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APRENDIZAGEM COLABORATIVA E A TAXONOMIA DE

BLOOM

Valquiria Ferreira Teixeira1

Resumo:

A aprendizagem colaborativa é uma metodologia pedagógica de maneira que se aprende por meio
de colaboração, cooperando uns com os outros no processo de construção de conhecimento.
Mostrar que o ensino aprendizagem fundamenta-se na prática da troca de informações, ideias em
pares de maneira participativa com metodologias ativas que visem a construção de saberes de modo
a serem protagonistas e não meros recebedores de conteúdos pelos professores. A taxonomia de
Bloom é um instrumento pedagógico para auxiliar o planejamento didático de educadores que
devem proporcionar aos educandos os domínios principais que são classificados como o cognitivo,
afetivo e psicomotor. Esses domínios requerem habilidades específicas para cada termo levantado,
pois todos propiciam aprendizagem assertiva, mas, é necessário que respeitamos cada nível e classe.
Pois somente irá avançar para próxima etapa se realmente estiver apto efetivamente, pois suas
produções precisam estar consolidadas, a assimilação do conhecimento concretizada de modo que
possa avançar para o nível seguinte sem prejuízo da aprendizagem. Essa estratégia norteadora da
função pedagógica fornece um esquema estruturado para emparelhar com os objetivos educacionais
propostos, enriquecendo assim a metodologia do ensino aprendizagem.

Palavras-chaves: Aprendizagem Colaborativa. Metodologia ativa. Taxonomia de Bloom.


Ensino e Aprendizagem.

Abstract:

1
Licenciada em Pedagogia na universidade de Cuiabá (UNIC). Especialista em Psicopedagogia Clínica e
Institucional na Faculdade Afirmativo, Especialista em Educação Especial e Inclusão com Ênfase em AEE na
Faculdades Integradas de Várzea Grande (FIAVEC). Especializando em Intervenção ABA para Autismo e
Deficiência Intelectual pelo CBI of Miami. Mestranda em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must
University. E-mail: val_akerleyft@hotmail.com
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Collaborative learning is a pedagogical methodology that learns through collaboration,


cooperating with each other in the process of building knowledge. To show that teaching and
learning is based on the practice of exchanging information, ideas in pairs in a participatory
way with active methodologies aimed at building knowledge in order to be protagonists and
not mere receivers of content by teachers. Bloom's taxonomy is a pedagogical tool to help
educators' didactic planning who must provide students with the main domains that are
classified as cognitive, affective and psychomotor. These domains require specific skills for
each term raised, as they all provide assertive learning, but it is necessary that we respect
each level and class. Because he will only advance to the next stage if he is really effectively
able, as his productions need to be consolidated, the assimilation of knowledge concretized so
that he can advance to the next level without prejudice to learning. This guiding strategy of
the pedagogical function provides a structured scheme to match the proposed educational
objectives, thus enriching the teaching-learning methodology.

Keywords: Collaborative Learning. Active methodology. Bloom's Taxonomy. Teaching and


learning.

1 Introdução

A aprendizagem colaborativa é uma metodologia pedagógica de maneira que se

aprende por meio de colaboração de vários alunos, pessoas diferentes para construção de algo.

O qual chamamos de aprendizagem independente de cada indivíduo, que em conjunto

resolvem problemas com soluções funcionais para cada tarefa proposta, com participação

ativa no processo.

É notório que para aprendizagem colaborativa acontecer é preciso entender que o

processo só ocorrerá com o grupo trabalhando em conjunto, um dependendo do outro para

formação de ideais, construção de conhecimentos de maneira ativa, corroborando com Freitas

e Freitas (2003, p. 12) “...promoveu uma investigação com vista ao seu doutoramento que

consistiu em comparar os efeitos da cooperação e da competição nos grupos.”

Essa abordagem mostra que o ensino aprendizagem, o conhecimento fundamenta-se

na prática de trocas de informações, na busca pelo conhecimento em pares, na interação, na


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construção socialmente explícita e não pela transmissão de conhecimento do professor pelo

aluno.

A taxonomia de Bloom é um instrumento pedagógico para auxiliar o planejamento

didático, elaboração, o arranjo desses objetivos para o avanço cognitivo de obtenção de

habilidades, conhecimentos nesse processo de formação da aprendizagem.

Essa premissa que a define como ferramenta auxiliar na elaboração de objetivos que

visam avaliar o desempenho dos estudantes e seu progresso com as habilidades e

competências para cada etapa serve para hierarquização dos objetivos educacionais.

Com a taxonomia de Bloom conseguimos definir uma tabela com esses objetivos no

qual destacamos o cognitivo, afetivo e psicomotor elencados em cada classe e destacar quais

serão os processos de ensino aprendizagem elencados para cada etapa e quais ações serão

viáveis para que isso venha a ocorrer.

Neste trabalho enfatiza a respeito da aprendizagem colaborativa e a taxonomia de

Bloom embasados em referencias teóricos e na prática colaborativa, colocando o indivíduo a

refletir sobre a prática pedagógica com metodologias ativas que possam desenvolver com

eficiência e qualidade educacional para todos os envolvidos.

2 Aprendizagem e taxonomia de Bloom com a prática colaborativa

É desafiador o papel da contemporaneidade escolar, podemos citar como o maior deles

o aprender a defrontar diante a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e modificá-la

em colaboradora nesse ambiente educacional, impulsionando ações efetivas criadas pela

gestão que determinem o avanço do ensino aprendizagem.


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Os discentes foram, são e continuarão intermediando no desenvolvimento da

aprendizagem, o que não retira a privação de compreender ou se capacitar com a superação da

tecnologia, pois assim conseguiram incluir com dignidade a todos os alunos por direito, sem

distinção, reiterando Fischer coloca:

[...]como produção cultural que nos oferece uma série de possibilidades de expressão
audiovisual, de comunicação de sentimentos, ideias, indagações, informações faz de
seu uso e estudo uma forma de pensar os problemas, as possibilidades e os impasses
da educação na contemporaneidade – fortemente marcados por alguns sintomas
culturais, relacionados às mudanças tecnológicas nas diferentes práticas de
comunicação e de informação de nosso tempo. Há, portanto, um cruzamento básico aí,
entre uma forma de expressão cultural, própria de nosso tempo, dos modos de
aprender e de ensinar, certamente alterados pela existência desse e de outros meios de
comunicação e informação. (Fischer, 2006, p.17).

É preciso centrar as ações juntamente com os objetivos educacionais para o bom

desempenho da escola no decorrer do período letivo, os domínios cognitivo, afetivo e

psicomotor dos estudantes como também o conhecimento e habilidades desenvolvidas com os

colaboradores para que estes estejam alinhados com as metodologias ativas e o

desenvolvimento dos ambientes ao seu entorno, gerando assim satisfação e rendimento para

ambos.

Segundo Costa (2001, p. 4) que define metodologia como “uma disciplina que se

relaciona com a epistemologia e consiste em estudar e avaliar os vários métodos disponíveis,

identificando suas limitações ou não no âmbito das implicações de suas aplicações”.

Assim podemos colocar como prática colaborativa o Design Thinking (DT) que cria

condições favoráveis de resolução de problemas e análise de projetos desenvolvendo de modo

participativo, colaborativo e com foco nas pessoas. Corroborando com Valente (1999, p. 6) “a

verdadeira função do aparato educacional não deve ser a de ensinar, mas sim a de criar

condições de aprendizagem”.
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Esse modelo educacional, da taxonomia dos objetivos, tem contribuição direta para o

processo de ensino aprendizagem, pois centra os alunos como responsáveis por seus

conhecimentos, colocando-os como protagonista da sua trilha escolar e participativo na

construção de conhecimentos com seus pares.

Pois se sabe que para conseguir ter êxito nessa dinâmica inovadora e motivadora é

necessário que todos contribuam com suas informações, sendo pessoas ativas no processo

dessa construção. E a DT (design thinking) é uma metodologia bastante eficiente nessa

demanda, de colocar o aluno como centro e protagonista do seu aprendizado, colaborando em

pares na descoberta e desempenho de novas habilidades e competências.

Seus objetivos gerais e específicos utilizados para essa dinâmica são:

 Gerais: Desenvolver projeto colaborativo, participativo com ênfase nos

indivíduos e o que eles assentem;

Implementar ações que estejam relacionadas com os objetivos

educacionais;

Validar e otimizar os trabalhos pedagógicos no processo de ensino

aprendizagem.

 Específicos: Definir estratégias inovadoras para as aulas;

Registrar interesses e ideias novas do grupo;

Identificar os objetivos propostos;

Debater argumentos referente ao tema levantado;

Organizar roteiros para aulas;

Avaliar implementação dos temas.

Esse trabalho com DT consolida o que temos encontrado na educação

contemporânea, que é a inovação nas estratégicas pedagógicas com vistas a uma

aprendizagem ativa e o aluno sendo o protagonista da ação.


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Pois quando propomos o trabalho em grupo, pares, notamos a motivação e a

participação de todos no processo, pois estão em consonância com aquilo que estão

pesquisando e elaborando em conjunto, fortalecendo a integração da categoria afetiva e a

cognitiva nas habilidades propostas.

O professor passa a ser o mediador, como parte do grupo e não mais o centro. É

interessante como essa dinâmica é desafiadora para os discentes, pois o tradicional já não cabe

mais aos novos modelos de metodologias ativas implantadas com a nova realidade

educacional.

3 Considerações finais

Depois de analisarmos sobre o tema proposto desse trabalho conseguimos refletir

acerca do quanto a educação contemporânea tem mantido esforços para promover uma

educação de qualidade e inovadora diante do cenário atual na rede de ensino.

A gestão educacional busca garantir que seus colaboradores, professores tornem-se

mediadores e fazem do processo de aprendizagem uma etapa leve e instigadora para seus

estudantes, tornando-os protagonista dessa atuação no âmbito educacional.

A aprendizagem colaborativa tem como o objetivo a ampliação da aprendizagem dos

estudantes pois criam condições significativas para o avanço educacional proporcionando aos

alunos acesso a metodologias ativas de qualidade.

Sendo a aprendizagem colaborativa fundamental para que o processo do ensino ocorra

é proposto as pessoas que diferentes esquemas de ideias são opções para se criarem um roteiro

para soluções de problemas, gerando assim novas habilidades e conhecimentos que

enriquecem a prática dessa atividade compartilhada.

Já a taxonomia de Bloom apresenta a definição dos objetivos de aprendizagens para o

planejamento de aulas dinâmicas e envolventes que garantam o domínio de novas habilidades


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estabelecendo critérios de avaliação para o desempenho do processo de ensino aprendizagem

em conformidade a prática pedagógica DT (design thinking).

Diante desse estudo sobre a revisão bibliográfica da aprendizagem colaborativa e

taxonomia de Bloom e a prática colaborativa faz-se necessário aprofundar-se nesse tema,

buscando leituras para melhor compreensão e enriquecendo a construção crítica significativa.

4 Referências bibliográficas

Freitas, L.V. e Freitas C.V. (2003). Aprendizagem Cooperativa. Porto: Edições Asa.

Fischer, R. M. B. (2006). Televisão & Educação: Fruir e pensar a TV. Belo Horizonte.

Autêntica.

Valente, J. A. (1999). Por que o Computador na Educação? Disponível em:

http://www.ich.pucminas.br/pged/wp/prepes/wq/local/infoed/txtie9doc.pdf [Acesso em 15 de

abril 2022].

Costa, M. A. F. Costa, M. F. B. (2001). Metodologia da pesquisa, conceitos e técnicas. Rio de

Janeiro: Inter ciência.

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