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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DZIVA -NGUTO (IMPOD)

ENFERMAGEM GERAL

CADEIRA: PATOLOGIA

1 ᵒ ANO ; TURMA - A

1 ᵒ S EMESTRE

Formanda:

Ancha Amede Amisse

Manjacazi, abril 2022


Índice
Introdução ........................................................................................................................ 3

Pneumonia ....................................................................................................................... 4

Sintomas da pneumonia................................................................................................... 5

Diagnóstico e tratamento da pneumonia ......................................................................... 5

Fatores de risco da pneumonia ........................................................................................ 6

Causas da pneumonia ...................................................................................................... 6

Pneumonia bacteriana...................................................................................................... 7

Pneumonia vírica ............................................................................................................. 7

Pneumonia fúngica .......................................................................................................... 7

Pneumonia química ......................................................................................................... 8

Pneumonia de aspiração .................................................................................................. 8

Pneumonia atípica ........................................................................................................... 8

Pneumonia comunitária, nosocomia................................................................................ 9

Características gerais das pneumonias virais, bacteriana e fúngica ................................ 9

Prevenção da pneumonia ................................................................................................. 9

Conclusão ...................................................................................................................... 11

Referências bibliográficas ............................................................................................. 12

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Introdução

O presente trabalho aborda pneumonia é um dos problemas médicos mais comuns na prática clínica e é a
principal doença infecciosa fatal em todo o mundo. Apenas nos Estados Unidos, 4 milhões de indivíduos
desenvolvem pneumonia a cada ano, e um milhão de indivíduos necessitam de hospitalização, resultando
em 75 mil mortes e 10 bilhões de dólares em gastos. A despeito da capacidade da terapia antimicrobiana
em ampliar as defesas normais do hospedeiro e prevenir/controlar as infecções, erros de prescrição são
comuns, incluindo o tratamento de colonizações, terapia empírica não ideal, combinação terapêutica
inadequada, erros na dose e nos intervalos e má condução de falha antimicrobiana aparente.
Considerações inadequadas sobre o potencial de resistência antimicrobiana, a penetração tissular, as
interacções medicamentosas, os efeitos colaterais e o custo também limitam a eficácia da terapia
antimicrobiana. Fundamentos em pneumonia é um guia conciso, prático e especializado para o
diagnóstico, a avaliação, o tratamento e a prevenção de pneumonia adquirida na comunidade (PAC),
pneumonia adquirida em asilos (PAA), adquirida no hospital (pneumonia nosocomial) (PAH),
tuberculose (TB), pneumonias crónicas e pneumonias em indivíduos imunocomprometidos.

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Pneumonia

Pneumonia é uma inflamação aguda que acomete os pulmões. Os pulmões são órgãos relacionados ao
processo de respiração. Nele estão contidos milhões de alvéolos, estruturas onde ocorrem as trocas
gasosas (hematose). Os alvéolos são bolsa presentes na última porção da árvore brônquica,
apresentando paredes constituídas por tecido epitelial fina apoiado em tecido conjuntivo rico em
capilares sanguíneos. A pneumonia ocorre devido a penetração de agentes irritantes, como
substâncias tóxicas, ou infecciosos, como vírus, fungos e bactérias, nas vias respiratórias acometendo,
geralmente, os alvéolos. A inflamação ocorre como uma resposta do organismo à acção destes
agentes.

Figura ilustrativa de pneumonia

A pneumonia pode acometer indivíduos de qualquer idade. No entanto, crianças menores de 5 anos e
idosos são muito afetados e merecem atenção especial. De acordo com a OMS, a pneumonia é a
principal causa de mortes de crianças menores de 5 anos em todo o mundo. No ano de 2009, a OMS
propôs o dia 12 de novembro como o Dia Mundial da Pneumonia. Este dia tem como objetivo
conscientizar a população sobra a importância da prevenção contra esta doença.

A pneumonia pode ser classificada de duas formas de acordo com a forma de aquisição:

 Pneumonia comunitária: quando é adquirida fora do ambiente hospitalar ou nas primeiras 48


horas de internação.

 Pneumonia hospitalar: ocorre após 48 horas de internação ou até 15 dias após a alta hospitalar.
No entanto, pode-se classificar também como pneumonia hospitalar, se esta ocorrer num período
inferior a 48 horas, quando o paciente esteve hospitalizado por mais de 2 dias nos últimos 90 dias
antes da nova internação, quando estes vivem em casas de repouso, em casos onde receberam
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antibioticoterapia endovenosa recentemente, quimioterapia ou curativos nos últimos 30 dias e
pacientes dialisados.

Sintomas da pneumonia

Dentre os sintomas que se manifestam decorrentes da pneumonia podemos citar:

 Febre alta;

 Tosse com secreção;

 Secreção de cor amarelada ou esverdeada;

 Dor no tórax;

 Cansaço e fadiga ;

 Falta de ar;

 Alterações da pressão arterial;

 Confusão mental;

 Toxemia (excesso de toxinas no sangue).

Diagnóstico e tratamento da pneumonia

O diagnóstico da pneumonia é realizado através de análise dos sintomas do paciente, auscultação dos
pulmões, exames laboratoriais e de imagem. O exame de imagem mais comumente realizado é a
radiografia dos pulmões. Este exame não ajuda não apenas no diagnóstico, mas também na avaliação
da gravidade da doença e se o paciente está respondendo bem ao tratamento. Dentre os exames
laboratoriais podemos citar o hemograma. O hemograma, assim como a radiografia, além de auxiliar
no diagnóstico, permite avaliar a gravidade da doença. Além disso, podem ser solicitados exames
complementares para identificar ao agente causador da pneumonia.

O tipo de tratamento realizado para a pneumonia depende do agente causador da doença. Em


pneumonias causadas por bactérias, por exemplo, o tratamento é realizado com uso de antibióticos. Já
em pneumonias virais, são utilizados medicamentos para o alívio dos sintomas e, em alguns casos,
medicamentos antivirais. A pneumonia deve ser tratada de forma adequada, pois ela pode evoluir para
um quadro mais grave, podendo, inclusive, levar o paciente à óbito.

Os médicos costumam realizar o diagnóstico da pneumonia não só através dos sintomas que
caracterizam esta patologia, mas também com a realização de um exame ao tórax do doente. A
radiografia ou RX de tórax é realizada para confirmar o diagnóstico.
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Imagem ilustrativa de como a radiografia pulmonar, são essenciais para a realização do
diagnóstico de pneumonia

Fautores de risco da pneumonia

Alguns fatores podem contribuir para o desenvolvimento da pneumonia. Dentre estes fatores
podemos citar: o tabagismo, devido a reação inflamatória causada por substâncias presentes
no cigarro e que acaba contribuindo para a instalação de agentes infecciosos; Uso de álcool, pois pode
afetar o sistema imunológico; Uso de ar condicionado, pois deixa o ar seco facilitando a infecção por
alguns agentes como vírus e bactérias; mudanças bruscas de temperatura, devido a queda da
imunidade, o que facilita o surgimento de infecções; gripes e resfriados mal tratados.

Causas da pneumonia

A pneumonia é uma doença grave, sendo mais frequente nos adultos com mais de 60 anos de idade,
afetando no entanto de igual modo ambos os sexos.

Na criança ou bebé (pneumonia infantil) as causas são ligeiramente diferentes das do adulto, bem
como o quadro clínico. Aqui fazemos referência, essencialmente, à pneumonia nos adultos.

Existe uma variedade de epónimos aplicados a várias formas de pneumonia, que refletem a
epidemiologia do processo e o provável agente causador. Pois, apesar da melhoria dos métodos de
identificação e de diagnóstico, só uma pequena percentagem do agente causadora da pneumonia é
identificado. Admite-se, contudo, que seja restrito o número de agentes a causar a grande maioria das
pneumonias.

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Pneumonia bacteriana

Denomina-se pneumonia bacteriana quando a doença é causada por bactérias. O agente bacteriano
mais comum é o Streptococcus pneumoniae (agente da pneumonia pneumocócica), seguido pelo
haemophilus influenzae, daí que todos os esquemas de tratamento empírico devam abranger estes
agentes.

Os agentes gram negativos como Escherichia coli, Klebsiella, Proteus, Enterobacter são menos
frequentes, porém existe um risco acrescido em doentes com doenças crónicas (doença cardíaca,
neoplasias, insuficiência renal, diabetes, etc), alcoolismo e em doentes A Pseudomonas Aeruginosa é
um agente agressivo que provoca formas graves de pneumonia, todavia, é um agente pouco frequente,
felizmente. Atinge, essencialmente, pacientes portadores de doenças pulmonares crónicas graves.

Existem outros agentes denominados atípicos que são responsáveis por 15 a 35% das pneumonias
(Pneumonia atípica), dentre os quais destacam-se a Chlamydia psittacy, Mycoplasma pneumoniae,
coxiella burnetti e a Legionella (Doença do Legionário).

Os agentes atípicos apresentam crescimento intracelular, dificultando assim o seu diagnóstico pelos
meios habituais e são resistentes aos antibióticos Beta-lactamicos (frequentemente utilizados como
tratamento de primeira linha da pneumonia).

As pneumonias nos doentes imunodeprimidos (doentes com HIV por exemplo) podem ser originadas
por outro tipo de agentes que não provocam doença em indivíduos saudáveis.

Pneumonia vírica

A causa mais comum de pneumonia viral ou vírica é a provocada pelo vírus Influenza A (O vírus
Influenza é o causador da gripe e é classificado em A, B e C), que ocorre predominantemente nos
meses de inverno.

Alguns indivíduos infectados por outros vírus, nomeadamente o vírus da varicela e da mononucleose
(vírus Epstein-Barr), podem desenvolver um quadro de pneumonia, embora raramente ocorra em
indivíduos saudáveis.

Pneumonia fúngica

A pneumonia fúngica é provocada por fungos. Este tipo de pneumonia ocorre essencialmente em
indivíduos imunodeficientes, daí serem denominados de agentes oportunistas. Desses agentes
destacamos a cândida e o pneumocistis jiroveci, muito comum em doentes com SIDA.

O aspergillus pode infectar o pulmão com alterações anatómicas (cavitações) de doentes


imunocompetentes.

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Pneumonia química

Por vezes, a inalação de gases tóxicos provenientes de silagens, onde se verifica a libertação de
dióxido de azoto, pode provocar uma doença aguda que simula uma pneumonia bacteriana ou vírica
aguda quer na clínica quer na radiografia do tórax. O mesmo se passa com os trabalhadores da
indústria têxtil (essencialmente em tinturarias), expostos a aerossóis de produtos químicos orgânicos
(concebidos para polimerizar em mistura) que poderão desenvolver uma pneumonia organizativa.

Pneumonia de aspiração
A pneumonia por aspiração pode ocorrer após um episódio de aspiração (ex. do conteúdo gástrico) ou
de obstrução brônquica por um corpo estranho. Muitas vezes as circunstâncias predisponentes são
claras (ex. alcoolismo, refluxo esofágico noturno, piorreia, uma sessão prolongada na cadeira
odontológica, epilepsia, ou sinusite crónica em pacientes com reflexo do vómito ausente). Nessas
circunstâncias, a pneumonia pode desenvolver-se de uma forma mais insidiosa do que após a
aspiração evidente. A relação entre o desenvolvimento da pneumonia e as circunstâncias
predisponentes pode não ser perceptível no momento. Por esta razão, deve questionar-se
especificamente em relação a tais fatores patogénicos possíveis.

Se não for tratada, a pneumonia por aspiração pode progredir rapidamente para um processo
necrosante que é geralmente devido a um organismo anaeróbio. O processo pode envolver um
segmento pulmonar, um lóbo, ou um pulmão inteiro, com extensão final para a pleura ("empiema").
Em alguns doentes, a pneumonia necrotizante culmina com abcessos pulmonares, noutros por sua vez
a aspiração produz uma doença com uma duração de várias semanas que se caracteriza por mal-estar,
tosse produtiva e febre baixa.

Pneumonia atípica

Denomina-se pneumonia atípica a um grupo de doentes cuja doença se caracteriza pela existência de
escassa expectoração e não se revela agente nos esfergaços de expectoração (Coloração Gram ou
ziehl- Neelsen) ou culturas (incluindo para micobactérias e Legionella). A manifestação clínica da
doença é geralmente subaguda e a imagem radiológica que consiste de infiltrados irregular ou num
padrão intersticial. A febre e leucocitose periférica são menos comuns ou intensas do que em
pneumonias bacterianas comuns.

Os agentes causadores deste tipo de doença são muito heterogéneos e denominam-se atípicos:
Mycoplasma pneumoniae, chlamydia psittaci, chlamydia pneumoniae, vírus do trato respiratório
(influenzae, adenovírus, VSR, parainfluenzae vírus), outros vírus (Varicela zóster, Epstein Barr,

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citomegalovírus, metapneumovirus), bactérias (Legionella, F. Tularensis, Y. Pestis, B. anthracis),
Ricketsia (C. Burnetti – Febre Q).

Pneumonia comunitária, nosocomia

A maior parte das pneumonias desenvolvem-se na comunidade onde o doente está inserido, sendo por
tal motivo designada por pneumonia adquirida na comunidade ou pneumonia comunitária.

Pode também contrair-se a doença quando se está internado no hospital com outro problema, sendo
neste caso designada de pneumonia hospitalar ou pneumonia nosocomial.

Características gerais das pneumonias virais, bacteriana e fúngica

Características Pneumonia Viral Pneumonia Pneumonia


Bacteriana Fúngica
Inicio Insidioso Abrupto Subagudo/crón
ico
Antecedentes Comum Menos comum Incomum
DRA
Aspectos Não toxêmico toxêmico Não Toxêmico
Rigidez Comum Comum Incomum
Tosse Improdutiva Produtiva Frequentement
e Produtiva
Encarro Nenhum/mucóide Purulento Purulento
(quando
presente)
Dor pleurítica Rara (apenas Frequentemente Presente às
influenza) presente vezes

Prevenção da pneumonia
Algumas atitudes podem ajudar a prevenir a pneumonia, como:

Lavar sempre as mãos;

Evitar aglomerações;

Evitar o tabagismo;

Evitar o consumo excessivo de álcool;

Manter ar condicionado em condições adequadas;


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Evitar mudanças bruscas de temperatura;

Vacinar-se. A vacina contra pneumonia pneumológica ajuda a prevenir formas graves de


pneumonia. A vacina contra a pneumonia é recomendada para crianças menores de seis anos e idosos
acima de 50, principalmente, acima de 60 anos. Estes são os grupos mais afectados pela pneumonia.
Além disso, casos especiais, como pessoas com doenças crónicas, devem vacinar-se independentes da
idade. A vacina contra a gripe também é um aliado na prevenção contra esta doença.

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Conclusão
Conclui que o estudo de pneumonia e bastante importante pois da saber sobres os riscos de
pneumonia e como prevenir. Na criança ou bebé (pneumonia infantil) as causas são ligeiramente
diferentes das do adulto, bem como o quadro clínico. Aqui fazemos referência, essencialmente, à
pneumonia nos adultos. Existe uma variedade de epónimos aplicados a várias formas de pneumonia,
que reflectem a epidemiologia do processo e o provável agente causador. Pois, apesar da melhoria
dos métodos de identificação e de diagnóstico, só uma pequena percentagem do agente causadora da
pneumonia é identificado. Admite-se, contudo, que seja restrito o número de agentes a causar a
grande maioria das pneumonias. A vacina contra pneumonia pneumológica ajuda a prevenir formas
graves de pneumonia. A vacina contra a pneumonia é recomendada para crianças menores de seis
anos e idosos acima de 50, principalmente, acima de 60 anos. Estes são os grupos mais afectados pela
pneumonia. Além disso, casos especiais, como pessoas com doenças crónicas, devem vacinar-se
independentes da idade.
A vacina contra a gripe também é um aliado na prevenção contra esta doença.

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Referencias bibliograficas
1. Chang M, Rozenfeld M, Cunha BA. Community-acquired pneumonia: pneumocystis carinii vs.
mycobacterium tuberculosis (TB). Infectious Disease Practice 27:253-4, 2003.
2. Cotton LM, Strampfer MJ, Cunha BA. Legionella and mycoplasma pneumonia: a community
hospital experience. Clinics in Chest Medicine 8:441-53, 1987.
3. Cunha BA. Severe community-acquired pneumonia: determinants of severity and approach to
therapy. Infections in Medicine 22:53-8, 2005.
4. Cunha BA. Empiric oral monotherapy for hospitalized patients with community-acquired
pneumonia. An idea whose time has come.
5. European Journal of Clinical Microbiology and Infectious Disease 23:78-81, 2004.
6. Cunha BA. Severe acute respiratory syndrome (SARS) – a clinical perspective. Infectious
Diseases Practice 27:191-6, 2003.

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