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1.

Relação entre a Pedagogia e Didáctica

A didáctica é uma ciência pedagógica, sendo por isso que mantem relação com a pedagogia.

A didáctica opera a interligação entre a teoria e pratica. Ela engloba um conjunto de


conhecimentos que entrelaçam contribuições de diferentes esferas científicas (teoria da
educação, teoria do conhecimento, psicologia, sociologia, etc.), junto com requisitos de
operacionalização.

A Pedagogia investiga a natureza das finalidades da educação como processo social, no seio
de uma determinada sociedade, bem como as metodologias apropriadas para a formação dos
indivíduos, tendo em vista o seu desenvolvimento humano para tarefas na vida em sociedade.

2. Didáctica

2.1.Evolução Histórica da Didáctica

A evolução da didáctica, a partir dos trabalhos de Ratke e Comênio, foi lenta, se comparada
com outras ciências. Uma causa fundamental, já foi mencionada, era que os estudos sempre
focalizavam, indistintamente, instrução, ensino e educação como se fossem fenómenos de
uma mesma essência.

Evolução, se destacam em ordem cronológica:

 Jean Jacques Rousseau  (1712-1778) foi um pensador que procurou interpretar essas
aspirações, propondo uma concepção nova do ensino, baseado nas necessidades e
interesses imediatos da criança.

 Henrique Pestalozzi  (1746-1827) deu grande importância ao ensino como meio de


educação e desenvolvimento das capacidades humanas.

 Johann Friedrich Herbart  (1766-1841) pedagogo alemão com grande influência e


relevância na didáctica e na prática docente. Para ele, o fim da educação é a moralidade. A
instrução é introduzir ideias corretas na mente do homem.

 A.Diesterweg (1790-1866)  didacta alemão que trabalho sobre o desenvolvimento do


professor.

 John Dewey  (l859 - l952) foi um destacado representante de uma das tendências do
pragmatismo didáctico. Na didáctica, sua maior contribuição está no ensino laboral e a
relação do ensino com a vida.
2.2.Contribuição de alguns Educandos na Configuração da didáctica como área
específicas de Estudo

2.3. Objecto de Estudos da Didáctica e / ou Conceito

O objecto de estudo da Didáctica é o processo de ensino, que inclui os conteúdos dos


programas e dos livros didácticos, os métodos e formas organizativos do ensino, as
actividades do professor e dos alunos e as directrizes que regulam e orientam esse processo

2.4. Relação da Didáctica com outras Ciências

A didáctica é uma ciência pedagógica, por isso mantém uma relação com a pedagogia. Mas
também vemos que devido à complexidade do processo de ensino e aprendizagem, de um
lado, e por outro, tendo em conta o carácter interdisciplinar de quase todos os ramos de saber,
a didáctica mantém relações com outras ciências.

No que diz respeito às outras disciplinas, constatamos que a relação da didáctica geral com
estas disciplinas se explica da seguinte forma:

A psicologia indica à didáctica as oportunidades que melhor favorecem a


expansão/desenvolvimento da personalidade, bem como os processos que melhor garantem a
efectivação da aprendizagem.

A biologia orienta sobre o desenvolvimento físico e os índices de fadiga dos alunos.


A sociologia indica as formas de trabalho que permitem desenvolver a solidariedade, a
liderança e responsabilidade.
A filosofia actua na integração das demais ciências que servem de base à didáctica,
coordenando-as numa visão que tem por fim explicar ao educando como um ser completo
que necessita de atendimento adequado, personalizado, de forma que se possam efectivar os
propósitos da educação.
2.5. Diferenciar o objecto de Estudo da Didáctica geral e Didáctica Especificas.

Libânio (2008) busca a unidade entre uma Didáctica Geral do ensino e as metodologias
específicas. Defende a unidade e a interdependência por meio da relação indissociável entre
“as questões pedagógico-didácticas e a questão epistemológica” (p. 63). Sob esta óptica, o
pedagógico está sempre em conexão com o epistemológico. O autor discute quatro
argumentos a favor da integração entre Didáctica e didácticas específicas ou especiais,
sinteticamente apresentados a seguir:

a) A didáctica e as didácticas especiais têm o ensino como objecto de estudo e de pesquisa.


Elas têm as mesmas tarefas, ou seja, explicitar o processo docente do conhecimento;

b) As formas de ensinar dependem das formas de aprender, pois o elemento nuclear é a


aprendizagem do aluno;

c) Aprender é desenvolver as capacidades cognitivas do estudante de modo que domine


conceitos, forme esquemas mentais, raciocine logicamente, argumente e solucione problemas
etc.;

d) A didáctica e as didácticas especiais, vinculadas à pedagogia, atribuem uma


intencionalidade formativa ao acto de ensinar.

3. Processo de Ensino e Aprendizagem.

3.1. Particularidades de uma educação com carácter intencional:

3.2. Conceitualização do PEA

Aprender é o processo de assimilação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais


simples onde a criança aprende a manipular os brinquedos, aprende a fazer contas, lidar com
as coisas, nadar, andar de bicicleta etc., até processos mais complexos onde uma pessoa
aprende a escolher uma profissão, lidar com as outras. Dessa forma as pessoas estão sempre
aprendendo (LIBÂNEO, 1994). Para que se possa haver aprendizagem é necessário que haja
todo um processo de assimilação onde o aluno com a orientação do professor passa a
compreender, reflectir e aplicar os conhecimentos que foram obtidos, assim à aprendizagem é
observada com a colocação em prática por parte do aluno dos conhecimentos que foram
transmitidos durante uma aula ou actividade.

O processo de ensino Ensinar é a actividade que tem por finalidade que o outro obtenha o
conhecimento. Para que se tenha um ensino de forma que realmente agregue valor é preciso
que o professor como sendo um transmissor de conhecimentos se utilize de métodos e
técnicas adequadas que tenham base não apenas no contexto geral como o local, assim a
necessidade básica do aluno será encarada como uma ponte para o ensino e não como um
obstáculo.

Segundo Libâneo (1994, p. 90) “a relação entre ensino e aprendizagem não é mecânica, não é
uma simples transmissão do professor que ensina para um aluno que aprende.” Ele mesmo
concluiu que é algo bem diferente disso “é uma relação recíproca na qual se destacam o papel
dirigente do professor e a actividade dos alunos.” Dessa forma podemos perceber que “O
ensino visa estimular, dirigir, incentivar, impulsionar o processo de aprendizagem dos alunos.

A relação de ensino e aprendizagem não deve ter como base a memorização, por outro lado
os alunos também não devem ser deixados de lado sozinhos procurando uma forma de
aprender o assunto, o professor nesse caso sendo apenas um facilitador (LIBÂNEO, 1994).

3.3.Características do PEA

O processo de ensino-aprendizagem é uma actividade particular que se distingue pelas suas


características próprias. Assim, dentre outras características, podemos dizer que o PEA
apresenta as seguintes características:

 Carácter social
 Carácter educativo
 O PEA desenvolve a personalidade
 O PEA é um processo dinâmico de desenvolvimento, isto é, dialéctico.
 O PEA tem carácter sistemático e planificado
 O PEA é regido por leis que se exprimem em regularidades

3.4.Diferença Entre Instrução e Educação.


A instrução se refere a formação intelectual, formação e desenvolvimento das capacidades
cognoscitivas mediante o domínio de certo nível de conhecimentos sistematizados.
O ensino corresponde a acções, meios e condições para realização da instrução: contém, pois a
instrução.

Educação é instituição social, que se organiza no sistema educacional de um país, num


determinado momento histórico. É um produto significando os resultados obtidos da acção
educativa conforme propósitos sociais e políticos pretendidos. É Processo por consistir de
transformações sucessivas tanto no sentido histórico quanto no de desenvolvimento da
personalidade.

4. Descrição das Tarefas do Professor e do Aluno na Relação Dialéctica entre eles.

 Os aspectos didácticos devem estar subordinados à definição de propósitos educativos


válidos (socialmente) para orientar nosso trabalho;
 Os objectivos que nos propomos alcançar junto aos alunos são o elemento
fundamental em nosso trabalho lectivo e quando realmente nos propomos ser
educadores;
 Diferentes nações tem concepções diferentes das coisas e, sendo assim, a ideia de
educação não é a mesma e, consequentemente, os propósitos de educação e do PEA
também não são os mesmos, havendo, inclusive, possibilidade de adaptações no
interior da mesma nação em função das características dos alunos (sobretudo no que
diz respeito ao nível de progresso e dificuldades de aprendizagem), do contexto social
e regional onde se localiza a escola, etc.: o PEA é um processo contextualizado cuja
finalidade é conseguir a partir do nível de partida dos alunos, chegar à uma verdadeira
aprendizagem destes com o apoio do trabalho didáctico do professor.

5. Estrutura da Aula (o Momento entre o professor e Alunos na sala de Aula).


Conclusão

Depois de uma leitura criteriosa a respeito da didáctica na formação docente, concluiu-se que
ela é o enfoque principal da teoria, tornando-se imprescindível nos trabalhos pedagógicos e
tendo em vista a sua essência na consumação dos objectivos propostos. Levando em conta a
necessidade de sua flexibilização para atender as diversidades de acordo as necessidades de
cada professor, de cada aluno e do contexto trabalhado. Ela favorece uma aprendizagem
qualitativa, tendo em vista, focalizar sempre o melhor para os alunos e viabilizar facilidades
no trabalho do professor, tornando suas acções seguras e precisas.

A didáctica é a disciplina que fundamenta a prática docente. Somente através dela é que
teoria e prática se consolidam, porque ela investiga, orienta e proporciona a realização da
formação do indivíduo, construindo e reconstruindo conhecimentos evoluindo para o novo.
Isento da didáctica, o ramo da pedagogia não teria oportunidades de aquisições da
aprendizagem do aluno, seria um desperdício de assuntos sem fundamentação e bases
metodológicas.

A didática oferece um suporte seguro para a realização de estratégias, que visam


possibilidades para uma nova reflexão-ação, atenuando os reais empecilhos impregnados no
processo ensino-aprendizagem e consolidando teoria e prática no trabalho docente. Jamais se
trilharia um caminho de difícil acesso, chegando no lócus desejado, sem o suporte de um
meio de orientação como um mapa, uma bússola ou coisa parecida. De forma semelhante é o
trabalho pedagógico que não deve ser conduzido de maneira aleatória, sem destino ou sem a
mira um ponto de chegada.

Enfim, a condução de um trabalho pedagógico carece de um planejamento possível, do


mapeamento de um roteiro que facilite o acesso de onde se quer chegar. Pelo contrário, é
como se estivéssemos atirando sem pontaria ou navegando em um barco sem bússola, rumo a
lugar nenhum.
Bibliografia

COMÊNIUS, João Amos. Didática Magna. São Paulo: Martins Fontes. 1996.

FREIRE, Paulo Reglus Neves (1996).

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 1990.

LUCKESI, Cipriano Carlos.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1990.

TOSI, Maria Reineldes. Didática Geral; um olhar para o futuro. 3ª ed. Campinas-SP.


Editora Alínea, 2003.

ARAUJO, J. As intencionalidades como diretrizes da prática pedagógica. Em Pedagogia


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LUAIZA, B.A. Pedagogia e Didática: duas ciências autônomas. Imperatriz: BeniRos,


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NIVAGARA, Daniel Daniel. Didáctica Geral – Aprender a Ensinar. Módulo de Ensino à


distância, Universidade Pedagógica.

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