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LETRAS – PORTUGUÊS – LICENCIATURA

RITA DA COSTA CASTRO

A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E


AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

São Luís Gonzaga do Maranhão - MA


RITA DA COSTA CASTRO

2021

A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM


CURRICULAR E AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar


apresentado como requisito parcial para a obtenção de
média bimestral na disciplina de Didática; Pensamento
Científico; Funcionamento da Educação Brasileira e
Políticas Públicas; Práticas Educativas em Espaços não
Escolares e Psicologia da Educação e da Aprendizagem

Orientador: Prof. Eraides Ribeiro do Prado

São Luís Gonzaga do Maranhão - MA


2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................6
2.1 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS
TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS ...................................................................................6
2.2 AS DEZ COMPETENCIAS DA BNNC....................................................................7
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................10
REFERENCIA.............................................................................................................11
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1 INTRODUÇÃO

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC é definida como um documento


de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e
modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus
direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua
o Plano Nacional de Educação (PNE), Conforme a BNCC, as dez competências
para a Educação Básica devem ser consideradas para a construção de projetos e
propostas pedagógicas firmadas em novas perspectivas de aprendizagens. Esses
projetos e propostas, por sua vez, serão objeto de estudo e análise dos educadores
em busca de replanejamentos e em uso de materiais didáticos, matrizes de
avaliações e exames nacionais.
Diante das competências da BNCC e as tendências pedagógicas o presente
trabalho tem por finalidade refletir a relação da Base Nacional Comum Curricular e
as tendências pedagógicas, mas especificamente da tendência progressista. Diante
dessa temática propôs-se uma reflexão acerca das tendências pedagógicas
progressistas e a quinta competência da BNCC:

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e


comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas
práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e
disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e
exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. (BRASIL, 2017.
p.9).

Esta é uma das competência da BNNC que tem o objetivo de focar no uso
específico de recursos tecnológicos, mas com senso crítico. Pois a mesma prima por
ensinar às crianças e adolescentes a dominar o universo digital, para que consigam
utilizar as ferramentas multimídia para aprender a produzir.
Portanto, reconhecendo a imensa importância desse estudo, sobre a relação
das competências da BNNC e as tendências pedagógicas nas práticas pedagógicas
Libâneo (1982) argumenta que as práticas pedagógicas consiste na:

Concretização das condições que asseguram a realização do trabalho


docente. Tais condições não se reduzem ao estritamente "pedagógico", já
que a escola cumpre funções que lhe são dadas pela sociedade concreta
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que, por sua vez, apresenta-se como constituída por classes sociais com
interesses antagônicos. A prática escolar assim, tem atrás de si
condicionantes sociopolíticos que configuram diferentes concepções de
homem e de sociedade e, consequentemente, diferentes pressupostos
sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-aluno, técnicas
pedagógicas etc. (LIBÂNEO, 1982. p.1)

A partir de tais questionamentos, objetivamos com este trabalho refletir


sobre o que a quinta competência enfatizada pela BNCC têm de aproximação com
as tendências pedagógicas.
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2. DESNVOLVIMENTO

2.1 A RELAÇÃO ENTRE A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Para que haja desenvolvimento e uma aprendizagem ativa com a utilização


de recursos tecnológicos e lúdicos, é necessário objetivos, competências e
habilidades a serem desenvolvidas e forma de ensino utilizando as tendências
pedagógicas. Para que o aluno adquira autonomia e construa o seu próprio
conhecimento, é necessário que seja autor e não um mero receptor de conteúdo,
como eram repassados nas tendências liberais, mais especificamente nas teorias
tradicionais e tecnicista.
Nesse sentido, para se chegar ao objetivo esperado, é necessário reflexão
e, ao mesmo tempo, questionar quais fundamentos teóricos inspiraram os
fundamentos. Como citado na introdução a BNNC é um documento fundamental,
nela está o conjunto básico de aprendizagem orgânica e progressiva que todos os
alunos devem desenvolver em todas as etapas e métodos da educação básica para
que seus direitos de aprendizagem sejam protegidos.
Com a globalização e o avanço das tecnologias, podemos dizer que
vivemos em uma sociedade movida pela tecnologia, com interferências no avanço
da ciência e da tecnologia causando mudanças profundas, percebidas nas ações
mais simples e mais complexas do cotidiano. A educação, pois, está envolta a essas
grandes mudanças.
O filósofo Cortella (2014) afirma que, em maior ou menor escala, a
tecnologia invadiu a sala de aula, pois as crianças não são iguais às de 20 ou 30
anos. Hoje elas estão conectadas o tempo todo, de modo que o educador não pode
fechar os olhos a essa mudança, ainda que muitas escolas ainda não tenham
pesado detidamente sobre essa questão.
Vale ressaltar que, com o avanço da tecnologia e a inserção das novas
tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), novos modelos
metodológicos invadiram as salas de aulas de todo país, pois com a introdução da
internet nas escolas, o mundo se abriu para o aluno, aos menos como possibilidade
prática de acessar informações antes inimagináveis para as crianças.
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Dentro dessa perspectiva é que se insere a quinta competência da BNNC


fazendo uma relação com a tendência pedagógica progressista, mais
especificamente a tendência da pedagogia critico-social de conteúdos a mesma
segunda Libâneo propõe uma:
Síntese superadora das pedagogia tradicional e renovada, valorizando a
ação pedagógica enquanto inserida na prática social concreta. Entende a
escola como mediação entre o individual e o social, exercendo aí a
articulação entre a transmissão dos conteúdos e a assimilação ativa por
parte de um aluno concreto (inserido num contexto de relações sociais);
dessa articulação resulta o saber criticamente reelaborado. (LIBÂNEO,
1982. p. 9).

Vale ressaltar a importância das tendências pedagógicas na prática escolar


para o desenvolvimento da educação, assim, já dizia Freire, (2000).
Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as
condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e
todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de
assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante,
comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter
raiva porque capaz de amar. (FREIRE, 2000, p.46).

Portanto, reconhecendo a imensa importância desse estudo, para que haja


verdadeiramente a efetivação dessa autonomia libertadora em virtude da educação
faz-se a incorporação no sistema da rede de ensino a inclusão, os currículos temas
específicos da regionalidade sobretudo da culturalidade. Todavia, a função
socializadora do processo educativo nos possibilita ao diálogo, ao aprofundamento
de nossas competências intelectuais, a valorização dos nossos princípios e valores,
nos tornando protagonistas de nossas histórias evidenciando assim um importante
papel na vivencia social.

2.2 AS DEZ COMPETENCIAS DA BNNC

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o


mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e
inclusiva.
2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das
ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver
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problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos


das diferentes áreas.
3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais
às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural.
4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras,
e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das
linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e
comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas
sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e
autoria na vida pessoal e coletiva.
6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de
conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do
mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu
projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para
formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que
respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o
consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.
8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional,
compreendendo- se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as
dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,
fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com
acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer
natureza.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios
9

éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BRASIL, 2017, p. 9,10).


Com a inter-relação das competências acima abordadas a BNCC assume o
papel de principal instrumento responsável para efetivação da aprendizagem,
apoiada pelo compromisso de socialização da educação, permitindo-nos aprofundar
compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais para se
comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver
problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva, determinado
no enunciado da quinta competência, trabalhado como amostragem de analise neste
trabalho.
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3 CONCLUSÃO

De acordo com a análise da BNNC ao longo deste trabalho, percebeu-se a


importância desse documento para a educação, o mesmo define os conhecimentos
e habilidades que os alunos devem desenvolver ao longo da educação básica, além
de garantir a oportunidade e a permanência da escola.
O presente trabalho possibilitou a entender e compreender que a realidade
de nosso semelhante condicionará a aprender algo novo, a reaprender com os
conhecimentos concretos nela existente, pois a educação em sentido amplo não se
delimita ao processo de escolarização contudo, pode-se considerar que o processo
educativo ocorre em diferentes contextos e em múltiplos ambientes. Partindo dessa
realidade fica bastante notório que tanto a família, quanto a escola e a sociedade
assumem um papel primordial no desenvolvimento de cada componente da
sociedade. Assim a educação passa ser entendida como um universo de relação em
três eixos do campo educativo, educação formal, educação não formal e educação
informal.
Baseado por essas informações e reconhecendo os principais desafios em
relação ao desdobramento da educação no país; observa-se que por mais que a
BNCC norteia os eixos curriculares, ainda assim anda a passos lento o avanço
educacional do país, seja pela carência do processo formativo profissional, ou pela
modalidade de ensino que não atenda em alguns casos os anseios das
especificidades evidentes no meio.
Embora essa realidade seja uma realidade palpável, vale ressaltar que a
BNCC tem um importante papel na garantia e permanência dos direitos dos
docentes, sobretudo da soberania no processo da aprendizagem.
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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:


Ministério da Educação, 2017. Disponível em.
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit
e.pdf. Acesso em 29/10/2021.

CORTELLA, Mario Sergio Educação, escola e docência: novos tempos, novas


atitudes / Mario Sergio Cortella. -- São Paulo: Cortez, 2014.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 50. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000. 165 p.

LIBÂNEO, José Carlos TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA PRÁTICA ESCOLAR.


Disponível em.
https://praxistecnologica.files.wordpress.com/2014/08/tendencias_pedagogicas_liban
eo.pdf. Acesso em 29/10/2021.

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