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Curso Online:

Musicalização
As Competências Gerais da BNCC.....................................................................2

Conhecendo as 10 competências........................................................................3

A escola trabalhando as competências...............................................................8

A formação do professor para levar as competências à prática..........................9

Conhecimento....................................................................................................10

Pensamento científico, crítico e criativo.............................................................11

Repertório cultural..............................................................................................13

Comunicação.....................................................................................................14

Cultura digital.....................................................................................................16

Trabalho e projeto de vida.................................................................................18

Argumentação....................................................................................................20

Autoconhecimento e autocuidado......................................................................22

Empatia e cooperação.......................................................................................24

Responsabilidade e cidadania...........................................................................25

Referências bibliográficas..................................................................................28

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AS COMPETÊNCIAS GERAIS DA BNCC

A Base Nacional Comum Curricular é um documento normativo que define o


conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver
ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica.

O documento está estruturado em:

Textos introdutórios (geral, por etapa e por área);

Competências gerais que os alunos devem desenvolver ao longo de todas as


etapas da Educação Básica;

Competências específicas de cada área do conhecimento e dos componentes


curriculares;

Direitos de Aprendizagem ou Habilidades relativas a diversos objetos de


conhecimento (conteúdos, conceitos e processos) que os alunos devem
desenvolver em cada etapa da Educação Básica — da Educação Infantil ao
Ensino Médio.

As Competências Gerais da BNCC:

 Conhecimento
 Pensamento científico, crítico e criativo
 Repertório cultural
 Comunicação
 Cultura digital
 Trabalho e projeto de vida
 Argumentação
 Autoconhecimento e autocuidado
 Empatia e cooperação
 Responsabilidade e cidadania

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CONHECENDO AS 10 COMPETÊNCIAS

Competência 1: Conhecimento

A primeira competência estabelecida pela Base Nacional Comum Curricular


(BNCC) é o Conhecimento, que abrange valorizar e utilizar os conhecimentos
sobre o mundo físico, social, cultural e digital, para entender e explicar a
realidade, continuar aprendendo e contribuir com a sociedade.

O Conhecimento, como competência, abrange bem mais que só passar


conteúdos, mas sim tornar esses conteúdos atrativos e fazer com que haja
uma inter-relação entre o que se está ensinando e como isso está presente na
sociedade.

Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o


mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva. Cada competência traz a proposta de um aluno ativo,
que consegue não apenas compreender e reconhecer a importância do que foi
aprendido, mas, principalmente, refletir sobre como ocorre a construção do
conhecimento, conquistando autonomia para estudar e aprender em diversos
contextos, inclusive fora da escola.

Competência 2: Pensamento científico, crítico e criativo

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,


incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas. Essa competência trata
do desenvolvimento do raciocínio, que deve ser feito por meio de várias
estratégias, privilegiando o questionamento, a análise crítica e a busca por
soluções criativas e inovadoras.

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Competência 3: Repertório cultural

Sob a orientação da Coordenação Pedagógica, chegou-se à ideia de


elaboração de uma proposta para que os alunos refletissem sobre o processo
de exclusão e inclusão das múltiplas diferenças, no âmbito social.

Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às


mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-
cultural. Essa competência estabelece como fundamental que os alunos
conheçam, compreendam e reconheçam a importância das mais diversas
manifestações artísticas e culturais. E acrescenta que eles devem ser
participativos, sendo capazes de se expressar e atuar por meio das artes.

Competência 4: Comunicação

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece 10 competências que


devem ser trabalhadas em sala de aula. Dentre elas,
a Comunicação estabelece a utilização de diferentes linguagem, tanto verbais,
como corporal, visual, sonora e digital.

Competência 5: Cultura digital

―Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação


de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva.‖ (BNCC, 2018)

Nesse contexto, é preciso lembrar que incorporar as tecnologias digitais na


educação não se trata de utilizá-las somente como meio ou suporte para
promover aprendizagens ou despertar o interesse dos alunos, mas sim de
utilizá-las com os alunos para que construam conhecimentos com e sobre o
uso dessas TDICs.

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Competência 6: Trabalho e projeto de vida

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade. A competência compreende a capacidade de gerir a
própria vida. Os estudantes devem conseguir refletir sobre seus desejos e
objetivos, aprendendo a se organizar, estabelecer metas, planejar e perseguir
com determinação, esforço, autoconfiança e persistência seus projetos
presentes e futuros. Inclui a compreensão do mundo do trabalho e seus
impactos na sociedade, bem como das novas tendências e profissões.

Competência 7: Argumentação

Ao longo da Educação Básica – na Educação Infantil, no Ensino Fundamental


e no Ensino Médio –, os alunos devem desenvolver as dez competências
gerais da Educação Básica, que pretendem assegurar, como resultado do seu
processo de aprendizagem e desenvolvimento, uma formação humana integral
que vise à construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), estudantes precisam


desenvolver a competência de ―Argumentar com base em fatos, dados e
informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de
vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a
consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional
e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta‖.

Quando a BNCC indica a argumentação como uma das competências gerais a


serem desenvolvidas em estudantes, ela instiga ainda mais a necessidade de
dar voz a quem geralmente é visto como ouvinte. Colocar estudantes no centro
do processo de aprendizagem passa por encontrar formas para que cada
pessoa da sala possa expor seus conhecimentos adquiridos ou em fase de
aquisição, de maneira que sua palavra também possa ser inquestionável,
inclusive e principalmente para si.

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Competência 8: Autoconhecimento e autocuidado

Esta competência relaciona-se com a compreensão do ser humano em sua


individualidade, integralidade e diversidade. Somos seres que se expressam,
que sentem, que se relacionam, diferentes, que necessitam de cuidado, que
cuidam, que produzem saberes e história, imersos em uma sociedade que é
produtora, transformadora e consumidora de cultura. ―Essa competência se
realiza e se completa na assertividade do saber profundo de si e do seu lugar
no mundo‖ (CAVALCANTE, 2020).

Esta competência se relaciona também com o apreciar-se e cuidar-se,


compreendendo que o corpo, de forma integral, necessita de hábitos saudáveis
(boa alimentação, prática regular de exercícios físicos, atividades que auxiliem
na autorregulação das emoções, estresse, entre outros). ―O apreço ao próprio
corpo irá determinar as atitudes apropriadas na eventualidade de problemas de
funcionamento no próprio corpo do estudante o respeito complementar ao
corpo do outro, e em especial ao corpo diverso do seu‖ (CAVALCANTE, 2020).

Competência 9: Empatia e cooperação

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza. Essa competência aborda o
desenvolvimento social da criança e do jovem, propondo posturas e atitudes
que devem ter em relação ao outro. Fala da necessidade de compreender, de
ser solidário, de dialogar e de colaborar com todos, respeitando a diversidade
social, econômica, política e cultural.

Para Mattos (2020), ela se divide em duas dimensões: empatia e diálogo. A


dimensão empatia ―pressupõe o combate ao preconceito e engajamento de
outros com a diversidade; na valorização da alteridade. Ou seja, compreensão
da emoção dos outros e do impacto de seu comportamento nos demais‖ e
também ―pressupõe a relativização de interesses pessoais para resolver
conflitos que ameaçam a necessidade de outros ou demandam conciliação‖
(MATTOS, 2020). Já a dimensão diálogo, compreende-se por meio da
interação com o outro ―na construção, negociação e respeito a regras de

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convivência (ética), na promoção de entendimento e melhoria do ambiente‖,
bem como a ―capacidade de se trabalhar em equipe, tomar decisões e agir em
projetos de forma colaborativa‖, visando também à resolução de conflitos
(MATTOS, 2020).

Competência 10: Responsabilidade e cidadania

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.

Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,


resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Essa competência
estabelece a necessidade de desenvolver na criança e no jovem a consciência
de que eles podem ser agentes transformadores na construção de uma
sociedade mais democrática, justa, solidária e sustentável.

A Base estabelece conhecimentos, competências e habilidades que se espera


que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica.
Orientada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base soma-se aos propósitos
que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para
a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

Conforme definido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB,


Lei nº 9.394/1996), a Base deve nortear os currículos dos sistemas e redes de
ensino das Unidades Federativas, como também as propostas pedagógicas de
todas as escolas públicas e privadas de Educação Infantil, Ensino Fundamental
e Ensino Médio, em todo o Brasil.

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A ESCOLA TRABALHANDO AS COMPETÊNCIAS

A sua escola esta preparada para desenvolver as competências da BNCC?

O primeiro passo para trabalhar as competências e habilidades da BNCC


consiste em estudar e relacionar todos esses elementos da estrutura do
documento. Dessa forma, a proposta de cada ano em cada segmento assume
um objetivo claro no desenvolvimento das competências gerais dos estudantes.

As habilidades devem ser entendidas como objetivos de conhecimento


esperados para cada ano. Isso significa que as habilidades traduzem aquilo
que se espera do aluno e do seu desenvolvimento ao final do ano letivo.
Portanto, a equipe docente deve planejar seu trabalho considerando maneiras
de se desenvolver, acompanhar e avaliar as habilidades do aluno ao longo de
todo o ano.

Enquanto as competências gerais devem ser desenvolvidas ao longo de toda a


Educação Básica, as competências específicas de área e de componente
devem ser trabalhadas durante o ciclo e, ao fim do Ensino Fundamental,
traduzem o que se espera do aluno na transição para o Ensino Médio. Por sua
vez, as habilidades são características de cada ano escolar e devem nortear o
trabalho dos professores em cada ano. Sendo assim, o trabalho das
competências e habilidades da Base deve ser pensado de forma gradual,
respeitando os objetivos de aprendizagem propostos para os anos e os ciclos.

É importante que os professores de diferentes disciplinas se reúnam a fim de


propor atividades e práticas pedagógicas interdisciplinares para
desenvolvimento das competências e habilidades. Além disso, também é
fundamental pensar em um ensino contextualizado, que desperta o interesse
do estudante ao deixar clara a aplicação prática das aprendizagens.

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA LEVAR AS

COMPETÊNCIAS À PRÁTICA

A BNCC propõe uma grande transformação para a Educação Básica, uma vez
que defende um desenvolvimento dos alunos que vai muito além da
capacidade cognitiva e que se baseia em competências e habilidades. Nesse
sentido, trabalhar essas competências e habilidades de maneira gradual e
integrada, alinhadas ao desenvolvimento socioemocional e com objetivos de
conhecimento claros para cada ano e ciclo é muito importante para a formação
de um aluno preparado para alcançar o sucesso.

O principal objetivo é orientar uma linguagem comum sobre o que se espera


da formação de professores, a fim de revisar as diretrizes dos cursos de
pedagogia e das licenciaturas para que tenham foco na prática da sala de aula
e estejam alinhadas à Base Nacional Curricular Comum (BNCC).

―Concluímos a discussão sobre quais são os direitos de aprendizagem, as


competências e as habilidades essenciais para os nossos alunos na educação
básica. Agora, precisamos dizer ao Brasil o que é ser um bom professor, quais
são as competências e habilidades necessárias para ele, especialmente com
foco na prática pedagógica, numa visão mais próxima da sala de aula‖,
(SOARES Rossieli, Ministério da Educação).

As diretrizes organizam o desenvolvimento docente em três dimensões:

 o conhecimento profissional,
 a prática profissional e
 o engajamento docente.

O documento colocou uma série de habilidades a serem desenvolvidas pelos


alunos durante a Educação Básica. Diante dessas demandas, é necessário
repensar a formação docente para que os professores possam levar para a
escola as competências previstas. É preciso preparar os educadores para
desenvolver habilidades cognitivas e outras competências socioemocionais na
escola, tais como a criatividade, o pensamento crítico e o autoconhecimento.

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CONHECIMENTO

As Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução


CNE/CEB nº 5/2009)27, em seu Artigo 4º, definem a criança como:

“sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas


cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca,
imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e
constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura” (BRASIL,
2009).

Conhecimento (do latim cognoscere, "ato de conhecer"), como a própria origem


da palavra indica, é o ato ou efeito de conhecer. Como por exemplo:
conhecimento das leis; conhecimento de um fato; conhecimento de um
documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um produto
ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande
conhecimento); informação ou noção adquiridas pelo estudo ou pela
experiência; (autoconhecimento) consciência de si mesmo.

No conhecimento temos dois elementos básicos: o sujeito (cognoscente) e o


objeto (cognoscível), o cognoscente é o indivíduo capaz de adquirir
conhecimento ou o indivíduo que possui a capacidade de conhecer. O
cognoscível é o que se pode conhecer.

O conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um


produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e
conceitos, o conhecimento surge como um produto resultante dessas
aprendizagens, mas como todo produto é indissociável de um processo,
podemos então olhar o conhecimento como uma atividade intelectual por meio
da qual é feita a apreensão de algo exterior à pessoa.

A definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que este


consiste numa crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o
conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.

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PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E CRIATIVO

No Ensino Fundamental – Anos Finais, por exemplo, é preciso assegurar aos


alunos a ampliação de suas interações com manifestações artísticas e culturais
nacionais e internacionais, de diferentes épocas e contextos. Essas práticas
podem ocupar os mais diversos espaços da escola, espraiando-se para o seu
entorno e favorecendo as relações com a comunidade.

Além disso, o diferencial dessa fase está na maior sistematização dos


conhecimentos e na proposição de experiências mais diversificadas em relação
a cada linguagem, considerando as culturas juvenis.

Desse modo, espera-se que o componente Arte contribua com o


aprofundamento das aprendizagens nas diferentes linguagens – e no diálogo
entre elas e com as outras áreas do conhecimento –, com vistas a possibilitar
aos estudantes maior autonomia nas experiências e vivências artísticas.

Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências,


incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a
criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos
conhecimentos das diferentes áreas.

Trata do desenvolvimento do raciocínio, que deve ser feito por meio de várias
estratégias, privilegiando o questionamento, a análise crítica e a busca por
soluções criativas e inovadoras.

Exploração de ideias: devem ser capazes de testar, combinar, modificar e gerar


ideias para criar formas novas de atingir objetivos e resolver problemas.

É essencial ler com atenção e comparar o que dizem os enunciados das


competências gerais com o das competências específicas das áreas de
conhecimento e dos componentes circulares. Ao fazer isso, é possível perceber
conexões diretas, que facilitam o planejamento.

A capacidade de investigar está presente em tudo quando se trata do universo


do conhecimento, o que faz essa competência se conectar com todos os
componentes curriculares.

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Desde a Grécia Antiga até os dias atuais o ser humano desenvolveu uma
maneira de pensar que mudou a história da humanidade: o pensamento
científico.

O esquema geral do método científico é a seguinte:

 uma hipótese explicativa sobre o fenômeno observado;


 acúmulo de dados baseados na observação e na experimentação;
 contraste dos dados obtidos com a hipótese inicial;
 uma vez verificados os dados analisados já é possível estabelecer uma
lei geral que explica este fenômeno.

Consequentemente, o pensamento científico é baseado no rigor da pesquisa,


na quantificação de dados e leis e nas teorias que sustentam as observações.

A BNCC (Base Nacional Comum Curricular) demanda o ensino de Ciências


desde os anos iniciais.

A importância e a visibilidade do Ensino de Ciências passam a ser assunto de


relevância nas discussões que envolvam o ensinar e o aprender Ciências, ―[...]
por que a educação científica se apresenta como parte de uma educação geral
para todos os futuros cidadãos‖ (CACHAPUZ, et al, 2011, p. 29). Da mesma
forma Marques e Marandino (2019, p. 3) apontam que ―No campo da educação
em Ciências, discussões sobre alfabetização científica (AC) têm ocupado lugar
de destaque no cenário atual‖.

Pensamento crítico é a análise de fatos para formar um julgamento. Trata-se


de um tema complexo, possuindo várias definições diferentes, que geralmente
incluem a análise ou ponderação racional, cética, imparcial de evidências
factuais. O pensamento crítico
é autodirigido, autodisciplinado, automonitorado e autocorretivo.

Ela pressupõe uma adesão a padrões rigorosos de excelência e um domínio


consciente de seu uso. Envolvendo uma comunicação eficaz e habilidades de
resolução de problemas, além de um comprometimento em superar um
inerente egocentrismo e sociocentrismo.

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REPERTÓRIO CULTURAL

―Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o


mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade,
continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva‖. (BNCC)

Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o


desenvolvimento das crianças têm como eixos estruturantes as interações e a
brincadeira, assegurando-lhes os direitos de conviver, brincar, participar,
explorar, expressar-se e conhecer-se, a organização curricular da Educação
Infantil na BNCC está estruturada em cinco campos de experiências, no âmbito
dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Os
campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as
situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus
saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio
cultural.

O repertório cultural é uma competência que precisa ser abordada desde a


infância, dando uma compreensão maior para os estudantes sobre a
sociedade.

Em uma escola é normal encontrar estudantes de diversas etnias e


experiências culturais distintas, o que muitas vezes pode trazer dificuldades de
relacionamento. Sendo assim, é importante desenvolver neles a capacidade de
compreender mais sobre as diferentes culturas existentes, ensinando a
respeitar os outros e a valorizar as diferenças.

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COMUNICAÇÃO

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) coloca o repertório cultural como


uma das competências que devem ser desenvolvidas em sala de aula. De
acordo com ela, isso significa valorizar e participar das diversas manifestações
artísticas e culturais, sejam elas do contexto local ou mundial, e também
vivenciar práticas relacionadas a arte e cultura.

O objetivo principal é permitir que os estudantes aprendam, entendam e


reconheçam a importância das diferentes manifestações artísticas e culturais.
Além disso, eles precisam aprender a ser participativos, capazes de se
expressar e atuar por meio das artes.

E quanto a comunicação, o que reforça a BNCC?

Entre as competências gerais da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), há


um conjunto que se destina a desenvolver conhecimentos e habilidades úteis
para um bom relacionamento com o mundo e com os outros. Ao integrar nos
currículos conteúdos e práticas para o desenvolvimento de repertório cultural,
comunicação e argumentação, também se espera que os estudantes
aprendam a usar esses conhecimentos para interagir e dialogar com outras
pessoas de forma efetiva e com o objetivo de promover os direitos humanos.

Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos


(conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e
socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da
vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação


de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva.

Na BNCC, o Ensino Fundamental está organizado em cinco áreas do


conhecimento. Essas áreas, como bem aponta o Parecer CNE/CEB nº
11/201024, ―favorecem a comunicação entre os conhecimentos e saberes dos
diferentes componentes curriculares‖ (BRASIL, 2010). Elas se intersectam na

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formação dos alunos, embora se preservem as especificidades e os saberes
próprios construídos e sistematizados nos diversos componentes.

Nas últimas décadas, vem se consolidando, na Educação Infantil, a concepção


que vincula educar e cuidar, entendendo o cuidado como algo indissociável do
processo educativo. Nesse contexto, as creches e pré-escolas, ao acolher as
vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da
família e no contexto de sua comunidade, e articulá-los em suas propostas
pedagógicas, têm o objetivo de ampliar o universo de experiências,
conhecimentos e habilidades dessas crianças, diversificando e consolidando
novas aprendizagens, atuando de maneira complementar à educação familiar –
especialmente quando se trata da educação dos bebês e das crianças bem
pequenas, que envolve aprendizagens muito próximas aos dois contextos
(familiar e escolar), como a socialização, a autonomia e a comunicação.

Identificar, nomear adequadamente e comparar as propriedades dos objetos,


estabelecendo relações entre eles. Interagir com o meio ambiente e com
fenômenos naturais ou artificiais, demonstrando curiosidade e cuidado com
relação a eles. Utilizar vocabulário relativo às noções de grandeza (maior,
menor, igual etc.), espaço (dentro e fora) e medidas (comprido, curto, grosso,
fino) como meio de comunicação de suas experiências. Utilizar unidades de
medida (dia e noite; dias, semanas, meses e ano) e noções de tempo
(presente, passado e futuro; antes, agora e depois), para responder a
necessidades e questões do cotidiano. Identificar e registrar quantidades por
meio de diferentes formas de representação (contagens, desenhos, símbolos,
escrita de números, organização de gráficos básicos etc.).

As experiências das crianças em seu contexto familiar, social e cultural, suas


memórias, seu pertencimento a um grupo e sua interação com as mais
diversas tecnologias de informação e comunicação são fontes que estimulam
sua curiosidade e a formulação de perguntas. O estímulo ao pensamento
criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da
capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de argumentar, de
interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de
informação e comunicação, possibilita aos alunos ampliar sua compreensão de
si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre
si e com a natureza.

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CULTURA DIGITAL

As razões pelas quais as tecnologias e recursos digitais devem, cada vez mais,
estar presente no cotidiano das escolas, no entanto, não se esgotam aí. É
necessário promover a alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis
as tecnologias e as informações que circulam nos meios digitais e
oportunizando a inclusão digital.

―Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação


de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria
na vida pessoal e coletiva.‖ (BNCC, 2018)

A cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades


contemporâneas. Em decorrência do avanço e da multiplicação das tecnologias
de informação e comunicação e do crescente acesso a elas pela maior
disponibilidade de computadores, telefones celulares, tablets e afins, os
estudantes estão dinamicamente inseridos nessa cultura, não somente como
consumidores. Os jovens têm se engajado cada vez mais como protagonistas
da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas formas de interação
multimidiática e multimodal e de atuação social em rede, que se realizam de
modo cada vez mais ágil. Por sua vez, essa cultura também apresenta forte
apelo emocional e induz ao imediatismo de respostas e à efemeridade das
informações, privilegiando análises superficiais e o uso de imagens e formas de
expressão mais sintéticas, diferentes dos modos de dizer e argumentar
característicos da vida escolar.

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Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel em
relação à formação das novas gerações. É importante que a instituição escolar
preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e
contribua para o desenvolvimento, no estudante, de uma atitude crítica em
relação ao conteúdo e à multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo,
também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas
linguagens e seus modos de funcionamento, desvendando possibilidades de
comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais
democráticos das tecnologias e para uma participação mais consciente na
cultura digital.

Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode


instituir novos modos de promover a aprendizagem, a interação e o
compartilhamento de significados entre professores e estudantes. Além disso,
e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral,
balizada pelos direitos humanos e princípios democráticos, é preciso
considerar a necessidade de desnaturalizar qualquer forma de violência nas
sociedades contemporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais
que impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e que não
estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e
na escola.

Em todas as etapas de escolarização, mas de modo especial entre os


estudantes dessa fase do Ensino Fundamental, esses fatores frequentemente
dificultam a convivência cotidiana e a aprendizagem, conduzindo ao
desinteresse e à alienação e, não raro, à agressividade e ao fracasso escolar.
Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes dessa
etapa, é necessário que a escola dialogue com a diversidade de formação e
vivências para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos
educativos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e
saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno
social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital, fortalece o
potencial da escola como espaço formador e orientador para a cidadania
consciente, crítica e participativa.

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TRABALHO E PROJETO DE VIDA

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,


negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

A BNCC propõe a superação da fragmentação radicalmente disciplinar do


conhecimento, o estímulo à sua aplicação na vida real, a importância do
contexto para dar sentido ao que se aprende e o protagonismo do estudante
em sua aprendizagem e na construção de seu projeto de vida.

No Ensino Fundamental – Anos Finais, a escola pode contribuir para o


delineamento do projeto de vida dos estudantes, ao estabelecer uma
articulação não somente com os anseios desses jovens em relação ao seu
futuro, como também com a continuidade dos estudos no Ensino Médio. Esse
processo de reflexão sobre o que cada jovem quer ser no futuro, e de
planejamento de ações para construir esse futuro, pode representar mais uma
possibilidade de desenvolvimento pessoal e social.

Considerar que há muitas juventudes implica organizar uma escola que acolha
as diversidades, promovendo, de modo intencional e permanente, o respeito à
pessoa humana e aos seus direitos. E mais, que garanta aos estudantes ser
protagonistas de seu próprio processo de escolarização, reconhecendo-os
como interlocutores legítimos sobre currículo, ensino e aprendizagem.
Significa, nesse sentido, assegurar- -lhes uma formação que, em sintonia com
seus percursos e histórias, permita-lhes definir seu projeto de vida, tanto no
que diz respeito ao estudo e ao trabalho como também no que concerne às
escolhas de estilos de vida saudáveis, sustentáveis e éticos. Para formar esses
jovens como sujeitos críticos, criativos, autônomos e responsáveis, cabe às

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escolas de Ensino Médio proporcionar experiências e processos que lhes
garantam as aprendizagens necessárias para a leitura da realidade, o
enfrentamento dos novos desafios da contemporaneidade (sociais, econômicos
e ambientais) e a tomada de decisões éticas e fundamentadas. O mundo deve
lhes ser apresentado como campo aberto para investigação e intervenção
quanto a seus aspectos políticos, sociais, produtivos, ambientais e culturais, de
modo que se sintam estimulados a equacionar e resolver questões legadas
pelas gerações anteriores – e que se refletem nos contextos atuais –, abrindo-
se criativamente para o novo.

Projetar a vida perpassa por questionamentos sobre as diferentes violências


físicas e simbólicas que se configuram diante das desigualdades sociais,
étnicas e de gênero. Idealizar a própria vida é ter consciência da
responsabilidade de cada um em sua atuação social, descobrindo-se a si
mesmo, aos outros e o meio em que vive. É o momento em que são
percebidas as tantas formas e jeitos de ser. É também quando alguns dos
preconceitos construídos socialmente atingem e afetam as crianças, o que
pode ser revertido a partir do compromisso da escola em importar-se com o
outro.

A instituição escola é, também, um espaço privilegiado para descobertas


quanto ao mistério da vida. Da poesia à biologia, do astrônomo ao filósofo, do
artista à criança sempre há possibilidades de diálogo, produção, pensamento,
debate e desenvolvimento do verdadeiro potencial humano que supera a
repetição e a imitação, pois se vê capaz de:

 criar;
 sentir;
 pensar;
 inventar;
 inovar;
 querer;
 ousar.

19
ARGUMENTAÇÃO

A área de Ciências Humanas, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino


Médio, define aprendizagens centradas no desenvolvimento das competências
de identificação, análise, comparação e interpretação de ideias, pensamentos,
fenômenos e processos históricos, geográficos, sociais, econômicos, políticos e
culturais. Essas competências permitirão aos estudantes elaborar hipóteses,
construir argumentos e atuar no mundo, recorrendo aos conceitos e
fundamentos dos componentes da área. No Ensino Médio, com a incorporação
da Filosofia e da Sociologia, a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
propõe o aprofundamento e a ampliação da base conceitual e dos modos de
construção da argumentação e sistematização do raciocínio, operacionalizados
com base em procedimentos analíticos e interpretativos. Nessa etapa, como os
estudantes e suas experiências como jovens cidadãos representam o foco do
aprendizado, deve-se estimular uma leitura de mundo sustentada em uma
visão crítica e contextualizada da realidade, no domínio conceitual e na
elaboração e aplicação de interpretações sobre as relações, os processos e as
múltiplas dimensões da existência humana.

(EF35LP15) Opinar e defender ponto de vista sobre tema polêmico relacionado


a situações vivenciadas na escola e/ou na comunidade, utilizando registro
formal e estrutura adequada à argumentação, considerando a situação
comunicativa e o tema/assunto do texto.

Analisar, a partir do contexto de produção, a forma de organização das cartas


de solicitação e de reclamação (datação, forma de início, apresentação
contextualizada do pedido ou da reclamação, em geral, acompanhada de
explicações, argumentos e/ou relatos do problema, fórmula de finalização mais
ou menos cordata, dependendo do tipo de carta e subscrição) e algumas das
marcas linguísticas relacionadas à argumentação, explicação ou relato de
fatos, como forma de possibilitar a escrita fundamentada de cartas como essas

20
ou de postagens em canais próprios de reclamações e solicitações em
situações que envolvam questões relativas à escola, à comunidade ou a algum
dos seus membros.

Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular,


negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e
promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo
responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em
relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

Objetivo: Formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões


comuns com base em direitos humanos, consciência socioambiental, consumo
responsável e ética.

Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades,


emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões,
questionamentos, por meio de diferentes linguagens.

Como trabalhar a cidadania de forma plena? Quais práticas desenvolver que


levem à educação para a democracia? Como formar cidadãos ativos,
participantes, que saibam julgar e escolher?

A partir da temática escolhida, selecionamos alguns conteúdos.

Gêneros discursivos: contos, poemas, cartas do leitor, charges, cartoons, leis,


projetos de leis, artigos de opinião, reportagens e comentários críticos.

Esferas de circulação: política, midiática, jurídica, literária, escolar e cotidiana,


perpassando pela leitura, oralidade, escrita e análise linguística, conforme as
necessidades coletivas e individuais.

Luckesi: ―A avaliação é constituída de instrumentos de diagnóstico, que levam


a uma intervenção visando à melhoria da aprendizagem... Avaliação não
precisa ser por observação direta, mas por instrumentos como teste,
questionário, redação, monografia, participação em uma tarefa, diálogo...‖.

21
AUTOCONHECIMENTO E AUTOCUIDADO

É também fundamental que tenham condições de assumir o protagonismo na


escolha de posicionamentos que representem autocuidado com seu corpo e
respeito com o corpo do outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde
física, mental, sexual e reprodutiva. Além disso, os estudantes devem ser
capazes de compreender o papel do Estado e das políticas públicas
(campanhas de vacinação, programas de atendimento à saúde da família e da
comunidade, investimento em pesquisa, campanhas de esclarecimento sobre
doenças e vetores, entre outros) no desenvolvimento de condições propícias à
saúde.

(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene,


alimentação, conforto e aparência.

Além disso, é fundamental que tenham condições de ser protagonistas na


escolha de posicionamentos que valorizem as experiências pessoais e
coletivas, e representem o autocuidado com seu corpo e o respeito com o do
outro, na perspectiva do cuidado integral à saúde física, mental, sexual e
reprodutiva.

É importante também que eles possam refletir sobre as possibilidades de


utilização dos espaços públicos e privados que frequentam para
desenvolvimento de práticas corporais, inclusive as aprendidas na escola, de
modo a exercer sua cidadania e seu protagonismo comunitário. Esse conjunto
de experiências, para além de desenvolver o autoconhecimento e o
autocuidado com o corpo e a saúde, a socialização e o entretenimento,
favorece o diálogo com as demais áreas de conhecimento, ampliando a
compreensão dos estudantes a respeito dos fenômenos da gestualidade e das
dinâmicas sociais associadas às práticas corporais. Essa reflexão sobre as

22
vivências também contribuem para a formação de sujeitos que possam analisar
e transformar suas práticas corporais, tomando e sustentando decisões éticas,
conscientes e reflexivas em defesa dos direitos humanos e dos valores
democráticos.

A iEstudar se preocupa com o aprendizado do aluno e disponibiliza grátis para


que possa agregar conhecimento o Curso Educação para o Autocuidado. Saiba
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levando em conta todos os aspectos envolvidos na formação de hábitos e
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cuidados de higiene e saúde na educação.

(EM13LGG503) Vivenciar práticas corporais e significá-las em seu projeto de


vida, como forma de autoconhecimento, autocuidado com o corpo e com a
saúde, socialização e entretenimento.

(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados a higiene,


alimentação, conforto e aparência.

23
EMPATIA E COOPERAÇÃO

Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação,


fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos,
com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem
preconceitos de qualquer natureza.

(EI03EO03) Ampliar as relações interpessoais, desenvolvendo atitudes de


participação e cooperação.

Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e


escrita), corporal, visual, sonora e digital –, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e
produzir sentidos que levem ao diálogo, à resolução de conflitos e à
cooperação.

Todavia, ao longo desse percurso, percebem-se uma ampliação progressiva da


capacidade de abstração e da autonomia de ação e de pensamento, em
especial nos últimos anos, e o aumento do interesse dos alunos pela vida
social e pela busca de uma identidade própria. Essas características
possibilitam a eles, em sua formação científica, explorar aspectos mais
complexos das relações consigo mesmos, com os outros, com a natureza, com
as tecnologias e com o ambiente; ter consciência dos valores éticos e políticos
envolvidos nessas relações; e, cada vez mais, atuar socialmente com respeito,
responsabilidade, solidariedade, cooperação e repúdio à discriminação. Nesse
contexto, é importante motivá-los com desafios cada vez mais abrangentes, o
que permite que os questionamentos apresentados a eles, assim como os que
eles próprios formulam, sejam mais complexos e contextualizados.

24
RESPONSABILIDADE E CIDADANIA

Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de


conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações
próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência
crítica e responsabilidade.

A Constituição Federal de 19885, em seu Artigo 205, reconhece a educação


como direito fundamental compartilhado entre Estado, família e sociedade ao
determinar que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho (BRASIL, 1988).

Ao adotar esse enfoque, a BNCC indica que as decisões pedagógicas devem


estar orientadas para o desenvolvimento de competências. Por meio da
indicação clara do que os alunos devem ―saber‖ (considerando a constituição
de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, sobretudo, do que devem
―saber fazer‖ (considerando a mobilização desses conhecimentos, habilidades,
atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do
pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho), a explicitação das
competências oferece referências para o fortalecimento de ações que
assegurem as aprendizagens essenciais definidas na BNCC.

Atenta a culturas distintas, não uniformes nem contínuas dos estudantes dessa
etapa, é necessário que a escola dialogue com a diversidade de formação e
vivências para enfrentar com sucesso os desafios de seus propósitos
educativos. A compreensão dos estudantes como sujeitos com histórias e
saberes construídos nas interações com outras pessoas, tanto do entorno
social mais próximo quanto do universo da cultura midiática e digital, fortalece o
potencial da escola como espaço formador e orientador para a cidadania
consciente, crítica e participativa.

Considerando esses pressupostos, e em articulação com as competências


gerais da Educação Básica e com as competências específicas da área de
Linguagens, o componente curricular de Língua Portuguesa deve garantir aos
estudantes o desenvolvimento de competências específicas. Vale ainda

25
destacar que tais competências perpassam todos os componentes curriculares
do Ensino Fundamental e são essenciais para a ampliação das possibilidades
de participação dos estudantes em práticas de diferentes campos de atividades
humanas e de pleno exercício da cidadania.

Cidadania é a prática dos direitos e deveres de um(a) indivíduo (pessoa) em


um Estado. Os direitos e deveres de um cidadão devem andar sempre juntos,
uma vez que o direito de um cidadão implica necessariamente numa obrigação
de outro cidadão. Conjunto de direitos, meios, recursos e práticas que dá à
pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu
povo.

(EF89LP18) Explorar e analisar instâncias e canais de participação disponíveis


na escola (conselho de escola, outros colegiados, grêmio livre), na comunidade
(associações, coletivos, movimentos, etc.), no munícipio ou no país, incluindo
formas de participação digital, como canais e plataformas de participação
(como portal e-cidadania), serviços, portais e ferramentas de
acompanhamentos do trabalho de políticos e de tramitação de leis, canais de
educação política, bem como de propostas e proposições que circulam nesses
canais, de forma a participar do debate de ideias e propostas na esfera social e
a engajar-se com a busca de soluções para problemas ou questões que
envolvam a vida da escola e da comunidade.

Por exemplo, ao trabalhar o tema ―Trânsito‖ de forma contextualizada para a


compreensão dos alunos sobre a necessidade de organização e ética dos
motoristas na frente da escola nos horários de entrada e saída das turmas,
trabalhamos esta competência, dentre outros temas escolhidos.

A BNCC propõe que a abordagem das linguagens articule seis dimensões do


conhecimento que, de forma indissociável e simultânea, caracterizam a
singularidade da experiência artística. Tais dimensões perpassam os
conhecimentos das Artes visuais, da Dança, da Música e do Teatro e as
aprendizagens dos alunos em cada contexto social e cultural. Não se trata de
eixos temáticos ou categorias, mas de linhas maleáveis que se interpenetram,
constituindo a especificidade da construção do conhecimento em Arte na
escola. Não há nenhuma hierarquia entre essas dimensões, tampouco uma
ordem para se trabalhar com cada uma no campo pedagógico.

É de fundamental importância trabalhar todas as competências da BNCC no


seu plano de aula e plano de curso, seja nas atividades assíncronas ou
síncronas. A educação é dever de todo cidadão.

26
Agradecemos por escolher a iEstudar.

Blog https://iestudar.com/blog/

Site https://iestudar.com/

27
Referências Bibliográficas:

Movimento pela Base.SOBRE A BNCC.Linha do tempo.

Disponível em:

https://movimentopelabase.org.br/linha-do-tempo/

Constituição Federal (Texto compilado até a Emenda Constitucional nº 95 de


15/12/2016) Art. 210.

Disponível em:

https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_15.12.2016/art_21
0_.asp

A Base.O QUE É A BNCC?

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base

ROSI RICO.COMPETÊNCIA 1: CONHECIMENTO.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/5/competencia-1-conhecimento

ROSI RICO.COMPETÊNCIA 2: PENSAMENTO CIENTÍFICO, CRÍTICO E


CRIATIVO.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/6/competencia-2-pensamento-
cientifico-critico-e-criativo

ROSI RICO.COMPETÊNCIA 3: REPERTÓRIO CULTURAL.

28
Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/7/competencia-3-repertorio-cultural

BNCC.Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar:


possibilidades.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/193-tecnologias-digitais-da-informacao-e-
comunicacao-no-contexto-escolar-possibilidades

NovaEscola.COMPETÊNCIA 6: TRABALHO E PROJETO DE VIDA.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/10/competencia-6-trabalho-e-projeto-
de-vida

BNCC.COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#estrutura

Érick Nascimento.novembro 14, 2019.Argumentação: dar voz a quem


geralmente é só ouvinte em sala de aula.

Disponível em:

https://site.geekie.com.br/blog/argumentacao-competencias-bncc/

Prefeitura de Contagem.Oitava competência geral da BNCC – Cultura digital.

Disponível em:

http://www.contagem.mg.gov.br/estudacontagem/oitava-competencia-geral-da-
bncc-cultura-digital/

29
ROSI RICO.COMPETÊNCIA 9: EMPATIA E COOPERAÇÃO.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/13/competencia-9-empatia-e-
cooperacao

Prefeitura de Contagem.Nona competência geral da BNCC – Empatia e


cooperação.

Disponível em:

http://www.contagem.mg.gov.br/estudacontagem/nona-competencia-geral-da-
bncc-empatia-e-cooperacao/

Revista Educação.REDACAO, 5 DE OUTUBRO DE 2018.Entenda as 10


competências gerais da BNCC.

Disponível em:

https://revistaeducacao.com.br/2018/10/05/bncc-competenciasgerais/

ROSI RICO.COMPETÊNCIA 10: RESPONSABILIDADE E CIDADANIA.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/bncc/conteudo/14/competencia-10-responsabilidade-
e-cidadania

BNCC.Base Nacional Comum Curricular.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

Par Plataforma Educacional.5 dicas para trabalhar as competências e


habilidades da BNCC.

30
Disponível em:

http://www.portal.cps.sp.gov.br/

Ministério da Educação.EDUCAÇÃO BÁSICA.Formação de professores será


norteada pelas regras da BNCC.

Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/component/content/article/211-
noticias/218175739/72141-formacao-de-professores-sera-norteada-pelas-
regras-da-bncc?Itemid=164

Mozart Neves Ramos.15 de Dezembro | 2020.Como a nova Base Nacional


Comum de Formação pode apoiar os professores nos desafios atuais.

Disponível em:

https://novaescola.org.br/conteudo/20026/como-a-nova-base-nacional-comum-
de-formacao-pode-apoiar-os-professores-nos-desafios-atuais

BNCC.A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM


CURRICULAR.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/#infantil

Rosi Rico.Entenda o que é a competência Pensamento Científico, Crítico e


Criativo.

Disponível em:

https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/

Conceitos.com.Pensamento Científico - Conceito, o que é, Significado.

Disponível em:

31
https://conceitos.com/pensamento-cientifico/

Larissa Altoé.MultiRio.13 Fevereiro 2020.O pensamento científico na Educação


Básica.

Disponível em:

http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/leia/reportagens-artigos/reportagens/15529-
o-pensamento-cient%C3%ADfico-na-educa%C3%A7%C3%A3o-b%C3%A1sica

Juliana Carvalho Pereira | Maria do Rocio Fontoura Teixeira.Alfabetização


Científica e o Ensino de Ciências nos anos iniciais: slogan ou realidade no
cotidiano escolar?

Disponível em:

https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/7648/pdf

Wikipédia, a enciclopédia livre.Pensamento crítico.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pensamento_cr%C3%ADtico

Augusto Cury.Escola da Inteligência.30 de novembro de 2020.Entenda aqui a


importância do repertório cultural nas escolas!

Disponível em:

https://escoladainteligencia.com.br/blog/repertorio-cultural/

Tatiana Klix.30/07/2019.Futura.BNCC: como a cultura, comunicação e


argumentação devem entrar nos currículos?

Disponível em:

https://www.futura.org.br/trilhas/bncc-como-cultura-comunicacao-
argumentacao-entram-nos-curriculos/

32
Rossieli Soares da Silva.Ministro da Educação.BNCC.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

BNCC.Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no contexto escolar:


possibilidades.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/193-tecnologias-digitais-da-informacao-e-
comunicacao-no-contexto-escolar-possibilidades

BNCC.Projeto de vida: Ser ou existir?

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/200-projeto-de-vida-ser-ou-existir

REDACAO, 5 DE OUTUBRO DE 2018.Revista Educação.Entenda as 10


competências gerais da BNCC.

Disponível em:

https://revistaeducacao.com.br/2018/10/05/bncc-competenciasgerais/

BNCC.Geração@.com Atitudes.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/ensino-medio/126-geracao-com-
atitudes?highlight=WyJhcmd1bWVudGFcdTAwZTdcdTAwZTNvIl0=

33
Wikipédia, a enciclopédia livre.Cidadania.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cidadania

BNCC.Cidadania no Trânsito: formando valores para o futuro.

Disponível em:

http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/ensino-fundamental-anos-iniciais/110-cidadania-no-transito-formando-
valores-para-o-futuro

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