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Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.

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6.o ano – 1.o bimestre


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Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
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Caderno do Professor
A coleção didática do Sistema de Ensino Objetivo
(6.o ao 9.o ano)

1. Apresentação
A coleção didática do Sistema Objetivo de Ensino para o Ensino Fundamental é o resultado de uma sólida
experiência na elaboração de materiais didáticos e em sua efetiva utilização. Os Cadernos do Aluno e os
Livros do Professor são concebidos por coordenadores e professores de nossa equipe pedagógica,
profissionais com comprovada experiência na área educacional e atuantes em sala de aula. Isso torna possível
oferecer materiais didáticos com alto grau de aplicabilidade, na medida em que resultam de um profundo e
intencional diálogo entre a teoria e a prática no desenvolvimento das aulas e das propostas de atividades.

Além de oferecer as condições necessárias para a compreensão dos fenômenos envolvidos nas relações
que se estabelecem durante a progressão dos processos de aprendizagem, nosso objetivo central é garantir
que as ações pedagógicas fundadoras de nossa proposta teórico-metodológica ocorram em contextos
verdadeiramente significativos.

Partimos da concepção de que, nos dias atuais, não é mais possível reconhecer o processo de
ensino-aprendizagem apenas como mera transferência de informação. É preciso ir além, criando condições
para que o aluno assuma um papel ativo na construção do conhecimento e seja também um produtor de
“saber”. Da mesma forma, é necessário garantir que o professor possa atuar como mediador desse processo,
com habilidades aprimoradas para capacitar os alunos a aprenderem de maneira progressivamente autônoma,
estimulando o pensamento reflexivo e a capacidade analítica dos objetos de conhecimento vinculados a seus
contextos de uso real. Assumimos, assim, nosso respeito ao aluno, concebido como sujeito livre,
competente, criativo e apto à realização de novas descobertas.

Identificamos que tais princípios – seguramente comprometidos com a formação integral do aluno e
amparados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) – estão alinhados às competências gerais da
Educação Básica determinadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC)1. Destacamos que a noção de
competência é definida pelo documento como sendo

[...] a mobilização de conhecimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas


e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno
exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

1 A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de
aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo
que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de
Educação (PNE).
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O documento salienta ainda que tais competências

[...] inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da


Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na
construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e
valores, nos termos da LDB.

Considerando esses pressupostos, a BNCC apresenta as dez competências gerais da educação básica
para cujo desenvolvimento os diferentes componentes do currículo devem concorrer. São elas:
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade
justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de
práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar
informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e
coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência
socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana
e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o


respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de
grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

(BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017.)

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Para assegurar o desenvolvimento dessas competências, o documento apresenta um conjunto de


habilidades específicas norteadoras para cada área de conhecimento, que devem ser interpretadas à luz dos
contextos específicos em que serão utilizadas.
Em nosso material serão fornecidos, progressivamente, os conteúdos necessários ao desenvolvimento
de tais habilidades, apresentados por meio de estratégias pedagógicas que permitirão ao professor integrar
valores cognitivos, socioemocionais, pragmáticos, culturais e éticos às suas práticas de sala de aula,
observando o respeito às suas diferentes representações. Nossa expectativa é estimular o desenvolvimento
do pensamento crítico e favorecer a aprendizagem continuada de habilidades numa perspectiva integrada e
comprometida com a formação de cidadãos ativos.
Especificamente, com relação às habilidades socioemocionais, cujo desenvolvimento foi integrado às
tarefas escolares pela BNCC, consideramos que no cotidiano da sala de aula são oferecidas muitas
oportunidades de se trabalhá-las com os alunos. Cumpre ressaltar que considerá-las significa valorizar uma
educação integral, na qual o conhecimento e o desenvolvimento cognitivo ocorrem conjuntamente com as
interações sociais (entre alunos e entre alunos e professores), tendo em vista a participação na sociedade e
contemplando o respeito e o reconhecimento emocional de cada um dos alunos.
Durante suas aulas, os professores promovem várias intervenções que, revestidas de intencionalidade
pedagógica, concorrem para o desenvolvimento dessas habilidades. Nos Cadernos de Atividades, procuramos
ressaltar, por meio de sugestões ao professor, quais delas poderão ser trabalhadas em atividades específicas.
Tomamos como referência fundamental para essas orientações as competências gerais da educação
básica apresentadas no próprio documento, que, no âmbito socioemocional, destaca as seguintes habilidades:
autonomia, responsabilidade, argumentação, negociação, consciência socioambiental, ética, autocuidado,
empatia, diálogo, resolução de conflitos, cooperação, respeito, tolerância, flexibilidade, resiliência,
solidariedade, tomada de decisão. Outras habilidades podem ser apontadas de acordo com as atividades
propostas. Entendemos, ainda, que as ações educativas devem nortear-se a partir de valores de consenso
social e, como afirma a base curricular, “com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis
e solidários”.
Reconhecemos a importância do uso eficaz e consciente das tecnologias que sustentam o acesso à
cultura digital e, alinhados às orientações expressas pela BNCC, reforçamos e expandimos o tratamento
transversal dado às tecnologias digitais de informação e comunicação. Mais do que instruir consumidores de
tecnologia, pretende-se contribuir para a formação de alunos ativos e criativos, produtores de conteúdo em
ambiente digital e midiático que atuem de forma responsável e com valores condizentes com uma cidadania
digital.

2. Proposta didático-metodológica
A proposta didático-metodológica desta coleção é dar suporte ao desenvolvimento de um processo de
ensino-aprendizagem em que haja o predomínio da experimentação, da descoberta e da coautoria na
construção do conhecimento.
Procurou-se organizar, nas diferentes disciplinas, sequências didáticas que favoreçam os alunos com o
exercício da reflexão e a mobilização de recursos cognitivos, saberes e informações a serem aplicados em
situações de aprendizagem.
A ênfase desta coleção didática está no percurso de aprendizagem a ser empreendido pelos alunos, e não
apenas nos seus resultados. Abandonou-se o formato mais corriqueiro de apresentação do conteúdo no início
dos módulos, seguido de exercícios, em favor de atividades nas quais os alunos são envolvidos de fato no
processo de aprendizagem. Considera-se que a aprendizagem é mais significativa quando o aluno atua como

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protagonista, ou seja, assume um papel ativo e mobiliza habilidades cognitivas para explorar e descobrir
novos conhecimentos. Nisto se dá a incorporação de novos saberes e também se amplia o conhecimento
que ele tem de si próprio e da realidade como um todo, criando-se condições para uma atuação social mais
consciente. Espera-se que o aluno, ao assumir um papel ativo na própria aprendizagem, desenvolva a
metacognição, isto é, adquira domínio progressivo sobre suas habilidades cognitivas e sobre seu processo
de aprendizagem.
Como hoje se considera que há variados estilos de aprendizagem, elaboramos atividades bastante
diversificadas, de modo a atender a diferentes formas de aprender. Assim, garante-se também que os alunos
participem ativa e efetivamente da construção de sua aprendizagem, envolvendo-se em aulas mais dinâmicas,
de forma a ampliar a motivação e estimular o interesse desses aprendentes pelos assuntos tratados.
Sabe-se que os conceitos são interiorizados na medida do significado de que são revestidos no processo de
sua apreensão pelos alunos. Importa, pois, a sua contextualização e o quanto os alunos estão envolvidos e são
desafiados a se integrar na construção coletiva do conhecimento. Com isso em vista, são oferecidas
situações-problema e atividades desafiantes a serem solucionadas pelos alunos, como forma de garantir seu
envolvimento e a mobilização dos conhecimentos e das habilidades requeridas. O objetivo é que o aluno não
apenas tenha acesso às informações, mas também aprenda a lidar com elas para aplicá-las em situações
concretas.
O ponto de partida se dá na valorização do conhecimento prévio do aluno como alicerce importante para
a construção do conhecimento de registro acadêmico e científico. Com essa finalidade, criam-se condições
para que as novas informações possam articular-se com o conhecimento preexistente, desestabilizá-lo e
assim possibilitar aos alunos a construção de novos saberes, promovendo situações de aprendizagem que
os levem a ampliar seus conhecimentos.
Exposto a uma situação-problema, o aluno mobiliza novos saberes, pois um problema é uma situação
possível de ser resolvida, mas o indivíduo não dispõe, de antemão, de uma estratégia ou procedimento já
estruturado para solucioná-la. Com frequência, é possível chegar à solução por meio de mais de uma
estratégia ou procedimento. A situação-problema, por sua complexidade, geralmente se constitui em um
desafio instigante, mas com grau de dificuldade compatível com o repertório do aluno, quando etapas
anteriores foram consolidadas. Dar oportunidade ao surgimento de uma diversidade de posições encaminha
a possibilidade de haver um conflito cognitivo e, em consequência, promover o desenvolvimento intelectual
e a aprendizagem. Para solucionar situações-problema com pertinência e eficácia, dá-se a mobilização de um
conjunto de recursos, tais como conceitos, habilidades e atitudes. Trata-se de uma estratégia para a qual é
necessário e conveniente recorrer a procedimentos multíplices, como levantar hipóteses, analisar dados,
buscar recursos para a resolução e estabelecer relações, assumindo a complexidade da questão em estudo.
Isso implica também o comprometimento com valores éticos e sociais.
Ainda que a resposta certa não seja o único objetivo a ser alcançado, o compromisso com o saber
acadêmico e científico encaminha a necessidade da validação do conhecimento construído pelos alunos.
Para isso, este deve ser relacionado com os conhecimentos estabelecidos e nesse processo se dão a
ampliação e a reorganização dos seus saberes.
Algumas atividades de aprendizagem das sequências didáticas foram elaboradas para serem
necessariamente feitas em grupo, e isso deve ser respeitado. Considera-se que trabalhar em grupo não seja
apenas importante, mas sim fundamental. Na realização de atividades em duplas, ou em grupos, é favorecida
a interação entre os alunos, o que possibilita o confronto de pontos de vista e a troca de ideias entre eles.
Nelas os alunos são solicitados a planejar trabalhos, expor suas ideias, ouvir e analisar as dos outros, elaborar
sínteses e formular conceitos, realizando assim um enriquecedor percurso de aprendizagem. Enfatiza-se,
nesse caso, a aprendizagem colaborativa. Além de ser uma estratégia pedagógica, é também caminho de
preparação para o exercício responsável da cidadania ao dar ao aluno a oportunidade de se posicionar

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socialmente, no contexto escolar, de forma ativa. Como se observa pelo exposto, essas atividades são
valiosas oportunidades de desenvolvimento de habilidades socioemocionais, tais como empatia, colaboração,
liderança, entre outras.
Sugerimos formas diferenciadas para organizar os agrupamentos de alunos, a fim de enriquecer os
processos de aprendizagem e também superar as suas dificuldades. Podem-se organizar duplas, trios, quartetos
e grandes grupos em círculo ou meia-lua e combinar essas formas de organização em momentos diferentes.

2.1. O papel do professor


A proposta de trabalho da coleção exige que o professor atue como mediador no processo de
aprendizagem, favorecendo a construção do conhecimento. Longe de ser apenas aquele que transmite as
informações, ele deve assumir uma postura problematizadora, promovendo a reflexão, a criatividade e a troca
de experiências entre os alunos. O mediador é aquele que faz perguntas, propõe problemas e desafios
possíveis que incitem o aluno a fazer indagações, observar, comparar, formular hipóteses e testá-las,
discriminar, generalizar, relacionar a construção de saberes novos com saberes prévios e aplicá-los a novas
situações.
A mediação pedagógica é entendida como a atitude e o comportamento do professor como um
organizador do processo de aprendizagem – alguém que oferece condições que desencadeiam a exploração
e a descoberta por parte do aluno e o estimula à construção do seu saber. É dinâmica e não comporta receitas
ou fórmulas – a ligação que o professor promove entre o aprendiz e o objeto de aprendizagem deve estruturar-se
e reestruturar-se em decorrência do processo individual do aluno, impossível de ser totalmente previsto,
antecipado. Há de se considerarem os processos individuais, os estilos de aprendizagem particulares, os
momentos em que se faz necessária uma atuação mais ou menos diretiva. Sem dúvida, atuar como mediador
é muito mais difícil, requer muito mais preparo e envolvimento do que fazer exposições totalmente planejadas
de conteúdos e aplicar exercícios com gabarito único.
O Caderno do Professor traz orientações didáticas que acompanham todas as propostas de trabalho,
funcionando como guia para a utilização adequada e eficiente do material didático. Ao mesmo tempo, não
restringe as opções do professor para atender às necessidades surgidas na dinâmica da sala de aula,
oferecendo, inclusive, sugestões alternativas para esse fim.

3. Avaliação
Para adequar-se à proposta de trabalho desta coleção, deve-se entender a avaliação como parte do
processo de aprendizagem. Durante todo o tempo, o aluno deve ser acompanhado, observado, questionado
e estimulado a buscar respostas. Nesse percurso, é possível identificar avanços ou resultados nos vários
processos de aprendizagem em questão, como também fazer levantamento de novas necessidades, planejar
e executar ações, melhorando o atendimento aos alunos. Nesse sentido, a função principal da avaliação não
é atribuir uma nota ou um conceito de acordo com a quantidade de conteúdos aprendidos, mas reorientar a
aprendizagem. Para alcançar esse objetivo, o ato de avaliar não pode ser mecânico; deve ser processual e
reflexivo, voltado para identificar os níveis de aprendizagem alcançados nos conteúdos curriculares em
desenvolvimento assim como nas habilidades a serem construídas, a fim de, se necessário, ajustarem-se ou
alterarem-se os processos em curso. Avaliar é reorientar a prática docente sempre que necessário, é oferecer
ao professor subsídios concretos para saber como prosseguir com sua ação educativa. Nessa visão, os erros
se tornam objetos de estudo, pois revelam a natureza das representações ou estratégias elaboradas pelo
estudante em seu percurso de aprendizagem. Seguramente, para avaliação das habilidades construídas
instrumentos de avaliação específicos devem ser considerados.
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4. Atividades de aprendizagem e organização das sequências didáticas


A composição dos Cadernos de Atividades foi feita a partir de unidades subdivididas em módulos. A
proposta de trabalho se estrutura em sequências de aprendizagem apresentadas em seções didáticas
organizadas e, por consequência, nomeadas considerando o processo de construção dos saberes a ser
percorrido pelo aluno, conforme ilustrado a seguir:

O aluno desenvolve uma atividade inicial que deve permitir-lhe identificar e organizar seus
conhecimentos prévios sobre o tema, bem como aguçar sua curiosidade e interesse por
eles. Pode constituir parâmetro para que se autoavalie e monitore os próprios progressos.
Para o professor, ter noção clara dos conhecimentos prévios dos alunos permite-lhe planejar
as aulas de maneira a aprofundar e ampliar conceitos, esclarecer aspectos mal compreen-
didos e desfazer imprecisões conceituais preconcebidas pelos alunos.

O aluno desenvolve atividades que têm como propósito facilitar o percurso de um raciocínio
e, por meio da exploração (como questões a responder, hipóteses a testar), chegar à descober-
ta, ou seja, a novos saberes. É importante que o professor não elimine questões nem junte
aspectos tratados isoladamente em uma única pergunta com o intuito de encurtar o processo.

Pelo desenvolvimento de uma atividade (como estudo de um texto, participação em uma


discussão, elaboração de uma síntese), espera-se que o aluno organize, sintetize e amplie os
saberes que foram sendo identificados, complementados e reorganizados nas etapas
anteriores.

Exposto a uma situação que exige dele uma resposta nova, original, diferente do exercício
de simples compreensão ou de aplicação reprodutiva de algo já dado, o aluno é solicitado a
mobilizar os novos conhecimentos, habilidades e atitudes.

As atividades de aprendizagem são acompanhadas de tarefas a serem realizadas em casa.


Além de colaborarem para o desenvolvimento de habilidades e apreensão de conteúdos, as
tarefas têm propósitos importantes de formação, pois contribuem para o desenvolvimento
de hábitos de estudo autônomo, que envolvem disciplina, organização, autorregulagem da
aprendizagem e pesquisa, entre outros. Podem ser também subsídios para o que vai ser
tratado nas aulas. Nestas, um tempo deve ser reservado para que os alunos comentem suas
respostas, exponham suas dúvidas e dificuldades.

No Portal Objetivo, são oferecidas orientações aos alunos para todas as tarefas. As
marcadas com o ícone “tarefanet” são construídas de forma a permitir a autocorreção por
parte deles.

As atividades assim assinaladas possibilitam o uso de recursos digitais e midiáticos em


sua realização.

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Por meio dessa plataforma, com acesso pelo Portal Objetivo, alunos e professores dispõem
do conteúdo digitalizado dos Cadernos de Atividades, Games e demais materiais didáticos.

Jogo digital disponível no Conteúdo On-line, relacionado a assuntos presentes nos


cadernos de atividades.

Cabe salientar que as seções didáticas apresentadas, embora tenham propósitos centrais diferentes umas
das outras, não são estanques nem se esgotam em si mesmas. Por exemplo, as atividades propostas em
“Suas experiências”, embora tenham como foco central a identificação e a organização dos saberes prévios,
já podem criar condições para alguma nova descoberta; da mesma forma, o desenvolvimento das atividades
de “Sua criação” ou a “Ampliação dos saberes” dão continuidade ao processo de exploração e descoberta,
possibilitando a construção de novos saberes.
Além das seções estruturantes do processo de aprendizagem, há outras marcações de atividades que
sinalizam de que formas estas se integram nas sequências didáticas organizadas. Algumas se repetem nas
diferentes disciplinas (“Pense no assunto”, “Atividade em grupo”, “Sua contribuição ao grupo” etc.) e outras
são específicas de algumas delas.
O professor pode planejar seu trabalho e organizar a duração de cada sequência didática, acompanhando
as sugestões de número de aulas previstas que são apresentadas em tabela no fim de cada caderno de
orientação ao professor. É certo que acompanhar o processo de aprendizagem impõe alguma flexibilidade a
partir das reações dos alunos às atividades, demandando do professor uma atenção constante. Respeitando-se
os interesses dos alunos e o seu ritmo de aprendizagem, o tempo destinado a cada atividade e a duração da
sequência podem ser encurtados ou ampliados.

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A proposta do material didático de Ciências


1. Pontos de partida
A influência cada vez maior e mais presente da tecnologia em todas as áreas e em nosso dia a dia vem
despertando longos debates sobre o ensino de ciências. Nos últimos 60 anos, no ensino dessa disciplina,
influenciado pelas mudanças sociais, políticas, tecnológicas e ambientais, vem se percebendo a necessidade
de tornar o conteúdo e o aprendizado interessantes e compreensíveis para os estudantes do terceiro e quarto
ciclos do ensino fundamental. Isso porque, até então, a disciplina colocava o homem como centro de tudo,
e os demais seres eram apresentados como se estivessem a seu serviço. Essa é a chamada visão
antropocêntrica da ciência, que tem influenciado a visão científica, acadêmica e escolar.
Desde os PCN (MEC – SEF, 1998), questiona-se essa forma de apresentar a natureza e pretende-se que
o ensino de ciências seja muito mais que descrições e teorias: que sirva de estímulo ao aluno, para que ele
questione, investigue, discuta e seja reconhecido como cidadão ativo em nossa sociedade.
De acordo com os documentos da BNCC, o ensino de Ciências deve estar voltado ao letramento científico.
O mesmo documento esclarece que o letramento ou alfabetização científica baseia-se em um conjunto de
ações com objetivos de desenvolver no estudante a capacidade de compreender e interpretar o mundo e suas
esferas natural, social e tecnológica. Para isso, torna-se necessário fazer planejamentos integrados com as
demais áreas do conhecimento, com a finalidade de abranger temas que privilegiem a interdisciplinaridade,
a transversalidade, o multiculturalismo, a ética, a cidadania etc.
Por meio dos conhecimentos espontâneos (aqueles que tenham caráter intuitivo ou que estejam ligados
às situações do cotidiano), o estudante traz para a sala de aula as ideias sobre o assunto que o professor está
desenvolvendo.
Para consolidar objetivos de ensino e aprendizagem, oferecemos um material didático que possibilita que
o aluno construa o conhecimento e se aproprie dele e, acima de tudo, tenha acesso a um material inovador
e estimulante, capaz de despertar a curiosidade e o espírito investigativo.
O caderno de atividades de ciências deve servir como suporte de trabalho aos professores e, principal
mente, estimular os alunos a participar da sociedade, exercendo seus deveres e direitos, posicionando-se de
maneira crítica, valorizando o patrimônio ambiental e sociocultural, reconhecendo e adotando hábitos positivos
para sua saúde e para a saúde coletiva.
Para favorecer as possibilidades de compreensão dos alunos ao longo do ensino fundamental, alguns
assuntos são retomados e aprofundados. Exemplo disso é a fotossíntese, processo fundamental para o
aprendizado sobre fluxo de energia, sobre cadeia alimentar, na caracterização do reino vegetal, função das
folhas, exemplo fundamental de reação química, entre outros.
A ciência trabalha com resultados de pesquisas em universidades e outros centros por todo o mundo.
Valores numéricos apresentados em gráficos ou infográficos são modificados pelas ocorrências diárias. Assim,
é importante que o aluno e o professor saibam que alguns dados apresentados podem variar ao longo dos
anos, pois não são estanques, mas dinâmicos.
É importante mostrar ao aluno que a ciência deve ser aplicada, acima de tudo, para o bem da humanidade,
apesar de ser reconhecidamente aplicada com finalidades políticas e econômicas.

2. Objetivos de ensino e aprendizagem


O ensino de ciências tem como principais objetivos:

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• Estimular o pensamento científico para que o aluno compreenda as transformações da natureza ao


longo do tempo, reconhecendo-se como parte integrante dela.
• Fazer com que o aluno perceba a existência e a ocorrência do método científico como um processo
dinâmico na produção tecnológica e nas condições de vida da sociedade.
• Fornecer condições de observação, para que o aluno possa registrar características do ambiente e dos
seres que nele vivem.
• Desenvolver experimentos simples que permitam a visualização, a observação, a análise e a conclusão
das propriedades e dos fenômenos físicos/químicos dos diversos elementos formadores do ambiente.
• Favorecer a construção de conhecimentos que possibilitem ao aluno diagnosticar e formular questões
sobre a saúde, integrada às condições sociais, de forma a ampliar o pensamento crítico e assim permitir
que avalie riscos e benefícios.
• Introduzir no cotidiano do aluno o uso dos conceitos científicos básicos, capacitando-o a participar de
discussões de temas importantes que auxiliem nas decisões relativas aos rumos de nossa sociedade.

3. A BNCC na proposta do Ensino de Ciências no Colégio Objetivo


A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) divide as Ciências da Natureza em três Unidades Temáticas:
Vida e Evolução; Matéria e Energia e Terra e Universo, que orientam a organização dos cadernos de atividades
do Sistema de Ensino Objetivo para essa área de conhecimento.
Esse documento determina que seja garantido aos alunos o desenvolvimento de competências
específicas:
• Compreender e explicar conceitos científicos relacionados às Ciências da Natureza, a fim de reconhecer
as questões que podem ser investigadas cientificamente, associando-se o conhecimento como forma
de empreendimento humano e valorização do conhecimento cultural.
• Reconhecer as questões que podem ser investigadas e dominar os processos de atividades práticas
como garantia de conhecimento, e assim poder participar e promover debates sobre as questões
ambientais, tecnológicas e sociais.
• Compreender os fenômenos naturais a partir de questionamentos e curiosidades, estabelecendo
relações, buscando respostas e soluções e incluindo nessas situações todos os tipos de recursos
tecnológicos.
• Aplicar os conhecimentos das Ciências da Natureza aos desafios encontrados no mundo do trabalho.
• Agir de forma responsável e competente utilizando seus conhecimentos para ajudar nas tomadas de
decisões sobre questões relativas a saúde e tecnologia, sempre se levando em consideração a ética, a
democracia e o respeito frente às atitudes individuais e coletivas.
• Conhecer o seu corpo e respeitar a diversidade humana valorizando o bem-estar físico, mental e social
a partir dos conhecimentos das Ciências da Natureza.
• Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências que inclui investigação,
reflexão e análise crítica, identificadas nas atividades propostas no material.
• Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender
ideias que respeitem os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável,
posicionando-se de forma ética em relação aos cuidados consigo mesmo e com o planeta, é
competência geral da BNCC aplicável no material proposto.

Além de tratar dos objetos de conhecimento definidos por esse documento, outros assuntos são
apresentados de forma complementar. Entre esses objetos de conhecimento, alguns foram retomados das
séries iniciais do Ensino Fundamental de maneira mais aprofundada e outros foram mantidos de nossa
programação anterior por considerarmos essenciais para a formação integral dos nossos alunos.
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4. Atividades de Aprendizagem
A metodologia do ensino de Ciências sofreu modificações ao longo do tempo. Entre o século XIX e a
década de 1950, predominou a linha tradicional ou conteudista, que, apesar de não ser reconhecidamente a
mais adequada, se mantém até os dias atuais. Caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos já
existentes, sendo o professor o detentor dos saberes. O aluno é apenas reprodutor das informações.
Em contraponto à linha tradicional, surgiu, em meados da década de 1950, a linha tecnicista, valorizando
e reproduzindo o método científico, dando ênfase às aulas experimentais que apenas reproduziam o
conhecimento já existente.
A tendência atual é chamada de Ciência Investigativa e insere o aluno no centro do processo, fazendo com
que ele aprenda a partir do que lhe é significativo e do conhecimento já adquirido.
Para que o aluno possa desenvolver explicações sobre o que acontece dentro e fora da escola, sobre
fenômenos naturais e conhecimentos tecnológicos, é necessário aguçar sua curiosidade.
A Ciência deve servir como meio de o aluno aperfeiçoar os conhecimentos que já possui, ajudando-o a
ampliá-los.
A ideia é criar uma situação-problema a partir da qual o aluno formulará hipóteses valendo-se de seus
conhecimentos prévios ou intuitivos, a fim de que se sinta estimulado a buscar explicações para o fenômeno
analisado.
O professor deve estimular o aluno e conscientizá-lo de que, se seu conhecimento não é suficiente para
explicação de um problema, deve investigar o assunto e então criar um novo modelo por meio do qual se
apropriará de mais conhecimento.

4.1. Orientações para o laboratório


As atividades práticas devem ser vistas com especial atenção quando se pretende desenvolver assuntos
relacionados a Ciências Naturais.
A experimentação pode ser realizada de forma demonstrativa ou pelos próprios alunos, dependendo da
natureza do experimento, da disponibilidade de espaço e do material adequado para sua realização.
Quando realizada de forma demonstrativa, a participação do aluno pode ser ampliada, desde que o
professor faça a mediação entre o experimento, seus resultados e os alunos. Antes mesmo da realização da
atividade, é possível levantar questões para a formulação de hipóteses pelos alunos em relação aos resultados
esperados. O questionamento antes da realização em função do resultado esperado e o próprio resultado são
essenciais para que o processo de aprendizagem seja alcançado.
Quando o experimento é realizado pelos próprios alunos, o desafio se torna maior para o professor, pois
há necessidade de mais atuação e atenção em relação aos grupos formados pelos alunos, aos materiais
utilizados, aos procedimentos e resultados. É necessária muita clareza por parte do professor sobre os
procedimentos que serão adotados e eventuais riscos em relação aos materiais. A avaliação dos resultados
obtidos pode ser feita de maneira coletiva, o que gera discussão e argumentação, considerando-se que muitas
vezes os resultados obtidos não são os esperados nem necessariamente os mesmos entre diferentes grupos.
Nas duas possibilidades descritas, muitas vezes os resultados obtidos divergem dos resultados previstos.
Nesse caso, deve-se aproveitar a oportunidade para questionar a razão do ocorrido, o que favorecerá as
discussões sobre o assunto. Independentemente do resultado de uma experimentação, o referido assunto
deve ser discutido, questionado, investigado e, mesmo que não haja uma conclusão exata e final, todo o
processo se torna significativo para o aluno e, dessa forma, há mais possibilidade de aprendizagem.
Em determinados momentos e experimentos, é possível que os alunos tenham ideias e sugestões sobre
alterações de materiais e procedimentos. Nesses casos, deve-se discutir as novas possibilidades e, quando
possível, colocá-las em prática.

XII
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XIII

Descrevemos a seguir algumas medidas que devem ser tomadas no ambiente de laboratório e algumas
sugestões de como trabalhar nesse ambiente. Ressaltamos que muitas vezes as atividades práticas poderão
ser realizadas em outros espaços, tais como quadra esportiva, pátio, jardim etc. Nesses casos, as medidas,
principalmente em relação à segurança, poderão ser alteradas.

• Antes de realizar os experimentos com os alunos, teste-os.


• Verifique se todos os materiais necessários estão disponíveis.
• Converse claramente com os alunos sobre os procedimentos que serão adotados.
• Trabalhe com os alunos preferencialmente em grupos para que surjam discussões e divergências de
ideias.
• Muito cuidado com experimentos que utilizem substâncias químicas, combustão de qualquer natureza,
ou que necessitem do uso de corrente elétrica.
• Utilize avental de manga longa e solicite o uso dele pelos alunos como ferramenta de proteção.
• Instrua os alunos em relação aos cuidados que devem ser tomados, como: não correr, não colocar
nada na boca, não coçar os olhos durante um experimento, tomar cuidado com as vidrarias e avisar
imediatamente o professor em caso de qualquer tipo de acidente.

4.2. Seções didáticas


• Suas experiências.
• Exploração e descoberta.
• Ampliação dos saberes.
• Sua criação.
• Pensando no assunto.
• Laboratório.
• Sua contribuição ao grupo.
• Atividade em grupo.
• Você sabia?

5. Avaliação
O processo de avaliação deve estar presente em todos os momentos, desde o preparo do conteúdo a
ser aplicado até o objetivo a ser alcançado. A avaliação deve ser usada como resposta para que saibamos se
o objetivo programado foi atingido e, a partir desse resultado, se a estratégia utilizada foi adequada ou deve
ser modificada.
As atividades apresentadas ao longo das unidades/módulos possibilitam verificações da forma oral,
escrita, individual ou em grupo.
A partir dessas verificações, podemos observar se o aluno consegue aplicar o que aprendeu e transferir
seu conhecimento para as diversas situações do dia a dia. É importante observar e registrar se ele não apenas
detém o conhecimento de forma individual, mas também sabe compartilhá-lo com o grupo.
Em relação às aulas práticas, a avaliação não deve ser baseada nos resultados obtidos pelos alunos, mas
sim em sua participação, seus questionamentos, suas hipóteses e nas conexões feitas por eles entre o que
está sendo proposto e o que foi discutido em sala de aula.
A avaliação deve ser realizada de forma gradual e contínua, e não somente no final do curso ou do caderno.

XIII
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XIV

6. Referências Bibliográficas
ARRUDA, Ana Maria da Silva; BRANQUINHO, Fátima Teresa Braga; BUENO, Shirley Neves. Ciências no
ensino fundamental, jan. 2006. Disponível em: <http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/downloads/livroii_
ciencias_final.pdf>. Acesso em: 6 mar. 2014.
ATAIDE, MCES; SILVA, BVC. As metodologias de Ensino de Ciências: contribuições da experimentação e da
História e Filosofia da Ciência.
CARVALHO, Anna Maria Pessoa (org). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação
em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.
DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André. Metodologia do ensino de ciências. São Paulo: Cortez, 1994.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. O método nas ciências naturais. Ática, 2010.
KINDEL, Eunice Aita Isaia. A docência em ciências naturais: construindo um currículo para o aluno e para a
vida. Erechim: Edelbra, 2012.
NASCIMENTO, Fabrício do; FERNANDES, Hylio Laganá; MENDONÇA, Viviane Melo de. O ensino de Ciências
no Brasil: História, formação de professores e desafios atuais.
BNCC: A área de Ciências da Natureza. Competências específicas de Ciências da Natureza para o ensino
Fundamental. Brasilia: Ministério da Educação,2017 p.319.
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/busca-pelo-saber-cientifico-ciencias-
observacaoexperiencia-pesquisa-542856.shtml>.
<http://portal.inep.gov.br/pisa-em-foco>.
<http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br>.
<http://www.ufpa.br/eduquim/metodocientifico.htm>.
Jornal de Ciência, Tecnologia e Empreendedorismo; 13 set. 2010. Texto de Susana Lage. Revista Eletrônica
de Ensino de Ciências , v. 4, n. 3, 2005. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 39, p. 225-249, set. 2010
– ISSN: 1676-2584 225. Revista Nova Escola – On-line – O que ensinar em Ciências .
<http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/fundamentos/curiosidade-pesquisador-425977.shtml?page=4>.

Programação do 6.o ao 9.o ano


6.o ano 3.o BIMESTRE
1.o BIMESTRE Matéria e energia
Matéria e energia – A água
– Átomos e moléculas – A água e suas propriedades
– Substâncias puras e misturas – Materiais sintéticos
Vida e evolução Vida e evolução
– Ecologia geral – Célula como unidade de vida e organização do corpo
Terra e Universo humano
– Forma, estrutura e movimentos da Terra: Terra e Universo
a estrutura do nosso planeta – Forma, estrutura e movimentos da Terra:
a esfericidade da Terra
2.o BIMESTRE
Matéria e energia 4.o BIMESTRE
– Separação de misturas Matéria e energia
– O lixo – Transformações químicas
Vida e evolução Vida e evolução
– Ecologia das populações – Interação entre o sistema nervoso e ações motoras e
Terra e Universo sensoriais
– Forma, estrutura e movimentos da Terra: – Visão e lentes corretivas
rochas e fósseis Terra e Universo
– Forma, estrutura e movimentos da Terra:
rotação e translação da Terra
XIV
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7.o ano 3.o BIMESTRE


1.o BIMESTRE Matéria e energia
Matéria e energia – Introdução a eletricidade e circuitos elétricos
– Máquinas simples Vida e evolução
Vida e evolução – Sistema locomotor
– Diversidade dos ecossistemas – Sistema nervoso
– Classificação dos seres vivos – Sistema endócrino
– Os primeiros reinos: Monera, Protista e Fungi Terra e Universo
Terra e Universo – Clima
– Composição do ar 4.o BIMESTRE
Matéria e energia
2.o BIMESTRE – Cálculo de consumo e uso consciente de energia elétrica
Matéria e energia Vida e evolução
– Temperatura e calor – Sistema reprodutivo (comparativo)
Vida e evolução – Sistema reprodutor humano (mecanismos reprodutivos e
– Botânica sexualidade)
– Fenômenos naturais e impactos ambientais Terra e Universo
Terra e Universo – Clima: variações das condições atmosféricas
– Efeito estufa e camada de ozônio
9.o ano
3.o BIMESTRE 1.o BIMESTRE
Matéria e energia Matéria e energia
– Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra – Grandezas e unidades físicas
Vida e evolução – Cinemática
– Invertebrados – Leis de Newton
– Programas e indicadores de saúde pública Vida e evolução
Terra e Universo – Hereditariedade
– Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) Terra e Universo
– Composição, estrutura e localização do sistema solar
4.o BIMESTRE
Matéria e energia 2.o BIMESTRE
– História dos combustíveis e das máquinas térmicas Matéria e energia
Vida e evolução – Ondulatória
– Vertebrados – Luz e cores
Terra e Universo Vida e evolução
– Placas tectônicas e deriva continental – Origem e evolução dos seres vivos
Terra e Universo
8.o ano – Astronomia, cultura e vida humana fora da Terra
1.o BIMESTRE
Matéria e energia 3.o BIMESTRE
– Nutrição e metabolismo Matéria e energia
Vida e evolução – Estrutura da matéria
– Divisão celular e tecidos – Tabela periódica
– Introdução aos sistemas e sistema digestório – Distribuição eletrônica
Terra e Universo Vida e evolução
– Sistema Sol, Terra e Lua: fases da Lua e eclipses – Ideias evolucionistas
Terra e Universo
2.o BIMESTRE – Ordem de grandezas astronômicas
Matéria e energia
– Fontes, tipos de energia e transformações de energia 4.o BIMESTRE
Vida e evolução Matéria e energia
– Sangue – Ligações químicas
– Sistema circulatório – Funções químicas
– Sistema respiratório – Aspectos quantitativos das transformações químicas
– Sistema urinário Vida e evolução
Terra e Universo – Preservação da biodiversidade
– Sistema Sol, Terra e Lua: estações do ano Terra e Universo
– Evolução estelar

XV
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Unidade 1
A unidade que apresentamos a seguir retoma os estudos de Ciências no segundo ciclo do Ensino
Fundamental e destaca a importância da disciplina na estruturação dos conhecimentos adquiridos
socialmente. Assim sendo, serão oferecidos aos alunos oportunidades de desenvolver diversas formas de
expressar e demonstrar os seus conhecimentos tais como a realização de experimentos, os debates orais e
os registros escritos, entre outros. Partimos daquilo que foi um marco na história da humanidade: o Método
Científico e seu idealizados Galileu Galilei, um dos maiores sábios do século XVII.
Afim de garantir o desenvolvimento das competências em ciências, cada componente curricular apresenta
um conjunto de habilidades que estão relacionadas a diferentes objetos de conhecimento (conteúdos,
conceitos e processos) que por sua vez são organizados em unidades temáticas.

Unidades Temáticas Objetos de Conhecimento Habilidades

Matéria e energia Átomos e moléculas • Identificar a estrutura da matéria e dessa forma a estrutura
atômica.
• Reconhecer moléculas e seus diferentes estados de agregação.
• Perceber a diferença entre as características e propriedades de
diferentes materiais.

Matéria e energia Substâncias puras e • Reconhecer e identificar substâncias puras e misturas.


misturas • Classificar como homogêneas ou heterogêneas a mistura de dois
ou mais materiais. (EF06CI01)

Vida e evolução Ecologia geral • Ampliar os conceitos em ecologia para que o aluno possa discutir
nosso papel e interferência no ambiente e suas consequências.
• Perceber a importância da manutenção dos ecossistemas e das
relações entre os serres vivos e o ambiente para a continuidade da
vida na Terra.

Terra e universo Forma, estrutura e • Identificar as diferentes camadas que estruturem o planeta Terra
movimentos da Terra e suas principais características. (EF06CI11)

Orientações Didáticas
Entendemos que o professor deve atuar como mediador da aprendizagem. A maneira como irá propor
desafios e estimular o aluno a investigar é bastante individual, principalmente quando levamos em
consideração que cada aluno é um ser único que age e interfere, caracterizando o grupo ao qual pertence.
Considerando todas essas situações, o professor poderá:
• solicitar a participação de cada aluno na leitura dos textos e também na elucidação da ideia exposta por
ele;
• em atividades em que seja possível que os alunos tragam informações, quantitativas ou qualitativas,
úteis ou essenciais para o desenvolvimento da atividade, coletar os dados oferecidos pelos alunos e com
eles montar esquemas, que serão utilizados para discutir e esclarecer as dúvidas e formações de novos
conceitos;
• estimular os alunos a fazerem atividades em dupla, nas quais a troca de informações seja facilitada pelo
uso de vocabulário mais simples e compreensível;

XVI
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XVII

• promover um debate após as diferentes respostas serem colocadas na resolução de exercícios.


Devemos considerar que a heterogeneidade entre os alunos da mesma turma pode servir como
ferramenta para induzi-los a uma ideia comum;
• assegurar e concretizar a aquisição do conhecimento e do assunto abordado por meio de aulas práticas
ou aulas de laboratório, lembrando-se, porém, de que a prática pode e deve estar adequada à realidade
da escola e do aluno;
• usar vídeos, filmes e documentários para a visualização de atividades e experiências como estratégia
muito significativa e conclusiva para o reconhecimento do assunto.

1. Sugestão de filme
Espera-se que o professor saiba e possa incluir os títulos indicados de acordo com a realidade de sua
escola. Cada um dos filmes indicados desenvolve temas que serão trabalhados ao longo do ano, portanto é
prudente que sejam assistidos antecipadamente para que se tenha certeza do momento e da relação que será
estabelecida.

• Dersu Uzala; 1975, Akira Kurosawwa - Trata-se de um filme que nos leva a refletir sobre as relações
entre a natureza e o homem a partir de dois pontos de vista diferentes: o de um homem com largo
conhecimento do mundo moderno; e o de um caçador das estepes siberianas que tem o conhecimento
da vida na natureza sem desrespeito nem subjugamento.

• Uma Verdade Inconveniente; 2006, Al Gore - Documentário feito pelo ex-vice-presidente dos Estados
Unidos sobre os efeitos da emissão de gases na atmosfera terrestre e o consequente aquecimento
global.

• Waterworld, o segredo das águas; 1995, Kevin Reynolds e Kevin Costner Ficção que se passa em
meados do terceiro milênio e tem como tema um mundo que sofreu as consequências do derretimento
das calotas polares, criando-se uma guerra permanente pela posse de terra seca e a busca pela terra
firme.
.
2. Referências
CATANI, André. Geração Alpha ciências da natureza,6 / André Catani, João Batista Aguilar; organizadora
Edições SM: obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições S.; editora responsável Lia
Monguilhott Bezerra. 1ª ed. – São Paulo: Edições SM, 2017.

3. Referências de sites
https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160130_vert_earth_terra_redonda_ml
https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/09/7-fatos-cientificos-que-provam-que-terra-nao-e-
plana.html
https://www.if.ufrgs.br/ast/solar/portug/sun.htm

XVII
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XVIII

Número de aulas sugeridas


Ciências – 6.o ano – 1.o Bimestre
Caderno Módulo Semana Aulas Programa
– 1 O método científico

– 2 O método científico
1
3 Composição da matéria

4 Composição da matéria

5 Estrutura da matéria

6 Laboratório 1 – Construindo moléculas


2
7 Laboratório 1 – Construindo moléculas
1
8 Sólido, líquido e gasoso

9 Propriedades da matéria

10 Propriedades da matéria
3
11 Propriedadea da matéria

12 Laboratório 2 – Propriedade da matéria

13 Substâncias puras e misturas

14 Substâncias puras
2 4
15 Misturas

16 Misturas
1
17 Ecologia geral

18 Conceitos fundamentais de ecologia


5
19 Conceitos fundamentais de ecologia

20 Fluxo de energia nos ecossistemas

21 Fluxo de energia nos ecossistemas

3 22 Cadeia alimentar
6
23 Cadeia alimentar

24 Cadeia alimentar

25 Teias alimentares

26 Teias alimentares
7
27 Laboratório 3 – Cadeias e teias alimentares

28 A estrutura do nosso planeta

4 29 A estrutura do nosso planeta

30 Laboratório 4 – Estrutura do nosso planeta


8
– 31 Ajustes

– 32 Ajustes

XVIII
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XIX

Anotações

XIX
Orientações_PRF_C1_6A_Ciencias_Tiago_2021.qxp 04/11/2020 15:08 Página XX

Anotações

XX
C1_6o_Ano_Ciencias_FABIANA_2022_PROF.qxp 23/09/2021 10:38 Página 1

6.o ano – 1.o bimestre


C1_6o_Ano_Ciencias_Carlos_2023_PROF.qxp 22/07/2022 11:28 Página 2

Sumário

Unidade 1
Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico ................................ 3

Unidade temática: Matéria e energia


Módulo 1 – Átomos e moléculas................................................................. 7
1.1 – Composição da matéria ................................................................. 7
1.2 – Estrutura da matéria ...................................................................... 10
1.3 – Sólido, líquido e gasoso ................................................................. 12
1.4 – Propriedades da matéria ................................................................ 15
Módulo 2 – Substâncias puras e misturas .................................................... 20
2.1 – Substâncias puras e misturas,
materiais homogêneos e heterogêneos .......................................... 20
2.2 – Substâncias puras .......................................................................... 21
2.3 – Misturas......................................................................................... 22

Unidade temática: Vida e evolução


Módulo 3 – Ecologia Geral......................................................................... 28
3.1 – Conceitos fundamentais de ecologia.............................................. 29
3.2 – Fluxo de energia nos ecossistemas ................................................. 32
3.3 – Cadeia alimentar............................................................................ 35
3.4 – As teias alimentares ....................................................................... 41

Unidade temática: Terra e universo


Módulo 4 – Forma, estrutura e movimentos da Terra................................... 43
4.1 – Estrutura do nosso planeta ............................................................ 43

Tarefas .................................................................................................... 47
Laboratórios .............................................................................................. 64

Autores:
Maria Lúcia Catalani
Luís Augusto Mascarenhas de Vasconcellos
C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2021_PROF.qxp 10/11/2020 08:18 Página 3

A 1e2 DATA: _____/_____/_____

Introdução ao Estudo de Ciências – Método Científico


Uma atitude frequente dos jovens é a indagação. Querem saber o porquê das coisas e nem sempre
aceitam as explicações dadas, por considerá-las incompletas ou erradas. São essas curiosidades que
podem gerar um futuro cientista. Professor, o método científico pode ser usado como
exemplo de aprendizado formal à solução de
problemas do dia-a-dia e desenvolve competências
Você revela ter curiosidade científica quando indaga: e habilidades (práticas e cognitivas).
– Por que o dia sucede a noite?
– Por que o leite coalha?
– Por que o gelo flutua na água?
– Por que certos objetos se cobrem de ferrugem?

Observando, perguntando, testando e eliminando suposições, você começa a entender o mundo


que o cerca. Exatamente como fazem os cientistas.
Como um estudante deve reagir às crendices e às superstições, tão comuns entre os humanos? A
Ciência tem explicações para elas?

Professor, a atividade a seguir tem como objetivo elucidar as etapas do método científico. Os alunos podem realizar
a atividade em grupo ou em duplas, mas é importante que você organize as etapas.

a) Utilizando sua intuição e seu bom senso, imagine o que deve acontecer quando dois objetos de
“pesos” diferentes caem da mesma altura.
Professor, deixe que os alunos desenvolvam suas ideias sem interferência.

b) Relate a seu professor qual(is) seria(m) a(s) possível(is) resposta(s) para essa questão.

Professor, registre na lousa as sugestões dos alunos.

c) Analisando as possibilidades sugeridas, o que você poderia fazer para responder essa questão com
absoluta certeza?
Professor, espera-se que o aluno relate o experimento que pretende realizar.

d) Realize o que você propôs no item anterior.

e) Agora, registre o que aconteceu.

3
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f) O que você observou e concluiu está de acordo com as ideias do item b dessa atividade?

g) Registre suas conclusões sobre a atividade realizada.


Professor, espera-se que o aluno conclua que o tempo de queda dos corpos não está relacionado a seu peso e que há outras caracterís-

ticas, como forma e composição do material, que interferem nessa situação.

DATA: _____/_____/_____

O que você acabou de realizar, na verdade, foi uma atividade simples, mas de acordo com o método
científico.

Etapas do Método Científico

1ª O Problema

O cientista reconhece a existência de um problema que aguarda solução, como acontece com o
vírus da AIDS, por exemplo, e vem se repetindo com o vírus ebola.

2ª Levantamento de Hipóteses

O cientista indica várias possibilidades que possam responder a questão levantada.

3º Experiências

Uma experiência deve ser planejada de forma a indicar se as hipóteses podem servir como resposta
adequada.

4ª Resultado

Chamamos de resultado àquilo que as experiências nos informam de maneira integral sem
interferências secundárias.

5ª Conclusão

É a finalização do processo que esclarece e explica o problema levantado inicialmente.

4
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Procure fazer analogias referentes às varias profissões que utilizam o método científico sem
formalizar o seu uso. Ex.: o engenheiro que precisa testar diferentes tipos de materiais para

Um pouco de História aplicá-los em construções civis, mecânicas e outras. O médico que estuda o quadro de seu
paciente para poder aplicar-lhe um ou outro tratamento. O chefe de cozinha que “testa” seus
ingredientes para atingir a melhor receita.

Galileu Galilei – O pai da ciência moderna


Galileu Galilei, um importante físico italiano nascido em 1564, na cidade de Pisa, teve no pai a inspiração para a
música e a matemática e da mãe herdou a retidão de caráter.

Cursou a faculdade de Medicina por quatro anos, quando resolveu dedicar-se a Matemática, Física e Astronomia.
Suas descobertas e construções serviram para esclarecer grandes mistérios da ciência. Algumas de suas
contribuições mais importantes foram: as leis do pêndulo; a lei da queda dos corpos; e grandes instrumentos, como
o termoscópio, o telescópio e o microscópio.

Em relação à queda dos corpos, Galileu, por meio do método científico, contrariou Aristóteles, um grande
estudioso que viveu no século III antes de Cristo. Aristóteles afirmava que corpos mais pesados caíam mais rápido que
corpos mais leves. Galileu mostrou, numa célebre experiência realizada na torre de Pisa, Itália, que isso não é verdade,
que os corpos caem juntos. Foi com esse procedimento que o método científico passou a ser disseminado por toda a
comunidade científica.

Foi com o telescópio que Galileu passou a observar as crateras da Lua, as manchas solares, as fases de Vênus e os
satélites de Júpiter. Com o mesmo instrumento, passou a defender a teoria de Copérnico que afirmava que a Terra
girava em torno do Sol, o que lhe rendeu uma divergência com a Igreja, impedindo-o de disseminar sua ideia.

Essa situação, porém, não durou muito tempo, e ele acabou apresentando sua grande obra chamada Diálogo1
sobre os dois sistemas do mundo. Por defender o heliocentrismo, foi perseguido pela Inquisição e obrigado a negar a
publicação, caso contrário seria queimado na fogueira como herege.

Depois disso, foi condenado a viver em cárcere privado até o final de sua vida, mas não parou de estudar e
experimentar todas as suas teorias e deixou uma obra ainda maior: Discurso sobre duas novas ciências, a qual lhe
valeu o título de pai da ciência moderna e fundador da física experimental.

Morreu cego, em 1642, com 78 anos, no mesmo ano em que nasceu outro dos maiores físicos que a humanidade
já teve: Isaac Newton, seu sucessor.

Em junho de 2004, o papa João Paulo II pediu desculpas pela Inquisição e reabilitou a pena aplicada a Galileu.

(Disponível em: <www.cbpf.br>.)

1 Diálogo sobre os dois máximos sistemas do mundo: ptolomaico e copernicano.

Utilize os textos que se referem a antigos estudiosos para mostrar ao aluno que a ciência e o conhecimento vão sendo
adquiridos com o passar do tempo, que não aparecem de uma hora para outra.
5
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Leia com atenção o texto a seguir e identifique as etapas do método científico


desenvolvido pelo médico Edward Jenner.
Vírus da varíola bovina
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou em 1980 a erradicação de uma das mais devastadoras doenças da
história, a varíola. Isso aconteceu graças à eficácia das campanhas de vacinação que permitiram a imunização de grande
parte da população. Uma vitória da medicina sobre uma enfermidade que tirou
a vida de cerca de 500 milhões de pessoas apenas no século XX.
Foi através das pesquisas e experiências de um médico inglês chamado
Edward Jenner, em 1796, que a vacina contra a varíola foi descoberta. Nascido
em Berkeley, no condado de Gloucestershire, Edward Jenner resolveu analisar o
fato da varíola não acometer mulheres que trabalhavam na ordenha de vacas.
Ele percebeu que as vacas manifestavam uma versão da varíola capaz de gerar
feridas nas tetas e prejudicar a produção de leite. Causada pelo vírus vaccinia, a
varíola bovina podia ser transmitida para seres humanos e desenvolver uma
versão mais branda e não letal da doença, deixando as pessoas imunes ao vírus
da varíola humana, cujo vírus causador é o Orthopoxvírus variolae.
A fim de testar essas observações, Jenner inoculou um menino de oito anos chamado James Phipps com pus extraído
de feridas das mãos de uma mulher que havia contraído varíola bovina. O garoto apresentou febre e pequenas lesões pelo
corpo, mas se recuperou rapidamente. Depois disso, Jenner expôs Phipps a uma amostra do vírus da varíola humana extraído
de um paciente doente. Como ele esperava o menino não desenvolveu a enfermidade, provando que havia sido imunizado
durante a primeira exposição.
Inicialmente, a Royal Society de Londres recebera seu trabalho com forte ceticismo, alegando faltarem provas suficientes
de sua eficácia. Jenner, então, realizou testes em outras crianças, verificando o mesmo padrão de imunização após a exposição
ao vírus da varíola bovina. Os resultados foram posteriormente publicados no livro “An Inquiry into the Causes and Effects of
the Variolae Vaccinae” (Um inquérito sobre as Causas e os Efeitos da Vacina da Varíola) e, apesar de seus métodos terem gerado
desconforto pelo fato de crianças terem sido testadas, a comunidade científica começou a dar-lhe mais atenção e crédito.
Logo, Edward Jenner passou a usar esse procedimento como medida preventiva contra a varíola. Chamado de vacinação
por causa do vírus vaccinia causador da varíola bovina (do latim vacca, que significa vaca), o método começou a gerar resultados
positivos no combate à doença, tornando-se a primeira de todas as vacinas. Em 1821, Jenner foi nomeado Médico Extraordinário
pelo rei George IV, uma grande honra nacional. Hoje, ele é conhecido como pai da imunologia e o descobridor da vacina.
(Robert Thom. Jenner e a Vacina Contra a Varíola, 1950. Disponível em: <http://www.revistavitanaturalis.com/artigos/historia-da-ciencia/edward-jenner-e-
a-descoberta-da-vacina/>. Acesso em: 12 jul. 2016.)

a) Problema: d) Resultado:
Por que as mulheres que ordenhavam as vacas não contraim a O garoto teve febre e pequenas lesões mas se recuperou.

varíola humana?

b) Hipóteses:
As pessoas que entram em contato com a doença de uma forma
e) Conclusão:
branda tornam-se imunes.
Após o contato com o vírus enfraquecido a pessoa fica imune.

c) Experimento:
Inoculou pus extraído das mãos feridas de uma mulher com varíola

bovina em um menino de oito anos.


Ao concluir o item anterior, você já pode
realizar em casa a tarefa 1,
“Método Científico”.

6
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A 3e4 DATA: _____/_____/_____


Módulo

5
Matéria e energia

1 Átomos e moléculas
Professor, forme duplas para que os alunos possam discutir as ideias da atividade.
A identificação das imagens é apenas um estímulo para que seja discutido o

1.1. Composição da Matéria conceito de matéria, ou seja, para mostrar ao aluno que, independentemente de
forma, cor, tamanho ou consistência, tudo o que existe é composto por átomos.

Observe as imagens a seguir e identifique-as:


a) f)

Figura 6
Figura 1

relógio luz

b) g)
Figura 2

caderno bicicleta
Figura 7

c) h)
Figura 3

Figura 8

montanhas frutas

d)
i)
Figura 4

Figura 9

grama
material escolar

e)
j)
Figura 5

Figura 10

gato arco-íris

7
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1. Você poderia citar uma característica comum a todas as imagens?


Professor, o aluno poderá responder que são objetos, que são palpáveis, que são coisas etc. Nesse momento, podemos esperar que ele

cometa erros por não diferenciar o arco-íris e a luz das demais imagens.

2. Você poderia citar uma característica que diferencie as coisas identificadas por você?
Professor, o aluno poderá responder que há animais e objetos, seres vivos e não vivos etc.

3. Quais os tipos de materiais (constituição) que formam essas coisas?


Professor, papel, tecido, células, ferro etc.

4. Dê um único nome que represente tudo que você identificou.


Professor, deixe o aluno nomear da forma que quiser, pois o conceito de matéria ainda será discutido.

Figura 11
Do que são feitas todas as coisas que existem?
É fácil perceber que os objetos, utensílios, alimentos,
ferramentas, móveis etc. são feitos dos mais variados
tipos de materiais. Mas será que eles têm algo em
comum? Afinal, eles são formados de quê?
Antes de responder a essa pergunta, vamos
deixar claro que tudo que existe é feito de matéria.
Matéria é tudo que possui massa (pode ser colocado
numa balança e medido) e que possui volume,
A água do mar e as pedras são coisas bem diferentes.
ocupa lugar no espaço. A matéria é aquilo que Mas ambas são feitas de matéria.
existe, aquilo que forma as coisas e que pode ser
observado como tal; é sempre constituída de partículas elementares, que possuem determinada massa.

Agora que já discutimos novos conceitos e ideias, retorne à atividade inicial e corrija o que for
necessário.
Professor, esse é o momento de o aluno rever as imagens e perceber que a luz e o arco-íris não são matéria, pois não
possuem massa e volume.

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Figura 12
Com certeza, você conhece o brinquedo representado na
foto ao lado. Criado em 1932 por um carpinteiro dinamarquês
chamado Ole Kirk Christiansen, os bloquinhos de montar,
feitos inicialmente de madeira, passaram a ser produzidos em
grande escala a partir da década de 1940 em material plástico
maleável. Isso favoreceu a disseminação do produto para todos
os continentes e hoje há fábricas e lojas em mais de 140 países,
incluindo o Brasil.
Você vai entender logo mais por que estamos falando sobre esse “brinquedo”.
Agora, volte a observar a imagem e responda:
1. Quantas cores de peças você observa? ______
2. Quantos tipos de peças diferentes aparecem na imagem? ______
3. Você saberia dizer quantas combinações ou encaixes diferentes poderíamos fazer com as peças
mostradas acima?_________

Eis aqui alguns resultados possíveis:

Figura 13

Agora, vamos fazer a seguinte comparação: imagine que tudo o que existe na natureza e no mundo
de modo geral tenha sido formado pela ligação de pequenas peças. Imagine que cada tipo de peça
tenha sido combinado de formas diferentes, em quantidades bastante variáveis. Pois é assim que tudo
acontece.
Na natureza, cada peça individual de Lego® pode ser comparada com a menor parte de uma coisa
qualquer e ser chamada de átomo.
A união de duas ou mais peças, iguais ou diferentes, é chamada de molécula.
Então, para construir todo e qualquer tipo de objeto, substância ou material, basta juntarmos
moléculas diversas e teremos como resultado diferentes tipos de matéria.
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DATA: _____/_____/_____
1.2. Estrutura da Matéria A5

A matéria é feita de átomos. Existem 118 Já a molécula da água é formada por 3


tipos diferentes de átomos. Em grego, a palavra átomos: 2 de hidrogênio (H) e 1 de oxigênio (O).
“átomo” significa “não divisível”. Hoje, porém, Daí sua famosa fórmula: H2O.
essa palavra deixou de ser apropriada, porque os
cientistas descobriram que os átomos são
divisíveis. Eles são formados por unidades ainda
menores, chamadas partículas elementares. Essas
partículas recebem os seguintes nomes: prótons,
nêutrons e elétrons.

Figuras – Objetivo Mídia


As moléculas
A maioria dos átomos está sempre ligada a
outros. Esses grupos de átomos associados são
chamados de moléculas. Por exemplo, o gás
oxigênio – do ar que respiramos – é formado por
moléculas com 2 átomos de oxigênio (O). Daí a
fórmula O2. Elementos Químicos
Elemento químico pode ser definido como
um conjunto formado por átomos iguais. São
representados por símbolos adotados de acordo
com critérios internacionais, sendo esses símbolos
reconhecidos em qualquer língua ou alfabeto, ou
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seja, o símbolo é o mesmo em qualquer país (por exemplo, a prata é reconhecida internacionalmente
pela sigla “Ag”, o oxigênio pela letra “O”, o flúor pela letra “F” etc.).

Elementos naturais
São os elementos químicos encontrados na natureza. São conhecidos 92 elementos naturais.

Elementos sintéticos
São os elementos cujos átomos são produzidos artificialmente.

Você já ouviu falar em tabela periódica? Pois bem, os pesquisadores construíram uma tabela com
todos os elementos químicos (naturais e sintéticos), organizados por alguns critérios e pelas propriedades
de cada um. Não há necessidade de decorar essa tabela e suas informações; você está sendo apresentado
a ela apenas para saber que ela existe e que no momento adequado a utilizará.

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1.3. Sólido, Líquido e Gasoso A8

Observe a imagem abaixo:

1. Considerando que cada bolinha é um átomo e que cada conjunto de átomos é uma molécula,
diferencie os três recipientes em relação à proximidade das moléculas.
Professor, o aluno deverá citar a maior proximidade no recipiente A e menor no C, e não o aspecto quantitativo.

2. Quais estados físicos da matéria você conhece?


Professor, a maioria dos alunos já possui esse conhecimento.

3. Faça uma associação entre os três recipientes e os estados físicos da matéria.


Professor, espera-se que o aluno faça a seguinte associação: A – sólido, B – líquido e C – gasoso.

A 6e7
Realização do Laboratório 1,
“Construindo moléculas”.
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DATA: _____/_____/_____

A matéria pode apresentar-se em 3 estados de agregação de suas moléculas, também chamados


de estados físicos da matéria:

• ESTADO SÓLIDO;
• ESTADO LÍQUIDO;
• ESTADO GASOSO.

Os materiais tornam-se sólidos, líquidos ou gasosos de acordo a temperatura e a pressão em que


se encontram. Por exemplo: dependendo da temperatura e da pressão, a água pode estar:

– no estado sólido (como gelo);


– no estado líquido (como a água da torneira); ou
– no estado gasoso (como o vapor).

Mas é sempre a mesma substância: água (H2O).

a) No estado sólido, as moléculas estão fortemente ligadas entre si. Por isso, um cristal de gelo (água
sólida) não muda de forma nem de volume.

b) No estado líquido, as moléculas estão ligadas mais fracamente entre si do que no estado sólido.
Ficam rolando umas sobre as outras, mas sem se separar. Por isso, os líquidos possuem volume
definido, mas forma indefinida. Um litro de água não muda de volume. Mas caberá em garrafas ou
qualquer recipiente de um litro com formas bem diferentes. Continua sendo um litro, mas sem
forma definida.

c) No estado gasoso, as moléculas não estão ligadas entre si. Ao contrário, elas se agitam livremente
em todas as direções. Por isso, os gases precisam ser encerrados em recipientes para não se
espalharem pelo ambiente. Nos hospitais, por exemplo, o oxigênio fica guardado em cilindros de
metal. De mesma forma, o vapor de água não tem volume nem forma permanentes; pode ter
qualquer volume e qualquer forma.

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Figura – Objetivo Mídia


GASOSO
(o invisível vapor
d’água suspenso na
atmosfera)

SÓLIDO

Em uma única foto,


você pode observar
os 3 estados físicos
da água: sólido (o
gelo), líquido (a
LÍQUIDO água) e gasoso (o
vapor d’água da
atmosfera).
As nuvens são
resultado da
condensação desse
vapor d’água em
microscópicas
gotículas.

Qualquer substância pode se apresentar no estado sólido, líquido ou gasoso. Não só a água. Os metais
podem ser derretidos e vaporizados. Os gases podem ser liquefeitos e congelados.
Professor, comente com os alunos exemplos como o nitrogênio líquido, que é muito utilizado para o congelamento de espermatozoides
e óvulos; o mercúrio, que é um metal encontrado no estado líquido a temperatura ambiente (interior de termômetros); e o gálio, que
derrete a 30oC. Nos links abaixo, temos a demonstração do derretimento do gálio e um experimento sobre o congelamento de materiais
utilizando o álcool e gelo seco: <https://www.youtube.com/watch?v=ARHRKv8LGTo> e
<https://www.youtube.com/watch?v=FIK45m3CPdw>.

A partir dos conhecimentos adquiridos, complete a tabela:

Forma Volume

Sólido constante constante

Líquido variável constante

Gasoso variável variável

Professor, a atividade pode ser realizada em duplas antes de ser discutida.

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DATA: _____/_____/_____
1.4. Propriedades da Matéria A 9, 10 e 11

Toda matéria possui algumas características, denominadas propriedades.


Essas propriedades podem ser gerais ou específicas. As propriedades gerais são comuns a todo tipo
de matéria; e as propriedades específicas caracterizam uma substância.
As substâncias são formadas por um único tipo de molécula. A água é uma substância. Ela é sempre
formada por moléculas com 2 átomos de hidrogênio (H) e um átomo de oxigênio (O). Sua fórmula é
H2O.
O gás carbônico é uma substância. Ele é sempre formado por moléculas com um átomo de carbono
(C) e 2 átomos de oxigênio (O). Sua fórmula é CO2.
O sal de cozinha é uma substância. Ele é sempre formado por moléculas com um átomo de cloro
(Cl) e um átomo de sódio (Na). Sua fórmula é NaCl.
Professor, a aplicação do assunto a seguir costuma despertar a
Propriedades gerais da matéria curiosidade do aluno em identificar tudo o que está a seu redor e
isso se relaciona à paixão por aprender e conhecer. O estímulo do
aluno em reconhecer em si, no próximo e nas “coisas” a sua
composição, o comportamento e as características gerais
desenvolverá competências de ordem cognitiva e socioemocionais
a) Extensão
É o espaço ocupado por um corpo, ou seja, é o seu volume.

b) Impenetrabilidade
Dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo. Figura – Objetivo Mídia

Cada um desses cubos


é impenetrável: o
espaço que ocupa não
pode ser ocupado por
outro cubo ao mesmo
tempo.

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Figura – Objetivo Mídia


c) Compressibilidade
Os corpos podem diminuir de volume se
forem comprimidos e podem aumentar
de volume se forem descomprimidos. Os
gases são facilmente compressíveis; os
líquidos, menos; e os sólidos, menos
ainda.

Queimada de floresta. A madeira, quando queima, parece

Figura – Objetivo Mídia


sumir. Entretanto, seus átomos e moléculas apenas se
tornam gases.

f) Inércia
Inércia é a propriedade da matéria que
mede a tendência de um corpo em
conservar o estado de repouso, se assim
estiver, ou de manter o movimento
d) Divisibilidade retilíneo e uniforme, se estiver em
Qualquer matéria pode ser dividida, movimento.
sucessivamente, em partículas cada vez Quanto maior a massa de um corpo,
menores, até chegar às moléculas, sem maior é a inércia, o que deixa claro a
perder suas características. relação que existe entre massa e inércia.
É mais difícil alterar o estado de
Figura – Objetivo Mídia

movimento de um corpo com uma


grande massa do que alterar o estado de
movimento de um corpo com uma
pequena massa.
Figura 14

e) Indestrutibilidade
A matéria é indestrutível, isto é, não pode
ser destruída. Ela só pode ser transfor-
mada ou rearranjada.

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Propriedades específicas da matéria c) Densidade


Uma rolha de cortiça flutua na água, mas
a) Dureza uma pedra (com igual volume) afunda.
O diamante risca o vidro, o vidro risca a Isso acontece porque a rolha tem menos
madeira e a madeira risca a cera. Uma massa do que uma pedra com o mesmo
substância é mais dura do que outra volume. Essa relação entre volume e
quando é capaz de riscá-la. E é menos massa é chamada densidade.
dura quando não consegue riscá-la. Objetos com menos massa por volume
são menos densos. Objetos com mais

Figura – Objetivo Mídia


massa por volume são mais densos.
A rolha flutua na água porque é menos
densa que a água, assim como o óleo. Já
os pregos afundam na água por serem
mais densos do que ela.

Figuras – Objetivo Mídia


O metal desgasta a madeira porque é mais duro.

b) Solubilidade
É a capacidade de uma substância
dissolver-se em outra. O sal e o açúcar se
dissolvem na água. Os óleos não se d) Pontos de fusão, condensação, ebu-
dissolvem na água. lição e solidificação
Figura – Objetivo Mídia

São as condições de temperatura e pres-


são em que ocorrem as mudanças de esta-
do físico da matéria, isto é, em que as
O óleo de
cozinha não
substâncias passam do estado sólido para
se dissolve na o líquido ou para o gasoso, e vice-versa.
água, ou seja,
não é solúvel
Por exemplo, ao nível do mar, a água
em água. congela a 0°C e ferve a 100ºC.
Figura – Objetivo Mídia

e) Maleabilidade
Maleabilidade é a propriedade do mate-
rial de poder ser reduzido a lâminas, fo-
lhas, chapas ou placas. Por exemplo, as
Já certos tipos de corantes (como o facas são feitas, em sua maioria, de aço,
amarelo, à esquerda) são solúveis que é, portanto, um material maleável.
na água.
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Figura 15

Figura 16
Professor, o
aço é uma
liga metálica
formada
essencialmen-
te por ferro e
carbono, com

Lâmina de aço. percentagens deste último variando entre 0,008 e


2,11%. Distingue-se do ferro fundido, que
também é uma liga de ferro e carbono, mas com
Fio de cobre encapado, ligado a um soquete.
teor de carbono entre 2,11% e 6,67%.
g) Propriedades organolépticas
f) Ductilidade São as propriedades específicas que
Ductilidade é a propriedade do material podem impressionar os nossos sentidos
de poder ser transformado em fio (por (por exemplo, a cor amarela do ouro, o
exemplo, os fios de cobre utilizados na brilho de um diamante, o sabor do sal e
rede elétrica doméstica). o odor da gasolina).

Agora, é a sua vez!


1. Defina o termo matéria.
Matéria é tudo aquilo que possui volume e massa.

2. Quais são os dois fatores que podem alterar o estado físico das substâncias?
Temperatura e pressão.

3. A matéria é contínua ou descontínua? Explique.


A matéria é feita por átomos e moléculas descontínuas entre si.

4. O que é o átomo?
O átomo é a unidade fundamental da matéria.

5. Defina molécula e dê um exemplo.


Molécula é a união de dois ou mais átomos. Por exemplo, uma molécula de água é formada por dois átomos de hidrogênio e um átomo de

oxigênio.

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6. O que são elementos químicos naturais e sintéticos?


Elementos químicos naturais: são os encontrados na natureza (são conhecidos 92 elementos naturais). Elementos químicos sintéticos: são

aqueles cujos átomos são produzidos artificialmente.

7. Quais são os três estados de agregação da matéria?


Sólido, líquido e gasoso.

8. Cite e explique três propriedades gerais da matéria.


Extensão: é o espaço ocupado por um corpo, ou seja, é o seu volume.

Impenetrabilidade: dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

Indestrutibilidade: a matéria é indestrutível, ou seja, não pode ser destruída. Ela só pode ser transformada ou rearranjada.

9. Cite e explique três propriedades específicas da matéria.


Solubilidade: é a capacidade de uma substância de dissolver-se em outra. O sal e o açúcar se dissolvem na água. Os óleos não se dissolvem

na água.

Maleabilidade: é a propriedade do material de poder ser reduzido a lâminas, folhas, chapas ou placas. Por exemplo, as facas são feitas, em sua

maioria, de aço.

Ductilidade: é a propriedade do material de poder ser transformado em fio. Por exemplo, os fios de cobre utilizados na rede elétrica domés-

tica.

10. Descreva o que é inércia. O que é necessário para romper uma grande inércia?
Inércia é a propriedade da matéria que mede a tendência de um corpo em conservar o estado de repouso, se assim estiver, ou

de manter o movimento retilíneo e uniforme, se estiver em movimento. Quanto maior a inércia, maior será a força necessária para

rompê-la.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar, em casa, A 12
a tarefa 2 “Matéria e suas propriedades” e
a tarefa 3 “Características da matéria”. Realização do Laboratório 2,
“Propriedades da matéria”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F101
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DATA: _____/_____/_____
Módulo
Matéria e energia

5
2 Substâncias puras e misturas
A 13

2.1. Substâncias puras e misturas, materiais homogêneos e heterogêneos


A necessidade de estudarmos e entendermos os conceitos de substância pura e mistura justifica-se
pelo fato de que, para cada situação, temos características e propriedades diferentes.
Um exemplo clássico é o que acontece com a água. Quando mencionamos a palavra água, nos
vem à mente o líquido que utilizamos em nossa rotina diária. Como você classificaria esse material?

Observe os esquemas e imagens e complete a tabela a seguir.

Artes Gráficas – Objetivo

Nº de átomos Nº de moléculas Tipos de moléculas


I 14 7 1
II 12 4 1
III 12 6 1
IV 16 4 1
V 20 8 2

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Faça uma comparação entre os sistemas, destacando as semelhanças e diferenças entre eles.

Professor: Ao observar os esquemas e desenvolver a atividade, o aluno deverá concluir que os sistemas I, II, III e IV apresentam moléculas

iguais entre si e, no esquema V, as moléculas são diferentes e que as moléculas dos sistemas I e III são formadas por um único tipo de

átomo e, nos sistemas II e IV, existem dois tipos de átomos compondo as moléculas. A partir desse momento, ele poderá inferir as diferenças

entre os conceitos de substâncias (simples e composta) e misturas.

2.2. Substâncias puras A 14


Para estudar as propriedades das substâncias, o químico precisa isolar uma porção da matéria em
questão. Essa porção é chamada de sistema.
Chamamos de substância uma porção de matéria que possua um único tipo de componente
(átomos e moléculas) e que possua as mesmas propriedades (densidade, temperatura de fusão, ebulição,
entre outras) em toda sua extensão.
As substâncias podem ser classificadas em: substância pura simples (quando são formadas por um
único tipo de elemento químico) e substância pura composta (quando as moléculas são iguais mas
apresentam elementos químicos diferentes).

Exemplos de substâncias puras simples: O2, O3, H2

Artes Gráficas – Objetivo

Exemplos de substâncias puras compostas: CO2, H2O, NH3

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2.3. Misturas A 15 e 16
Quando duas substâncias puras se encontram, o sistema passa a ser chamado de mistura. As
misturas têm composição variada e por isso as propriedades também são variáveis. Por exemplo: a água
do mar é composta por água + cloreto de sódio e outros sais. Cada um desses componentes tem
propriedades específicas.
Exemplos de misturas comumente citadas e seus principais componentes:

Mistura Principais componentes

Ar Nitrogênio, oxigênio e gás carbônico

Água do mar Água, cloreto de sódio e outros sais

Vinagre Água e ácido acético

Gás de cozinha Propano e butano

Aço Ferro e carbono

Madeira Celulose e outros compostos orgânicos

Leite Água, gorduras, proteínas e açúcares

Elas podem ser homogênas ou heterogêneas.

Misturas homogêneas
São aquelas que apresentam uma única fase, ou seja, não existem limites visíveis entre os
componentes da mistura, por exemplo vinagre, água mineral, álcool hidratado. As misturas homogêneas
são chamadas de soluções.
Ingimage/Fotoarena

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Misturas heterogêneas
São aquelas que apresentam duas ou mais fases, ou seja, existe um limite entre as superfícies das
substâncias. Essas misturas podem ser compostas de sólidos, líquidos e de sólidos e líquidos.
As misturas heterogêneas podem ser classificadas de acordo com o número de fases que
apresentam. Chamamos de fase cada parte distinguível a olho nu em uma mistura. Assim, uma mistura
de óleo e água é bifásica. Uma mistura de água, óleo e areia é trifásica, e assim por diante.

Figura 17

Água + óleo

Figura 18

Água + areia

23
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Agora, é a sua vez!

1. Identifique os sistemas seguintes como substância pura simples, substância pura composta ou mistura.
1 = substância pura composta; 2 = substância pura simples; 3, 4, 5, 6 e 7= misturas.

1. _____________________________________

2. _____________________________________

3. _____________________________________

4. _____________________________________

5. _____________________________________

6. _____________________________________

7. _____________________________________
2. Classifique os sistemas a seguir em monofásico (M), bifásico (B), trifásico (T) ou polifásico, mais de
três fases (P).

a) água + ar não dissolvido (bolhas) ( B )


b) vidro + água + óleo ( T )
c) vinho ( M )
d) gasolina + querosene ( M )
e) água + pouco éter + álcool ( M )
f) água com excesso de sal ( B )
g) uma mistura homogênea ( M )

3. Considere os seguintes produtos: uma pedra de granito, copo com água mineral, barra de ouro, balão
cheio de ar e uma colher de sal. Quais deles são misturas homogêneas?
Água mineral e balão cheio de ar.

4. Considerando-se que você esteja observando os materiais a seguir a olho nu, quais deles são misturas
heterogêneas? Ar, vinagre, ouro 18 quilates, bronze, aço inoxidável e granito.
Somente o granito.

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5. Como podemos diferenciar uma substância pura de uma mistura?


Substâncias puras possuem moléculas iguais e misturas possuem moléculas diferentes

6. Classifique os sistemas adiante em: homogêneo (HM) ou heterogêneo (HT):

a) água com pouco sal diluído ( HM )


b) ar atmosférico ( HM )
c) água do mar ( HT )
d) água pura (destilada) ( HM )
e) água com excesso de açúcar ( HT )
f) um recipiente com diversos gases ( HM )
g) álcool com éter ( HM )
h) gasolina com querosene ( HM )
i) diversos gases misturados ( HM )

7. Agora que você já sabe diferenciar os conceitos, preencha a tabela seguinte, classificando os exemplos
em substância pura simples ou composta.

Substância Classificação
Água (H2O) Substância composta

Oxigênio Gasoso (O2) Substância simples

Nitrogênio Gasoso (N2) Substância simples

Cloreto de Sódio (NaCl) Substância composta

Glicose (C6H12O6) Substância composta

Gás Ozônio (O3) Substância simples

Dióxido de Enxofre (SO2) Substância composta

Calcário (CaCO3) Substância composta

Flúor (F2) Substância simples

Soda Cáustica (NaOH) Substância composta

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8. Açúcar, sal, giz branco, gesso e cal são alguns exemplos de sólidos brancos. Se esses materiais
apresentam superfície homogênea e totalmente branca, podemos afirmar que são substâncias puras?
Justifique.
Não, pois o fato de o sistema ser homogêneo e branco não garante que a substância seja pura. Os sistemas podem ter o mesmo aspecto,

mas isso não significa que tenham a mesma pureza.

9. Observe o sistema adiante:

Artes Gráficas – Objetivo

Considerando que cada tipo de esfera representa um átomo e que cada tipo de molécula representa
uma substância, quantos elementos químicos e quantas substâncias estão representados no sistema?
Quantos átomos e quantas moléculas?
3 elementos e 5 substâncias.

67 átomos

18 moléculas

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar
em casa a tarefa 4,
“Substâncias puras e misturas”
26
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Como se faz gelo-seco?


Antes de entender como o gelo-seco é fabricado, você precisa saber que, ao contrário do gelo "molhado",
ele não é feito de água (H2O), e sim de dióxido de carbono, o CO2 que expelimos na respiração. Se na forma
gasosa o CO2 é o famoso gás carbônico, no estado sólido ele é o gelo seco, que sorveteiro usa para o picolé não
derreter na praia. Para fabricá-lo, é preciso coletar matéria prima. Embora o gás carbônico esteja presente na
atmosfera, os fabricantes não o retiram do ar, e sim do "lixo" gerado na produção de outras substâncias.
A produção de cal (CaO), por exemplo, libera CO2, que é sugado por uma chaminé para um tanque especial.
Nesse lugar, ele é resfriado e comprimido até atingir uma temperatura de -28 ºC e uma pressão de 300 psi*,
cerca de dez vezes a pressão dentro de um pneu de carro.
A partir daí, basta abrir a válvula que fecha o tanque num ambiente com pressão normal.
"Quando isso ocorre, o CO2 se expande. Metade dele vira sólido, metade vira gás. Nós usamos a parte
sólida, um gelo-seco bem fininho, que será prensado no formato de blocos, cubos ou pequenos cilindros para
ser vendido", diz Antônio Alberto, gerente de produção de uma multinacional do ramo.
A vantagem do gelo-seco em relação ao "molhado" é que ele se mantém a uma temperatura média de
-80ºC. Ou seja, ele é muito mais "gelado" do que o gelo "molhado".
Uma última – e óbvia – curiosidade: você sabe por que o gelo-seco tem esse nome? É porque, quando
aquecido, ele passa direto do estado sólido para o gasoso, sem virar líquido.

(Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/como-se-faz-gelo-seco/>. Acesso em: 8 maio 2018.)

*Psi (pound force per square inch), ou libra-força por polegada quadrada, é a resultante de uma libra-força aplicada a uma área de uma polegada quadrada.

Esta unidade de medida de pressão ainda é usada pelas indústrias inglesa e americana. O psi baseia-se na unidade libra do arcaico Sistema Inglês e equivale

a 6894,801 Pa.

Qual o nome da mudança de estado ocorrida na produção de gelo seco? Que outras substâncias passam
por esse tipo de condição?
Sublimação é o nome do processo pelo qual pouquíssimas substâncias passam do estado sólido diretamente ao estado de vapor em
condições de temperatura e pressão específicas para cada uma delas. Esse processo tem sido usado também para o acondicionamento de
alimentos que passam por um processo de desidratação chamado liofilização. Nele, o alimento cozido ou fresco é congelado, submetido
a vácuo e depois é aquecido de tal forma que o gelo passe para o estado de vapor, sem passar pelo estado líquido. Esse processo tem
como objetivo aumentar a durabilidade do alimento, sem que haja alteração de cheiro e sabor.
A sublimação também está sendo usada na indústria gráfica para estampar camisetas, porcelana, vidro, cerâmica, entre outros. Nesse
caso, é necessário o uso de uma tinta “sublimática”, ou cera pigmentada, que é submetida a temperaturas próximas a 200°C, passando do
estado sólido ao de vapor e desse ao estado sólido novamente, imprimindo a arte no local desejado. Esse processo é conhecido pelo nome
de transfer.

No Portal Objetivo Ao concluir o item anterior você


já pode realizar a tarefa 5 –
Para saber mais sobre o assunto, “Analisando substâncias e
acesse o PORTAL OBJETIVO misturas”.
(www.objetivo.br) e, em “localizar”,
digite CIEN6F102

27
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A 17 DATA: _____/_____/_____
Módulo

5
Vida e evolução

3 Ecologia Geral
Professor, para desenvolver esse assunto é interessante a exibição de um vídeo no qual o aluno visualize o
ambiente além do espaço físico e consiga relacionar as questões sociais e políticas com esse conceito. Para isso,
seguem as indicações: Ilha das Flores
Lixo Extraordinário

Muitas vezes, convivemos com situações, objetos, sensações, entre outras coisas, mas não sabemos
que há nomes específicos para tudo isso. Por exemplo: você sabe o nome daquele aparelho que o médico
utiliza para ouvir seus batimentos cardíacos? E daquele outro para medir a pressão? Você sabe como se
chama aquele objeto do lado da porta de entrada onde colocamos as chaves? E aquele outro que fica
sobre o fogão?
Pois é, tudo tem um nome. Então, vamos iniciar o estudo de ecologia geral resgatando um pouco
daquilo que você já aprendeu sobre o assunto.
Professor, a atividade a seguir fará os alunos definirem alguns conceitos de ecologia a serem desenvolvidos. A cada
questão respondida por eles, você deve inserir os conceitos que se revelam: a) ecossistema, b) comunidade, c) fatores
ecológicos, d) população, e) nicho ecológico, f) habitat.

Dados os seguintes ambientes: d) Quantas espécies de seres vivos você listou?


– um jardim;
– um lago;
– um aquário;
e) Cada uma das espécies que citou tem sua
– uma floresta; e
própria alimentação. Escreva o que cada uma
– um deserto.
delas come.
a) Escolha um dos ambientes.

b) Elabore uma lista de todos os seres vivos que


normalmente vivem no ambiente que escolheu.

f) Todas as espécies que você citou vivem no


c) Você poderia descrever as características desse mesmo lugar ou têm preferência por determi-
ambiente? nados espaços?

28
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A 18 e 19
DATA: _____/_____/_____
3.1. Conceitos Fundamentais de Ecologia

Professor, durante o desenvolvimento do assunto sobre Ecologia, procure destacar junto ao aluno sua
participação e integração em cada um dos conceitos. É um bom momento para fortalecer a relação que cada um
de nós temos com o ambiente para que assim se estabeleça a responsabilidade individual e em conjunto para
que seja alcançado um equilíbrio nos ecossistemas. Assim estaremos focando as competências gerais de
a) Ecossistema aprendizado bem como autoconhecimento, consciência social, colaboração e pensamento crítico, segundo BNCC.

É o conjunto formado por certo ambiente físico e pelos seres vivos que nele vivem em equilíbrio
permanente. Exs.: floresta, deserto, lago.

b) População
É o conjunto dos indivíduos da mesma espécie que vivem no mesmo ecossistema. Ex.: uma
população de garças no Pantanal.

c) Comunidade
É o conjunto de todas as populações que compõem um ecossistema. Em outras palavras, a
totalidade dos organismos vivos que interagem no ecossistema.

Figura 21
Figura 20

Parte de uma comunidade de savana, na África.

Figura 22

Uma população de garças no Pantanal. Parte de uma comunidade no fundo marinho.

29
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Nos espaços abaixo, desenhe uma população e uma comunidade.

d) Habitat
É o lugar específico onde vive certo organismo. Exs.: o habitat do leão é a savana (pradaria com
árvores e arbustos); o habitat dos moluscos bivalves é a areia coberta pelas águas; o habitat do papagaio
é a copa das árvores.

No espaço abaixo, desenhe um habitat com os seres que vivem nele.

30
C1_6o_Ano_Ciencias_FABIANA_2022_PROF.qxp 16/07/2021 16:42 Página 31

e) Nicho Ecológico

Figura 24
Significa o papel que o organismo exerce no
ecossistema. Por exemplo, quanto ao nicho
ecológico, o leão é um predador (alimenta-se de
uma presa); já o nicho ecológico de um vegetal é
o de produtor (ser vivo que produz seu próprio
alimento).
Figura 23

A presença da água é um fator ecológico decisivo para a


vida. As florestas tropicais são as mais úmidas do planeta.

g) Biosfera
Significa a “esfera da vida”. É o conjunto de
todos os ecossistemas da Terra.

Níveis de organização biológica


Uma população de capivaras no Pantanal, MS. Elas vivem Como vimos, indivíduos de certa espécie
nos campos de capim, perto de rios e lagos, esse é o seu
habitat. Quanto ao nicho ecológico, a capivara é um herbívoro. compõem as populações. As populações se
organizam em comunidades, e as comunidades
e os ambientes se organizam em ecossistemas.
f) Fatores Ecológicos
O conjunto dos ecossistemas formam a biosfera.
Todos os seres vivos sofrem ação de vários
A biosfera é o mais alto nível de organização
fatores do meio ambiente em que vivem. Pode-se
dos seres vivos, mas os indivíduos de uma
definir como fator ecológico todo elemento do
espécie não compõem o nível mais baixo da
meio capaz de agir diretamente sobre os seres
organização biológica. O nível mais básico da
vivos, pelo menos em uma fase de seu ciclo vital.
organização biológica – as unidades da vida –
Podem ser classificados como bióticos e abióticos.
são as células que formam os indivíduos.
São exemplos de fatores abióticos: temperatura,
Macromoléculas → células → tecidos → órgãos
luminosidade, umidade, salinidade, etc. Os fatores
→ sistemas → organismo → população →
bióticos estão relacionados aos próprios seres comunidade → ecossistemas → biosfera
vivos, seu papel no ecossistema e as relações entre
eles.

1. Que ações você e a vizinhança em que vive adotam para melhorar nossa situação ambiental?
Provavelmente, o aluno citará ações simples, como separação do lixo para coleta seletiva, economia de água, adesão a campanha de con-

servação ambiental, não jogar embalagens pela janela do carro etc.

31
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2. Os ecossistemas são formados pelos seres vivos em permanente equilíbrio com o ambiente que
habitam. Tente explicar como a relação entre os seres humanos e o ambiente modifica o ecossistema
em que vivem.
Comente alguns problemas envolvendo questões sociais, tecnológicas, desenvolvimento urbano e saneamento básico que interferem no

ecossistema.

3. Como os fatores ecológicos podem interferir na vida dos seres? Exemplifique.


Os fatores ecológicos podem ter efeitos positivos ou negativos sobre os seres vivos. Por exemplo, o aumento da temperatura e a falta de

água em determinado local podem acarretar a morte de espécies animais e vegetais.

4. Por definição, “Ecologia é a ciência que estuda a relação entre os seres vivos e o ambiente”.
Considerando as várias ideias abordadas em aula, você concorda com a simplicidade dessa definição?
Que outros fatores podem ser considerados?
A ecologia inclui também estudos sobre saúde pública, mudanças sociais, tecnológicas, econômicas e política ambiental.

A 20 e 21 DATA: _____/_____/_____

3.2. Fluxo de Energia nos Ecossistemas


A palavra energia pode ser utilizada em vários
contextos diferentes.
Neste momento, vamos nos direcionar ao tipo de
energia necessária ao funcionamento das células que
compõem todos os organismos: a energia química
extraída dos alimentos.
Essa energia circula no ambiente, passando de
um ser vivo a outro de forma contínua e dinâmica.
Vamos entender como isso acontece.
Foto 25

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A Fotossíntese: como as plantas produzem seu alimento


Você já parou para pensar como os vegetais estão presentes em nossas vidas? Esses organismos são de
extrema importância em nosso dia a dia. Então, cite nas linhas a seguir alguns motivos que justifiquem
a importância de preservá-los.
Faça suposições que possam conduzir o aluno à conclusão da resposta. Por exemplo: o que você comeu no café da manhã? Entre esses ali-

mentos, havia algum tipo de vegetal? Vá conduzindo-o até o ponto em que ele perceba que não pode haver fluxo de energia sem que

haja vegetais. É comum os alunos enfatizarem apenas a produção de oxigênio pelos vegetais.

Toda a produção de alimentos e de oxigênio no planeta Terra depende exclusivamente das plantas
e algas – que os fabricam através da fotossíntese.
Os alimentos sustentam todos os organismos consumidores (homens e animais); e sem oxigênio
não poderíamos respirar nem viver.
Portanto, a defesa dos vegetais – plantas e árvores, continuamente ameaçadas pelo homem – é
fundamental para a preservação de todas as outras espécies.

Para Lembrar:
• A fotossíntese é a fonte da vida na Terra: ela produz glicose (alimento carregado de energia) e oxigênio.
• São os vegetais e as algas que sustentam todos os ecossistemas do planeta.

As plantas produzem seu alimento por meio de um processo chamado fotossíntese, palavra que
significa “fabricação com luz”. A cor verde das plantas é devida a uma substância chamada clorofila,
que tem um papel importante nesse processo. A fotossíntese acontece assim:
1. A clorofila das folhas absorve a luz do Sol (energia luminosa ou solar), que será usada na
fabricação de alimento, a glicose.
2. O gás carbônico, existente no ar, é absorvido pelas folhas através de pequenos poros, os
estômatos.
33
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3. A água do solo é absorvida pelas raízes e, através de pequenos tubos, atinge o caule e as folhas.
Observe uma folha e você verá que ela é percorrida por nervuras. É no interior dessas nervuras
que existem os tubos que conduzem a água necessária à planta.
4. Usando a energia solar (luz) absorvida pela clorofila, a planta realiza uma reação química na qual
consome o gás carbônico e a água e produz glicose e oxigênio.
Figura 26

Figura 27
Estômato fechado. Estômato aberto.

A glicose é um açúcar, alimento que fornece a energia química necessária aos vegetais e animais.
E o oxigênio, descartado pela planta, incorpora-se à atmosfera. A única fonte de oxigênio no planeta é
a fotossíntese das plantas e algas.

Você voltará a estudar a fotossíntese em vários momentos de sua trajetória escolar, porque ela está
relacionada à produção da imensa maioria dos alimentos em nosso planeta. Faça um esquema (desenho)
dessa reação química tão importante.

Professor, o aluno do 6.° ano ainda não precisa saber a reação da fotossíntese utilizando as fórmulas moleculares de seus compostos.
O importante é que o aluno saiba que os vegetais absorvem o CO2 e a água e produzem o O2 e a glicose.

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Um pouco de História
A descoberta da fotossíntese
No século IV antes de Cristo, o filósofo grego Aristóteles afirmou que a planta tira seu alimento do solo. Não era
uma opinião absurda. As plantas, afinal, tiram a água e os sais minerais do solo. Todavia, ele nem sequer desconfiou
da fotossíntese. Devido ao enorme prestígio de Aristóteles, essa ideia perdurou por muito tempo.
Mais de dois mil anos depois, no século XVIII, Joseph Priestley, um dos fundadores da Química científica, fazia
uma experiência: colocava velas debaixo de um vidro bem fechado e, em seguida, acendia as velas através do vidro,
usando uma lente.
As velas logo se apagavam, porque a chama consumia todo o “ar respirável” do frasco (esse “ar respirável” era
o oxigênio). Certa vez, por acidente, antes de fechar um desses frascos de vidro, Priestley deixou cair uma folha de
hortelã junto à vela. Como sempre, depois de certo tempo o “ar respirável” acabou, consumido pela chama. Dias
depois, entretanto, Priestley pôde acender de novo a vela.
Só a folha viva de hortelã poderia ter produzido o novo “ar respirável” no frasco, concluiu ele. Apesar de os
animais (e do fogo) “gastarem” o oxigênio do ar, as plantas não param de produzir novo oxigênio (O2).
Poucos anos depois, Jan Ingenhouz e Jean Senebier provaram que, sob o efeito da luz solar, as plantas – além
de produzir oxigênio – também absorviam gás carbônico (CO2).
A descoberta final foi realizada por Theodore de Saussure. Ele demonstrou que as plantas reuniam CO2 e H2O
para aumentar de peso, isto é, as plantas produziam seus alimentos a partir de H2O e CO2 quando na presença
da luz. O nome fotossíntese surgiu bem depois.
Figura 28

Priestley foi renomado educador, filósofo e cientista


inglês.
Suas opiniões radicais (apoiou a Revolução Francesa)
o obrigaram a fugir, em 1794, para os Estados Unidos,
onde se tornou amigo de Thomas Jefferson,
John Adams e Benjamin Franklin. Publicou mais de
150 trabalhos sobre os mais variados assuntos.
Joseph Priestley (1733 – 1804).

A 22, 23 e 24 DATA: _____/_____/_____

3.3. Cadeia Alimentar


As cadeias alimentares (ou tróficas) formam uma
sequência de seres vivos que se alimentam uns dos
outros a fim de obter energia, necessária para toda e
qualquer atividade.
Toda cadeia alimentar, em qualquer tipo de
ecossistema, é composta de três níveis tróficos: os
produtores, os consumidores e os decompositores.

35
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Produtores

Figura 31
São seres vivos capazes de produzir seu
alimento através de reações químicas complexas,
como a fotossíntese. São os vegetais, as algas,
cianobactérias (antes chamadas de algas azuis ou
cianofíceas) e algumas bactérias que possuem
clorofila.
Figura 29

Consumidores carnívoros: leões comem um búfalo.

Decompositores
São os fungos e bactérias que se alimentam
e obtêm energia de matéria morta proveniente de
outros níveis tróficos. Esses organismos transfor-
mam substâncias orgânicas em substâncias
minerais, fazendo com que se feche o ciclo da
utilização da matéria, ou seja, elas são novamente
utilizadas pelas plantas verdes (produtores).
Produtores: um mamoeiro carregado de frutos.
Figura 32

Consumidores
São seres que não produzem o próprio ali-
mento e obtêm energia de substâncias orgânicas
de outros seres, ou seja, são os animais herbí-
voros, carnívoros ou onívoros.
Figura 30

Fungos decompositores de folhas mortas:


cogumelos da espécie Marasmius haematocephalus.
Consumidores herbívoros: coelhos comem brócolis. (Foto: Michael e Patrícia Fogden, Minden Pictures.)

36
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Agora é a sua vez!


Classifique os elos das cadeias alimentares a seguir:

• CADEIA ALIMENTAR TERRESTRE

Arte – Objetivo Mídia


produtor consumidor primário consumidor secundário consumidor terciário decompositores
_______________ _______________ _______________ _______________ _______________

• CADEIA ALIMENTAR MARINHA (água salgada)

Arte – Objetivo Mídia


produtor consumidor primário consumidor secundário consumidor terciário decompositores
_______________ _______________ _______________ _______________ _______________

Arte – Objetivo Mídia

Uma cadeia alimentar terrestre: as setas indicam QUEM come O QUÊ.


As setas indicam quem fornece energia para QUEM. 37
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Arte – Objetivo Mídia

Uma cadeia alimentar terrestre: as setas azuis indicam QUEM come O QUÊ.
As setas vermelhas indicam quem fornece energia para QUEM.
Arte – Objetivo Mídia

Na cadeia alimentar a seta (preta) indica a transferência de energia e matéria de um


nível trófico para outro. A cadeia sempre começa pelo produtor.
38
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a) Crie uma cadeia alimentar terrestre completa, até o consumidor terciário (você pode desenhar ou
escrever); e classifique seus componentes.

Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
Essa atividade pode ser desenvolvida utilizando outros recursos, como cartazes montados com desenhos ou imagens de revistas,
seres vivos feitos com massa de modelar e apoiados sobre uma base de papelão ou madeira, miniaturas de plástico. Nessa faixa
etária, é comum possuírem animais de plástico que possam ser usados nessa situação.

b) Faça o mesmo para uma cadeia alimentar aquática (marinha ou de água doce).

Desenhos do aluno.
Professor, incentive os alunos a não usarem os exemplos do caderno.
As sugestões da atividade anterior são válidas para essa situação também.

39
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c) Lembrando que fungos e bactérias são seres decompositores, capazes de transformar matéria orgânica
em substâncias minerais que serão reutilizadas pelas plantas, como seriam os ecossistemas se não
existissem decompositores?
Como os decompositores reciclam a matéria orgânica dentro do ecossistema, as substâncias retornam ao solo, onde são reutilizadas

pelos produtores (as plantas). Se não houvesse os seres decompositores, haveria um acúmulo de dejetos não aproveitáveis e faltaria

húmus para as plantas.

d) O que aconteceria, inclusive com você, se fossem retiradas todas as plantas do planeta?
Aconteceria um desequilíbrio nos percentuais dos gases atmosféricos e falta de alimento, levando os outros seres vivos, inclusive nós, à

morte.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
a tarefa 6,“Conceitos fundamentais de ecologia”

40
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DATA: _____/_____/_____
3.4. As Teias Alimentares A 25 e 26

Teias alimentares são os conjuntos de cadeias alimentares que estão interligadas.

As teias alimentares dão uma noção mais realista do que acontece nos diversos ecossistemas, porque
a relação entre dois organismos (o alimento e seu consumidor) não é sempre a mesma. Os consumidores
variam de alimento conforme sua disponibilidade no ambiente.

Um gavião pode alimentar-se de ratos em certo momento e, em outro, de cobras que comem ratos.
O gavião ocupa o nível de consumidor secundário no primeiro caso e de consumidor terciário no
segundo.
Isso nos faz perceber como as populações de um ecossistema estão constantemente se adaptando
às variações das condições ambientais.

Figura 33
Figura – Objetivo Mídia

41
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Agora você vai montar uma teia alimentar. Para isso, utilize as imagens dos seres vivos que estão no
final do caderno. Tente fazer com que os organismos ocupem diversos níveis da teia alimentar. Seja
criativo, mas não deixe os animais saírem da dieta deles.

Professor, essa atividade é individual. Oriente os alunos a iniciar a teia pelo produtor e deixe-os à vontade para a montagem da
teia. Após o término da atividade, alguns alunos podem expor aos demais sua criação.

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
A 27
a tarefa 7, “Ecologia Geral”. Realização do Laboratório 3,
“Cadeia e Teia Alimentar”.

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F103.
42
C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2021_PROF.qxp 10/11/2020 08:18 Página 43

Módulo DATA: _____/_____/_____


Terra e universo

5
4 Forma, estrutura e movimentos da Terra: A estrutura de nosso planeta

4.1 A estrutura de nosso planeta A 28 e 29

Você já pensou sobre como seria uma viagem ao centro da Terra?

No mundo do cinema e da literatura podemos ficar imaginando diferentes situações que são
propostas e criadas por seus autores, mas na verdade, essas fantasias estão muito longe da realidade.
Figura 34
Figura 35

Figura 36

Por meio de muitos estudos, hoje sabemos muita coisa sobre a formação da Terra, e, recentemente
novas descobertas vêm sendo feitas a respeito desse assunto.
43
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Represente no espaço a seguir como você imagina que é o interior do nosso planeta.

Professor, existem diferentes maneiras de se trabalhar a atividade proposta. Esse assunto tende a mexer com as emoções do aluno e
estimular o seu lado criativo, pois nesse momento ele ainda transita entre o lúdico e o concreto. Dessa forma podemos sugerir que o
desenho seja feito individualmente ou em grupo. Isso pode trazer diversas discussões sobre as diferentes ideias e consequentemente
estaremos estimulando a comunicação, a aceitação da diversidade, o pensamento crítico e o trabalho em conjunto.

Para facilitar o estudo e caracterizar melhor cada região da superfície e do interior do


nosso planeta, ele foi dividido em crosta terrestre, manto e núcleo. A crosta terrestre e a parte superior
do manto formam a litosfera.
Apesar de nunca termos visitado o interior da Terra, essas camadas foram reproduzidas por meio
de estudos e análises de ondas sísmicas, por material expelido em erupções vulcânica e por análise de
fósseis.

44
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Figura 37

a) Crosta terrestre
É a camada externa ao redor da Terra. Ela é sólida e sua espessura varia entre 5km e 70 km, o que
não é muito se compararmos com a distância entre a superfície e o centro do planeta que tem cerca de
6370 km. As rochas que compõem a crosta são classificadas em rochas magmáticas, sedimentares e
metamórficas. A crosta pode ser dividida em crosta continental e crosta oceânica e não é contínua, isso
quer dizer que ela apresenta algumas rachaduras que a dividem em vários pedaços que chamamos de
placas tectônicas, que movimentam-se sobre o magma das camadas inferiores. A movimentação dessas
placas é um fator fundamental para a formação do relevo e está diretamente relacionada a
caracterização da paisagem.

b) Manto Terrestre
O manto é a segunda camada, bem mais espessa que a crosta, e sua espessura é de cerca de 2900
km abaixo da superfície. A sua temperatura pode atingir até 2000°C e as rochas que o compõe se
tornam líquidas (magma) devido a temperatura elevada. Divide-se em manto interno e manto externo
e na região interna sua composição é mais líquida pois as temperaturas são mais altas.

c) Núcleo
O núcleo terrestre também pode ser dividido em núcleo externo e interno. Sua distância da
superfície vai de 2900 km até 6370 km. As temperaturas variam entre 3000°C a 5000°C e sua
composição é basicamente formada por ferro e níquel. O núcleo externo é líquido mas o núcleo interno
é sólido devido as altas pressões exercidas nessa região. Todo esse material que forma tanto o núcleo
interno como o externo estão em constante movimentação, o que gera a energia elétrica responsável
pelo magnetismo terrestre.
45
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Agora é a sua vez!

Complete o crucigrama ao
lado com as palavras corretas:

Horizontal Vertical

4. Pedaços da crosta terrestre são chamados de 1. Formada pela crosta e pela parte superior do
placas... manto
8. Estado físico do manto 2. Um dos tipos de crosta
9. Camada sólida cuja espessura varia entre 5km 3. Um dos tipos de rochas que compõem a crosta
e 70km 5. Segunda camada da Terra
10. Região mais interna da Terra 6. Energia gerada pela movimentação dos
materiais que formam o núcleo
7. Um dos componentes do núcleo

Ao concluir o item anterior,


você já pode realizar em casa
A 30
a tarefa 8, “ Forma e estrutura da Terra” Realização do Laboratório 4
“Estrutura do planeta Terra

No Portal Objetivo
Para saber mais sobre o assunto, acesse o PORTAL OBJETIVO
(www.objetivo.br) e, em “localizar”, digite CIEN6F104.

46
C1_6o_Ano_Ciencias_Tiago_2021_PROF.qxp 10/11/2020 08:18 Página 47

TAREFA 1 Método Científico

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Em relação à queda dos corpos, Galileu contrariou Aristóteles, pois este afirmava que
a) corpos de dimensões diferentes caíam com velocidades diferentes.
b) corpos mais leves caíam mais rápido que corpos mais pesados.
c) corpos de materiais diferentes caíam com a mesma velocidade.
d) corpos mais pesados caíam mais rápido que corpos mais leves.
e) todos os corpos, independentemente de seus pesos, caíam com a mesma velocidade.
Resposta: D

2. Uma formulação provisória, com intenção de ser posteriormente demonstrada ou verificada, é


a) uma experiência. b) uma hipótese.
c) um resultado. d) um problema.
e) o método científico.

Resposta: B

3. Enumere os itens, em ordem sequencial, de acordo com as etapas do método científico:


( 5 ) Conclusões.
( 2 ) Possíveis respostas para a pergunta em questão (hipótese).
( 3 ) Etapa experimental.
( 1 ) Dúvida sobre determinado fenômeno da natureza.
( 4 ) Levantamento de deduções.

Resposta: 5, 2, 3, 1 e 4.

4. “Uma cultura de determinada bactéria exposta a uma dose fraca de antibiótico indicou um pequeno
número de sobreviventes. Quando seus descendentes foram expostos a uma dose duas vezes mais forte,
quase todos morreram.” Nesse trecho, está descrito(a)
a) um problema. b) uma teoria.
c) o resultado de um experimento. d) uma lei.
e) uma hipótese.

Resposta: C

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5. Preencha as lacunas abaixo.

No método científico, o cientista primeiro reconhece a existência de um _________________________.


Através de cuidadosas ________________________, ele reúne várias _______________________ e a
seguir propõe várias ______________________ que possam explicar o fato.

Resposta: problema; observações; informações; hipóteses.

6. Há muito tempo, o homem descobriu as desvantagens da falta de um planejamento das atividades;


igualmente percebeu vantagens em trabalhar segundo uma ordem, empregando sutis processos de
atividade racional e prática na resolução de seus problemas. O cientista também executa suas
investigações dessa forma, em etapas bem marcantes, que, no conjunto, classificam-se como
a) método científico. b) atitudes científicas.
c) conhecimento científico. d) pesquisa científica.
e) experiência científica.

Resposta: A

7. “Depositei sobre meu vaso de margaridas uma boa porção de adubo orgânico para que elas
mantenham sua vitalidade.” A frase anterior sugere qual das etapas do método científico?
a) O problema. b) Uma hipótese.
c) Um experimento. d) Uma conclusão.
e) A aplicação.

Resposta: C

8. “Percebi que as plantas do meu jardim cresceram vigorosamente após a aplicação do adubo
orgânico.” Esta frase indica
a) um problema. b) uma hipótese.
c) um experimento. d) uma conclusão.
e) uma aplicação.

Resposta: D

48
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TAREFA 2 A Matéria e suas Propriedades

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Qual a diferença entre átomo e molécula? 4. Relacione os estados da matéria com a


A molécula é a união de dois ou mais átomos.
propriedade da impenetrabilidade.
Impenetrabilidade significa que dois corpos não podem ocupar

o mesmo espaço ao mesmo tempo. Contudo, quanto menos

agregada estiver a matéria (no estado gasoso, por exemplo),

2. O que são elementos químicos? mais fácil será que sofra penetração.

São os diferentes tipos de átomos. Átomos de oxigênio,

ouro, enxofre ou sódio são diferentes entre si: cada qual é um

elemento químico.

5. Quais são as propriedades gerais da matéria?


Extensão, atração gravitacional, impenetrabilidade, compressibili-

3. Esquematize os três estados físicos da matéria dade, divisibilidade, indestrutibilidade e inércia.


e cite um exemplo de cada.

Desenho dos três estados na página 8.

6. Quais são as propriedades específicas da


matéria?
Dureza, elasticidade, solubilidade, densidade e mudança de estado

físico (pontos de fusão, condensação, solidificação e ebulição).

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7. Desenhe um átomo, de forma detalhada e 9. Por que as propriedades específicas da


com legenda. matéria são chamadas assim?

Desenho do átomo na página 10. Porque são propriedades especiais de cada substância. Cada

material analisado tem características únicas, próprias – que são

por isso ditas específicas. (Específico significa “de uma espécie”.)

Elas permitem distinguir cada substância das demais.

10. Como a temperatura e a pressão interferem


na variação dos estados físicos da matéria?
A temperatura e a pressão modificam o estado de agitação

das moléculas e átomos, fazendo com que estes possam mudar,

também, de estado físico.


8. O que diferencia um elemento químico
natural de um elemento químico artificial
(sintético)?
Os elementos químicos naturais são encontrados na natureza. Já

os elementos químicos artificiais (sintéticos) foram produzidos

artificialmente pelo homem. (Qualquer átomo natural pode ser

sintetizado, isto é, criado artificialmente em reator nuclear

por cientistas.)

50
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TAREFA 3 Características da Matéria

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. A matéria é tudo aquilo que existe, aquilo 5. Uma molécula de água é formada:
que forma as coisas e que pode ser observado. É a) por apenas dois átomos.
sempre constituída de partículas elementares, que b) por dois átomos de hidrogênio e um átomo de
possuem determinada: oxigênio.
a) temperatura. c) por dois átomos de oxigênio e um átomo de
b) massa. hidrogênio.
c) substância. d) por dois átomos de oxigênio e dois átomos de
d) densidade. hidrogênio.
e) pressão. e) apenas por átomos de hidrogênio.
Resposta: B Resposta: B

2. Estado(s) de agregação da matéria no(s)


qual(is) a forma e o volume são constantes: 6. Assinale V para as afirmações verdadeiras e F
a) somente líquido. para as falsas:
b) somente gasoso. a) Elemento químico pode ser definido como um
c) líquido e gasoso. conjunto formado por átomos iguais. ( V )
d) somente sólido. b) Elementos naturais são os elementos químicos
e) gasoso e sólido. encontrados na natureza. ( V )
Resposta: D c) Elementos sintéticos são os elementos cujos
átomos não são produzidos artificialmente.
3. Estado(s) de agregação da matéria no(s)
( F )
qual(is) a forma é variável e o volume é constante:
d) A Tabela Periódica mostra todos os elementos
a) somente sólido.
químicos existentes, de maneira organizada.
b) somente gasoso.
( V )
c) líquido e gasoso.
d) somente líquido.
e) gasoso e sólido.
Resposta: D 7. A propriedade da matéria que indica o
espaço ocupado por um corpo é denominada:
4. Estado(s) de agregação da matéria no(s) a) elasticidade.
qual(is) a forma e o volume são variáveis: b) compressibilidade.
a) somente sólido. c) inércia.
b) somente gasoso. d) impenetrabilidade.
c) líquido e gasoso. e) extensão.
d) somente líquido. Resposta: E

e) gasoso e sólido.
Resposta: B
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8. “Dois corpos não podem ocupar o mesmo a) a dureza.


lugar no espaço ao mesmo tempo” é a definição b) a solubilidade.
de: c) a densidade.
a) elasticidade. d) a inércia.
b) compressibilidade. e) a maleabilidade.
Resposta: D
c) inércia.
d) impenetrabilidade.
e) extensão. 13. A lâmina de uma faca representa a proprie-
Resposta: D
dade:
9. Dureza e densidade são: a) ductilidade.
a) propriedades gerais da matéria. b) maleabilidade.
b) propriedades exclusivas de materiais líquidos. c) dureza.
c) propriedades específicas da matéria. d) inércia.
d) propriedades gerais e específicas. e) densidade.
e) propriedades exclusivas dos materiais gasosos. Resposta: B
Resposta: C

10. A extensão é uma propriedade geral da 14. Propriedades específicas que podem impres-
matéria que também é denominada: sionar nossos sentidos são as propriedades:
a) massa a) cereais.
b) volume b) naturais.
c) inércia c) sintéticas.
d) impenetrabilidade d) magnéticas.
e) elasticidades e) organolépticas.
Resposta: B Resposta: E

11. Os elementos químicos encontrados na


natureza são os elementos:
a) sintéticos.
b) materiais.
c) naturais.
d) moleculares.
e) artificiais.
Resposta: C

12. Propriedade da matéria que mede a tendência


de um corpo em conservar o estado de repouso,
se assim ele estiver, ou de manter o movimento
retilíneo e uniforme, se estiver em movimento, é:

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TAREFA 4 Substâncias puras e misturas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:


1. A substância pura possui moléculas iguais entre si. Se um material não for puro, será uma mistura
de duas ou mais substâncias. Classifique os sistemas abaixo em substância pura ou mistura.
Artes Gráficas – Objetivo

I – mistura;

II- substância pura composta;

III- mistura;

IV- mistura.

2. Classifique as seguintes substâncias representadas por suas fórmulas em substâncias simples e


substâncias compostas.
a) NO2 _____________________________________________
substância composta

b) H2S _____________________________________________
substância composta

c) Fe _____________________________________________
substância simples

d) NH3 _____________________________________________
substância composta

e) H2SO4 _____________________________________________
substância composta

f) HCl _____________________________________________
substância composta

3. “Sólidos com estruturas diferentes são fases diferentes”. Sendo assim, assinale quantas fases existem
nos sistemas:
a) gelo + areia = _____
2

b) gelo + areia + água pura (líquida) = _____


3

c) gelo + areia + água pura (líquida) + sal dissolvido = _____


3

d) gelo + areia + limalha de ferro + água (líquida) + sal dissolvido + açúcar dissolvido = _____
4

4. “Qualquer mistura de gases sempre será homogênea, porque os gases se misturam uniformemente.”
Quantas fases terá a mistura de H2O (líquida) + H2O (vapor) + ar?
Duas fases: água líquida + vapor e ar.

5. Classifique os sistemas seguintes em homogêneo (1) e heterogêneo (2).


a) água + pouco sal ( 1 ) e) água + álcool ( 1 )
b) ar atmosférico ( 1 ) f) água + areia ( 2 )
c) granito ( 2 ) g) água potável ( 1 )
d) água + gelo ( 2 )
53
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6. Classifique o gelo-seco e o diamante em substância simples ou composta e justifique sua resposta.


O gelo-seco é uma substância composta porque sua molécula é formada por dois tipos de elementos químicos, enquanto o diamante é

uma substância simples pois é composto por cadeias de carbono.

7. Cite um exemplo para cada uma das situações:


a) Uma mistura heterogênea bifásica: ______________________________________________________
Óleo e água.

b) Uma mistura trifásica: __________________________________________________________________


Água + óleo + pó de serra.

c) Uma mistura homogênea: ______________________________________________________________


Água + álcool.

d) Uma substância pura composta: _________________________________________________________


Água pura.

8. Desenhe ou esquematize:
a) Uma mistura heterogênea bifásica. b) Uma mistura heterogênea trifásica.
c) Uma mistura homogênea. d) Uma substância pura composta.
a) b)

c) d)

9. Considere os seguintes produtos:


• 1 pedra de granito; • 1 copo de água mineral;
• 1 balão cheio de ar; • 1 colher de sal;
Quais são misturas homogêneas?
Água mineral e ar contido no balão.

10. Dos materiais abaixo, quais são misturas e quais são substâncias puras? Dentre as substâncias puras,
quais são simples e quais são compostas?
a) Água dos rios. b) Ferro. c) Aço. d) Vinagre. e) Salmoura.
f) Refrigerante. g) Leite. h) Gás nitrogênio. i) Cobre.
j) Gasolina.
São substâncias simples: ________________________________.
b, h, i

São misturas: _________________________________________.


a, c, d, e, f, g, j

54
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TAREFA 5 Analisando substâncias


e misturas

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. As substâncias químicas podem ser classificadas em simples ou compostas. Indique a alternativa


que apresenta três substâncias simples e duas compostas, respectivamente.
a) H2O, Hg, HI, Fe, H2S b) Au, O2, CO2, HCl, NaCl
c) S, O2, O3, CH4, CO2 d) H2SO4, Cu, H2, O2
e) Au, Ag, Cl2, H2CO3, H2
c

2. Qual das alternativas abaixo contém somente substâncias simples?


a) H2O, HCl, CaO b) H2O, Au, K
c) H2O, Cl2, K d) Au, Fe, O2
e) O2, NaCl, H2
d

3. Assinale a alternativa em que aparece um elemento químico, uma substância simples e uma substância
composta, respectivamente.
a) N, HI, He b) Cl, N2, HI
c) H2, Cl2, O2 d) H2O, O2, N2
e) H2, Ar, Xe
b

4. São dados os seguintes materiais: leite, aço e ouro. Assinale a alternativa que indica correta e
respectivamente a ordem da constituição deles:
a) substância simples, mistura e mistura.
b) substância simples, substância composta, substância simples.
c) mistura, mistura e elemento.
d) elemento, mistura, elemento.
e) mistura, substância simples e elemento.
c

5. Ao adicionarmos açúcar a um suco, notamos que, após certa quantidade, o açúcar não mais se
dissolve na água. Isto significa que existe um limite de solubilidade de uma substância em outra, e este
limite é conhecido como “coeficiente de solubilidade”. Assim sendo, quanto ao número de fases, um
suco adoçado com açúcar pode ser:
a) sempre monofásico.
b) sempre bifásico.
c) monofásico ou bifásico.
d) monofásico ou trifásico.
e) bifásico ou trifásico.
c
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6. Qual é a alternativa em que só aparecem misturas?


a) Grafite, leite, água oxigenada.
b) Ferro, enxofre, mercúrio.
c) Areia, açúcar, granito, álcool.
d) Vinagre, água do mar, oxigênio (O2).
e) Ar, granito, vinagre, água sanitária.
e

7. Quantas substâncias são encontradas nos sistemas abaixo?


I) Álcool hidratado.
II) 3 cubos de gelo em água.
III) Glicose dissolvida em uma solução aquosa de cloreto de sódio (sal de cozinha).
Assinale a opção que indica o número correto de substâncias (respectivamente):
a) 2, 1, 3 b) 1, 4, 3 c) 2, 1, 2 d) 3, 3, 1 e) 1, 2, 4
a

8. Em relação ao esquema ao lado, podemos afirmar que estão representadas(os)

Artes Gráficas – Objetivo


a) 9 moléculas, 9 substâncias e 5 elementos químicos.
b) 9 moléculas, 5 substâncias e 5 elementos químicos.
c) 5 moléculas, 9 substâncias e 9 elementos químicos.
d) 5 moléculas, 5 substâncias e 5 elementos químicos.
e) 9 moléculas, 5 substâncias e 9 elementos químicos.
a

9. (UFES) Observe a representação dos sistemas I, II e III e seus componentes. O número de fases em
cada um é, respectivamente: I- óleo, água e gelo; II- água gaseificada e gelo; III- água salgada, gelo,
Artes Gráficas – Objetivo

óleo e granito.
a) 3,2,6.
b) 3,3,4.
c) 2,2,4.
d) 3,2,5.
e) 3,3,6.
e

10. O ferro é um dos componentes da hemoglobina. A falta de ferro (Fe) na alimentação causa anemia.
O processo anêmico pode ser revertido com uma alimentação rica em carnes, verduras, grãos e cereais
integrais, sendo, em alguns casos, necessário um suplemento de sulfato de ferro (II) (FeSO4). Nesse
contexto, os termos sublinhados no texto classificam-se, respectivamente, como:
a) elemento químico e substância composta.
b) substância simples e substância composta.
c) mistura homogênea e mistura homogênea.
d) substância simples e mistura heterogênea.
e) elemento químico e mistura heterogênea. a
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TAREFA 6 Conceitos Fundamentais de Ecologia

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

Escolha um local para fazer uma breve pesquisa. Pode ser o jardim de sua casa, um parque ou mesmo
alguma praça próxima a sua residência.

Observe bem o ambiente para responder as três primeiras questões dessa tarefa:

1. Quantos e quais são os seres vivos que habitam esse local?


Professor, as respostas do aluno deverão estar de acordo com o ambiente escolhido.

2. O ambiente em que vivem é adequado a esses organismos?

3. É possível observar alguma ação humana que interfira na vida desses seres vivos?

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4. Para a Ecologia, uma população é o conjunto 6. Explique com suas palavras como ocorre a
de indivíduos de uma mesma espécie que habita transferência de energia em uma cadeia alimentar.
um Ecossistema; já comunidade é o conjunto de A energia é fornecida pelo alimento; portanto, passa de um
todos os seres vivos (inter-relacionados) que
nível trófico ao outro da cadeia alimentar.
habitam um Ecossistema. Nas sociedades
humanas, a cidade é um ecossistema composto
por várias populações: a dos homens é apenas
uma delas. Que outras populações animais in-
teragem conosco?
Outras populações animais que interagem conosco: de camundon-

gos, de ratazanas, de baratas (domésticas), de cães, de gatos, de

pombos, de formigas, de cupins, de pulgas etc.

7. Os seres produtores são importantes para o


ambiente, mas também estão presentes em cada
setor da economia. Explique o sentido dessa frase.
Ecologicamente, os vegetais são os produtores primários (a base

5. Identifique o nicho ecológico dos seres desta- da cadeia alimentar) e fonte de oxigênio. Economicamente, as

cados no texto abaixo: plantas (seres produtores) são a base da alimentação dos animais

Na floresta, entre as árvores, conversavam o sapo e dos homens. Por isso, plantamos, distribuímos e vendemos
e o urubu anunciando um ao outro que haveria
vegetais: para serem consumidos.
festa no céu. Foram convidados sabiás, águias e
outros animais voadores...
Árvores (produtores); sapo (consumidor; também pode ser presa
8. Quais são as substâncias necessárias para que
ou predador); urubu (saprófago); águias (predadoras); sabiás
ocorra a fotossíntese e quais são as substâncias
(consumidores e presas). produzidas nesse processo?
São necessárias a água e o gás carbônico e são produzidos o

oxigênio e a glicose.

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TAREFA 7 Ecologia Geral

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. Relacione os itens:
Resposta: B
a) Conjunto formado pelo ambiente físico e os
4. Ao conjunto de indivíduos de diferentes
seres vivos que o habitam.
espécies que habitam a mesma área, dá-se o
b) Conjunto de indivíduos da mesma espécie,
nome de
vivendo juntos no tempo e no espaço.
a) ecossistema.
c) Conjunto de populações.
b) comunidade.
d) Lugar específico onde o organismo vive.
c) população.
d) bioma.
( ) Comunidade.
e) biosfera.
( ) Habitat.
Resposta: B
( ) Ecossistema.
( ) População.
5. Lembrando-se dos conceitos de Habitat e
Reposta: C, D, A, B
Nicho Ecológico, marque as opções corretas
2. Das alternativas abaixo, qual apresenta a relacionadas abaixo:
sequência correta em relação aos níveis de a) Cobra e gavião vivem no mesmo habitat.
organização biológica? b) Preá e cobra ocupam o mesmo nicho ecológico.
a) Células, tecidos, população, sistemas e c) Gavião, cobra e preá estão no mesmo nicho
biosfera. ecológico.
b) Biosfera, ecossistemas, células, tecidos, órgãos d) Gavião e preá ocupam o mesmo nicho
e macromoléculas. ecológico.
c) Células, tecidos, órgãos, sistemas, organismo, e) Preás podem ocupar o mesmo habitat da cobra
populações, comunidade, ecossistema e e do gavião, mas têm nicho ecológico diferente
biosfera. do deles.
d) População, comunidade, tecidos, células, bios-
Resposta: A e E
fera e ecossistemas.
e) Células, tecidos, população, biosfera e
sistemas.
Resposta: C

3. O conjunto do ambiente físico e dos orga-


nismos que nele vivem é chamado
a) biótopo. b) ecossistema.
c) biomassa. d) bioma.
e) comunidade.
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6. Suponha que em um terreno coberto de 9. Suponha duas plantas que pertencem ao


capim-gordura vivem saúvas, gafanhotos, pardais, mesmo gênero e vivem juntas na mesma área. A
preás e ratos-do-campo. Nessa área, estão espécie A tem raízes que se desenvolvem logo
presentes abaixo da superfície do solo e a espécie B tem
a) cinco populações. raízes profundas. Sobre as duas plantas, podemos
b) seis populações. fazer as seguintes afirmações:
c) duas comunidades.
d) seis comunidades. I – A e B ocupam o mesmo nicho ecológico.
e) dois ecossistemas. II – A e B competem pela água.
Resposta: B III – A e B formam uma população.

7. Assinale a alternativa correta: Assinale:


a) Em Ecologia, a COMUNIDADE inclui grupos de a) Apenas I é correta.
indivíduos de uma mesma espécie de organis- b) Apenas II é correta.
mos. c) Apenas III é correta.
b) Em Ecologia, a POPULAÇÃO inclui todos os d) I e II são corretas.
indivíduos de uma mesma área, pertencentes e) Nenhuma é correta.
ou não a várias espécies. Resposta: D

c) Em Ecologia, o ECOSSISTEMA é a porção da


terra biologicamente habitada.
d) Em Ecologia, a BIOSFERA define o conjunto
formado pela comunidade de todos os seres
vivos do planeta e seus ambientes. 10. Em uma cadeia ou teia alimentar, os vegetais
e) Nenhuma das anteriores. são
Resposta: D a) os consumidores primários.
b) os consumidores secundários.
8. São Ecossistemas todos os exemplos abaixo, c) os produtores.
exceto d) os decompositores.
a) uma astronave. e) os consumidores terciários.
b) uma lagoa.
Resposta: C
c) um pasto.
d) uma colônia de corais.
e) o solo.
Resposta: A

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TAREFA 8 Forma e estrutura da Terra

Nome: Data: ____/____/____ Sala:

1. A Terra é como uma cebola: é dividida em várias camadas. Entre essas diferentes camadas que
compõem a estrutura interna do nosso planeta, qual delas é sólida?
O núcleo interno.

2. Baseado no fragmento de texto a seguir, escreva o que podemos concluir sobre a estrutura interna
da Terra.

“Tais mudanças nas partes superficiais do globo pareciam, para mim, improváveis de acontecer se
a Terra fosse sólida até o centro. Desse modo, imaginei que as partes internas poderiam ser um
fluido mais denso e de densidade específica maior que qualquer outro sólido que conhecemos, que
assim poderia nadar no ou sobre aquele fluido. Desse modo, a superfície da Terra seria uma casca
capaz de ser quebrada e desordenada pelos movimentos violentos do fluido sobre o qual repousa.”

(Benjamin Franklin, 1782, em uma carta para o geólogo francês Abbé J. L. Giraud-Soulavie in PRESS, frank et al. Para
entender a Terra. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2006).

A crosta é formada por placas que “flutuam” sobre o manto, que é líquido, e devido a esse movimento observamos vários fenômenos

como a formação dos diferentes relevos, terremotos, etc.

3. Por qual razão o núcleo externo está no estado líquido e o núcleo interno está no estado sólido,
mesmo estando a altas temperaturas?
Devido as altas pressões.

4. Como são classificadas as rochas que formam a crosta terrestre?


Magmáticas, sedimentares e metamórficas.

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5. Em relação a imagem a seguir, complete a legenda:

crosta terrestre

manto
Figura – Objetivo Mídia

núcleo

continentes

6. Qual a principal diferença entre crosta continental e crosta oceânica?


Crosta continental e a superfície dos continentes já a crosta oceânica e a superfície do oceano.
Professor, o complemento da questão 6 encontra-se abaixo.

7. Você já ouviu dizer que a Terra é um grande ímã ? Por qual razão o nosso planeta possui essa
característica?
Devido ao movimento do material que forma o núcleo.

8. Quais são os dois principais metais que formam o núcleo terrestre?


Ferro e níquel

9. Faça um desenho que represente as placas continentais e as placas oceânicas.

Professor, como complemento da questão 6:


Sua espessura é variável, sendo maior onde há grandes montanhas e
menor nas fossas oceânicas. Sob os oceanos, a crosta costuma ter cerca de 7
km de espessura; sob os continentes, ela chega a 40 km em média. As
espessuras extremas estão em 5 e 70 quilômetros. Está dividida em crosta
continental e crosta oceânica, com composições diversas e espessuras
diferentes.
A crosta continental é formada essencialmente de silicatos aluminosos
(por isso era antigamente chamada de sial) e tem uma composição global
semelhante à do granito. Mede 25 a 50 km de espessura e as ondas sísmicas
primárias nela propagam-se a 5,5 km/s.
A crosta oceânica é composta essencialmente de basalto, formada por
silicatos magnesianos (por isso antigamente chamada de sima). Tem 5 a 10 km
de espessura e é mais densa que a crosta continental por conter mais ferro. As
ondas sísmicas têm nela velocidade de 7 km/s.
Fonte:http://www.cprm.gov.br/publique/Redes-Institucionais/Rede-de-Bibliotecas---Rede-
Ametista/Canal-Escola/Estrutura-Interna-da-Terra-1266.html

10. O que é a litosfera?


É a região do nosso planeta formado pela crosta terrestre e o manto superior.

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Figura 38
Introdução ao Uso do Laboratório

Figura 39

Você, aluno do 6.o ano, deve estar ansioso para dar início ao uso do laboratório, não é mesmo?
Afinal de contas, você começará a usar aquele avental branco, irá acompanhar seu professor naquelas
inéditas e fascinantes experiências com líquidos coloridos, fumaça, explosões... E, quem sabe, até fará
alguma descoberta ou inventará algo de que irá se lembrar para o resto de seus dias.

Esperamos mesmo que você se dedique e vibre com todo o conhecimento que pretendemos
transmitir. Mas não se esqueça de que sua própria vida é um constante “laboratório” e que cada
momento de aprendizado e observação é uma experiência que estará presente em sua memória,
podendo fazer de você uma pessoa de destaque.

Cada vez que seu professor propuser uma atividade prática que exija observação, raciocínio lógico
e questionamentos, você estará praticando uma experiência de laboratório.

As atividades práticas – independentemente de onde sejam executadas (na quadra, no pátio, no


jardim, na cozinha, no laboratório da escola...) – serão para você uma forma de trazer a teoria dos livros,
cadernos e da sala de aula para a prática e incluí-la em sua vida diária.

Aproveite o máximo que puder essas experiências.


Elas serão um meio para facilitar a compreensão dos assuntos
abordados.

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LABORATÓRIO 1 Construindo Moléculas

Introdução
As moléculas são constituídas por agrupamentos de átomos iguais ou diferentes entre si. Elas podem
ser consideradas como “tijolos” necessários para a construção das paredes de uma casa e, apesar de
ser básico e elementar que a formação ou constituição de toda e qualquer matéria seja concluída a
partir da ligação dos átomos, também é elementar saber que devem existir combinações precisas e
específicas entre determinados átomos.

Materiais
• Cartolina ou papel-cartão.
• Tesoura.
• Canetinhas.

Procedimento
Formar grupos de 4 a 5 alunos, que deverão recortar a cartolina para obter 40 “cartas” similares a
cartas de baralho.

As cartas devem conter os símbolos dos elementos químicos abaixo:

4 cartas com o símbolo do carbono (C).


22 cartas com o símbolo do oxigênio (O).
8 cartas com o símbolo do hidrogênio (H).
4 cartas com o símbolo do nitrogênio (N).
2 cartas com o símbolo do enxofre (S).

Objetivo
O objetivo do jogo é montar as seguintes moléculas: CO2 (gás carbônico), CO (monóxido de
carbono), H2O (água), O2 (oxigênio), N2 (nitrogênio), H2 (gás hidrogênio), O3 (ozônio) e SO2 (dióxido
de enxofre) (duas moléculas de cada).

Como jogar
Os alunos colocarão as cartas viradas e empilhadas no centro. O primeiro tira uma carta do monte,
e assim sucessivamente. A partir da segunda rodada, o aluno – na sua vez – pode pegar uma carta do
monte ou do colega (sem saber qual o elemento), com o objetivo de “montar as moléculas” com as
cartas que possui.
O aluno deve “baixar” cada molécula montada. Ganha quem montar o maior número de moléculas.

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LABORATÓRIO 2 Propriedades da Matéria

Introdução
Matéria é tudo aquilo que possui volume e massa.

Os diferentes tipos de materiais apresentam características que se relacionam ao tipo de molécula


dos quais eles são formados. Algumas dessas características podem ser observadas em todos os tipos
de materiais e outras são próprias ou específicas.

Para nos certificarmos dessas características nada melhor que apresentar, observar e anotar os efeitos
demonstrados.

Materiais Procedimento
• Livros de tamanhos diferentes. Cada material da lista será usado para que
• Um carrinho de brinquedo. você determine alguma propriedade que ele
• Seringa descartável sem agulha. possui.
• Giz e martelo. a) Teste cada material com a orientação do seu
• Palitos de fósforo. professor.
• Massinha ou uma borracha macia. b) Identifique as propriedades de cada um deles e
• Copo, papel amassado e vasilha com água. faça uma lista.
• Óleo e água. c) Separe essas propriedades da matéria em:
• Açúcar e sal. gerais e específicas.
• Pregos e uma rolha.
• Fios de cobre.
• Pó de café, canela e limão.

Figuras – Objetivo Mídia

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Material Propriedade Geral Propriedade Específica


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Conclusão:
Professor:

• Os livros (ou outro material) devem ser empilhados até que ocupem determinado espaço para demonstrar a extensão.

• O carrinho será utilizado para demonstração de inércia.

• O copo com papel amassado e a vasilha com água (a “velha” experiência do “dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço”)

demonstrarão a impenetrabilidade.

• A seringa será usada para comprovar a compressibilidade do ar.

• O giz deve ser quebrado com o martelo para mostrar a divisibilidade.

• Os palitos de fósforo serão queimados e representarão, através das cinzas, a indestrutibilidade.

• O óleo e a água demonstrarão a insolubilidade. (Açúcar e sal na água demonstrarão a solubilidade.)

• O prego e a rolha colocados na vasilha com água demonstrarão a ideia de densidade.

• Os fios de cobre devem ser usados para explicar ductilidade.

• Martelando o fio de cobre de maior bitola, podemos modificar sua forma e demonstrar maleabilidade.

• Canela, pó de café, sal e limão serão usados para destacar as propriedades organolépticas.

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LABORATÓRIO 3 Cadeia e Teia Alimentar

Introdução
As cadeias alimentares são identificadas e definidas de acordo com o ambiente na qual são
observadas. Seus componentes variam de acordo com o bioma e com a quantidade de alimento
disponível. Sendo assim um mesmo organismo pode se alimentar de diferentes componentes. Para
fixarmos os conceitos sobre cadeia e teia alimentar, bem como observarmos a relação existente entre
eles, vamos desenvolver o “jogo” a seguir.

Objetivo
A atividade deve envolver todos os alunos da classe, a fim de que compreendam o conceito de
cadeia alimentar e como ocorre a transferência de energia de um nível trófico a outro. Trata-se de uma
atividade prática pela qual os alunos poderão ter uma noção mais concreta da dinâmica populacional
nos ecossistemas e assim diferenciar cadeias e teias alimentares.

Material
– Papel-cartão de várias cores (sugestão: cinco cores).
– Um rolo grande de barbante.
– Tesoura. – Furador de papel.
– Pincel atômico.
– Saco de lixo preto.

Procedimento
1.º) O professor deve montar na lousa, junto com os alunos, várias cadeias alimentares diferentes (o
número de cadeias dependerá do número de alunos da classe em questão).
2.º) Cortar retângulos de papel-cartão de 20cm x 20cm onde serão escritos os nomes de cada ser
da cadeia. Cada nível trófico tem uma cor (ex.: produtores, verde; consumidores primários, azul; e assim
sucessivamente).
3.º) Cada aluno receberá uma placa que deverá manter visível para que todos possam enxergar.
4.º) O professor coloca os alunos em círculo e se posiciona no meio, com o rolo de barbante em
mãos, e pergunta à classe qual deve ser o primeiro nível trófico. Assim, um dos produtores, que pode
ser escolhido pela classe ou pelo professor, recebe a ponta do barbante.
5.º) O professor volta ao centro e pergunta à classe qual seria o próximo nível, entregando agora a
continuação do barbante, e assim sucessivamente, até que todos os níveis recebam o barbante. Ao
chegar ao decompositor, o professor corta o barbante, encerrando a primeira cadeia.
6.º) Seguindo o mesmo modelo, todas as cadeias se formam. Em seguida, o professor estimula a
“mudança de cardápio”, a fim de formar alguns entrelaçamentos e mostrar como se forma uma teia
alimentar.

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Sugestões de cadeias
Cons. Cons. Cons. Cons.
Produtor Decompositor
Primário Secundário Terciário Quartenário
peixes peixes
fitoplâncton zooplâncton pelicano fungos
pequenos grandes

gramíneas gafanhoto sapo cobra gavião bactérias

capim boi ser humano bactérias

vegetais insetos insetos lagarto fungos

pequenos
algas crustáceo peixe garça bactérias
moluscos

plantas veado onça fungos

grãos roedores coruja fungos

Para estimular o raciocínio do aluno, o professor coloca um saco de lixo preto aberto nos ombros daquele que representa o produtor. Nesse
momento, o indivíduo larga o barbante e o restante da cadeia perde o elo, representando uma interferência na cadeia e a ocorrência de um
desequilíbrio populacional.

Agora é sua vez!


Descreva em linhas gerais como você percebeu a transferência de energia através dos níveis tróficos
e como pode perceber a diferença entre uma cadeia e uma teia alimentar.

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LABORATÓRIO 4 Estrutura do Planeta Terra

Para entendermos como o nosso planeta é formado, as estruturas do nosso relevo e os tipos de
materiais que o sustenta, os geógrafos e geólogos utilizam-se de modelos e simulam situações que
concluam e determinem as condições sobre as quais vivemos.

Objetivo
A ideia de construirmos um modelo do nosso planeta representando as camadas da periferia (crosta)
até o núcleo dessa “esfera”, bem como o relevo oceânico em suas mais variadas formas, deve fazer
com que tenhamos em mãos uma estrutura concreta, em 3D, e assim possamos utilizar esse modelo ao
longo do ano todas as vezes que nos referirmos à Unidade Terra e Universo.

Material
O material que você e seus colegas irão utilizar será de sua própria escolha, ou seja, vocês deverão
usar da criatividade para montar uma maquete/modelo que demonstre as camadas do nosso planeta
desde a crosta, incluindo a parte líquida, até o núcleo. Sendo assim podemos sugerir alguns tipos de
materiais que possam ser utilizados.
Sugestões: sucatas esféricas, massa de modelar, gel, tecido, espuma, massa de pão, pasta americana,
biscuit, moldes de silicone e outros.
Figura – Objetivo Mídia

Professor: o modelo pode/deve ser montado em grupos para que as ideias sejam diversificadas e a
criatividade seja compartilhada. O objetivo é que ele concretize aquilo que passa pela sua imaginação. Após
a conclusão do trabalho cada grupo deverá apresentar o seu modelo para a classe e o professor deverá 69
observar se a sequência das camadas e o tipo de material utilizado está de acordo com as aulas propostas.
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Imagens para montagem da teia alimentar

Figura 40 Figura 44 Figura 48 Figura 52


Figura 41 Figura 45 Figura 49 Figura 53
Figura 42 Figura 46 Figura 50 Figura 54
Figura 43 Figura 47 Figura 51 Figura 55

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Créditos das Figuras


Figuras 1 a 10 Figura 28
Disponível em: <http://pixabay.com/pt/>. Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Joseph_Priestley>. Acesso em: nov.
2009.

Figura 11
Disponível em: <http://spoki.tvnet.lv/foto-izlases/Tresdienai/489043/1/3>. Figura 29
Disponível em: <http://flores.culturamix.com/jardim/mamoeiro-carica-papaya-e-
caracteristicas-do-mamao>. Acesso em: fev. 2004.
Figura 12
Arquivo Pessoal: Maria Lúcia Catalani.
Figura 30
Disponível em: <http://www.pinterest.com/nicluvchocolate/livestock-ideas-rabbits/>.
Figura 13 Acesso em: jul. 2007.
Arquivo Pessoal: Maria Lúcia Catalani.

Figura 31
Figura 14 Disponível em: <http://www.raising-rabbits.com/animal-right.html>. Acesso em: jul.
Disponível em: <http://resumoserevisoes.blogspot.com.br/2011/05/o-que-e-iner 2004.
cia.html>.

Figura 32
Figura 15 Disponível em: <http://www.fotodom.ru/creative/544.html?&page=647>. Acesso
Arquivo Pessoal: Luis Augusto Vasconcellos. em: jun. 2006.

Figura 16 Figura 33
Arquivo Pessoal: Luis Augusto Vasconcellos. Disponível em: <http://oceanexplorer.noaa.gov/explorations/03bump/background/
lifeonbump/lifeonbump.html>. Acesso em: mar. 2014. Adaptado.

Figuras 17 a 19
Disponíveis em:<Ingimage/Fotoarena; mídia objetivo; ©gabrielle> Figura 34
Foto – Ingimage/Fotoarena

Figura 20
Foto – Objetivo Mídia Figura 35
Foto – First Light/Easypix Brasil

Figura 21
Foto – Objetivo Mídia Figura 36
Foto – WALDEN MEDIA/NEW LINE CINEMA/Album/Album/Fotoarena

Figura 22
Foto – Objetivo Mídia Figura 37
Foto – Cigdem Simsek/Alamy/Fotoarena

Figura 23
Disponível em: <http://verdens-dyr.dk/Let/dyr/Flodsvin/medier/billeder/>. Acesso em: Figura 38
jun. 2011. Disponível em: <http://enlacestic6primaria.blogspot.com.br/2013/01/calor-y-
temperatura-i.html>. Acesso em: mar. 2014.

Figura 24
Foto – Objetivo Mídia Figura 39
Disponível em: <http://www.clipartpal.com/clipart/science/chemistry1.html>. Acesso
em: mar. 2014.
Figura 25
Disponível em: <http://desmanipulador.blogspot.com.br/2013/02/magali-turma-da-
monica.html>. Acesso em: nov. 2014. Figura 40
Disponível em: <http://www.clipartpal.com/clipart/science/chemistry1.html>. Acesso
em: nov. 2014.
Figura 26
Disponível em: <http://fineartamerica.com/art/all/kalanchoe/posters>. Acesso em:
jun. 2011. Figura 41
Foto – Objetivo Mídia

Figura 27
Disponível em: <http://drsmithbiology.weebly.com/y12-biology-unit-2.html>. Acesso Figura 42
em: jun. 2011. Disponível em: <http://www.pinterest.com/1archangel/spiders-and-snakes-oh-my/>.
Acesso em: nov. 2014.

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Figura 43
Foto – Objetivo Mídia

Figura 44
Foto – Objetivo Mídia

Figura 45
Foto – Objetivo Mídia

Figura 46
Foto – Objetivo Mídia

Figura 47
Disponível em: <http://meioambiente.culturamix.com/noticias/graos-fibras-cereais-
e-oleaginosas-saude-e-potencial-energetico>. Acesso em: nov. 2014.

Figura 48
Foto – Objetivo Mídia

Figura 49
Disponível em: <http://commons.wikimedia.org/wiki/Canis_lupus>. Acesso em: nov.
2014.

Figura 50
Disponível em: <http://www.digital-
images.net/Gallery/Wildlife/Studies/Raptors/Eagles/ Alaska/alaska.html>. Acesso em:
nov. 2014.

Figura 51
Disponível em: <http://ruisoares65.pbworks.com/w/page/39844451/Leandra>.
Acesso em: nov. 2014.

Figura 52
Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/30/Male_Lion_
and_Cub_Chitwa_South_Africa_Luca_Galuzzi_2004.jpg>. Acesso em: jul. 2016.

Figura 53
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Grammostola>. Acesso em: nov. 2014.

Figura 54
Disponível em: <http://en.wikipedia.org/wiki/Grammostola>. Acesso em: nov. 2014.

Figura 55
Disponível em: <http://damart.io.ua/album453576>. Acesso em: nov. 2014.

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Anotações

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