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OS IMPACTOS DA PANDEMIA NO PROCESSO DE ENSINO E

APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Cecilia Raquel Alves Oliveira

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo compreender os impactos causados pela pandemia do
Covid-19 no processo de ensino e aprendizagem na educação infantil. A discussão
assenta-se na análise e reflexão acerca do posicionamento dos professores, os quais
precisaram ainda se enquadrar e se adaptar no contexto em que a pandemia era
vigente, no que diz respeito ao referencial da educação (infantil), sendo primordial
pontuar os acontecimentos durante e após o período de aulas remotas. Por meio dessas
questões apresentadas é que levanta a necessidade de verificar os impactos que a
pandemia surtiu na vida dos alunos da educação infantil que possuem uma necessidade
de interação social e dos processos lúdicos para o seu desenvolvimento cognitivo, físico
e social, o qual foram alterados durante todo esse período pandêmico. O trabalho a ser
desenvolvido trata-se de uma revisão bibliográfica de conhecimento disponível na área
e desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e
artigos científicos a fim de se obter um embasamento teórico aprofundado que auxilie
no desenvolvimento do estudo além de um estudo de caso que visa através dos dados
coletados que serão apresentados, trazer respostas e soluções para o problema em
questão desta.

Palavras-chave: Pandemia. Educação. Professores. Metodologias.

1. INTRODUÇÃO

O ensino e aprendizado desde o princípio se dá por meio da interação


entre professor e aluno, que por meio deste processo é possível que um aprenda
com o outro, tanto o educador como o educando, entretanto, estamos
vivenciando um momento no qual a interação não é possível, e todo o cuidado
com o contato pessoal é extremamente delicado, devido a isto, educadores vem
buscando estratégias de ensino na qual a interação ainda seja possível através
das mais diversas plataformas de vídeo com o intuito de proporcionar um ensino
de qualidade (LAGUNA et al., 2021).
De acordo com Laguna et al. (2021), no que diz respeito à presença dos
pais dos alunos neste processo educacional de ensino remoto, é fundamental
considerar que a criança consegue se desenvolver muito melhor tendo o apoio
e alguém para construir seus questionamentos e sanar suas dúvidas. Isso faz
com que seja compreendido que a escola e a educação infantil como um todo
está vinculada dentro e fora do espaço físico, mas também, no âmbito domiciliar
através de meios tecnológicos.
Este trabalho tem como objetivo compreender os impactos causados pela
pandemia do Covid-19 no processo de ensino e aprendizagem na educação
infantil. A discussão assenta-se na análise e reflexão acerca do posicionamento
dos professores, os quais precisaram ainda se enquadrar e se adaptar no
contexto em que a pandemia era vigente, no que diz respeito ao referencial da
educação (infantil), sendo primordial pontuar os acontecimentos durante e após
o período de aulas remotas.
Mesmo que tenhamos a tecnologia devemos pensar sempre nos alunos
que não possuem condições de manuseio delas, por isso, uma das opções ainda
utilizadas é a folha impressa, entretanto, é importante apontar que a educação
infantil é parte crucial da educação básica das crianças, se tratando do pontapé
inicial que proporciona aos alunos as habilidades necessárias para as series
posteriores, ou seja, o ensino fundamental, e por mais que grande parcela da
população visualize a educação infantil como um deposito de crianças, a sua
função educadora vai muito além de passar o tempo, ela proporciona a interação
social, a inserção da criança nos primeiros grupos sociais, entre tantas outras
questões que fazem com que tenhamos um olhar de atenção para esse período
da educação (ARAÚJO, 2020).
Por meio dessas questões apresentadas é que levanta a necessidade de
verificar os impactos que a pandemia surtiu na vida dos alunos da educação
infantil que possuem uma necessidade de interação social e dos processos
lúdicos para o seu desenvolvimento cognitivo, físico e social, o qual foram
alterados durante todo esse período pandêmico.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A realidade do ensino brasileiro e o direito a educação

A educação brasileira desde o Brasil Colônia tem passado por melhorias


constantes, mas não suficientes para a transformação do sistema educacional
regente no Brasil. A escassez de recursos financeiros, infraestrutura, transporte,
material didático, profissionais licenciados, treinados e com formação didático-
pedagógica para a implementação de práticas educativas e pedagógicas,
elaboração de um currículo escolar efetivo e que atenda a demanda da
comunidade, sociedade e as políticas educacionais instituídas por instâncias
governamentais como também a dimensão geográfica do país, leva a educação
brasileira e enfrentar muitas dificuldades para sua efetiva implementação
(NASCIMENTO, 2010).
A falta de estrutura mínima de trabalho é um dos principais problemas
encontrados, algumas escolas ainda usam lousas de giz, outras têm a lousa de
pincel, porém em más condições de conservação, além disso, encontramos
mesas e cadeiras quebradas, em falar de tecnologia no âmbito escolar, aí a
situação se torna mais crítica (BARBIERI; NOMA, 2017).
Outro problema é a formação do próprio professor, pois algumas escolas
disponibilizam para o corpo docente materiais como, mas muitos professores
não sabem usar e nem se quer tiveram um aprendizado para manusear ou lidar
com esses tipos de materiais. Assim podemos perceber que a qualidade do
ensino no Brasil está longe do ideal, tendo um agravante as atitudes
governamentais estarem pautadas principalmente em dados estatísticos,
visando atender as demandas internacionais de cunho neoliberal, com isso,
ampliou-se consideravelmente o acesso à educação (NASCIMENTO, 2010).
No âmbito educacional, observa-se governos minimizarem as políticas
voltadas para educação ao cumprimento de um ato administrativo, criando uma
solução universal e simples no contexto da dualidade exclusão/ inclusão,
desconsiderando as individualidades e as diferentes barreiras impostas,
parecendo desconhecer a infraestrutura e as impossibilidades formativas e de
atuação profissional nas escolas públicas, construindo práticas que tornam o
conhecimento inacessível para muitos (SARTORI; FRANCELINO, 2021).
É sabido que em decorrência de todas as dificuldades e disparidades
sociais, econômicas, políticas, violência social, muitos educadores se encontram
perdidos, em como promover educação de qualidade e inclusiva para todos,
principalmente em tempos de crise sanitária gerada pela pandemia de covid-19,
para assim assegurar a equidade na educação, assistir os diferentes sujeitos do
aprendizado e desarmar as desistências de muitos alunos da educação, da
escola e do seu próprio futuro escolar como passa porte para uma vida melhor
como cidadão de uma sociedade cada vez mais excludente, informatizada e
tecnologicamente globalizada (OLIVEIRA; SOUZA, 2020).
No que concerne aos sistemas de ensino, o impacto da pandemia foi
alarmante visto que desencadeou a suspensão das aulas presenciais nas
unidades públicas e privadas em todo mundo, evidenciando a enorme
dificuldade de manutenção dos calendários escolares obrigatórios e a
aprendizagem dos estudantes. No Brasil não foi diferente, a falta de estrutura
tecnológica dificultou o processo educacional e o ensino remoto emergencial
buscou atender, na medida do possível, as necessidades educacionais durante
a pandemia para diminuir os danos ao processo de ensino (OLIVEIRA; SOUZA,
2020).

2.2 Práticas Educacionais utilizadas durante a pandemia

Declarada então como uma emergência global pela Organização Mundial


da Saúde (OMS) e nomeada como COVID-19, a pandemia pelo novo
coronavírus iniciou-se em 2020, e tem como características um quadro gripal,
sendo de tosse e febre, podendo assim, evoluir para uma pneumonia e em casos
mais graves para dispneia e até o óbito. O seu período de incubação varia de 2
a 14 dias, e em alguns casos, os indivíduos podem permanecer assintomáticos,
mas ainda sim, tonando-se vetores de transmissão (BORDIN, et al, 2021).
A educação brasileira desde o Brasil Colônia tem passado por melhorias
constantes, mas não suficientes para a transformação do sistema educacional
regente no Brasil. A escassez de recursos financeiros, infraestrutura, transporte,
material didático, profissionais licenciados, treinados e com formação didático-
pedagógica para a implementação de práticas educativas e pedagógicas,
elaboração de um currículo escolar efetivo e que atenda a demanda da
comunidade, sociedade e as políticas educacionais instituídas por instâncias
governamentais como também a dimensão geográfica do país, leva a educação
brasileira e enfrentar muitas dificuldades para sua efetiva implementação
(BORDIN, et al, 2021).
É sabido que em decorrência de todas as dificuldades e disparidades
sociais, econômicas, políticas, violência social, muitos educadores se encontram
perdidos, em como promover educação de qualidade e inclusiva para todos,
principalmente em tempos de crise sanitária gerada pela pandemia de covid-19,
para assim assegurar a equidade na educação, assistir os diferentes sujeitos do
aprendizado e desarmar as desistências de muitos alunos da educação, da
escola e do seu próprio futuro escolar como passa porte para uma vida melhor
como cidadão de uma sociedade cada vez mais excludente, informatizada e
tecnologicamente globalizada (CARMO; CARMO, 2020).
Compreende-se que a pandemia global causada pelo novo coronavírus
(SARS- cov-2) tem levado a escola a se transformar, abrir suas portas para as
novas tecnologias digitais, as Tecnologias da Informação e Comunicação,
trocando o velho quadro-negro e giz, dinâmicas de grupo em sala de aula por
essas novas ferramentas de características tecnológicas e digitais dando uma
nova visão do ensino e aprendizado, trocando livros por telas de tablets,
computadores (COSTA, 2021).
A tecnologia foi e tem sido vista como principal canal mediador para o
ensino, aprendizado entre alunos e professores, facilitando o acesso ao estudo
e dando oportunidades de todos cumprir suas obrigações legais, direitos e
deveres com a educação neste momento marcado pelo isolamento social,
distanciamento provocado pelo novo coronavírus (DUARTE, et al, 2021).
Entende-se que a grave crise provocada pelo novo coronavírus, levou a
todos a mudar a sua forma e maneira de interagir em sociedade, trabalhar,
produzir, onde muitos profissionais tiveram que adaptar-se a nova realidade e
dar continuidade as suas atividades laborais em casa, a exemplo disso, os
professores passaram a trabalhar em home office, tendo que montar suas aulas
em casa, gravar aulas, videoconferências, montar e planejar tutoriais,
disponibilizar conteúdos digitais e interativos para seus alunos com a afinidade
de torna a as aulas mais fáceis e acessíveis a todos, tendo que integrar assim
as tecnologias da informática e comunicação para atender uma nova demanda
da educação, para prover o ensino remoto para os seus alunos (FERNANDES,
et al, 2020).
Visto que a pandemia de covid-19 tem criado um desafio enorme para os
educadores, que em um curto espaço de tempo, teve que readaptar suas aulas
para o ensino remoto, ou seja, o Home Office no exercício de ensinar, transmitir
conteúdo para estudantes de classes escolares, como objeto de aprendizagem,
teve a colaboração das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação para
o processo de aprendizagem, também são vistas como um recurso pedagógico
e curricular para a educação, de modo a construir significados, desconstruir
conceitos e reconstruir e sistematizar o ensino e aprendizado e a didática do
processo curricular de como ensinar, que métodos adotar para que os alunos
possam interagir com conteúdo virtual, tornando as aulas mais dinâmicas,
versáteis, lúdicas, interativas e inteligentes (LEAL, et al, 2021).
No momento em que, a crise provocada pelo novo Coronavírus causador
da doença Covid19, foi necessário o distanciamento social, o isolamento social,
trocando muitas atividades laborais que antes eram realizadas de forma
presencial por atividades remotas, assim institui-a o Home office, quanto as
escolas institui-a o fechamento das escolas para a prevenção à doença, quebra
da sua transmissibilidade ou, pelo menos, tentar frear a contaminação para que
as demandas dos sistemas de saúde não sobrecarregassem, assim deu início o
ensino remoto, onde alunos e professores teve que aprendera estudar ensinar
por mediação de uma ferramenta tecnológica, disponível em computadores,
tablete e celulares (LEAL, et al, 2021).
2.3 Importância da relação professor e aluno durante as aulas no pós-
pandemia
Em momentos atuais como a Pandemia Covid-19, foi notória o despreparo
e acessibilidade para adequação do ensino ao encarar um processo de
quarentena. Nesse sentido, o grande desafio é que a escola é acompanhar todas
essas mudanças e evoluções ao passo que consiga fazer da escola um espaço
cada vez mais conectado a realidade dos alunos e não ser um ambiente
antiquado e que em nada estimule alunos e professores, sendo assim um espaço
totalmente desconectado com a realidade (WECHSLER, 2020).
Uma educação de qualidade é objeto de debates constantes em todos os
setores da sociedade, porém pouco se faz para mudar realmente a realidade da
educação no Brasil, reflexo de uma educação retrógada que, que devido á suma
importância de adequação e a própria Pandemia, iniciou um processo de
modificação de ensino, porém de forma insatisfatória, uma vez que o despreparo,
falta de estrutura a nível dos estudantes e professores, tornaram o olhar para
uma mudança tão pouco positiva, devido a falta de organização e investimento
na educação (SILVA, 2015).
O ano de 2020 iniciou com a chegada de um vírus ao Brasil que modificou
toda a rotina pedagógica no país, tornando o ensino presencial remoto
obrigatoriamente devido à alta taxa de contágio deste vírus que provocou uma
pandemia mundial. Neste sentido, o ensino brasileiro apresentou necessidade
urgente de adaptação, dado as circunstâncias do momento (DE FRANÇA
FILHO, et al, 2020).
Dessa forma, os materiais concretos como uma maneira lúdica de ensinar
aos alunos o conteúdo na sala de aula, são de grande relevância. Para que os
alunos tenham um bom desenvolvimento com esta maneira lúdica de aprender,
é preciso que o professor tenha um bom planejamento de suas aulas. Não basta
que somente chegue à sala de aula com qualquer material sem ter um objetivo.
Por isso, os materiais concretos para o ensino das disciplinas para o professor é
de grande valia, pois, ficará mais fácil lidar com a aprendizagem dos alunos
através dele, evitando assim desgaste durante as aulas, frustação dos alunos e
também a reprovação que acarreta muitas vezes em abandono escolar por parte
dos alunos (WECHSLER, 2020).

Assim, materiais concretos trazem uma forma moderna de aprender o


conteúdo que é muito importante para a vida de qualquer cidadão. O trabalho
com os materiais é um dos recursos que favorece o desenvolvimento da
linguagem, diferentes processos de raciocínio e de interação entre os alunos.
Nesse sentido, a relação professor e aluno fica mais agradável, pois o lúdico
oferece isso entre eles (SILVA, 2015).
A escola sendo uma representação da sociedade, estando conectada
com o meio, tem papel fundamental na formação de crianças e jovens.
Independentemente de suas diferenças e particularidades, suas práticas devem
estar voltadas para a construção de uma sociedade justa e igualitária, além de
fornecer amparo educacional para a formação de profissionais para o mercado
de trabalho (SILVA, 2015).
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) apresenta dez competências
consideradas fundamentais para a formação básica que devem ser tratadas em
todas as áreas do conhecimento com vista ao desenvolvimento de um aluno que
tenha: conhecimento; pensamento científico, crítico e criativo; repertório cultural;
comunicação, cultura digital; trabalho e projeto de vida; argumentação;
autoconhecimento e autocuidado; empatia e cooperação; responsabilidade e
cidadania. Essas dez competências objetivam o aluno desenvolva
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes que o auxiliem frente às
demandas da vida social, no seu exercício como cidadão ativo, bem como nos
aspectos condizentes com o mundo do trabalho (BRASIL, 2006).
As disciplinas se mostram fundamentais para a constituição de tais
competências e para isso é importante pensarmos sobre quais são as dinâmicas
estabelecidas no processo de ensino que podem potencializar o
desenvolvimento dessas competências e para tal se faz necessário utilizar
metodologias de ensino que apresentem tais potencialidades (DE FRANÇA
FILHO, et al, 2020).
Diversas metodologias de ensino podem ser utilizadas durante o percurso
formativo do aluno, sendo o professor o mediador desse processo. Diante dessa
perspectiva, os jogos utilizados nas aulas acabam por potencializar o
desenvolvimento do pensamento, da criatividade e da autonomia dos alunos. E
o mesmo justaposto com a abordagem de investigação oportuniza ao aluno o
desenvolvimento de suas múltiplas habilidades (DE FRANÇA FILHO, et al,
2020).
O papel do professor nesse caso é de suma importância, uma vez que em
seu planejamento deve levar em conta qual o objetivo ao se de materiais
concretos nas aulas da disciplina, buscando que por meio deste, se apresentem
elementos fundamentais perante o desenvolvimento de uma experiência
significativa de ensino e aprendizagem (DE FRANÇA FILHO, et al, 2020).
A vida profissional acadêmica é composta de muitos desafios e
dificuldades para o professor. Ao longo de sua jornada de trabalho, este
profissional precisa se adaptar aos diferentes cenários que encontra nas salas
de aulas e também a se reinventar para que sua metodologia de ensino não se
torne obsoleta. Logo, o docente necessita estudar constantemente para
entender as revoluções da sociedade, os costumes, a cultura e, principalmente,
o comportamento de jovens e crianças. Dentre muitas ferramentas que podem
ser utilizadas dentro da sala de aula, os materiais concretos representam um
importante complemento para a introdução de novas matérias e abordagens do
conhecimento (DE FRANÇA FILHO, et al, 2020).
Em especial no ensino pós-pandemia, os alunos encontram dificuldades
para associar o que é visto na sala em aplicações práticas. Essa dificuldade
explica o porquê à introdução de metodologias, como o ensino lúdico, resultam
em experiências positivas e efetivas para professores e alunos. Uma vez que é
possível ir além dos livros, através de jogos didáticos, atividades práticas
contextualizadas e a participação do aluno como protagonista e sujeito atuante
no processo de conhecimento. O que ficou nítido pelas pesquisas e estudos
abordados, é que os alunos apresentaram maior interesse pela matéria e
também maior entendimento do por que adquirir tais conhecimentos é importante
para a formação como cidadão (DE OLIVEIRA; DE SOUZA, 2020).
Na sala de aula, o professor conhece seus materiais, sabe quando está
usando suas estratégias de ensino, os modifica com base na resposta de seus
alunos, naturalmente interage com eles e sabe o que vai avaliar em cada aula.
Além disso, o professor deve buscar as melhores estratégias e se atualizar para
incorporar novos materiais nas aulas quando necessário, aliado a um
planejamento sério e responsável (DE OLIVEIRA; DE SOUZA, 2020).
Os professores têm a possibilidade de gerar conteúdos pedagógicos de
acordo com os interesses ou particularidades de cada aluno, podendo adaptar-
se a pequenos grupos ou mesmo a um aluno individual. Além disso, o professor
deve adquirir um novo papel e novos conhecimentos, desde conhecer bem a
rede e suas possibilidades até como utilizá-la em sala de aula e ensinar aos
alunos seus benefícios e desvantagens (DE FRANÇA FILHO, et al, 2020).
Insta destacar ainda que materiais concretos são importantes no meio
educacional, principalmente para a resolução de problemas. Os materiais
inseridos na disciplina de possuem sua junção ao desenvolvimento de uma
abordagem focada na resolução de problemas. Ainda para o autor, as atividades
que envolvem a perspectiva de resolução de problemas acabam por impulsionar
o processo de construção do saber científico pelo aluno, uma vez que os
problemas desencadeiam a aprendizagem, sendo eles os percursores de
construção de um novo conceito (DE FRANÇA FILHO, et al, 2020).
As atividades com materiais concretos nas aulas podem ser consideradas
como estratégias para a resolução de problemas na medida em que ao jogar o
aluno utiliza-se de tal habilidade. Uma vez que é fundamental que o aluno seja
inserido dentro de atividades em que é oportunizado momento de abstração,
levantamento de hipóteses, validade das conjecturas criadas, reflexão, análise,
síntese e conclusão dos resultados obtidos (DE OLIVEIRA; DE SOUZA, 2020).
Logo, o uso dos materiais concretos pode desencadear a construção de
novos saberes e conhecimentos de forma motivadora, prazerosa e desafiadora.
Uma vez que ao se desenvolver uma atividade que possui como foco a
habilidade de resolução de problemas, busca-se por meio desta a real
compreensão de um fato (DE OLIVEIRA; DE SOUZA, 2020).
Atualmente as Instituições de Ensino são apresentadas aos alunos de
maneira que é desinteressante como é passado os seus conteúdos, além disso,
é apresentado os conteúdos de forma desconectada com a sociedade, por causa
disso muitos professores precisam repensar na sua prática pedagógica para que
possa buscar ou venha a promover um ensino que seja mais atrativo e que
possa conquistar e motivar o aluno (DE OLIVEIRA; DE SOUZA, 2020).

2.4 Importância das tecnologias digitais como suporte para o ensino no


pós-pandemia

É importante ressaltar que as tecnologias digitais estão cada vez mais


presentes em distintos espaços da sociedade, além do mais a utilização das
supracitadas tecnologias cada vez mais vem implicando e influenciando na
forma de viver, estudar e trabalhar, e nesse interim as “instituições educacionais
tornam-se espaços responsáveis por uma educação com e para essas
tecnologias” (SCHERER; DA SILVA, 2020, P.01).
Entende-se que o mergulho da escola e sua aposta nessas tecnologias,
que para muitos educadores são novas, tem causado espanto, incertezas, medo
e inseguranças a muitos professores, por não saberem lidar com as mesmas,
conhecer estas ferramentas, pois a incerteza também aparece quando estes
educadores consideram e pensam que muitos dos seus alunos já nasceram
digitais, ou seja, em contato com a rede global digital de tecnologias, pois a
ascensão tecnológica veio junto com eles, são os nativos digitais, fatos que
levam aos educadores, a insegurança de não saberem lidar com essas
tecnologias com a mesma competência que seus alunos para que assim se
possam ensinar, transmitir conteúdos e alavancar também a produção, a
investigação e criação de novos métodos dos saberes pelos seus alunos
(CARMO; CARMO, 2020).
Os avanços tecnológicos não param, e cada vez mais é possível
vislumbrar na atualidade a utilização dos referidos nas novas metodologias de
ensino. E o uso dessa tecnologia não pode estar dissociado no processo
educativo. Um dos maiores benefícios para a aprendizagem, é permitir que
alunos e professores estejam conectados, compartilhando os conteúdos
ministrados em sala de aula, fazendo com que o trabalho do docente tenha maior
engajamento, já que está ligado diretamente às linguagens usadas pelos alunos.
O avanço das mídias sociais teve como objetivo, levar maior qualidade e conforto
para todos, e dessa forma, não haveria motivos para não ser inserido dentro do
contexto educacional voltado para os alunos (MELO, 2014).
Dentro dessa perspectiva, são apresentadas algumas metodologias de
ensino que podem ser utilizadas pelos professores na busca de maior
aproveitamento e interação dos estudantes com autismo, almejando uma
aprendizagem significativa e que propicie sua formação integral, uma vez que
práticas lúdicas são essenciais para o desenvolvimento do raciocínio, da
memória, promovem sentimentos de afetividade, sociabilidade e introduzem a
compreensão das regras sociais através da interação. Muitos materiais que
trariam mudanças positivas para a educação já existem e são aprimorados
diariamente, como programas educativos, softwares diferenciados, sites
educacionais com atividades variadas, todos criados para dinamizar o espaço
de aprendizagem e transformar a realidade das aulas tradicionais (ZANARDES,
2015).
O grande fluxo de interações através das redes, a troca e o uso
colaborativo de informações mostram que existe a necessidade de construção
de novas estruturas educacionais, que forneçam a capacitação dos jovens para
o novo mundo digital. É importante criar um ambiente interativo, em que todos
os alunos participem de forma significativa, onde tenham acesso à informação e
o professor contextualize os assuntos teóricos com as práticas do dia a dia.
(SOUZA, 2014).
3. CONCLUSÃO
O professor como agente ativo de todas as atividades a serem
desenvolvidas em ensino remoto deve buscar sempre por recursos
metodológicos e digitais que estimula seus alunos a interagir, a gostar das aulas,
ter maior adesão ao ensino remoto interativo, disponibilizando assim diversas
ferramentas como o estudo dirigido; disponibilizar conteúdo em PDF; criação de
videoaulas; elaboração de atividades lúdicas para o ensino remoto para ensinar
conteúdos de maior grau de compreensão e interpretação.
Pode-se auferir que mesmo que tenhamos a tecnologia devemos pensar
sempre nos alunos que não possuem condições de manuseio delas, por isso,
uma das opções ainda utilizadas é a folha impressa, entretanto, é importante
apontar que a educação infantil é parte crucial da educação básica das crianças,
se tratando do pontapé inicial que proporciona aos alunos as habilidades
necessárias para as series posteriores, ou seja, o ensino fundamental, e por mais
que grande parcela da população visualize a educação infantil como um depósito
de crianças, a sua função educadora vai muito além de passar o tempo, ela
proporciona a interação social, a inserção da criança nos primeiros grupos
sociais, entre tantas outras questões que fazem com que tenhamos um olhar de
atenção para esse período da educação.
Haja em vista que, é importante deixar ressalvas que seja necessário que
as políticas públicas que fermentam a educação, as leis e decretos educacionais
sejam elaborados de modo a dar visibilidade às necessidades educacionais e
particularidades de cada escola, em cada região no Brasil em que os problemas
educacionais são muitos, falta de recursos tecnológicos, pouca disponibilidade
de recursos financeiros, a necessidade de contratação de professores
especializados para a promoção do ensino e aprendizado são alguns dos
problemas enfrentados pela educação pública.
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