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no aluno.
Resumo
As profundas transformações que se verificaram nas últimas décadas contribuíram para uma visão
multifacetada do mundo. Neste novo cenário, a educação não mais termina quando o aluno se forma na
escola tradicional. Neste início de século, denominado A Era do Conhecimento, mais do que nunca, o
termo aprendizagem encontra uma grande significância para as pessoas. E neste artigo são descritos os
aspectos inerentes a aprendizagem transformativa. Para isso é analisado o tema, dando prioridade aos
processos e não apenas ao resultado, que foram analisados de forma indutiva e utilizando entrevista
como técnica principal. Os resultados indicam que com a aproximação do professor aos seus alunos
facilita a flexibilidade do profissional com o aprendiz, mas também a melhoria das relações
interpessoais, pois promove compreensão empática do conteúdo e o indivíduo possui habilidades inatas
para aprender.
Abstract
The profound transformations that have taken place in recent decades have contributed to a multifaceted
view of the world. In this new scenario, education no longer ends when the student graduates from the
traditional school. At the beginning of this century, called The Age of Knowledge, more than ever, the
term learning finds great significance for people. And in this article, aspects inherent to transformative
learning are described. For this, the theme is analyzed, giving priority to the processes and not just the
result, which were analyzed inductively and using an interview as the main technique. The results
indicate that bringing the teacher closer to his students facilitates the flexibility of the professional with
the learner, but also the improvement of interpersonal relationships, as it promotes an empathic
understanding of the content and the individual has innate skills to learn.
Apesar das mudanças ocorridas no sistema de ensino, a aprendizagem condiz com diversos
factores que se integram entre si e que funcionam como o conjunto de competências e
habilidades individuais do sujeito que dentro de um funcionamento prático e evolutivo de
conhecimento, passa por um processo de mudança de comportamento, e a codificação desse
conteúdo, é obtido através da experiência, seja, universitário, lógico ou de observação, (Rogers,
1995).
A aprendizagem está ligada a qualidade do ensino que visa suprir o aluno, seja, individual,
emocionalmente ou socialmente.
Mediante esse processo de construção de conhecimento, Carl Rogers coloca o aluno como
centro do saber, aprendendo por meio da aprendizagem significativa. Essa aprendizagem que
se torna única e independente, na visão do autor, para com aluno. Tornando-se essa escolha
livre da área do conhecimento e a principal ferramenta para mudança no processo do ensino
aprendizado.
Diante do que foi exposto, este artigo tem por objectivo descrever os aspectos inerentes a
aprendizagem transformativa, enfatizando sobre a importância da aprendizagem centrada no
aluno, através de um estudo de caso, destacando os factores relevantes para com o
desenvolvimento do aluno em sala de aula, bem como a influência do professor durante esse
processo.
Sua realização pautou numa abordagem qualitativa visto que buscou descrever e analisar o tema
escolhido, dando prioridade aos processos e não apenas ao resultado, que foram analisados de
forma indutiva e utilizando entrevista como técnica principal.
Na antiguidade
Na idade média
A aprendizagem e o ensino (ambos seguiam o mesmo rumo) passaram ser determinados pela
religião e pelos seus dogmas.
Já no século XVI, as teorias de ensino e aprendizagem continuaram a seguir o seu rumo natural
graças as alterações que ocorrem com a implementação do humanismo e da reforma e sua
aplicação a partir da revolução francesa.
Na actualidade
Para Fernández (1998), o estado actual do processo ensino aprendizagem nos permite
identificar um movimento de ideias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do
binómio ensino e aprendizagem.
Aprendizagem
Para Piaget (1994), a aprendizagem é um processo que só tem sentido diante de situações de
mudança. Por isso, aprender é, em parte, saber se adaptar a estas novidades.
Segundo Bock (1999), aprendizagem é “uma conexão entre o estímulo e a resposta” (p. 115).
É o processo de organização das informações e de integração do material á estrutura cognitiva.
Aprendizagem transformativa
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A aprendizagem transformativa é caracterizada pela influência das pressuposições existentes
na análise e compreensão dos novos dados, a aprendizagem transformativa corresponde à
alteração das perspectivas existentes.
Rubin e Hayes (2010) apresentam esta estratégia como uma forma de promover e sustentar a
melhoria do sistema educativo, a partir de uma abordagem que valoriza o conhecimento teórico
para investigar contextos particularmente relevantes para os participantes.
Zimring (2010) cita cinco elementos que abrigam esse sistema educacional, coloca
primordialmente:
2. A aprendizagem deve ser autêntica voltada a relação dos objectivos individuais do aluno, e
utiliza-se de materiais para conseguir atingi-los mais rápido;
4. Aprendizagem que constitui um acto de eminência para pessoa pode ter mais facilidade de
ser obtida e assimilada;
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5. Quando o indivíduo é instigado a se ausentar da zona de conforto, a experiência pode ser
compreendida de maneira diferente e o processo de aprendizagem pode ser internalizado.
Os cinco factores citados acima condizem que o sujeito contém aptidões susceptíveis a
aprendizagem integral. Para consolidar esses preceitos o professor exerce a função de
propulsor/facilitador através da metodologia/conteúdos empregada em sala de aula que podem
correlacionar esses factores, no intuito de promover e estimular o crescimento do aluno.
A aprendizagem centrada no aluno, tendo o professor como mediador, é ensino em que o aluno
fala muito e o professor fala pouco. Deixar os alunos falarem implica usar estratégias nas quais
possam discutir, negociar significados entre si, apresentar oralmente ao grande grupo o produto
de suas actividades colaborativas, receber e fazer críticas.
O aluno deve ser activo, não passivo. Ela ou ele tem que aprender a interpretar, a
negociar significados; tem que aprender a ser crítico e aceitar a crítica. Receber
acriticamente a narrativa do “bom professor” não leva a uma aprendizagem significativa
crítica, a uma aprendizagem relevante, de longa duração; não leva ao aprender a
aprender. (Rogers, 1969 apud Moreira, 2010, p. 4).
Esse princípio citado acima poderá ser aderido se a presença do professor for essencial para que
haja segurança e permita acreditar e confiar no potencial e na capacidade de aprender e reflectir
do aluno, considerando desconstruir o padrão tradicional de ensino, que envolve a transmissão
do conhecimento de maneira mecânica e os instrumentos (prova) para avaliar o nível de
aprendizagem.
Segundo Morreira (2010), a aprendizagem centrada no aluno traz certas vantagens como: o
desenvolvimento da autonomia, incentivo do pensamento crítico e estimula a criatividade.
Isto quer dizer que só há crítica se houver produção autónoma do conhecimento elaborado através de
uma prática efectiva da pesquisa.
Enquadramento metodológico
Para alcançar os objectivos, realizamos uma revisão sistemática da literatura, com suporte em
uma entrevista como a técnica escolhida e foram estabelecidos os seguintes critérios:
Com base nos critérios definidos, foram entrevistados 6 indivíduos sendo 3 professores e de
igual número de alunos da Escola Primária de Maparra.
Discussão de resultados
A partir das transcrições das entrevistas, situações concretas pronunciadas pelos próprios
intervenientes, será possível ter uma base formada (resultados) sobre a pergunta que se
pretendia responder: qual é a importância da aprendizagem transformativa no processo de
construção de conhecimento.
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Em primeiro lugar, constatamos que a aprendizagem transformativa depende de alguns factores
envolvidos para se obter internalização do conteúdo, que é um processo que necessita de uma
acção de adaptação, assimilação e organização física e psíquica dos conhecimentos para se
constituir o aprendizado.
Em segundo lugar, verificamos que a aproximação do professor aos seus alunos facilita a
flexibilidade do profissional com o aprendiz, mas também a melhoria das relações
interpessoais é importante diferencial na aprendizagem centrada no aluno, pois promove
compreensão empática do conteúdo.
Segundo Carl Rogers (1995), a aprendizagem centrada no aluno baseia-se em uma complexa
percepção do aprendiz em vários aspectos de sua vida na formação de sua personalidade.
Com isto fica muito evidente de que o indivíduo absorve conhecimento e também o porque de
determinadas dificuldades de aprendizado. Em outras palavras, o aprendiz é induzido ao
aprender a aprender.
Por fim, o objectivo da aprendizagem centrada no aluno é proporcionar uma formação integral,
contribuindo para que os jovens criem um projecto de vida e fiquem mais preparados para o
futuro. A escola, portanto, passa a ter um papel fundamental no aperfeiçoamento das práticas
pedagógicas.
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Conclusão
Em educação não há receitas prontas que possamos aplicar e seguir em todas as situações. É
necessário prestar atenção a cada indivíduo em particular e ao grupo no geral, tendo em
consideração os seus interesses e necessidades.
Rubin e Hayes (2010) apresentam esta estratégia como uma forma de promover e sustentar a
melhoria do sistema educativo, a partir de uma abordagem que valoriza o conhecimento teórico
para investigar contextos particularmente relevantes para os participantes.
Contudo, é importante que o trabalho seja colaborativo, haja negociação entre os participantes
e a customização das metodologias empregues.
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Referências bibliográficas
Bock, Ana. 1999. Psicologias uma Introdução ao estudo de psicologia (13ª. ed.), São Paulo,
Brasil: Editora Saraiva.
Capelo, Fernanda de Mendonça. (2000). Aprendizagem centrada na pessoa: Contributo para
a compreensão do modelo educativo proposto por Carl Rogers. Revista de Estudos
Rogerianos. A Pessoa como Centro, n. 5.
Freire, Paulo. (1974). Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, Brasil: Paz e Terra.
Piaget, Jean. (1964). A formação do símbolo na criança: Imitação, jogo e sonho imagem e
representação. (3ª. ed.). Rio de Janeiro, Brasil: LTC.
Rogers, Carl Ronsom. (1969). Freedom to learn. Columbus, Ohio-EUA: Charles E. Merril.
Rubin, Bruce; Hayes, Birchard. (2010). “No Backpacks” versus “Drugs and Murder”: The
promise and complexity of youth civic action research. Harvard, Reino Unido:
Educational Review.
Tavares, José. (2007). Manual de Psicologia do desenvolvimento e aprendizagem. Portugal
Porto: Porto Editora.
Zimring, Fred. (2010). Psicologia da educação 1. Recife, Brasil: Editora Massangana.