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Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o a 9.o ano)
A coleção didática composta pelo conjunto dos Cadernos de Atividades do Sistema de Ensino Objetivo
para os anos finais do ensino fundamental é o resultado de uma longa experiência na elaboração de materiais
didáticos e sua utilização efetiva em sala de aula.
Os Cadernos de Atividades são elaborados por professores da equipe pedagógica do Centro Educacional
Objetivo, com comprovada experiência na área educacional, atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer um material didático com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resulta de um efetivo diálogo
entre a teoria e a prática na construção das aulas e das propostas de atividades. Dessa forma, garante-se que
este material seja, de fato, um suporte eficiente para o trabalho do professor e para o aprendizado dos alunos.
Do ponto de vista teórico-metodológico, parte-se da concepção de que, nos dias atuais, não é possível
mais conceber o processo de ensino-aprendizagem apenas como transferência de informação. É preciso ir
além, buscando criar condições para uma aprendizagem efetiva e enriquecedora, em que o aluno seja a figura
central e assuma o papel de protagonista na construção do conhecimento. A atuação do professor assume
novos contornos no sentido do favorecimento desse processo. Isso se realiza por meio de uma pedagogia
ativa, dialógica e interativa, a qual busca a emancipação intelectual do aluno, que se pretende capaz de viver
em uma sociedade em constante processo de transformação.
Como lastro e suporte ao conhecimento a ser construído, é oferecido um conteúdo informativo ao mesmo
tempo denso e adequado às possibilidades de apreensão pelos alunos, de acordo com sua faixa etária.
Cumpre ressaltar que não se trata do conteúdo pelo conteúdo. Este não tem um fim em si mesmo, mas está
vinculado à construção de saberes necessários para a formação de indivíduos capazes de compreender o
mundo que os cerca e nele se situarem de forma crítica e responsável.
Assume-se, sobretudo, um essencial respeito ao aluno, concebido como sujeito livre, pensante, capaz,
potente, criativo, crítico e apto a novas descobertas. Visa-se contribuir para formar indivíduos autônomos,
com consciência crítica, sentido de cidadania e capacidade de interagir no mundo tecnológico e globalizado,
modificando-o de forma responsável, com respeito por si e pelos outros, reconhecendo-se como um ser
social.
Parte-se do entendimento de que o conhecimento escolar tem dupla função, como destacam as Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica: “desenvolver habilidades intelectuais e criar atitudes e compor-
tamentos necessários para a vida em sociedade”1. Ainda de acordo com esse documento, considera-se que
“a educação escolar deve fundamentar-se na ética e nos valores de liberdade, na justiça social, na pluralidade,
na solidariedade e na sustentabilidade, cuja finalidade é o pleno desenvolvimento de seus sujeitos, nas
dimensões individual e social de cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, compromissados com a
transformação social”2.

1 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. In: Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais de Educação Básica.
Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 112.
2 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.
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Atendendo a esses objetivos, nesta coleção didática busca-se contribuir para o trabalho escolar de forma
a promover a colaboração, o respeito, a valorização da diversidade cultural, a cultura da paz, a preservação do
meio ambiente e o combate aos preconceitos. Visa-se garantir o respeito à natureza, à liberdade e à dignidade
humana.
Pretende-se fornecer um material didático que permita assegurar ao aluno o acesso ao conhecimento
socialmente acumulado e o desenvolvimento das habilidades cognitivas necessárias para sua plena inserção
social. Dominar a leitura, a escrita, fazer cálculos e resolver problemas, lidar com dados, com diferentes
signos e linguagens compõem um conjunto de saberes essenciais. A eles se juntam a capacidade de
pesquisar, colocada em destaque nos dias atuais, a qual compreende não apenas buscar informações, mas,
sobretudo, selecioná-las. O estímulo ao pensamento crítico, à imaginação e à criação também faz parte das
intenções que nortearam esta proposta de trabalho. O trecho a seguir das Diretrizes Curriculares confirma sua
adequação:
A leitura e a escrita, a História, as Ciências, a Arte, propiciam aos alunos o encontro com um mundo que
é diferente, mais amplo e diverso que o seu. Ao não se restringir à transmissão de conhecimentos
apresentados como verdades acabadas e levar os alunos a perceberem que essas formas de entender e de
expressar a realidade possibilitam outras interpretações, a escola também oferece lugar para que os próprios
educandos reinventem o conhecimento e criem e recriem cultura.3

Os Cadernos de Atividades compõem um conjunto coerente e integrado. Foram construídos a partir das
mesmas premissas teórico-metodológicas e de acordo com uma visão educacional comum. A programação
prevista para as diferentes áreas do conhecimento foi definida considerando-se a progressão da aprendizagem
a ser conduzida nas séries iniciais do ensino fundamental e no ensino médio. Também foi observada a relação
dos conteúdos programáticos em cada série. Sua organização previne redundâncias, mas em alguns casos
reforça o estudo de certos temas, oferecendo ângulos de visão complementares sobre assuntos correlatos.

1. Principais referências teórico-metodológicas


O aporte teórico que embasa esta coleção didática situa-se na confluência das teorias da aprendizagem
mais atualizadas, com destaque para as contribuições de Jean Piaget, Lev Vygotsky e David Ausubel, em
diálogo com outras abordagens. Nas diferentes áreas do conhecimento, o compromisso é com o acesso ao
saber produzido pelo homem, ao longo de sua história, e com a criação de condições para que novos
conhecimentos sejam construídos.
Pretende-se promover situações de aprendizagem significativas, de forma a construir um conhecimento
que vá além da memorização utilitária de conteúdos programáticos. Para isso, valorizam-se os saberes trazidos
pelos alunos e procura-se oferecer atividades contextualizadas que lhes permitam estabelecer relações com
suas experiências. Acredita-se na valorização do conhecimento espontâneo do aluno como alicerce
importante para a construção do conhecimento acadêmico e científico.
Considera-se que cada aluno constrói o seu conhecimento a partir de suas vivências e experiências no
mundo social. Esse processo é continuamente atualizado – não há verdades totais e permanentes, pois o
conhecimento está em constante reelaboração e construção.
A construção do conhecimento é entendida como resultado de um processo interno, pessoal e
intransferível. É por meio de uma interação de suas estruturas biológicas e cognitivas com o ambiente que
a criança aprende. Cumpre destacar que esse processo se realiza na sociedade, já que é por meio das

3 Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, DICEI, 2013. p. 16.

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relações sociais que o indivíduo poderá constituí-lo e internalizá-lo.


Dessa forma, procura-se encaminhar a construção dos novos saberes a partir de propostas de atividades
desafiadoras, capazes de levar os alunos a refletir e a buscar soluções novas. Nelas, a relação que se
estabelece entre o conhecido e vivenciado e o desconhecido e novo favorece a construção dos saberes em
um processo de aprendizagem significativa.
É preciso levar em consideração que a aprendizagem escolar é uma construção que ocorre em três
dimensões: a individual (aluno), a coletiva (classe) e a social (o contexto social real – comunidade escolar,
comunidade do bairro, família, cidade e país). Ao aceitarmos a existência dessas três dimensões, precisamos
levar em conta: o protagonismo de cada aluno, a diversidade presente na classe e a valorização social dos
percursos de construção do conhecimento, especialmente daqueles ligados às disciplinas escolares. Nesse
contexto, o professor tem um papel importante de mediador do diálogo entre os alunos e suas diferentes
experiências e entre as propostas do material didático e o conhecimento produzido nas disciplinas escolares
em suas conexões com a área acadêmica.
Ao reconhecer que a aprendizagem ocorre em grande medida na interação com o outro (os colegas, o
professor, a família), dá-se especial relevo às atividades em grupo. A produção conjunta na dinâmica grupal
permite que se criem inestimáveis situações de aprendizagem e de interação social.

2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam nos alunos o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como
protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir novos
conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento que ele
tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas, sobre seu processo de
aprendizagem.
Como hoje se considera que há diferentes estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo
de sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos
e são desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.

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O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Para tanto, criam-se condições para que
as novas informações possam se articular com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e assim
possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que os levem
a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos. Para
isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dá a ampliação e
a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses, formular conceitos, percorrendo assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar
socialmente, no contexto escolar, de forma ativa.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios,
quartetos e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos
diferentes.

2.1. O papel do professor


A proposta de trabalho da coleção exige que o professor atue como mediador no processo de
aprendizagem, favorecendo a construção do conhecimento. Longe de ser apenas aquele que transmite as
informações, ele deve assumir uma postura problematizadora, promovendo a reflexão, a criatividade e a troca
de experiências entre os alunos. O mediador é aquele que faz perguntas, propõe problemas e desafios
possíveis que incitem o aluno a fazer indagações, observar, comparar, formular hipóteses e testá-las,
discriminar, generalizar, relacionar a construção de saberes novos com saberes prévios e aplicá-los a novas
situações.
A mediação pedagógica é entendida como a atitude e o comportamento do professor como um
organizador do processo de aprendizagem – alguém que oferece condições que desencadeiam a exploração

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e a descoberta por parte do aluno e o estimula para a construção do seu saber. É dinâmica e não comporta
receitas ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve
estruturar-se e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente
previsto, antecipado. Há de se considerar os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares,
os momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como
mediador é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente
planejadas de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.

3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento ou já finalizados, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou alterarem-se os processos em
curso. Avaliar é reorientar a prática docente, sempre que necessário, é oferecer ao professor subsídios
concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros se tornam objetos de
estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo estudante em seu
percurso de aprendizagem.

4. Atividades de aprendizagem e organização das sequências didáticas


A composição dos Cadernos de Atividades foi feita a partir de unidades subdivididas em módulos. A
proposta de trabalho se estrutura em sequências de aprendizagem apresentadas em seções didáticas
organizadas e, por consequência, nomeadas considerando o processo de construção dos saberes a ser
percorrido pelo aluno, conforme ilustrado a seguir:

O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por eles.
Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.

O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à
descoberta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões
nem junte aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar
o processo.
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Pelo desenvolvimento de uma atividade (como estudo de um texto, participação em uma


discussão, elaboração de uma síntese), espera-se que o aluno organize, sintetize e amplie os
saberes que foram sendo identificados, complementados e reorganizados nas etapas
anteriores.

Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício de
simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.

As atividades de aprendizagem são acompanhadas de tarefas a serem realizadas em casa.


Além de colaborarem para o desenvolvimento de habilidades e apreensão de conteúdos, as
tarefas têm propósitos importantes de formação, pois contribuem para o desenvolvimento de
hábitos de estudo autônomo, que envolvem disciplina, organização, autorregulagem da
aprendizagem e pesquisa, entre outros. Podem ser também subsídios para o que vai ser
tratado nas aulas. Nestas, um tempo deve ser reservado para que os alunos comentem suas
respostas, exponham suas dúvidas e dificuldades.

No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.

Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas disciplinas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação do professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-
se os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração
da sequência podem ser encurtados ou ampliados.

5. Sugestões de leitura
CASTRO, Amélia Domingues de. Piaget e a didática: ensaios. São Paulo: Saraiva, 1974.
MOREIRA, M. C.; MASINI, E. F. S. A aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo:
Moraes, 1982.
PIAGET, J. Para onde vai a educação? Rio de Janeiro: José Olympio, 1976.
______. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970.
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

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A proposta do material didático de Ciências


1. Pontos de partida
A influência cada vez maior e mais presente da tecnologia em todas as áreas e em nosso dia a dia vem
despertando longos debates sobre o ensino de ciências.
Nos últimos 60 anos, no ensino dessa disciplina, influenciado pelas mudanças sociais, políticas,
tecnológicas e ambientais, vem se percebendo a necessidade de tornar o conteúdo e o aprendizado
interessantes e compreensíveis para os estudantes do terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. Isso
porque, até então, a disciplina colocava o homem como centro de tudo, e os demais seres eram apresentados
como se estivessem a seu serviço. Essa é a chamada visão antropocêntrica da ciência, que tem influenciado
a visão científica, acadêmica e escolar.
O olhar atual, proposto pelos PCN (MEC – SEF, 1998), questiona essa forma de apresentar a natureza e
objetiva que o ensino de ciências seja muito mais que descrições e teorias: que sirva de estímulo ao aluno
para que ele questione, investigue, discuta e seja reconhecido como cidadão ativo em nossa sociedade.
Construir o conhecimento científico é uma tarefa que está aliada à promoção do caráter investigativo que
estimula a busca por novas respostas. Para isso, torna-se necessário fazer planejamentos integrados com as
demais áreas do conhecimento, com a finalidade de abranger temas dos PCN que privilegiem a interdiscipli-
naridade, a transversalidade, o multiculturalismo, a ética, a cidadania etc.
Por meio dos conhecimentos espontâneos (aqueles que tenham caráter intuitivo ou que estejam ligados
às situações do cotidiano), o estudante traz para a sala de aula as ideias sobre o assunto que o professor está
desenvolvendo.
Para consolidar objetivos de ensino e aprendizagem, oferecemos um material didático no qual o aluno
construa o conhecimento e se aproprie dele e, acima de tudo, tenha acesso a um material inovador e estimu-
lante, capaz de despertar a curiosidade e o espírito investigativo.
O caderno de atividades de ciências deve servir como suporte de trabalho aos professores e, principal-
mente, estimular os alunos a participar da sociedade, exercendo seus deveres e direitos, posicionando-se de
maneira crítica, valorizando o patrimônio ambiental e sociocultural, reconhecendo e adotando hábitos positivos
para sua saúde e para a saúde coletiva.
Para favorecer as possibilidades de compreensão dos alunos ao longo do ensino fundamental, alguns
assuntos são retomados e aprofundados. Exemplo disso é a fotossíntese, processo fundamental para o
aprendizado sobre fluxo de energia, sobre cadeia alimentar, na caracterização do reino vegetal, função das
folhas, exemplo fundamental de reação química, entre outros.
A ciência trabalha com resultados de pesquisas em universidades e outros centros por todo o mundo.
Valores numéricos apresentados em gráficos ou infográficos são modificados pelas ocorrências diárias. Assim,
é importante que o aluno e o professor saibam que alguns dados apresentados podem variar ao longo dos
anos, pois não são estanques, mas dinâmicos.
É importante mostrar ao aluno que a ciência deve ser aplicada, acima de tudo, para o bem da humanidade,
apesar de ser reconhecidamente aplicada com finalidades políticas e econômicas.

2. Objetivos de ensino e aprendizagem


O ensino de ciências tem como principais objetivos:
• Estimular o pensamento científico para que o aluno compreenda as transformações da natureza ao
longo do tempo, reconhecendo-se como parte integrante dela.
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• Fazer com que o aluno perceba a existência e a ocorrência do método científico como um processo
dinâmico na produção tecnológica e nas condições de vida da sociedade.
• Fornecer condições de observação, para que o aluno possa registrar características do ambiente e dos
seres que nele vivem.
• Desenvolver experimentos simples que permitam a visualização, a observação, a análise e a conclusão
das propriedades e dos fenômenos físicos/químicos dos diversos elementos formadores do ambiente.
• Favorecer a construção de conhecimentos que possibilitem ao aluno diagnosticar e formular questões
sobre a saúde, integrada às condições sociais, de forma a ampliar o pensamento crítico e assim permitir
que avalie riscos e benefícios.
• Introduzir no cotidiano do aluno o uso dos conceitos científicos básicos, capacitando-o a participar de
discussões de temas importantes que auxiliem nas decisões relativas aos rumos de nossa sociedade.

3. Atividades de Aprendizagem
A metodologia do ensino de Ciências sofreu modificações ao longo do tempo. Entre o século XIX e a
década de 1950, predominou a linha tradicional ou conteudista, que, apesar de não ser reconhecidamente a
mais adequada, se mantém até os dias atuais. Caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos já
existentes, sendo o professor o detentor dos saberes. O aluno é apenas reprodutor das informações.
Em contraponto à linha tradicional, surgiu, em meados da década de 1950, a linha tecnicista, valorizando
e reproduzindo o método científico, dando ênfase às aulas experimentais que apenas reproduziam o
conhecimento já existente.
A tendência atual é chamada de Ciência Investigativa e insere o aluno no centro do processo, fazendo com
que ele aprenda a partir do que lhe é significativo e do conhecimento já adquirido.
Para que o aluno possa desenvolver explicações sobre o que acontece dentro e fora da escola, sobre
fenômenos naturais e conhecimentos tecnológicos, é necessário aguçar sua curiosidade.
A Ciência deve servir como meio de o aluno aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, ajudando-o a
ampliá-lo.
A ideia é criar uma situação-problema a partir da qual o aluno formulará hipóteses valendo-se de seus
conhecimentos prévios ou intuitivos, a fim de que se sinta estimulado a buscar explicações para o fenômeno
analisado.
O professor deve estimular o aluno e conscientizá-lo de que, se seu conhecimento não é suficiente para
explicação de um problema, deve investigar o assunto e então criar um novo modelo por meio do qual se
apropriará de tal conhecimento.

3.1. Orientações para o laboratório


As atividades práticas devem ser vistas com especial atenção quando se pretende desenvolver assuntos
relacionados a Ciências Naturais.
A experimentação pode ser realizada de forma demonstrativa ou pelos próprios alunos, dependendo da
natureza do experimento, da disponibilidade de espaço e do material adequado para sua realização.
Quando realizada de forma demonstrativa, a participação do aluno pode ser ampliada, desde que o
professor faça a mediação entre o experimento, seus resultados e os alunos. Antes mesmo da realização da
atividade, é possível levantar questões para a formulação de hipóteses pelos alunos em relação aos resultados
esperados. O questionamento antes da realização em função do resultado esperado e o próprio resultado são
essenciais para que o processo de aprendizagem seja alcançado.

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Quando o experimento é realizado pelos próprios alunos, o desafio se torna maior para o professor, pois
há necessidade de mais atuação e atenção em relação aos grupos formados pelos alunos, aos materiais
utilizados, aos procedimentos e resultados. É necessária muita clareza por parte do professor sobre os
procedimentos que serão adotados e eventuais riscos em relação aos materiais. A avaliação dos resultados
obtidos pode ser feita de maneira coletiva, o que gera discussão e argumentação, considerando-se que muitas
vezes os resultados obtidos não são os esperados nem necessariamente os mesmos entre diferentes grupos.
Nas duas possibilidades descritas, muitas vezes os resultados obtidos divergem dos resultados previstos.
Nesse caso, deve-se aproveitar a oportunidade para questionar a razão do ocorrido, o que favorecerá as
discussões sobre o assunto. Independentemente do resultado de uma experimentação, o referido assunto
deve ser discutido, questionado, investigado e, mesmo que não haja uma conclusão exata e final, todo o
processo se torna significativo para o aluno e, dessa forma, há mais possibilidade de aprendizagem.
Em determinados momentos e experimentos, é possível que os alunos tenham ideias e sugestões sobre
alterações de materiais e procedimentos. Nesses casos, deve-se discutir as novas possibilidades e, quando
possível, colocá-las em prática.
Descrevemos a seguir algumas medidas que devem ser tomadas no ambiente de laboratório e algumas
sugestões de como trabalhar nesse ambiente. Ressaltamos que muitas vezes as atividades práticas poderão
ser realizadas em outros espaços, tais como quadra esportiva, pátio, jardim etc. Nesses casos, as medidas,
principalmente em relação à segurança, poderão ser alteradas.

• Antes de realizar os experimentos com os alunos, teste-os.


• Verifique se todos os materiais necessários estão disponíveis.
• Converse claramente com os alunos sobre os procedimentos que serão adotados.
• Trabalhe com os alunos preferencialmente em grupos para que surjam discussões e divergências de
ideias.
• Muito cuidado com experimentos que utilizem substâncias químicas, combustão de qualquer natureza,
ou que necessitem do uso de corrente elétrica.
• Utilize avental de manga longa e solicite o uso dele pelos alunos como ferramenta de proteção.
• Instrua os alunos em relação aos cuidados que devem ser tomados, como: não correr, não colocar nada
na boca, não coçar os olhos durante um experimento, tomar cuidado com as vidrarias e avisar
imediatamente o professor em caso de qualquer tipo de acidente.

3.2. Seções didáticas


• Suas experiências.
• Exploração e descoberta.
• Ampliação dos saberes.
• Sua criação.
• Pensando no assunto.
• Laboratório.
• Sua contribuição ao grupo.
• Atividade em grupo.
• Você sabia?

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4. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a ser
aplicado até o objetivo a ser alcançado. A avaliação deve ser usada como resposta para que saibamos se o
objetivo programado foi atingido e, a partir desse resultado, se a estratégia utilizada foi adequada ou deve ser
modificada.
As atividades apresentadas ao longo das unidades/módulos possibilitam verificações da forma oral, escrita,
individual ou em grupo.
A partir dessas verificações, podemos observar se o aluno consegue aplicar o que aprendeu e transferir
seu conhecimento para as diversas situações do dia a dia. É importante observar e registrar se ele não apenas
detém o conhecimento de forma individual, mas também sabe compartilhá-lo com o grupo.
Em relação às aulas práticas, a avaliação não deve ser baseada nos resultados obtidos pelos alunos, mas
sim em sua participação, seus questionamentos, suas hipóteses e nas conexões feitas por eles entre o que
está sendo proposto e o que foi discutido em sala de aula.
A avaliação deve ser realizada de forma gradual e contínua, e não somente no final do curso ou do caderno.

5. Referências Bibliográficas
ATAIDE, MCES; SILVA, BVC. As metodologias de Ensino de Ciências: contribuições da experimentação
e da História e Filosofia da Ciência.
ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no
ensino fundamental, jan. 2006. Disponível em: <http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/downloads/livroii_
ciencias_final.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2014.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências naturais.
Brasília: MEC/SEF, 1998.
______. Parâmetros curriculares nacionais: meio ambiente; saúde. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez,
1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. Ática, 2010.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A docência em ciências naturais: construindo um currículo para o aluno e para
a vida. Erechim: Edelbra, 2012.
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de
Ciências no Brasil: História, formação de professores e desafios atuais.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/busca-pelo-saber-cientifico-ciencias-observacao-
experiencia-pesquisa-542856.shtml>.
<http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco>.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br>.
<http://www.ufpa.br/eduquim/metodocientifico.htm>.
Jornal de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo; 13 set. 2010. Texto de Susana Lage.
Revista eletrônica de ensino de ciências, v. 4, n. 3, 2005.
Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 39, p. 225-249, set. 2010 – ISSN: 1676-2584 225.
Revista Nova Escola – On-line – O que ensinar em Ciências.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/curiosidade-pesquisador-425977.shtml?page=4>.

XII
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Programação do 6.o ao 9.o ano


6.o ano Unidade 2 – Funções Cardiorrespiratórias
Módulo 5 – Sangue
Unidade 1 – Ecologia e Solo Módulo 6 – Sistema Circulatório
Módulo 1 – Introdução ao Estudo de Ciências – Método Módulo 7 – Sistema Respiratório
Científico
Módulo 2 – Ecologia Geral Unidade 3 – Excreção e Coordenação
Módulo 3 – Ecologia das Populações Módulo 8 – Sistema Urinário
Módulo 4 – Solo, o Alicerce da Vida Módulo 9 – Sistema Locomotor
Módulo 10 – Sistema Nervoso
Unidade 2 – Ambiente e Saúde
Módulo 11 – Os Órgãos dos Sentidos
Módulo 5 – O Lixo
Módulo 6 – Agentes Patogênicos e Doenças
Unidade 4 – Hormônios, Reprodução e Hereditariedade
Módulo 7 – Cuidando da Saúde
Módulo 12 – Sistema Endócrino
Unidade 3 – Matéria e Atmosfera Módulo 13 – Sistema Reprodutor
Módulo 8 – Átomos e Moléculas Módulo 14 – Introdução à Hereditariedade
Módulo 9 – O Ar que nos Rodeia
Módulo 10 – Noções de Meteorologia 9.o ano

Unidade 4 – A Água e a Origem da Vida Unidade 1 – Mecânica e Introdução à Química


Módulo 11 – A Água no Universo Física
Módulo 12 – Propriedades da Água Módulo 1 – Introdução: Grandezas e Unidades Físicas
Módulo 13 – Origem e Evolução dos Seres Vivos Módulo 2 – As Leis de Newton
Módulo 3 – Pressão e Empuxo
7.o ano Química
Módulo 1 – Fenômenos Físicos e Químicos
Unidade 1 – Evolução e Introdução aos Seres Vivos Módulo 2 – Substâncias e Sistemas
Módulo 1 – Lamarck e Darwin Módulo 3 – Métodos de Separação de Misturas
Módulo 2 – Classificação Geral
Módulo 3 – Os Primeiros Reinos: Monera, Protista e Fungi Unidade 2 – Dinâmica, Termologia e Estrutura Atômica
Física
Unidade 2 – O Reino Vegetal Módulo 4 – Energia, Trabalho e Potência
Módulo 4 – Fotossíntese, Briófitas e elementos vegetativos Módulo 5 – Temperatura e Calor
Módulo 5 – Pteridófitas e elementos vegetativos Módulo 6 – Leis dos Gases
Módulo 6 – Gimnospermas e elementos reprodutivos Química
Módulo 7 – Angiospermas e elementos reprodutivos Módulo 4 – Átomos
Módulo 5 – Tabela Periódica
Unidade 3 – Os Animais Invertebrados
Módulo 8 – Poríferos e Celenterados
Unidade 3 – Eletromagnetismo, Óptica e Ligações
Módulo 9 – Platelmintos e Nematelmintos
Químicas
Módulo 10 – Anelídeos e Moluscos
Física
Módulo 11 – Artrópodes e Equinodermos
Módulo 7 – Magnetismo
Unidade 4 – Os Animais Vertebrados Módulo 8 – Eletricidade
Módulo 12 – Filo dos Cordados: Classe dos Peixes Módulo 9 – Espelhos, Reflexão e Refração
Módulo 13 – Filo dos Cordados: Classe dos Anfíbios Química
Módulo 14 – Filo dos Cordados: Classe dos Répteis Módulo 6 – Distribuição Eletrônica
Módulo 15 – Filo dos Cordados: Classe das Aves Módulo 7 – Ligações Iônicas e Covalentes
Módulo 16 – Filo dos Cordados: Classe dos Mamíferos
Unidade 4 – Cinemática, Funções e Reações Químicas
8.o ano Física
Módulo 10 – Introdução à Cinemática
Unidade 1 – Corpo Humano e Nutrição Módulo 11 – MU e MUV
Módulo 1 – Organização do Corpo Humano Módulo 12 – Gráficos de Movimento
Módulo 2 – As Células e Tecidos Química
Módulo 3 – Nutrição e Metabolismo Módulo 8 – Funções Químicas
Módulo 4 – Sistema Digestório Módulo 9 – Reações Químicas

XIII
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Unidade 1 – Ecologia e Solo


A unidade que apresentamos a seguir retoma os estudos de Ciências no segundo ciclo do Ensino
Fundamental e destaca a importância da disciplina na estruturação dos conhecimentos adquiridos socialmente.
Assim sendo, serão oferecidos aos alunos oportunidades de desenvolver diversas formas de expressar
e demonstrar o seu conhecimento tais como a realização de experimentos, os debates orais e os registros
escritos, entre outros.
Partimos daquilo que foi um marco na história da humanidade: o Método Científico e seu idealizados
Galileu Galilei, um dos maiores sábios do século XVII.

Módulo 1 – Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico


Pretende-se neste módulo destacar a importância do Método Científico para a construção do
conhecimento e ressaltar que ele pode ser aplicado em outros âmbitos sociais.
Muito tempo atrás, o ensino de ciências baseado em fatos e experimentações era visto como determi-
nante do processo de aprendizagem. Porém, atualmente, é necessário principalmente criar uma situação em
que o aluno possa discutir e até mesmo duvidar das informações iniciais.
A disseminação de informações hoje é muito rápida e muitas vezes isenta de filtros, o que leva o jovem
a adquirir informações e conhecimentos equivocados.
A existência e a presença constante de todos os tipos de mídias no cotidiano do aluno podem levá-lo à
simples aquisição de informações que, para o jovem, sejam consideradas incontestáveis.
A televisão e a internet, muito presentes no dia a dia dos alunos, trazem reportagens e documentários que
nem sempre retratam a verdade ou que não têm nenhuma comprovação científica. Essas situações podem
causar muitas discussões em sala de aula, mas, pensando de forma positiva, podem ser aproveitadas pelo
professor para mostrar aos alunos a necessidade de não acreditar em tudo o que vemos, escutamos ou
lemos já no primeiro momento.
É sempre bom lembrar que a ciência é um conhecimento provisório. Muitas “verdades” mudam com o
passar do tempo.
Quando se tem uma ótima ideia sobre determinado assunto, trabalho ou pesquisa, acredita-se que o
melhor a fazer é guardá-la para si, a fim de que ninguém se aproprie dela. O método científico mostra
justamente o contrário, ou seja, que o conhecimento deve ser disponibilizado por meio de registros e
aplicações práticas, beneficiando a sociedade.

Módulo 2 – Ecologia Geral


A ecologia é um ramo da ciência considerado muito recente, pois data de 1866, ano em que o biólogo
Ernst Haeckel (Alemanha, 1834-1919) formalizou o uso do termo.
O ensino de ecologia colabora para que a visão antropocêntrica, na qual o homem se coloca como centro
absoluto em meio a todas as espécies e assim teria direito à exploração de todos os recursos naturais, seja
discutida para evitar ou minimizar a degradação ambiental.
Esperamos que o aluno, ao estudar os conceitos fundamentais de ecologia, possa discutir situações reais
de modificações ambientais que interfiram também nas modificações e transformações dos organismos ao
longo do tempo. Também é essencial que o aluno perceba que, no mundo de hoje, se faz necessário o
conhecimento de todas as formas de vida e da importância inerente a cada uma delas.
A aplicação e o desenvolvimento do tema em questão estão relacionados aos PCN (MEC/SEF, 1998), pois
é interessante que o aluno possa perceber-se como parte integrante do ambiente, contribuindo para sua
melhoria e assim tomar atitudes participativas na formação da cidadania, da sociedade e na cooperação para
o respeito mútuo.
Neste módulo, o aluno deverá alcançar a compreensão do funcionamento estrutural dos ecossistemas.

XIV
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Módulo 3 – Ecologia das Populações


Dando continuidade ao estudo de ecologia, é essencial que façamos uma abordagem sobre a importância
da existência do equilíbrio ecológico em cada ecossistema.
O tema em questão nessa unidade deve reforçar a ideia de respeito em relação a cada uma das espécies,
o que nos fará cumprir a meta sobre desenvolvimento sustentável.
Atualmente, estamos vivendo sob constantes ameaças das mudanças climáticas, de extinções de
determinadas espécies, modificação da paisagem natural e da escassez de recursos naturais. É importante
salientar que, se por um lado temos todo desenvolvimento científico e tecnológico criado por nós e a nosso
favor, por outro somos totalmente dependentes das intempéries do clima e dos recursos naturais que o
ambiente pode nos oferecer.
Ao final do módulo 3, esperamos que o aluno possa observar que ele faz parte do ecossistema e, assim,
deve ter participação ativa e responsabilidade pelas atitudes que podem definir o funcionamento futuro de
nosso planeta. Cada um dos elementos formadores do ecossistema se torna essencial para o bom
funcionamento dele, do qual fazemos parte.
Também é essencial que ele possa relacionar os temas abordados com os problemas trazidos pelo
desenvolvimento econômico, político e social de nossa sociedade.
Quando desenvolvemos o assunto dos problemas ambientais causados pela intervenção humana
desastrosa, queremos que o aluno parta de um fato concreto e possa, dessa forma, aprofundar-se em debates
que lhe assegurem o domínio em defesa dos valores da ética e da cidadania.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais, é ressaltada a importância de temas como sustentabilidade e
diversidade biológica, deixando claro que a escola e o professor são responsáveis pela conscientização do indiví-
duo no que diz respeito a uma convivência harmônica. É importante lembrar que esses temas não são desen-
volvidos unicamente pela disciplina de ciências, mas sim por todas as áreas da educação como tema transversal.

Módulo 4 – Solo, o Alicerce da Vida


Levando-se em consideração que um dos principais objetivos do ensino de ciências é levar o aluno a fazer
associações entre os acontecimentos diários e o conteúdo trabalhado em sala de aula, o principal objetivo
dessa unidade é fazê-lo perceber que tudo a seu redor, entre elementos vivos e não vivos, está apoiado ou
alicerçado no solo.
Quando o aluno questionar sobre a origem dos alimentos ou sobre o que as plantas precisam para
desenvolver-se, podemos então trabalhar os conteúdos presentes nessa unidade.
O professor deverá fornecer ao aluno todas as informações necessárias para estimulá-lo a investigar que
o solo é fator fundamental em todos os ecossistemas e que, a partir de todas as soluções formadas entre
suas partículas, as plantas conseguem crescer, desenvolver-se e multiplicar-se.
É fundamental que o aluno possa observar que a degradação do solo reduz sua fertilidade, diminui a
matéria orgânica e impede o desenvolvimento agrícola do qual somos dependentes.

Orientações Didáticas
Entendemos que o professor deve atuar como mediador da aprendizagem. A maneira como irá propor
desafios e estimular o aluno a investigar é bastante individual, principalmente quando levamos em
consideração que cada aluno é um ser único que age e interfere, caracterizando o grupo ao qual pertence.
Considerando todas essas situações, o professor poderá:
• solicitar a participação de cada aluno na leitura dos textos e também na elucidação da ideia exposta por
ele;
XV
Orientacao_C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2019_PROF.qxp 14/12/2018 08:51 Página XVI

• em atividades em que seja possível que os alunos tragam informações, quantitativas ou qualitativas,
úteis ou essenciais para o desenvolvimento da atividade, coletar os dados oferecidos pelos alunos e
com eles montar esquemas, que serão utilizados para discutir e esclarecer as dúvidas e formações de
novos conceitos;
• estimular os alunos a fazerem atividades em dupla, nas quais a troca de informações seja facilitada
pelo uso de vocabulário mais simples e compreensível;
• promover um debate após as diferentes respostas serem colocadas na resolução de exercícios. Deve-
mos considerar que a heterogeneidade entre os alunos da mesma turma pode servir como ferramenta
para induzi-los a uma ideia comum;
• assegurar e concretizar a aquisição do conhecimento e do assunto abordado por meio de aulas práticas
ou aulas de laboratório, lembrando-se, porém, de que a prática pode e deve estar adequada à realidade
da escola e do aluno;
• usar vídeos, filmes e documentários para a visualização de atividades e experiências como estratégia
muito significativa e conclusiva para o reconhecimento do assunto.

Sugestões de filmes
Espera-se que o professor saiba e possa incluir os títulos indicados de acordo com a realidade de sua
escola. Cada um dos filmes indicados desenvolve temas que serão trabalhados ao longo do ano, portanto é
prudente que sejam assistidos antecipadamente para que se tenha certeza do momento e da relação que será
estabelecida.
• Dersu Uzala; 1975, Akira Kurosawwa
Trata-se de um filme que nos leva a refletir sobre as relações entre a natureza e o homem a partir de
dois pontos de vista diferentes: o de um homem com largo conhecimento do mundo moderno; e o de
um caçador das estepes siberianas que tem o conhecimento da vida na natureza sem desrespeito nem
subjugamento.
• Uma Verdade Inconveniente; 2006, Al Gore
Documentário feito pelo ex-vice-presidente dos Estados Unidos sobre os efeitos da emissão de gases
na atmosfera terrestre e o consequente aquecimento global.
• Wall-e; 2008, Pixar Animations Studios
A animação traz conteúdo para discutir/debater com os alunos a questão da produção excessiva de
lixo em nosso planeta e as consequências futuras. Wall-e é um robô que tem como função retirar o lixo
deixado pelos humanos quando estes são obrigados a abandonar o planeta por falta de condições de
sobrevivência.
• Erin Brockovich, uma mulher de talento; 2000, Steven Soderbergh
É a história de uma mulher solteira, mãe de três filhos, que inicia um trabalho fora de sua área em uma
investigação sobre uma empresa de gás e eletricidade que vem cometendo inúmeros crimes
ambientais, levando à morte moradores locais.
• Waterworld, o segredo das águas; 1995, Kevin Reynolds e Kevin Costner
Ficção que se passa em meados do terceiro milênio e tem como tema um mundo que sofreu as
consequências do derretimento das calotas polares, criando-se uma guerra permanente pela posse de
terra seca e a busca pela terra firme.
• Lixo Extraordinário; 2010, Vik Muniz
O documentário retrata um trabalho do artista plástico Vik Muniz e seu envolvimento com catadores
do lixão de Jardim Gramacho – RJ. Vik realiza um trabalho que estimula a criatividade dos catadores de
lixo, transformando a vida dos moradores locais.

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• A História das Coisas; 2007, Tides Foundation


É um filme dinâmico que mostra os problemas gerados pelo consumismo exagerado da humanidade
e algumas consequências sociais, políticas e ambientais desse comportamento.
• Ilha das Flores; 1989, Jorge Furtado
Documentário, retrata a trajetória de um tomate, de sua plantação até ser jogado fora, como demons-
tração do processo de geração de riqueza e das desigualdades sociais.

Número de aulas sugeridas


Ciências – 6.o ano – 1.o Bimestre
Caderno Módulo Semana Aulas Programa
1 Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico
1
2 Etapas do Método Científico
1
3 Ecologia Geral
4 Conceitos Fundamentais de Ecologia
5 Conceitos Fundamentais de Ecologia
6 Fluxo de Energia nos Ecossistemas
2
2 7 Cadeia Alimentar
8 Cadeia Alimentar
9 As Teias Alimentares
10 As Teias Alimentares
3
11 Laboratório 1 – Cadeia e Teia Alimentar
12 Ecologia das Populações
13 Regulação Populacional x Desequilíbrio Ecológico
14 Regulação Populacional x Desequilíbrio Ecológico
4
15 As Subdivisões da Biosfera
16 As Subdivisões da Biosfera
1
3 17 Laboratório 2 – Montagem de Biomas
18 Laboratório 2 – Montagem de Biomas
5
19 A Diversidade dos Biomas
20 A Diversidade dos Biomas
21 A Diversidade dos Seres Vivos
22 Laboratório 3 – Biociclo de Água Doce
6
23 Solo, o Alicerce da Vida
24 As Camadas (Horizontes) do Solo
25 A Formação do Solo
26 Tipos de Solo
7
27 Laboratório 4 – Assoreamento e Erosão
4
28 Formas de Desgaste do Solo
29 Técnicas Agroecológicas
30 Técnicas Agroecológicas
8
31 Laboratório 5 – Boneco Ecológico
32 Laboratório 5 – Boneco Ecológico

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Ciências – 6.o ano – 2.o Bimestre

Caderno Módulo Semana Aulas Programa

33 O lixo – Os destinos do lixo

34 O lixo – Os destinos do lixo


9
35 Tipos de lixo

36 Tipos de lixo
5
37 Reutilização ou reúso

38 Reutilização ou reúso
10
39 Laboratório 6 – Reúso de materiais

40 Laboratório 6 – Reúso de materiais

41 Agentes patogênicos e doenças

42 A origem das doenças


11
43 Os vírus

44 Os vírus

45 As bactérias

46 As bactérias
12
6 47 Os protozoários

48 Os vermes
2
49 Laboratório 7 – Jogos educativos sobre doenças

50 Laboratório 7 – Jogos educativos sobre doenças


13
51 Os fungos

52 Os fungos

53 Laboratório 8 – Criação de fungos

54 Cuidando da saúde
14
55 Cuidando da saúde

56 A nutrição

57 A nutrição

58 Higiene pessoal
15
7 59 Atividade física

60 Soros e vacinas

61 Soros e vacinas

62 Saneamento básico
16
63 Saneamento básico

64 Laboratório 9 – Filtro caseiro

XVIII
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Ciências – 6.o ano – 3.o Bimestre

Caderno Módulo Semana Aulas Programa

65 Átomos e Moléculas

66 Composição da Matéria
17
67 Estrutura da Matéria

68 Elementos Químicos

8 69 Laboratório 10 – Construindo Moléculas

70 Sólido, Líquido e Gasoso


18
71 Propriedades da Matéria

72 Propriedades da Matéria

73 Laboratório 11 – Propriedades da Matéria

74 O Ar que nos Rodeia


19
75 Composição da Atmosfera

76 A História da Atmosfera Terrestre

77 Renovação da Atmosfera

78 A Importância do Oxigênio e do Ozônio


3 20
79 Camadas da Atmosfera

9 80 Camadas da Atmosfera

81 A Descoberta da Pressão Atmosférica

82 A Descoberta da Pressão Atmosférica


21
83 Laboratório 12 – Pressão Atmosférica

84 As Correntes de Convecção

85 Laboratório 13 – Correntes de Convecção

86 Efeito Estufa
22
87 Noções de Meteorologia

88 Meteorologia

89 Tempo e Clima
10
90 Estações e Satélites Meteorológicos
23
91 Laboratório 14 – Construção de Instrumentos Meteorológicos

92 Ciclone, Furacão e Tornado

XIX
Orientacao_C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2019_PROF.qxp 14/12/2018 08:51 Página XX

Ciências – 6.o ano – 4.o Bimestre

Caderno Módulo Semana Aulas Programa

93 A água no Universo / Hidrosfera

94 Composição química da água e sua importância


24
95 Os estados físicos da água
11
96 Mudanças de estado físico da água na atmosfera

97 Laboratório 15 – Mudanças de estado físico

98 Ciclo da água na natureza


25
99 As propriedades da água / Solvente universal

100 Laboratório 16 – Geodo caseiro


A água congelada flutua na água líquida / A água coexiste nos três
101
estados físicos
102 Laboratório 17 – A interferência da densidade no movimento da água
26
103 Propriedades gerais de todos os líquidos / Tensão Superficial

104 Laboratório 18 – Tensão superficial da água


4 12
105 Princípio de Arquimedes e Princípio dos vasos comunicantes

106 Laboratório 19 – Princípio dos vasos comunicantes


27
107 Princípio de Pascal

108 Laboratório 20 – Princípio de Pascal

109 Tipos de água

110 Tratamento de água e de esgotos


28
111 A origem da vida

112 Experimentos a favor da biogênese

Célula: unidade fundamental dos seres vivos / Formação das


113
moléculas orgânicas
13
114 Fixismo e Evolucionismo
29
115 A geologia e o “Livro das Rochas Sedimentares” / Os fósseis

116 Laboratório 21 – Criando fósseis

XX
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Sumário

Unidade 1 – Ecologia e Solo


Módulo 1 – Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico ............ 3
1.1 – Etapas do Método Científico.......................................................... 4
Módulo 2 – Ecologia Geral.......................................................................... 7
2.1 – Conceitos Fundamentais de Ecologia ............................................. 8
2.2 – Fluxo de Energia nos Ecossistemas ................................................. 11
2.3 – Cadeia Alimentar ........................................................................... 14
2.4 – As Teias Alimentares ...................................................................... 19
Módulo 3 – Ecologia das Populações........................................................... 22
3.1 – Regulação Populacional x Desequilíbrio Ecológico .......................... 22
3.2 – As Subdivisões da Biosfera ............................................................. 26
3.3 – A Diversidade dos Biomas .............................................................. 28
3.4 – A Diversidade dos Seres Vivos ........................................................ 32
Módulo 4 – Solo, o Alicerce da Vida............................................................ 35
4.1 – As Camadas (Horizontes) do Solo................................................... 36
4.2 – A Formação do Solo....................................................................... 36
4.3 – Tipos de Solo ................................................................................. 38
4.4 – Formas de Desgaste do Solo .......................................................... 39
4.5 – Técnicas Agroecológicas ................................................................ 44
Tarefas .................................................................................................... 49
Laboratórios .............................................................................................. 65

Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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A1 DATA: _____/_____/_____
Módulo

5
1 Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico

Uma atitude frequente dos jovens é a indagação. Querem saber o porquê das coisas e nem sempre
aceitam as explicações dadas, por considerá-las incompletas ou erradas. São essas curiosidades que
podem gerar um futuro cientista.

Você revela ter curiosidade científica quando indaga:


– Por que o dia sucede a noite?
– Por que o leite coalha?
– Por que o gelo flutua na água?
– Por que certos objetos se cobrem de ferrugem?

Observando, perguntando, testando e eliminando suposições, você começa a entender o mundo


que o cerca. Exatamente como fazem os cientistas.
Como um estudante deve reagir às crendices e às superstições, tão comuns entre os humanos?
A Ciência tem explicações para elas?

Professor, a atividade a seguir tem como objetivo elucidar as etapas do método científico. Os alunos podem realizar
a atividade em grupo ou em duplas, mas é importante que você organize as etapas.

a) Utilizando sua intuição e seu bom senso, imagine o que deve acontecer quando dois objetos de
“pesos” diferentes caem da mesma altura.
Professor, deixe que os alunos desenvolvam suas ideias sem interferência.

b) Relate a seu professor qual(is) seria(m) a(s) possível(is) resposta(s) para essa questão.
Professor, registre na lousa as sugestões dos alunos.

c) Analisando as possibilidades sugeridas, o que você poderia fazer para responder essa questão com
absoluta certeza?
Professor, espera-se que o aluno relate o experimento que pretende realizar.

d) Realize o que você propôs no item anterior.

e) Agora, registre o que aconteceu.

3
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f) O que você observou e concluiu está de acordo com as ideias do item b dessa atividade?

g) Registre suas conclusões sobre a atividade realizada.


Professor, espera-se que o aluno conclua que o tempo de queda dos corpos não está relacionado a seu peso e que há outras caracterís-

ticas, como forma e composição do material, que interferem nessa situação.

A2 DATA: _____/_____/_____

O que você acabou de realizar, na verdade, Experiências são sempre planejadas e, só


foi uma atividade simples, mas de acordo com o depois, realizadas.
método científico. Uma experiência pode indicar se certa hipó-
Para que você entenda claramente os passos tese é verdadeira ou falsa.
desse método, vamos usar como exemplo de pro- Se falsa, o cientista procura verificar outra
blema a febre amarela, que devastava o Panamá. hipótese e comprová-la com novas experiências.
E assim vai fazendo até achar a explicação mais
1.1. Etapas do Método Científico correta para o problema.

O cientista reconhece a existência de um Experiências: para verificar qual das hipóte-


problema que aguarda solução, como acontece ses sugeridas era a verdadeira, os médicos fizeram
com o vírus da AIDS, por exemplo, e vem se experiências controladas:
repetindo com o vírus ebola.
Problema: a febre amarela fazia milhares de a) vestiram as roupas dos doentes e
vítimas na América Central. Em 1900, um grupo dormiram em camas usadas por eles.
de médicos procurou descobrir sua causa, em Nada lhes aconteceu, o que eliminou a
Cuba. possibilidade do contágio pelas roupas;
Por meio de cuidadosas observações, o b) os médicos capturaram alguns mosquitos
cientista reúne todas as informações que podem e os fizeram picar pessoas sadias.
ajudar a resolver o problema. Mantidas isoladas, essas pessoas não
A seguir, propõe várias explicações ou desenvolveram a doença;
hipóteses. c) eliminadas as duas hipóteses, os médicos
fizeram com que os mosquitos primeiro
Hipóteses levantadas pela equipe médica: picassem pessoas doentes e, depois,
a) A doença teria sido transmitida pelo pessoas sadias. O resultado foi que essas
contato com os doentes ou suas roupas, pessoas contraíram a febre amarela.
como se achava na época.
b) O mosquito teria espalhado a doença ao O cientista pode, agora, tirar uma conclusão
picar as pessoas. com base nos fatos que constatou.

4
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Quando um cientista anuncia uma desco- Na imagem a seguir, vemos a larva do


berta, ele já a experimentou (testou) e a compro- mosquito Aedes aegypti e o mosquito adulto:
vou diversas vezes. Assim, se outros cientistas

Figura 1
repetirem a mesma experiência, chegarão aos
mesmos resultados. Por isso, relatórios científicos
devem ser impecáveis!

Figura 2
Conclusão:
O mosquito Aedes precisa estar infectado Esse é um exemplo que mostra como funcio-
com o agente causador da febre amarela (um na o método científico por meio da eliminação de
vírus) para transmiti-la. Portanto, não é o hipóteses.
mosquito que causa a doença: ele apenas a Além disso, o cientista precisa conhecer em de-
transmite. Mas, ao eliminar o mosquito, talhes o mosquito a ser eliminado, isto é, o trans-
impedimos a transmissão da doença. missor da febre amarela e também da dengue.
Aproveite a oportunidade para comentar com os alunos a necessidade de os insetos vetores terem primeiramente que se contaminar para se
tornarem transmissores. Também é importante salientar que os agentes causadores não vivem em qualquer vetor transmissor. Ex.: borrachudo x
HIV. Procure fazer analogias referentes às varias profissões que utilizam o método científico sem
formalizar o seu uso. Ex.: o engenheiro que precisa testar diferentes tipos de materiais para

Um pouco de História aplicá-los em construções civis, mecânicas e outras. O médico que estuda o quadro de seu
paciente para poder aplicar-lhe um ou outro tratamento. O chefe de cozinha que “testa” seus
ingredientes para atingir a melhor receita.

Galileu Galilei – O pai da ciência moderna


Galileu Galilei, um importante físico italiano nascido em 1564, na cidade de Pisa, teve no pai a inspiração para a
música e a matemática e da mãe herdou a retidão de caráter.
Cursou a faculdade de Medicina por quatro anos, quando resolveu dedicar-se a Matemática, Física e Astronomia.
Suas descobertas e construções serviram para esclarecer grandes mistérios da ciência. Algumas de suas
contribuições mais importantes foram: as leis do pêndulo; a lei da queda dos corpos; e grandes instrumentos, como
o termoscópio, o telescópio e o microscópio.
Em relação à queda dos corpos, Galileu, por meio do método científico, contrariou Aristóteles, um grande
estudioso que viveu no século III antes de Cristo. Aristóteles afirmava que corpos mais pesados caíam mais rápido que
corpos mais leves. Galileu mostrou, numa célebre experiência realizada na torre de Pisa, Itália, que isso não é verdade,
que os corpos caem juntos. Foi com esse procedimento que o método científico passou a ser disseminado por toda a
comunidade científica.
Foi com o telescópio que Galileu passou a observar as crateras da Lua, as manchas solares, as fases de Vênus e os
satélites de Júpiter. Com o mesmo instrumento, passou a defender a teoria de Copérnico que afirmava que a Terra
girava em torno do Sol, o que lhe rendeu uma divergência com a Igreja, impedindo-o de disseminar sua ideia.
Essa situação, porém, não durou muito tempo, e ele acabou apresentando sua grande obra chamada Diálogo1
sobre os dois sistemas do mundo. Por defender o heliocentrismo, foi perseguido pela Inquisição e obrigado a negar a
publicação, caso contrário seria queimado na fogueira como herege.
Depois disso, foi condenado a viver em cárcere privado até o final de sua vida, mas não parou de estudar e
experimentar todas as suas teorias e deixou uma obra ainda maior: Discurso sobre duas novas ciências, a qual lhe
valeu o título de pai da ciência moderna e fundador da física experimental.
Morreu cego, em 1642, com 78 anos,
no mesmo ano em que nasceu outro dos
maiores físicos que a humanidade já teve:
Isaac Newton, seu sucessor.
Em junho de 2004, o papa João Paulo II
pediu desculpas pela Inquisição e reabi-
litou a pena aplicada a Galileu.
1 Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo: ptolomaico e copernicano. (Disponível em: <www.cbpf.br>.)
Utilize os textos que se referem a antigos estudiosos para mostrar ao aluno que a ciência e o conhecimento vão sendo 5
adquiridos com o passar do tempo, que não aparecem de uma hora para outra.
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Leia com atenção o texto a seguir e identifique as etapas do método científico


desenvolvido pelo médico Edward Jenner.
Vírus da varíola bovina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 1980 a erradicação de uma das mais devastadoras doenças da
história, a varíola. Isso aconteceu graças à eficácia das campanhas de vacinação que permitiram a imunização de grande
parte da população. Uma vitória da medicina sobre uma enfermidade que tirou
a vida de cerca de 500 milhões de pessoas apenas no século XX.
Foi através das pesquisas e experiências de um médico inglês chamado
Edward Jenner, em 1796, que a vacina contra a varíola foi descoberta. Nascido
em Berkeley, no condado de Gloucestershire, Edward Jenner resolveu analisar o
fato da varíola não acometer mulheres que trabalhavam na ordenha de vacas.
Ele percebeu que as vacas manifestavam uma versão da varíola capaz de gerar
feridas nas tetas e prejudicar a produção de leite. Causada pelo vírus vaccinia, a
varíola bovina podia ser transmitida para seres humanos e desenvolver uma
versão mais branda e não letal da doença, deixando as pessoas imunes ao vírus
da varíola humana, cujo vírus causador é o Orthopoxvírus variolae.
A fim de testar essas observações, Jenner inoculou um menino de oito anos chamado James Phipps com pus extraído
de feridas das mãos de uma mulher que havia contraído varíola bovina. O garoto apresentou febre e pequenas lesões pelo
corpo, mas se recuperou rapidamente. Depois disso, Jenner expôs Phipps a uma amostra do vírus da varíola humana extraído
de um paciente doente. Como ele esperava o menino não desenvolveu a enfermidade, provando que havia sido imunizado
durante a primeira exposição.
Inicialmente, a Royal Society de Londres recebera seu trabalho com forte ceticismo, alegando faltarem provas suficientes
de sua eficácia. Jenner, então, realizou testes em outras crianças, verificando o mesmo padrão de imunização após a exposição
ao vírus da varíola bovina. Os resultados foram posteriormente publicados no livro “An Inquiry into the Causes and Effects of
the Variolae Vaccinae” (Um inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola) e, apesar de seus métodos terem gerado
desconforto pelo fato de crianças terem sido testadas, a comunidade científica começou a dar-lhe mais atenção e crédito.
Logo, Edward Jenner passou a usar esse procedimento como medida preventiva contra a varíola. Chamado de vacinação
por causa do vírus vaccinia causador da varíola bovina (do latim vacca, que significa vaca), o método começou a gerar resultados
positivos no combate à doença, tornando-se a primeira de todas as vacinas. Em 1821, Jenner foi nomeado Médico Extraordinário
pelo rei George IV, uma grande honra nacional. Hoje, ele é conhecido como pai da imunologia e o descobridor da vacina.
(Robert Thom. Jenner e a Vacina Contra a Varíola, 1950. Disponível em: <http://www.revistavitanaturalis.com/artigos/historia-da-ciencia/edward-jenner-e-
a-descoberta-da-vacina/>. Acesso em: 12 jul. 2016.)

a) Problema: d) Resultado:
Por que as mulheres que ordenhavam as vacas não contraim a O garoto teve febre e pequenas lesões mas se recuperou.

varíola humana?

b) Hipóteses: e) Conclusão:
As pessoas que entram em contato com a doença de uma forma
Após o contato com o vírus enfraquecido a pessoa fica imune.
branda tornam-se imunes.

c) Experimento:
No Portal Objetivo
Inoculou pus extraído das mãos feridas de uma mulher com varíola
Para saber mais sobre o
bovina em um menino de oito anos. assunto, acesse o PORTAL
OBJETIVO (www.objetivo.br) e, em
“localizar”, digite CIEN6F101.

6 Ao concluir o item anterior, você já pode realizar em casa a tarefa 1, “Método Científico”.
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A3 DATA: _____/_____/_____
Módulo

5
2 Ecologia Geral
Professor, para desenvolver esse assunto é interessante a exibição de um vídeo no qual o aluno visualize o
ambiente além do espaço físico e consiga relacionar as questões sociais e políticas com esse conceito. Para isso,
seguem as indicações: Ilha das Flores
Lixo Extraordinário

Muitas vezes, convivemos com situações, objetos, sensações, entre outras coisas, mas não sabemos
que há nomes específicos para tudo isso. Por exemplo: você sabe o nome daquele aparelho que o médico
utiliza para ouvir seus batimentos cardíacos? E daquele outro para medir a pressão? Você sabe como se
chama aquele objeto do lado da porta de entrada onde colocamos as chaves? E aquele outro que fica
sobre o fogão?
Pois é, tudo tem um nome. Então, vamos iniciar o estudo de ecologia geral resgatando um pouco
daquilo que você já aprendeu sobre o assunto.
Professor, a atividade a seguir fará os alunos definirem alguns conceitos de ecologia a serem desenvolvidos. A cada
questão respondida por eles, você deve inserir os conceitos que se revelam: a) ecossistema, b) comunidade, c) fatores
ecológicos, d) população, e) nicho ecológico, f) habitat.

Dados os seguintes ambientes: d) Quantas espécies de seres vivos você listou?


– um jardim;
– um lago;
– um aquário;
e) Cada uma das espécies que citou tem sua
– uma floresta; e
própria alimentação. Escreva o que cada uma
– um deserto.
delas come.
a) Escolha um dos ambientes.

b) Elabore uma lista de todos os seres vivos que


normalmente vivem no ambiente que escolheu.

f) Todas as espécies que você citou vivem no


c) Você poderia descrever as características desse mesmo lugar ou têm preferência por determi-
ambiente? nados espaços?

7
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A 4e5
DATA: _____/_____/_____
2.1. Conceitos Fundamentais de Ecologia

a) Ecossistema
É o conjunto formado por certo ambiente físico e pelos seres vivos que nele vivem em equilíbrio
permanente. Exs.: floresta, deserto, lago.

b) População
É o conjunto dos indivíduos da mesma espécie que vivem no mesmo ecossistema. Ex.: uma
população de garças no Pantanal.

c) Comunidade
É o conjunto de todas as populações que compõem um ecossistema. Em outras palavras, a
totalidade dos organismos vivos que interagem no ecossistema.

Figura 4
Figura 3

Parte de uma comunidade de savana, na África.

Figura 5

Uma população de garças no Pantanal. Parte de uma comunidade no fundo marinho.

8
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Nos espaços abaixo, desenhe uma população e uma comunidade.

d) Habitat
É o lugar específico onde vive certo organismo. Exs.: o habitat do leão é a savana (pradaria com
árvores e arbustos); o habitat dos moluscos bivalves é a areia coberta pelas águas; o habitat do papagaio
é a copa das árvores.

No espaço abaixo, desenhe um habitat com os seres que vivem nele.

9
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e) Nicho Ecológico

Figura 7
Significa o papel que o organismo exerce no
ecossistema. Por exemplo, quanto ao nicho
ecológico, o leão é um predador (alimenta-se de
uma presa); já o nicho ecológico de um vegetal é
o de produtor (ser vivo que produz seu próprio
alimento).
Figura 6

A presença da água é um fator ecológico decisivo para a


vida. As florestas tropicais são as mais úmidas do planeta.

g) Biosfera
Significa a “esfera da vida”. É o conjunto de
todos os ecossistemas da Terra.

Níveis de organização biológica


Uma população de capivaras no Pantanal, MS. Elas vivem Como vimos, indivíduos de certa espécie
nos campos de capim, perto de rios e lagos, esse é o seu
habitat. Quanto ao nicho ecológico, a capivara é um herbívoro. compõem as populações. As populações se
organizam em comunidades, e as comunidades
e os ambientes se organizam em ecossistemas.
f) Fatores Ecológicos
O conjunto dos ecossistemas formam a biosfera.
Todos os seres vivos sofrem ação de vários
A biosfera é o mais alto nível de organização
fatores do meio ambiente em que vivem. Pode-se
dos seres vivos, mas os indivíduos de uma
definir como fator ecológico todo elemento do
espécie não compõem o nível mais baixo da
meio capaz de agir diretamente sobre os seres
organização biológica. O nível mais básico da
vivos, pelo menos em uma fase de seu ciclo vital.
organização biológica – as unidades da vida –
Podem ser classificados como bióticos e abióticos.
são as células que formam os indivíduos.
São exemplos de fatores abióticos: temperatura,
Macromoléculas → células → tecidos → órgãos
luminosidade, umidade, salinidade, etc. Os fatores
→ sistemas → organismo → população →
bióticos estão relacionados aos próprios seres comunidade → ecossistemas → biosfera
vivos, seu papel no ecossistema e as relações entre
eles.

1. Que ações você e a comunidade em que vive adotam para melhorar nossa situação ambiental?
Provavelmente, o aluno citará ações simples, como separação do lixo para coleta seletiva, economia de água, adesão a campanha de con-

servação ambiental, não jogar embalagens pela janela do carro etc.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(wwwl.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F102.

10
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2. Os ecossistemas são formados pelos seres vivos em permanente equilíbrio com o ambiente que
habitam. Tente explicar como a relação entre os seres humanos e o ambiente modifica o ecossistema
em que vivem.
Comente alguns problemas envolvendo questões sociais, tecnológicas, desenvolvimento urbano e saneamento básico que interferem no

ecossistema.

3. Como os fatores ecológicos podem interferir na vida dos seres? Exemplifique.


Os fatores ecológicos podem ter efeitos positivos ou negativos sobre os seres vivos. Por exemplo, o aumento da temperatura e a falta de

água em determinado local podem acarretar a morte de espécies animais e vegetais.

4. Por definição, “Ecologia é a ciência que estuda a relação entre os seres vivos e o ambiente”.
Considerando as várias ideias abordadas em aula, você concorda com a simplicidade dessa definição?
Que outros fatores podem ser considerados?
A ecologia inclui também estudos sobre saúde pública, mudanças sociais, tecnológicas, econômicas e política ambiental.

Ao concluir o item anterior,


A6 DATA: _____/_____/_____ você já pode realizar em casa
a tarefa 2, “Conceitos e Fundamentos de Ecologia”.
2.2. Fluxo de Energia nos Ecossistemas
A palavra energia pode ser utilizada em vários
contextos diferentes.
Neste momento, vamos nos direcionar ao tipo de
energia necessária ao funcionamento das células que
compõem todos os organismos: a energia química
extraída dos alimentos.
Essa energia circula no ambiente, passando de um
ser vivo a outro de forma contínua e dinâmica. Vamos
Foto 8

entender como isso acontece.

11
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A Fotossíntese: como as plantas produzem seu alimento


Você já parou para pensar como os vegetais estão presentes em nossas vidas? Esses organismos são de
extrema importância em nosso dia a dia. Então, cite nas linhas a seguir alguns motivos que justifiquem
a importância de preservá-los.
Faça suposições que possam conduzir o aluno à conclusão da resposta. Por exemplo: o que você comeu no café da manhã? Entre esses ali-

mentos, havia algum tipo de vegetal? Vá conduzindo-o até o ponto em que ele perceba que não pode haver fluxo de energia sem que

haja vegetais. É comum os alunos enfatizarem apenas a produção de oxigênio pelos vegetais.

Toda a produção de alimentos e de oxigênio no planeta Terra depende exclusivamente das plantas
e algas – que os fabricam através da fotossíntese.
Os alimentos sustentam todos os organismos consumidores (homens e animais); e sem oxigênio
não poderíamos respirar nem viver.
Portanto, a defesa dos vegetais – plantas e árvores, continuamente ameaçadas pelo homem – é
fundamental para a preservação de todas as outras espécies.

Para Lembrar:
• A fotossíntese é a fonte da vida na Terra: ela produz glicose (alimento carregado de energia) e oxigênio.
• São os vegetais e as algas que sustentam todos os ecossistemas do planeta.

As plantas produzem seu alimento por meio de um processo chamado fotossíntese, palavra que
significa “fabricação com luz”. A cor verde das plantas é devida a uma substância chamada clorofila,
que tem um papel importante nesse processo. A fotossíntese acontece assim:
1. A clorofila das folhas absorve a luz do Sol (energia luminosa ou solar), que será usada na
fabricação de alimento, a glicose.
2. O gás carbônico, existente no ar, é absorvido pelas folhas através de pequenos poros, os
estômatos.
12
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3. A água do solo é absorvida pelas raízes e, através de pequenos tubos, atinge o caule e as folhas.
Observe uma folha e você verá que ela é percorrida por nervuras. É no interior dessas nervuras
que existem os tubos que conduzem a água necessária à planta.
4. Usando a energia solar (luz) absorvida pela clorofila, a planta realiza uma reação química na qual
consome o gás carbônico e a água e produz glicose e oxigênio.
Figura 9

Figura 10
Estômato fechado. Estômato aberto.

A glicose é um açúcar, alimento que fornece a energia química necessária aos vegetais e animais. E
o oxigênio, descartado pela planta, incorpora-se à atmosfera. A única fonte de oxigênio no planeta é a
fotossíntese das plantas e algas.

Você voltará a estudar a fotossíntese em vários momentos de sua trajetória escolar, porque ela está
relacionada à produção da imensa maioria dos alimentos em nosso planeta. Faça um esquema (desenho)
dessa reação química tão importante.

Professor, o aluno do 6.° ano ainda não precisa saber a reação da fotossíntese utilizando as fórmulas moleculares de seus compostos.
O importante é que o aluno saiba que os vegetais absorvem o CO2 e a água e produzem o O2 e a glicose.

13
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Um pouco de História
A descoberta da fotossíntese
No século IV antes de Cristo, o filósofo grego Aristóteles afirmou que a planta tira seu alimento do solo. Não era
uma opinião absurda. As plantas, afinal, tiram a água e os sais minerais do solo. Todavia, ele nem sequer desconfiou
da fotossíntese. Devido ao enorme prestígio de Aristóteles, essa ideia perdurou por muito tempo.
Mais de dois mil anos depois, no século XVIII, Joseph Priestley, um dos fundadores da Química científica, fazia
uma experiência: colocava velas debaixo de um vidro bem fechado e, em seguida, acendia as velas através do vidro,
usando uma lente.
As velas logo se apagavam, porque a chama consumia todo o “ar respirável” do frasco (esse “ar respirável” era
o oxigênio). Certa vez, por acidente, antes de fechar um desses frascos de vidro, Priestley deixou cair uma folha de
hortelã junto à vela. Como sempre, depois de certo tempo o “ar respirável” acabou, consumido pela chama. Dias
depois, entretanto, Priestley pôde acender de novo a vela.
Só a folha viva de hortelã poderia ter produzido o novo “ar respirável” no frasco, concluiu ele. Apesar de os
animais (e do fogo) “gastarem” o oxigênio do ar, as plantas não param de produzir novo oxigênio (O2).
Poucos anos depois, Jan Ingenhouz e Jean Senebier provaram que, sob o efeito da luz solar, as plantas – além
de produzir oxigênio – também absorviam gás carbônico (CO2).
A descoberta final foi realizada por Theodore de Saussure. Ele demonstrou que as plantas reuniam CO2 e H2O
para aumentar de peso, isto é, as plantas produziam seus alimentos a partir de H2O e CO2 quando na presença
da luz. O nome fotossíntese surgiu bem depois.
Figura 11

Priestley foi renomado educador, filósofo e cientista


inglês.
Suas opiniões radicais (apoiou a Revolução Francesa)
o obrigaram a fugir, em 1794, para os Estados Unidos,
onde se tornou amigo de Thomas Jefferson,
John Adams e Benjamin Franklin. Publicou mais de
150 trabalhos sobre os mais variados assuntos.
Joseph Priestley (1733 – 1804).

A 7e8 DATA: _____/_____/_____

2.3. Cadeia Alimentar


As cadeias alimentares (ou tróficas) formam uma
sequência de seres vivos que se alimentam uns dos
outros a fim de obter energia, necessária para toda e
qualquer atividade.
Toda cadeia alimentar, em qualquer tipo de
ecossistema, é composta de três níveis tróficos: os
produtores, os consumidores e os decompositores.

14
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Figura 14
Produtores
São seres vivos capazes de produzir seu
alimento através de reações químicas complexas,
como a fotossíntese. São os vegetais, as algas,
cianobactérias (antes chamadas de algas azuis ou
cianofíceas) e algumas bactérias que possuem
clorofila.
Figura 12

Consumidores carnívoros: leões comem um búfalo.

Decompositores
São os fungos e bactérias que se alimentam
e obtêm energia de matéria morta proveniente de
outros níveis tróficos. Esses organismos transfor-
mam substâncias orgânicas em substâncias
minerais, fazendo com que se feche o ciclo da
utilização da matéria, ou seja, elas são novamente
utilizadas pelas plantas verdes (produtores).
Produtores: um mamoeiro carregado de frutos.
Figura 15

Consumidores
São seres que não produzem o próprio ali-
mento e obtêm energia de substâncias orgânicas
de outros seres, ou seja, são os animais herbí-
voros, carnívoros ou onívoros.
Figura 13

Fungos decompositores de folhas mortas:


cogumelos da espécie Marasmius haematocephalus.
Consumidores herbívoros: coelhos comem brócolis. (Foto: Michael e Patrícia Fogden, Minden Pictures.)

15
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Agora é a sua vez!


Classifique os elos das cadeias alimentares a seguir:

• CADEIA ALIMENTAR TERRESTRE

Arte – Objetivo Mídia


produtor consumidor primário consumidor secundário consumidor terciário decompositores
_______________ _______________ _______________ _______________ _______________

• CADEIA ALIMENTAR MARINHA (água salgada)

Arte – Objetivo Mídia


produtor consumidor primário consumidor secundário consumidor terciário decompositores
_______________ _______________ _______________ _______________ _______________

Arte – Objetivo Mídia

Uma cadeia alimentar terrestre: as setas indicam QUEM come O QUÊ.


16 As setas indicam quem fornece energia para QUEM.
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Arte – Objetivo Mídia

Uma cadeia alimentar terrestre: as setas indicam QUEM come O QUÊ.


As setas indicam quem fornece energia para QUEM.
Arte – Objetivo Mídia

Na cadeia alimentar a seta ( ) indica a transferência de energia e matéria de um


nível trófico para outro. A cadeia sempre começa pelo produtor.
17
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a) Crie uma cadeia alimentar terrestre completa, até o consumidor terciário (você pode desenhar ou
escrever); e classifique seus componentes.

Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
Essa atividade pode ser desenvolvida utilizando outros recursos, como cartazes montados com desenhos ou imagens de revistas,
seres vivos feitos com massa de modelar e apoiados sobre uma base de papelão ou madeira, miniaturas de plástico. Nessa faixa
etária, é comum possuírem animais de plástico que possam ser usados nessa situação.

b) Faça o mesmo para uma cadeia alimentar aquática (marinha ou de água doce).

Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
As sugestões da atividade anterior são válidas para essa situação também.

18
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c) Lembrando que fungos e bactérias são seres decompositores, capazes de transformar matéria orgânica
em substâncias minerais que serão reutilizadas pelas plantas, como seriam os ecossistemas se não
existissem decompositores?
Como os decompositores reciclam a matéria orgânica dentro do ecossistema, as substâncias retornam ao solo, onde são reutilizadas

pelos produtores (as plantas). Se não houvesse os seres decompositores, haveria um acúmulo de dejetos não aproveitáveis e faltaria

húmus para as plantas.

d) O que aconteceria, inclusive com você, se fossem retiradas todas as plantas do planeta?
Aconteceria um desequilíbrio nos percentuais dos gases atmosféricos e falta de alimento, levando os outros seres vivos, inclusive nós, à

morte.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 3, “Fluxo de Energia nos Ecossistemas”.

A 9 e 10
DATA: _____/_____/_____
2.4. As Teias Alimentares
Teias alimentares são os conjuntos de cadeias alimentares que estão interligadas.
As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas, porque
a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma. Os consumidores
variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.
Um gavião pode alimentar-se de ratos em certo momento e, em outro, de cobras que comem ratos.
O gavião ocupa o nível de consumidor secundário no primeiro caso e de consumidor terciário no
segundo.
Isso nos faz perceber como as populações de um ecossistema estão constantemente se adaptando
às variações das condições ambientais.

19
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Leões são os tubarões da savana africana: Para caçar excelentes corredores como os órix, os leões
caçam todos os animais e não são caçados por nenhum. precisam ocultar-se entre a grama alta e atacar de surpresa.

Figura 17
Figura 16

A grama que alimenta os órix é também o lugar onde se


ocultam seus predadores, os leões. Assim como as algas
são a base da cadeia alimentar marinha, as gramas são
a base da cadeia alimentar das planícies.
Arte – Objetivo Mídia

Figura 17-a

20
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Agora você vai montar uma teia alimentar. Para isso, utilize as imagens dos seres vivos que estão no
final do caderno. Tente fazer com que os organismos ocupem diversos níveis da teia alimentar. Seja
criativo, mas não deixe os animais saírem da dieta deles.

Professor, essa atividade é individual. Oriente os alunos a iniciar a teia pelo produtor e deixe-os à vontade para a montagem da
teia. Após o término da atividade, alguns alunos podem expor aos demais sua criação.

A 11 Ao concluir o item anterior,


Realização do Laboratório 1,
você já pode realizar em casa
“Cadeia e Teia Alimentar”.
a tarefa 4, “Ecologia Geral”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F103.

21
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A 12 DATA: _____/_____/_____
Módulo

5
3 Ecologia das Populações

Temos vivido sob permanentes ameaças ambientais, muitas vezes consequentes da ação do homem.
Pensando nisso, que atividades ou comportamentos humanos podem ameaçar a qualidade de vida no
planeta?
Registre as suas ideias e as de sua classe sobre esse assunto no espaço abaixo.
Professor, essa atividade deve ser feita com a participação oral efetiva dos alunos. Para isso, devemos registrar na lousa todas as ideias/su-

gestões que a classe criar. É esperado que sejam citadas não só ações humanas, mas também naturais; por isso, após o registro, você deve

apontar essas diferenças e só então eles farão os registros no caderno.

A 13 e 14 DATA: _____/_____/_____
3.1. Regulação Populacional x Desequilíbrio Ecológico

Figura 18
Em biologia, estudamos a dinâmica popula-
cional, que se ocupa das variações de populações
de seres vivos. O estudo das populações é
importante para entender como os ecossistemas
permanecem em equilíbrio.
Em todos os ecossistemas (rios, mares,
campos, florestas etc.), plantas, animais e micro-
organismos estabelecem entre si e o ambiente
uma relação que garante a preservação dos
recursos naturais e a sobrevivência de todos os
seres. Chamamos de desequilíbrio ecológico
qualquer interferência no harmonioso sistema de Superpopulação de algas vermelhas cobre a superfície de
vida em nosso planeta. Existem vários fatores um lago africano. Essa explosão numérica de uma espécie
capazes de gerar esse desequilíbrio. é causada por um fenômeno natural: a alteração química
da água por gases vulcânicos.
22
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Os fatores naturais são bastante esporádicos, Lembre-se: nas cadeias alimentares dos
como furacões, terremotos, maremotos etc. ecossistemas, todas as populações são limitadas
Dependendo do ecossistema, pode levar anos para pela quantidade de alimento e abrigo disponíveis.
plena recuperação e, em alguns casos, pode até Por isso, quando a população de uma espécie
mesmo ocorrer alteração total da comunidade. cresce, ela tira alimento e abrigo de todas as
O mais comum dos desequilíbrios é aquele outras.
induzido pelo homem, como poluição, desmata-
mento, depredação e captura de espécies etc. Exemplos de desequilíbrios ecológicos
Figura 19

– Em uma época em que as leis de conservação


ambiental e proteção das espécies não
sofriam a fiscalização necessária, houve uma
matança desenfreada de jacarés do Pantanal,
para comercialização ilegal de couro e
produção de bolsas, calçados e outros
acessórios. A diminuição dessa espécie,
predadora e reguladora da população de
A queimada de florestas libera uma imensa quantidade de
monóxido de carbono (CO), o irmão mais venenoso do gás piranhas, teve como consequência um
carbônico. Esse poluente perigosíssimo também sai pelo aumento dessa espécie, o que gerou, durante
escapamento de carros e caminhões. muito tempo, a dificuldade em conduzir e
Nas cadeias alimentares, a população é limitada transportar os rebanhos bovinos, que
pela quantidade de alimento disponível. O acabavam sendo atacados pelas piranhas ao
aumento de uma população gera uma atravessarem os rios de uma margem a outra.
competição intensa por alimento e abrigo, e esse
mesmo aumento em dada população determina
Figura 21

a redução de outra.
Figura 20

Piranha (Serrasalmus piraya): essa espécie é uma das


maiores, chegando a 50 cm.

– Na tentativa de implantar uma espécie próxi-


ma do escargot (molusco habitualmente
Enorme quantidade de fertilizantes é despejada no
Rio Mississipi (EUA) pelos agricultores. Isso provoca consumido na França), foi trazido para o
um grande aumento da população de bactérias, Brasil um caramujo africano da espécie
que absorvem todo o oxigênio da água. Está criada uma Achatina fulica. Esse animal se adaptou muito
“zona da morte” no Golfo do México (à esquerda), onde o
rio desemboca. Ali, poucas espécies animais sobrevivem. A bem a nosso clima, mas não teve a aceitação
situação só melhora com as tempestades de outono, esperada na culinária. O resultado foi uma
que agitam a água e dissolvem a “zona da morte”.
23
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reprodução desordenada, e a falta de controle fez essa espécie se espalhar por todo o Brasil,
atacando plantações inteiras de leguminosas. Além de causar prejuízo para os agricultores, o
caramujo se mostrou um ótimo hospedeiro para transmissão de doenças.

Figura 22

Achatina fulica: o caramujo africano.

1. Vimos dois casos de animais que sofreram 2. Como a falta de uma espécie interfere nas
modificações populacionais drásticas (os jacarés e cadeias alimentares?
os caramujos africanos), afetando todo o seu A falta de uma espécie determina a diminuição na quantidade e na
ecossistema. Relacione a interferência humana
variedade nutricional da espécie consumidora e, consequentemen-
com o desequilíbrio ecológico ocorrido.
te, de todos os outros níveis tróficos.
No caso dos jacarés do Pantanal, a matança desenfreada desses

animais aumentou o número de piranhas nos rios, pois se reduziu

muito o número de seus predadores, que passaram a comer o gado.

No caso dos caramujos, ocorreu o contrário. Sua introdução sem 3. Nos últimos anos, temos observado uma série
de fenômenos climáticos agindo de forma
controle causou tal crescimento da população que eles se tornaram
trágica nos diversos continentes. Você acha que
uma “praga” para os agricultores. Além disso, são perigosos trans-
isso interfere na dinâmica populacional dos
missores de doenças. ecossistemas? Discuta essa questão com seus
colegas e registre os exemplos que lembrarem.
Procure lembrar o aluno de que os fenômenos climáticos podem

causar escassez de alimento. Isso se torna, portanto, um meca-

nismo natural de controle populacional.

24
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4. Discuta com seu professor e com seus colegas alguns casos de desequilíbrio ecológico causados
por interferência humana e anote-os a seguir.
Ajude os alunos a perceberem em quais situações a interferência do homem causa desequilíbrio ecológico. Por exemplo, no desmatamento

para a construção de casas ou para a lavoura.

A matança dos camelos


Figura 23
O governo da Austrália resolveu eliminar 650 mil do 1 milhão de animais
que viviam soltos no interior do país. Esse não é o tipo de animal que se imagina
abater a tiros, porém os camelos – que, em 1840, foram introduzidos no país
para servirem como animais de carga nas travessias do deserto interior – se
multiplicaram de tal forma até se converterem na praga atual. Eles invadem os
banheiros das casas em busca de água, quebram tubulações da lavoura,
derrubam cercas, comem a grama dos jardins e os arbustos dos campos,
acelerando a desertificação.
O abate dos camelos provocou duas reações. A primeira, contra a morte
dos animais, que são criaturas inocentes e cuja caçada comercial pode provocar
a extinção da espécie. A segunda foi a tentativa frustrada de aproveitar a carne
do animal (de 600 quilos em média) para servir de ração. Porém, o transporte desses animais seria um “pesadelo
logístico”, segundo Leszek Kosek, que presta consultoria aos caçadores da Austrália.
A Austrália costuma passar por problemas sérios de desequilíbrio populacional, devido à introdução na ilha de
espécies “exóticas”, como cachorros, coelhos, javalis e raposas vermelhas.
Assim, como você pode perceber, a diminuição ou o crescimento súbito de uma espécie ocasiona graves
perturbações nos ecossistemas.
Ora, o aumento vertiginoso da população humana não é proporcional ao crescimento de recursos que
poderíamos explorar sem perigo. E os homens não poderão viver sem água potável, sem florestas, sem ar respirável,
sem as faunas e floras naturais. Se isso acontecesse, seríamos obrigados a comprar água caríssima, faltariam alimentos,
uma vida decente seria apenas para os muito ricos e poderosos. O planeta sofreria desertificação, os raios ultravioleta
do Sol nos queimariam, os cânceres pulmonares se multiplicariam. O tão discutido aquecimento global é, justamente,
uma consequência da explosão demográfica humana, tema que será estudado em outras aulas.
Esse triste destino só poderá ser evitado por meio do controle populacional e do desenvolvimento susten-
tável, um desenvolvimento socioeconômico no qual o uso dos ecossistemas seja racionalmente administrado. A
sobrevivência das outras espécies e o equilíbrio natural de seus ecossistemas são indispensáveis para manter em
segurança a vida dos próprios homens.
(Revista Veja, 2 set. 2009. Editora Abril. Adaptado.).

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 5, “Ecologia das Populações”.

25
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A 15 e 16
DATA: _____/_____/_____
3.2. As Subdivisões da Biosfera
O conjunto de todos os seres vivos do planeta compõe a Biosfera. Esta, por sua vez, divide-se em
três enormes Biociclos.
Os biociclos são as três formas fundamentais de viver em nosso planeta.
Estamos falando do imenso biociclo marinho, do pequeno biociclo de água doce e do grande biociclo
terrestre.

Os três Biociclos
1. Biociclo Marinho
É o maior dos três. Os 4 fatores não vivos (chamados ABIÓTICOS) mais importantes nesse ambiente
são a salinidade, a luminosidade, a temperatura e a pressão.
As comunidades de seres vivos marinhos dividem-se em três grupos.

• Plâncton: São seres vivos microscópicos (ou quase) que vivem flutuando nas camadas superficiais
dos mares. As algas microscópicas flutuantes formam o fitoplâncton. O conjunto dos animaizinhos
flutuantes é chamado zooplâncton.

Fitoplâncton Zooplâncton

Figura 24 Figura 25 Figura 26 Figura 27

• Nécton: São os animais que nadam livremente, como os peixes, as baleias, as medusas etc.
Figura 28

Figura 29

Medusas. Tartarugas e peixes.

26
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• Bentos: São os seres que vivem aderidos às Os ambientes de água doce são divididos em:
rochas, rastejando ou enterrados nos sedimentos – LÓTICOS, de águas correntes; e
do mar. Incluem-se esponjas, corais, equino- – LÊNTICOS, de águas paradas.
dermos (ouriços e estrelas-do-mar), moluscos
(polvos etc.), entre outros. Suas comunidades também se dividem em
Figura 30

plâncton, nécton e bentos das águas doces.

Figura 33
Rio = água corrente (ambiente lótico).
Polvo.

Figura 34
Figura 31

Estrela-do-mar.
Lago = água parada (ambiente lêntico).
Figura 32

3. Biociclo Terrestre
Abrange a superfície dos continentes, que
cobre apenas 28% da área total do globo. O
biociclo terrestre divide-se em biomas, compostos
por animais e vegetais adaptados a certo clima.
Os biomas são enormes áreas do planeta
recobertas por tipos de vegetação dominante.
Exemplos de biomas são o Pantanal, a Floresta
Ouriço-do-mar.
Amazônica ou o Pampa gaúcho. Na África, na
Indonésia, na Índia e na América do Norte,
2. Biociclo de Água Doce (Rios e lagos) existem biomas parecidos com os brasileiros.
Esse é o menor dos biociclos porque apenas Entretanto, seus vegetais e animais são de outras
1% da água do planeta contém pouco sal espécies.
dissolvido. Ao contrário do biociclo marinho, o Os biomas, por sua vez, subdividem-se nos
biociclo das águas continentais é descontínuo e ecossistemas, de que já falamos.
menos profundo.
27
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A 19 e 20
DATA: _____/_____/_____
3.3. A Diversidade dos Biomas

Você já parou para pensar por que alguns animais vivem em determinados lugares e não existem
em outros? Por que não há elefantes no Ártico, sapos nos desertos ou ursos na Mata Atlântica?
Figura 35

Figura 36

Para começar a descobrir as respostas, esque- b) O nosso Pantanal, com algum ser vivo
matize nos espaços a seguir: característico.
a) O deserto do Saara com algum ser vivo
característico.

c) Uma Savana da África, com algum ser vivo característico.

A atividade em grupo tem como objetivo a troca de informações entre os alunos sem que haja interferência imediata do professor,
pois é comum que o aluno faça essas perguntas e receba respostas imediatas sem usar o raciocínio lógico.

28
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Os principais tipos de biomas dos diversos continentes distribuem-se, sucessivamente, como grandes
“faixas”, que vão dos polos ao equador.

GELO: os dois polos estão recobertos de água congelada. Como as plantas não podem crescer no
gelo, praticamente não há vida nos polos, exceto nas beiradas oceânicas, onde, por exemplo, focas,
ursos-polares e pinguins caçam peixes.

TUNDRA: é a faixa que vem depois das geleiras. As temperaturas são baixas o ano todo e o solo
fica congelado durante a maior parte do tempo. Não há árvores, apenas liquens, musgos e alguns
arbustos. No inverno, os animais dormem enterrados, como os ursos (que hibernam), ou migram da
tundra para a taiga.

TAIGA: é a faixa logo abaixo da tundra. Como, mesmo durante o inverno, existe água não
congelada, aparecem as primeiras árvores. São as florestas de pinheiros, com folhas em forma de agulha
para não reter neve. Muitos insetos servem de alimento às aves migratórias para alimentar os filhotes.
Há também aves predadoras, cervos, ursos, lobos, raposas, felinos etc.

FLORESTAS TEMPERADAS: aparecem logo depois da taiga. Nelas, o inverno é menos rigoroso,
boa parte da água nunca congela e as árvores não são apenas pinheiros. Existem desde árvores enormes,
como carvalhos, cedros e sequoias, até pequenos arbustos. A fauna também é variada, com muitos
insetos, ursos, felinos, cervos, aves, esquilos, cobras etc. Durante o inverno, muitos desses animais
migram para regiões mais quentes enquanto outros ficam hibernando.

CAMPOS DE GRAMÍNEAS: são os pampas, pradarias e estepes, com alguns arbustos e poucas
árvores. Neles, a água nunca congela e as gramas precisam de muita água. É o paraíso das grandes
manadas de herbívoros, como bois, cavalos ou elefantes; dos grandes carnívoros, como o leão; dos que
se escondem na grama, como as lebres ou galinhas; das aves corredoras, como emas e avestruzes; e
também dos animais cavadores, como tatus e ratos. Quando há um razoável número de árvores na
pradaria, ela é chamada savana.

FLORESTA TROPICAL: grandes rios, muita chuva e muito calor. Árvores grandes e pequenas,
arbustos, cipós, bromélias, orquídeas, bem como imensa variedade de animais arborícolas: insetos,
papagaios, harpias, araras, beija-flores, tucanos, macacos, preguiças, cobras. No chão, trotam e se
esgueiram lagartos, sapos, jabutis, onças, capivaras, jaguatiricas, porcos-do-mato, tamanduás. Nas águas,
nadam piranhas, pirarucus, tambaquis, tucunarés, lontras etc. Há mais espécies animais, vegetais, de
fungos, algas e bactérias por metro quadrado de floresta tropical do que em qualquer outro ambiente,
exceto nos recifes de corais marinhos.

DESERTOS: ao contrário da floresta tropical, há muito calor, mas pouca água. Por isso, falta vegeta-
ção. Nos desertos norte-americanos e mexicanos, há cactos e suculentas. Nos africanos, encontram-se
palmeiras apenas nos oásis. Os poucos animais (répteis, mamíferos e aves) escondem-se do sol durante
o dia e caçam à noite. É o paraíso dos escorpiões.

29
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Quando queremos conhecer algum animal ou alguma planta de perto, podemos ir a zoológicos,
parques, jardins botânicos ou aquários de nossa cidade, que abrigam muitas espécies animais e vegetais
e delas cuidam. Por essa razão, muitas vezes, as pessoas se confundem com o habitat natural de
determinadas espécies. Quando fazemos uma visita a um local como esses, devemos sempre estar
atentos para as informações oferecidas, como a origem daquele ser vivo.
O parque zoológico de São Paulo, o maior da América Latina e o sétimo do mundo, fica localizado em
uma área de 824.529 m2 de Mata Atlântica original. O parque aloja nascentes do histórico riacho do Ipiranga,
cujas águas formam um lago que acolhe exemplares de aves de várias espécies, além de aves migratórias.
Assim como o lago, a mata abriga animais nativos de vida livre, formando maravilhosa fauna paralela.
É muito comum esquecermos os vegetais quando falamos sobre os seres vivos que habitam nosso
planeta, quando falamos sobre extinção de algumas espécies, preservação das florestas e outros
ambientes. Devemos sempre lembrar que os vegetais também são seres vivos que precisam de cuidados
e que sua preservação é essencial para o equilíbrio da vida na Terra.
Muitos parques e jardins de muitas cidades tentam manter uma variedade de espécies vegetais,
algumas economicamente importantes, outras apenas ornamentais, mas com funções importantes
dentro do ecossistema natural que habitam.

Agora é a sua vez! 1. Geleira 2. Tundra

3. Taiga 4. Floresta temperada


a) Observe as imagens a seguir. São sete biomas
5. Campo ou savana 6. Floresta tropical
terrestres. Tente identificá-los com os conheci-
7. Deserto
mentos que você já possui. Algumas dessas
b) Observe o mapa e, utilizando a legenda, tente
imagens são bastante familiares, outras nem
identificar os biomas brasileiros.
tanto. Aquelas que você desconhece poderão
ser identificadas por meio das características
Desenho – Objetivo Mídia

descritas na página anterior. 5


Figuras – Objetivo Mídia

1 2
1

3
3
3 4
5
2

2
5

5 6 6

1 Floresta Amazônica 5 Pantanal

2 Mata Atlântica 6 Campos

7 3 Cerrado

4 Caatinga

30
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Desenho – Objetivo Mídia

Resumindo, a Biosfera divide-se em três biociclos:


1. Biociclo Marinho (imenso) 3. Biociclo Terrestre (grande)
Possui 3 grupos: Possui 7 biomas, cada um com seus
a) plâncton (seres flutuantes); diversos ecossistemas:
b) nécton (seres que nadam livremente); 1. gelo;
c) bentos (seres aderidos, rastejantes ou
2. tundra;
que vivem enterrados).
3. taiga;
2. Biociclo de Água Doce (pequeno)
4. floresta temperada;
Possui 2 ambientes:
a) os rios – ambientes lóticos (de água 5. campo ou savana;
corrente); 6. floresta tropical;
b) os lagos – ambientes lênticos (de
7. deserto.
água parada).

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 6, “Biosfera, Biociclos e Biomas”.
Figura 37

Degradação da Biosfera
Com o avanço da ocupação humana sobre os mais
diversos ecossistemas, várias têm sido as formas de impacto
sobre o equilíbrio ecológico. Os seres vivos e o meio ambiente
estabelecem uma interação dinâmica, porém frágil. O grande
dilema das sociedades modernas é conciliar o desenvolvimento
tecnológico e a carência cada vez maior de recursos naturais
com o equilíbrio da natureza. A 17 e 18
Realização do Laboratório 2,
“Montagem de Biomas”. 31
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A tentativa de conciliação ou harmonização começou a ser intensificada na década de 1980, quando


se tornaram muito mais visíveis e preocupantes várias consequências da profunda interferência do
homem na paisagem: o efeito estufa, as chuvas ácidas, as ilhas de calor nas cidades, o buraco na camada
de ozônio, a poluição dos oceanos, a grande extensão dos desmatamentos e a extinção de espécies
animais e vegetais, o rápido esgotamento dos recursos não renováveis etc.

Você já ouviu falar em desenvolvimento sustentável? Utilize o espaço a seguir para expor seu
conhecimento e suas ideias sobre o assunto.
Desenvolvimento sustentável significa orientar os investimentos econômicos, as pesquisas tecnológicas e a exploração de matéria-prima,

levando em consideração não só os resultados imediatos, mas também as consequências futuras. Todas as nações precisam unir-se para

implantar técnicas de produzir energia, bens e alimentos sem destruir os ecossistemas, a atmosfera, o solo e a água. A ciência, as institui-

ções e os estados podem e devem tratar disso. Isso terá um custo, mas é melhor pagá-lo agora do que quando a situação se tornar irreme-

diável para toda a humanidade.

A 21 DATA: _____/_____/_____
3.4. A Diversidade dos Seres Vivos
A palavra biodiversidade (ou diversidade biológica) designa a variedade dos seres vivos. Este é um
conceito importante, muito usado por biólogos, ambientalistas, políticos e cidadãos de todas as nações,
que se preocupam com a espantosa diminuição do número de espécies animais e vegetais ocorrida nos
últimos dois séculos.

Figura 38
Os ambientes controlados pelos homens
se caracterizam, justamente, pela enorme
redução no número de espécies, isto é, pela
diminuição de sua biodiversidade.
A biodiversidade natural das floras e
faunas varia entre as diferentes regiões.
Como vimos, ela é maior nas regiões tropicais
do que nas tundras e nos desertos.
Entretanto, onde chegam os homens, logo a
riqueza da variedade genética das populações
e espécies decai, isto é, sua biodiversidade
diminui drasticamente.

32
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Em termos de biodiversidade, o Brasil ocupa um lugar privilegiado: entre os países considerados


mais diversos, somos o número 1 em quantidade de espécies. Para termos uma ideia do que isso
representa, basta dizer que o Brasil possui 10% de todos os anfíbios e mamíferos existentes no mundo,
além de 17% das aves do planeta. Quanto à flora brasileira, destacamo-nos ainda mais: somos o país
com a maior diversidade, possuindo 56 mil espécies de flores descritas, 22% do total mundial, além de
contarmos com a maior riqueza de espécies de palmeiras (390 espécies) e de orquídeas (2.300 espécies).

Note-se que, apesar da grande diversidade de espécies vegetais nativas sul-americanas, aquelas
que são hoje as mais cultivadas foram trazidas de fora: o trigo, a cevada e a uva vieram da Europa;
o arroz, a soja e a manga provieram do Oriente; a cana-de-açúcar, da Nova Guiné; o café foi trazido
da Etiópia; e as laranjas foram desenvolvidas na China.
As plantas genuinamente sul-americanas mais conhecidas são o abacaxi, o amendoim, a castanha-
do-pará e, especialmente, a mandioca e o milho – desenvolvidos pelos índios.

A biodiversidade de toda a América do Sul está sendo rapidamente reduzida pelas monoculturas
da agroindústria e pelas mudanças climáticas induzidas pelo homem e por suas cidades.
É bom saber que essa perda de espécies não constitui apenas uma agressão aos ecossistemas, mas
também a perda de um potencial econômico ainda inexplorado por nossa biotecnologia. Infelizmente,
os registros existentes no Brasil sobre o risco de extinção de espécies de nossa flora são poucos e
imprecisos.
Exatamente por causa dos interesses que envolvem a biotecnologia – tanto dos países desenvolvidos,
que possuem o conhecimento tecnológico, quanto dos países em desenvolvimento, que possuem
grandes reservas biológicas –, foi criada a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB; 1992).
Essa convenção é importantíssima, porque trata a biodiversidade em todos os níveis, o que não
acontecia com as convenções anteriores. Estabelece, também, regras justas sobre a divisão dos benefícios
obtidos com a venda de produtos biotecnológicos. Estes serão repartidos entre os países detentores dos
recursos genéticos e aqueles que desenvolveram o produto.

A biodiversidade é um reservatório de recursos utilizados para a fabricação de diversos


produtos. Esses produtos podem ser classificados como: valor natural; valor econômico
direto ou indireto; e valor potencial.
Você deverá pesquisar sobre espécies utilizadas na alimentação, na fabricação de produtos
farmacêuticos, cosméticos, produtos de limpeza etc.
Utilize o espaço a seguir para expor sua pesquisa.
Professor, você poderá dividir a classe em grupos, direcionando um tema para cada grupo, e, após a pesquisa concluída, pontuar o assunto

classificando a espécie em pauta e o respectivo valor a ela atribuído (ex.: criação de gado = valor econômico direto).

• VALOR NATURAL – não há espécies sem função no ecossistema em que vivem. Predadores regulam a população de presas, plantas que

fazem a fotossíntese regulam o equilíbrio de gás carbônico na atmosfera, decompositores reciclam os recursos minerais etc.

• VALOR ECONÔMICO DIRETO – muitas espécies são necessárias ao homem como alimento ou como matéria-prima.

33
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• VALOR ECONÔMICO INDIRETO – várias espécies são usadas indiretamente pelos homens. Por exemplo, criar abelhas em laranjais favorece

a polinização das flores de laranjeira, resultando em melhor produção de frutas.

• VALOR POTENCIAL – com o avanço das biotecnologias, inúmeras espécies que hoje não são utilizadas poderão futuramente ter usos im-

portantes. A humanidade nunca deixou de descobrir novos medicamentos e produtos úteis a partir de plantas e animais aos quais, até então,

ela dava pouco valor.

A 22
Realização do Laboratório 3, Ao concluir o item anterior,
“Biociclo de Água Doce: você já pode realizar em casa
observação de micro-organismos”. a tarefa 7, “Biosfera, suas Divisões e a Diversidade”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F104.

Figura 39

“Nossos destinos
estão ligados.
Proteja a
Biodiversidade.”

Cartaz da
Fundação Nicolas
Hulot – Para a
Natureza e para a
Humanidade.
34
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A 23 DATA: _____/_____/_____
Módulo

5
4 Solo, o Alicerce da Vida

Nesse módulo, estudaremos o solo. Nos continentes o solo é o alicerce da vida. As plantas, que
sustentam toda a vida no planeta, lançam suas raízes no solo. E é do solo que elas extraem a água e os
sais minerais. Vamos verificar o que você já sabe sobre esse assunto. Procure responder às questões com
o máximo de informações que conseguir.

Por que é importante estudar o solo?


Professor, depois que os alunos responderem, verifique se está clara para eles a relação entre o solo e a produção de alimentos, a cadeia

alimentar e a manutenção do clima.

Qual a diferença entre solo e chão?


Professor, o chão é qualquer lugar onde pisamos. Uma rua revestida de asfalto é chão, mas não é solo. A forma mais comum e importante

de solo é a terra.

Escreva o que você conhece sobre a formação do solo ao longo dos tempos.
A formação do solo é um processo lento e contínuo, que ocorre pela desagregação e a decomposição das rochas. Sofre a ação do intem-

perismo físico e químico, do calor do sol, de chuvas, ventos etc.

Para que as plantas possam viver no solo, ele deve ser adequado a suas necessidades. Nesse caso,
dizemos que o solo é fértil. Se, entretanto, faltar algum dos elementos necessários às plantas, ou ele for
insuficiente, esse solo será infértil e deverá ser corrigido artificialmente.
Os solos estão constantemente sofrendo alterações naturais, às vezes bem rápidas. Boa parte das
vezes, entretanto, é o próprio homem que estraga o solo e o torna infértil devido a um uso inadequado.
Nas metrópoles, o solo quase desapareceu. Grande parte do chão está impermeabilizado,
dificultando a infiltração e o escoamento da água no período das chuvas. Essa é uma das principais
causas das enchentes urbanas. Daí a importância de manter muitos parques e áreas não
impermeabilizadas nas cidades.

35
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4.1. As Camadas (Horizontes) do Solo A 24 DATA: _____/_____/_____

O solo organiza-se em camadas. Essas camadas superpostas variam bastante com os tipos de solo,
mas existem quatro camadas principais:

A 1.a camada é rica em húmus – detritos de origem


orgânica. Essa é a camada fértil. É a melhor para o
plantio, pois é nela que as plantas encontram os sais
minerais e a água para se desenvolverem.

A 2.a camada é a de onde provêm os sais minerais.

A 3.a camada é a das rochas parcialmente decompostas.

A 4.a camada compõe-se de rochas compactas. Elas são


a superfície da rocha matriz (superfície do escudo
continental).
Figura 40-a

Figura 41
Figura 40

Os horizontes do solo. Húmus, a camada fértil do solo.

4.2. A Composição do Solo A 25 DATA: _____/_____/_____


O solo é composto de três partes bem diversas: sedimento, húmus e seres vivos.

a) Sedimento
O solo é rocha (isto é, pedra) triturada pelo clima e pelos seres vivos. Veja como:
– o gelo e o Sol racham as rochas;
– os ventos carregados de areia as desgastam;
– os rios e as ondas atritam as pedras entre si;
– os fungos e os liquens soltam líquidos ácidos que as corroem;
– a chuva, acidificada pelo CO2 da atmosfera, ajuda nessa corrosão;
– as raízes das plantas penetram pelas fendas e ajudam a esfarelá-las.
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Com isso, as rochas viram pedras, as pedras •O terceiro são os insetos, grandes
viram pedregulhos, os pedregulhos viram areia devoradores de matéria morta e produtores de
grossa, esta vira areia fina e a areia fina vira lodo. húmus.
O conjunto resultante de toda essa trituração • O quarto são os fungos microscópicos,
é o sedimento, um material mais ou menos solto que também funcionam como ativos produtores
e macio, que é a parte mineral do solo. de húmus.

b) Húmus Eis o que dissemos transformado em esque-


ma:
O solo não é feito só de rocha triturada. As
plantas e os animais mortos, com seus excre-
mentos, misturam-se às partículas de rocha
triturada e produzem o húmus do solo. Ou seja,
o húmus é a massa dos restos dos seres vivos
incorporada ao solo.
O húmus é essencial para as plantas.
Pouquíssimas espécies de vegetais conseguem
sobreviver em solos arenosos, sem húmus (como
os desertos e as praias). Quanto mais húmus você
acrescentar ao solo, melhor ele se tornará para as
plantas.

c) Seres Vivos
Quatro tipos de seres vivos são muito impor-
tantes para o solo:
• O primeiro são as bactérias, que não só
decompõem os restos orgânicos para criar húmus,
Figura 42

como também extraem nitrogênio do ar e o


repassam para as raízes das plantas. Sem
bactérias, as plantas não conseguem fazer isso.
Como as queimadas matam as bactérias do solo,
pouco depois ele se torna infértil.
• O segundo são os vermes. O melhor e
maior “melhorador” de solo de nosso planeta é a
minhoca.
As minhocas se alimentam de material orgâ-
nico em decomposição presente no solo. Digerem
a matéria orgânica e eliminam fezes, que servem
de adubo para o solo. Além disso, por onde
passam, criam túneis que arejam a terra, facilitam
a entrada de água, tornando-a melhor para as
raízes das plantas.
Minhocas afofam o solo.

37
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A 26 DATA: _____/_____/_____
4.3. Tipos de Solo

Figura 44
Existem vários tipos de solo. Cada tipo possui
características próprias. Os solos podem diferir em
densidade, granulação, cor, consistência e com-
posição química.

a) Solo Argiloso
Suas partículas são muito finas, invisíveis a
olho nu. Ele é quase impermeável à água. Um dos
principais tipos de solo argiloso é a terra roxa,
encontrada principalmente nos estados de São
Paulo, Paraná e Santa Catarina.

b) Solo Arenoso Seixos rolados: pedras desgastadas por atrito enquanto


rolaram na água do rio. Os grãos triturados por esse atrito
Possui consistência granulosa, como a areia. produziram a areia do leito e das margens do rio.
Muito presente na região Nordeste do Brasil, é
permeável à água. Figura 45

c) Solo Humoso
Contém grande concentração de material
orgânico em decomposição (húmus). É ótimo para

Figura 46
a agricultura, pois é extremamente fértil (rico em
nutrientes para as plantas).

d) Solo Calcário
As partículas de rochas são bem evidentes. É
um solo seco que esquenta muito ao receber os
raios solares. Inadequado para a agricultura. Solo Arenoso Solo Argiloso
Esse tipo de solo é muito comum em regiões
desérticas.
Figura 47

Figura 48
Figura 43

Solo Calcário Solo Humoso

Húmus em formação: a decomposição de animais e vegetais


produz o húmus, que – misturado aos grãos minerais das
rochas – gera o Solo Humoso. O húmus é riquíssimo em
espécies microscópicas de bactérias, protozoários e algas (o
alimento das minhocas).
Húmus em formação.

38
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Sabemos que no Brasil existe um movimento migratório do Nordeste para o Sul e


principalmente o Sudeste.
Esse fenômeno ocorre há décadas devido a vários fatores que contrastam essas regiões. Enquanto
as regiões Sul e Sudeste prosperam e durante muito tempo ofereceram uma gama de trabalho nas áreas
de indústria, comércio e agricultura, a região Nordeste oferece pouco a seus habitantes.
Grande parte dos municípios do Nordeste situa-se em regiões secas no semiárido, o que dificulta
muito as atividades agrícolas. Toda essa população acaba ficando sem opção de trabalho, o que a obriga
a procurar outros locais para viver.
Procure explicar a razão de o solo do sertão nordestino ser considerado improdutivo quando
comparado ao solo das regiões Sul e Sudeste.
Professor, o sertão nordestino, conhecido como polígono da seca, apresenta diversas características de desertificação. Os problemas climáticos

(como chuvas escassas e mal distribuídas durante o ano e as difíceis condições econômicas da população local) somam-se às queimadas

aplicadas para a criação de bovinos e caprinos, além do desmatamento para obtenção de lenha para uso doméstico.

A 28 DATA: _____/_____/_____
4.4. Formas de Desgaste do Solo

O solo sofre desgaste quando suas características físicas, químicas e biológicas não são preservadas.
Pode sofrer erosão, compactação, salinização e desertificação.
A derrubada da vegetação e as queimadas deixam os terrenos sujeitos à ação direta da água da
chuva. Em pouco tempo, o solo torna-se seco e pobre em nutrientes.

O que você acredita que aconteceria com uma vegetação (cultura) num solo logo após a derrubada de
uma floresta?
Professor, após a derrubada da mata, o solo se tornaria seco e pobre – o que não favoreceria o desenvolvimento de qualquer cultura.

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a) Erosão
Erosão é a perda das camadas da parte externa da terra, podendo ser normal ou acelerada. A erosão
normal resulta da ação da própria natureza. A erosão acelerada significa perda rápida do solo, de forma
que a natureza não possa mais reconstruí-lo.
A erosão age de maneira diferente de uma região para outra, dependendo dos tipos de solo e rocha,
do relevo, do clima e da cobertura.
Figura 49

Figura 51

A água das chuvas desagrega o solo. Voçorocas: grandes valas causadas pelo escoamento da água
das chuvas.
Figura 50

Figura 52

As raízes agregam o solo. Erosão natural no Pantanal: um novo braço de rio


carregando parte da terra da planície.
b) Compactação
Devido ao uso de máquinas agrícolas muito pesadas – como tratores e colheitadeiras – ou devido
ao pisoteio do gado, o solo pode ser esmagado. Como consequência, ele perde sua porosidade.
A compactação do solo também pode ser causada propositadamente por compactadores,
equipamentos usados nas grandes construções.

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A compactação diminui a infiltração de água e a aeração do solo. Com isso, dificulta ou impede o
crescimento das raízes dos vegetais, e a água das chuvas – que não pode penetrar no solo – acumula-
se na superfície. Isso reduz a quantidade de águas subterrâneas que alimentam os mananciais. Por isso,
em época de estiagem, falta água nos rios e lagos.

Figura 53

Compactação.

Você acha que existe solução para o problema da compactação do solo? Indique essa solução
se a resposta for positiva.
Professor, o ideal é evitar a compactação. E, se ela ocorrer, é preciso proceder à aeração. A aeração permite uma renovação do ar no interior

do solo, facilitando a entrada de O2 necessário às raízes e plantas, assim como a saída de gases, como o CO2. Na ausência da aeração, ocorre

a produção de gases tóxicos, como metano, gás sulfídrico, óxido nitroso, entre outros.

c) Salinização
Se a quantidade de sais solúveis no solo aumentar demais, eles prejudicarão a germinação das
plantas. Nesse caso, elas começarão a escassear, ficarão mirradas e poderão morrer.
As principais causas da salinização são as irrigações artificiais (sua água acrescenta mais sais ao solo
cultivado) e o uso excessivo da água dos lençóis freáticos (também carregados de sais).

41
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d) Desertificação

Figura 54
É a transformação de solos férteis em de-
sertos. Isso pode ser causado pela natureza ou
pelos homens. Na desertificação, a vegetação se
reduz total ou parcialmente e o solo vai se
tornando infértil.
A salinização é uma das causas da deser-
tificação, mas não a única. O calor, associado a
ventos excessivos, pode eliminar a água do solo
e, assim, desertificá-lo.
A formação de regiões áridas provoca falta
de água e escassez de alimento. Sem alimento, os
animais morrem, fogem ou invadem novos es-
paços, desequilibrando esses ambientes. Podem,
inclusive, levar doenças para lugares onde elas
não existiam.

Os organismos causadores de doenças já existiam no espaço mencionado. Por que, então, eles
não causavam doenças nos animais com os quais conviviam?
Professor, porque havia um equilíbrio entre os seres originais da região e os organismos causadores de doenças.

Orientação: esse é um ótimo momento para levantar uma discussão sobre o aparecimento e a disseminação de doenças causadas por vírus

que vivem sem causar prejuízos em vários animais, mas que, quando entram em contato com o ser humano, se tornam verdadeiras ameaças.

É o caso de, entre outros, dengue, leishmaniose, ebola e AIDS.

e) Assoreamento
Assoreamento é a obstrução de um rio ou de um estuário, provocada pela contínua e prolongada
deposição de sedimentos, areia ou detritos.
Na natureza, o assoreamento de um rio é causado pelas partículas do solo carregadas pelas chuvas
e pelos ventos, isto é, pelos resultados da erosão e da desertificação.
Nas grandes cidades, o assoreamento é provocado também pelo lixo caseiro ou industrial jogado
nos rios.
O assoreamento diminui a profundidade do rio. Com isso, em época de chuvas fortes, o rio acaba
transbordando e causando as enchentes.
A 27
Realização do Laboratório 4,
“Assoreamento e Erosão”.
42
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O Rio Tietê
As marginais do Tietê formam um importante conjunto de avenidas da cidade de São Paulo, que
correm pelas margens do rio. Até o começo do século XXI, as enchentes de verão eram muito comuns.
Além de causar transtornos ao trânsito, elas inundavam casas, indústrias e estabelecimentos comerciais.
As águas contaminadas do rio provocavam doenças (leptospirose, tifo, diarreias, entre outras) nas
pessoas que entravam em contato com elas.
A partir de 2002, o governo do estado de São Paulo iniciou o rebaixamento da calha do rio (isto é,
de seu leito). Finalizadas em 2006, essas obras reduziram significativamente as enchentes nas marginais
do Tietê, mas não o processo de assoreamento, porque a erosão continua acrescentando solo ao fundo
do rio e a cidade prossegue despejando nele seu lixo.

Figura 55

Você sabia?

Que em 15 de abril é comemorado oficialmente o Dia Nacional da Conservação do Solo? E que essa data foi
instituída por uma lei federal? Trata-se da Lei n.º 7.876, de 13 de novembro de 1989.
O dia 15 de abril foi escolhido em homenagem ao nascimento de Hugh Hammond Bennett (15/4/1881 – 7/7/1960),
considerado o pai da conservação dos solos nos Estados Unidos. Ele foi o primeiro responsável pelo Serviço de
Conservação de Solos daquele país. Seus estudos e experiências sobre os efeitos dos diversos tipos de solo na
agricultura, nacional e internacional, fizeram dele um conservacionista dedicado. Além disso, publicou textos de
divulgação sobre o assunto que conquistaram muitos adeptos para a causa mundial da conservação.
Como sabemos, o solo é extremamente importante para todos, pois é dele que obtemos os alimentos, roupas,
móveis, antibióticos e tantas outras coisas. É sobre ele que crescem as florestas, onde vivem os animais e muitos seres
que mantêm o equilíbrio da natureza. Sem o solo, não sobreviveríamos.
Você tem ideia de quanto tempo o solo leva para se formar? Pois bem, para formar uns 30 cm de solo, pode levar
cerca de 3 mil anos ou até mais. Portanto, não podemos desperdiçar esse recurso natural.
Por esses motivos todos, achou-se adequado criar o Dia Nacional da Conservação do Solo, para possibilitar a
discussão sobre sua importância e ressaltar sua função na natureza.
(Disponível em: <http://www.escola.agrarias.ufpr.br>/
<http://www.ibge.gov.br>. Adaptado.)

43
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Figura 56

A produção cresceu graças ao uso de se-


mentes geneticamente modificadas (altamente
produtivas) e, principalmente, de adubos sinté-
ticos e agrotóxicos para matar insetos. Foi a
chamada “Revolução Verde”, que salvou da fome
milhões de pessoas.
Entretanto, essa revolução na produção de
alimentos teve também consequências perigosas.
O uso prolongado de adubos artificiais e
de agrotóxicos estraga os solos e envenena as
pessoas.
A Mata Atlântica cedeu espaço para as plantações de café.
Esta fotografia documenta o avanço do café e a redução Por isso, no mundo inteiro surgiram movi-
progressiva da mata. mentos para resgatar a agricultura natural, conhe-
As plantações humanas não são eternas. Muitas terras,
cida como “agricultura orgânica”, cujos produtos
onde se plantava café 50 anos atrás, hoje estão degradadas.
Assim, quando essa plantação for abandonada, existirá o são um pouco mais caros, mas também mais
perigo de a Mata Atlântica não se recompor. Nesse caso, a saudáveis. Após a Conferência Internacional para
área sofrerá degradação e erosão, perdendo utilidade e
Desenvolvimento e Meio Ambiente, a
valor.
ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, todas as
nações chegaram à conclusão de que as
Figura 57

atividades agrícolas deveriam ser modificadas e o


ambiente, preservado.

a) Adubação Verde
Os princípios da agricultura orgânica são
proibir as queimadas e os agrotóxicos, assim como
restringir o uso de adubos artificiais.
A agricultura orgânica aduba o solo com
restos de vegetais, esterco animal, minhocas e
Um corredor de mata nativa entre duas plantações. Manter bactérias. Esse método, além de fornecer ao solo
esses corredores – que ligam entre si vários trechos de mata
– é importante para sua preservação. tudo o que ele precisa – como nitrogênio, potás-
sio, fósforo, enxofre, cálcio e micronutrientes –,
A 29 e 30 DATA: _____/_____/_____
também estrutura a camada superficial do solo e
4.5. Técnicas Agroecológicas facilita sua aeração. Figura 58

As técnicas agroecológicas são um conjunto


de medidas que visam promover a recuperação e
a conservação do solo. Elas integram aspectos
ecológicos e econômicos e seu princípio básico é
o uso racional dos recursos naturais.
Após a II Guerra Mundial, surgiu a neces-
sidade de produzir alimentos em grande escala
para ajudar os países destruídos no conflito e
enfrentar o enorme crescimento populacional dos
países pobres.
Adubação verde.
44
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b) Uso de Defensivos Naturais

Figura 61
Defensivos naturais são produtos que com-
batem as pragas (bioinseticidas) e estimulam o
metabolismo das plantas (cinzas, soro de leite etc.)
sem agredir o ambiente.
Figura 59

Café + seringueiras.

A Rotação de Culturas consiste em cultivar


sucessivamente plantas diferentes na mesma área.
Essa técnica, associada à primeira, é excelente
para preservar o solo e permitir sua recuperação
natural.
No Sul do Brasil, por exemplo, planta-se
Um bioinseticida: lagartas infectadas por um vírus que mata cevada a cada três anos, de acordo com estas
lagartas serão espalhadas em uma plantação de soja. sequências:
– aveia, soja, cevada;
c) Culturas em Consórcio e Rotação de – soja, leguminosa, cevada;
Culturas – nabo, milho, cevada.
O Consórcio de Culturas consiste em cultivar
na mesma área plantas com necessidades d) Plantio em Curvas de Nível
nutricionais diferentes (ex.: feijão e milho). Isso Consiste em cultivar o solo de acordo com o
impede que o solo fique desgastado em apenas nível do terreno, respeitando o relevo original.
um nutriente. Essa técnica permite que a água escorra do solo
sem causar grande erosão. Isso, além de manter
Figura 60

os nutrientes no solo, protege os mananciais


(lagos, rios etc.) de possíveis assoreamentos.
Figura 62

Hortaliças + Café + Laranja + Banana + Árvores


Consórcio de culturas: associação de cultivo de plantas Plantio em Curvas de Nível: muretas impedem que
muito diversas. a irrigação provoque delizamentos do solo.

45
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Figura 63
e) Plantio Direto
Consiste em revolver o solo o mínimo
possível. Para isso, abre-se apenas um sulco,
colocando nele adubo e semente, dispensando
arar o solo e mantendo os restos da cultura
anterior.
Essa técnica evita o uso de máquinas pesadas
e a consequente compactação, além de não
interferir na atividade microbiana.
Plantio direto.

f) Terraceamento
Terraços são estruturas hidráulicas compostas por um canal construído transversalmente ao plano
de declive do terreno. Essas estruturas conduzem a enxurrada, fazendo-a ser absorvida ou levando-a
para fora da lavoura.
Essa técnica também tem como objetivo reduzir os riscos de erosão hídrica e evitar o assoreamento.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 8, “Solo, o Alicerce da Vida”.

Em 1972, aconteceu em Estocolmo, Suécia, a 1.ª Conferência Mundial sobre Homem e Meio Ambiente. Já nessa
época, os países mais desenvolvidos começavam a se preocupar com as consequências ambientais futuras, quando o
homem, em sua ganância pelo desenvolvimento industrial, pensava a natureza como recurso inesgotável. Alguns
acordos foram então estabelecidos.
Vinte anos mais tarde, em 1992, representantes de quase todos os países do mundo reuniram-se no Rio de Janeiro
para decidir que medidas tomar para diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de gerações futuras.
Nesse encontro, houve a presença de um grande número de Chefes de Estado, indicando a importância e a
preocupação com a questão ambiental; e, assim, todos os países se comprometeram a seguir:
– a Carta da Terra;
– as convenções sobre Biodiversidade e Mudanças Climáticas;
– a declaração de princípios sobre as florestas;
– a Agenda 21 (plano de preservação ambiental de cada país).
Em 2012, uma nova reunião aconteceu no Rio de Janeiro e ficou conhecida como Rio+20. A Conferência das
Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável contribuiu para redefinir as agendas para as próximas décadas.
Foram acordados inúmeros projetos nas áreas de transporte, energia, economia verde, redução de desastres e
proteção ambiental, desertificação, mudanças climáticas, moradias, entre outras.

(Disponível em: <http://www.uncsd2012.org/thefuturewewant.html>. Adaptado.)

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Agora é sua vez!


Monte uma tabela com os métodos de conservação e proteção do solo, indicando os benefícios
trazidos por eles.
Método Benefícios

Professor, nesta atividade, o aluno deverá citar as 6 técnicas

agroecológicas abordadas nas páginas anteriores, com uma

breve síntese dos benefícios trazidos por cada uma delas.

A 31 e 32
Ao concluir o item anterior,
Realização do Laboratório 5,
você já pode realizar em casa
“Boneco Ecológico”.
a tarefa 9, “Importância do Solo”.

Agora, você vai trabalhar em casa e trazer para a escola uma pesquisa informando quais
métodos de conservação do solo são aplicados na cidade ou no estado em que você mora.
Aproveite para ver como o aprendizado escolar trata de coisas importantes para sua vida e
a de sua família.

Professor, existem projetos de fiscalização do uso, da conservação e da preservação do solo agrícola, visando o monitoramento das
áreas e a minimização dos processos erosivos. A aplicação da lei resulta em aumento da fertilidade dos solos recuperados e elevação
da produtividade. O programa implantado em São Paulo pela Defesa Agropecuária do Estado e justificado pelo fato de que o solo
agrícola é considerado pela ONU “patrimônio da humanidade” (<www.cda.sp.gov.br>) também foi desenvolvido em outros estados
do Brasil. Assim, oriente seus alunos a desenvolverem pesquisas dirigidas ao estado/local de residência deles.

47
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Professor, após a leitura do texto discuta com seus alunos a importância da criação de projetos de prevenção da fome e da miséria mundial.
Oriente-os também a desenvolver a pesquisa solicitada na tarefa 10. Ela deve conter dados do local/estado/cidade em que o aluno mora,
e deve-se tomar cuidado para que o aluno identifique as sementes nativas de sua região, pois é muito comum utilizarmos sementes
provenientes de outras regiões em nossa alimentação.

“Banco de sementes do fim do mundo”

Assim é chamado o projeto desenvolvido em um dos lugares mais estranhos e curiosos do planeta: um
banco de sementes no Mar Barents, perto do Oceano Ártico, a 1.100 quilômetros do Polo Norte, onde Bill
Gates investiu milhões de dólares para estocar, proteger e conservar todos os saldos de sementes já produzidos
em todos os países do mundo.
O banco de sementes, cujo nome oficial é Caverna Global de Sementes Svalbard (Svalbard Global Seed
Vault), na ilha norueguesa de Spitsbergen, no arquipélago de Svalbard, foi construído no interior de uma
montanha, tem portas duplas, com sensores de movimento e paredes de concreto e aço que podem resistir a
explosões e inundações. Algumas pessoas chamam o lugar de “arca de Noé” das sementes.
A ideia do projeto é conservar a imensa variedade de sementes até hoje cultivadas e melhoradas para que
a humanidade não precise recomeçar do zero em caso de uma hecatombe mundial. Se uma colheita for
perdida, essa reserva pode significar a sobrevivência diante da fome.
Em 1992, os talibãs destruíram a coleção nacional de sementes do Afeganistão, em Cabul. Variedades
milenares de trigo foram perdidas. O banco de sementes iraquiano, localizado em Abu Ghraib, foi arrasado
por vândalos em 2003, durante a invasão americana. Amostras de espécies raras de uva, trigo, lentilha, centeio
e cevada sumiram. (Revista Veja, Editora Abril, 28 fev. 2008.)
De modo geral, os países possuem, cada um, seu próprio banco de sementes. No Brasil, o Banco de
sementes da Embrapa, no Distrito Federal, guarda quase 700 espécies, como arroz, feijão, soja e trigo.
Torna-se necessário saber que entre os patrocinadores da construção da caverna de sementes do fim do
mundo estão a Fundação Bill & Melinda Gates; a grande empresa de agronegócios DuPont/Pioneer Hi-Bred,
um dos maiores proprietários mundiais de patentes de sementes de organismos geneticamente modificados
(OGM); a Syngenta, uma companhia suíça de sementes geneticamente modificadas; e a Fundação Rockefeller,
um grupo responsável pela criação de sementes com “ideal de pureza”.
É importante salientar que há muitas controvérsias e discussões sobre a legitimidade das intenções de
todos os envolvidos. Caberiam aqui alguns comentários de ordem sociopolítica, já que o conceito de pureza
de uma espécie, bem como o monopólio da proteção dessas sementes, não é ideia compartilhada pelos
governos de todos os países do mundo.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 10, “Banco de Sementes”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F105.

48
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TAREFA 1 Método Científico

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Em relação à queda dos corpos, Galileu contrariou Aristóteles, pois este afirmava que
a) corpos de dimensões diferentes caíam com velocidades diferentes.
b) corpos mais leves caíam mais rápido que corpos mais pesados.
c) corpos de materiais diferentes caíam com a mesma velocidade.
d) corpos mais pesados caíam mais rápido que corpos mais leves.
e) todos os corpos, independentemente de seus pesos, caíam com a mesma velocidade.
Resposta: D

2. Uma formulação provisória, com intenção de ser posteriormente demonstrada ou verificada, é


a) uma experiência. b) uma hipótese.
c) um resultado. d) um problema.
e) o método científico.

Resposta: B

3. Enumere os itens, em ordem sequencial, de acordo com as etapas do método científico:


( 5 ) Conclusões.
( 2 ) Possíveis respostas para a pergunta em questão (hipótese).
( 3 ) Etapa experimental.
( 1 ) Dúvida sobre determinado fenômeno da natureza.
( 4 ) Levantamento de deduções.

Resposta: 5, 2, 3, 1 e 4.

4. “Uma cultura de determinada bactéria exposta a uma dose fraca de antibiótico indicou um pequeno
número de sobreviventes. Quando seus descendentes foram expostos a uma dose duas vezes mais forte,
quase todos morreram.” Nesse trecho, está descrito(a)
a) um problema. b) uma teoria.
c) o resultado de um experimento. d) uma lei.
e) uma hipótese.

Resposta: C

49
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5. Preencha as lacunas abaixo.

No método científico, o cientista primeiro reconhece a existência de um _________________________.


Através de cuidadosas ________________________, ele reúne várias _______________________ e a
seguir propõe várias ______________________ que possam explicar o fato.

Resposta: problema; observações; informações; hipóteses.

6. Há muito tempo, o homem descobriu as desvantagens da falta de um planejamento das atividades;


igualmente percebeu vantagens em trabalhar segundo uma ordem, empregando sutis processos de
atividade racional e prática na resolução de seus problemas. O cientista também executa suas
investigações dessa forma, em etapas bem marcantes, que, no conjunto, classificam-se como
a) método científico. b) atitudes científicas.
c) conhecimento científico. d) pesquisa científica.
e) experiência científica.

Resposta: A

7. “Depositei sobre meu vaso de margaridas uma boa porção de adubo orgânico para que elas
mantenham sua vitalidade.” A frase anterior sugere qual das etapas do método científico?
a) O problema. b) Uma hipótese.
c) Um experimento. d) Uma conclusão.
e) A aplicação.

Resposta: C

8. “Percebi que as plantas do meu jardim cresceram vigorosamente após a aplicação do adubo
orgânico.” Esta frase indica
a) um problema. b) uma hipótese.
c) um experimento. d) uma conclusão.
e) uma aplicação.

Resposta: D

50
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TAREFA 2 Conceitos Fundamentais de Ecologia

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Escolha um local para fazer uma breve pesquisa. Pode ser o jardim de sua casa, um parque ou mesmo
alguma praça próxima a sua residência. Professor, a tarefa 2 só deverá ser recolhida
após a solicitação da tarefa 3.

Observe bem o ambiente e responda:

1. Quantos e quais são os seres vivos que habitam esse local?


Professor, as respostas do aluno deverão estar de acordo com o ambiente escolhido.

2. O ambiente em que vivem é adequado a esses organismos?

3. É possível observar alguma ação humana que interfira na vida desses seres vivos?

51
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TAREFA 3 Fluxo de Energia nos Ecossistemas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Para a Ecologia, uma população é o conjunto 3. Explique com suas palavras como ocorre a
de indivíduos de uma mesma espécie que habita transferência de energia em uma cadeia alimentar.
um Ecossistema; já comunidade é o conjunto de A energia é fornecida pelo alimento; portanto, passa de um
todos os seres vivos (inter-relacionados) que
nível trófico ao outro da cadeia alimentar.
habitam um Ecossistema. Nas sociedades
humanas, a cidade é um ecossistema composto
por várias populações: a dos homens é apenas
uma delas. Que outras populações animais in-
teragem conosco?
Outras populações animais que interagem conosco: de camundon-

gos, de ratazanas, de baratas (domésticas), de cães, de gatos, de

pombos, de formigas, de cupins, de pulgas etc.

4. Os seres produtores são importantes para o


ambiente, mas também estão presentes em cada
setor da economia. Explique o sentido dessa frase.
Ecologicamente, os vegetais são os produtores primários (a base

2. Identifique o nicho ecológico dos seres desta- da cadeia alimentar) e fonte de oxigênio. Economicamente, as

cados no texto abaixo: plantas (seres produtores) são a base da alimentação dos animais

Na floresta, entre as árvores, conversavam o sapo e dos homens. Por isso, plantamos, distribuímos e vendemos
e o urubu anunciando um ao outro que haveria
vegetais: para serem consumidos.
festa no céu. Foram convidados sabiás, águias e
outros animais voadores...
Árvores (produtores); sapo (consumidor; também pode ser presa

ou predador); urubu (saprófago); águias (predadoras); sabiás

(consumidores e presas).

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TAREFA 4 Ecologia Geral

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Relacione os itens:
Resposta: B
a) Conjunto formado pelo ambiente físico e os
4. Ao conjunto de indivíduos de diferentes
seres vivos que o habitam.
espécies que habitam a mesma área, dá-se o
b) Conjunto de indivíduos da mesma espécie,
nome de
vivendo juntos no tempo e no espaço.
a) ecossistema.
c) Conjunto de populações.
b) comunidade.
d) Lugar específico onde o organismo vive.
c) população.
d) bioma.
( ) Comunidade.
e) biosfera.
( ) Habitat.
Resposta: B
( ) Ecossistema.
( ) População.
5. Lembrando-se dos conceitos de Habitat e
Reposta: C, D, A, B
Nicho Ecológico, marque as opções corretas
2. Das alternativas abaixo, qual apresenta a relacionadas abaixo:
sequência correta em relação aos níveis de a) Cobra e gavião vivem no mesmo habitat.
organização biológica? b) Preá e cobra ocupam o mesmo nicho ecológico.
a) Células, tecidos, população, sistemas e c) Gavião, cobra e preá estão no mesmo nicho
biosfera. ecológico.
b) Biosfera, ecossistemas, células, tecidos, órgãos d) Gavião e preá ocupam o mesmo nicho
e macromoléculas. ecológico.
c) Células, tecidos, órgãos, sistemas, organismo, e) Preás podem ocupar o mesmo habitat da cobra
populações, comunidade, ecossistema e e do gavião, mas têm nicho ecológico diferente
biosfera. do deles.
d) População, comunidade, tecidos, células, bios-
Resposta: A e E
fera e ecossistemas.
e) Células, tecidos, população, biosfera e
sistemas.
Resposta: C

3. O conjunto do ambiente físico e dos orga-


nismos que nele vivem é chamado
a) biótopo. b) ecossistema.
c) biomassa. d) bioma.
e) comunidade.
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6. Suponha que em um terreno coberto de 9. Suponha duas plantas que pertencem ao


capim-gordura vivem saúvas, gafanhotos, pardais, mesmo gênero e vivem juntas na mesma área. A
preás e ratos-do-campo. Nessa área, estão espécie A tem raízes que se desenvolvem logo
presentes abaixo da superfície do solo e a espécie B tem
a) cinco populações. raízes profundas. Sobre as duas plantas, podemos
b) seis populações. fazer as seguintes afirmações:
c) duas comunidades.
d) seis comunidades. I – A e B ocupam o mesmo nicho ecológico.
e) dois ecossistemas. II – A e B competem pela água.
Resposta: B III – A e B formam uma população.

7. Assinale a alternativa correta: Assinale:


a) Em Ecologia, a COMUNIDADE inclui grupos de a) Apenas I é correta.
indivíduos de uma mesma espécie de organis- b) Apenas II é correta.
mos. c) Apenas III é correta.
b) Em Ecologia, a POPULAÇÃO inclui todos os d) I e II são corretas.
indivíduos de uma mesma área, pertencentes e) Nenhuma é correta.
ou não a várias espécies. Resposta: D

c) Em Ecologia, o ECOSSISTEMA é a porção da


terra biologicamente habitada.
d) Em Ecologia, a BIOSFERA define o conjunto
formado pela comunidade de todos os seres
vivos do planeta e seus ambientes. 10. Em uma cadeia ou teia alimentar, os vegetais
e) Nenhuma das anteriores. são
Resposta: D a) os consumidores primários.
b) os consumidores secundários.
8. São Ecossistemas todos os exemplos abaixo, c) os produtores.
exceto d) os decompositores.
a) uma astronave. e) os consumidores terciários.
b) uma lagoa.
Resposta: C
c) um pasto.
d) uma colônia de corais.
e) o solo.
Resposta: A

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TAREFA 5 Ecologia das Populações

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Os Perigos de Introduzir Espécies Não Nativas nos Ecossistemas

A Austrália é um país localizado na Oceania, um continente isolado de todos os outros há milhões de anos. Até
cerca de 220 anos atrás, não possuía qualquer dos mamíferos que conhecemos: gatos, cavalos, coelhos, ratos, bois,
porcos, pacas, elefantes, cotias, veados ou onças. Esses animais eram completamente desconhecidos no continente.
Apenas um dos mamíferos comuns a todos os outros continentes era conhecido pelos aborígenes australianos: o
cachorro. Eles próprios o tinham trazido para a Austrália há 40 mil anos. Aliás, além dos aborígenes, não havia qualquer
outra raça de homens na Austrália.
Quando os primeiros ingleses chegaram àquele continente, descobriram uma terra coberta por florestas de
eucaliptos e bichos estranhíssimos para os europeus, como o coala, o canguru, o ornitorrinco, ratos e tigres-marsupiais
(que não eram nem ratos nem tigres).
As espécies vegetais e animais da Austrália eram diferentes e únicas. Apenas uma delas, a dos cães, fora trazida
pelo homem e dera origem a um cão selvagem local – o dingo.
A partir de 1788, os europeus começaram a trazer todos os tipos de mamíferos para a Austrália. Os animais recém-
chegados, quando conseguiam escapar das fazendas, começavam a competir por alimento com as espécies nativas
ou caçá-las para se alimentar. Em pouco mais de cem anos, um número enorme de espécies nativas (animais e vegetais)
havia sucumbido à concorrência das recém-chegadas.
O que aconteceu na Austrália acontece em qualquer ambiente que for invadido por espécies não nativas
(fatalmente, elas concorrerão com as espécies locais, isto é, as nativas).
Os ratos (que são distribuídos pelo mundo através dos navios que atracam nos vários portos) estão entre os
maiores colonizadores e transformadores de ambientes naturais do planeta.
Os ecossistemas nativos do Alasca e do Canadá foram sendo radicalmente alterados pelos ratos vindos da Noruega
e do Pacífico (a bordo de navios). Se, por um lado, esses ratos comem qualquer coisa (são onívoros), por outro eles se
reproduzem... como ratos.
Os puffins, os auklets e os kittiwakes – aves há muito tempo familiares para os esquimós – estão em perigo de
extinção porque os ratos comem seus ovos.
Os ratos, aliás, constituem os principais predadores de aves e répteis em quase todos os ecossistemas.
Figura 64

Os ratos do Alasca podem matar em um ano tantas aves


quantas morrem em graves desastres ecológicos, como
certos vazamentos de petróleo no mar... Por isso, o único
modo de restaurar as espécies nativas é livrar-se da não
nativa: o rato.

Rato devora uma ave junto ao ninho dela. Depois, comerá


seus ovos.

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Leia o texto da página anterior.

Em seguida, faça uma pesquisa sobre uma


introdução – feita pelo homem – de animais ou
vegetais não nativos em determinada região que
tenha causado algum tipo de desequilíbrio.
Restrinja sua pesquisa aos Ecossistemas
Brasileiros e não use os exemplos já citados neste
caderno.
Lembre-se de colocar a fonte de sua pesquisa
(nome do livro, revista e/ou site), bem como a data
de sua publicação.

Professor, indique aos alunos a “Leitura Complementar” dos textos

da página anterior.

(Se houver interesse da classe, provoque um debate sobre o

tema.)

A seguir, peça para fazerem pela internet a pesquisa indicada

acima.

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TAREFA 6 Biosfera, Biociclos e Biomas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Como os fatores naturais (terremotos, fura- 4. As condições físicas e biológicas dos biociclos
cões etc.) podem contribuir para a criação de um marinho e terrestre são as mesmas? Justifique sua
desequilíbrio ecológico? resposta.
Alterando o solo, destruindo a vegetação, matando os animais, Não, os seres vivos não são os mesmos e os fatores abióticos tam-

reduzindo a quantidade de alimento etc. bém são diferentes.

2. As atividades humanas interferem no equilí- 5. Caracterize:


brio dos ecossistemas? Explique como. a) Plânctons: seres microscópicos que vivem flutuando na

Sim. Com o desmatamento, com o assoreamento dos rios etc. parte superficial da água.

b) Néctons: animais que nadam livremente.

3. Relacione biosfera com biociclos.


A biosfera divide-se em três biociclos (marinho, de água doce e

terrestre). c) Bentos: seres que vivem aderidos às rochas, rastejando ou


enterrados no fundo do mar.

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6. Existe um bioma no Brasil com uma enorme 8. A luz do Sol é fundamental para o cresci-
variedade de espécies vegetais e animais: árvores mento das várias espécies vegetais. A taiga é um
pequenas e grandes, arbustos e bromélias. Nas bioma que se caracteriza por grande número de
árvores, vive uma grande diversidade de aves e pinheiros. Procure concluir, então, por que a
macacos. No solo, lagartos, sapos, jabutis e onças vegetação rasteira é reduzida na taiga.
disputam o espaço. Sabe de qual bioma estamos Porque a cobertura de pinheiros (coníferas) dificulta a iluminação
falando? Descreva outras características dele.
solar e impede o crescimento desse tipo de vegetação.
O bioma é a Floresta Tropical. Nela, correm grandes rios,

chuvas são abundantes e o calor é intenso. Nesses rios, existem

várias espécies (vegetais e animais), que garantem a biodiver-

sidade local.

9. A biodiversidade favorece o crescimento eco-


nômico de um país? Dê um bom motivo pelo qual
devemos preservar as espécies.
Além do valor econômico (direto e indireto), manter variadas espé-

cies garante a existência de vida em nosso planeta, em condições

adversas.

7. O que você entende por biodiversidade?


É a variedade de espécies vegetais e animais existentes no planeta.

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TAREFA 7 Biosfera, suas Divisões e Diversidade

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. São mamíferos típicos da fauna dos Cerrados 5. Em uma discussão sobre a necessidade de
do Brasil: preservar a Floresta Amazônica, surgiram as se-
a) ema, lobo-guará, onça-pintada. guintes afirmações:
b) tamanduá-bandeira, lobo-guará, tatu-canastra. I. A Floresta Amazônica é o “pulmão do
c) veado-campeiro, zebra, tamanduá-bandeira. mundo”, uma vez que produz a maior parte do
d) onça-pintada, ema, tamanduá-bandeira. oxigênio que os seres vivos consomem em sua
e) veado-campeiro, avestruz, tatu-canastra. respiração.
Resposta: B II. A fertilidade do solo dessa floresta é mantida
pela atividade constante dos decompositores,
2. Complete as lacunas: que, devido à abundância de restos de vegetais
Nas ________________, a população é limitada e de animais, contam com bastante alimento,
pela quantidade de _______________ disponível. além de encontrarem no ambiente umidade e
O aumento de uma população gera uma com- temperatura favoráveis para sua atividade.
petição intensa por alimento e ______________ e III. A Floresta Amazônica é uma comunidade es-
esse mesmo aumento em dada população tável; portanto, todo o CO2 que produz é
determina a ______________ de outra.
usado na fotossíntese que os produtores
Resposta: comunidades; alimento; espaço; diminuição. realizam.

3. Qual é o maior de todos os biociclos? É correto somente o que se afirmou em


a) Biociclo de água doce. a) I.
b) Biociclo terrestre. b) II.
c) Biociclo marinho. c) III.
d) Biociclo da taiga. d) I e II.
e) Biociclo da tundra. e) II e III.
Resposta: C Resposta: E

4. Vegetação típica com arbustos, cactos e


suculentas é característica
6. São animais típicos da floresta tropical:
a) da floresta tropical.
a) onça, capivara e leão.
b) dos campos de gramíneas.
b) tamanduá, elefante e onça.
c) dos desertos.
c) capivara, tigre e leão.
d) da tundra.
d) onça, capivara e ariranha.
e) da taiga.
e) insetos, girafas e tigres.
Resposta: C
Resposta: D

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7. Coloque (V) para Verdadeiro e (F) para Falso: característica genética desaparece. Pode
( ) A Terra é formada por grandes ecossis- ocorrer com espécies, como aconteceu com
temas. o mamute (Mammuthus primigenius);
( ) Plâncton é o conjunto de seres que vivem raças; variedades; ou genes. Extinção é
na superfície da água. parte natural do processo de evolução.
( ) O biociclo terrestre representa 28% da área III – Quando as mudanças ambientais são gran-
total do globo. des, ou quando a variação genética dentro
( ) O menor biociclo é o de água doce. de uma população é pequena, restarão
Resposta: V, V, V, V poucos indivíduos cuja constituição genética
lhes permita sobreviver no novo meio. Nesse
caso, a espécie irá desaparecer: ocorre uma
extinção.
8. A continuidade dos investimentos econô-
micos, das pesquisas tecnológicas e da exploração Assinale:
de matéria-prima – de tal forma que se leve em a) Nenhuma é correta.
consideração não só a presente, mas também as b) Apenas II e III são corretas.
gerações futuras – é a definição de c) Apenas I e II são corretas.
a) diversidade. d) Apenas I e III são corretas.
b) desenvolvimento sustentável. e) As três são corretas.
c) degradação. Resposta: E

d) valor econômico.
e) regulação populacional.
Resposta: B 10. “Muitas espécies são utilizadas diretamente
pela sociedade humana, como alimento ou como
matéria-prima para produção de bens.” Os va-
9. Em relação às espécies em extinção, leia lores econômicos da Biodiversidade são clas-
atentamente as afirmações: sificados de algumas formas. A frase acima se
I – A extinção de espécies ocorre naturalmente refere
quando existe desequilíbrio em um ecos- a) ao valor da própria espécie.
sistema ou habitat. Esses desequilíbrios b) ao valor funcional.
podem ser causados por mudanças climá- c) ao valor de uso direto.
ticas (temperatura, ventos e precipitação); d) ao valor de uso indireto.
mudanças no comportamento dos preda- e) ao valor potencial.
dores, parasitas e vetores de doenças; Resposta: C

competição entre espécies por alimento; ou


escassez de recursos ambientais (água,
espaço etc).
II – Extinção é um processo irreversível que
ocorre quando uma população ou uma
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TAREFA 8 Solo, o Alicerce da Vida

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. A primeira camada do solo é terrestre desde os seus princípios. Contudo, a


a) rica em sais minerais. ação humana sobre o meio ambiente contribui
b) pobre. para a aceleração do processo, trazendo como
c) formada por rochas decompostas. consequências a perda de solos férteis, a poluição
d) rica em húmus. da água, o assoreamento dos rios e reservatórios
e) formada pela rocha matriz. e a degradação e redução da produtividade global
Resposta: D dos ecossistemas terrestres e aquáticos.
O parágrafo acima refere-se
2. Relacione os itens:
a) à compactação do solo. b) à erosão.
I – Possui consistência fina e é impermeável à
c) à salinização. d) ao assoreamento.
água. Um dos principais tipos de solo argi-
e) à formação do solo.
loso é a terra roxa, encontrada sobretudo
Resposta: B
nos estados de São Paulo, Paraná e Santa
Catarina. Esse tipo de solo é bom para a 4. Complete os espaços em branco:
agricultura. Desertificação: É o fenômeno em que deter-
II – Possui consistência granulosa como a areia. minado tipo de solo é transformado em
Muito presente na região Nordeste do ____________ através da ação ____________ ou
Brasil, é permeável à água. natural. Nesse processo, a _____________ se
III – Presente em áreas com grande concentra- reduz total ou parcialmente por desmatamento e
ção de material orgânico em decomposição o solo se torna _____________.
(húmus). É muito usado na agricultura, pois Resposta: desertos; artificial; vegetação; infértil.

é extremamente fértil (rico em nutrientes 5. “O conjunto de medidas que visam promover


para as plantas). a recuperação e conservação do solo, integrando
IV – Tipo de solo formado por partículas de aspectos ecológicos e econômicos para a socie-
rochas. É um solo seco e esquenta muito ao dade como um todo” é a definição de
receber os raios solares. Inadequado para a a) adubação verde. b) técnicas agroecológicas.
agricultura. Esse tipo de solo é muito c) plantio direto. d) consórcio de culturas.
comum em regiões de deserto. e) terraceamento.
( ) Solo Arenoso. ( ) Solo Argiloso. Resposta: B

( ) Solo Humoso. ( ) Solo Calcário. 6. Relacione as definições a seguir com as 4


Resposta: II, I, III, IV alternativas:
I – É o cultivo de plantas que estruturam o solo
3. Processo natural de desagregação, decom-
e o enriquecem com nitrogênio, cálcio, po-
posição, transporte e deposição de materiais de
tássio, enxofre e outros micronutrientes.
rochas e solos que vem agindo sobre a superfície
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II – É feita usando resíduos diversos, como b) São estruturas hidráulicas compostas por um
esterco, restos vegetais, minhocas e biofer- canal construído transversalmente ao plano de
tilizantes. declive do terreno. Essas estruturas funcionam
III – São produtos que não prejudicam o ambien- conduzindo a enxurrada, fazendo-a ser
te, combatem as pragas (bioinseticidas) e absorvida ou levando-a para longe da lavoura.
podem estimular o metabolismo das plantas c) É a técnica que consiste em revolver o solo o
(cinzas, soro de leite etc.), fortalecendo-as. mínimo possível. Para tanto, abre-se
IV – Consiste em cultivar, no mesmo terreno, um sulco, incorporando adubo e semente.
plantas com necessidades nutricionais Dispensa-se a tarefa de arar a terra e se mantêm
diferentes (ex.: feijão e milho) para que o os restos da cultura anterior. Essa técnica evita
solo não fique desgastado em um único o uso de máquinas pesadas e a consequente
nutriente. compactação, além de não interferir na
( ) Adubação orgânica. atividade microbiana.
( ) Defensivos naturais. d) É feito utilizando resíduos diversos, tais como
( ) Adubação verde. esterco, restos vegetais, minhocas e biofer-
( ) Consórcio e rotação de culturas. tilizantes.
Resposta: II, III, I, IV Resposta: C

7. A obstrução de um rio ou estuário pode ser


9. O volume de água subterrânea – que ocupa
provocada pela deposição de areia, sedimentos ou
os vazios das formações rochosas ou a camada de
detritos. No Brasil, é a causa da morte de rios e,
rocha já decomposta – depende de vários fatores.
em geral, é provocada pelo transporte (através do
O fator que não interfere nesse volume de água é
vento ou das chuvas) de partículas soltas durante
a) o tipo de rocha.
o processo de erosão, depositadas no leito do rio.
b) a cobertura florestal.
Dessa forma, o rio passa a suportar cada vez
c) a velocidade dos ventos.
menor quantidade de água, causando enchentes.
d) a inclinação do relevo.
O parágrafo acima se refere
e) a chuva.
a) à desertificação. b) à salinização.
Resposta: C
c) ao assoreamento. d) ao desgaste do solo.
e) à compactação. 10. Cultivar no mesmo terreno plantas com
Resposta: C necessidades nutricionais diferentes para que o
solo não fique desgastado em um único nutriente
8. Escolha a definição correta de Plantio Direto:
é uma técnica denominada
a) Consiste em preparar o solo de acordo com o
a) consórcio e rotação de culturas.
nível do terreno, respeitando o relevo original.
b) plantio direto.
Essa técnica permite que a água escorra sem
c) uso de defensivos naturais.
levar o potencial produtivo do solo, além de
d) terraceamento.
diminuir os riscos de erosão hídrica e proteger
e) plantio em curvas de nível.
os mananciais (lagos, rios etc.) de possíveis
Resposta: A
assoreamentos.
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TAREFA 9 Importância do Solo

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Refletindo sobre a falta de alimentos para a atual população mundial (e a futura), faça uma breve
pesquisa sobre as novas técnicas agrícolas e genéticas que permitirão aumentar a produção mundial de
alimentos. Lembre-se de colocar a fonte da pesquisa.
Professor, novamente a internet é a principal fonte de pesquisa. Aproveite o tema para fazer uma discussão sobre alimentos transgênicos.

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TAREFA 10 Banco de Sementes

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

No texto da página 48, Banco de sementes no fim do mundo, você pode ver que é de grande
importância que todos os países se preocupem em proteger e conservar sementes que possam oferecer
condições de sobrevivência no caso da ocorrência de uma catástrofe regional ou mundial. Com base
nessas informações, faça uma pesquisa sobre sementes que representam a flora nativa da região em
que você mora e dos principais alimentos utilizados na alimentação da população local.

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Figura 65
Introdução ao Uso do Laboratório

Figura 66

Você, aluno do 6.o ano, deve estar ansioso para dar início ao uso do laboratório, não é mesmo?
Afinal de contas, você começará a usar aquele avental branco, irá acompanhar seu professor naquelas
inéditas e fascinantes experiências com líquidos coloridos, fumaça, explosões... E, quem sabe, até fará
alguma descoberta ou inventará algo de que irá se lembrar para o resto de seus dias.

Esperamos mesmo que você se dedique e vibre com todo o conhecimento que pretendemos
transmitir. Mas não se esqueça de que sua própria vida é um constante “laboratório” e que cada
momento de aprendizado e observação é uma experiência que estará presente em sua memória,
podendo fazer de você uma pessoa de destaque.

Cada vez que seu professor propuser uma atividade prática que exija observação, raciocínio lógico
e questionamentos, você estará praticando uma experiência de laboratório.

As atividades práticas – independentemente de onde sejam executadas (na quadra, no pátio, no


jardim, na cozinha, no laboratório da escola...) – serão para você uma forma de trazer a teoria dos livros,
cadernos e da sala de aula para a prática e incluí-la em sua vida diária.

Aproveite o máximo que puder essas experiências.


Elas serão um meio para facilitar a compreensão dos assuntos
abordados.

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LABORATÓRIO 1 Cadeia e Teia Alimentar

Objetivo
A atividade deve envolver todos os alunos da classe, a fim de que compreendam o conceito de
cadeia alimentar e como ocorre a transferência de energia de um nível trófico a outro. Trata-se de uma
atividade prática pela qual os alunos poderão ter uma noção mais concreta da dinâmica populacional
nos ecossistemas e assim diferenciar cadeias e teias alimentares.

Material
– Papel-cartão de várias cores (sugestão: cinco cores).
– Um rolo grande de barbante.
– Tesoura.
– Furador de papel.
– Pincel atômico.
– Saco de lixo preto.

Procedimento
1.º) O professor deve montar na lousa, junto com os alunos, várias cadeias alimentares diferentes (o
número de cadeias dependerá do número de alunos da classe em questão).

2.º) Cortar retângulos de papel-cartão de 20cm x 20cm onde serão escritos os nomes de cada ser
da cadeia. Cada nível trófico tem uma cor (ex.: produtores, verde; consumidores primários, azul; e assim
sucessivamente).

3.º) Fazer dois furos na parte superior dos retângulos para amarrar um pedaço de barbante. Cada
aluno receberá uma placa, que deverá ser colocada no pescoço e ficar clara e visível para os participantes.

4.º) O professor coloca os alunos em círculo e se posiciona no meio, com o rolo de barbante em
mãos, e pergunta à classe qual deve ser o primeiro nível trófico. Assim, um dos produtores, que pode
ser escolhido pela classe ou pelo professor, recebe a ponta do barbante.

5.º) O professor volta ao centro e pergunta à classe qual seria o próximo nível, entregando agora a
continuação do barbante, e assim sucessivamente, até que todos os níveis recebam o barbante. Ao
chegar ao decompositor, o professor corta o barbante, encerrando a primeira cadeia.

6.º) Seguindo o mesmo modelo, todas as cadeias se formam. Em seguida, o professor estimula a
“mudança de cardápio”, a fim de formar alguns entrelaçamentos e mostrar como se forma uma teia
alimentar.
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Sugestões de cadeias
Cons. Cons. Cons. Cons.
Produtor Decompositor
Primário Secundário Terciário Quartenário
peixes peixes
fitoplâncton zooplâncton pelicano fungos
pequenos grandes

gramíneas gafanhoto sapo cobra gavião bactérias

capim boi ser humano bactérias

vegetais insetos insetos lagarto fungos

pequenos
algas crustáceo peixe garça bactérias
moluscos

plantas veado onça fungos

grãos roedores coruja fungos

Para estimular o raciocínio do aluno, o professor coloca um saco de lixo preto aberto nos ombros daquele que representa o produtor. Nesse
momento, o indivíduo larga o barbante e o restante da cadeia perde o elo, representando uma interferência na cadeia e a ocorrência de um
desequilíbrio populacional.

Agora é sua vez!


Descreva em linhas gerais como você percebeu a transferência de energia através dos níveis tróficos
e como pode perceber a diferença entre uma cadeia e uma teia alimentar.

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LABORATÓRIO 2 Montagem de Biomas

Objetivo
Fazer com que os alunos tenham uma explicação visual sobre a diferença entre os vários biomas e
possam entender que as diferentes espécies estão adaptadas ao ambiente, de acordo com as condições
físicas oferecidas pelo local.

Material
Os grupos poderão escolher o material com o qual julgam ter mais habilidade para trabalhar.
Poderão criar uma maquete ou um cartaz de fotos, fazer desenhos ou desenvolver qualquer outra ideia.
Vale tudo... desde que executem a tarefa com prazer.
Figura 67

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LABORATÓRIO 3 Biociclo de Água Doce: observação


de micro-organismos

Objetivo
Conhecer espécies de seres microscópicos (tão próximos de nossa realidade, embora invisíveis) e
entender como eles participam da formação e da manutenção dos ecossistemas aquáticos, bem como
do fluxo de energia e de sua dinâmica populacional.

Material
• Lâminas. • Lamínulas. • Microscópio.
• Conta-gotas. • Papel de filtro. • Água de um laguinho*.

* Essa água pode ser previamente “preparada”, fazendo-se a coleta de uma porção de água doce de
um lago. Acrescentam-se algumas folhas de verdura (adquiridas na feira ou no mercado) que não estejam
lavadas, para garantir a presença de micro-organismos. Esses seres, nessas condições, poderão se
multiplicar, contribuindo assim para o sucesso da atividade.

Procedimento
O professor deve orientar os alunos na montagem das lâminas. Em seguida, os seres vivos
observados ao microscópio deverão ser desenhados no espaço a seguir – reservado para essa finalidade.

IMPORTANTE: todo e qualquer desenho deve vir acompanhado de LEGENDA.

Professor, no laboratório 3:
a) pode-se, também, utilizar a água do aquário de algum aluno;
b) orientar os alunos a evitar a coleta em locais poluídos.

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LABORATÓRIO 4 Assoreamento e Erosão

Objetivo Observação
Demonstrar a diferença entre a manutenção a) Anote o que observou na margem com o solo
de um rio que conserva sua mata ciliar – evitando nu:
assim a erosão e o consequente processo de Anotações, desenho e conclusão do aluno.
assoreamento – e a de outro rio, que não
conserva essa mata.

Material
• 2 garrafas PET (2 litros). b) Anote o que observou na margem com a
• Terra vegetal (1 saco de 1 kg). “mata ciliar” (vegetal)
• Sementes de alpiste (1 saquinho).
• Cola quente ou fita adesiva.

Procedimento
1.a Aula:
• Cortar as garrafas longitudinalmente. c) Desenhe o que você viu:
• Colar suas bordas com cola quente ou fita
adesiva, usando 3 partes, que correspon-
dem:
– ao rio (no meio);
– às 2 margens (nas laterais).
• Preencher as 2 garrafas laterais com terra.
• Em uma delas, colocar as sementes e cobri-
las com terra, umedecendo-as.
• Aguardar 1 semana, regando diariamente.

2.a Aula:
• Colocar água na garrafa do meio (rio). Conclusão
• Regar as margens, simulando a chuva, e A partir do que observou sobre a erosão nas
observar a erosão e o assoreamento. margens de um rio, escreva sua conclusão:

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LABORATÓRIO 5 Boneco Ecológico

Objetivo
Observar o crescimento de gramíneas, que • Vá a uma torneira e molhe totalmente o
podem ser usadas na conservação do solo e na boneco, até que ele fique encharcado.
manutenção de encostas. • Depois, basta molhar o boneco uma vez por
dia, apenas na região da cabeça, para garantir o
Observação crescimento do “cabelo verde”.
Vamos fazer seu conhecimento valer uma
boa brincadeira! CAPRICHE E PEÇA A SEU PROFESSOR
PARA FAZER DESSE LABORATÓRIO
Material UMA EXPOSIÇÃO!

Figura 68
• Meia-calça “usada”. • Húmus. •
Alpiste.
• Serragem. • Barbante.
• Lã (da cor vermelha, de preferência).
• Bolinhas de plástico ou lantejoulas.
• Cola quente.

Procedimento
• Misture o alpiste com um pouco de húmus,
para começar a encher a meia até onde você
quiser que nasça o cabelo do boneco. Desenhe os 2 melhores momentos dessa expe-
• Preencha o restante da meia com serragem riência de “Crescimento de Gramíneas”.
pura.
• Ao terminar, amarre com barbante e corte
o que sobrar da meia.
• Comece a dar um rosto a seu boneco. Na
altura do nariz, puxe um pouco a meia e amarre
com uma linha.
• Se quiser colocar orelhas, basta repetir a
ação.
• Utilizando cola quente, aplique os olhos de
seu boneco (bolinhas de plástico ou lantejoulas).
• Com um pedaço de fio de lã, você pode
dar formatos diferentes à boca, criando expres-
sões engraçadas. Cole ou costure.
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Imagens para montagem da teia alimentar

Figura 69 Figura 73 Figura 77 Figura 81


Figura 70 Figura 74 Figura 78 Figura 82
Figura 71 Figura 75 Figura 79 Figura 83
Figura 72 Figura 76 Figura 80 Figura 84

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Créditos das Figuras


Figura 1 Figura 22
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Figura 2 Figura 23
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aedes_aegypti_CDC- Disponível em: <http://egyptianstreets.com/2014/03/17/10-photos-from-egypt-that-
Gathany.jpg>. Acesso em: jun. 2011. will-make-you-smile/>. Acesso em: out 2009.

Figura 3 Figura 24
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Figura 4
Foto – Objetivo Mídia Figura 25
Disponível em: <http://www.descopera.ro/eticheta/cyanophora-paradoxa>. Acesso
Figura 5 em: fev. 2007.
Foto – Objetivo Mídia
Figura 26
Figura 6 Disponível em: <http://www.sahfos.ac.uk/pil/Anomura_Galathea%20_zoea.htm>.
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Figura 27
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Foto – Objetivo Mídia
Figura 28
Figura 8 Disponível em: <http://www.firsthdwallpapers.com/jellyfish-wallpapers.html>. Acesso
Disponível em: <http://desmanipulador.blogspot.com.br/2013/02/magali-turma-da- em: nov. 2009.
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Figura 29
Figura 9 Disponível em: <http://www.theknot.com/wedding/Jaclyn-and-Zanon/view/80462971
Disponível em: <http://fineartamerica.com/art/all/kalanchoe/posters>. Acesso em: jun. 60820462/42167169>. Acesso em: out 2008.
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Figura 30
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Figura 31
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Figura 12 Figura 32
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Figura 14 Figura 34
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Figura 35
Figura 15 Foto – Objetivo Mídia
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jun. 2006. Figura 36
Foto – Objetivo Mídia
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Figura 40-a
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75
C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2019_PROF.qxp 14/11/2018 09:08 Página 76

Figura 42 Figura 66
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Figura 70
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Foto – Objetivo Mídia
Figura 51
Foto – Objetivo Mídia
Figura 73
Figura 52 Foto – Objetivo Mídia
Foto – Objetivo Mídia
Figura 74
Figura 53 Foto – Objetivo Mídia
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Figura 75
Figura 54 Foto – Objetivo Mídia
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Figura 77
Figura 56 Foto – Objetivo Mídia
Foto – Objetivo Mídia

Figura 57 Figura 78
Foto – Objetivo Mídia Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/Canis_lupus>. Acesso em: nov.
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Figura 58
Disponível em: <http://www.adubarofuturo.com.br/pratica-da-adubacao-verde-e- Figura 79
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Foto – Objetivo Mídia

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Figura 61
Foto – Objetivo Mídia Figura 81
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and_Cub_Chitwa_South_Africa_Luca_Galuzzi_2004.jpg>. Acesso em: jul. 2016.
Figura 62
Foto – Objetivo Mídia
Figura 82
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Figura 63
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