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APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
E COLABORATIVA
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Dessa forma, tal conceito de prática implica a produção de algo, uma forma
de vivência, uma experiência, envolve um processo que busca concretizar uma
solução, com o uso de técnicas pedagógicas adequadas à maturidade do público-
alvo, às condições e contextos educacionais.
Contudo, embora as práticas pedagógicas sejam o vínculo entre teorias e
vivências, elas não podem se restringir ao que se concebe por educação, que é
muito mais ampla. As práticas são a formalização de interações entre professores
e alunos e têm suas funções, em suas categorias metodológicas e de técnicas.
Nesse sentido, também se deve entender que as práticas ainda são parte
de metodologias aplicadas para a realização do ensino e da aprendizagem. Entre
suas características, pode-se destacar: uma organização, que implica princípio,
meio e fim; propósitos; uso de recursos; finalidade e, finalmente, uma resolução.
Um exemplo de uma prática comum nas escolas que pode ser destacada:
a escrita de um texto, que pode ser feita em colaboração, com a finalidade de
passar um tipo informação para um determinado público, usando algumas fontes
de referências, com uma linguagem adequada, relacionada a um universo de
conhecimento ou a uma matéria escolar.
Por ser colaborativo, sua construção deve cuidar de sua coerência, da
coesão, do foco da mensagem, equilibrando as variáveis individuais de
linguagem.
Dessa maneira, essa atividade prática pode gerar desdobramentos sobre
de onde se origina e aonde se quer chegar, em termos de divulgação,
reapropriação, reuso etc.
Esse exemplo ilustra que o fundamental é que uma prática pedagógica não
esteja deslocada do seu contexto de realização, envolvendo sempre alunos e
professores, trabalhando também sentidos críticos e criativos.
No âmbito educacional, as práticas, de modo geral, já contemplam um
histórico que envolve a realização de atividades, visto que estão pautadas,
inicialmente, pelas concepções teóricas que sustentam suas diferentes
abordagens pedagógicas. Vale a pena citar um exemplo que é bastante ilustrativo
de prática no contexto educacional, que é a condução de projetos.
Nesse caso, os projetos são práticas que envolvem uma série de
componentes, sejam humanos e materiais, que buscam engajamento e também
a colaboração.
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Com a aplicação de projetos, pode-se acompanhar um diferencial de
atividades que se deslocam do foco do conteúdo e matrizes previamente
definidos, e se direciona para a construção criativa, pelo aproveitamento de
soluções coletivas.
As atividades também podem ser desencadeadas pelas tecnologias
emergentes, por exemplo, com o uso de plataformas de comunicação, informação
e interação para assuntos educacionais, como o Google Classroom e o Edmodo.
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pensamento, linguagem, memória, atenção dirigida, formação de
conceitos, consciência, entre muitas outras funções que nos tornam
qualitativamente diferentes dos outros animais. Portanto, prática
educativa bem-sucedida é aquela que contribui para que os alunos
tornem-se mais humanos do ponto de vista sócio-histórico.
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Um exemplo a se destacar podem ser os aplicativos para aprendizagem de
línguas estrangeiras, como o Busuu 1, que qualifica comunidades de falantes
nativos para auxiliar nas trocas e interações com os aprendizes, que visam ao
domínio da língua-alvo.
Trata-se de uma plataforma de aprendizagem desenvolvida com base em
uma comunidade colaborativa, como uma rede social, em que muitas vezes seus
colaboradores trabalham de forma voluntariosa. Assim, o Busuu é definido como
uma plataforma comunitária, que visa ao aprendizado informal, ou híbrido de
língua estrangeira, podendo também incorporar o conceito de blended-learning,
pois introduz o celular nos programas presenciais.
Na plataforma do Busuu, a ideia é que o falante nativo se envolva em
relações interativas dessa comunidade, para que possa auxiliar os aprendizes a
ampliar o vocabulário, a aprimorar a pronúncia, a corrigir produções escritas, a
melhorar suas habilidades linguísticas e comunicativas em língua estrangeira.
No caso específico dessa plataforma, em que se insere o aplicativo para a
aprendizagem de inúmeras línguas, trabalha-se com o conceito de um design
educacional universal, com algumas adaptações culturais. A ênfase é fazer com
que o aprendiz possa intuitivamente percorrer interfaces e construir sua forma de
aprender: como memorizar, como exercitar, como se fazer a sua gestão do tempo.
Eles têm o suporte da comunidade, que trabalha colaborativamente, na medida
em que é requisitada.
Outro exemplo a se destacar é a plataforma de comunicação e interação
educacional do Edmodo 2, que promove também uma rede de ações e relações
interpessoais voltadas a comunidades de aprendizes sobre determinado tema, em
que as postagens são trabalhadas e discutidas, com forte inspiração nos
processos presentes em redes sociais.
Segundo Silva e Lima (2014, p. 43)
1
Busuu. Disponível em: <www.busuu.com>.
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significativa e próxima da realidade do aluno e, como qualquer outro
recurso, deve ser entendido como apoio.
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As práticas colaborativas, nesse sentido, devem ser coerentes com o
contexto educacional e linhas pedagógicas adotadas.
O aluno, que é bem orientado, tem confiança e autoestima, tem voz, está
pautado por argumentos consistentes, mostra sua opinião, é o que está preparado
para tais atividades que exigem responsabilidade de colaboração.
Exemplificamos algumas dessas práticas:
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Assim, segundo Torres e Ilara, “na sala de aula colaborativa não é fornecido
nenhum treinamento formal pelo professor sobre técnicas de trabalho em grupo,
pois o professor assume que os alunos possuem as habilidades sociais
necessárias para o trabalho em grupo” (Torres; Ilara, 2014, p. 69).
Na verdade, espera-se tanto de professores quanto de alunos um
comprometimento com as metodologias ativas, com objetivos comuns e
participação efetiva e engajada.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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