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Universidade Zambeze

Faculdade de Ciências e Tecnologias

Departamento de Engenharia de Processos Industriais – Pós Laboral

PROCESSOS TECNOLÓGICO DE PRODUÇÃO DA MANTEIGA

Discente

João Arone Sitole Massanganique

Beira, Abril de 2021


Universidade Zambeze
Faculdade De Ciências e Tecnologia
Engenharia de Processos Industriais

PROCESSOS TECNOLÓGICO DE PRODUÇÃO DA MANTEIGA

Discente
João Arone Sitole Massanganique

Docente:
PhD.Eng. Salvador Carlos Grande

Beira, Abril de 2021


3

Índice
Resumo ....................................................................................................................................... 5

1. Introdução ............................................................................................................................... 6

2. Objectivos do Estudo .............................................................................................................. 7

2.1 Objectivo geral ..................................................................................................................... 7

2.2 Objectivos específicos .......................................................................................................... 7

3. Metodologias .......................................................................................................................... 7

4. Revisão bibliográfica .............................................................................................................. 8

4.1 Manteiga-Definição .............................................................................................................. 8

4.2 Matéria-Prima para produção da manteiga ........................................................................... 8

4.3 Origem da matéria-prima...................................................................................................... 8


4.4 Tipos de manteiga................................................................................................................. 9
4.5 Composição Da Manteiga .................................................................................................... 9

4.6 Consumo de água ................................................................................................................. 9


4.7 Transporte da nata .............................................................................................................. 10
4.8 A História Da Manteiga ...................................................................................................... 10

4.9 Descrição do Processo de Produção ................................................................................... 12


4.9.1 Fluxograma ...................................................................................................................... 12
4.9.2 Descrição das Etapas da produção da manteiga .............................................................. 13
4.9.2.1 Obtenção do creme ....................................................................................................... 13
4.9.2.2 Desnate natural ............................................................................................................. 13
4.9.2.3 Desnate mecânico ......................................................................................................... 13

4.9.2.4 Filtração do creme ........................................................................................................ 14

4.9.2.5 Tratamento do creme .................................................................................................... 14

4.9.2.6 Estocagem do creme ..................................................................................................... 14

4.9.2.7 Padronização ................................................................................................................. 14


4.9.2.8 Neutralização ................................................................................................................ 14
4.9.2.9 Pasteurização ................................................................................................................ 15
4.9.2.10 Resfriamento ............................................................................................................... 16
4

4.9.2.11 Maturação ................................................................................................................... 16

4.9.2.12 Maturação natural ....................................................................................................... 16


4.9.2.13 Maturação artificial..................................................................................................... 17
4.9.2.14 Batedura ...................................................................................................................... 17
4.9.2.15 Lavagem da manteiga ................................................................................................. 17

4.9.2.16 Salgada manteiga ........................................................................................................ 17


4.9.2.17 Malaxagem ................................................................................................................. 18
4.9.2.18 Embalagem ................................................................................................................. 18
4.9.2.19 Armazenamento .......................................................................................................... 18
4.10 Parâmetros mínimos de qualidade da manteiga ............................................................... 18
4.11 Principais equipamentos utilizados na produção .............................................................. 19
4.11.1 Tanque de recepção ....................................................................................................... 19

4.11.2 Pasteurizador ................................................................................................................. 20

4.12 Balanços materiais e bancos energéticos .......................................................................... 20

4.13 Partes componentes da indústria....................................................................................... 21


4.14 Estudos de impacto ambiental .......................................................................................... 22
4.15 Saúde ocupacional e segurança ........................................................................................ 22
4.15.1 Vantagens da Produção Mais Limpa ............................................................................. 23

4.15.2 Ruído e suas Consequências .......................................................................................... 23

4.15.2 Inspecção de segurança ................................................................................................. 24

4.15.3 Modalidades de inspecção ............................................................................................. 24

4.15.4 Técnicas de prevenção de incêndio ............................................................................... 25

4.15.5 Combate a incêndios...................................................................................................... 26

4.15.6 Extintores ....................................................................................................................... 26


4.15.7 Hidrantes e chuveiros automáticos ................................................................................ 26
4.16 Processos e efluentes da indústria de lacticínios .............................................................. 27
4.17 Avaliação económica do projecto ou processo de produção ............................................ 28
5. Conclusão ............................................................................................................................. 32
6. Bibliografia Consultada ........................................................................................................ 33
5

Resumo
Estudo aqui apresentado trata de uma pesquisa referente à produção da manteiga, que é um
derivado lácteo que possui em sua composição 80% de gordura e que, quando consumido sem
exagero, faz parte de uma alimentação equilibrada e saudável. Nesse contexto, o objectivo
deste trabalho foi descrever os processos tecnológicos de produção da manteiga envolvendo
os mais diferentes aspectos dela como: sua história, Matéria-Prima para a sua produção, Tipos
de manteiga e composição da manteiga, Descrição do Processo de Produção

Nessa perspectiva, investigou-se todo o processo de sua produção, as técnicas utilizadas e


também buscou-se entender como uma empresa de produção da manteiga, interage com os
conhecimentos de cunho científico e tecnológico relacionados com os impactos ambientais e
primeiros socorros desenvolvidos numa indústria.

.
6

1. Introdução
O Presente estudo é uma análise do processo da produção tecnológica da produção da
manteiga que é um alimento que faz parte do nosso dia-a-dia.
A manteiga é um produto derivado do leite, que é obtido a partir da batedura do creme do leite
(nata) fermentado ou não, que faz com que haja aglomeração dos glóbulos de gordura,
ocorrendo uma separação de uma fase líquida denominada leitelho.

A boa qualidade da manteiga destinada ao consumo humano é factor de suma importância,


visto que o mesmo é considerado uma das principais fontes de nutrientes para uma grande
parte da população. Seu valor está baseado principalmente em seu perfeito balanço de
nutrientes, riqueza em minerais e valor energético. Por outro lado, estas características o
tornam um dos alimentos mais susceptíveis de sofrer alterações físico-químicas e deterioração
por microrganismos oriundos de diferentes fontes.
A gordura é o principal componente da manteiga que também possui em sua composição
água. Proteínas, vitaminas, ácidos, lactose e cinzas, fazendo com que seja um produto de alto
valor nutritivo. O sal também pode fazer parte da composição da manteiga, sendo opcional a
sua adição.
7

2. Objectivos do Estudo
Os objectivos de um estudo são os fins teóricos e práticos que se propõe alcançar com a
pesquisa. Serão então abordados neste item, o objectivo geral e os específicos, levantando
pontos a serem entendidos durante a pesquisa e buscando fazer com que os mesmos tragam
um bom índice de utilidade tanto para o académico, quanto para empresa em estudo.

2.1 Objectivo geral


 Descrever os processos tecnológicos de produção da manteiga.

2.2 Objectivos específicos


 Descrever as etapas da produção da manteiga;
 Mostrar os parâmetros de qualidade da manteiga;
 Mostrar a importância do Estudos de impacto ambiental na indústria;

3. Metodologias
De acordo com Marconi e Lakatos (1990), “A pesquisa é um procedimento formal, com
método de pensamento reflexivo, que requer um trabalho científico e se constitui no caminho
para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais”.

Quando se decide optar por elaborar um trabalho, é importante que qualquer pessoa busque
conhecer minuciosamente o seu objecto de pesquisa, para enfim, expor qualquer avaliação
acerca de seu estudo.

Para Yin (2005), a importância da utilização da metodologia científica se faz presente na


consistência de respostas verídicas e úteis na apresentação dos dados colhidos. Como
menciona o autor Apolinário (2004), as pesquisas são realizadas com o objectivo de
solucionar algum problema ou resolver necessidades concretas e imediatas. A pesquisa
apresentada é de característica básica, uma vez que o intuito é expandir o conhecimento
adquirido, colaborando na formação de uma gestão mais equilibrada e eficiente,
independentemente de sua aplicação no ambiente organizacional da empresa em estudo.

Para a realização do presente trabalho foi realizada a pesquisa bibliográfica, foi feito um
levantamento de artigos académicos, e consulta de livros, entre outros meios de investigação
de revelo, com o objectivo da revisão bibliográfica, nomeadamente sobre conceitos básicos
8

ligados a produção da manteiga, composição da manteiga e de mais aspectos em volta da


temática em abordagem.

4. Revisão bibliográfica

4.1 Manteiga-Definição
Manteiga é um produto gorduroso, obtido exclusivamente pela bateção e malaxagem, com ou
sem modificação biológica do creme pasteurizado, derivado exclusivamente do leite de vaca,
por processos tecnologicamente adequados. Este artigo enfatiza, ainda, que a matéria gorda da
manteiga deverá estar composta exclusivamente de gordura láctea (RIISPOA 1952).

A manteiga é definida, como um produto gorduroso, obtido exclusivamente pela batedura e


malaxagem, com ou sem modificação biológica de creme pasteurizado, derivado
exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados. (MAPA)

4.2 Matéria-Prima para produção da manteiga


A matéria-prima utilizada para a fabricação da manteiga é o creme, também chamado de nata.
Esse creme apresenta uma coloração branca amarelada e forma-se na superfície do leite em
repouso em razão da sua menor densidade. Do ponto de vista químico, o creme de leite ou
nata é uma reunião de vários glicérides, dos quais 90% são denominados triglicérides de
ácidos fixos não voláteis e os 10% restantes são representados pela glicerina livre e ácidos
voláteis de outros glicérides. Estes glicérides são peculiares à gordura do leite e ocasionam na
manteiga o seu sabor peculiar.

4.3 Origem da matéria-prima


No que respeita às matérias-primas, é importante referir que ao nível da proveniência do leite,
principal matéria-prima, verifica-se que existem empresas cujo leite utlizado na produção
provém exclusivamente de explorações pecuárias próprias, o que garante um controlo total
sobre a qualidade do leite. Contudo, com base em algumas analises efectuada, a maioria das
empresas recorre a fornecedores externos, privilegiando fornecedores com explorações
agrícolas da região, de modo a garantir leite com características semelhantes e igualmente
distintivas.
9

A matéria-prima será proveniente da África do Sul e Suazilândia em cerca de 70% a outra


parte será complementada com os produtores internos, como o caso dos produtores do distrito
de Buzi e Machanga visto que a nível provincial são os locais de maior produção do leite
caseiro. Outra matéria é a embalagem, que será fornecida por uma empresa especializada e
contratada para o efeito também da África do Sul, devido a grandes exigências de qualidade
que ao nível interno não consegue-se satisfazer. Portanto cerca 90% da matéria-prima (que
inclui substâncias químicas laboratoriais) usada na produção provém da africa do sul. O resto
é coberto localmente.

4.4 Tipos de manteiga


Existem diferentes classificações para esse produto, sendo manteiga comum, de primeira
qualidade e extra. A manteiga extra define-se por ser produzida exclusivamente de creme
extra e, para todos os tipos, ao creme não devem ser adicionadas substâncias conservadoras
(BRASIL, 1996).

4.5 Composição Da Manteiga


De acordo com Salinas (2002), em seu livro “Alimentos e nutrição”, os lipídios fazem o
transporte de vitaminas A, D, E e K, importantes para nosso corpo, sendo auxiliados por um
importante ácido graxo.

Uma publicação da Embrapa (2014) informa que a gordura proveniente do leite contém
alguns ácidos graxos importantes como: o linoléico conjugado (CLA) (18:2);o ácido vacênico
(18:1 trans); o ácido alfalinolênico (18:3) e o ácido oléico (18:1). A principal fonte na dieta
humana dos ácidos linoléicos conjugados (CLA) e vacênico é a gordura do leite. Essa gordura
pode beneficiar o nosso organismo e prevenir doenças cardiovasculares, obesidade, diabetes e
alguns tipos de câncer.

4.6 Consumo de água


A água utilizada nos lacticínios vira de um poço artesiano que ficara no terreno da empresa.
Essa água será recalcada por uma bomba de para uma caixa d’água, de onde é distribuída pela
indústria. Também Pode haver o abastecimento pela rede pública (FIPAG) se houver
necessidade.
10

4.7 Transporte da nata


A nata será transportado em camiões de tanques cisterna de capacidade igual a 35 mil litros, o
que significa que o transporte é rodoviário. Com condições e requisitos predefinidos em
termos de qualidade de acondicionamento e temperatura exigida. Os produtos finais obtidos
são vendidos em todo o País, A venda será realizada pelos agentes económicos e
distribuidores que compram directamente dos armazéns da fábrica

4.8 A História Da Manteiga


Do café da manhã ao jantar é difícil pensar em algum alimento do qual ela não participa, seja
no preparo das refeições ou como acompanhamento. De sabor e textura inconfundíveis,
costuma ser acompanhada com uma fatia de pão que acaba de sair do forno.

A manteiga, que, para muitos, não pode faltar em refeições importantes. O fascinante é que
ela faz parte de nosso dia a dia, mas poucos de nós conhecemos sua história.

Segundo Leite, Vaitsman e Dutra (2006), a necessidade de sobrevivência fez com ele homens
e mulheres aprendessem a dar importância ao leite e aos seus derivados: o queijo e a
manteiga, em função de seu valor nutricional de estrita importância para aquela época. Isso
porque, fazer manteiga ou queijo era uma maneira de consumir o leite, já que nesse tempo o
homem não sabia e nem tinha meios para conservar este produto. Assim, o leite não era
comercializado e seu consumo ficava restrito a quem o produzia.

A manteiga pode ser produzida em qualquer região, onde o homem consiga domesticar
animais mamíferos, retirando-lhe o leite, matéria-prima da manteiga. Os primeiros relatos da
existência desse alimento data de cerca de 10.000 a.C. Segundo Ronan (2001), essa época
corresponde ao período em que esses animais foram domesticados e o homem passou a
consumir a carne e o leite deles.

Uma das evidências que temos sobre a manteiga nas civilizações antigas e no Antigo
Testamento em Gênesis 18:8 e Provérbios 30:33 e Isaías 7:15, em que se encontram as
seguintes passagens citadas na BIBLIA (1995):

“E tomou manteiga e leite, e a vitela que tinha preparado, e pôs


tudo diante deles, e ele estava em pé junto a eles debaixo da
árvore; e comeram.” (p.16).
11

“Porque o mexer do leite produz manteiga, o espremer do nariz


produz sangue; assim o forçar da ira produz contenda.” (p.563).

“Ele comerá manteiga e mel quando souber desprezar o mal e


escolher o bem” (p.580).

A manteiga ou o queijo conseguiam resistir mais do que o leite em deslocamentos ou viagens.


Acredita-se que a manteiga pode ter sido desenvolvida por acaso. Elucubra-se que em algum
momento um criador de animais tenha deixado o leite em repouso para cria a nata, e ao andar
por longas distâncias com os odres carregados de leite, o trote do cavalo acabou
transformando a nata em manteiga naturalmente.

Os registros históricos mais antigos que se tem da manteiga são no Egipto antigo, como
descreve o Flandrin e Montanari (1998) em seu livro “História da alimentação”, quando
refere-se à alimentação dos egípcios composta por produtos derivados do leite como queijos e
manteiga, onde foram encontradas em jarros cilíndricos nas tumbas.

Mas nem só como alimento a manteiga foi usada entre os povos, conta-se que os próprios
egípcios reconheciam o valor dela também como cosmético. Na Roma antiga, eles usavam a
manteiga para fins medicinais como para o tratamento de feridas de soldados. E até na
renascença, era usado manteiga e outros produtos para o tratamento de acne.

O produto era consumido por muitas civilizações e usado de diversas formas. O povo
Escandinavo gostava tanto de gordura, que ao morrer eram sepultados com barris cheios de
manteiga. Por ocasião da Segunda Guerra Mundial, os Noruegueses usavam a manteiga como
“moeda corrente” para superar suas dificuldades financeiras.

A produção, que era restrita a fazendas de pequenos produtores, criadores de bois, cabras e
ovelhas, passou a ser feita em larga escala depois da revolução industrial, até alcançar o que
conhecemos hoje.
12

4.9 Descrição do Processo de Produção

4.9.1 Fluxograma
As etapas para fabricação da manteiga estão esquematizadas no fluxograma a seguir

Fluxograma de produção

Leite

Obtenção do creme (desnate natural e


mecânico)

Filtragem do creme Batedura (temperatura entre 8 a 13°C durante 20


a 40 minutos)

Estocagem do creme
(temperatura de 5°C) Lavagem da manteiga (água limpa- temperatura
inicial 8°C e final 4°C)
Padronização (teor de gordura
entre 35-40%)orgânico
Salga da manteiga (2 a 6% de sal)
Neutralização (acidez entre 15-200 D)

Malaxagem (temperatura entre 12-14°C)


Pasteurização (75-80°C - durante 15
segundos)

Resfriamento (temperatura de 8 a 13°C) Embalagem (papel; alumínio. plástico e lata)

Armazenamento (consumo rápidos 5°C;


Maturação (natural e artificial)
armazenamentos 1 0-15°C)
13

4.9.2 Descrição das Etapas da produção da manteiga


As etapas de produção da manteiga estão descritas a seguir (SILVA (1996):

4.9.2.1 Obtenção do creme


O creme é a matéria-prima utilizada na produção da manteiga, e é obtido através da operação
de desnate, que pode ser feito de duas formas naturais ou mecânica. Um procedimento
recomendável é que se faça o desnate logo após a ordenha, permitindo a obtenção de creme
com melhor qualidade e porque o leite, após a ordenha, apresenta-se com a temperatura na
faixa de 33-35°C, que é ideal para proceder o desnate

4.9.2.2 Desnate natural


É a forma mais simples para a obtenção do creme, pois consiste em deixar o leite em repouso
durante aproximadamente 24 horas, acarretando a separação por diferença de densidade (a
nata é leve), sendo necessário somente efectuar a colecta do material. Deve-se para esta
operação utilizar recipiente raso o que facilita a separação da nata.

A principal desvantagem apresentada por este método é o longo tempo para a obtenção do
creme, favorecendo o desenvolvimento de microrganismos que prejudicam o sabor e aroma
da manteiga. Outras desvantagens são: a acidificação do creme e o baixo rendimento em
comparação ao desnate mecânico.

4.9.2.3 Desnate mecânico


É a melhor forma em relação ao desnate natural pois: o tempo de processo é menor obtendo-
se um creme doce e fresco: o leite por esse método não fica sujeito ao ataque microbiano e a
absorver sabores e odores estranhos: apresenta uma menor perda de creme e evita a
possibilidade de coagulação do leite e ocupa menor espaço físico. O equipamento utilizado é a
centrífuga ou desnatadeira, sendo a mais indicada a fechada, que pode obter leite com teor de
gordura menor que 0,04 %.

É recomendável, trabalhar-se com temperatura na faixa de 30 a 35°C. Se a temperatura for


maior que a recomendada, embora facilite o desnate, pode ocorrer, caso o leite esteja ácido, a
coagulação da caseína promovendo a obstrução da centrífuga e utilizando temperatura menor
haverá redução na eficiência do processo.
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4.9.2.4 Filtração do creme


A coagem é realizada com os objectivos de eliminar sujidades, como pêlos, que além de
prejudicar a aparência do produto também são fontes de microrganismos, e também para
eliminar resíduos de caseína, o que é importante pois esta serve como substrato para o
desenvolvimento de microrganismos. Para esta operação usa-se uma peneira de malhas finas
(0,5mm).

4.9.2.5 Tratamento do creme


Se a fabricação da manteiga for feita logo após o desnate, dará origem a um produto
denominada manteiga de massa doce, que além de não ter bom sabor e aroma, terá curta
durabilidade. Para a obtenção de um produto com melhor qualidade e conservação, é
importante o tratamento do creme conforme descrito abaixo.

4.9.2.6 Estocagem do creme


Se a produção da manteiga não for feita logo após a obtenção do creme, faz-se necessário o
armazenamento. É fundamental que este seja feito a temperatura baixa (pode ser feito em
geladeira), para evitar a possível perda de qualidade devido ao crescimento de
microrganismos.

4.9.2.7 Padronização
É feita a padronização do creme para que este apresente em tomo de 35 a 40% de gordura.
Acima desta quantidade. Na etapa de bateção, haverá perda de gordura no leitelho e se for
menor haverá uso do equipamento abaixo de sua capacidade total.

A padronização pode ser feita com leite desnatado ou mesmo com água, sendo necessário que
estejam com boa qualidade, ou seja, leite pasteurizado e a água filtrada e também fervida O
leite é o mais recomendável pois favorece para que o creme tenha uma melhor maturação
além de contribuir para a formação do sabor e do aroma devido a presença de lactose. Para
tanto é necessário que seja feita a determinação do teor inicial de gordura

4.9.2.8 Neutralização
O valor ideal para a acidez do creme está entre 15 a 20°D (domic). Se estiver acima faz-se
necessário a neutralização, que é feita através da adição dos seguintes redutores: bicarbonato
15

de sódio, carbonato de sódio, hidróxido de cálcio, que podem ser usados individualmente, ou
em mistura.

O creme ácido tem as seguintes desvantagens: o creme apresenta-se espesso: na pasteurização


pode favorecer o aparecimento de gosto, de queimado e a precipitação da caseína, podendo
com isso haver arraste de gordura diminuindo o rendimento e na maturação a cultura láctica
não se desenvolve normalmente, ocorrendo a formação de uma manteiga oleosa sem
consistência, sem aroma com sabores de peixe.

A quantidade de neutralizante a ser adicionada pode ser calculada conforme fórmula abaixo.
Antes de adicioná-los, deve-se ter o cuidado de sempre promover a diluição em água quente
(40-50°C) em quantidade de aproximadamente 10 vezes o peso do neutralizante e acrescentá-
los no creme sob agitação constante.

(𝒄 − 𝒂)𝒎. 𝑵
𝐐=
𝑳

Q = quantidade de neutralizante;

m = massa do creme;

c = acidez inicial do creme;

a = acidez desejada;

N = equivalente grama do neutralizante;

L = equivalente grama do ácido láctico;

Também deve-se ter o cuidado de não acrescentar neutralizante acima da quantidade


necessária, para que não ocorra neutralização excessiva e com isso não venha a induzir a
formação de sabão além de favorecer a presença de bactérias alcalinizastes ou proteolíticas
resultando na formação de sabores desagradáveis e um aspecto pastoso.

4.9.2.9 Pasteurização
A pasteurização é feita elevando-se a temperatura até 75-80°C durante 10-15 segundos,
fazendo em seguida o resfriamento, que deve ser rápido para evitar a formação de sabor de
cozido e oleoso além de favorecer a solidificação dos glóbulos de gordura.
16

Esta etapa tem duas finalidades: destruir os microrganismos que possam vir a prejudicar a
qualidade da manteiga e causadores de doença e eliminar substâncias indesejáveis (voláteis) e
redução da viscosidade do creme, facilitando o processo de obtenção da manteiga.

4.9.2.10 Resfriamento
O resfriamento é efectuado para solidificar a gordura, visando a diminuição de perdas de
glóbulos da mesma no leitelho, além de melhorar a consistência da manteiga. É recomendado
o resfriamento imediatamente após a pasteurização à temperaturas em torno de 8ºC, sendo que
devem ser observadas as variações de temperatura em função da estação do ano:

Verão: após a pasteurização, resfria-se o creme a 19-21ºC e ao estabilizar a temperatura,


adicionar a cultura láctica.

Inverno: imediatamente após a pasteurização, o creme é resfriado a 8ºC e mantido a esta


temperatura por cerca de 2 horas para que ocorra a cristalização. Em seguida, o creme deve
ser aquecido a 18-21ºC e, após estabilização da temperatura, adicionado de cultivo.

4.9.2.11 Maturação
Para a fabricação de uma boa manteiga esta etapa é fundamental, pois através do fermento são
desenvolvidos sabores e aromas que aprimoram a qualidade sensorial da manteiga.

A maturação pode ser feita de duas formas: natural ou artificial.

4.9.2.12 Maturação natural


A maturação natural é feita quando o creme não sofre pasteurização. Como já foi dito a
pasteurização traz importantes vantagens, portanto, o ideal é que seja feita.

Pelo método natural não é possível a obtenção de uma manteiga padronizada, ou seja, sempre
com as mesmas características, porque não se tem como controlar quais os microrganismos
que estarão presentes após a pasteurização.

A maturação natural é feira deixando-se o creme em repouso por 12 a 16 horas, que é o tempo
necessário para que ocorra a maturação.

Caso a batedura do creme não seja feita logo após o final da maturação, deve-se fazer o
armazenamento do creme à temperatura de 4-6°C.
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4.9.2.13 Maturação artificial


Ao contrário do método natural, O método artificial é feito adição de microrganismos
específicos para promoverem a maturação, que são o Lactococcus lactis, L. cremoris
(desenvolvem acidez), L. citrovorus e L. diacetilactis (desenvolvem sabor e aroma). Devem
ser adicionados numa proporção de 3% em relação ao peso do creme, sob agitação,

Se a manteiga for destinada ao consumo rápido, o final da maturação é determinado quando a


acidez chega a 50°0, apresentando excelente sabor e aroma. Caso a manteiga seja armazenada
por longo tempo, o final é determinado quando a acidez chega a 30-35°D, para obtenha maior
durabilidade, embora apresente-se com sabor e aroma inferiores.

Esta é a melhor forma de fabricação pois como são acrescentados microrganismos


conhecidos, obtém-se produto padronizado e se não houver mudança durante o processo, o
produto sempre terá a mesma característica.

Caso a batedura do creme não seja feita logo após o final da maturação, deve-se fazer o
armazenamento do creme à temperatura de 4-6°C.

4.9.2.14 Batedura
Após a maturação, o creme deve ser resfriado antes de iniciar a etapa de batedura. Esta etapa é
realizada em batedeira com temperatura na faixa de 8 a 13°C. A batedura visa a união dos
glóbulos de gordura, formando os grãos de manteiga, havendo também a separação da fase
líquida (leitelho).

4.9.2.15 Lavagem da manteiga


Esta etapa é realizada no mínimo duas vezes e é necessária para que se promova a retirada de
resíduos de leitelho. É feita dentro da própria batedeira e inicia-se com adição de água à
temperatura inicial de 8°C e de 4°C ao final do processo, para não promover o amolecimento
da manteiga.

4.9.2.16 Salgada manteiga


É uma etapa opcional mas apresenta as vantagens de conferir melhor sabor à manteiga e de
também ajudar na conservação.
18

A salga é realizada aproximadamente 15 minutos antes de iniciar a malaxagem. A quantidade


de sal a acrescentar varia entre 2 a 6%, pois depende da classificação da manteiga, ou seja, se
será do tipo extra 18 qualidade ou 28 qualidade.

4.9.2.17 Malaxagem
Nesta etapa, os grãos de manteiga são amassados à temperatura de 12 a 14°C até formar uma
massa homogénea e elástica, retirando-se o excesso de água. O término é definido quando a
massa da manteiga apresenta-se uniforme, sem cavidades.

4.9.2.18 Embalagem
A embalagem é uma etapa importante, pois dará ao produto protecção contra microrganismos
e também protegerá contra a luz, ar e aromas estranhos além de ser importante na sua
apresentação.

Os principais materiais utilizados são: papel, que é utilizado quando o consumo for rápido,
pois é permeável ao vapor d'água, ar e luz; o plástico (PVC, polietileno), que é mais vantajoso
que o papel e a lata que deve ser estanhada,

4.9.2.19 Armazenamento
Se a manteiga for consumida rapidamente, pode ficar na geladeira, caso seja feito
armazenamento prolongado é recomendável ficar em temperatura de 10 a 15°C abaixo de
zero.

4.10 Parâmetros mínimos de qualidade da manteiga


Para termos um contraponto, também nos interessa entender como se dá a fabricação de
manteiga em uma indústria. Que conhecimentos científicos são usados para melhoria do
produto que chega até nossas casas. Isso pode ser um guia para nos dar a ideia entre duas
formas de pensar, uma que vem do senso comum e outra originada em bancos de cursos
profissionalizantes ou mesmo em laboratórios de universidades. E porque ele é tão bem aceito
como uma verdade, única válida em meio aos outros saberes. Portanto, na sequência
resolvemos trazer aspectos relevantes do processo na fabricação desse alimento no livro de
Ordóñez e colaboradores (2005).
19

Tabela 1:Parâmetros mínimos de qualidade da manteiga

Requisitos Limite Método de análise


Matéria gorda (% m/m) Min. 82(*) FIL 80: 1977
Umidade (% m/m) Máx. 16 FIL 80: 1977
Extractoseco desengordurado (% m/m) Máx. 2 FIL 80: 1977
Acidez na gordura (milimoles/100g de matéria Máx. 3 FIL 6B: 1989
gorda)
Índice de peróxido (meq. de peróxido/kg mat. Máx. 1 AOAC 15 th Ed.
gorda) 965.33
Fonte:Tabela retirada do regulamento e técnicas da Portaria Nº 146 de 07 de Março 1996, citado por GUEDES
(2019)

4.11 Principais equipamentos utilizados na produção


O quadro que segue apresenta os principais equipamentos operados na indústria de lacticínios.
Tabela 2:Principais equipamentos utilizados na produção

Processo/local Equipamento
Na plataforma de recepção do leite Pasteurizador
Dentro da fábrica, na sala de preparo da Tanque
massa
Dreno-prensa
Máquina de cortar massa
Salmoura e camara de secagem Refrigeradores
Embalagem Maquina de embalar
Roda gigante
Produção do creme Desnatadeira
Produção da manteiga Batedeira de manteiga
Homogeneizador
Fonte: o autor

4.11.1 Tanque de recepção


Feito de aço inox, com uma capacidade de 35 000 litros, vertical, equipado com camisa onde
circula água de arrefecimento para manter o leite a temperatura de cerca de 5 a 70C; possui
ainda um sistema de agitação com um motor eléctrico. Tem um sistema de controlo e
20

instrumentação de nível, e temperatura ligado ao comando central através de PLC. Tem ainda
uma bomba de 30 000 litros /hora.

4.11.2 Pasteurizador
É um permutador de calor constituído por dois tanques. Um tanque munido de serpentinas
onde circula o vapor, para o aquecimento da temperatura inicial de cerca de 5 a 70°C, até
750°C, permanecendo neste tanque durante 15 segundos, e seguindo para um outro tanque
onde se realiza o arrefecimento brusco até cerca de 2 a 50°C, os tanques são construídos de
aço inox. Para garantir o fluxo existe uma bomba com uma capacidade de cerca de 6 000
litros/ hora.

Existira ainda outros equipamentos importantes como é o caso da máquina de embalar com
uma capacidade de 10 0000 unidades/hora.

4.12 Balanços materiais e bancos energéticos


Nessa etapa, serão desenvolvidas planilhas de controlo de resíduos e efluentes, que poderão
ser preenchidas por alguns trabalhadores capacitados. Faz-se, então, um monitoramento
prévio de insumos utilizados, rejeitos descartados e tempo gasto com serviços. Serão criadas
planilhas para registrar informações do uso de água nas mangueiras da indústria. As planilhas
serão preenchidas pelas ajudantes do programa, e no final das medições, será feito uma média
dos valores anotados. Através da realização do balanço de massa e energia, obter-se-á a
quantidade de matéria-prima e energia utilizadas; a quantidade de resíduos e emissões
produzidos e a origem destes. Com essas informações computadas, determinar-se-á os pontos
da empresa onde serão analisados mais detalhadamente os processos e resíduos, pela
implementação dos indicadores ambientais e de processo.

A fonte de energia, será energia eléctrica da rede nacional e contara com um gerador local
para efeitos de segurança. Portanto a zona onde será instalada a indústria há grandes
facilidades para as fontes de energia (zona industrial-Pioneros), energia eléctrica será
fornecida pela EDM-EP.
21

4.13 Partes componentes da indústria


Além da fábrica propriamente dita, são listadas a seguir as partes componentes da indústria:

 Escritório;
 Vestiário;
 Laboratório;
 Caldeira;
 Estoque de lenha;
 Almoxarifado;
 Estação de Tratamento de Efluentes;
 Área de motores dos refrigeradores;

Figura 1:Layout da vista de cima. Fonte: o autor, adaptado

 Pátio de manobra e limpeza de caminhões;


 Área de estocagem e colecta de soro.
22

4.14 Estudos de impacto ambiental


EIA é um estudo que permite avaliar os impactes ambientais associados a um projecto. É
portanto uma análise científica e objectiva dos impactos ambientais associados a um projecto,
que consiste na:

 Descrição e caracterização do projecto e das soluções alternativas estudadas;


 Descrição dos materiais e da energia utilizada ou produzidos;
 Descrição do estado do local e dos factores ambientais susceptíveis de serem afectados
pelo projecto;
 Descrição do tipo, quantidade e volume de efluentes, resíduos e emissões previsíveis
nas diferentes fases do projecto, para os diferentes meios físicos;
 Descrição e hierarquização dos impactes ambientais significativos decorrentes do
projecto e das alternativas estudadas;
 Indicação dos métodos de previsão utilizados para avaliar os impactes previsíveis e
respectiva fundamentação científica;
 Descrição das medidas e técnicas previstas para minimizar os impactes ambientais
negativos.

Ao nível do nosso país (Moçambique) o Regulamento sobre o Processo de Avaliação de


Impacto Ambiental foi aprovado no dia 29 de Setembro de 2004, pelo decreto número
45/2004 e publicado no Boletim da República número 39 I Série. Consta neste regulamento
os mecanismos de realização do estudo em função da natureza da actividade e do seu impacto.

4.15 Saúde ocupacional e segurança


A Segurança do Trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas adoptadas, visando
minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e
a capacidade de trabalho das pessoas envolvidas.

A Saúde Ocupacional deve-se apresentar como a solução eficaz para manter um


acompanhamento de saúde laboral dos seus trabalhadores, com o objectivo de diminuir os
acidentes e doenças do trabalho e suas consequências médicas e legais, prevenindo inclusive o
empregador do pagamento de indemnizações.
23

Neste aspecto a futura industria estará equipada com equipamentos de prevenção de


incêndios, alarmes, um sistema de controlo digital, que no caso de qualquer irregularidade em
termos de iluminação, alimentação, vapor, ou outro sistema que a sua avaria pode originar
outras paragens e perturbações no processo fabril.

De forma a evitar degradar o ambiente, prevenindo ou gerando menos poluentes a industria


ser adoptada de princípios de produção mais limpa.

4.15.1 Vantagens da Produção Mais Limpa


A prevenção da poluição na fonte leva à diminuição dos custos de disposição final dos
resíduos, devido à diminuição radical da quantidade dos mesmos. Diminuem também os
custos de produção devido à utilização mais eficiente das matérias-primas e da energia, assim
como das inversões capitais em sistemas de tratamento de resíduos. Isto não quer dizer que
qualquer projecto de prevenção da poluição se pague completamente por si mesmo num
tempo aceitável (LORA, 2000). Nota-se que a produção mais limpa possui benefícios tanto
directos e calculáveis quanto indirectos e subjectivos. A implantação de gerenciamento
ambiental baseado na prevenção da poluição melhora a imagem pública da empresa diante
dos consumidores, das comunidades vizinhas, da imprensa, do público em geral e das
agências ambientais. As empresas que adoptam esse tipo de medida também possuem mais
facilidade para atenderem as leis ambientais e melhoram a sua competitividade no mercado, já
que o consumidor também está cada vez mais exigente.

4.15.2 Ruído e suas Consequências


O ruído é considerado um som capaz de causar uma sensação indesejável e desagradável para
o trabalhador.

Níveis sonoros, quando acima da intensidade, conforme legislação específica, podem causar
inúmeros danos à saúde do trabalhador. O primeiro efeito fisiológico de exposição a níveis
altos de ruído é a perda de audição na banda de frequência de 4 a 6 kHz.

Outros efeitos causados pelo ruído alto nos seres humanos: aceleração da pulsão, fadiga,
nervosismo, etc.

As medidas de controlo do ruído dependem de técnicas de engenharia e de conhecimento


detalhado do processo industrial em questão.
24

A melhor maneira de se atenuar a exposição ao ruído são as medidas de controlo colectivo, ou


seja, controlar o ruído directamente na fonte geradora e na sua trajectória. Quando isso não for
possível, deve-se recorrer ao uso de protectores auriculares (EPI).

Como medidas de controlo, podem se citar a substituição: do equipamento por outro menos
ruidoso, a lubrificação, o isolamento acústico e a manutenção.

4.15.2 Inspecção de segurança


São vistorias e observações que se fazem nas áreas de trabalho para descobrir situações de
risco à saúde e integridade física do trabalhador. As inspecções de segurança são fontes de
informações que auxiliam na determinação de medidas que previnem a ocorrência dos
acidentes de trabalho. Devem ser aplicadas em toda extensão para proporcionar resultados
compensadores.

Quando bem processadas e envolvendo todos os que devem assumir sua parte de
responsabilidade, as inspecções atingem seus objectivos, que são:

 Possibilitar a determinação de meia prevenção antes da ocorrência de acidentes.


 Ajudar a fixar nos trabalhadores a mentalidade da segurança e da higiene do local de
trabalho.
 Encorajar os próprios trabalhadores a agirem inspeccionando o seu ambiente de
trabalho.
 Melhorar o entrelaçamento entre o serviço de segurança e os demais departamentos da
empresa.
 Divulgar e consolidam nos trabalhadores o interesse da empresa pela segurança do
trabalho.

4.15.3 Modalidades de inspecção


As inspecções classificam-se em:

 Inspecções gerais: são feitas em todos os sectores da empresa e abrangem todos os


aspectos de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
 Inspecções parciais: limitam-se a determinadas áreas, sectores ou actividades, onde já
se sabe que existem problemas.
 Inspecções de rotina: feitas pelos sectores de segurança e manutenção a partir de
prioridades estabelecidas, visando à melhor organização do trabalho. Também são
25

assim classificadas, as inspecções feitas pelos próprios trabalhadores em suas


máquinas e ferramentas.
 Inspecções periódicas: são feitas normalmente pelos sectores de manutenção e
engenharia e se destinam a levantar os riscos existentes em ferramentas, máquinas,
equipamentos e instalações eléctricas.
 Inspecções eventuais: não têm data ou período determinados; podem ser feitas por
vários técnicos e visam solucionar problemas considerados urgentes.
 Inspecções oficiais: são aquelas realizadas por agentes de órgãos oficiais e das
empresas de seguro.
 Inspecções especiais: são realizadas por técnicos especializados com aparelhos de
teste e medição. Por exemplo, as medições de ruído ambiental, de temperatura, etc.

4.15.4 Técnicas de prevenção de incêndio


A protecção contra incêndios começa com as medidas que a empresa e todos que nela
trabalham tomam para evitar o aparecimento do fogo. Conclui-se que a palavra de ordem é
prevenir e, sendo necessário, combater o fogo com rapidez e eficiência. Existem algumas
maneiras básicas de evitar, combater e eliminar incêndios:

 Armazenamento de material: manter sempre, se possível, a substância inflamável


longe de fonte de calor e de comburente, como no caso de operações de solda e oxi-
corte – tubos de acetileno separados ou isolados dos tubos de oxigénio. Manter no
local de trabalho a mínima quantidade de inflamáveis. Possuir um depósito fechado e
ventilado para armazenamento de inflamáveis e, se possível, longe da área de trabalho.
Proibir que se fume nas áreas onde existam combustíveis ou inflamáveis.
 Manutenção adequada.
 Instalação eléctrica apropriada: fios expostos ou descascados devem ser evitados,
pois podem ocasionar curtos-circuitos que serão origem de focos de incêndio.
 Instalações eléctricas bem projectadas: instalações eléctricas mal projectadas
poderão provocar aquecimento nos fios e ser origem de incêndios.
 Pisos anti faísca: em locais onde há inflamáveis, os pisos devem ser anti faísca
porque um simples prego no sapato poderá ocasionar um incêndio.
 Manutenção de equipamentos: os equipamentos devem sofrer manutenção e
lubrificação constantes, para evitar aquecimento por atrito em partes móveis, criando a
perigosa fonte de calor.
26

 Ordem e limpeza: os corredores com papéis e estopas sujas de óleo, graxa pelo chão,
são lugares onde o fogo pode começar a se propagar, dificultando a sua extinção.
 Decorações, móveis, equipamentos de escritório: devem merecer atenção, porque
podem contribuir para aumentar o volume de material combustível representado por
móveis, carpetes, cortinas e forros falsos.
 Instalação de pára-raios: os incêndios ocasionados por raios são bem comuns. Todas
as edificações devem possuir protecção adequada, instalando-se um sistema de pára-
raios.

4.15.5 Combate a incêndios


Mesmo que as medidas prevenção sejam adequadas, saber como combater o fogo também é
importante. Os incêndios, em seu início, são muito mais fáceis de se controlarem. Quanto
mais rápido o ataque às chamas, maiores serão as possibilidades de reduzi-las. A principal
preocupação no ataque consiste em romper o triângulo do fogo: o combustível, o comburente
e o calor.

Como os incêndios são de diversos tipos, as soluções e os equipamentos de combate também


serão diferentes. Um erro na escolha de um extintor pode tornar inútil o esforço de combater
as chamas ou pode piorar a situação, aumentando-as, espalhando-as, ou criando novos focos
de fogo.

Tipos de equipamentos para combate a incêndios Os mais utilizados são extintores, hidrantes
e chuveiros automáticos.

4.15.6 Extintores
 Extintor de espuma.
 Extintor de água pressurizada: o agente extintor é a água.
 Extintor de gás carbónico.
 Extintor de pó químico seco.

4.15.7 Hidrantes e chuveiros automáticos


Os sistemas de protecção por hidrantes, chuveiros automáticos e outros devem ser estudados
dentro de projectos de engenharia. A água para incêndio deve ser exclusiva e guardada em
reservatórios especiais para sua utilização.
27

4.16 Processos e efluentes da indústria de lacticínios


Apesar de emissões atmosféricas e resíduos sólidos também serem poluentes gerados nas
indústrias lácteas, os principais impactos ambientais estão relacionados à geração de efluentes
líquidos, geralmente sem nenhum tipo de controlo ou tratamento. A composição desses
efluentes consiste de materiais sólidos flutuantes (principalmente substâncias graxas) de uma
variedade de fontes, desinfectantes, detergentes, lubrificantes, esgoto doméstico e, sobretudo,
quantidades variáveis de leite diluído. A água utilizada, o tipo de processo e o controle
exercido sobre as várias descargas de resíduos são os principais factores determinantes da
quantidade e da carga poluidora das águas residuárias dessas indústrias (BRAILE,
CAVALCANTI, 1979). Um bom entendimento das diversas técnicas de processamento dos
produtos fabricados nas indústrias de lacticínios, das várias operações unitárias envolvidas e
das suas fontes potenciais de águas residuárias é essencial para a minimização do volume e da
carga poluidora dos despejos.

Todas as operações (excepto o resfriamento) dão origem a despejos de mesma natureza


daqueles oriundos do processamento do leite. Os principais efluentes líquidos no
processamento da manteiga são: as águas de lavagem de equipamentos e piso, os esgotos
sanitários gerados, os detergentes e desinfectantes usados nas operações de lavagens e
sanitização, as águas pluviais captadas na indústria, quebra de embalagens contendo leite,
perdas nas enchedeiras e lubrificantes empregados na manutenção de equipamentos. Segundo
Silva (2006, apud CASTRO, 2007), o volume de água consumido pela indústria de lacticínios
relaciona-se com a sua geração de efluentes líquidos. A tendência de muitos projectistas de
igualar, por medida de segurança, o volume de efluentes ao volume de água consumido pode
ser justificada pela relação entre o volume de efluentes líquidos gerados e o volume de água
consumida pela indústria láctea que de acordo com Strydom (1997 apud CASTRO, 2007),
situa-se entre 0,75 e 0,95.

O tratamento dos efluentes da indústria de lacticínios, consoante o rendimento de depuração


pretendido, recorre a tratamentos biológicos, aeróbicos ou anaeróbicos, ou a uma combinação
dos dois. Os resíduos líquidos da futura industria, serão descarregados por meio de gravidade
para um reservatório que possui uma serpentina, que aquece e derrete as gorduras existentes
nas águas e depois através de uma bomba os resíduos líquidos quentes são drenados por meio
de uma bomba para o canal de despejo.
28

4.17 Avaliação económica do projecto ou processo de produção


Antes de implantação de qualquer projecto há que fazer um estudo de viabilidade económica,
para conhecer o tempo de vida do mesmo, tempo de recuperação do capital investido, lucro
mensal, trimestral, semestral e anual da futura instalação bem como as vantagens que trará aos
investidores. Feito o estudo de viabilidade económica caberá aos investidores tomar uma
decisão sobre a implantação da indústria.

A avaliação permite acompanhar através da apresentação de todas as informações relevantes


que são levantadas neste projecto de modo dar a conhecer a situação da empresa a cima
citada. Os valores estão apresentados em moeda nacional (Metical). Capacidade Instalada:
7.000.000L de capacidade máxima.

 Investimento Inicial

Tabela 3:Investimento Inicial, Fonte: o autor,2021

Investimentos fixos
Descrição Valor
Mobiliário e material de escritório 494075
Equipamento e matéria-prima 33969000
Viatura 850000
Total 35313075

 Capital de giro
Tabela 4:Capital de giro, Fonte: o autor 2021

Capital giro
Descrição Valor
Stock 2241423.36
Caixa mínimo 429500
Total 2670923.36

Nota: A tabela ilustra o capital de giro que a empresa necessitará para operacionalizar o seu
negócio de forma eficaz e segura.

 Investimento Pré- operacionais


Tabela 5:Investimentos Pré-operacionais, Fonte: o autor 2021

Capital giro
Descrição Valor
Despesas de legalização 36950
Publicidade 440720
Reabilitação 56000
29

Capacitação 48000
Total 181670

 Resumo do investimento Inicial


O investimento inicial está avaliado num valor total de 38.165.668,36MT dividido em:
Investimento fixo que corresponde a todos itens/bens que a entidade adquiriu para que o
negócio possa funcionar de maneira adequada, os investimentos pré-operacionais e o capital
de giro. De salientar que todos os valores abordados aqui estão em moeda nacional (metica-
lMt)

Tabela 6: investimento inicial, Fonte: o autor 2021

Resumo de investimento inicial


Descrição Valor
Investimento fixo 35313075
Capital giro 2670923.36
Investimento pré-operacionais 181670
Total 38165668.36

 Custos e Despesas (fixo e variáveis)


A presente tabela apresenta os custos e despesas (fixo e variáveis) que a empresa. Irá suportar
durante cinco (5) anos, e em cada ano os custos fixos irão crescer em 5,5% ao ano.

 Resumo dos custos e despesas


Tabela 7: Resumo dos custos e despesas, Fonte: o autor 2021

Resumo dos custos e despesas


Descrição Ano1
Custos variáveis 4482847
Custos e despesas fixas 62497557.91
Total 66980414.91

 Custos e Despesas fixas


Tabela 8:Custos e Despesas fixas, Fonte: os autor2021

Resumo dos custos e despesas


Descrição Ano1
Salários 3802800
Comunicação 43200
Compras 48903253
Direitos aduaneiros 158132
Rendas 20000
Juros bancários 5534021.912
Agua 36000
Energia 96000
Seguro 3400321
30

Publicidade 488640
Estado (INSS) 15200
Total 62497567.91
 Custos Variável e Custos Fixos

Tabela 9:Custos Variável e Custos Fixos, Fonte: o autor 2021

Custos variáveis
Descrição Valor
Matéria-prima 20000
Colaboradores 150000
Custos comercias 100000
Total 270000/7000000= 0.039/g
Custos fixos
Descrição Valor
Pagamentos aos fornecedores 20000
Manutenção 100000
Total 120000

 Taxa de Retorno Média

O quociente entre o lucro anual e o investimento total denomina-se por Taxa de retorno dos
investimentos. Sabe-se que, o lucro anual não é constante ao longo de toda a vida útil do
projecto, por isso, muitas vezes recorre-se ao cálculo do lucro médio ao longo da vida do
projecto

 Dados adoptados para os cálculos da taxa de retorno

Tabela 10:Dados adoptados para os cálculos da taxa de retorno, Fonte: o autor 2021
Descrição Valores
Investimento fixo 36165668.36Mt
Investimento total 38165668,36Mt
Custo variável 4482847Mt
Valor de venda 0.150/g
Custo total 0.0285/g
Capacidade anual 4000000L
Capacidade máxima 7000000L

0.150
 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 = 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑥 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎𝑛𝑢𝑙 → x 4000000 →
g

𝟔𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝒎𝒕/𝒂𝒏𝒐
0.0285
 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑒𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜(𝐶𝑡𝑝) = 𝑐𝑝𝑥 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑛𝑢𝑙 → x 4000000L → 𝟏𝟏𝟒𝟎𝟎𝟎mt
g
31

 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 – 𝐶𝑡 → 𝟔𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝒎𝒕/𝒂𝒏𝒐 − 𝟏𝟏𝟒𝟎𝟎𝟎𝒎𝒕 → 𝟓𝟖𝟖𝟔𝟎𝟎𝟎𝒎𝒕/


𝒂𝒏𝒐
 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 − 32% 𝑑𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 → 5886000𝑚𝑡 − 1883520 →
4𝟎𝟎𝟐𝟒𝟖𝟎𝒎𝒕
𝑵𝑩: 𝟑𝟐% é 𝒑𝒆𝒓𝒄𝒆𝒏𝒕𝒂𝒈𝒆𝒎 𝒔𝒐𝒃𝒓𝒆 𝒐𝒔 𝒓𝒆𝒏𝒅𝒊𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐𝒔 𝒖𝒔𝒂𝒅𝒐 𝒏𝒐 𝒑𝒂𝒊𝒔
𝒂𝒏𝒐

 Taxa do retorno antes e depois do imposto

Para o efeito de cálculos do retorno do valor considerou-se a taxa com a capacidade máxima,
não foi pertinente efectuar os cálculos de taxa media visto o projecto pretende logo começar
com a produção máxima. Sabe-se que, o lucro anual não é constante ao longo de toda a vida
útil do projecto, por isso, muitas vezes recorre-se ao cálculo do lucro médio ao longo da vida
do projecto.

Antes dos impostos

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑏𝑟𝑢𝑡𝑜 𝟓𝟖𝟖𝟔𝟎𝟎𝟎


𝐿𝑢𝑐𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = → 𝑋100%→15.4%
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜 38165668,36

Depois dos impostos

𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑙𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 4002480


𝐿𝑢𝑐𝑟𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑋100% 𝑥100% →10.5%
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜 38165668.36

 Período de retorno do investimento

O período de retorno resulta da divisão do investimento total por lucro anual que a empresa
terá ao longo dos anos.

𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 38165668.36Mt


𝑃𝑅𝐼 = → →9,5anos
𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 4002480𝑚𝑡
32

5. Conclusão
Findo o trabalho que foi de suma importância para mim, foi possível perceber que a produção
de manteiga é um óptimo exemplo para as práticas populares, que advêm muito antes dos
processos industriais, em que cada pessoa contribuiu para a sua transformação e o
aparecimento de novas ferramentas, que viria a contribuir para a ciência no futuro, mostrando
que os saberes populares são úteis.

Foi também possível perceber que a manteiga é um produto gorduroso, obtido exclusivamente
pela batedura e malaxagem, com ou sem modificação biológica de creme pasteurizado,
derivado exclusivamente do leite de vaca, por processos tecnologicamente adequados.
Existem diferentes classificações para esse produto, sendo manteiga comum, de primeira
qualidade e extra.

Analisada a viabilidade de acordo com os indicadores económicos e financeiros, achei viável


o projecto de financiamento para a sustentabilidade da indústria desta indústria de manteiga
visto que ira contribuir para a estabilização dos preços no mercado e aumentará as receitas
fiscais ao Estado criando assim mais oportunidade para investimentos gerais.
33

6. Bibliografia Consultada
 CASTRO, V. C. Diagnóstico do consumo de água, da geração de efluentes e de resíduos
sólidos em um lacticínio de pequeno porte. Dissertação (Mestrado) -Programa de Pós-
graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos, Universidade Federal de Viçosa,
Viçosa, 2007.
 BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Revista e
corrigida no Brasil. Ed. 1995. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil, 2007
 BRASIL, L. D. B. Lei 9394/96 –Lei de Directrizes e Bases da Educação Nacional.
Disponível em: <http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 1 de
Marco. 2021
 BRAILE, P. M.; CAVALCANTI, J. E. W. A. Manual de Tratamento de Águas
Residuárias. In: São Paulo: CETESB,1979.
 FLANDRIN, J.; L. E MONTANARI, M. História da alimentação. São Paulo: Estação
Liberdade, 1998.
 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. São
Paulo: Atlas, 1991.
 LEITE, Z. T. C. VAITSMAN, D. S. DUTRA, P. B. Leite e alguns de seus derivados: da
antiguidade à actualidade. Rio de Janeiro. Química Nova, v. 29, 2006.
 LORA, E. E. S., Prevenção e Controle da Poluição nos Sectores Energético, Industrial e
de Transporte. Brasília, DF: ANEEL, 2000.
 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO – MAPA.
Gabinete do ministro. Instrução normativa nº 51, de 18 de Setembro de 2002
 MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO – MAPA. Regulamento
da Inspecção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Aprovado
pelo Decreto n.º 30.691 de 29 de Março de 1952 e alterado pelos Decretos n.ºs 1.255 de
25.06.1962; 236 de 02.09.1994; 1812 de 08.02.1996; 2.244 de 04.06.199
 Portaria Nº 146 de 07 de Março de 1996: citado por GUEDES, Kaio Alencar Santiago,
PRODUÇÃO DE MANTEIGA (QUASE) ARTESANAL: O USO DE APARATOS
TECNOLÓGICOS E DE CONHECIMENTO DA CIÊNCIAS, Trabalho de Conclusão de
Curso em Ensino de Química apresentado ao Instituto de Química da Universidade de
Brasília, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em Química,
Brasilia, 2019
 SALINAS, R. D. Alimento e nutrição: introdução a bromatologia. 3. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2002.
34

 SILVA. F. T. Manual de produção de manteiga. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil;


Rio de Janeiro: EMBRAPA-CTAA, 1996.
 YIN, R. K. Estudo de Caso: Planeamento e Método. Porto Alegre: Bookman, 2005.

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