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EDUCAÇÃO ESPECIAL

LAIS FERNANDA RODRIGUES FERREIRA

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS


PEDAGÓGICAS

ARAÇUAÍ
2021
LAIS FERNANDA RODRIGUES FERREIRA

A BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS PRÁTICAS


PEDAGÓGICAS

Trabalho apresentado à Universidade UNOPAR, como


requisito parcial para a obtenção de média semestral nas
disciplinas do 1º semestre.

Professores do 1º semestre

ARAÇUAÍ
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................4
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................09
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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1 INTRODUÇÃO

O presente trabalho visa discorrer acerca das práticas


pedagógicas sob viés da Base Nacional Comum Curricular, com objetivo de
destacar a importância do planejamento, a realidade dos alunos, o Projeto
Político Pedagógica, e as práticas atuais, contidas na proposta da BNCC como
metodologias inovadoras.
Para desenvolvimento da proposta inicialmente será feito uma
pesquisa bibliográfica acerca do tema, no intuito de fundamentar o
questionamento abordado da situação geradora de aprendizagem e na
situação problema, ao final será construído uma apresentação contendo
posturas e propostas que caminham em direção ao desenvolvimento das
competências gerais da BNCC.
Este trabalho muito relevante, pois permite construção do
conhecimento a partir das tendencias pedagógicas atuais, que contribuem para
formação profissional e a prática em sala de aula.
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2. DESENVOLVIMENTO

Ao longo dos anos a educação tem buscado resolver lacunas


com os diversos problemas apresentados nesse processo de aquisição e
desenvolvimento da aprendizagem. Com isso, a BNCC foi criada, em especial
para o ensino médio, tendo como foco suprir as lacunas deixadas por um lastro
de repetências e abandono em sala de aula.
A inserção das dez competências na BNCC tem como uma de
suas premissas assegurar ao estudante o seu desenvolvimento, o direito de
exercer a cidadania e o seu ingresso no mundo do trabalho. Nesse contexto, as
novas competências são consideradas um novo estímulo em busca de uma
transformação da sociedade contemporânea.
Sendo assim, de acordo com a BNCC:
[...] competência é definida como a mobilização de conhecimentos
(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas
complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do
mundo do trabalho. (BRASIL, 2017, p. 8).

Nessa perspectiva, o currículo precisa ser repensado como


política cultural de participação coletiva e de possibilidade de transformação
social, tendo a instituição escolar como espaço de diversas experiências e de
construção de identidades, de compartilhamento de saberes, e de expressão e
de partilha da diversidade cultural.
A BNCC traz orientações para que as instituições de educação
básica e seus profissionais possam modificar e/ou adaptar o currículo com as
novas concepções a serem incluídas no planejamento pedagógico feito pelas
escolas. Com base no conceito de “competências”, esse planejamento se
apresenta como um novo caminho para a educação, a fim de alcançar sua real
função no processo de aquisição do conhecimento.
Quando se fala em tendencias pedagógicas, referimos a
necessidade de mudanças tradicionalista da educação, onde há a
predominância de memorização de conteúdo, onde os alunos são
considerados como indivíduos vazios de conhecimentos, cabendo a eles
concordarem com tudo sem questionar.
Contrapondo esse método tradicional de educação, Luzuriaga,
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define por educação nova como:


Por educação nova entendemos a corrente que trata de mudar o
rumo da educação tradicional, intelectualista e livresca, dando-lhe
sentido vivo e ativo. Por isso se deu também a esse movimento o
nome de `escola ativa. (1980, p.227).

Assim, a medida em que as Unidades Escolares produzirem


um projeto político-pedagógico onde estejam claras as concepções de mundo,
sociedade, homem e escola enquanto totalidade, o trabalho educacional e o
ato educativo que ocorre em cada sala de aula terão um novo curso, uma
trajetória fundamentada em condições filosóficas e metodológicas que darão
subsídios à concretização das necessidades objetivas do processo
educacional.
A educação nessa perspectiva da pedagogia progressista é
admitida por uma metodologia interdisciplinar que concebe um trabalho
pedagógico por meio de tema gerador, propondo uma educação
problematizadora, e estas são características da tendência progressista
libertadora, e a evolução desta, possibilita uma metodologia transdisciplinar
conhecida como tendência libertária, onde o indivíduo passa a exercer
responsabilidade mútua na educação e consequentemente na sociedade, em
que o sentido libertário e autogestionário proporciona o espaço social de cada
um, dando a sua devida importância social.
Conforme a BNCC, as dez competências para a Educação
Básica devem ser consideradas para a construção de projetos e propostas
pedagógicas firmadas em novas perspectivas de aprendizagens. Esses
projetos e propostas, por sua vez, serão objeto de estudo e análise dos
educadores em busca de replanejamentos e em uso de materiais didáticos,
matrizes de avaliações e exames nacionais.
Luckesi (1991) considera como tendência pedagógica diversas
teorias filosóficas que pretendem compreender e orientar práticas educacionais
em diversos momentos e circunstâncias da história humana na educação
brasileira.
Dessa forma, transformam-se hábitos, diálogos, sensações,
compartilhamentos, interações. Transformam-se, também, saberes, práticas,
corpos, atitudes e uma série de sensações empíricas que o(a) jovem aprendiz
recebe e, consequentemente, transmite nos campos familiares e sociais que
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transita. A partir desse fluxo, especialmente na contemporaneidade, avistamos


metodologias, engajamentos e formações que transcendem os muros das
instituições de ensino e integram mudanças socioculturais.
Nesse sentido, salientamos que a escola tem o papel de:
[...] adequar necessidades individuais ao meio, propiciar experiências,
cujo centro é o aluno. Papel do aluno: buscar, conhecer,
experimentar. Relação professor-aluno: clima democrático, o
professor é um auxiliar na realização das experiências.
Conhecimentos: algo inacabado, a ser descoberto e reinventado,
baseado em experiências cognitivas de modo progressivo em
consideração ao interesse. Metodologia; aprender experimentando,
aprender a aprender. Conteúdos: estabelecidos pela experiência.
Avaliação: foco na qualidade e não na quantidade, no processo e não
no produto. (QUEIROZ; MOITA, 2007, p. 7).

Nesse sentido, a BNCC vem reafirmar a vivência das


competências dispostas anteriormente pela LDBEN. Compreender essa
realidade requer refletir e, ao mesmo tempo, questionar quais fundamentos
teóricos são inspiradores da Base, especificamente os que tratam de analisar
quais tendências estão presentes neste documento normativo.
Segundo a BNCC:
No novo cenário mundial, reconhecer-se em seu contexto histórico e
cultural, comunicar-se, ser criativo, analítico-crítico, participativo,
aberto ao novo, colaborativo, resiliente, produtivo e responsável
requer muito mais do que o acúmulo de informações. Requer o
desenvolvimento de competências para aprender a aprender, saber
lidar com a informação cada vez mais disponível, atuar com
discernimento e responsabilidade nos contextos das culturas digitais,
aplicar conhecimentos para resolver problemas, ter autonomia para
tomar decisões, ser proativo para identificar os dados de uma
situação e buscar soluções, conviver e aprender com as diferenças e
as diversidades. (BRASIL, 2018).

As tendências pedagógicas surgiram para melhor direcionar a


prática educativa e essa prática não se reduz ao pedagógico apenas, mas aos
movimentos sócio-políticos e filosóficos que são fortes norteadores dessas
concepções. Cada concepção formulou-se na tentativa de interpretar o
processo educativo e buscar soluções que serão refletidas no ato de educar,
ação e intenção para aprendizagens significativas.
Nesse sentido, um dos desafios do professor consiste em fazer
a transposição didática dos conhecimentos historicamente constituídos para a
realidade dos educandos, de modo que eles possam participar ativamente de
sua formação, refletir criticamente a realidade e apontar soluções para os
problemas sociais, sejam eles de ordem política, cultural ou de sobrevivência, a
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fim alcançar melhores condições de vida e combate às desigualdades sociais


Essas tendências visam intermediar os métodos a partir da
problematização, instrumentalização e catarse, e parte da prática social na qual
professor e alunos se encontram em posições distintas e promovem o
encaminhamento da solução dos problemas postos pela prática social. A
educação é entendida como mediação no seio da prática social global. As
tendências pedagógicas são o ato de condução dos processos educativos e da
prática dos educadores.
Em suma, as concepções pedagógicas ainda permanecem intrínsecas mesmo
com as novas competências da BNCC. Sendo assim, vamos analisar quais as
relações das tendências pedagógicas com as quatro primeiras competências
gerais apontadas pela BNCC para a Educação Básica.
Conforme aponta a quinta competência geral da BNCC, a
cultura digital atualmente tem se tornado cada vez mais presentes no cenário
educacional, nesse sentido, estas surgem como novas tendencias pedagógicas
que permitem o aluno construir seu aprendizado a partir de suas vivências,
desenvolvendo seu protagonismo no processo ensino aprendizagem.
O acesso à informação tecnológica amplia a possibilidade de
novos caminhos, além de criar um ambiente de pesquisa e de debate capaz de
desenvolver as competências mais importantes para o futuro, como o
pensamento crítico e a criatividade.
Metodologias ativas na concepção de Freire (1996) é uma
aprendizagem que deve ser impulsionada por desafios, por resolução de
problemas a partir de conhecimentos prévios que o sujeito possui, para que
novos pensamentos sejam construídos.
Barbosa e Moura afirmam que o uso de metodologias ativas
ocorre quando:
O aluno interage com o assunto em estudo, ouvindo, falando,
perguntando, discutindo, fazendo e ensinando sendo estimulado a
construir o conhecimento ao invés de recebê-lo de forma passiva pelo
professor. Em um ambiente de aprendizagem ativa, o professor atua
como orientador, supervisor, facilitador do processo de
aprendizagem, e não como fonte única de informação e
conhecimento. (BARBOSA e MOURA, 2013, p.55).

Para Morán (2015), a utilização de metodologias ativas pode ser uma


das formas de ser repensar as práticas pedagógicas da escola de modo
gradual e processual.
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Assim, compreender o que são as metodologias ativas e suas


contribuições permite romper com a forma tradicional de ensinar, garantindo
uma formação do aluno de maneira integral, através de uma intervenção
autônoma e crítica na sociedade, por meio do agir, refletir de forma ativa no
processo ensino aprendizagem onde se encontra inserido.

APRESENTAÇÃO DE PROPOSTA INTELIGADA COM A BNCC

3 Considerações Finais
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O trabalho possibilitou adquiri um amplo conhecimento sobre


as práticas pedagógicas podendo diferenciá-las ao longo do tempo, e
possibilitando compreender as tendências atuais que atendem os alunos do
século XXI.
Nesse debate, percebemos a importância de uma pedagogia
que amplie as possibilidades de aprendizagem através das experiências, tendo
estudantes e docentes como protagonistas, além da participação da
comunidade escolar, sendo imprescindível traçar novos caminhos para um
currículo como política cultural, em que o ensino não esteja restrito à
transmissão de conhecimentos, mas que se constitua como um processo
formativo de pesquisa, descobertas, inovação.
É de fundamental relevância que os profissionais de educação
conheçam as tendências pedagógicas. Isso porque a prática docente
apresenta uma demanda cada vez maior de desafios a serem superados. As
práticas educativas articuladas à pedagogia e à teoria de educação estão
impregnadas de concepções ideológicas e filosóficas que interferem no
processo de ensino e aprendizagem. O conhecimento histórico sobre as
tendências pedagógicas pode ajudar a compreender as questões pertinentes à
prática educacional, sua relação com a vida e os movimentos sociais da época
respectiva.

REFERÊNCIAS
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BARBOSA, E.F & MOURA, D.G. Metodologias ativas de aprendizagem na


educação profissional e tecnologia. Senac, Rio Janeiro, v. 39, n 2. P. 48-67.
Maio / Agosto 2013.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:


Ministério da Educação, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 36.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,


2003.

LUCKESI, C. C. Filosofia da educação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1993.

LUZURIAGA, L. 1957. Pedagogia. 2ª ed., São Paulo, Companhia Editora


Nacional , vol. 56, 352 p. (Coleção Atualidades Pedagógicas).

MORÁN, José. Mudando a educação com metodologias ativas. Coleção


Médios Contemporânea. Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania:
Aproximação jovens. Vol II, UEPG, 2015.

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