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PROJETOS E INOVAÇÃO
NA EDUCAÇÃO
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assiduidade nas aulas ou atividades. Além disso, podemos mencionar questões
ligadas à aprendizagem, melhoria de desempenho, entre outras. Berbel (2011, p.
29) acrescenta que
desenvolvimento efetivo de
visão transdisciplinar do
competências para a vida visão empreendedora
conhecimento
profissional e pessoal
a geração de ideias e de
o protagonismo do aluno, o desenvolvimento de nova conhecimento e a reflexão,
colocando-o como sujeito postura do professor, agora em vez de memorização e
da aprendizagem como facilitador, mediador reprodução de
conhecimento
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a. nutre os recursos motivacionais internos (interesses pessoais);
b. oferece explicações racionais para o estudo de determinado conteúdo
ou para a realização de determinada atividade;
c. usa de linguagem informacional, não controladora;
d. é paciente com o ritmo de aprendizagem dos alunos;
e. reconhece e aceita as expressões de sentimentos negativos dos
alunos. (Reeve, 2009, citado por Berbel, 2011, p. 28)
Com base nas ideias apresentadas acerca das tecnologias, podemos dizer
que elas propiciam ambientes e contextos para aprendizagem crítica,
personalizada, compartilhada, mas que devem estar em consonância com a prática
de professores, currículos e metodologias adotadas.
Nesse aspecto, precisamos adotar metodologias de aprendizagem
centradas no estudante e que propiciem o aprendizado ativo, que é decorrente da
combinação de dois aspectos importantes: o ensino personalizado e a
aprendizagem baseada na competência (Horn; Staker, 2015). No ensino
personalizado, o professor é um mediador que auxilia o aluno potencializar a
aprendizagem do aluno, ao passo que a aprendizagem baseada na competência
exige que o discente tenha o conhecimento básico acerca dos temas a serem
trabalhados, para então evoluir no momento que realizar as ativas em sala de aula.
A pirâmide de aprendizagem proposta por Dale (1969, citado por Camargo; Daros,
2018) (Figura 2) corrobora essas afirmações ao evidenciar a utilização de
atividades de aprendizagem mais ativas, por meio de práticas colaborativas.
Segundo esse autor, estratégias de aprendizagem com esse foco melhoram o
aprendizado e a capacidade de retenção do conhecimento (Dale, 1969, citado por
Camargo; Daros, 2018). Dessa forma, é possível observar o percentual de
retenção de conhecimento do aluno em virtude do método passivo ou ativo
adotado.
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Figura 2 – Pirâmide de aprendizagem de Dale
Vale ressaltar que a aprendizagem por meio de métodos passivos como uma
palestra ou leitura também é importante, contudo metodologias ativas com base no
compartilhamento e no questionamento, por exemplo, tornam-se substanciais para
a aprendizagem. Além do mais, os indivíduos aprendem de diversas formas e
diferentemente umas das outras, e a aprendizagem tende a ser significativa de
acordo com o que é mais relevante para cada pessoa e que propicie conexões e
emoções com o que está sendo estudado. Para Bacich e Moran (2018, p. 2),
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Fonte: Filatro; Cavalcanti, 2018, p. 23.
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do seu aluno! A seguir, relacionamos como cada perspectiva (pedagogia,
andragogia e heutagogia) pode estar alinhada a uma ou mais abordagens
teóricas:
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Como dissemos anteriormente, a adoção da metodologia ativa depende do
público-alvo dos aprendizes, bem como o grau de protagonismo que esses podem
assumir. Dessa forma, as abordagens e métodos devem estar equilibrados e
adequados em relação à aprendizagem individual e coletiva. Ressaltamos também
que as metodologias ativas podem ser combinadas de diversas formas:
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educação sem precisar da disponibilidade de recursos financeiros, mas sim da
organização e disposição dos envolvidos com o processo de aprendizagem.
A metodologia se aplica ao que foi descrito por Mazur (2015): a aula deve
acontecer, inicialmente, por meio de apresentações curtas sobre os pontos
chaves do conteúdo, cada uma seguida de um teste conceitual, que são pequenas
questões conceituais envolvendo o assunto discutido. Após essas apresentações,
deve ser dado um tempo para os alunos formularem suas respostas e, em
seguida, eles devem discuti-las com os demais colegas. Nesse estágio, os alunos,
de maneira intencional, começam a pensar com base nos argumentos
anteriormente desenvolvidos e conseguem articular com maior clareza sua
compreensão sobre o conceito.
3.2 Procedimento
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confiança, criatividade, compaixão, conscienciosidade. Segundo Araujo e Mazur
(2013),
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De acordo com o relatório Flipped Classroom Field Guide (2014), que
apresenta uma compilação de práticas recomendadas e recursos da comunidade
centrados na sala de aula invertida, define-se a sala de aula invertida como
Bacich e Moran (2018) relatam que, para aplicar a sala de aula invertida,
deve-se realizar a produção de material que será utilizado online pelo discente e
também realizar o planejamento de atividades que serão desenvolvidas no
momento presencial com os alunos. Logo, a proposta da sala de aula invertida é
que o aluno chegue à sala de aula com o conteúdo previamente estudado, e que o
espaço físico seja um lugar de aprendizagem ativa, que aconteça por meio de
perguntas, discussões e atividades práticas.
Dessa forma, o professor assume papel de mediador do processo de ensino
e aprendizagem e se concentra em esclarecer as dificuldades apresentadas pelos
alunos. Isso não quer dizer que o professor não possa realizar apresentação do
conteúdo, mas o importante é dar espaço ao debate e ao questionamento sobre o
assunto trabalhado. Outro ponto relevante é a utilização das tecnologias da
informação e comunicação para auxiliar no aprofundamento do tema, como
também mesclar outros tipos de metodologias, como simulações e experimentos.
Segundo o Flipped Learning Network (Flipped..., 2014), uma comunidade
online sem fins lucrativos destinada a educadores, é de suma importância que os
professores distingam entre sala de aula invertida e a aprendizagem invertida. Isso
porque inverter uma classe pode ou não levar à aprendizagem invertida:
E por que utilizar a sala de aula invertida como uma forma de metodologia
ativa? Nas salas de aula invertidas, os professores podem se envolver mais com
os alunos em sala de aula, indicando palestras e demais atividades para serem
realizadas em casa e usar o tempo em sala de aula para atividades mais ativas.
Podemos listar alguns benefícios gerados com o uso da sala de aula invertida,
tanto para os alunos quanto para os professores:
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1. Resultados educacionais aprimorados: as salas de aula invertidas e os
ambientes de aprendizagem combinados podem melhorar
significativamente os resultados educacionais quando comparados às salas
de aula tradicionais;
2. Eficiência: algumas atividades podem demandar maior tempo, como as
palestras. Dessa forma, pode-se ter uma economia de tempo a longo prazo
ao propor que essas atividades sejam realizadas em outro momento, por
exemplo em casa. A sala de aula fica direcionada a atividades ativas de
aprendizado e o professor pode se dedicar à resolução de problemas e
personalização de ensino aos alunos;
3. Palestras interativas: é uma alternativa para criar uma experiência mais
interativa e dinâmica do aluno com uma palestra que envolva questionários
ou outro tipo de interação, como animações, simulações, entrevistas. A
utilização desses recursos tem valor não apenas na manutenção do foco e
no envolvimento dos alunos, mas também na melhoria do seu desempenho.
Além disso, os alunos também têm a capacidade de retroceder, parar e
acelerar as aulas, assisti-las com legendas, permitindo, assim mais controle
na maneira como navegam no conteúdo do curso;
4. Dados e análises: Em ambientes de aprendizado misto, os professores
podem coletar dados sobre o desempenho dos alunos e usar esses dados
para direcionar as aulas e abordar questões que não foram compreendidas
pela maior parte da turma.
Saiba mais
oferecer oportunidades
para que os alunos
possam colocar a “mão desenvolver
na massa” e usufruir de competências motoras demonstrar os limites e
materiais e pela adoção de vantagens dos experimentos
equipamentos que ferramentas, materiais e realizados
geralmente só estão mídias
disponíveis em
ambientes profissionais
ensinar os estudantes
a criar soluções
levar os alunos a aplicar capacitar os alunos propiciar que
(produtos, equipa-
conceitos científicos a para que possam estudantes realizem
mentos, mídias,
situações reais testar hipóteses experimentações
marcas, símbolos
etc.).
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Vale ressaltar que essa abordagem ativa pode ser relacionada à utilização
de materiais recicláveis, como também de baixo custo, oportunizando uma
aprendizagem experiencial voltada às questões de sustentabilidade. Outro ponto
interessante é a possibilidade do movimento maker envolver o ensino híbrido e a
distância, uma vez que os professores podem trabalhar os conceitos no momento
online e as atividades presenciais desenvolvidas nas oficinas e Fab Labs.
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5.1. Escopo do projeto
5.3. Infraestrutura
5.4. Cronograma
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D.School (Bootcamp Bootleg) (Design..., 2019) para a perspectiva educacional
para solução de problemas, que pode ser verificada na Figura 7:
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Quadro 1 – Etapas do design thinking
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REFERÊNCIAS
ARAUJO, I. S.; MAZUR, E. Instrução pelos colegas e ensino sob medida: uma
proposta para o engajamento dos alunos no processo de ensino aprendizagem
de Física. Caderno brasileiro de Ensino de Física, v. 30, n. 2, 2013. Disponível
em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/fisica/article/view/2175-
7941.2013v30n2p362>. Acesso em: 14 nov. 2019.
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HORN, M. B.; STAKER, H. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar
a educação. São Paulo: Penso, 2015
VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. 6. ed. São Paulo, SP. Martins
Fontes, 1998.
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