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A INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA INCLUSÃO DE ALUNOS DO 4º

ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA SÃO JOSÉ MUNICIPIO DE


MANAQUIRI/AM
Marcia Regina Menezes
RESUMO

O presente trabalho analisa a interdisciplinaridade no contexto da inclusão escolar em escolas do


município de Manaquiri/AM. Segundo Bergamo Junior e colaboradores (2008), uma perspectiva
interdisciplinar é essencial para a efetividade de um processo inclusivo a partir do momento em que
ele passa a ser visto como compromisso e responsabilidade de todos. Compreender o processo de
inclusão de alunos com deficiência nas escolas indígenas numa perspectiva interdisciplinar é o desafio
que enfrentamos na promoção da educação para todos, respeitando a especificidade e valorizando a
diferença. Nesse sentido, a pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica está pautada,
metodologicamente, em referências teóricas de: (ainda vamos inserir), dentre outros autores
renomados. Compreender o processo de inclusão é necessário, e é um processo lento, mas necessário.
Entendemos que a interdisciplinaridade é essencial na proposição de uma educação mais holística,
dada a possibilidade de proporcionar uma educação mais específica para o desenvolvimento holístico
de alunos com ou sem deficiência. Diante disso, podemos afirmar que um processo de ensino de base
interdisciplinar tende a potencializar ainda mais a eficácia da educação inclusiva. O resultado leva a
concluir que o trabalho interdisciplinar, apesar de ser reconhecido por vários teóricos como uma
ferramenta metodológica que poderia colaborar para uma aprendizagem significativa dos alunos da
educação especial, ainda precisa ser reconhecida como elemento facilitador da aprendizagem entre os
profissionais da educação. O trabalho interdisciplinar não se efetiva na prática, é necessário que os
educadores se apropriem desta metodologia principalmente na educação especial.

Palavras-chave: Interdisciplinaridade. Inclusão escolar. Práticas.

INTRODUÇÃO

O tema deste estudo " A INTERDISCIPLINARIDADE NO CONTEXTO DA


INCLUSÃO DE ALUNOS DO 4º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL NA ESCOLA SÃO
JOSÉ MUNICIPIO DE MANAQUIRI/AM Este tema foi escolhido por sua grande relevância
e inclusão no tema transversal contemporâneo que trata da diversidade cultural e das
competências socioemocionais conforme sugerido pelo Referencial Curricular Amazonense e
a Proposta Curricular Pedagógica.do curso Amazônia e pelas propostas de curso de docência.

Esta proposta funcionará numa perspectiva de interdisciplinaridade, tendo em vista


que o conhecimento não está desvinculado do contexto social em que a disciplina está
inserida, e entendendo que os objetos cognitivos da disciplina são aplicáveis.
Portanto, as recomendações que serão feitas serão voltadas principalmente para a
leitura e a escrita. (Língua Portuguesa) o espaço geográfico (Geografia) e Multiculturalismo
(História).

Diante deste tema, podemos observar a realidade e a desigualdade que ainda existe
neste grupo e a necessidade da leitura na vida do aluno, pois sabemos que é muito importante
promover a sua exposição a esta ferramenta desde cedo para incentivar o estilo de leitura.
Onde podemos tirar uma lição de moral, a convivência de colegas com uma síndrome
considerada normal, que contribui para o seu desenvolvimento social e emocional. Porém,
além de fornecer ao leitor amplas informações, também estimula o vocabulário.

A leitura desenvolve a criatividade e a imaginação e, com isso, prepara o cidadão


para desenvolver seus próprios projetos de vida, pois através da leitura é possível vislumbrar
um mundo melhor. Portanto, ensinar e gostar de ler é prazeroso, o que também promove o
raciocínio lógico dos alunos e a capacidade de desenvolver textos significativos, sendo
necessário aceitar o que há de diferente e ver a beleza da especialidade.

Desse modo, o presente estudo tem como objetivos: analisar criticamente estudos
que tratam sobre as concepções de professores sobre a interdisciplinaridade, identificando as
compreensões, metodologias e recortes mobilizados; bem como garantir a aprendizagem para
desenvolvimento pleno dos discentes; a habilidade de leitura, de compreensão e de escrita do
texto; e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, e
emocional cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e
colocar para construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

A pesquisa foi realizada a partir de levantamento bibliográfico sobre o tema em


livros, dissertações, teses e artigos.

Esta pesquisa está dividida em três seções.

Seção 1: intitulado “Considerações sobre interdisciplinaridade”,

Seção 2: intitulado “A BNCC e educação inclusiva”,

Seção 3: intitulado “A compreensão da deficiência e o atendimento escolar”,


Para que, de fato, a inclusão escolar e social possa ocorrer, a interdisciplinaridade se
apresenta como um caminho que tem muito a contribuir através do envolvimento de
diferentes profissionais na busca desse ideal.

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1.1 Considerações sobre interdisciplinaridade

Hoje, é importante refletir sobre o tema deste trabalho como parte do processo
educativo, e abordar questões interdisciplinares como participantes do processo de
enriquecimento e inclusão da aprendizagem. Percebe-se que do ponto de vista da escola, a
importância da interdisciplinaridade está relacionada à troca de experiências entre diferentes
disciplinas de diversas áreas, o que atinge não só os alunos, mas também os professores.
(Minello, 2017).

A inclusão não cabe no paradigma tradicional da educação, requer um modelo


diferente das propostas existentes. Essa proposta diferenciada parte dos
conhecimentos, experiências e práticas pedagógicas desses profissionais. Dos
professores interagirem com seus colegas, formarem grupos de estudos nas escolas
para discussão e compreensão dos problemas educacionais sob a luz do
conhecimento científico e da interdisciplinaridade (Barba, 2003, apud Chesani et al.,
2007).

É importante determinar até que ponto o envolvimento dos professores e das equipas
docentes se compara ao empenho constante em avaliar o seu desempenho na difícil tarefa de
motivar os alunos (Delors, 2000, apud Minello, 2017). Com isso, entende-se bem que se
entende a participação de uma equipe integrada que demonstra sua rede de conhecimentos
com o objetivo de alcançar maior relevância nos temas discutidos no processo educativo.

Apesar dos progressos em direção a esta visão, o campo educativo continua relutante
em envolver-se em práticas interdisciplinares. Quando uma criança recebe uma educação
entendida como ‘tradicional’, ela passa por uma série de conhecimentos isolados para poder
adaptá-los a uma situação específica. Para garantir e incentivar a adaptação dos alunos, o
apoio pedagógico à organização do conhecimento é muito importante, uma vez que as
informações adquiridas chegam de forma fragmentada e estimulam pouca reflexão (Minello,
2017).

A interdisciplinaridade é abrangente em se tratar de propor um ensino menos


fragmentário do conhecimento e vai além com os pressupostos de trazer para o
campo educacional o peso significativo das relações cotidianas para a aprendizagem
de um conhecimento tido como totalidade (Pires; Rodrigues, 2017 p. 3,21).
Portanto, acredita-se que a consequência dessa fragmentação do currículo é que os
alunos perdem a motivação, pois lutam para ver a prática através das informações que
adquirem em sala de aula e, portanto, têm que avaliar constantemente o que está ali. Existe
um plano e até que ponto esse plano foi realmente compreendido?

Isso posto, o caráter rígido e vertical de uma educação tradicional e seccionada,


certamente, dificultará no processo de motivação e de estimulação do discente,
interferindo de modo central no processo de aprendizagem e de socialização (Adão;
Fernandes; Oliveira, 2013).

Ao permitir a partilha de conhecimento que incluem e liga diferentes tipos de


inteligência através de interações lideradas pelo aluno, o papel do aluno vai além do de mero
espectador. Nesse sentido, é necessário estudar constantemente a relação entre
interdisciplinaridade e competências superiores, para que a estrutura da educação inclusiva
possa enriquecer continuamente o processo de ensino.

1.2 A BNCC e educação inclusiva

A Base Nacional Comum Curricular de 2017, é o documento que constitui a política


curricular nacional, estabelecendo um norte, a partir das diretrizes essenciais para os entes da
federação brasileira construírem e reconstruírem o seu Projeto Político Pedagógico ou sua
Proposta Pedagógica, de acordo com as necessidades regionais, culturais, sociais, buscando
promover a educação integral do estudante brasileiro.

A Base Nacional Comum Curricular de 2017 é o documento que compõe a criação


da Política Nacional Curricular dando um norte, baseada nas diretrizes básicas para a criação
e reconstrução de unidades federais brasileiras de projetos de políticas educacionais ou
propostas educacionais, de acordo com as regulamentações regionais. Projetado para
promover as necessidades culturais e sociais dos estudantes brasileiros em uma educação
inclusiva.

Viana e Silva (2019) afirmam que há umas discrepâncias notáveis entre práticas
relacionadas à educação da BNCC e os ajustes da educação especial. Por exemplo, a BNCC
enfatiza o AEE-atendimento educacional especializado, e a utilização de salas com recursos
multifuncionais. Estes espaços são configurados nas unidades existentes segundo uma
proposta global. No entanto, falámos da adaptabilidade do programa, da flexibilidade do
programa, mas a educação especial não parece estar na teoria geral a BNCC (VIANA;
SILVA, 2019).
Por vezes, segundo Viana e Silva (2019), a perspectiva espacial parece limitada à
utilização de espaços com recursos multifuncionais por alunos com necessidades educacionais
especiais. No entanto, esta declaração expansiva vai mais longe. Entre as ideias possíveis,
uma diz respeito aos materiais didáticos utilizados. São necessários debates mais eficazes. As
discussões sobre inclusão devem permear as narrativas do capital escolar.

Trata-se de uma desconstrução de paradigmas. Passa-se do "como eu ensino" para


"como os estudantes aprendem" (VIANA; SILVA, 2019). Na perspectiva de Orrú (2018), há
um retrocesso latente das conquistas de uma educação na direção de uma educação inclusiva
na BNCC. Nas palavras da autora:

[...] onde o ritmo; os modos de aprender, as diversas maneiras de compartilhar


saberes, os interesses que movem o desejo pelo aprender, as diferenças individuais e
coletivas, as singularidades subjetivas, os princípios de solidariedade, aceitação e
tolerância, a valorização da heterogeneidade, a diversidade curricular são dispersas
em conteudismos fragmentados e uma infinidade de habilidades que restringirão
aprendizes criativos em cabeças informadas sob a égide do método do século XVII
baseado na memorização, repetição e fixação em prol de um ensino tecnicista e
meritocrático pelo controle da aprendizagem dos alunos (ORRÚ, 2018, p. 147).

Nesse sentido, Vieira, Ramos e Simões (2018) também concordam que as discussões
sobre a perspectiva inclusiva da BNCC são simplistas e focam antes na questão “como
ensinar?”, enfatizando, assim, as técnicas educativas.

Viana e Silva (2019) pergunta: Onde estão as conversas participativas de


aprendizagem? Assim, percebe-se que as discussões sobre a BNCC parecem bem canalizadas
em conteúdo e reforçam a pedagogia técnica. Nesse sentido, vemos que a BNCC se opõe à
visão de mundo vigente, atrasada em abordagens técnicas e sujeita à persistente racionalidade
neoliberal. Se nas décadas de 60 e 80, no contexto da ditadura militar brasileira, as tendências
técnicas da educação estavam ancoradas no projeto econômico de fabricar fábricas, formando
sujeitos economicamente eficientes, o pressuposto atual mostra o escurecimento desse
projeto, os benefícios económicos são ainda mais subtis.

Assim, Orrú (2018) enfatiza que os pressupostos da educação na perspectiva da


inclusão tornam-se importantes na luta contra a homogeneização da aprendizagem e do ensino
baseado na avaliação estática para produzir resultados.

[...] espaços de aprendizagem com ações pedagógicas inovadoras e inclusivas


transgridem os alicerces de um esquema de ensino disciplinar e de controle, tal
como se caracteriza aquele predito na BNCC. O que todos os aprendizes devem
saber é que a Base não contempla os pressupostos previstos nos documentos que a
antecedem e que sustentam os projetos políticos- - pedagógicos de espaços de
aprendizagem singulares e democráticos (ORRÚ, 2018, p. 150).

Viana e Silva (2019) questionaram se a forma humana dada aos indivíduos não
deveria estar no centro das discussões na BNCC. Partindo deste pressuposto, a inclusão
também terá um papel fundamental, desde a igualdade e o direito à educação na escola. É
preciso deixar claro que, como afirmam Lima e Gil (2016), o que entendemos por formação
humana é mais amplo do que a produção de cidadãos desejados. A educação centrada nas
pessoas, ou seja, a educação humanística, procura compreender a amplitude e o potencial das
pessoas, reconhecendo que as pessoas têm potenciais e estilos de aprendizagem diferentes.

A problematização do currículo apresenta-se como incontestável tarefa da educação


e, portanto, permanece como importante na forma de retroalimentar as práticas de
inclusão escolar desenvolvidas no campo educacional brasileiro (MAGALHAES;
SOARES, 2016, p. 1145).

Portanto, é necessária uma discussão mais profunda do processo de ensino para


compreender o currículo para além dos argumentos baseados em revoluções tecnológicas ou
revoluções tecnológicas. Viana e Silva (2019) argumenta que a solução pode ser organizar os
cursos de forma integrada em vez de levar a uma divisão do conhecimento. Assim, conflitos
curriculares, como a proposta da BNCC, exigem que o corpo docente adote uma abordagem
mais participativa e proativa. Vale ressaltar que estamos prestes a implementar a BNCC e
nem todos os educadores conhecem as recomendações do documento.

2 METODOLOGIA

Para concretização desta pesquisa, é viável que nos embasemos em alguns conceitos,
para melhor compreensão deste processo investigativo.

O campo da pesquisa foi a Escola Municipal São José localizada no Paraná do


Manaquiri Município de Manaquiri/AM. é uma escola pública municipal em Manaquiri, AM.
Nessa instituição de ensino de educação básica há o funcionamento das etapas de formação de
Educação Infantil, Ensino Fundamental e EJA - Educação para Jovens e Adultos. Como a
pesquisadora faz parte do quadro de funcionários da escola, pode-se dizer que a gestão da
escola é democrática sendo que a gestora sempre mantém todos a par dos acontecimentos
referentes à escola.

Tabela: 1 Recursos básicos

Abastecimento de água Sim


Energia elétrica Sim
Esgoto Sim
Coleta de lixo Não

Tabela 2 Acessibilidade

Escola Municipal São José não oferece nenhum recurso de acessibilidade:

Corrimão e guarda-corpos Não


Pisos táteis Não
Portas com vão livre de, no mínimo, 80cm Não
Rampas Não
Sinalização sonora Não
Sinalização tátil (piso/paredes) Não
Sinalização visual (piso/paredes) Não

Tabela 3 Equipamentos

Antena parabólica Não


Computador Sim
Copiadora Não
Impressora Sim
Impressora Multifuncional Não
Scanner Não
DVD Sim (1)
Aparelho de som Não
Aparelho de televisão Sim (1)
Lousa digital Não
Projetor multimidia Sim (1)
Computador de mesa (desktop) Não
Computador portátil (notebook) Não
Tablet Não
Internet Sim

Tabela: 4 Instalações

Almoxarifado Não
Auditório Não
Banheiro Sim
Banheiro adequado à educação infantil Não
Banheiro acessível, adequado ao uso por pessoas com deficiência (PCD) Não
Banheiro exclusivo para funcionários Não
Banheiro ou vestiário com chuveiro Não
Biblioteca Não
Biblioteca e/ou sala de leitura Não
Cozinha Sim
Despensa Sim
Pátio coberto Sim
Pátio descoberto Não
Refeitório Não
Sala de Diretoria Sim
Sala de leitura Não
Sala de professores Não
Sala de Secretaria Sim
Sala de Recursos Multifuncionais para Atendimento Educacional Especializado Não
(AEE)

Foi feito um estudo bibliográfico porque fornece informações científicas de apoio


para poder analisar as informações coletadas na pesquisa de campo, Cervo e Bervian (2002)
lembram que esta,

[...] procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas, busca


conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas. É feita com intuito de
reconhecer informações e conhecimentos prévios acerca do problema para qual se
procura resposta. (CERVO E BERVIAN, 2002, p.65)

A pesquisa bibliográfica facilita a compreensão do tema pesquisado. O suporte


metodológico na segunda etapa desta pesquisa é um estudo de campo, que não só permite a
coleta de dados, mas também é uma excelente oportunidade para aplicar na prática os
conhecimentos do pesquisador. Nesta pesquisa foi utilizada a análise qualitativa, pois não teve
o intuito de quantificar os dados coletados e sim analisá-los de uma maneira mais reflexiva.

Na elaboração de uma investigação científica a fase de recolha e análise de dados é


muito importante, pelo que é necessário tomar alguns cuidados para garantir a fiabilidade dos
resultados. A coleta de dados ocorreu após seleção e limitação do tema, revisão da literatura,
definição dos objetivos, formulação do problema e hipótese.

Para efetivar a coleta dos dados, esta pesquisa utilizou de questionários (apêndices A
e B), que são uma das formas mais usadas para a coleta de dados, possibilitando medir, com
melhor exatidão, o que se deseja. Para Gil (2002),

Questionário é a técnica de investigação composta por um número mais ou menos


elevado de questões apresentadas por escrito às pessoas, tendo por objetivo o
conhecimento de opiniões, crenças sentimentos, interesses, expectativas, situações
vivenciadas, etc. (GIL, 2002, p.15)
O grupo de amostragem a que se refere essa pesquisa é formado por 02 (duas)
professoras (professora A e professora B) e pela equipe Pedagógica composta por 01 (uma)
Coordenadora Pedagógica que nos dá suporte na escola.

A escolha deste grupo de educadores para a pesquisa se deu pelo fato de ser
indispensável a participação de educadores esclarecidos, quanto à prática interdisciplinar em
seu cotidiano.

A pesquisa de levantamento oferece ao pesquisador acesso ao trabalho do educador.


Ao organizar o questionário que foi entregue aos professores, foram formuladas perguntas que
abordassem um trabalho interdisciplinar. O tema da pesquisa foi apresentado aos professores
do 4º ano do ensino fundamental, e também foi explicitado qual era o objetivo com aquele
questionário. Depois de uma semana, prazo estipulado com antecedência, os questionários
foram recolhidos e as análises foram realizadas. As perguntas abertas, destinadas à obtenção
de respostas livres, possibilitaram que os professores e a coordenadora pedagógica,
apresentassem respostas mais amplas, que facilitaram as reflexões no momento das análises.

3 RESULTADOS ALCANÇADOS

Com o intuito de comprovar os dados da pesquisa, descrevemos abaixo algumas


respostas mencionadas pelos educadores ao questionário, coerentemente com as questões
concernentes a esse estudo.

3.1 Aspectos quantitativos

Com base nas informações descritas a seguir, determinamos as características dos


participantes, pois isso daria informações ainda superficiais sobre o perfil dos professores que
responderam à pesquisa. 5 professores responderam à pesquisa; quatro mulheres e um
homem. Os 5 professores possuíam idades entre 28 e 48 anos. Os participantes da pesquisa,
todos são graduados em Pedagogia com licenciatura, e pós-graduados.

Ao aplicar o questionário aos professores que o responderam, em se tratando da


questão que se referia à concepção do significado de Inclusão de Crianças com Necessidades
Especiais; quanto ao que os professores entendiam por inclusão, obtemos a seguinte resposta:

Tabela 5: Questionário 01 aplicado aos professores sobre à concepção do significado


de Inclusão de Crianças com Necessidades Especiais?
PESQUISADO RESPOSTA
Professor A “Inclusão é envolver a criança com necessidades especiais no
processo de ensino e aprendizagem regular”
Professor B “Incluir significa oportunizar à criança, oportunidade de ser inserido
ao meio educacional de uma forma igualitária”
Professor C “Inclusão significa inserir a criança com necessidades especiais no
âmbito escolar regular, tornando sua acessibilidade à escola favorável
e o processo de aprendizagem igualitário e justo”
Professor D “Incluir crianças com necessidades especiais significa inseri-las ao
contexto educacional e social de forma igualitária em relação às
outras crianças”
Professor E “Inclusão é uma porta aberta para apoio junto às famílias onde não
tinha o apoio pedagógico adequado”.

Fonte da autora-2023

A partir das afirmações dos professores, entendemos que os professores “B”, “C” e
“D” remetem suas visões ao envolvimento da criança com necessidade especial como
qualquer outro aluno no processo de ensino e aprendizagem, ou seja, uma escola igualitária e
acessível às diferenças. Já o professor E fala que a família deve dar apoio total onde não tem o
apoio pedagógico.

Outra questão levantada tratou de saber como os docentes desenvolvem suas aulas,
junto ao processo de inclusão, ou seja, buscando a participação de todos que estão na sala de
aula. Tivemos algumas respostas, descritas abaixo, a qual percebe-se que o lúdico está
inserido:

Tabela 6: Questionário 02 que tratou de saber como os docentes desenvolvem suas


aulas, junto ao processo de inclusão?

PESQUISADO RESPOSTA
Professor A “Desenvolvo o processo de inclusão a partir de atividades lúdicas,
jogos, dinâmicas, música etc”
Professor B “Desenvolvo o processo de inclusão, motivando os alunos a
interagirem uns com os outros, através de atividades coletivas”
Professor C “Desenvolvo através de atividades em grupo”
Professor D “Desenvolvo o processo de inclusão utilizando sempre o lúdico, a
música, atividades que estimulem o desenvolvimento da coordenação
motora de modo coletivo”
Professor E “Desenvolvo o processo de inclusão a partir de jogos, músicas e
atrações diversas”
Fonte da autora-2023

A partir das respostas dos professores que participaram da pesquisa, podemos


compreender que eles entendem e vivenciam a ludicidade por meio de jogos, dinâmicas,
músicas como uma oportunidade de promover a comunicação coletiva e a livre expressão
entre os alunos, considerando-a como uma oportunidade para melhor articular os alunos com
necessidades especiais. Nesse sentido, é importante que o professor perceba que mesmo se
apoiando em teoria suficiente, ele se depara com crianças que enfrentam grandes dificuldades,
se desenvolvem lentamente e precisam compreender o processo de ensino dos jogos. A longo
prazo. Nesse sentido, o professor necessita de muito apoio dos pais. E devem adaptar a sua
vida ao mundo tecnológico e informatizado sem perder o carácter lúdico da vida, que é
diversão, brincadeira e educação, para que a criança possa expandir os seus poderes normais e
crescer naturalmente segura e forte.

Tabela 7 Questionário 03 que trouxe uma pergunta, que pedia para que os
professores escrevessem sobre as dificuldades enfrentadas no processo de ensino e
aprendizagem junto a crianças com necessidades especiais.

A partir de então, tivemos como respostas:

PESQUISADO RESPOSTA
Professor A “As dificuldades que enfrentamos é a necessidade de alguns materiais
pedagógicos que auxiliem o processo de ensino”
Professor B “A carência de recursos vem dificultando o trabalho pedagógico”
Professor C “Não temos muitos recursos”
Professor D “A dificuldade enfrentada é a falta de recursos pedagógicos.
Professor E “As dificuldades com que nos deparamos é ausência de recursos
pedagógicos”
Fonte da autora-2023

Entende-se assim que a necessidade de recursos pedagógicos, mencionada pelos


Professores “A”, “B”, “C”, “D” e “E”, tem dificultado o trabalho durante o processo de ensino
e aprendizagem com alunos com necessidades especiais. Para SOUZA (2007, p.111):
“Recurso didático é todo material utilizado como auxílio no ensino e aprendizagem do
conteúdo proposto para ser aplicado, pelo professor, a seus alunos”.

Tabela 8: Questionários 04 que fez a pergunta de como os educadores estarem


preparados ou não, quanto à prática na educação inclusiva, questionamos na questão,
redundando nas seguintes respostas:

PESQUISADO RESPOSTA
Professor A “Os educadores estão preparados em parte, pela competência da
criatividade, mas necessitam de mais formações”
Professor B “Os educadores não estão preparados por não terem formação
adequada, para trabalharem com crianças especiais”
Professor C “Os educadores não estão preparados, pois nas instituições de
Ensino Superior ainda é pouco abordada à educação inclusiva”
Professor D “Os educadores não estão preparados, pois o grupo de docentes
carece procurar, cada vez mais, aperfeiçoar-se neste campo vasto da
inclusão”
Professor E “Os educadores não estão preparados, pois carecem de formações
apropriadas para esse tipo de trabalho”
Fonte da autora-2023

Porém, não é isso que se verifica na realidade. Silva e Retondo (2008, p. 28) dizem
que:

De um lado, os professores do ensino regular não possuem preparo mínimo para


trabalhar com crianças que apresentem deficiências evidentes e, por outro, grande
parte dos professores do ensino especial tem muito pouco a contribuir com o
trabalho pedagógico desenvolvido no ensino regular, na medida em que têm calcado
e construído sua competência nas dificuldades específicas do alunado que atendem.

Tabela 09 Questionário 05 Para tanto, nessa questão, analisamos possíveis formações


em que os profissionais da educação participavam durante o ano letivo, e, se os cursos de
formação eram oferecidos diretamente voltados para a inclusão. Podemos perceber nas
respostas abaixo:

PESQUISADO RESPOSTA
Professor A “Não temos formação nessa área”
Professor B “Não. A secretaria de /educação faz tempo que não oferece cursos de
formação”.
Professor C “Não. Geralmente a formação são em outras áreas”
Professor D “Não. Nem sempre”
Professor E “Não”
Fonte da autora-2023

Todos os professores responderam que o município não oferece cursos para os


educadores da rede municipal de ensino, principalmente voltado a inclusão.

3.2 Aspectos qualitativos

A partir das citações dos professores participantes da pesquisa, refletimos sobre a


inclusão de crianças com necessidades especiais na escola do ensino fundamental regular, tal
como identificamos dificuldades enfrentadas para tal prática docente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os itens acima estamos trabalhando neles

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