RESUMÃO DO RESUMÃO PARA PROVA DA OCIREMA – REPENSANDO A
DIDÁTICA
Capítulo 3 - “Planejamento do Ensino numa Perspectiva Crítica de
Educação” – AUTORA: ANTONIA OSIMA
O texto de Antonia Osima discute a importância do processo de planejamento de
ensino como instrumento para melhorar a prática docente. Ela aponta que os objetivos educacionais e conteúdos propostos muitas vezes não refletem a realidade social dos alunos, sendo autoritários e desmotivando a participação ativa dos alunos. A autora enfatiza a necessidade de um planejamento crítico e transformador, que leve em consideração a realidade e as necessidades dos estudantes promovendo a participação de todos os envolvidos, sendo um aprendizado significativo que estimula a criatividade e interesse pelo conhecimento. O texto ressalta a importância de uma integração entre escola e a realidade social, e destaca que o planejamento participativo requer a colaboração de todos os envolvidos no processo educativo. Em última análise, a autora incentiva os professores a priorizarem atividades que estimulem o desenvolvimento crítico, criativo e exploratório dos alunos, para que se tornem indivíduos conscientes e capazes de contribuir para a construção de uma sociedade mais justa.
Capítulo 4 – “Os objetivos da educação” – AUTORA: MARIA EUGENIA DE
LIMA e MONTES CASTANHOS
No capítulo quatro do livro, discute-se a importância dos objetivos da educação,
que estão relacionados às finalidades e aos problemas reais da educação. Destaca-se a necessidade de os professores estarem atentos às diferentes formas de aprendizado dos alunos, promovendo uma abordagem participativa e colaborativa em sala de aula. Além disso, ressalta-se a importância de utilizar estratégias didáticas que estimulem a reflexão e a construção do conhecimento pelos alunos. A definição dos objetivos sociopolíticos ocorre no ambiente escolar, na elaboração do currículo e nos objetivos de cada disciplina. É fundamental que o professor saiba como tornar cada atividade importante e única para a vida do aluno. Os objetivos na didática são metas claras que auxiliam os professores a planejarem o ensino, verificar se os alunos estão aprendendo e garantir a aprendizagem de conteúdos relevantes. Existem três tipos de objetivos da educação: • Comportamental: têm relação entre o processo de descoberta pessoal que as escolas e a educação proporcionam aos alunos. • Aberto: pode definir o seu próprio problema ou também a sua própria solução, trabalha na questão do professor e do aluno explorarem suas próprias questões de interesse pessoal. • Provocativo: ele é o tipo que específica um problema e para esse problema, oferece diversas possibilidades de solução, é ele quem define as condições e os critérios.
Cada tipo de objetivo possui sua importância na escola, dependendo do contexto
educacional e das necessidades dos alunos. Em suma, a educação é um processo contínuo de construção e reconstrução do real, que envolve tanto educandos quanto educadores. A educação é uma ferramenta poderosa que proporciona transformações individuais e sociais, permitindo que o conhecimento e o poder sejam utilizados para melhorar a sociedade. A citação de Nelson Mandela ressalta a importância da educação como arma para enfrentar os desafios do mundo. A educação não apenas liberta a mente e o homem, mas também possibilita a expansão do conhecimento e a contribuição para a sociedade. Portanto, é fundamental compreender os objetivos da educação e aplicá-los de forma adequada, visando o desenvolvimento integral dos alunos e o aprimoramento do ensino. Repensando a Didática (MONTES CASTANHO, 1988, pg 74) “A educação é contínua construção e reconstrução do real”.
Capítulo 5 – “Conteúdos escolares: a quem compete a seleção e a
organização?” – AUTORA: PURA LUCIA OLIVER MARTINS
Até meados da década de 1980, a organização dos conteúdos escolares era
tratada de forma exclusivamente técnica nos cursos de formação de professores. A escola era vista como responsável pela transmissão do conhecimento cientificamente organizado, separando teoria e prática. A partir de 1980, começou a surgir a discussão de que teoria e prática são uma unidade. Atualmente, as escolas elaboram diferentes conteúdos, sendo que algumas priorizam a transmissão lógica deles, enquanto outras enfatizam a redescoberta do conhecimento através das atividades dos alunos. Os professores muitas vezes enfrentam dificuldades em ensinar conteúdos considerados falhos e fora da realidade dos alunos, o que gera desinteresse e falta de sentido na aprendizagem. A seleção e organização dos conteúdos escolares são fundamentais para o ensino significativo e estimulante dos alunos. Os professores utilizam diferentes estratégias pedagógicas para tornar a aprendizagem mais eficaz, como recursos didáticos diversificados, atividades práticas e estímulos à reflexão e debate em sala de aula. A abordagem tradicional da escola, com foco na transmissão de conhecimento de forma hierárquica, tem sido criticada por limitar a criatividade e autonomia dos alunos. Na perspectiva tecnicista, o professor é visto como um especialista em ensino, utilizando técnicas eficientes para transmitir conhecimento de forma padronizada e avaliar o aprendizado de maneira quantitativa. A avaliação na escola tradicional geralmente é baseada em testes e provas escritas, visando medir objetivamente o conhecimento adquirido pelos alunos. No entanto, essa abordagem tem sido questionada por não considerar as diferenças individuais dos estudantes e limitar a criatividade e autonomia.
Capítulo 6 – “Metodologia do ensino: Cultura do caminho contextualizado”
– Autor: Oswaldo Alonso Rays
O capítulo 6 do livro “Repensando a Didática” aborda a metodologia de ensino
baseada na cultura do caminho contextualizado. Neste capítulo, são discutidas estratégias de ensino que promovem uma aprendizagem mais significativa e contextualizada, considerando o ambiente em que os alunos estão inseridos. Isso inclui a valorização dos conhecimentos prévios dos estudantes, a integração de experiências do cotidiano nas atividades educacionais e o estímulo ao pensamento crítico e reflexivo. A metodologia proposta busca promover uma aprendizagem mais autêntica, conectada com a realidade dos alunos e capaz de prepará-los para enfrentar desafios do mundo contemporâneo.
Capítulo 7 – Na dinâmica interna da sala de aula: O livro didático. – Autora:
Maria Bernadete Santa Cecília Caporalini O capítulo 7 aborda o mecanismo da ação-reflexão e a busca por mudanças na educação, através de uma pesquisa pedagógica progressista de Georges Snyders. Um estudo realizado analisou a dinâmica interna de sala de aula e a prática de quatro professores de língua portuguesa em uma escola estadual de ensino fundamental II, revelando que a escola estava cumprindo principalmente uma função reprodutora. Os livros didáticos são considerados o instrumento principal no processo de transmissão e assimilação do conhecimento, mas sem sensibilidade e prática adequadas, até mesmo o melhor livro pode ser inadequado. Muitos livros didáticos não consideram valores e culturas das classes populares, não refletindo a realidade dos alunos e disseminando uma cultura elitizada. Snyders enfatiza a importância de não discutir os mecanismos de exploração e desigualdade entre classes sociais para persuadir os trabalhadores sobre liberdade e igualdade de oportunidades. Na pesquisa, os professores transmitiam conhecimentos prontos e acabados, desconectados da realidade dos alunos, limitando sua compreensão do mundo e capacidade crítica. Os alunos eram sobrecarregados com exercícios de conjugações verbais sem explicação, e os professores evitavam discussões mais profundas sobre os temas, focando apenas em normas gramaticais. Esqueciam que a qualidade do aprendizado é tão importante quanto a quantidade, e o relacionamento com a realidade dos alunos é essencial para promover pensamento crítico e reflexão. A apropriação do conhecimento deve ser sensível, crítica, e contextualizada, não apenas transmitindo informações, mas incentivando reflexão e pensamento crítico para que os alunos se apropriem do conhecimento de forma mais significativa, abrangente e libertadora.
Capítulo 8 – “Repensando a Avaliação da Aprendizagem” – Autora: Vani
Moreira Kenski O ato de avaliar no cotidiano das pessoas é fundamental para orientar a prática e promover a aprendizagem. Na sala de aula, a avaliação está presente em todos os momentos e envolve a discussão, planejamento e execução de atividades que impulsionem novas realizações. O objetivo principal é a aprendizagem do aluno, que deve ser avaliada de forma constante para refletir sobre finalidades e objetivos. A avaliação da aprendizagem de um projeto educativo é essencial no processo de ensino-aprendizagem, pois ocorre em todas as atividades criativas, dinâmicas e questionadoras. É necessário que o professor adote novas posturas, como ser ativo, participante e atento aos questionamentos e comportamentos dos alunos. O processo de avaliação está diretamente ligado ao projeto pedagógico da escola e aos objetivos educacionais, que devem guiar o processo avaliativo. As instituições escolares não se veem mais como sistemas isolados, mas sim articuladas com múltiplas formas de interação e comunicação, especialmente através de tecnologias digitais. Essas novas possibilidades educacionais apresentam desafios para a definição do projeto pedagógico da escola, que deve ser adaptado a esse ambiente complexo e veloz. Assim, a avaliação da aprendizagem em projetos educativos é uma parte essencial do processo de ensino-aprendizagem, que requer reflexão, pesquisa e tomada de decisões constantes para garantir o desenvolvimento dos alunos.
Capítulo 9 - “A relação professor e aluno” – Autora: Maria Isabel da Cunha
A relação entre professor e aluno é crucial no processo educacional. O professor deve ter conhecimento sólido da matéria que ensina, habilidades para organizar suas aulas, manter relações positivas e aspectos afetivos. A forma como o professor se relaciona com seu campo de conhecimento e percebe a ciência e a produção de conhecimento interfere nessa relação, sendo parte fundamental dela. A expectativa e a ideologia também desempenham um papel importante nessa relação, com o tripé formado por alunos, professores e instituições de ensino. A escola, como instituição social, determina comportamentos com base nas expectativas da sociedade, reproduzindo a ideologia dominante.
As instituições controlam a conduta humana, estabelecendo padrões que
canalizam a ação em uma direção específica. É fundamental que o professor se envolva na produção de conhecimento, investigando e analisando seu próprio mundo, tornando-se consciente de sua prática e capaz de agir para modificar as relações pedagógicas e sociais.
Recuperar a qualidade da relação entre professor e aluno é essencial, pois
influencia o comportamento dos alunos. A produção do conhecimento sobre a própria condição e realidade do professor pode ajudar a definir uma nova ordem pedagógica.