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INTRODUÇÃO

Toda e qualquer actividade tem uma base de sustentabilidade, isto é, o seu


suporte bilateral que serve como um cajado através do qual o homem consegue
guiar-se e atingir os objectivos, a priori, preconizados. De referir que a actividade
docente educativa sendo a base primordial para o desenvolvimento intelectual de
qualquer sociedade envolve os conceitos como educação, instrução, ensino,
aprendizagem e formação.

Nesta vertente convém clarear alguns termos chaves que fazem parte do trabalho:

Ensinar do latim signare (é colocar dentro, gravar no espírito) segundo LIbáneo


(1994) ensinar corresponde as acções, meios, para garantir a instrução.

SCHIMITZ, citado por Piletti (2006:31), “a Aprendizagem é um processo de


aquisição e assimilação, mais ou menos consciente de novos padrões e novas
formas de perceber, ser, pensar e agir”.

Para Libáneo (1994:54) “instrução é a formação intelectual e desenvolvimento


das capacidades cognoscitivas mediante o domínio de certos níveis de
conhecimento sistematizado”.

Actualmente a concretização dos conceitos acima referidos, tem sido um problema


que atingi a maioria das salas de aula. O professor não deve se vangloriar dos
métodos de sua aula visto que o processo de ensino - aprendizagem além da
exposição do conteúdo, vai de encontro as potencialidades do cada indivíduo,
seus sentimentos e necessidades.

Segundo Aquino (354 a.c ) o professor deve despertar no aluno a capacidade de


admirar e perguntar como o início do autêntico ensino.

Nesta senda dentro da aprendizagem por, descoberta com um certo grau de


autonomia de conhecimentos, o papel do professor é de guia e facilitador, e não
de transmissor de conhecimentos. Considera-se que o aluno é um agente activo e
criador, dessa forma, o aluno aprende á aprender. Uma das estratégias utilizadas

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para desenvolver as competências do "saber fazer e ser", o exercício constante de
uma prática que o coloca no desafios de situações e problemas, onde o aluno
planifica como resolver, coloca em jogo tudo o que sabe sobre o facto, utiliza
argumentação e decide como responder através das várias formas de expressão.
A investigação é a prática que acontece no quotidiano. Estas práticas
desencadeiam o prazer pelo aprender e a curiosidade do aluno em buscar
conhecimentos.

É imperioso que durante o processo de ensino - aprendizagem, os alunos realizem


actividades práticas que os coloque no paidocentrismo e pratiquem actividades
que o conduzam para a construção de constante busca de conhecimentos de uma
forma consciente e criador; é uma das motivações que levou os autores a estudar
o assunto em destaque.

1. SELECÇÃO DO TEMA E IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA


Formalmente a reforma educativa surgiu para melhorar a qualidade do ensino em
Angola; nos seus objectivos consta a formação de um homem activo capaz de
participar na construção de uma sociedade. Para que se cumpra com estes
objectivos, a reforma educativa, carrega consigo métodos que permitam uma
relação bilateral e constante entre professores e alunos.

Nesta senda é vulgar e visível a resistência metodológica que a reforma traz por
parte de algumas escolas e professores, o que concorre também para o
retardamento do alcance dos objectivos.

Em função destas debilidades, o trabalho pretende melhoria dentro da sala de


aula e não só, é real que em alguns casos o ensino tem sido bastante expositivo
por parte do professor, em que o aluno surge como um mero instrumento
totalmente passivo. A relação entre pares educativo no processo educativo é tão
intrínseca em que um não existe sem a subsistência do outro, esta relação tem de

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ser harmoniosa aliando ao método por descoberta autónoma, onde o grau do
aluno é máximo e o professor só intervém quando solicitado pelo aluno.

Portanto o aluno tem de ser o centro das atenções que o coloque na constante
busca dos conhecimentos.

Daí a selecção do tema: Reflexões sobre o Processo de Ensino e Aprendizagem,


nos alunos da 10ª classe na escola do II ciclo Dr. António Agostinho Neto no
município do Tômbwa.

2. ANTECEDENTES DO TEMA

É bem verdade que o tema a ser abordado não é novo do ponto de vista real, uma
vez que nos documentos da reforma educativa, e alguns investigadores da escola
nova que abordar-se-ão com detalhe serviram de inspiração para este trabalho.

Durante o Estágio, diagnósticos e actividade laboral verifica-se que apesar de


alguma preocupação em combater o tradicionalismo, as debilidades ainda
prevalecem.

Como o defende Berehrens (2005: 109), ao afirmar que se deve “reduzir gradativamente
o espaço das aulas teóricas, procurando utilizar o maior tempo disponível para a
pesquisa, a busca de informações, o acesso a bancos de dados, para instrumentalizar a
construção de actividades e textos próprios.”

Indo de encontro a realidade desse tema, que é reflexões sobre o Processo de


Ensino-Aprendizagem; convém realçar os pensamentos pedagógicos de alguns
teóricos da escola nova que contrapõem os pensamentos pedagógicos da escola
tradicional, nesta senda é necessário fazer a menção dos grandes autores que
falaram com mais profundidade os novos modelos ou a escola nova, entre eles
destacam-se: Paré e Paquette (1971), estes são dois autores que escreveram
muito sobre as características de uma pedagogia aberta.

Segundo Paré (1977:61) apresenta uma teoria organicista da pedagogia aberta,


esta fundamenta-se nas propriedades do organismo (sensoriais, emocionais, e

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intelectuais), toda aprendizagem passa necessariamente nessas propriedades dos
organismos.

Segundo Paquette, (1976:61); este fundamenta-se numa ideia mestra: “o ser


humano deve ser autor e actor da sua vida, trata-se aqui de quebrar as
dependências para progressivamente se dirigir no sentido da autonomia”.

Visto que falar de um estudo activo, consciente e criador, se está perante a um


estudo que tenha uma característica reflexiva de um determinado assunto de
forma crítica e consciente.

Neste contexto é fundamental em todos os níveis e modalidades de ensino a


relação entre pares educativos, através dele o aluno é motivado a construir o seu
próprio conhecimento.

A escola representa o mais vigoroso movimento de renovação de educação, a


ideia de fundamentar o acto pedagógico na opção da actividade do aluno (DE
FELTRE no século XX:145), que torna de uma forma concreta o acto educacional
e tem consequências tão importantes sobre o sistema educacional e a
mentalidade dos professores, (GADOTTI XX:142-145)

A teoria da Escola Nova, propõe que a educação seja instigadora da mudança


social e ao mesmo tempo se transformasse porque a sociedade está em
mudanças.

Os professores formam um conjunto de mediadores da cultura que possibilita


progressos no desenvolvimento da criança. Nesta perspectiva não cabe analisar
só e somente a relação entre pares educativos, mas também a relação entre
aluno-aluno. Para Vygotsky (1875:22) a construção do conhecimento se dá
colectivamente, portanto, sem ignorar a acção intropsiquica do sujeito.

Portanto, o tema em estudo é de estrema importância, uma vez que a


preocupação fundamental da educação formal é de fazer com que o educando
seja o sujeito activo da sua aprendizagem, dai o tema em epígrafe constituir uma
certa novidade científica.

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3. JUSTIFICAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO
No mundo actual com as mudanças constantes, tanto tecnológicas como do
saberes em geral, a escola tem como meta desenvolver permanentemente novas
competências.

Por isso, o tema em destaque cinge-se, sobretudo, os factores que provocam a


fraca participação dos alunos, razão pela qual a implementação de uma
metodologia para um estudo activo, consciente e criador dentro do processo de
ensino serve de denominador para contrariar esta debilidade.

Todavia, a tendência é de procurar estratégias onde o processo docente não se


limite apenas em ensinar conteúdos conceptuais (o saber), mas também
conteúdos procedimentais (saber fazer) e atitudinais (ser). Um estudo de
qualidade que busca formar cidadãos capazes de interferir criticamente na
realidade, deve também contemplar o desenvolvimento das capacidades que
possibilitem adaptações as novas realidades do mundo moderno, como o trabalho
em equipa, relações interpessoais, a criatividade senso critico, a resolução de
problemas, cultivar os bens sociais e ambientais

4. DESENHO TEÓRICO

Este item retrata o esqueleto básico do trabalho, isto é, os alicerces que vão
caracterizar a essência do mesmo, partindo do problema, objecto, objectivo Geral,
Campo de acção e a ideia a defender.

4.1- FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO

Quais são os factores que provocam a fraca participação no processo de ensino -


aprendizagem dos alunos da escola secundária do II ciclo Dr. António Agostinho
Neto, da 10ª classe, no município do Tômbwa?

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4.2- OBJECTO DA INVESTIGAÇÃO

No objecto de investigação pretende-se estudar as estratégias pedagógicas


necessárias para tornar possivel o processo de ensino-aprendizagem activo.

4.3- OBJECTIVO DE ESTUDO

Propor uma metodologia eficaz que conduza o aluno para o estudo activo,
consciente e criador.

4.4- CAMPO DE ACÇÃO

Processo - pedagógico

4.5. IDEIA A DEFENDER

0A implementação das metodologias propostas poderão de forma unânime tornar


possível o estudo activo, consciente e criador.

4.6. TAREFAS CIENTÍFICAS

4.6.1. Na etapa facto – perceptível

 Analisar a evolução histórica da proposta pedagógica para um estudo activo,


consciente e criador;
 Caracterizar desde o ponto de vista gnosiológico e psicológico o objecto e o campo
de acção;
 Diagnosticar os principais factores que provocam a fraca participação dos alunos da
escola Dr. António Agostinho Neto, para um estudo activo, consciente e criador no
processo de ensino -aprendizagem;
 Discussão científica dos dados recolhidos;
 Fundamentação da proposta;
 Elaboração da proposta;
 Avaliação da proposta metodológica pelos especialistas.

4.7.2- Na etapa de construção teórica

- Fundamentação da proposta;

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- Elaborar a metodologia da representação do problema do estudo activo, consciente e
criador;

- Avaliação das propostas pelos especialistas

5. DESENHO METODOLÓGICO

5.1- Determinação da população e da mostra.

O modelo de investigação é descritivo, por descrever os principais elementos para


proposta metodológica que poderá ajudar o processo de ensino - aprendizagem
activo, consciente e criador.

O universo é de 230 estudantes e 35 professores, amostra é de 100 alunos e 14


professores.

A população é o universo total de elementos que se pretende estudar

Amostra é o subconjunto da população

O tipo de amostra é aleatória simples porque é aquela em que cada elemento da


população tem a mesma probabilidade de ser escolhida para entrar na amostra
BARAÑANO ( 2004: 88).

5.2. Definição dos métodos, técnicas e procedimentos.


Para esse estudo aplicar - se - a os seguintes métodos:

Métodos teóricos

Lógicos - Histórico: consiste na forma de fazer análise da evolução histórica de


tratamento de um fenómeno, tema conteúdo ou teoria.

Modelação: consiste na elaboração teórico que representa a realidade do


fenómeno em estudo.

Sistémico Estrutural: cinge-se no tratamento do fenómeno como sistema, utiliza-se


para elaborar uma estratégia pedagógica uma metodologia num sistema e
actividade.

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os métodos teóricos permitiram fazer uma busca coerente da evolução histórica
do tema, isto é, os investigadores que trataram da mesma temática.

Métodos e técnicas empíricas

Análise documental;

Inquérito aos alunos;

Inquérito aos professores

Observação.

Os métodos técnicos e empíricos permitiram constatar a realidade do processo de


Ensino-aprendizagem naquela instituição, baseando-se no tema em estudo tirando
algumas ilações que foram fundamentais para elaboração das estratégias
metodológicas.

5.3- RESULTADOS, IMPACTO E NOVIDADE CIENTIFICA ESPERADOS

Os resultados esperados são:

 Mudanças de procedimentos metodológicos para um ensino


participativo;
 Mudanças de comportamento dos alunos na sala de aulas;
 Participação activa e criadora por parte dos alunos;
 Que os alunos desenvolvam capacidades de interagir, aplicar sintetizar
os conhecimentos de forma activa e crítica;
 Que os alunos ao longo da sua carreira estudantil sejam capazes de
construir o seu próprio conhecimento;
 Que os professores apliquem métodos e procedimentos modernos e
adequados para uma aprendizagem eficiente por parte dos alunos;
 Que o professor ponha em prática todos os requisitos para que o aluno
se sinta motivado em aprender;
 Que a relação bilateral professor e aluno, seja de investigação e
construção do saber.

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5.3. Estrutura do trabalho

O trabalho estrutura-se em sete (7) partes:

1-Introdução

2-Capitulo I

3-Capitulo II

4-Capitulo III

5- Conclusões Gerais

6- Sugestões

7- Bibliografia e Anexos

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CAPÍTULOI: TEORIAS SOBRE
APREENDIZAGEM ACTIVA,
CONSCIENTE E CRIADORA

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Introdução

Neste capítulo procede-se uma abordagem teórica sobre o processo de ensino -


aprendizagem activo, consciente e criador.

1. ANÁLISE TEÓRICA
O estudo activo, consciente e criador é resultado das contribuições, que vários
investigadores fizeram em prol do desenvolvimento da Pedagogia, isto é,
variadíssimos investigadores como: Paré, Paquette, Jean Jaques Rosseau,
Dewey, São Tomas de Aquino, Claudino Piletti, Carlos Libâneo na perspectiva de
enriquecer o processo de ensino-aprendizagem, abordaram cada um a sua
maneira sobre um estudo dinâmico, que leva a criança não a receber, mas a
formar ela própria os seus conceitos, a construir o seu saber, a apoiar-se sobre a
sua experiência, sobre o que há de aproveitável na sua natureza e a vivacidade na
relação professor e aluno o que veio resultar uma proposta sobre o estudo activo e
criador. Uma vez que o tema em epígrafe surge em consonância com a escola
nova, é um dever abordar sobre o historial do mesmo.

1.1- QUADRO CONCEPTUAL

A educação nova sendo uma das modalidades do processo de ensino-


aprendizagem, contêm em si alguns conceitos fundamentais, tais como: instrução,
A aprendizagem e ensino

Segundo Libâneo (1994:23) A instrução se refere à formação intelectual, formação


e desenvolvimento das capacidades cognoscitivas mediante o domínio de certo
nível de conhecimentos sistematizados.

De acordo com Libâneo o processo didáctico se explicita pela acção recíproca de


três componentes – os conteúdos, o ensino e a aprendizagem.

Os Conteúdos compreendem as matérias formando a base para a concretização


de objectivos.

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A aprendizagem é uma relação cognitiva entre o sujeito e os objectos de
conhecimento.

O Ensino é a actividade do professor de organização, selecção e explicação


(definido objectivos e métodos) visando à aprendizagem do aluno.

Educação escolar
A educação escolar constitui-se num sistema de instrução e ensino com
propósitos intencionais, práticas sistematizadas e alto grau de organização, ligado
intimamente as demais práticas sociais.

Didáctica
Definindo-se  como mediação escolar dos objectivos e conteúdos do ensino, a
Didáctica investiga as condições e formas que vigoram no ensino e, ao mesmo
tempo, os factores reais (sociais, políticos, culturais, psico-sociais) condicionantes
das relações entre a docência e a aprendizagem. Ou seja, destacando a instrução
e o ensino como elementos primordiais do processo pedagógico escolar, traduz
objectivos sociais e políticos em objectivos de ensino, selecciona e organiza os
conteúdos e métodos e, ao estabelecer as conexões entre ensino - aprendizagem,
indica princípios e directrizes que irão regular a acção didáctica.

A metodologia compreende o estudo dos métodos, e o conjunto dos


procedimentos de investigação das diferentes ciências quanto aos seus
fundamentos e validade, distinguindo-se das técnicas, que são a aplicação
específica dos métodos.

A  Aprendizagem efectiva: Acontece quando, pela influência do professor, são


mobilizados as actividades físicas e mentais próprias das crianças no estudo das
matérias.

Processo de assimilação activa: O acto de aprender é um acto de


conhecimentos pelo qual assimilamos mentalmente os factos, fenómenos e
relações do mundo, da natureza e da sociedade.

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Na escola – a acção externa do professor é fundamental para a realização do
processo de assimilação activa: para isso, é preciso que o ensino e seus
componentes tenham objectivos, conteúdos, métodos e formas organizativas.

O estudo é a actividade cognitiva do aluno por meio das tarefas concretas e


práticas, cuja finalidade é a assimilação consciente de conhecimentos, habilidades
e hábitos sob a direcção do professor.

O estudo activo consiste, pois, de actividades dos alunos nas tarefas de


observação e compreensão de factos da vida diária ligados à matéria, no
comportamento de atenção à explicação do professor, na conversação entre
professor e alunos da classe, nos exercícios, no trabalho de discussão em grupo,
no estudo dirigido individual, nas tarefas de casa, entre outras. Libaneo (1994)

É necessário reafirmar que todo estudo activo é sempre precedido do trabalho do


professor.

O incentivo a aprendizagem é o conjunto de estímulos que despertam nos


alunos e sua motivação para aprender.

A motivação é o conjunto das forças internas que impulsionam o nosso


comportamento para objectivos e cuja direcção é dada pela nossa inteligência.
Porém, a motivação está condicionada a forças externas ao nosso organismo: o
ambiente social.

“A motivação influi na aprendizagem e a aprendizagem influi na motivação”

A Incentivação como condição de incitamento das forças cognitivas dos alunos,


dependem do conhecimento das características individuais e sociocultural dos
alunos. O professor deve conhecer as experiências sociais e  culturais dos alunos,
pois estas características vão determinar, inclusive sua percepção em relação a
escola, da matéria, do professor e seu modo de aprender.

O domínio das bases teórico - científica e técnicas, e sua articulação com as


exigências concretas do ensino, permitem maior segurança profissional, de modo

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que o docente ganhe base para pensar sua prática e aprimore sempre mais a
qualidade de seu trabalho.

O processo de ensino é uma actividade conjunta de professores e alunos,


organizado sobre a direcção do professor com a finalidade de prover as condições
e meios pelos quais os alunos assimilam activamente conhecimento, habilidades,
atitudes e convicções.

Trabalho docente: deve ser como referência, ponto de partida e chegada à


prática social, isto é, a realidade social, política, económica, cultural da qual tanto
o professor como os alunos são integrantes.

Processo de ensino: conjunto de actividades organizadas do professor e dos


alunos: deve alcançar determinados resultados (domínio de conhecimento e
desenvolvimento das capacidades cognitivas) – tendo como ponto de partida deve
ser o nível actual de conhecimento, experiência e de desenvolvimento mental dos
alunos.

O ensino faz interagir dois momentos indissociáveis: a orientação e a assimilação


activa dos conhecimentos e habilidade. Na orientação se faz necessário organizar
os conteúdos e os tornar didacticamente  assimiláveis, prover que os alunos se
apropriem de forma activa e autónoma dos conhecimentos e habilidades.

Conteúdo do saber escolar: São conhecimentos sistematizados, seleccionados


das bases das ciências e dos modos de acção acumulados pela experiência social
da humanidade e organizados para serem estudados na escola.

Capacidades cognoscitivas: São energias mentais disponíveis nos indivíduos, e


desenvolvidas no processo de ensino em estreita relação com os conhecimentos.
Do complexo de capacidade cognoscitiva podemos destacar: exercitação do
sentido, observação, percepção, a vontade, a compreensão, a generalização, o
raciocínio a memória, a linguagem, a motivação.

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1.2 - EVOLUÇAO HISTÓRICA DA EDUCAÇÃO NOVA

Poder-se-ia, remontar ao passado na Grécia antiga, com o método socrático que


pretendia que os indivíduos buscassem a verdade pelos seus próprios meios, e
passando por Ralais, Montaigne, pelo movimento da Renascença e pelos
inovadores dos séculos XVII e XVIII.

É esse movimento, nascido no plano teórico com Rousseau que deu à sua obra
Émile, «romance pedagógico» a obra que determinou a reviravolta histórica nas
concepções da educação, na atitude em relação à criança, tal como de 1789 e da
invenção da máquina a vapor – pouco antes de 1789 – data o início das
transformações que não cessaram de actuar nos campos da política e da
economia. Reconhecidamente, o primeiro teórico dessas concepções e que se
desenvolveu, em princípio, pela acção meritória de pioneiros isolados e corajosos,
difundido posteriormente na prática escolar e até nas normas familiares, que se
denomina Educação Nova.

Noutros países a escola nova recebeu o nome de «Educação Progressiva». E


talvez essa designação exprima melhor o seu profundo significado histórico, na
condição de não se perder de vista a sua intenção democrática e social e de
continuar a servir-se dos novos conhecimentos e processos que a história é fértil
em lhe trazer e, em particular, hoje, os dados fornecidos pela Psicologia, pela
Sociologia e pela Ciência pedagógica tomada no seu conjunto.

1.2.1 - Ideias de Jean Jaques Rousseau sobre a escola nova

Rosseau foi um dos pioneiros que deu enorme contributo na educação actual,
fundamentalmente aos conteúdos pedagógicos que actualmente é denominado
Pedagogia activa. «Comecem por estudar melhor os vossos alunos; porque,
seguramente, não os conhecem», escreve ele no prefácio. «Eis o estudo a que me
apliquei mais, para que, quando todo o meu método for quimérico e falso, se
possam sempre aproveitar as minhas observações.» É, pois, o estudo do que é a

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criança antes de ser homem, da sua natureza, das suas capacidades, dos seus
interesses, das melhores motivações e métodos a utilizar para o formar
verdadeiramente, que ele empreendeu. É preciso conhecer a apresentação
sistemática que um Claparè fez das suas ideias na Educação Funcional para se
sentir o que ainda há nele de positivo e válido nos tempos que correm.

1.2.2 - Os primeiros protestos contra a escola tradicional, e as


fases que marcaram a implementação da escola nova

Foi por altura de 1850 que surgiram os primeiros protestos contra a utilização que,
durante séculos, tinha sido feita pelas gerações adultas. A verificação das
deficiências, diga-se mesmo dos efeitos nocivos da educação tradicional, ou a
consciência profunda das novas necessidades, às quais deveria corresponder
uma educação mais respeitosa da criança, responsabilizando a criança, «homem
de amanhã», pelas suas ideias e sonhos, conduziu à revolta violenta contra o
sistema estabelecido, fazendo surgir a intenção, cada vez mais frequente, de se
tomar uma posição activa perante tudo o que anteriormente se fazia. Contra o
adestramento, a dependência indiscutível da criança e do adolescente ante regras
e valores impostos pela sociedade adulta à geração que desponta, a transmissão
passiva do saber e das ideias apresentadas como eternas, proclamam-se os
direitos da criança, o apelo à liberdade e à sua espontaneidade, a confiança na
sua natureza; tem-se, assim, o sentido de uma evolução necessária.
Em Tolstoi quem proclama na Rússia que a «criança é a primeira imagem da
harmonia; na criança que vem ao mundo sã, o equilíbrio entre o belo, a verdade e
o bem é perfeito», Em 1858, cria na sua escola de Yasnaia-Poliana este programa
de liberdade, de educação e formação do carácter, do sentido do belo e do bem,
para ele superior a qualquer forma de instrução e ciência.
É na Áustria, Ellen Key convencida – como ela diz no seu livro O Século da
Criança, que, em seis anos, foi editado 64 vezes – de que «quando o pai vir na
criança o filho do rei a quem deverá servir fielmente, aquele terá adquirido todos
os seus direitos». Confiante numa liberdade e num individualismo total, ela pensa

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que não há senão que deixar que, lenta e tranquilamente, a natureza se ajude a si
própria».

Mas, simultaneamente ou mais tarde, viriam a surgir, em alguns países mais do


que em outros – por exemplo, na Inglaterra e na Alemanha –, tendências para a
socialização da criança, ensinando-a a viver com os outros, a trabalhar com os
outros, a formar o seu carácter, a organizar a escola em sistema comunitário de
trabalho com monitores, chefes de classes e de escola, à semelhança de uma
«monarquia constitucional ou de uma democracia militar», ou seja, à imagem de
um mundo ideal que se antevia.

Veio em seguida a idade dos sistemas, o de Decroly, Montessori, Dewey,


Washburne, que, baseando-se em observações mais largas e mais seguras,
tentaram estabelecer sistemas educativos completos, apoiados em técnicas e
métodos precisos e mesmo em concepções mais elaboradas do homem e dos fins
educativos. Esses sistemas não ficaram menos isolados e, pelo me nos
aparentemente, mais opostos, pela própria precisão que proporcionaram aos
técnicos.
Sentiu-se, contudo, a necessidade de confrontar essas práticas e essas intenções,
o que constituiu a terceira etapa. Em 1899, por iniciativa de Ferrière – o apóstolo
suíço foi criado, em Genève, o Gabinete Internacional das Escolas Novas,
encarregado de estabelecer a sua lista, de criar laços entre as escolas e de
recolher e difundir os resultados obtidos. Em 1921, em Calais, foi fundada a Liga
Internacional da Educação Nova, que reúne grupos nacionais, como o Grupo
Francês de Educação Nova e que, de três em três anos, organiza congressos
internacionais.

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1.2.3 - Características das primeiras Escola Novas

1.2.3.1 - Organização

 A Escola Nova é um laboratório de pedagogia prática que se propõe servir


de sugestão às escolas oficiais. Baseia-se na psicologia da criança e nas
condições da vida moderna.
 A Escola Nova é um internato de atmosfera tão familiar quanto possível, só
esse meio sendo capaz de realizar uma educação integral.
 A Escola Nova está instalada no campo, meio natural mas são e mais rico
do ponto de vista educativo; na proximidade da cidade, todavia, quando se
trata de adolescentes, de maneira a facilitar a sua educação estética.
 A Escola Nova agrupa os alunos em pavilhões, de 10 a 15 ao máximo, sob
a direcção de um casal de educadores.
 A Escola Nova pratica, a maioria das vezes, a coeducação que prepara
casamentos sãos e felizes.

1.2.3.2 -Educação Física e Higiene

 A Escola Nova deve ter por dia ao menos uma hora e meia de trabalhos
manuais que tenham uma utilidade prática e educativa.
 A marcenaria, a cultura do solo, a criação de animais, são as modalidades
mais desejáveis dessa actividade manual, por causa do seu maior valor,
sob todos os pontos de vista.
 A Escola Nova deve dar às crianças a possibilidade de executar trabalhos
livres, adaptados à individualidade de cada um.
 A Escola Nova assegura a cultura do corpo pela ginástica natural.
 A Escola Nova promove viagens a pé ou de bicicleta, com acampamentos
debaixo de tendas e cozinha ao ar livre. Esses elementos visam, ao mesmo
tempo que a educação física, a iniciação à geografia e à vida social.

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 1.2.3.3 - Formação Intelectual

 A Escola Nova desenvolve o juízo mais que a memória, visando a cultura


geral: esta é baseada no método científico, na exploração do meio e na
leitura pessoal.
 A Escola Nova encara a especialização espontânea e depois reflectida, ao
lado da cultura geral.
 A Escola Nova baseia o seu ensino sobre os factos e sobre as
experiências; na natureza, nos organismos humanos.
 A Escola Nova recorre à actividade pessoal do educando pela associação
do trabalho concreto ao estudo abstracto, pela utilização do desenho como
auxiliar das diversas disciplinas.
 A Escola Nova estabelece um programa partindo dos interesses
espontâneos da criança.
 A Escola Nova recorre ao trabalho individual que consiste numa
investigação, quer entre os factos, quer nos livros, nos periódicos e que
consiste numa classificação segundo a ordem lógica.
 A Escola Nova faz apelo ao trabalho colectivo que consiste numa
disposição ou elaboração lógica em comum de documentos particulares.
 Na Escola Nova o ensino propriamente dito é limitado à parte da manhã.
 A Escola Nova trata apenas uma ou duas matérias por dia.
 Na Escola Nova tratam-se poucas matérias por mês e por trimestre,
adoptam-se horários individuais e agrupam-se as matérias segundo o
avanço dos alunos.

1.2.3.4- Formação Moral, Social e Estética

 A Escola Nova forma, em certos casos, uma república escolar onde se


desenvolve gradualmente o juízo crítico e o sentido da liberdade.
 Na Escola Nova procede-se à eleição democrática dos chefes, sendo assim
os professores libertos de toda a parte disciplinar.
 A Escola Nova reparte entre os alunos os cargos sociais.
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 Na Escola Nova as recompensas e as sanções negativas consistem em
colocar o aluno em condições de melhor atingir o fim considerado como
bom.
 A auto-emulação substitui a emulação entre os alunos.
 A Escola Nova deve apresentar uma atmosfera estética e acolhedora.
 A música colectiva, o canto coral e a orquestra fazem parte da educação
estética.
 A educação da consciência moral consiste principalmente, nas crianças, em
narrações moralizadoras, em reacções espontâneas.
 A maioria das escolas nova observa uma atitude religiosa sem sectarismo e
praticam a neutralidade confessional.
 A Escola Nova prepara não só o futuro cidadão em vista da Nação, mas
também em vista da Humanidade.

1.3 - CONCEPÇÃO ACTUAL SOBRE PEA, ACTIVO, CONSCIENTE


E CRIADOR
Toda e qualquer ciência possui os conceitos, teorias, e investigadores clássicos,
isto é, aqueles que o tempo não apaga, levando assim ao pensamento de que
algumas obras e pensadores ainda prevalecem e são tidas como actuais.
Ao elaborar um trabalho com projectos, busca-se superar as práticas habituais,
monótonas, descontextualizadas do processo educacional por uma prática mais
dinâmica, prazerosa e contextualizada, proporcionar situações de aprendizagem
em que os alunos aprendam fazer errando, acertando, pesquisando, levantando
hipóteses, experimentando, investigando, reflectindo, construindo, intervindo,
concluindo com conteúdos diversificados, contextualizados, gerando situações de
aprendizagem reais e significativas, trabalhando os conteúdos de forma
interdisciplinar e contextualizada.

Para o alcance dos objectivos preconizados pela reforma educativa, que resume-
se na formação de um homem activo na sociedade, é necessário que a escola se
torna cada vez mais uma instituição dinâmica, com currículos ricos e modernos e

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métodos activos. Os pedagogos que primam pela pedagogia activa sugeriram
variados métodos.

Métodos activos
Os métodos activos distinguem-se dos métodos tradicionais de ensino pelo facto
dos métodos moderno se centrarem nos interesses dos alunos, tendo em vista o
desenvolvimento do seu potencial, a formação livre da sua personalidade e o
desenvolvimento de competências metacognitivas e de descoberta do saber.
Os métodos de ensino activo caracterizam-se por uma maior individualização das
tarefas de aprendizagem, valorização do trabalho em pequenos grupos, o
professor tem um papel de facilitador, orientador e respeita o ritmo de cada aluno.
Entre os pedagogos contemporâneos que deram maior contributo para expansão
dos métodos activos destacam-se os seguintes: Maria Montessori, John Dewey,
Decroly e Freinet.
Sócrates, apesar de ser um sábio da antiguidade, as suas ideias prevalecem na
concepção actual cita-se John Dewey como um dos líderes da concepção actual.
A Pedagogia activa constitui, sem dúvida, o movimento mais interessante e
inovador da educação actual. O quadro da pedagogia activa pode ser assim
sintetizado: A Pedagogia pragmática de James, Dewey, Kilpartrik, Bode e Rugg; ·
A Pedagogia dos “métodos activos”, de Montessori, Decroly .
“Educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura e a
escola deve representar a vida presente tão real e vital para o aluno como a que
ele vive em casa, no bairro ou no pátio” (Dewey, 1897) (Presença Pedagógica v.2
n.8 mar/abr 1996).
“Este, ao colocar em prática suas experiências, introduziu o compromisso livre e a
democracia, em que, propôs que a criança ao vir para a escola, vêm para resolver
os problemas presentes e não pensar em uma escola para o futuro”.
“Em escolas equipadas com laboratórios, lojas e jardins, que livremente
introduzem dramatizações, jogos e desporto, existem oportunidades para
reproduzir situações da vida, e para adquirir e aplicar informação e ideias
num progressivo impulso de experiências continuadas. As ideias não são

21
segregadas, não formam ilhas isoladas. Animam e enriquecem o decurso normal
da vida.

Estamos vivendo uma sociedade pós-moderna, denominada Sociedade da


Informação e Comunicação, em que não se admite mais uma escola arcaica,
descontextualizada, fragmentada, dissociada da realidade, com horários rígidos
em disciplinas, currículos e programas impostos, é preciso mudar a escola,
acompanhar estas mudanças que estão ocorrendo veloz e momentaneamente
nesta nova sociedade.

1.4- ASPECTOS CONCERNENTES AO ESTUDO ACTIVO,


CONSCIENTE E CRIADOR.

Vimos que o estudo activo é o conjunto das tarefas cognoscitivas que concorrem
para o desenvolvimento das actividades mentais dos alunos, como a conversação
dirigida, a discussão, o estudo dirigido individual e em grupo, os exercícios, as
observações das coisas do mundo circundante, os hábitos de estudo e de
organização pessoal, as tarefas de casa, o estudo do meio etc.
Por outra, o estudo activo não se reduz ao estudo individual e nem dispensa a
explicação da matéria pelo professor. O estudo activo requer planificação,
organização e controle, de modo que acompanhe todos os momentos ou passos
da aula.
É preciso que o estudo se converta numa necessidade para o aluno e que seja um
estímulo suficiente para canalizar a sua necessidade de actividade. Trata-se da
conjugação de condições internas dos alunos e de condições externas expressas
pelas exigências, expectativas e incentivos do professor. Mesmo que o professor
estabeleça óptimos objectivos, seleccione conteúdos significativos e empregue
uma variedade de métodos e técnicas, se não conseguir suscitar no aluno o
desejo de aprender, nada disso funcionará. O aluno se empenha quando percebe

22
a necessidade e importância do estudo, quando sente que está progredindo,
quando as tarefas escolares lhe dão satisfação.
Pode parecer que ficamos num beco sem saída: Para o aluno despertar o gosto
pelo estudo, é preciso estudar; para estudar, é preciso criar gosto pelo estudo.
Mas existe a saída, e ela está nas mãos do professor que incute no aluno a
importância e a necessidade de adquirir conhecimentos, mostra a sua aplicação,
provoca a curiosidade, ensina de um modo que os alunos experimentem
satisfação por terem compreendido a matéria e terem dado conta de resolver as
tarefas. O sentimento de progresso impulsiona os alunos para o desejo de buscar
novos conhecimentos.
Os alunos devem dominar os conhecimentos exigidos pela tarefa e meios de
resolvê-la, além de compreender os objectivos esperados pelo professor. É
preciso o permanente acompanhamento por parte do professor, que deve
aproveitar os erros cometidos pelos alunos para aperfeiçoar os conhecimentos,
indicando exercícios adicionais, revendo matéria insuficientemente assimilada,
reafirmando a resposta correcta.
O estudo activo envolve uma série de procedimentos que visam despertar nos
alunos habilidades e hábitos de carácter permanente, tais como: fazer anotações
no caderno durante a aula, usar o livro didáctico, enciclopédias, procedimentos de
observação de objectos, fenómenos e fazer interpretações de texto (ideia central e
ideias secundárias), consulta a mapas, globo terrestre, fazer esquemas, resumos,
quadros sinópticos, seguir etapas para solução de problemas, seguir etapas para
elaboração de redacção, organizar os cadernos de rascunho e das matérias
(margens, ordem e asseio), usar correctamente lápis, régua, compasso, borracha.

1.4.1 - FORMAS DO ESTUDO ACTIVO

O estudo activo envolve inúmeros procedimentos para despertar no aluno hábitos,


habilidades de carácter permanente. Para isto tem varias tarefas e exercícios
específicos para este fim:
Exercícios de reprodução -aplicação de testes rápidos de verificação da

23
assimilação e domínio de habilidades; memorização de conjugação de verbos,
tabuada, regras gramaticais, repetição de experimentos; treino ortográfico; solução
de exercícios do livro didáctico, com a devida orientação de como consultá-lo.

Tarefas de preparação para o estudo - conversação dialogada entre professor e


alunos; conversa dos alunos entre si; os alunos relatam suas experiências, dão
opiniões, fazem perguntas; observação de uma ilustração, objecto, animal e
manifestação de conclusões; revisão da matéria anterior.

Tarefas na fase de assimilação da matéria - conversação sobre os


conhecimentos e experiências que os alunos trazem para a aula; confronto entre
os conhecimentos sistematizados e os acontecimentos da realidade e do
quotidiano dos alunos; os alunos, de quando em quando, verbalizam o seu
entendimento dos conceitos que estão sendo explicados pelo professor e suas
conclusões parciais; formulação de perguntas ou de problemas práticos, de modo
que os alunos dêem respostas individualmente ou em grupo; a máxima
aproximação possível entre a explicação da matéria e o raciocínio dos alunos, os
conceitos que já dominam, a sua experiência prática quotidiana para que, pela sua
actividade mental, possam acompanhar a lógica da explicação, adquirindo a sua
própria compreensão do conteúdo.

Tarefas na fase de consolidação e aplicação - revisão e exercícios de fixação;


aplicação em problemas suscitados na prática, com dados da experiência
quotidiana; tarefas de casa.

Existem ainda tarefas complementares realizadas em classe ou extra-classe que


indirectamente se referem ao estudo activo: jornal mural, museu escolar, visitas a
instituições da comunidade, teatro, centro cívico escolar, biblioteca etc.

É fundamental que os alunos desenvolvam estes procedimentos com o auxílio do


professor, para poderem actuar com zelo e competência os seus conhecimentos
duma forma activa e consciente dentro do processo de ensino e não só.

24
Ao reflectirmos o processo de ensino - aprendizagem não devemos esquecer do
lado afectivo, o educador precisa saber conquistar seu aluno, para motivá-los.
Sabemos que todo indivíduo é movido pela motivação, pelo afecto, esse elo entre
educador e educando precisa ser trabalhado. O educador ao conhecer o ambiente
em que seu educando vive irá facilitar em seu trabalho, promovendo uma ligação
do que o aluno vive e conhece e do que este aluno precisa conhecer e viver. Com
isso torna-se prazeroso e facilitador o processo de construção de conhecimento
de sua própria aprendizagem.

1.4.2 - FACTORES QUE INFLUENCIAM O ESTUDO ACTIVO


Para uma efectiva combinação entre os conhecimentos sistematizados que devem
ser dominados e o desenvolvimento intelectual autónomo dos alunos é preciso
levar em consideração factores como o incentivo ao estudo, as condições de
aprendizagem e a influência do professor e do ambiente escolar.

1.4.2.1 - A Incentivação (ou estimulação) para o estudo

Várias pesquisas apontam que os nossos alunos, dentro dos processos de


aprendizagem, têm pouco incentivo. Todo aluno deveria desde o seu berço
paterno crescer com um incentivo familiar para não encontrar muitas dificuldades
no seu quotidiano escolar, pois o mesmo com essas instruções prévias não teriam
dificuldade na sua aprendizagem e em vários outros factores como o social e o
colectivo, há de se pensar nos alunos que pouco vêem os pais, pouco escuta um
incentivo e um acompanhamento nas suas tarefas e deveres de casa, por muitas
essa carência por parte do aluno, acaba resultando em factores negativos no seu
estudo.
Como seria bom se bastássemos conhecer as condições socioculturais dos
nossos alunos, para que tudo pudesse andar na mais perfeita organização do
estudo e aprendizagem dos alunos. Muitas escolas ainda não oferecem condições
necessárias para que sejam desenvolvidos alguns métodos e algumas técnicas

25
pedagógicas, a estrutura lúdica é precária, um brinquedo teca praticamente não
existe. Obviamente é necessário conhecer o lado do aluno em formação, como
vive se acompanha a parte cultural do bairro, se pratica exporte, se têm incentivos
a leitura e muitos outros factores que colaboram com as condições cognitivas do
aluno.
Certamente se o professor estiver motivado pessoalmente e comprometido com a
causa escolar, com certeza teremos uma reciprocidade positiva entre professor e
aluno. O professor pode ser o principal responsável pelo crescimento e
aprendizagem do aluno, por muitas não é isso que encontramos no dia-a-dia nas
escolas.
O incentivo à aprendizagem é o conjunto de estímulos que despertam nos alunos
a sua motivação para aprender, de forma que as suas necessidades, interesses,
desejos, sejam canalizados para as tarefas de estudo. Todas as nossas acções
são orientadas para atingir objectivos que satisfaçam as nossas necessidades
fisiológicas, emocionais, sociais e de auto-realização. A motivação é, assim, o
conjunto das forças internas que impulsionam o nosso comportamento para
objectivos e cuja direcção é dada pela nossa inteligência. Entretanto, as forças
internas do nosso organismo são condicionadas por forças externas que
modificam o direcionamento da nossa motivação. Chamamos de forças externas o
ambiente social: a família, as relações sociais nas quais estamos envolvidos, os
valores culturais dos diversos grupos sociais, os meios de comunicação e,
evidentemente, a escola e os professores.
Podemos dizer, então, que a motivação influi na aprendizagem e a aprendizagem
influi na motivação. Na prática da sala de aula, o que leva as crianças a perderem
o interesse e o gosto de estudar? Isso pode acontecer porque às vezes as
crianças não percebem a sequência dos objectivos: apresenta-se um assunto hoje
e amanhã outro, completamente diferentes, as aulas e as tarefas não são
atractivas, não se ligam aos conhecimentos e experiências que as crianças já
possuem. Não sabem por que estudam aquele assunto. As crianças acabam
cumprindo as exigências do professor; o resultado é que decoram sem
compreender e a assimilação da matéria fica superficial:

26
Incentivar (estimular) os alunos para o estudo é fazer exactamente o contrário. A
atenção e atitude para o estudo, a motivação para as tarefas, o empenho que
mostra frente à explicação da matéria e aos exercícios dependem da actuação
directa e permanente do professor.
Sabemos que as crianças menores têm um grande desejo de ir à escola e
estudar. Elas desejam conhecer as coisas, aprender a ler e escrever, saber a
explicação das coisas que acontecem à sua volta. Têm uma grande expectativa
em relação à escola. Às vezes, fazem sacrifícios para manter as crianças na
escola. Mas o que acontece? Os professores infelizmente não conseguem
sustentar esses interesses desde cedo e a escola vira uma actividade rotineira.

1.4.2.2 - O conhecimento das condições de aprendizagem do


aluno
A incentivação como condições de incitamento das forças cognoscitivas dos
alunos depende do conhecimento das características individuais e socioculturais
dos alunos, pois não ensinamos a uma criança "em geral", mas a crianças que
pertencem a determinadas famílias, a determinada classe social e cuja prática de
vida influi na sua aprendizagem e desenvolvimento.
O êxito da actividade de ensino depende de que os objectivos escolares entrem
em correspondência com o nível de conhecimentos e experiências já disponíveis,
com o mundo social e cultural em que vivem os alunos com suas capacidades
potenciais de assimilação de conhecimentos.

1.4.2.3 - A influência do professor e do ambiente escolar


Já tivemos oportunidades de acentuar o necessário preparo do professor no
domínio das matérias que ensina e dos métodos e técnicas de ensino e
aprendizagem. A par disso, entretanto, é de extrema importância a personalidade
e a atitude profissional. Professor que tem clareza dos objectivos educativos da
sua profissão e dos propósitos a respeito da formação intelectual e moral dos

27
alunos, que revela um verdadeiro interesse pela preparação cultural das crianças
e para a vida adulta, que incute nos alunos o senso de responsabilidade,
certamente terá meio caminho andado para conseguir um aproveitamento escolar
satisfatório das crianças.

A seriedade profissional do professor se manifesta quando compreende o seu


papel de instrumentalizar os alunos para a conquista dos conhecimentos e sua
aplicação na vida prática; os seguintes propósitos são essenciais para uma
influência positiva do professor no ambiente escolar.
Tais propósitos devem ser concretizados na prática, através de aulas planificadas
onde se evidenciem: a segurança nos conteúdos e nos métodos de ensino; a
constância e firmeza no cumprimento das exigências escolares pelos alunos; o
respeito no relacionamento com os alunos.
Quanto ao primeiro desses aspectos, já o tratamos suficientemente no decorrer
dos nossos estudos.
Quanto ao segundo, queremos dizer que o professor deve ter constância e firmeza
na direcção da classe: ordem nos cadernos, livros, tarefas de casa e exercícios;
manutenção de um clima de trabalho na classe, para assegurar a atenção e
concentração nas tarefas; atitudes de respeito para com o professor, com os
colegas e com o pessoal da escola;
Quanto ao terceiro aspecto, a seriedade profissional requer o respeito aos alunos.
Ao mesmo tempo que o professor não contemporiza com a negligência e com o
não cumprimento dos deveres, deve estar atento para o bom relacionamento
humano com os alunos. Os professores mais experientes apontam como um traço
de personalidade o senso de justiça.

O respeito se manifesta, pois, no senso de justiça, no verdadeiro interesse pelo


crescimento do aluno, no uso de uma linguagem compreensível, no apoio às suas
dificuldades, nas atitudes firmes e serenas (não gritar na classe, não
menosprezar, não fazer ironias etc.).

Certamente o professor e o meio exercem uma influência muito forte no aluno

28
A influência do professor é muito importante para que o aluno cresça seguindo
bons exemplos, e esses exemplos podem ser dados pelo professor, como uma
boa leitura, uma boa conversa, respeitos pelos colegas e principalmente ouvir o
conselho de seus pais. Diversas podem ser as condições de aprendizagem dos
alunos, primeiro, o professor precisa ter métodos para ensinar os alunos e
segundo a escola precisa ter bastante material para ser trabalhado com os alunos,
e também aproveitar o conhecimento que o aluno já trás de casa, o que ele
conhece de cultura, sua condição social e muito mais, desta maneira poderemos
ter bons alunos e um futuro melhor para eles e para o país.

1.4.3- Aprendizagem Significativa


Segundo Marco Antônio Moreira "a aprendizagem significativa é um processo por
meio do qual uma nova informação relaciona-se, de maneira substantiva (não-
literal) e não-arbitrária, a um aspecto relevante da estrutura de conhecimento do
indivíduo".
Em outras palavras, os novos conhecimentos que se adquirem relacionam-se
com o conhecimento prévio que o aluno possui.
Ensinar a pescar ao invés de entregar o peixe pronto. Fazer do caminho, e não da
chegada, a razão da jornada. Aprender com os erros. Todas essas máximas, tão
embaçadoras de uma nova postura diante do mundo são, também, o ponto de
partida da promoção de uma aprendizagem significativa a função
instrumentalizante da Educação nunca foi tão ratificada quanto nos tempos
actuais. Nunca estivemos tão diante da necessidade de criar, construir, mudar e
redimensionar quanto nos encontramos na era actual. O modelo de aprendizagem
que embaça as necessidades de nosso tempo não é mais o modelo tradicional
que acredita que o aluno deve receber informação prontas e ter, como única
tarefa, repeti-las na íntegra. A promoção da aprendizagem significativa se
fundamenta num modelo dinâmico, no qual o aluno é levado em conta, com todos
os seus saberes e interconexões mentais. A verdadeira aprendizagem se dá
quando o aluno constrói o conhecimento e forma conceitos sólidos sobre o mundo,

29
o que vai possibilitá-lo agir e reagir diante da realidade. Cremos, com convicção e
com o respaldo do mundo que nos cerca, que não há mais espaço para a
repetição automática, para a falta de contextualização e para a aprendizagem que
não seja significativa.
A concretização dessa aprendizagem se dá através do que entendemos ser os
sete passos da (re) construção do conhecimento:
1. O sentir – toda aprendizagem parte de um significado contextual e emocional.
2. O perceber – após contextualizar o educando precisa ser levado a perceber as
características específicas do que está sendo estudado.
3. O compreender – é quando se dá a construção do conceito, o que garante a
possibilidade de utilização do conhecimento em diversos contextos.
4. O definir – significa esclarecer um conceito. O aluno deve definir com suas
Palavras, de forma que o conceito lhe seja claro.
5. O argumentar – após definir, o aluno precisa relacionar logicamente vários
Conceitos e isso ocorrem através do texto falado, escrito, verbal e não verbal.
6. O discutir – nesse passo, o aluno deve formular uma cadeia de raciocínio
Através da argumentação.
7. O transformar – o sétimo e último passo da (re) construção do conhecimento é
a transformação. O fim último da aprendizagem significativa é a intervenção na
realidade. Sem esse propósito, qualquer aprendizagem é inócua.
As sete fases apresentadas ajudam a caracterizar a acção do professor frente a
esse desafio. A compreensão das atitudes a serem adoptadas em cada etapa,
capacita o professor a promover a aprendizagem significativa.
Por tanto, a aprendizagem significativa sempre é um dos grandes objectivos que
está presente em um processo de ensino e aprendizagem. A classificação e
caracterização dessa aprendizagem em geral estão relacionadas com as
mudanças ou evolução da estrutura cognitiva do indivíduo, ou seja, a
aprendizagem cognitiva. Moreira (1999) mostra que se pode falar em
aprendizagem significativa em distintos referenciais teóricos construtivistas. Para
Ausubel (1978) é essencial que haja uma interacção entre a nova informação
(conceitos, ideias) e os conhecimentos prévios, existentes na estrutura cognitiva

30
do estudante Portanto, a aprendizagem significativa caracteriza-se por uma
interacção entre a estrutura conceitual (conceitos e relações) existentes na mente
do indivíduo e as novas informações ou conceitos que estão sendo objectos de
atenção em actividades de ensino e aprendizagem ou outro processo educativo
qualquer. Para que a aprendizagem seja significativa é essencial que nessa
interacção as novas informações adquiram significado e sejam integradas à
estrutura cognitiva de maneira não arbitrária e não literal.

1.5- A REALIDADE DO ESTUDO ACTIVO, CONSCIENTE E


CRIADOR DENTRO DO PROCESSO DE ENSINO E
APRENDIZAGEM

1.5.1- Diferença entre a didáctica tradicional e didáctica activa


Nos últimos anos, diversos estudos têm sido dedicados à história da Didáctica,
suas relações com as tendências pedagógicas e a investigação do seu campo de
conhecimentos. Os autores, em geral, concordam em classificar as tendências
pedagógicas em dois grupos: Pedagogia Tradicional, Pedagogia Nova.
Certamente existem outras correntes vinculadas a uma outra dessas tendências,
mas essas são as mais conhecidas.

1.5.2-Didáctica tradicional.
Na Pedagogia Tradicional, a Didáctica é uma disciplina normativa, um conjunto de
princípios e regras que regulam o ensino. A actividade de ensinar é centrada no
professor que expõe e interpreta a matéria. Às vezes são utilizados meios como a
apresentação de objectos, ilustrações, exemplos, mas o meio principal é a
palavra, a exposição oral. Supõem-se que ouvindo e fazendo exercícios
repetitivos, os alunos “gravam” a matéria para depois reproduzi-la, seja através
das interrogações do professor, seja através das provas. Para isso, é importante
que o aluno “preste atenção”, porque ouvindo facilita-se o registo do que se
transmite, na memória, o aluno é assim um recebedor da matéria e sua tarefa é

31
decorá-la. Os objectivos explícitos ou implícitos, referem-se a formação de um
aluno ideal, desvinculado da sua realidade concreta, o professor tende a encaixar
os alunos num modelo idealizado de homem que nada tem a ver com a vida
presente e futura. A matéria de ensino é tratada isoladamente, isto é, desvinculada
dos interesses dos alunos e dos problemas reais da sociedade e da vida. O
método é dado pela lógica e sequência da matéria, é o meio utilizado pelo
professor para comunicar a matéria e não dos alunos para aprende-la. É ainda
forte a presença dos métodos intuitivos, que foram incorporados ao ensino
tradicional. Baseiam-se na apresentação de dados sensíveis, de modo que os
alunos possam observá-los e formar imagem deles em sua mente. Muitos
professores ainda acham que “partir do concreto” é a chave do ensino actualizado.
Mas esta ideia já fazia parte da Pedagogia Tradicional porque o “concreto”
(mostrar objectos, ilustrações, gravuras etc.) serve apenas para gravar na mente o
que é capitado pelos sentidos. O material concreto é mostrado, demonstrado,
manipulado, mas o aluno não lida mentalmente com ele, não o repensa, não o
reelabora com o seu próprio pensamento. A aprendizagem, assim, continua
receptiva, automática, não mobilizando a actividade mental dos alunos e o
desenvolvimento de suas capacidades. Intelectuais.
A Didáctica Tradicional tem resistido ao tempo, continua prevalecendo na prática
escolar. É comum nas escolas atribuir-se ao ensino a tarefa de mera transmissão
de conhecimentos, sobrecarregar o aluno de conhecimentos que são decorados
sem questionamento, dar somente exercícios repetitivos, impor externamente a
disciplina e usar castigos.

1.5.3 - Didáctica nova


A pedagogia activa surge como contraposição a Pedagogia Tradicional A
Didáctica da Escola Nova ou Didáctica activa é entendida como “direcção da
aprendizagem” Considerando o aluno como sujeito da aprendizagem. O que o
professor tem a fazer é colocar o aluno em condições propícias para que, partindo
das suas necessidades e estimulando os seus interesses, possa buscar por si

32
mesmo conhecimentos e experiências. A ideia é que o aluno aprende melhor o
que faz por si próprio. Não se trata apenas de aprender fazendo, no sentido de
trabalho manual, acções de manipulação de objectos, trata-se de colocar o aluno
em situações em que seja mobilizado a sua actividade global e que se manifesta
em actividade intelectual, actividade de criação, de expressão verbal, escrita,
plástica ou outro tipo. O centro da actividade escolar não é o professor nem a
matéria, é o aluno activo e investigador. O professor incentiva, orienta, organiza as
situações de aprendizagem, adequando às capacidades individuais dos alunos.
Por isso, a Didáctica activa dá grande importância aos métodos e técnicas como o
trabalho de grupo, actividades cooperativas, estudo individual, pesquisas
projectos, experimentações etc., bem como aos métodos de reflexão e método
científico de descobrir conhecimentos. Tanto na organização das experiências de
aprendizagem como na selecção de métodos, importa o processo de
aprendizagem e não directamente o ensino. O melhor método é aquele que
atende as exigências psicológicas do aprender. Em síntese a Didáctica activa dá
menos atenção aos conhecimentos sistematizados, valorizando mais o processo
de aprendizagem e os meios que possibilitam o desenvolvimento das capacidades
e habilidades intelectuais dos alunos. Por isso, os adeptos da Escola Nova
costumam dizer que o professor não ensina; antes ajuda o aluno aprender. Ou
seja, a Didáctica não é a direcção do ensino, é a orientação da aprendizagem,
uma vez que esta é a orientação da aprendizagem, uma vez que esta é uma
experiência própria do aluno através da pesquisa da investigação.

Esse entendimento da Didáctica tem muitos aspectos positivos, principalmente


quando baseia a actividade escolar na actividade mental dos alunos, no estudo e
na pesquisa, visando a formação de um pensamento autónoma. Entretanto, é raro
encontrar professores que apliquem inteiramente o que propõe a Didáctica activa.
Por falta de conhecimento aprofundado das bases teóricas da pedagogia activa,
falta de condições materiais, pelas exigências de cumprimento do programa oficial
e outras razões, o que fica são alguns métodos e técnicas. Assim, é muito comum
os professores utilizarem procedimentos e técnicas como trabalho de grupo,

33
estudo dirigido, discussões, estudo do meio etc., sem levar em conta seu objectivo
principal que é levar o aluno a pensar, a raciocinar cientificamente, a desenvolver
sua capacidade de reflexão e independência de pensamento.

1.5.4 - Aula activa


A aprendizagem é um processo dinâmico. Os alunos que efectuam uma
aprendizagem activa fazem mais do que assistir a aulas magistrais. Participam
activamente no processo de aprendizagem, exploram, descobrem, tratam e
aplicam a informação lendo, escrevendo, discutindo, ouvindo e reflectindo no
decorrer das actividades que contêm a resolução dos problemas, a análise, a
síntese e a avaliação.
Segundo David Royse, da University of Kentucky, a aprendizagem activa é
baseada nos seguintes princípios de ensino eficazes:
 Os alunos aprendem mais quando os incentivam a discutir, a reflectir e a
resolver os problemas;
 Os alunos tiram proveito das ocasiões para pôr em prática as suas ideias e
Conhecimentos do conteúdo juntamente com os colegas;
 Os alunos adquirem facilmente novos conhecimentos se estes estiverem
relacionados a experiências verídicas, exemplos pessoais e a noções já
aprendidas;
 Os alunos aprendem melhor quando efectuam tarefas autênticas que se
apoiam no que já sabem e alargam os conhecimentos;
 Os alunos aprendem mais quando tem um certo controlo sobre o que
aprendem e na forma como aprendem;
 As reacções repentinas são essenciais para uma aprendizagem eficaz;
 Os estilos de aprendizagem variam consideravelmente em cada turma; as
aulas magistrais tradicionais não servem para todos os alunos;
De facto, estudos demonstraram:
Que os alunos preferem estratégias que favorecem a aprendizagem
dinâmica em virtude das tradicionais aulas magistrais;

34
Que várias actividades de aprendizagem dinâmicas favorecem o domínio
do conteúdo da matéria parecido com aulas magistrais, mas favorecem
ainda mais a aquisição de capacidades de raciocínio e de redacção;
Que um número importante de particulares tem estilos de aprendizagens
favoráveis, devido a técnicas de ensino sem serem aulas magistrais, tal
como a aprendizagem dinâmica e a aprendizagem de colaboração.
A aprendizagem activa é menos focada na autoridade e mais cooperativa, o
professor serve de guia ou de facilitador em vez de especialista oficial. As
estratégias de aprendizagem dinâmicas significam que se deve abandonar um
pouco o controlo, correr riscos, dar aos alunos a liberdade de aprender de forma
independente, deixar os alunos crescerem e aceitar o facto que as actividades de
aprendizagem dinâmicas demoram mais e têm menos conteúdo que as aulas
magistrais. A aprendizagem dinâmica pode ser utilizada por grupos de diversos
tamanhos, porá alunos de vários níveis, por alunos do primeiro ano ou por
diplomados.

1.5.5 - Implementação de uma aula activa a partir do


tradicionalismo.
Se o facto de pensar em integrar actividades de aprendizagem activa nas suas
aulas o põe desconfortável, tente gradualmente. Poderá começar com uma aula a
90% magistral e com10% de aprendizagem dinâmica, e voltar progressivamente a
um equilíbrio, em função do seu grau de à vontade. Assegure-se que está a
adoptar técnicas de aprendizagens dinâmicas comam quais se sente à vontade;
são geralmente curtas, estruturadas, focadas num tema simples e alunos e
professor sentem-se familiares. Algumas técnicas de aprendizagem dinâmicas
exigem pouca preparação e podem ser realizadas espontaneamente, enquanto
outras exigem mais preparação e planificação.
Assegure-se, antes de executar uma actividade dinâmica, que explicou os
objectivos e as vantagens de qualquer tipo de actividade de aprendizagem
dinâmica. Isto dará aos alunos um contexto quanto à actividade e permitirá
ultrapassar a resistência das pessoas que têm o hábito das aulas magistrais, e

35
preferem a aprendizagem passiva ou que apreciam o anonimato das turmas de
maior dimensão.

1.5.6 - Como proceder uma aula activa


Perguntas;
Comece a sua aula colocando uma pergunta fascinante. De facto, poderá escrevê-
la no quadro ou afixá-la de uma outra forma, de maneira que os alunos possam lê-
la e começar a reflecti-la antes da aula. Trate a questão durante a aula e sirva-se
dela para uma discussão ou virar o assunto para temas semelhantes.
Reflexão sozinho, a dois, em conjunto;
Dê uma tarefa aos alunos (por exemplo, perguntas para responder, problema para
resolver). Peça-lhes que trabalhem sozinhos entre dois a cinco minutos (reflexão
sozinho). De seguida, peça-lhes para debaterem as suas ideias com um parceiro,
geralmente o aluno sentado ao lado, durante três a cinco minutos (reflexão a dois).
Enfim, peça a algumas equipas para exporem as ideias ao grupo (reflexão em
conjunto). Esta técnica foi utilizada com grupos de uma dezena a uma centena de
alunos.

Pausa na aula magistral;


È importante fazer uma pausa todos os 15 minutos numa aula magistral para dar
uma oportunidade aos alunos de completar os apontamentos, de aperfeiçoar os
apontamentos que tomaram até ao momento, de consultar os colegas da turma e
de colocar perguntas.

Perguntas de exames redigidas pelos alunos;


Reúne os alunos por grupos e solicite que reparem (em rascunho) perguntas de
exames. Esta técnica pode ser utilizar para revisões ou para preparar o exame
real. Esta actividade dá a oportunidade de tratar o material da aula de forma
dinâmica, de rever a matéria para o exame, preparar o exame e perceber de uma

36
forma mais adequada as dificuldades na redacção de perguntas de exames
concretos e válidos.

Esquemas conceptuais;
Solicite aos alunos para criarem representações visuais do conteúdo da aula.
Trata-se essencialmente de diagramas que mostram as ligações mentais entre
uma ideia ou um conceito principal e de outras ideias ou conceitos que os alunos
aprenderam. Uma das formas de criar um esquema conceptual é de desenhar
círculos que contêm os conceitos e de interligar os círculos com linhas (que
podemos anotar). Os esquemas podem estarem criados individualmente ou em
grupos, e podem ser apresentados, debatidos e criticados.

Interrogações formativas;
Submeta os alunos a breves interrogações para que se possam avaliar. Não se
deve dar notas por este tipo de interrogações; deverá debater respostas na aula
com o intuito que os alunos possam avaliar a compreensão do conteúdo da aula.

1.6 - IMPORTÂNCIA DO ESTUDO ACTIVO NA MELHORIA DA


QUALIDADE DE ENSINO EM ANGOLA
A implementação do estudo activo nas escolas do nosso país pode trazer
benefícios enormes na melhoria da qualidade do ensino.
Esta ilação deve-se ao facto da educação na reforma educativa possuir os
seguintes objectivos gerais:

 Formar um indivíduo capaz de compreender os problemas nacionais, regionais e


internacionais, de forma crítica e construtiva, para a sua participação activa na
vida social, a luz dos princípios democráticos.
 Promover o desenvolvimento da consciência pessoal e social dos
indivíduos em geral e da jovem geração em particular, o respeito pelos
valores e símbolos nacionais pela dignidade humana, pela tolerância e

37
cultura de paz a unidade nacional, a preservação do ambiente e a
consequente melhoria da qualidade de vida.
 Desenvolver harmoniosamente as capacidades físicas, intelectuais,
morais, cívicas, estéticas e laborais da jovem geração, de maneira
contínua e sistemática e elevar o seu nível científico, técnico e tecnológico,
a fim de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico do país.
 Em suma os objectivos da reforma educativa consistem em formar homens
capazes de construir activamente uma nova Angola.

Fazendo uma análise nos documentos da reforma, é notável a tendência de tornar


a escola uma instituição cada vez mais activa, apesar que na realidade o
tradicionalismo ainda vigora.
O sistema tradicional de ensino que ainda é vulgar em Angola, caracteriza-se
fundamentalmente pelo activismo do professor, transmissor e detentor do saber, e
o mero receptor passivo e reprodutor de conhecimentos que é o aluno, excluindo
totalmente a criatividade, o que tem consequências enormes actividades diárias
que este aluno e ao mesmo tempo cidadão efectua, isso implica dizer que a
passividade em termos intelectuais de alguns cidadãos angolanos deve -se
também a influência das escolas tradicionais que vigoram em Angola; o contrário
seria implementar uma escola activa onde o aluno construísse o seu próprio
conhecimento, tornava-se mais habilidoso e amaria cada vez mais a busca de
conhecimentos, isto poderá traduzir num cidadão activo, crítico e construtor de
uma sociedade mais justa e compatível com o século que nos encontramos.
No entanto, para que os objectivos da reforma educativa sejam totalmente
alcançados, é necessário que o estudo activo, consciente e criador seja
implementado nas escolas.
O intelectual passivo é produto da escola passiva (tradicional) e o homem
intelectual activo é produto da escola activa (nova), como diz Juan Amos
Comenius” O homem para ser homem no verdadeiro sentido necessita de ser
formado, e a escola fabrica homens”

38
CONCLUSÕES DO 1º CAPÍTULO
A abordagem teórica permitiu constatar que:

A aprendizagem não resulta apenas de necessidades e interesses internos da


criança, nem é um processo no qual as crianças escolhem o que querem fazer, é
antes um processo no qual elas vão desenvolvendo e modificando suas forças
físicas, e mentais por influências  de conhecimentos e actividades vindas de fora,
da experiência humana acumulada pelas gerações ao longo da história.

O estudo activo consiste, pois, de actividades dos alunos nas tarefas de


observação e compreensão de factos da vida diária ligados à matéria, no
comportamento de atenção à explicação do professor, na conversação entre
professor e alunos da classe, nos exercícios, no trabalho de discussão em grupo,
no estudo dirigido individual, nas tarefas de casa.
O trabalho docente somente é frutífero quando o ensino dos conhecimentos e dos
métodos de adquirir e aplicar conhecimentos se convertem em conhecimentos,
habilidades, capacidades e atitudes do aluno. O objectivo da escola e do professor
é formar pessoas inteligentes, aptas para desenvolver ao máximo possível suas
capacidades mentais, seja nas tarefas escolares, seja na vida prática através do
estudo das matérias de ensino.
Por tanto, É necessário reafirmar, que todo estudo activo é sempre precedido do
trabalho do professor: a incentivação para o estudo, a explicação da matéria, da
orientação sobre os procedimentos para resolver as tarefas e problemas, as
exigências quanto a precisão e profundidade do estudo, por outra é necessário
também, que o professor esteja atento para que o estudo activo seja forte para a
auto - satisfação para o aluno, de modo que sinta que ele está progredindo,
animando-se para as novas aprendizagem.

39
CAPÍTULO II. METODOLOGIA DE
PESQUISA

40
O II capítulo em destaque procede uma análise e a interpretação dos dados da
pesquisa feita por meio dos inquéritos

1. APRESENTAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS A PARTIR DOS


ALUNOS

PERCENTAGEM DOS ALUNOS QUE PARIT-


ICIPAM ACTIVAMENTE NA AULA

ALGUMAS VEZES
32%

SIM
68%

De acordo com os dados apresentados por este gráfico, mostra que a maioria dos
alunos, isto é, 68% participam activamente nas aulas, e a outra metade diz que só
alguns alunos participam activamente nas aulas, mostrando que não são todos
alunos que participam activamente nas aulas.

41
QUANTIDADE DE ALUNOS QUE
RESPONDERAM SOBRE A TRANSMISSÃO DOS
CONHECIMENTOS

A ALTURA DOS CILINDROS INDICA A EVOLUÇÃO QUANTITATIVA

83

17
0
S

S
TO

TO

TO
EN

EN

EN
M

IM

M
CI

CI
EC

NE
NH

NH

CO
CO

CO

OS
OS

OS

M
M

BE
BE

BE

M
M

ITE
ITE

ITE

M
SM

SM

NS
AN

AN

RA
TR

ST
TR
S

RE
ÃO
RE

O
SO

SN

SS
ES

FE
RE
OF

RO
SO
PR

P
ES

NS
OF

GU
PR

AL

Sobre a transmissão dos conhecimentos por parte dos professores, os alunos


afirmaram que os professores na sua maioria, isto é, 83 alunos na totalidade de
100 transmitem bem os conhecimentos, e apenas 17 alunos afirmam que só
alguns professores transmitem bem os conhecimentos. Portanto, nenhum deles
afirmou que os professores não transmitem bem os conhecimentos.

42
ORIENTAÇÃO DE TRABALHOS EM GRUPO

71%

29%

0%

SIM 71 NÃO 0 ÀS VEZES 29

No que tange a realização dos trabalhos em grupo, 71 alunos afirmaram que os


professores orientam com regularidade trabalhos em grupo e por sua vez 29
alunos dizem que as vezes os professores orientam trabalhos em grupo.

43
ORIENTAÇÃO DE TABALHOS INDIVIDUAIS
OS PROFESSORES ORIENTAM OS PROFESSORE NÃO ORIENTAM
ALGUNS PROFESSORES ORIENTAM

39%

61%

Já no que concerne as orientações dos trabalhos individuais que são requisitos


muito importantes para tornar os alunos activos, notou-se um parcial equilíbrio nas
respostas dos alunos, isto é, 61 alunos afirmaram que os professores orientam
constantemente os trabalhos individuais e 39 alunos dizem que alguns
professores orientam trabalhos individuais e nenhum deles diz que o professor
não orienta trabalhos individuais.

44
ESTATÍSTICAS DOS PROFESSORES QUE DÃO
OPURTUNIDADE AOS ALUNOS DE
PARTICIPAREM NA AULA ENTRE OS SETE QUE
TÊM

Coluna2

30
24

18

14

4 5

5
R
SO

S
RE

S
ES

RE
SO

S
OF

RE
SO

S
ES

RE
PR

SO

S
ES
OF

RE
SO

S
ES
1

OF

RE
PR

SO
ES
OF
PR

SO
ES
OF
2

PR

ES
OF
3

PR

OF
4

PR
5

PR
6

No que diz respeito as oportunidades que os professores dão aos alunos para
participar activamente nas aulas entre os 7 que têm, 4 alunos afirmam que só 1
professor é que dá a oportunidade de participar nas aulas, 5 alunos afirmaram que
só 2 professores é que dão a oportunidade de participar nas aulas, 24 alunos
dizem que 3 professores, 18 alunos dizem que 4 professores, 14 alunos dizem
que 5 professore, 30 alunos dizem que 6 professores e 5 alunos dizem que todos
os professores dão a oportunidade de participar activamente nas aulas.

45
RELAÇÃO PROFESSORES E ALUNOS
BOA MÁ RAZOÁVEL

38%

61%

1%

Um dos requisitos fundamentais para que os alunos amem a cadeira de um


professor é ter uma relação saudável com o mesmo. Esta foi uma questão que
feita ao longo da nossa pesquisa; e as afirmações que correspondem as
respostas, mostram que só um aluno disse que a relação com os professores é
má, trinta e oito alunos afirmaram que têm uma relação razoável e sessenta e um
alunos afirmram que têm uma boa relação com os professores.

46
Quais são os instrumentos Quantidade das respostas Quantidade das respostas
que os professores utilizam em números em percentagem
nas aulas?
Computador 0 0%
Data show 0 0%
Não utiliza 100 100%
Total 100 100%

A escola tem biblioteca? Quantidade das respostas Quantidade das respostas


em números em percentagem
Sim 0 0%

Não 0 0%
Total 100 100%

2. Dificuldades que os alunos encontram na aprendizagem.


 Não estudo muito e não faço trabalhos de casa;
 O professor explica pouco;
 O que o professor diz eu não entendo;
 A vergonha de expressar e a ausência da biblioteca;
 Dificuldades em Língua Portuguesa;
 Medo de ser rejeitado, não me sinto a vontade;
 Dificuldades em Matemática e em Inglês;
 Fica distraído, penso noutras coisas perde noites;
 Alguns professores acham-se superiores e não aceitam as opiniões;
 Alguns professores não explicam bem;
 Vergonha de falar;
 Não levam dúvidas em casa;
 Pouca atenção dos pais:
 Não estudo constantemente;
 A cadeira da informática é só teoria;
 Alguns professores não permitem debates na aula;

47
 Assimilo pouco;
 Dificuldades nas avaliações orais;
 Pouca capacidade de interpretação;
 Vêem a fome a escola;
 Atrasos constantes;
 Ausência da internet.

3. Requisitos de um aluno participativo


 Pergunta e dá opinião diferente do professor;
 Quando entende conteúdo;
 Quando presta atenção e faz perguntas;
 Expõe as dúvidas se empenha nos estudos participam nas actividades
extras da escola;
 É voluntário e respeita as opiniões dos outros;
 É disciplinado;
 Escuta e responde as questões;
 Chega cedo e revisa a matéria;
 Ajuda os outros colegas;
 Pontual;
 Relação saudável com os professores.

48
4- APRESENTAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS A PARTIR DOS
PROFESSORES

PARTICIPAÇÃO ACTIVA DOS ALUNOS NAS AULAS


CATORZE PROFESSORES FORAM INQUERIDOS

Coluna1
12

2
0
SIM
NÃO
ALGUNS

Com uma intenção subjectiva de confrontar as respostas dos professores e as dos


alunos, elaborou-se uma questão semelhante para ambos. Enquanto para os
alunos questionou-se, se têm participado nas aulas, aos professores perguntou-se
se os alunos participam activamente nas aulas.

A resposta foi diferenciada, uma vez que só dois professores disseram que (sim)
os alunos participam activamente nas aulas, e a maioria isto é, os restantes doze
professores disseram que alguns alunos participam activamente nas aulas.

49
ALUNOS APRESENTAM CRIATIVIDADE
14

12

10

8
Coluna1
APRESENTAM
ESCALA DE 0-14, A RESPOSTA MAIOR ATINGIU 12

ALGUNS APR.
6 12

1 1
0
SIM NÃO ALGUNS

O EIXO INDICA AS DIFERENÇAS QUANTITATIVAS

Com o intuito de saber se os alunos apresentam criatividade nas suas aulas, fez-
se esta pergunta aos professores, e as respostas é que um professor afirmou que
os alunos são criativos, também um professor afirmou que os alunos não são
criativos e doze professores afirmaram que alguns alunos são criativos.

50
SUJEITO QUE REVISA A AULA ANTERIOR

OS NÚMEROS INDICAM A
QUANTIDADES DE PRO-
FESSORES
7

AMBOS PROFESSOR ALUNOS

Sobre a questão de quem revisa a aula verificou-se que existe um equilíbrio nas
respostas, isto é, um professor diz que tanto o professor como o aluno revisam a
aula anterior, seis professores disseram que são os professores que têm revisado
as aulas e sete professores disseram que são os seus alunos que revisam as
aulas anteriores.

51
1-A questão que aborda sobre os métodos que utilizas para leccionar as suas
aulas, notou-se uma convergência e pouca profundidade.

Unindo as respostas dos professores, é que os mesmos utilizam os métodos


Expositivo, a Elaboração Conjunta e a Explicação sem nenhum deles acrescentar
uma outra técnica ou procedimentos.

1- Sobre a questão como tem sido predominante a aula, verificou-se uma


variação de interpretação e consequentemente de respostas, resumindo-se
no seguinte:
 A aula é predominada pela transmissão de conhecimentos;
 Uma aula viva e centrada no aluno;
 Os alunos não participam como desejava;
 Não permite que o aluno fale muito para evitar falta de respeito.

2- Sobre a questão o que fazes para motivar a aula, os professores


responderam o seguinte:
 Motivar os alunos;
 Fazer opinar em relação a aula;
 Provocar um debate; para o aluno participar;
 Procurar interacção entre professor e alunos;
 Buscar sempre exemplos práticos;
 Mudar os métodos.

52
CONCLUSÕES DO II CAPITULO.

Assim sendo, depois da elaboração dos inquéritos, assim como a sua aplicação
aos alunos e aos professores chegou-se a conclusão de que um estudo activo,
criador e consciente não é muito patente porque os alunos não participam
activamente nas aulas por falta de alguns meios didácticos, como é o caso do
computador que dá acesso á internet, por outra a falta de uma cultura de
investigação ou seja a instituição não possui biblioteca, também não há uma
abertura por parte dos professores para que os alunos tenham a liberdade de
exprimirem as suas ideias, para que o estudo activo consciente e criador seja
credível.

Contudo, a análise feita a partir dos dados obtidos dos inquéritos, as estratégias
propostas poderão de forma unânime tornar o estudo activo, consciente e criador
eficaz, significa dizer que a metodologia empregue é aceitável para a melhoria de
ensino na escola do II Ciclo Dr. António Agostinho Neto.

53
CAPÍTULO III: ESTRATÉ GIA
METODOLÓ GICA

54
3.1. Fundamentação das estratégias

A presente estratégia foi elaborada posteriormente ao diagnóstico e as


informações obtidas a partir dos inquéritos feitos aos alunos e aos professores da
escola do II ciclo do ensino secundário Dr. Agostinho Neto no Município do
Tômbwa.

Durante o diagnóstico constatou-se algumas debilidades nos pormenores que


proporcionam um processo de Ensino-aprendizagem de qualidade nomeadamente
a persistência dos professores na aplicação dos métodos tradicionais, a
persistência em fazer somente avaliações sumativas (prova do professor e
escola), a ausência de orientações de trabalhos em grupos, ausência de biblioteca
na escola, a falta de utilização de meios audiovisuais como computador e data
show, a debilidade na promoção de participação dos alunos na aula. Essas
debilidades fizeram com que analisemos minuciosamente o mesmo diagnóstico e
elaborar as referidas propostas.

Portanto, as estratégias não foram feitas de forma específica em função de cada


cadeira, mas de uma forma geral baseando-se em todas as cadeiras que formam
aquela classe e especialidade.

3.2 - Premissas

É bem vulgar a existência de professores despidos de metodologias de Ensino,


fundamentalmente os modernos, alguns por ignorância, outros por não terem uma
agregação pedagógica ou seja, são provenientes de instituições que não formam
docentes, por isso é necessário que haja cooperação entre todos os docentes que
formam uma escola, cada um deve transmitir os seus conhecimentos quer em
torno metodológico como científico, como por exemplo de informar aos outros
sobre os métodos mais produtivos, e as maneiras de como os alunos aprendem
melhor, e quais os conteúdos que devem ser dados.

55
Os alunos como agentes do processo de Ensino-Aprendizagem devem ser
sensibilizados para participarem activamente nas aulas para que se sintam
elementos activos no Processo de Ensino e aprendizagem, podendo assim
construir o seu próprio conhecimento, informando também que a maior
participação tem impacto na sua melhor aprendizagem.

3.3 - Etapas

É do nosso conhecimento que a escola em epígrafe tem realizado regularmente


os seminários no final de cada mês e no princípio de cada trimestre, neste caso
pensa-se em aplica-las nas seguintes fases:

- Aproveitar um ou dois dias no princípio e no último trimestre para a realização de


um seminário;

- Distribuir antecipadamente os materiais das propostas e debate-los no final de


cada mês em que esta previsto o seminário;

- Voltar a debater a mesma proposta no ano seguinte.

3.4 - Requisitos

Os requisitos para que as propostas em epígrafe sejam um facto são:

 Domínio da informática por parte dos professores, para que possam


actualizar os seus conhecimentos e assim poderem orientar melhor os trabalhos
em grupos assim como individuais;
 Domínio da informática por parte dos alunos, para que estes possam ser
mais independentes na realização dos seus trabalhos e com maior capacidade de
investigar;
 Conhecer e aplicar os métodos activos;

56
 Reconhecer o valor das avaliações formativas para promover o estudo
constante por parte dos alunos;
 O professor deve tomar consciência de que a boa relação entre pares
educativos é um triunfo para uma boa aprendizagem, neste caso o professor deve
promover esta relação entre professor e alunos;
 Criação de uma biblioteca na escola.

Após o diagnóstico feito na escola do II Ciclo Doutor Agostinho Neto, localizado no


Município do Tômbwa, especificamente na 10ª classe do curso de Ciências
Humanas, tendo como tema a estratégias pedagógicas do processo de ensino -
aprendizagem, e tendo em conta as informações extraídas a partir dos
professores e alunos; o grupo elaborou as seguintes estratégias metodológicas:

1-Impacto do trabalho individual e em grupo na construção de um estudo activo,


consciente e criador;

2-Importância da avaliação formativa na promoção do estudo, activo consciente e


criador;

3-Valor da motivação no processo de ensino e aprendizagem;

4-Promoção da interação saudável entre pares educativos;

5- Aplicação de Métodos que proporcionam o estudo activo;

6- Impacto da implementação dos meios audiovisuais para dinamizar o processo


docente educativo.

57
ABORDAGEM DETALHADA DE CADA ESTRATÉGIA

3.5. IMPACTO DO TRABALHO INDIVIDUAL E EM GRUPO PARA O ESTUDO


ACTIVO, CONSCIENTE E CRIADOR

3.5.1- Eficácia da orientação dos trabalhos individuais na produção de


alunos investigadores.

A autonomia dada ao aluno, pode ser entendida, também, como uma forma de
possibilitar-lhe a construção do conhecimento e da cidadania, individual e
colectivamente.

A determinação do tempo para realização das suas actividades de estudo, confere


ao aluno vantagens, dentre as quais, a possibilidade de compatibilizar o horário de
estudo com os horários de trabalho, de lazer e para solucionar problemas
pessoais ou familiares, inclusive, podendo utilizar os dias de domingo e os dias
feriados.

Portanto, é fundamental compreender a flexibilização do espaço e do tempo na


modalidade de trabalhos individuais, como uma forma de conferir ao aluno,
condições de acordo com as suas necessidades e características pessoais para
imprimir o seu ritmo de estudo e adquirir conhecimento formal no local e no tempo
que ele julgar mais adequado.

Esta consulta, longe de ser encarada como algo negativo, deve ser percebida
como a possibilidade concreta de se examinar a evolução individual da
aprendizagem do aluno consoante com a evolução colectiva do grupo de alunos.
Pode ser acrescentado a este facto, a ampliação do conhecimento de forma
colectiva, onde uma extraordinária teia de conhecimentos sobre determinado
conteúdo pode ser construída.

58
A incumbência de trabalhos individuais, exige adequação e controle, exige,
sobretudo, o acompanhamento contínuo e, portanto, um diálogo constante entre o
professor e o aluno e uma avaliação contínua imprescindível.
O processo de ensino deve ser voltado para uma aprendizagem como actividade
individual, utilizando-se, porém, de uma interface colectiva e colaborativa entre os
alunos. Perceber o nível de interação existente entre os alunos e os professores,
na qual exista o respeito e entendimento é um critério importante em qualquer
processo de avaliação que determina o padrão de qualidade de um curso de
ensino.

3.6. TRABALHO EM GRUPO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM


ACTIVO.

Quem acha que o papel do professor é só "passar" conhecimentos talvez vê a


aprendizagem activa e interactiva como um devaneio teórico ou como ilusões de
certas propostas pedagógicas. Isso, na prática, reduz o ensino à instrução
individual em massa, quando as classes não são colectivos de trabalho
cooperativo. Essa visão leva a uma prática em que só o professor tem a palavra e
a interação dos estudantes é desprezada. Por isso, as turmas são simplesmente
reunidas - não se pensa em construí-las. Atitudes dessa natureza, aliás, têm o
respaldo de famílias que vêem um convite à diversão quando se abre espaço à
participação dos filhos.

Para isso, cabe ao professor actuar com seus colegas e com a coordenação
pedagógica, aliás, com a mesma dinâmica que pretende propor em sala de aula.
Além de se perguntar "de que forma a actividade em grupo melhora o ensino da
minha disciplina?", é necessário formular outra: "De que forma minha disciplina
pode promover nos grupos a aprendizagem cooperativa?" Sim, é possível também
ter a disciplina a serviço dessa formação colectiva e não apenas o inverso.

O trabalho em grupo é uma oportunidade de construir colectivamente o


conhecimento. "Por meio dessa prática, o aluno se relaciona de modo diferente
com o saber. É um momento de troca, em que a criança ou adolescente se depara
59
com diferentes percepções", explica Stella Galli Mercadante, directora de ensino
fundamental do Colégio Vera Cruz, em São Paulo. Não é de hoje que os
educadores valorizam o trabalho em grupo como estratégia importante para o
aprendizado. Os estudos sobre desenvolvimento intelectual do psicólogo bielo-
russo Lev Vygotsky, no início do século XX, atribuíram um papel preponderante
às relações interpessoais no processo de aquisição do conhecimento. "Ao longo
do século passado, pensadores como Piaget, Vigotsky e Paulo Freire mostraram
que a aprendizagem depende de uma acção de mão dupla. E essa interação não
se resolve pela mera passividade", diz Luís Carlos de Menezes, educador da
Universidade de São Paulo.

Daí a importância do trabalho em grupo, dentro e fora da sala de aula.


Trabalhando por equipa, o estudante exercita uma série de habilidades. Ao
mesmo tempo em que estuda o conteúdo das disciplinas, ele aprende a escolher,
a avaliar e a decidir. Nesse tipo de tarefa, treina-se a capacidade de ouvir e
respeitar opiniões diferentes. A lista ainda inclui saber argumentar e dividir
tarefas - competências essenciais para a vida adulta.

Ao crescer, o jovem vai ter de conviver com pessoas diferentes dele, e o preparo
para vida depende de saber se comunicar, ouvir, respeitar interlocutores e isso só
se aprende fazendo,
Se a prática é aplicada nos anos iniciais da escola, as crianças aprendem a
trabalhar colectivamente e a escutar seus pares desde cedo. Assim, desenvolvem
sua autonomia. "Trabalhos em grupo começam a partir do ensino primário,
estendendo-se até aos níveis mais superiores. Para ser proveitoso, esse tipo de
tarefa pede estratégias adequadas para cada faixa etária, além de planificar. "O
professor deve saber qual é o objectivo do trabalho e, em função disso, dar
orientações e propor o tipo de grupo. Terminada a actividade, deve fazer uma
avaliação", afirma Stella Galli (2009:35), do Vera Cruz. Ela defende que o trabalho
em grupo deve acompanhar outros tipos de tarefas, como produções individuais.
"Cada actividade tem um objectivo distinto. Os alunos podem redigir em dupla ou
em trio, mas têm de trabalhar individualmente também”. O trabalho individual é

60
apropriado quando a actividade serve para avaliar o grau de aprendizagem do
aluno ou se o professor quer que o aluno faça uma actividade direccionada ao seu
grau de aprendizagem específico, já que nesse caso o estudante pode consultar
apenas seu próprio repertório. O trabalho em grupo, por sua vez, é mais adequado
quando a temática é abrangente, o que exige divisão de tarefas e problematização
dos debates que o grupo realiza sob a orientação do professor de um determinado
assunto.
Resumidamente, o trabalho em grupo apresenta as seguintes vantagens:

1. Reunir pessoas diferentes;


2. Dividir e planificar tarefas;
3. Aprender a argumentar;
4. Ouvir a opinião dos outros;
5. Respeitar e ser tolerante;
6. Dar espaço para todos;
7. Reflectir;
8. Lidar com os problemas (e resolvê-los);
9. Treinar para a vida adulta e para a vida em sociedade;
10. Aumentar a autocrítica.

3.7. IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO FORMATIVA NA PROMOÇÃO DO


ESTUDO ACTIVO, CONSCIENTE E CRIADOR

Aquando das interpretações da pergunta do inquérito que abordava sobre a


realização constante das avaliações formativas, verificou-se que os professores
das turmas inqueridas não fazem avaliações como devem, o que contribui em
parte para inibição de um estudo activo por parte dos seus alunos, uma vez que
os alunos só criam gosto pelo estudo estudando. Se não se fazer avaliações
constantes, ou esperar apenas as sumativas os alunos vão manter a cultura de
estudar no final do trimestre, tornando-se preguiçosos e sem amor ao estudo e
investigação.

61
A avaliação formativa é o meio pelo qual o professor obtém como redistribui
informações captadas sobre o acompanhamento das aprendizagens dos alunos.
Este tipo de avaliação favorece o desenvolvimento de competências e habilidades
dos alunos quando bem internalizada. E é por este facto que “ todas as
actividades avaliativas concorrem para o desenvolvimento intelectual, social, moral
dos alunos, e visam diagnosticar como a escola e o professor estão contribuindo
para isso” LIBÂNEO, (1990:201).

Desta feita, é importante não perder de vista que, o aluno constitui-se no centro
das acções pedagógicas e todas as vezes que ele é acompanhado
sistematicamente também é redireccionada a sua marcha e o professor também
procura certificar-se da sua prestação na sala de aula com vista a aferir resultados
que proporcionam um aprendizado eficiente.

Desta feita, importa que o professor olhe para o aluno como uma unidade, um
todo e não apenas como um ser que precisa ser trabalhado, precisa trabalhar ou
deve ser valorizado na dimensão intelectual, mas que a sua valorização
compreenda também outros aspectos que o potencializam como cidadão
socialmente útil. E ali também repousa uma das vantagens da avaliação formativa.
Nesta perspectiva, Broadfoot diz que: “Uma avaliação formativa bem
compreendida, ou seja compreender a sua finalidade, as suas características
concorre para vantagens consideráveis no processo de ensino-aprendizagem”. É
óbvio que a essência do exercício da prática da avaliação formativa nalgumas
escolas, do ponto de vista realístico, ainda observa algumas rejeições. Talvez,
pelo facto de ser uma actividade ainda nova e que está a ser internalizada com
alguma timidez, ou talvez pelo facto das directrizes da escola apontarem mais
para uma avaliação classificatória ou ainda porque o professor carece de mais
prática (formação docente) para compreender melhor o processo avaliativo
formativo. Também se pode conjecturar que muitos professores ainda não estão
em condições de conviver com a prática da avaliação formativa atendendo as

62
características das salas de aula. Isto é, salas abarrotadas de alunos e uma
elevada carga horária do professor.

As implicações a identificar ou identificáveis, fundamentalmente no aluno, advêm


de um processo programado de ensino integrado pela avaliação mediadora das
actividades educativas.

Assim, compreende-se que as implicações psico-social, cognitiva,


comportamental, afectiva resultam da conjugação dos objectivos gerais e
específicos focalizados em acto preciso do processo de ensino-aprendizagem. Isto
é, os objectivos gerais estão voltados aos desígnios mais alargados da escola e
do ensino com base na realidade social considerando o desenvolvimento
multidimensional do aluno (LIBÂNEO, 1990:121).

Sendo a avaliação formativa uma prática do dia-a-dia na prática de ensino e por


colocar o aluno no centro das atenções, esta modalidade de avaliação tem
repercussões em várias dimensões, por exemplo, na psico-social, cognitiva,
comportamental, afectivo da vida dos actores do processo pedagógico. É sobre
estas implicações incidentes no aluno que se pretende compreender e reflectir no
âmbito do processo de ensino-aprendizagem.

3.7.1- Implicação psicossocial


Não é característico a avaliação formativa, quando bem interpretada, trazer
implicações negativas do ponto de vista psicológico quanto social. A magnitude
deste tipo de avaliação está interessada na maximização da aprendizagem do
aluno porque ela não se confunde com a atribuição de notas, muito menos com o
carácter excludente.

Mas, também admite-se que o ambiente do processo avaliativo na sala de aula


pode tornar-se turvo e baixar os níveis de motivação no seio dos alunos,
mormente quando o professor permite ou contribui consciente ou

63
inconscientemente para que haja na sala de aula um clima de competição ou
descriminação face ao desempenho dos próprios alunos.

Quando os alunos recebem o devido acompanhamento pelos respectivos


professores no âmbito da avaliação formativa percebe-se haver uma performance
nas suas actividades. Porém, a repercussão social não é visível logo na primeira
instância ou nem sempre é visível como tal, tudo porque a sociedade está
habituada a considerar o bom aluno aquele que exibe um documento burocrático
com notas brilhantes ou adequadas as necessidades exigíveis.

3.7.2. Implicação cognitiva

As actividades avaliativas no cômputo geral concorrem para o desenvolvimento do


aluno e assinalando este particular, implicação cognitiva, refira-se que ela é
conduzida de acordo aos preceitos permeáveis ao desenvolvimento das
capacidades intelectuais, como por exemplo as tarefas didácticas: Verificação,
qualificação e apreciação qualitativa, como as funções tornando os alunos
fortalecidos no seu desempenho intelectual.

Os professores devem estar muitos atentos para proporcionarem aos seus alunos
um impacto positivo neste domínio. De acordo com o Libâneo (1990:200) “ os
professores muitas vezes têm dificuldades em avaliar resultados mais importantes
do processo de ensino, como a compreensão, a originalidade, a capacidade de
resolver problemas, a capacidade de fazer relações entre factos e ideias”. A ser
assim, fica de longe desenvolver capacidades intelectuais nos alunos. O professor
não pode duvidar das suas competências, nem do que pode proporcionar para o
engrandecimento do processo avaliativo.
O impacto cognitivo envolve apossar-se e desenvolver conhecimentos como
habilidades intelectuais. E ressalta-se que, as escolas normalmente colocam

64
ênfase ao aspecto cognitivo sobretudo quando se trata de exames de selecção ou
classificação (DÌAZ BORDENAVE & PEREIRA, 2008:270).
Denota-se obviamente, o significado a ser destacado na implicação cognitiva no
processo avaliativo. E mais uma vez, o professor é instigado a um empenhamento
pessoal e a desafiar os alunos na motivação com vista a mobilizarem vontades no
desenvolvimento e aquisição de competências e habilidades intelectuais
desejáveis.

3.7.3. Implicação comportamental

A implicação comportamental da avaliação formativa no seio dos alunos tem a ver


com o facto de esta despoletar maior ou menor motivação na aprendizagem nos
alunos, mediante ao papel desempenhado fundamentalmente pelo professor. E
nesta senda, recupera-se as palavras de Libâneo, segundo as quais, “ por mais
que o professor se empenhe na motivação interna dos alunos, nem sempre
conseguirá deles o desejo espontâneo para o estudo. Os alunos precisam de
estimulação externa, precisam de sentir-se desafiados” (1990:200). Este desafio
não é simplesmente tarefa do professor, como também de outros promotores do
processo de ensino-aprendizagem.

3.7.4. Implicação afectiva

A implicação afectiva no processo de avaliação encerra várias dimensões do


comportamento dos alunos e professores como no respeito entre colegas, entre
alunos e professores e vice-versa, como também no desenvolvimento de um
espírito altruísta.
Tendo em conta as considerações de Bordenave e Pereira (2008:270),
comummente a implicação ou impacto afectivo proporciona o desenvolvimento e
valorização de atitudes, ideias, interesses, valores. Ademais, os objectivos

65
vincados na área afectiva dos alunos desencadeiam nos alunos acções atinentes
ao gosto pela leitura, interesse pela pesquisa, interesse na intervenção dos
problemas envolventes ou sociais.
Ainda, pelo que se pode aferir do autor acima referenciado “ as diferentes
categorias de comportamentos em cada área dão ao professor as coordenadas
para a afixação dos objectivos de sua acção docente. Ao construir um instrumento
de medida dos objectivos fixados, o professor seleccionará estes objectivos com
precisão e eficiência.”

3.8 - VALOR DA MOTIVAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO- APRENDIZAGEM

A motivação consiste em apresentar á alguém estimulo e incentivo, que lhe


favoreçam determinado tipo de conduta. No sentido didáctico, consiste em
oferecer aos alunos incentivos e estímulos apropriados para tornar a
aprendizagem mais eficiente.

A motivação não deve ser um aspecto necessário apenas para os alunos, é


preciso que os professores também estejam motivados, pois, do contrário será
muito difícil que este consiga atrair a atenção dos alunos, fazendo com estes
sintam entusiasmo e interesses em realizar tarefas. A motivação é um dos
aspectos mais importantes para que o professor consiga atingir seu objectivo
maior fazer com que consigam aprender e desenvolver ao máximo suas
capacidades em todos âmbitos.

Segundo Haidt( 2003:75), para que haja aprendizagem efectiva e duradoura é


preciso que existam propósitos definidos e auto-atividade reflexiva dos alunos.
Assim, a autêntica aprendizagem ocorre quando o aluno está interessado e se
mostra empenho em aprender,isto é, está motivado. É a motivação o interior do
aluno que impulsiona e vitaliza o acto de estudar e aprender. Dai a importância da
motivaçâo no processo de ensino-aprendizagem.

Para incentivar os alunos a estudar e aprender, o professor utiliza recursos ou


procedimentos incentivadores. Esses recursos devem ser usados não apenas no

66
inicio da aula, mas em todo o decorrer dela. Motivos e incentivos são importantes
em todas as fases da aprendizagem, e não somente em seu momento inicial. Há
muitos professores que só se preocupam com a incentivaçao no inicio da
actividade, sem se lembrar de que esta tem de ser reforçada no decorrer de todo o
processo a fim de que a motivação não decresça a ponto de até se extinguir.

Por tanto, precisa haver uma união entre alunos e professores, mas não só entre
eles, também a familia e a sociedade têm que participar dessa relação, estimular e
incentivar para que todos tenham sucesso na aprendizagem, o professor em
ensinar e o aluno e aprender, pois, toda a sociedade tem a ganhar.

O professor deve utilizar as estratégias que permitam ao aluno integrar


conhecimentos novos, utilizando para tal métodos adequados e um currículo bem
estruturado, não esquecendo do papel fundamental que a motivação apresenta.
As técnicas de incentivo que buscam os motivos para o aluno se tornar motivado,
proporcionam uma aula mais efectiva por parte do docente, pois ensinar está
relacionado à comunicação.

Após ter realizado a pesquisa e obtido as respostas, foi possível verificar que o
professor pode motivar os seus alunos, mas para que esta motivação ocorra, não
dependerá só dele, o aluno terá que contribuir, ou seja, sentir necessidade de
aprender, assim ele será motivado de forma intrínseca, nesse caso o incentivo
será despertado diante de uma novidade que os deixarão curiosos, levando-os a
uma investigação, assim os alunos estarão construindo o seu próprio
conhecimento. Se eles forem motivados extrinsecamente, não construirão nenhum
conhecimento, apenas estarão recebendo novas informações.

Pois a motivação é a base de tudo dentro da sala de aula, caso contrário não
ocorre aprendizagem. Nossa investigação levou-nos a entender que a motivação
interfere muito na aprendizagem, é a base de tudo. Só haverá aprendizagem sem
a interferência da motivação se for de forma mecânica, ou seja, fazer um depósito

67
de novas informações no aluno, antes que ele tenha formado uma associação de
conceitos existente na estrutura cognitiva.
Para motivar o processo de ensino-aprendizagem, o professor deverá criar
condições para que o aluno desperte interesse pelo aprendizado, ou seja,
apresentar incentivos que despertem no educando certos motivos que levarão ao
aprendizado. “Os motivos são uma força interna que está dentro de cada um de
nós, só que adormecidos pertence a nossa personalidade”. (BARROS, 1995:112)

Para despertar esse motivo necessitamos de um incentivo que é uma força


externa que nos levará a despertar os motivos. Esse motivo que vem de dentro
para fora, recebe o nome de motivação intrínseca (interna). Nesse caso
aprendizagem se dá quando os alunos são colocados diante de problemas reais,
os motivos surgirão de si, os quais vão despertar interesse e curiosidade para
levá-los a observar ou investigar porque determinadas coisas agem e são de tal
forma.
Numa perspectiva comportamentalista há professores que procuram incentivar
seus alunos por meio de notas, prémios, censura, elogios, etc. Para estarem
motivando-os a estudarem. Esse tipo de motivação recebe o nome de motivação
extrínseca (externa) que é aquela que vem em consequência da actividade
aplicada ao aluno.
O professor tem que estar motivando a criança, ao usar esse tipo de incentivo o
professor precisa tomar cuidado, pois de acordo com a psicóloga Lucélia M.
Brandão Garbelini “nem o elogio nem a censura podem ser explorados de forma
acentuada; o ideal é manter o equilíbrio. O excesso de censura desmotiva, mas
por outro lado, o excesso de elogio soa falso, mecânico. Porém, sem dúvida o
elogio é mais positivo”.

68
3.8.1. AS POSSÍVEIS CAUSAS DA DESMOTIVAÇÃO

A maneira de o professor aplicar o conteúdo leva o aluno a desmotivação. Um


Professor tem que ter firmeza em suas palavras mostrar-se seguro e apresentar
conteúdo adequado à realidade de seus alunos.
O professor não pode ser do tipo muito liberal, isto é, desviar da disciplina e ficar
falando de outros assuntos que não tem nada a ver com o conteúdo a ser
ministrado, isso leva a desmotivação. Por outro lado o professor que é centrado no
controle leva os alunos a diminuírem a motivação.
Com a realização desta pesquisa, foi possível analisar que o primeiro passo a ser
dado para estar motivar os alunos a aprenderem, é despertar neles o incentivo
que fica adormecido no interior de cada educando. Esse incentivo faz parte da
personalidade de cada indivíduo dentro da sala de aula.
Para que este incentivo nasça, os professores usam vários métodos como elogio,
censura, notas, prémios, etc., para fazer com que o aluno se esforce durante a
realização dos trabalhos em sala de aula ou nas tarefas. Neste caso o professor
estará motivar o aluno extrinsecamente, ou seja, não passará de uma atenção
momentânea forçada pelos professores da perspectiva comportamentalista. Ao
usar este incentivo os alunos não construirão nenhum Conhecimento.
Nos dias de hoje recomenda-se que o professor transforme o trabalho escolar em
incentivo, despertando, nos alunos, certos motivos, tais como: o desejo de adquirir
novas experiência, que leve-os a construir seu próprio conhecimento, neste caso o
aluno estará aprendendo a aprender.

3.9- PROMOÇÃO DA INTERACÇÃO SAUDÁVEL ENTRE PARES EDUCATIVOS

Quando o assunto é educar, acredita-se que a interacção é um dos


factores essenciais, e em se tratando do Ensino Virtual, a interacção se torna
ainda mais importante para o sucesso do processo de ensino aprendizagem.
Interagir, seja com o professor, seja com os colegas ou alunos; não significa
apenas responder às portagens realizadas. Nesse processo de interacção o mais

69
importante é responder as actividades e dúvidas de forma reflexiva, articulada, à
discussão em pauta.

É imprescindível que o aluno obtenha uma resposta coesa, convincente, alinhada


com conhecimentos de acordo com o assunto ou dúvida em questão.
As respostas não devem ser monossilábicas, Deve ter muito cuidado ao redigir os
textos (respostas), evitar os erros ortográficos e de concordância no momento de
digitação.

É de suma importância que o professor propicie momentos permanentes de


diálogo, sabendo ouvir e sempre estabelecer um contacto profissional, porém com
afectividade e respeito às individualidades de cada aluno, “vendo” que por trás
daquela “tela de computador ”-hardware há um ser humano pensante dotado de
valores, capaz! Dotado de habilidades e competências,  que precisa ter suas
particularidades respeitadas sentir-se seguro bem como confiante diante da
interacção que se estabelece entre o professor e aluno, afim de que o educando
possa buscar melhorias na qualidade de vida, de participação de tomada de
consciência e de elaboração dos próprios projectos.
Segue abaixo mais informações que um Professor deve procurar seguir a fim de
estabelecer uma interacção de qualidade e harmoniosa com o seu aluno.

3.9.1- Principais actividades desenvolvidas pelo professor

● Interagir com alunos, professores presenciais e professores a distância por


mensagens relacionadas aos processos, tais como descrições sobre a ordem das
actividades, pedidos de envio de tarefas realizadas, orientações quando alunos se
mostram confusos a respeito dos próximos passos e indicações sobre como a
turma deve se organizar, dentre outros.

70
● Propiciar dicas técnicas tais como orientações sobre o uso de softwares,
hardwares, como enviar arquivos anexos, formatação de textos ou imagens e
acesso a sites, dentre outros.

● Orientar quanto ao comportamento esperado dos alunos, informando sobre


código de conduta, directrizes contra plágios, palavreado indevido e regras de boa
convivência nas relações mediadas pela internet ou e-mails.

● Esclarecer dúvidas, questionamentos, sugestões e observações dadas por


alunos e professores sobre actividades ou materiais didáctilos disponibilizados.

● Usar exemplos para estimular a discussão, sem tornar o ambiente virtual de


aprendizagem num consultório de terapia, mas capaz de humanizar as relações.

● Ser amigável, educado, profissional e atencioso nas interacções.

● Dialogar com uma variedade de alunos e não se concentrar em apenas um


grupo ou indivíduo.

● Elaborar novidades a partir da participação dos alunos e acrescentar outros


estímulos à discussão sempre que possível.

● Manter a turma focada nos objectivos de aprendizagem propostos, sem abrir


mão da empatia.

● Emitir comentários específicos, detalhados e construtivos a respeito de


actividades entregues por alunos, que orientem quanto a possíveis melhoras tanto
no presente quanto em futuros trabalhos.

71
3.9.2- Ideias de Carlos Libâneo sobre a relação saudável entre
pares educativos

Um factor fundamental do trabalho docente trata da relação entre o aluno e o


professor, da forma de se comunicar, se relacionar afectivamente, as dinâmicas e
observações são fundamentais para a organização e motivação do trabalho
docente. O autor chama isto de "situação didáctica" para alcançarmos com
sucesso os objectivos do processo de ensino.

3.9.3 - Aspectos cognoscitivos da interacção

O autor define como cognoscitivo o processo ou movimentos que transcorre no


acto de ensinar e no acto de aprender. Sob este ponto de vista, o trabalho do
professor é um constante vai e vem entre as tarefas cognoscitivas e o nível dos
alunos. Para se ter um bom resultado de interacção nos aspectos cognoscitivo
deve-se: manejar os recursos de linguagem; conhecer o nível dos alunos; ter um
bom plano de aula; objectivos claros; e é indispensável o uso correcto da língua
Portuguesa.

3.9.4 - Aspectos sócio - emocionais

Estes aspectos são os vínculos afectivos entre o professor e os alunos. É preciso


aprender a combinar a severidade e o respeito. Deve-se entender que neste
processo pedagógico a autoridade e a autonomia devem conviver juntas, a
autoridade do professor e a autonomia do aluno, não de forma contraditória
comum pode parecer mais de forma complementar.

3.9.5.-A disciplina na classe

Uma das grandes dificuldades em sala de aula é o chamado "controle da


disciplina". Não existe uma fórmula mágica para esta tarefa, mas o autor coloca
que a disciplina na classe está tão directamente e ligada à prática docente, quanto

72
à autoridade profissional, moral e técnica do professor. Este conjunto de
características é que vai determinar a disciplina na classe.

3.10 - APLICAÇÃO DE MÉTODOS QUE PROPORCIONAM O


ESTUDO ACTIVO

«É indispensável substituir por toda a parte, os métodos passivos em que o aluno


se limita a receber a lição do professor ou o ensino do livro, pelos métodos activos
que exercitam os dedos, estimulam a observação e provocam a reflexão pessoal;
aos métodos que enchem a memória, os que formam o carácter e a inteligência;
ao ensino pela lição, a educação pela acção…» (Magalhães Lima, 1910)

Os métodos activos de aprendizagem têm constituído uma alternativa eficaz de


melhoria da qualidade das aprendizagens. Com efeito, a investigação educativa
tem demonstrado que estes métodos promovem a adopção de atitudes positivas,
relativamente à aprendizagem, facilitam a compreensão dos conceitos científicos,
adequam-se aos vários estilos de aprendizagem, melhoram a interacção entre
alunos e professores e favorecem a comunicação e o feedback  (Salemi, 2007).
Também favorecem o desenvolvimento de capacidades como a aplicação, a
avaliação, a síntese e a análise, que estão nos níveis mais elevados da
Taxonomia Cognitiva de Bloom.

Dentro dos métodos activos de aprendizagem podemos distinguir diversas


modalidades, designadamente, aprendizagem baseada em projectos método de
caso, aprendizagem baseada em problemas e aprendizagem baseada em
inquérito.

73
3.10.1 - Métodos activos de aprendizagem

74
3.10.2 - Aprendizagem baseado em problema
• Uma abordagem educativa centrada no aluno, que habilita os alunos a realizar
pesquisas, integrar teoria e prática, e aplicar os conhecimentos e habilidades para
desenvolver uma solução viável para um problema definido (SAVERY, 2006).
• É um método de ensino em que os alunos aprendem através da resolução de
problemas, que foca um problema complexo e que não tem uma única resposta
Correcta (HMELO-SILVER, 2004).

3.10.3 - Aprendizagem baseado em inquéritos

As metodologias de inquérito incluem estratégias como a aprendizagem por


descoberta, o inquérito indutivo, a instrução ancorada, o estudo de caso e a 
Aprendizagem Baseada em Problemas ou Projectos (ABP). É uma aprendizagem
por investigação que, à semelhança da investigação científica, envolve a
pesquisa, análise, síntese, avaliação e generalização de dados, de preferência
num processo colaborativo, visando a caracterização e resolução de uma
situação-problema concreta." (Carvalho, A. 2006)

3.10.4 - Outros métodos que Influenciam o PEA Activo.

Método de trabalho independente – consiste em tarefas dirigidas e orientadas


pelo professor para os alunos resolverem de maneira independente e criativa.
Este método tem, na atitude mental do aluno, seu ponto forte. Tem também a
possibilidade de apresentar fases com a tarefa preparatória, tarefa de assimilação
de conteúdos, tarefa de elaboração pessoal. Uma das formas mais conhecidas de
trabalho independente é o estudo dirigido individual ou em duplas.

Método de elaboração conjunta – é um método de interacção entre o professor


e o aluno visando obter novos conhecimentos.

75
Método de trabalho de grupo – consiste em distribuir tarefas iguais ou não a
grupos de estudantes, o autor cita de três a cinco pessoas. Têm-se também
formas específicas de trabalhos de grupos comuns: debate, (Philips:66),
tempestade mental, grupo de verbalização, grupo de observação (GV-GO),
seminário.

3.11 - IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DOS MEIOS AUDIOVISUAIS PARA


DINAMIZAR O PROCESSO DOCENTE EDUCATIVO

De acordo com as informações obtidas a partir dos alunos, verificamos que os


professores não utilizam meios modernizados, o que contribui em parte para que o
ensino ainda seja incompatível com século que nos encontramos em comparação
com muitos os países, uma vez que a retenção de conhecimentos está distribuído
da seguinte maneira:
Leitura---------------------------------------------------------------------------10%
Audição--------------------------------------------------------------------------20%
Visão----------------------------------------------------------------------------- 30%
Audiovisual--------------------------------------------------------------------50%

Métodos Dados retidos após três Dados restantes após 3


horas dias
Métodos orais 70% 10%
Métodos visuais 72% 20%
Métodos audiovisuais 85% 65%

O último quadro mostra que os alunos aprendem mais rapidamente e com maior
durabilidade se os métodos forem audiovisuais e no nosso ensino apesar de
muitas escolas de nível secundário já possuírem alguns materiais, ainda não tem
sido muito explorado, daí a tendência do grupo em propor estes métodos para
melhorar a qualidade de ensino e aprendizagem.

76
3.11.1 - A função do áudio e do visual no ensino de Ciências
Então, como e para quê usar os recursos audiovisuais no Ensino de Ciências?
Bem, creio que algumas actividades dentro do Ensino de Ciências saem
fortemente melhoradas com o uso dos recursos audiovisuais, se os cuidados
apontados mais acima forem tomados. São elas:

Motivação
Um filme ou um programa multimédia têm um forte apelo emocional e, por isso,
motivam a aprendizagem dos conteúdos apresentados pelo Professor. Além disso,
a quebra de ritmo provocada pela apresentação de um audiovisual é saudável,
pois altera a rotina da sala de aula.

Demonstração
Há certos efeitos que são melhor observados, ou somente podem ser observados,
se filmados. Por exemplo, as linhas do campo magnético em um imãs gigante são
bem vistas quando filmadas de cima ou a vida do infinitamente pequeno só
podemos ser observadas através de técnicas de vídeo especiais. Além disso, é
meio difícil arranjar imãs gigantes por aí. Outra possibilidade: podemos filmar
determinado evento de várias posições. Com isto podemos mostrar aos alunos
como diferentes sistemas de referência afectam a percepção do evento.

Organizador Prévio
Dentro da teoria de Ausubel (AUSUBEL, 1969 e MOREIRA, 1983), para que haja
uma assimilação significativa do novo conteúdo, é necessário que exista na
estrutura cognitiva um ou mais conceitos aos quais o novo conceito se ligue de
forma significativa. Quando este (s) conceito (s) não existe (m), uma alternativa é
usar um material institucional que estabeleça essa ponte conceitual entre o novo
conceito e a estrutura cognitiva, chamado de organizador prévio. Um audiovisual é
uma boa alternativa para ser usado como organizador prévio.

77
Instrumento para a Diferenciação Progressiva
Na teoria de Ausubel, provocar a Diferenciação Progressiva de um conceito
consiste em apresentar as diferentes instâncias de um conceito complexo.
Tomemos o conceito de energia. Este conceito é bastante complexo e
encontramos instâncias dele quando falamos sobre energia cinética, energia
potencial, energia nuclear, energia química, etc. Podemos usar um filme, por
exemplo, para apresentar aos alunos as diferentes instâncias desse conceito.

Instrumento para a Reconciliação Integrativa


Também derivado da teoria de Ausubel, o processo de Reconciliação Integrativa
consiste em provocar a integração de instâncias particulares de um conceito no
próprio conceito. É o oposto ao processo de Diferenciação Progressiva. Um
audiovisual pode ser usado nesta tarefa. Por exemplo, um filme sobre o conceito
de energia mostrando as suas transformações pode ser usado após termos
discorrido sobre os vários tipos de energia em um curso de Ciências.

Instrumento de apoio à exposição do Professor


Neste caso, os instrumentos audiovisuais exercem um papel de apoio à
dissertação do professor mostrando particularidades dos assuntos sobre os quais
ele discorre. Como um exemplo desta aplicação, imagine que você mostra um
filme de um carro passando na rua (referencial laboratório) e a seguir você passa
as imagens da rua vistas a partir do carro.

Simulação
Programas multimédia são bastante úteis quando queremos trabalhar com a
manipulação de modelos da realidade, podendo ser poderosos aliados do
professor.

78
3.11.2 - Como usar os recursos audiovisuais

Regras gerais
Os recursos audiovisuais devem ser usados de forma criteriosa para que sejam
eficientes e úteis. Aqui vão algumas sugestões de como esses recursos podem
ser utilizados. Antes de falar do uso destes dispositivos propriamente ditos,
convém chamar a atenção para o facto de que supomos que já exista o recurso
audiovisual que será utilizado. Este recurso pode ter sido produzido pelos alunos
ou professores do ambiente escolar em questão ou pode ser material adquirido de
fonte externa à escola. Não abordaremos neste trabalho as técnicas de produção
destes recursos, excepção feita à produção de transparências. Antes de
começarmos a discutir o uso propriamente dito dos recursos audiovisuais, convém
chamar a atenção para alguns pontos gerais:
O Recurso Audiovisual não é um substituto para a falta de tempo para preparar
uma aula. Se o professor não preparou a sua aula, é melhor que os alunos sejam
dispensados.
O Professor deve sempre olhar e analisar o filme, sequência de slides, etc., antes
dos alunos. Acho que esta afirmação explica a si mesma.
Sempre verifique o equipamento antes do uso. Os equipamentos necessários ao
uso de recursos audiovisuais são (e como) passíveis de falhas. Portanto, o
professor deve verificar sempre antes, se todos os equipamentos estão em
condições. Se possível, peças sobressalentes devem estar à disposição como, por
exemplo, lâmpadas de reposição para aparelhos de retroprojector. Tenha
caminhos alternativos para a sua actividade. O professor deve ter uma rota
alternativa para a sua aula caso, por exemplo, falte energia ou, ainda, o aparelho
estrague.

79
4- Avaliação da proposta pelos especialistas

Como a pesquisa teve como desenho de investigação o descritivo, recorreu-se ao


método Delph para avaliação da possível efectividade da proposta. Assim foram
escolhidos aleatoriamente 5 especialistas, todos eles docentes do ISCED da
Huíla, com uma longa experiência de trabalho e com graus académicos seguintes:
2 Professores Doutores e 3 professores Mestres.

As questões avaliadas foram:

1. Como avalia a estruturação da proposta pedagógica do PEA activo,


consciente e criador
____ ____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
2. Como avalia a coerência dos elementos que fazem parte da proposta
pedagógica do PEA activo, consciente e criador

_____ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5
3. Como avalia a aplicabilidade da proposta pedagógica do PEA activo,
consciente e criador
_____ _____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
4. Como avalia o conteúdo da proposta pedagógica do PEA activo,
consciente e criador
_____ _____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5

5. Como avalia as possibilidades da proposta pedagógica do PEA activo,


consciente e criador
_____ ___ ____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5

80
Comentários ou sugestões:
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
__________________________________________________

A escala de avaliação foi a seguinte:

C1 = (Excel) Excelente

C2 = (MB) Muito bom

C3 = (B) Bom

C4 = (Suf) Suficiente

C5 = (M) Mau

Note-se que apesar de se ter dado oportunidade para comentar sobre a proposta,
apenas um perito comentou a favor da proposta.

81
Do processamento estatístico surgiram as tabelas e gráficos seguintes:

Dados processados segundo o Método Delph

 
 
Indicadores
Especialistas  
  1 2 3 4 5
1
  C3 C3 C3 C3 C3
2
  C2 C3 C3 C2 C3
3
  C2 C3 C2 C1 C2
4 C2 C2 C3 C3 C2
5 C4 C4 C3 C3 C3
C1 0 0 0 1 0
 
TOTAIS C2 3 1 1 1 2
  C3 1 3 4 3 3
  C4 1 1 0 0 0
  C5 0 0 0 0 0

82
Tabela nº 2. Frequências relactivas

 
 Análise de Frequência
 
Escala de
Medição   Aspectos a validar TOTAIS %
E   0 0 0 1 0 1 4,0
MB   3 1 1 1 2 8 32,0
B   1 3 4 3 3 14 56,0
S   1 1 0 0 0 2 8,0
M   0 0 0 0 0 0 -
25 100,0

Nesta tabela vê se claramente a tendência da avaliação dos


especialistas. Pois o percentual obtido situa-se na escala qualitativa de
32-56% correspondendo com a qualitativa de Bom-Mbom.

Gráfico de barras nº 1.Ilustrativo das análises da frequência

60.0

50.0

40.0

30.0 56.0 Series1


20.0
32.0
10.0
4.0 8.0
- -
1 2 3 4 5

Neste gráfico de barras se pode observar claramente a frequência


relativa da avaliação da proposta pelos especialistas onde ressalta
entre Bom (56%) e Muito bom (32%).

83
Tabela nº 3- Estatística descritiva da avaliação dos especialistas

 
 
Estatística Descritiva
   
Aspectos 1 2 3 4 5 Média Mediana DSVPAD
1
3 3 3 3 3 3 3 0,0
PERITOS

2 2 3 3 2 3 2,6 3 0,5
3 2 3 2 1 2 2 2 0,7
4 2 2 3 3 2 2,4 2 0,5
5 4 4 3 3 3 3,4 3 0,5
MÉDIA 2,6 3 2,8 2,4 2,6
 
MEDIANA 2 3 3 3 3
 
DSVPAD 0,89 0,71 0,45 0,89 0,55  

Nesta tabela se lê claramente a mediana obtida da avaliação dos


especialistas que é (2,6) situando-se entre Muito Bom e Bom. O que
confere com o desvio padrão que não atinge uma unidade.

Quanto as colunas horizontais que se referem a avaliação da


convergência dos peritos em cada questão, também consegue-se ler
que a mediana é (2,8) situando-se entre Muito bom e Bom e que o
desvio padrão não atingiu uma unidade, o que significa houve
consenso na avaliação da proposta.

84
Gráfico nº 2- Ilustrativo da estatística descritiva

3.4
3.5
3 3 3 3
3
2.6
2.4
2.5
2 2 2
2 Média
Mediana
1.5 DSVPAD

1 0.7
0.5 0.5 0.5
0.5
0.0
0
1 2 3 4 5

Gráfico de barras ilustrativo da análise estatística, onde se vê que o


desvio padrão não conseguiu atingir uma unidade, pelo que não se
registou a dispersão de dados.

85
Gráfico nº 3. Ilustrativo do consenso dos especialistas

3.5
3 3 3 3 3
3 2.8
2.6 2.6
2.5 2.4

2
2
MÉDIA
MEDIANA
1.5
DSVPAD
1 0.89 0.89
0.71
0.55
0.5 0.45

0
1 2 3 4 5

Neste gráfico de barra se observa a mediana obtida na avaliação de


cada especialista por item, cuja frequência é 3 (Bom).

86
CONCLUSÕ ES GERAIS E SUGESTÕ ES

87
CONCLUSÕES GERAIS

Após uma exaustiva investigação, elaboração e análise do trabalho, foi possível


extrair conteúdos pedagógicos qualificados que implementados podem subsidiar a
melhoria brusca da qualidade de ensino no nosso país.

De acordo ao tema estudado que é Reflexões sobre o PEA, nos alunos da 10ª
classe na escola do II ciclo Dr. António Agostinho Neto no município do Tômbwa,
em função da realidade do ensino na escola investigada especificamente a
deficiência que há na produtividade do PEA foi o suficiente para reflectir no que é
necessário para inverter o caso e como resultado elaborar os três capítulos que
formam o livro (análise teórica, metodologia de pesquisa e estratégias
metodológicas) fazendo-o através das informações captadas a partir das ideias de
certos pedagogos, da resposta dos inquéritos feito aos professores e alunos
daquela instituição assim como aos professores do ISCED, e análise do grupo,
dando indicações de que pode ser profícuo, chegando as seguintes conclusões:

1- É de realce e fundamental a ligação unânime entre pares educativos no


processo de ensino - aprendizagem para que haja um ensino de qualidade,
dar mais espaço aos alunos conforme a nova pedagogia recomenda, deve
ser alguém reflexivo, e que dá suas opiniões, um sujeito que revisa a
matéria com capacidades proactiva, analítico e construtivo, alguém sempre
a busca de novos horizontes;

2- É necessário reafirmar que todo estudo activo é sempre precedido do


trabalho do professor, a incentivação para o estudo, e o aluno como agente
fundamental desse processo, seja capaz de responder com as exigências
regionais, nacionais e internacionais.

As propostas apresentadas estão validadas pelo que pode surtir efeito para a sua
experimentação. As mesmas foram avaliadas pelos especialistas com a
classificação qualitativa de BOM, o que significa dizer que os objectivos
planificados ao longo do trabalho foram alcançados.
88
SUGESTÕES

 Dentro do PEE deve-se enquadrar um seminário para abordar


exclusivamente sobre o tema deste trabalho;
 É necessário que a escola crie uma biblioteca;
 A escola deve fazer seminários constantes e durante estes seminários dar
ênfases aos temas que abordam sobre o impacto da boa relação entre
professores e alunos;
 Os gestores das escolas e os coordenadores de disciplinas devem visitar
constantemente as aulas dos professores para supervisionar e inspeccionar
se estes estão a cumprir com as técnicas pedagógicas apropriadas;

89
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90
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Série Formação do professor). Contribuição: Marisa Viana Pereira.

MatoS, José. (1994). Aprender a estudar. Orientações metodológicas para o


estudo. Metropoles. Brasil.

Martins O.L.P.( 2002). Didáctica teórica e Didáctica prática. 7ª ed. Editora São
Paulo.

Marques Ramiro.(2000). Dicionário breve de Pedagogia, editora presença, 1ª


edição.

Ado, J. (1997). Relações pedagógicas. Lisboa

Morg Menezes, M. Azancot (2010). Reflexões sobre educação. Editora


Mayamba,1ª edição.

Passos. I. Veiga A. (2004). A prática Pedagógica do professor Petrópolis. RJ


Vozes.

Pimenta, G.S. O estagia na formação de professores

Piletti, Nelson (2007). Sociologia da Educação, editora ática 18ª edição.

Piletti,Claudino : Didáctica, atica 23ª edição, 2007.

PILETTI, Claudino. Didáctica Geral, 23ª edição S. Paulo: editora ática: 2006

SALEMA H.M.( 1997). Ensinar e aprender a pensar S/e. S/i

VARZEA F. N.(1986). A vinculação entre o carácter teórico e a pratica e pratico da


aprendizagem da Pedagogia S/e. S/i

Verney, Luís António (1991). Verdadeiro método de estudo, editora presença

92
Reyes,L.G. (1981). Pedagogia. S/e. S/i

Vigotsky, L. S (2001). A construção do pensamento e da Linguagem.São Paulo


editora Martins fontes. S/e.

Zabal, Antonio.(1998). A pratica educativa, como ensinar.Editora Porto Alegre. S/e

93
ANEXOS

94
ANEXO 1: inquérito aos professores da escola do II Ciclo Dr. António Agostinho
Neto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

REPARTIÇÃO DE PEDAGOGIA

ISCED-HUÍLA

Estimado (a) professor (a), leva-se a cabo um estudo de Reflexões sobre o PEA
dos alunos da 10ª classe na escola do II ciclo Dr. António Agostinho Neto no
município do Tombwa. O questionário proposto não prejudica na sua actividade
laboral.

Agradecemos profundamente pela disponibilidade que nos foi concebida no


montante de muitas responsabilidades que ostenta.

Estamos jucundos pela prestimosa contribuição significativa ao tema em


destaque.

Idade

Sexo

POR FAVOR RESPONDA COM CLAREZA AS PERGUNTAS QUE SE SEGUEM:

1. Quais são os métodos que utiliza durante as suas aulas?

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
___________________________________________________________

95
2. Os alunos participam activamente nas aulas?

1-SIM

2-NÃO

3-ALGUNS

3-os alunos mostram criatividades nas suas aulas?

1-SIM

2-NÃO

3-ALGUNS

4-como tem sido predominada a sua aula?

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_________________________________________________________________

6- O que faz para tornar a aula dinâmica?

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

7- Quem revisa a aula anterior?

a) Professor b) Aluno

8- Na sua aula quem mais pergunta?

a) Professor b) Aluno

96
9- O que achou sobre o estudo que está sendo feito para a melhoria do processo
docente educativo?

__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________

97
Anexo 2: Inquérito aos alunos da Escola do II Ciclo Dr. António Agostinho Neto

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO DA HUÍLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO

REPARTIÇÃO DE PEDAGOGIA

ISCED-HUÍLA

Estimado (a) estudante (a), leva-se a cabo um estudo de Reflexões sobre o PEA
dos alunos da 10ª classe na escola do II ciclo Dr. António Agostinho Neto no
município do Tombwa. O questionário proposto não prejudica na sua actividade
estudantil, nem tão pouco na sua avaliação e é anónimo.

Agradecemos profundamente pela disponibilidade que nos foi concebida no


montante de muitas responsabilidades que ostenta.

Estamos jucundos pela prestimosa contribuição significativa ao tema em


destaque

Idade

Sexo

POR FAVOR RESPONDA COM CLAREZA AS PERGUNTAS QUE SE SEGUEM:

1. Quais são os instrumentos que o professor utiliza na tua aula?

- Computador

- Data show

- Não utiliza

2. A escola tem Biblioteca?

98
1- Sim 2- Não

3- Tens participado activamente na aula?

1 - Sim

2-Não

3-Algumas vezes

4- Os professores têm transmitido bem os conhecimentos?

1-Sim

2-Não

3- Alguns

5- Têm feito trabalho em grupo?

1-Sim

2-Não

3-As vezes

5-Os professores orientam trabalhos indivíduas em casa?

1-Sim

2-Não

3-Alguns

99
6- Quais são as dificuldades que tens encontrado na tua aprendizagem?

-----------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
-----------------------------------------------------------------------------------------------

7- Dos seis professores que tens, quantos dão oportunidades de


participarem nas aulas?

1 ---- 2----- 3----- 4----- 5----- 6----

8- Os professores têm feito avaliações constantes?

1-Sim

2-Não

3-As vezes.

9- Qual tem sido a relação entre pares educativo?

1-Mal

2-Boa

3-Razoável

10- Quando é que um aluno é participante activo na aula? Enumere pelo


menos 4 requisitos?

_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

100
Anexo 3: Inquérito aos Especialistas

Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla- ISCED HUÍLA

INQUÉRITO AO ESPECIALISTA
Caríssimo Professor:

No âmbito da investigação do tema: Reflexões sobre o PEA dos alunos da 10ª


classe na escola do II ciclo Dr. António Agostinho Neto no município do
Tombwa. Para obtenção do grau de Licenciatura, você faz parte dos especialistas
escolhidos para a avaliação da possível efectividade da proposta feita.

Desde já agradece-se pela sua importante contribuição.

Por favor preenche as lacunas abaixo:

1. Nome: ____________________________________________________
2. Anos de experiência no trabalho docente: ________________________
3. Instituição onde trabalha actualmente: ___________________________
4. Grau académico: ____________________________________________
5. Cargo que ocupa: ___________________________________________

Avalia cada uma das perguntas segundo a escala apresentada abaixo,


assinalando com um X.

Escala de avaliação

C1 = (Excel) Excelente

C2 = (MB) Muito bom

C3 = (B) Bom

C4 = (Suf) Suficiente

101
C5 = (M) Mau

As questões avaliadas foram:

1. Como avalia a estruturação da proposta pedagógica do PEA activo e


criador
____ ____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
2. Como avalia a coerência dos elementos que fazem parte da proposta
pedagógica do PEA activo e criador
_____ _____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
3. Como avalia a aplicabilidade da proposta pedagógica do PEA activo e
criador
_____ _____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
4. Como avalia o conteúdo da proposta pedagógica do PEA activo e criador
_____ _____ _____ _____ _____
C1 C2 C3 C4 C5
5. Como avalia as possibilidades da proposta pedagógica do PEA activo e
criador
_____ _____ _____ _____ _____

C1 C2 C3 C4 C5

Comentários ou sugestões:

_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________

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