, o que se verificou foi uma grande dificuldade de acessar e
participar das atividades propostas e das aulas virtuais. Outro problema foi a quase
totalidade das interações humanas se dando de forma inteiramente virtual, ao ponto
de os alunos menores (4 a 6 anos) confundirem uma aula síncrona com desenhos e
pedir para pausar ou sair no meio da aula, acreditando não se tratar de uma
interação genuína entre pessoas. Em relação aos mais velhos (Fundamental II e
Ensino Médio) o mesmo problema se apresentou com uma roupagem diferente no
retorno às aulas presenciais, com muitos deles desprovidos de habilidades sociais
de resolução de conflito, gerando situações destoantes com as faixas etárias, o que
destoa na pressuposição da internet ser um ambiente mais coletivo e
interconectado.
De acordo com Marc Prensky (2001) vivemos em um mundo dividido entre
“imigrantes digitais” e “nativos digitais”. Sendo os primeiros, aqueles que nasceram
em um período anterior à massificação das mídias digitais e da internet, e os
segundos aqueles que “passaram a vida inteira cercados e usando computadores,
videogames, tocadores de música digitais, câmeras de vídeo, telefones celulares, e
todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital”, o que implica no fato de
que “os alunos de hoje pensam e processam as informações bem diferentes das
gerações anteriores”. Por outro lado, isso não significa que nossos alunos “nativos
digitais” possuam as habilidades necessárias para fazer um bom uso destas
tecnologias a serviço do aprendizado.
A pandemia evidenciou, para os profissionais da educação, que apesar da
facilidade dos nossos alunos com as novas tecnologias de informação e
comunicação (TICs), eles também precisam ser ensinados a utilizar estas
ferramentas para potencializar a aprendizagem. Assim, nativos e imigrantes digitais
podem se engajar em um aprendizado mútuo em benefício da educação.
O processo de aprendizagem também demanda um processo avaliativo,
antes entendido como uma prática classificatória, excludente e punitiva dentro do
modelo tradicional de ensino, deve, agora, ser encarado como uma forma de auxiliar
na construção do aprendizado (LUCKESI, 2005), ou seja, a avaliação deve ser, de
preferência, formativa, ao longo de todo o processo. Neste viés, cabe ao professor o
papel de facilitador e motivador que auxilia o aluno a coletar, relacionar e organizar
informações a fim de discuti-las como sujeitos históricos e dessa forma produzir um
conhecimento verdadeiramente significativo para si e para a sociedade (MASETTO,
2000).
Ademais, é necessário ressaltar a importância do diálogo entre professores e
o compartilhamento de experiências pedagógicas e do conhecimento construído em
relação às necessidades e dificuldades de seus alunos. Assim, todos poderão
colaborar para uma formação cidadã, tendo na língua estrangeira o componente de
interdisciplinaridade que permita o acesso ao conhecimento de forma mais ampla,
além do desenvolvimento de competências comunicativas interculturais na interação
com pessoas de outros países e culturas diferentes.
Vimos, até aqui, que o Design-Thinking é uma abordagem e ferramenta que
parte da coleta de dados e compreensão de uma dada situação problema para
propor soluções a partir de um protótipo, mecanismo que nos permita interferir na
realidade, e que seja passível de melhoramento. Nos detivemos na análise de
nossa situação problema (o contexto pós-pandêmico na área da educação).
Estudamos as especificidades do Ensino Bilíngue - formação de um sujeito global
por meio de conteúdos não linguísticos, ministrados em duas línguas, com a adoção
de metodologias específicas (CLIL e ABP). Discutimos o papel social da escola na
formação de sujeitos críticos e conscientes de seu papel na sociedade e como isto
só é possível mediante interações afetivas e colaborativas entre professores e
alunos. Examinamos, brevemente, a necessidade de se atentar para o novo perfil
do alunado (nativos-digitais) e da integração das TICs no processo de ensino e
aprendizagem, e por fim falamos sobre a adequação de métodos, técnicas e
modelos avaliativos às circunstâncias específicas de aprendizagem. Em seguida,
apresentaremos uma ferramenta de avaliação continuada, desenvolvida para um
acompanhamento mais próximo da aprendizagem do aluno, contendo componentes
de interdisciplinaridade e a necessidade da colaboração entre docentes.
Projeto: Construção do Conhecimento e Autonomia.

Temas: _____________________.

Objetivos: Oportunizar ao aluno o reconhecimento e mobilização de


conceitos de análise política e social para a complexificação de abordagens,
por meio de um instrumento de trabalho focado na autonomia do aluno na
construção do próprio conhecimento.

Justificativas: Contribuir com a formação integral do educando, fornecendo


elementos indispensáveis para o exercício da cidadania e reconhecimento da
realidade social e o funcionamento do sistema sócio-político-econômico
brasileiro. Além de garantir meios para a progressão em estudos posteriores
em consonância com os conteúdos curriculares da educação básica 1.
Garantindo ainda componentes de interdisciplinaridade e valorização das
artes para consolidação e aprofundamento dos conhecimentos2.

Critérios de avaliação: Avaliação formativa e continuada em etapas a


serem entregues no decorrer do trimestre como avaliações parciais
(A:Suficiente, B:Passível de melhoramento e I: Insuficiente). Será avaliada a
escrita e a sua adequação à variante padrão do português brasileiro (ou
inglês) bem como a qualidade do conteúdo. A nota do trabalho final será a
soma das etapas.

Datas de entrega: 1ª: _____ e 2ª: ______

Formatação do trabalho: Fonte Times New Roman ou Arial 12, alinhamento


justificado, espaçamento 1,5. Citações com mais de 3 linhas em fonte 10,
recuado em 3cm e entre aspas.

1
BRASIL.. [Constituição (1988)]. Art.22, Art.26, Art.26A, Art.27 e Art.32 In:Constituição da República
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
2
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais N4. Art.4, Art.6, Art.17 e Art.26. In: Brasil. Ministério da
Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação
Etapas

Introdução (0,5): Introduzir o tema a ser abordado, seguido de um pequeno


resumo de cada uma das etapas do trabalho. [mín 1 página]

Histórico (1,0): Abordar a evolução histórica do tema e/ou dos estudos


relacionados ao tema. [ 1 página]

Resenha (2,0): Resenhar duas ou mais obras relacionadas ao tema, duas


das quais serão escolhidas e fornecidas pelos professores responsáveis. Não
é necessário que seja lida a obra em sua integralidade. [mín 2 páginas]

Ferramentas conceituais e teóricas (1,0): Elencar e explicar conceitos-


chave, que aparecem no trabalho, para facilitar a posterior compreensão e
discussão do tema. [mín 1 página]

Abordagem Interdisciplinar (2,0): Escolher professores de outras disciplinas


para orientá-los a desenvolver uma abordagem do tema pela perspectiva da
disciplina escolhida. [mín 2 páginas]

Arte e [TEMA] (2,0): Escolher uma produção artística e, com a ajuda da


professora de Artes, fazer uma análise da obra, mostrando as relações desta
com a discussão do tema. [mín 2 páginas]

Equívocos e propostas(1,0): Colher exemplos de concepções ou


afirmações erradas sobre o tema, disseminado em redes sociais, e explicar o
equívoco cometido utilizando os conceitos aprendidos nas etapas anteriores.
[mín 1 página]

Conclusão (0,5): Fazer um balanço do que foi aprendido no decorrer do


trabalho – levando em consideração cada etapa realizada –, além de
apresentar uma proposta de intervenção para a mitigação de um problema
relacionado ao tema. [mín 1 página]

Referências: Listar, em ordem alfabética, as fontes utilizadas na realização


do trabalho, sejam elas bibliográficas, audiovisuais ou virtuais.
Nosso protótipo, portanto, possui objetivos e critérios avaliativos claros para
os alunos, assim como está baseado nas normas e leis brasileiras vigentes que
versam sobre a educação no país, para que comunidade escolar e os pais dos
alunos se sintam protegidos e tenham legitimidade no desenvolvimento do trabalho.
O trabalho possui datas de entrega e formatação flexível. O ideal é que as datas de
entrega sirvam apenas de baliza para a temporalidade de realização do trabalho.
Ressaltando que deve ser um projeto contínuo a ser trabalhado por todos os
professores dentro de suas disciplinas adotando um mesmo eixo temático. O
racismo, por exemplo. Assim, cada professor poderá acompanhar e auxiliar no
desenvolvimento destas atividades cotidianamente, e compartilhar ideias e
percepções entre si sobre o desenvolvimento de cada aluno.
As etapas do trabalho foram pensadas para que houvesse uma
materialização do trabalho em formato escrito, contudo, ela pode (como um
protótipo que é) ser refinada para se adequar à apresentações orais, seminários,
rodas de discussão, entre outros. As etapas “Histórico e Resenhas” foram pensadas
para dar aos alunos as ferramentas teóricas necessárias para discutir o tema com
maior profundidade, novamente, podem ser adaptadas em forma de pesquisa,
seminário, leitura conjunta, etc. A etapa “Ferramentas Teóricas” tem como finalidade
a organização dos conceitos aprendidos. A etapa “Abordagem Interdisciplinar”, não
deve ser entendida como um componente solto dentro do trabalho e sim como a
materialização de todo o trabalho desenvolvido por professores de diversas
disciplinas, a principal função desta etapa e ressaltar a autonomia do aluno, que
escolherá entre as diversas abordagens apresentadas pelos professores aquela que
despertar seu maior interesse. Em “Equívocos e propostas” é esperado que o aluno,
ao usar as redes sociais em seu dia-a-dia, esteja atento para o surgimento de
postagens ou vídeos que tenham relação com o trabalho desenvolvido, fazendo
com que perceba que a temática trabalhada faz parte de seu cotidiano para além do
ambiente escolar. Por fim, na conclusão, espera-se uma reflexão por parte dos
alunos das medidas possíveis de serem tomadas, com base em todo o
conhecimento adquirido ao longo do trabalho, para elaborar medidas que mudem
seu entorno, evidenciando o papel social dos alunos.
CONCLUSÃO:

Por fim, resta apenas ressaltar que para o funcionamento de todo e qualquer
processo de aprendizagem, seja ele baseado em uma ferramenta de avaliação
protótipo ou não, é necessário um envolvimento afetivo e responsável. Como sugere
o título deste trabalho, educar é também um ato de cuidado, que deve ser realizado
de forma contínua, por todos os membros da comunidade escolar, visando uma
formação holística dos sujeitos, ou seja, não focada apenas em seu aspecto
cognitivo, que envolvem os conhecimentos das disciplinas ou conhecimentos
linguísticos, no caso das especificidades do ensino bilíngue, mas também toda a
formação psico-social, na relação com seus colegas e professores e também na
relação consigo mesmo.
A pandemia do Covid-19 nos trouxe diversos desafios, mas também nos
deixou lições importantes sobre como o cuidado consigo mesmo se reflete no
cuidado com o próximo, e vice-versa. É neste espírito que devemos olhar todo o
trabalho realizado no campo da educação, pois a formação dos sujeitos deve ser de
tal forma global que suas ações no mundo impactem positivamente não apenas o
entorno do educando, mas a sociedade como um todo.
REFERÊNCIAS:

ALMEIDA, G. G. de; BARROS, L. da S. Novas estratégias de ensino da língua


inglesa para um aprendizado significativo de crianças e adolescentes.
Cadernos de Educação , v. 17, n. 34, p. 23- 40. jan./jun. 2018.

BUCHANAN, R. Wicked problems in design thinking. Design Issues , v. 8, n.


2, p. 5- 21, 1992.

CANIVEZ, Patrice. Educar o cidadão? Campinas:Papirus, 1991.

CAVALCANTI, C. C.; FILATRO, A. Design thinking na educação presencial, a


distância e corporativa . São Paulo: Saraiva, 2017.

CERQUEIRA, D. R. C. Redução da idade de imputabilidade penal, educação


e criminalidade. Rio de Janeiro: Ipea, 2016.

CURY, A. Aspectos sociais e formação do sujeito. [S. I]: Aplica, 2016.

DELORS, J. et al. Educação: Um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez;


Brasília, DF: UNESCO, 1998.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 67 ed – RJ-SP: Paz e Terra, 2019.

LUCKESI, C. C. Avaliação da aprendizagem escolar. 16. Ed. São Paulo:


Cortez, 2005.

MASETTO, M. T. As Competências pedagógicas do professor universitário.


São Paulo: Summus, 2000.

PINHEIRO, Tennyson; ALT, Luis. Design Thinking Brasil: empatia,


colaboração e experimentação para pessoas, negócios e sociedade. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2011.

PRENSKY, M. Digital Natives, Digital Immigrants, Part 1. On The Horizon, 9,


3-6. 2001.

THORNBURY, S. How to teach speaking . Essex: Pearson Education Limited,


2005.

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