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Licenciado para - Instituto - 31700491000107 - Protegido por Eduzz.

com
Educação Socioemocional
com Andréa Rosin

Olá, sou a Andréa Rosin, sou psicóloga e pedagoga, estudo sobre a área de Habilidades
Sociais desde 2003 com a intenção de conhecer e contribuir com a formação de
professores, profissionais da educação e de estudantes na Educação, incluindo as pessoas
com necessidades especiais.

Meus estudos estão preocupados com as práticas de professores, diretores e demais


educadores no contexto escolar e com as possíveis contribuições das habilidades sociais e
socioemocionais para melhorar as relações interpessoais na escola e o desempenho
acadêmico dos estudantes.

Além desse trabalho que realizo no Instituto Ser Educativo, também sou professora na
universidade e mãe de duas filhas lindas.

Espero poder dialogar com você que é professor(a), coordenador(a) pedagógico(a) e


gestor(a) escolar para que possamos juntos melhorar o desempenho escolar dos alunos e
as relações na escola!

Forte Abraço

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EDUCAÇÃO SOCIOEMOCIONAL
com Andréa Rosin

A Base Nacional Comum Curricular apresenta as habilidades socioemocionais como competências gerais
que precisam estar contempladas nos currículos escolares, vamos conhecer e dialogar sobre as contribuições
teóricas da educação e da área das habilidades sociais.

1. A Base Nacional Comum Curricular e as habilidades


socioemocionais.

Objetivos deste tópico:


Conhecer as competências gerais apresentadas na BNCC;
Compreender as Contribuições da área das Habilidades Sociais para as práticas educativas que pro-
movem habilidades socioemocionais.

Recentemente publicada a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) apresenta um conjunto de 10 com-
petências gerais que devem ser desenvolvidas de forma integrada aos componentes curriculares ao longo
de toda a educação básica, iniciando na educação infantil, passando pelo ensino fundamental de 9 anos e
chegando ao Ensino Médio.

As competências evidenciam conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais para a vida no


século 21 que contemplam a perspectiva de direitos éticos, estéticos e políticos assegurados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais. Essas competências veem sendo incorporadas nos documentos oficiais da educação
brasileira desde a década de 90 no discurso em que “explicitam o compromisso da educação brasileira com a
formação humana integral e com a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”.

As dez competências gerais apresentadas foram incluídas no capítulo introdutório da Base (ver infográ-
fico abaixo) que também apresenta os fundamentos pedagógicos que orientam todo o documento. Será ne-
cessária a busca de referenciais para estudo e discussão das possibilidades de implementar a revisão dos
projetos pedagógicos afim de aprimorar as práticas educativas incorporando essas competências que
envolvem a formação do estudante na perspectiva da formação in-tegral, integrada e que contemple as
necessidades do mundo atual.

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http://s3.amazonaws.com/porvir/wp-content/uploads/2017/05/07101734/info-competencias-gerais-bncc.pdf

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O propósito deste material será construir junto a você educador (professor, coorde-
nador e diretor) um processo de revisão das próprias práticas contemplando as habi-
lidades e competências socioemocionais. Afinal elas aparecem na BNCC como consti-
tuinte do processo de ensino e aprendizagem e são consideradas fundamentais para a
formação do estudante do século XXI.

Ao analisar as competências apresentadas na BNCC podemos verificar que o Co-


nhecimento aparece como primeira competência a ser foco das relações de ensino e
aprendizagem, ou seja, vamos sempre partir do conhecimento historicamente produ-
zido, o que precisamos é compreender que esse conhecimento precisa estar contem-
plado dentro de estratégias de interação professor-aluno que considere as habilidades
socioemocionais. O nosso papel enquanto educadores é conduzir a busca do conheci-
mento científico e crítico dando aos estudantes possibilidades para estudar e desen-
volver projetos inovadores e criativos.

O desenvolvimento do pensamento científico, crítico e criativo requer também no-


vas metodologias que permitam que os estudantes se apropriem e, ao mesmo tempo
construam, os conhecimentos. Para desenvolver as habilidades de investigar causas,
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções testando
a viabilidade delas são necessárias habilidades educativas de mediação do professor.

Ampliar o Repertório cultural, é a terceira competência apresentada, como nós


educadores podemos criar condições para que os estudantes conheçam e valorizem
diferentes manifestações artísticas e culturais, nós vivemos esta experiência?? conhe-
cemos, experienciamos diferentes manifestações artísticas e culturais? Só podemos
ensinar o que conhecemos e reconhecemos como importante.

A Comunicação aparece como quarta competência, e sobre ela precisamos nos de-
dicar mais para compreender como nos comunicamos com nossos alunos? quais ha-
bilidades estão envolvidas na classe de comunicação? conseguimos criar condições
para expressão e partilha informações, experiências e ideias? Faz ainda parte da BNCC,
aprender a argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis para for-
mular, negociar e defender ideias, ouvir diferentes pontos de vista e conseguir tomar
decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência so-
cioambiental em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação
ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. Todas essas habilidades socioemo-
cionais são consideradas importantes para a formação pessoal dos estudantes no con-
texto atual e requerem práticas educativas dos educadores para ensiná-las.

A Cultura Digital como quinta competência, sobre ela não dá mais para negarmos
o acesso e desenvolvimento de práticas de estudos e aprendizagem que contemplem
o uso de tecnologias digitais, seja por parte do professor ou do estudante que pode
explorar e criar diferentes formas de produzir conhecimentos possibilitando a cons-
trução do sujeito autor, capaz de utilizar as tecnologias a favor das aprendizagens aca-
dêmicas e sociais.

A escola precisa desenvolver essas habilidades junto aos estudantes associadas


aos conhecimentos historicamente produzidos às possibilidades de pensar projetos
de vida, que valorizem as potencialidades dos estudantes e associem a experiências
voltadas ao trabalho, com responsabilidade, inovação e criticidade.

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Outras classes de habilidades socioemocionais também aparecem na BNCC
tais como: Autoconhecimento e Autocontrole que envolvem conhecer as dificuldades
e potencialidades, identificar e reconhecer emoções, cuidar da saúde física e emocio-
nal reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e a capacidade para
lidar com elas e com a pressão do grupo. Os educadores, professores e gestores tem
habilidades de autoconhecimento e autocontrole? Conseguem ensinar essas habilida-
des? A proposta é pensar sobre essas questões e torná-las intencionais nas práticas dos
educadores.

A Empatia ganha lugar de destaque pensando até no seu papel enquanto sensibi-
lizador para o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação fazendo-se respeitar
e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento e valorização da diversidade de
indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades.

A classe de Responsabilidade que envolve agir pessoal e coletivamente com auto-


nomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões
com base nos conhecimentos construídos na escola, segundo princípios éticos demo-
cráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. (BNCC, 2017, p.18-19)

A leitura e análise dessas competências apresentadas na BNCC traz em evidência


habilidades sociais e emocionais de:
Comunicação e Assertividade, tais como “Utilizar conhecimentos das lingua-
gens verbal (oral e escrita) e/ou verbo-espacial (como Libras) ... para expressar-se
e partilha informações”, argumentar com base em fatos, dados e informações
confiáveis para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões
comuns,
Autocontrole e expressão de sentimentos “Conhecer-se, apreciar-se e cuidar
de sua saúde física e emocional reconhecendo suas emoções e as dos outros,
com autocrítica e a capacidade para lidar com elas e com a pressão do grupo”,
Empatia “Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a coopera-
ção fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro, com acolhimento
e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes,
identidades, culturas e potencialidades”,
entre outras habilidades sociais e emocionais de “Agir pessoal e coletivamente
com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação”.

Essas habilidades que nas legislações educacionais anteriores eram subentendidas


por meio do discurso genérico da formação integral do estudante passam a assumir
centralidade dentro do termo “competências socioemocionais” e da discussão das po-
líticas públicas de avaliação dessas competências na educação básica brasileira . Am-
biel, Teixeira e Moreira (2015) esclarecem que “as habilidades socioemocionais dizem
respeito à capacidade de o indivíduo relacionar-se consigo mesmo e com os outros,
estabelecendo metas, autocontrole emocional e resiliência” (p.341).

Acesse o link a seguir e veja mais sobre as competências socioemocionais e


diferentes contribuições para a Educação do século XXI.
ver http://porvir.org/especiais/socioemocionais/

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Para que esse conceito seja melhor compreendido e, principalmente, instrumenta-
lize equipe escolares, gestores e professores com premissas validadas cientificamen-
te, a área das Habilidades Sociais tem contribuições teóricas e práticas com estudo de
avaliação e promoção de habilidades que são requisitadas na interação social e que
mantem as relações interpessoais contribuindo para a qualidade de vida. Nesse senti-
do, percebe-se que esta área de conhecimento tem especial subsídio para a discussão
das habilidades e competências socioemocionais, e que é possível ensinar estas aos
alunos por meio de práticas pedagógicas intencionalmente planejadas para melhorar
a aprendizagem acadêmica e social.

Algumas escolas e professores conseguem realizar bons trabalhos nesse sentindo


e é importante considerar que o discurso legal e teórico da educação, desde a década
de 90, já contempla essa visão de formação integral, do desenvolvimento de atitudes e
valores sociais. Algumas questões nortearão nossa proposta e são elas:
Os professores receberam formação (inicial ou continuada) para ensinar tais ha-
bilidades e competências?
Quais habilidades e práticas educativas os educadores possuem para ensinar
habilidades socioemocionais dentro do currículo escolar?
Como avaliar os estudantes se os professores não ensinarem essas habilidades
dentro do currículo escolar de forma planejada?

Se é importante que os estudantes adquiram habilidades e competências socioe-


mocionais, se eles serão avaliados com relação a elas, os professores - principais agen-
tes educativos dentro da escola - precisam rever suas práticas educativas considerando
suas habilidades sociais educativas de promoção de desenvolvimento socioemocional.
A proposta aqui apresentada pretende articular teoricamente as contribuições da área
da Habilidades Sociais e a possibilidades de formação de professores da Educação Bá-
sica que considera a diversidade de contextos escolares e parte dela para rever, pla-
nejar, executar e avaliar as práticas educativas que podem favorecer a promoção de
habilidades sociais junto aos estudantes.

Para ampliar o conhecimento:

BNCC (2017). Base Nacional Comum Curricular. Disponível: http://


basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf.
Acesso: 10/2/2018.

ROSIN-PINOLA, A. R. & DEL PRETTE, Z.A.P. (2014). Inclusão escolar, formação de


professores e assessoria baseada em habilidades sociais educativas. Revista Brasileira
Educação Especial, Marília, 20(3), 341-356. Acesse link: http://www.scielo.br/pdf/rbee/
v20n3/02.pdf

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2. Bases teóricas da Educação para compreender
as habilidades e competências socioemocionais.

Objetivos deste tópico:

Apresentar e dialogar sobre as contribuições teóricas:


da educação para compreender as competências e habilidades socioemocio-
nais apresentada na BNCC;
da área das Habilidades Sociais para as práticas educativas que promovem ha-
bilidades socioemocionais.

Desde a década de 90, no Brasil, com a democratização do ensino e demais discus-


sões sobre o que seja ensinar e aprender e as funções da escola. As demandas para
que os educadores (professores e gestores da educação) atuem como mediadores em
diferentes situações interpessoais são bastante frequentes e comuns nos diferentes
níveis de ensino. Ora o estudante entra em sala de aula e está triste, ora está agitado,
às vezes, apático outros não respeitam os colegas, agride fisicamente ou verbalmente.
Esses comportamentos emocionais e sociais interferem diariamente no processo de
ensino e aprendizagem e, por isso, os educadores estão sendo convidados a rever suas
práticas e considerá-los conteúdos escolares.

O desenvolvimento socioemocional compreendido como processo que ocorre ao


longo da vida e que envolve aprendizagens que ocorrem em diferentes interações so-
ciais com pessoas de diferentes contextos tais como na família, na escola, nas relações
de amizade, entre outros, vai sofrer influência de diferentes modelos de como se com-
portar e de diferentes consequências a esses comportamentos.

Família
Pais / primos / tios

Indivíduos Desenvolvimento Na vida


suas percepções e Cuidadores/
Socioemocional
temperamento Amigos

Escola
Professores/
Gestores/
Colegas

Ao nos restringirmos a compreender os comportamentos socioemocionais dentro


do contexto da escola, percebemos que eles afetam a aprendizagem acadêmica e que
requerem práticas educativas dos diferentes educadores (professores, coordenadores
e gestores) para promovê-los contribuindo para a formação integral do sujeito e para
as demandas da sociedade atual.

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Esse discurso da formação integral tem alguns marcos dentro dos currículos de di-
ferentes países a partir do relatório Delors que sistematizou os quatro pilares da edu-
cação que são:
aprender a conhecer,
aprender a fazer,
aprender a ser e
aprender a conviver.

DELORS DeSeCo Currículo Basco Monereo


(1996) (2002) (2005) (2005)
Aprender a buscar
Conhecer Interatuar Pensar e aprender informação e a
aprender
Atuar de forma
Fazer Comunicar-se Comunicar-se
autônoma
Utilizar as Colaborar com os
Ser Conviver
ferramentas outros
Aprender a participar
Conviver Ser Autêntico
na vida pública
Fazer e empreender
Quadro 1 – Pilares da educação nos currículos europeus (ZABALA & ARNAU, 2010).

No Brasil, os documentos legais a partir da LDB (1996) e os Parâmetros curricu-


lares Nacionais assumem como objetivos gerais da Educação:
Criar condições de apropriação dos conhecimentos historicamente produzidos;
Formar cidadãos - pessoas capazes de ler o mundo de forma crítica;
Considerar as experiências e histórias dos envolvidos e
Contribuir para a formação integral do sujeito...

Desta forma, os currículos passam a incorporar os conceitos que auxiliam os educa-


dores a compreender como atingir esses objetivos, e a busca por rever os currículos no
Brasil envolve rever os planejamentos considerando os conteúdos conceituais, factu-
ais, procedimentais e atitudinais, as necessidades dos alunos, propiciando a formação
nas dimensões conceituais, sociais, pessoais, interpessoais e profissionais (ZABALA &
ARNAU, 2010). Defende-se como Concepção de educação que:

“A escola tem que ser um lugar para a reflexão crítica da realidade (das
relações), que favoreça uma verdadeira compreensão dos fatos além da visão
simplificadora ou deformadora que, às vezes, os meios de comunicação e
certos livros oferecerem. Deve desenvolver nos alunos a capacidade de tomar
decisões com base na reflexão e no diálogo...”
(ZABALA & ARNAU, 2010)

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Essas ideias não são recentes e vêm influenciando as práticas pedagógicas educati-
vas ao longo de décadas por meio das teorias Cognitivistas (Piaget) e a Sociointeracio-
nistas (Vygotsky) e de educadores como Freire, Zabala e César Coll (1994). Nesse contex-
to, o professor necessita pensar e propor diversas situações de ensino-aprendizagem,
nas quais os alunos terão a oportunidade de construir soluções para as situações, tes-
tá-las e revê-las para concretizar o aprendizado conceitual e interpessoal.

Além disso, esses autores destacaram a importância das habilidades do educador/


professor de observar o contexto da aprendizagem, interpretar, produzir hipóteses e
a partir desse conjunto de ações planejar o próprio processo educativo e, posterior-
mente, realizar uma avaliação do que aconteceu. Dessa forma, a atuação profissional
do professor baseada no pensamento prático e na capacidade reflexiva e investigativa
pode produzir mudanças nas práticas educativas.

Foi nesse percurso histórico, discursivo e investigativo que as competências socio-


emocionais ganham evidência, já que
as competências e habilidades tem mostrado papel decisivo para alavancar a
aprendizagem dos alunos;
os estudos revelam que alunos que têm competências socioemocionais mais de-
senvolvidas apresentam maior facilidade de aprender os conteúdos escolares;
existem evidências de que no contexto atual do trabalho e de uma sociedade
mudanças as habilidades socioemocionais assumem papel importante contri-
buindo para a resiliência das pessoas.

Vamos agora compreender as contribuições da área de HS para as práticas docen-


tes e para o processo de aprendizagem. Continuemos juntos nessa jornada de estudos!

As contribuições da área de HS aos processos de ensino e aprendizagem

O campo de estudo teórico-prático das Habilidades Sociais vem sendo amplamente


valorizado e reconhecido no âmbito escolar pela disseminação de propostas que valo-
rizam as interações sociais como base para o processo de construção do conhecimen-
to nas relações professor-aluno e também nas relações aluno-aluno mediadas pelo
professor (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 1997; 2005; 2008). Professor e aluno são agentes
importantes do processo de ensino e aprendizagem e um conjunto de habilidades de
ambos será requerido para que a interação, base da aprendizagem, seja satisfatória.

Na escola, as exigências são complexas e envolvem demandas tanto de relaciona-


mento com colegas, de parcerias e companheirismos como as exigências acadêmicas.
Diariamente, estudantes das diferentes faixas etárias estão expostos a situações esco-
lares em que precisam apresentar a opinião, pedir um objeto emprestado, expor ideias,
fazer perguntas, afinal a construção do conhecimento ocorre por meio das interações
sociais.

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“As demandas próprias de cada ciclo vital e as respostas desenvolvimentais
apresentadas pelo indivíduo demonstram claramente que a aquisição de
comportamentos sociais envolve um processo de aprendizagem durante toda
a vida” (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 1999, p.23).

Em cada período da vida, diferentes demandas interpessoais vão acontecer, na primei-


ra infância (educação infantil) o início da comunicação (ao final do primeiro ano de vida),
a nomeação dos objetos, expressar agrado e desagrado, e assim novas habilidades tais
como: fazer pedido, emprestar o brinquedo, expressar as primeiras reações de alegria e de
desagrado e etc. No final da educação infantil e início do ensino fundamental as habilida-
des de comunicação vão sendo requeridas de forma mais elaborada como: expressão de
sentimentos, acrescidas das habilidades acadêmicas de fazer pergunta, expressar opinião,
pedir para entrar na brincadeira, entre outras. E assim, nas outras etapas do ciclo de desen-
volvimento, diferentes situações vão demandar habilidades sociais e socioemocionais que
poderão ser aprendidas desde a primeira infância.

Sendo assim, a família e os educadores, nos diferentes espaços escolares e não es-
colares, vão assumir um importante papel de ensinar essas habilidades socioemocio-
nais a crianças e jovens para que eles consigam conviver na sociedade de forma autô-
noma, proativa e ética. Del Prette & Del Prette (2001/2005) afirmam que esses agentes
educativos podem proporcionar a seus filhos/alunos um desenvolvimento socioemo-
cional sadio e que os habilite para lidar com as demandas da vida.

Os estudos na área das Habilidades Sociais têm evidenciado que pais e professo-
res precisam desenvolver um conjunto de habilidades sociais chamadas de educativas
para que eles sejam formadores dentro dessa perspectiva do desenvolvimento socio-
emocional de crianças e jovens. Aos educadores é de fundamental importância que
conheçam
a relação entre déficit de habilidades sociais de alunos e baixo desempenho
acadêmico (GRESHAM, 1992, VAUGHN & HOGAN, 1990, DEL PRETTE & DEL PRETTE,
2003),
a relação entre ambiente familiar, habilidades sociais e desempenho escolar
(BOLSONI-SILVA & MARTURANO, 2002, 2006 e 2010)
e a importância das habilidades sociais educativas do professor para promo-
ção do desenvolvimento socioemocional (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2006; Z. DEL
PRETTE; A. DEL PRETTE, 2008, MANOLIO, 2009; ROSIN-PINOLA, 2009).

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Os estudos internacionais têm fortalecido esse debate já que evidenciam:
a importância das habilidades sociais para o sucesso acadêmico dos alunos
(MEIER, DIPERNA & OSTER, 2006; LANE, WEHBY, COOLEY, 2006),
a melhora da percepção dos professores sobre o desempenho dos alunos após
treinamento em habilidades sociais (BATTALIO, 2006)
e a efetividade de programas que ensinam estratégias de arranjos ambientais
em sala, noções sobre regras e consequências, encorajamento dos professores
em avaliação do processo de aprendizagem dos alunos (RIMM-KAUFMAN; CHIU,
2007, DO VALE, 2017).

Nesse sentido, a formação dos educadores precisa considerar o estudante e suas


aprendizagens no centro e a partir desse objeto de análise compreender as relações
entre conteúdos conceituais, procedimentais e socioemocionais com base em resolu-
ção de problemas reais, ou seja, considerando o estudante e as situações de cada esco-
la (ver infográfico abaixo, ROSIN-PINOLA, 2009, 2014, 2017). Esse processo requer diálogo
e mediação, sugere-se que as escolas se organizem para realizar essa formação com o
coletivo dos educadores (professores, coordenadores, diretores e demais agentes edu-
cativos) nos diferentes níveis de ensino.

Analisar
as
relações

Compreender Integrar os
Foco no conteúdos
estudante e
suas
aprendizagens

Saber
Problematizar resolver
problemas
reais

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Sugestão de Atividade

“É necessário sair da ilha para ver a ilha,


Não nos vemos se não saímos de nós”
José Saramago

Assista ao curta metragem brasileiro A Ilha (2008) e responda as questões a seguir:

https://www.youtube.com/watch?v=7C3Ug43Xzaw
Quais dificuldades você encontra na sua ilha(escola) em promover habilidades
socioemocionais junto aos seus alunos?
O que você acha que te ajudaria sair da ilha?
Você vê os alunos também em uma ilha? De que forma você pensa que seria
possível ajudá-los a sair da ilha?

Para ampliar o conhecimento:

BOLSONI-SILVA, A. S; MARTURANO, E. M. Indicativos de Problemas de Comportamento


e de Habilidades Sociais em Crianças: Um Estudo Longitudinal. Psicologia: Reflexão e
Crítica, 23(3), 506-515, 2010.

BORGES, D. S. C., MARTURANO, E. M. Aprendendo a gerenciar conflitos: um


programa de intervenção para a 1ª série do ensino fundamental. Paidéia, 19(42), 17-26,
2009.

BORGES, D. S. C., MARTURANO, E. M. Alfabetização em valores humanos. Um


método para o ensino de habilidades sociais. São Paulo, Summus, 2012.

DEL PRETTE, A.; DEL PRETTE, Z. A. P. Psicologia das Relações Interpessoais:


Vivências para o trabalho em grupo. Editora Vozes, 2001.

DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. Competência Social e Habilidades sociais:


Manual Teórico-prático. Editora Vozes, 2017.

ROSIN-PINOLA, A. R. Programa de Habilidades Sociais Educativas: Impacto


sobre o repertório de professores e de alunos com necessidades educacionais
especiais.216 f. Tese de Doutorado, Programa de Pós-graduação em Psicologia.
Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2009.

ZABALA, A; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Campinas:


ArtMED, 2010.

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3. Contribuições da Área das Habilidades Sociais
para o desenvolvimento socioemocional-
principais conceitos.

Objetivos deste tópico:

Conhecer
A área das HS;
Principais conceitos (Desempenho social e Habilidades Sociais).

O campo teórico-prático das Habilidades Sociais vem sendo amplamente reconhe-


cido no âmbito escolar pela disseminação de propostas que valorizam as interações
sociais como base para o processo de construção do conhecimento nas relações pro-
fessor-aluno e também nas relações aluno-aluno mediadas pelo professor. Nesse con-
texto, professor e aluno são agentes importantes do processo de ensino e aprendiza-
gem e um conjunto de habilidades de ambos será requerido para que a interação, base
da aprendizagem, seja satisfatória.

A literatura deixa evidente que na escola duas demandas estão postas em relação
aos alunos: 1) estabelecer relações interpessoais satisfatórias e 2) atender às expecta-
tivas acadêmicas e aos professores, também, são requeridas habilidades chamadas so-
ciais educativas que intencionalmente promovem desenvolvimento socioemocional
junto aos estudantes, favorecendo tanto a relação interpessoal quanto o processo de
aprendizagem acadêmica.

Esse campo de estudo tem sido cada vez mais investigado com diferentes populações:
Casos de depressão, ansiedade, deficiência intelectual, autismo outras deficiên-
cias e transtornos mentais;
Profissionais,
Professores,
Estudantes (de diferentes anos escolares).

Alguns estudos evidenciam as diferentes influências teóricas que contribuem para


o estudo das interações sociais (DEL PRETTE & DEL PRETTE, 1999; 2001; BOLSONI-SILVA,
A. T. & CARRARA, K., 2010). Para Del Prette & Del Prette (1999) “Os diferentes modelos
conceituais e hipóteses explicativas incorporados ao THS de um lado expressam a di-
versidade de fatores a serem considerados na análise do desempenho social”(p.39). Es-
ses autores defendem a importância da ênfase do profissional ou pesquisador num ou
noutro conjunto de fatores.

Vamos iniciar os estudos compreendendo os principais conceitos

O que é um desempenho social?

“refere-se a emissão de um comportamento ou sequência de comportamentos em


uma situação social qualquer”(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2001).

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Por exemplo: Em uma roda de conversa entre três amigos, vários desempenhos
sociais podem ocorrer, tais como dois amigos estarem conversando um faz uma per-
gunta o outro responde, a terceira pessoa também pode estar prestando atenção na
conversa ou não, pode estar conversando no celular com outra pessoa... todos esses
são desempenhos sociais.

Quando esses desempenhos sociais são valorizados em uma determinada cultura e mantem ou
melhoram a relação entre as pessoas, chamamos de Habilidades Sociais...
Vamos abaixo entender mais alguns aspectos sobre as habilidades sociais...

O que são as Habilidades Sociais (HS) ?


“refere-se a um construto descritivo dos comportamentos sociais valorizados
em determinada cultura com alta probabilidade de resultados favoráveis para
o indivíduo, seu grupo e comunidade que podem contribuir para o desempe-
nho socialmente competente em tarefas interpessoais” (DEL PRETTE; DEL PRET-
TE, 2017)
São aprendidas, precisam ser ensinadas, aprimoradas e generalizadas por meio
de procedimentos baseados nos princípios básicos de aprendizagem;
Dependem do estado emocional do indivíduo, da situação, do interlocutor e da
cultura.
Caballo (1996) apresenta uma definição que explicita um conjunto de habilida-
des sociais ou socioemocionais afirmando que comportamento socialmente
habilidoso ou mais adequado refere-se à expressão, pelo indivíduo, de atitudes,
sentimentos, opiniões, desejos, respeitando a si próprio e aos outros, existindo,
em geral, resolução dos problemas imediatos da situação e diminuição da pro-
babilidade de problemas futuros.
Bolsoni-Silva & Carrara (2010) definem as HS como conjunto de comportamentos
emitidos diante das demandas de uma situação interpessoal, desde que maximi-
zem os ganhos e reduzam as perdas para as interações sociais. Eles ainda esclare-
cem que populações específicas têm necessidades interpessoais próprias.

HS são comportamentos que:


– favorecem as relações interpessoais;
– mantem ou melhoram as relações interpessoais;
– trazem bem estar e contribui para autoestima.

Habilidades Sociais

– expressão, pelo indivíduo, de atitudes, sentimentos, opiniões, desejos, respeitando


a si próprio e aos outros,
– Colabora para resolução dos problemas imediatos da situação e diminuição da
probabilidade de problemas futuros.
(CABALLO, 1996)

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Em síntese esses autores...
Descrevem comportamentos que parecem maximizar a obtenção de reforça-
dores sociais;
Ampliam o conjunto de comportamentos avaliados para além dos de asserti-
vidade, correspondentes à expressão de sentimentos negativos e defesa dos
próprios direitos;
Compreendem que as HS se diferenciam da competência social;
Afirmam que as HS dependem de fatores: Fatores da situação (contexto físico,
evento antecendente e consequente); Fatores da pessoa (objetivos, sentimen-
tos, autoavaliação); Fatores da cultura (normas e valores);
Defendem que as dificuldades interpessoais podem ser superadas;
E por fim as HS são aprendidas; situacionais; reguladas por fatores culturais e
relacionadas ao desenvolvimento vital dos indivíduos.

Para compreensão das Habilidades Sociais é importante ainda considerar vários


aspectos dentre eles: o comportamento como se apresenta, o conteúdo e a topografia
do comportamento que envolvem os gestos, tom de voz e a expressão facial e corporal.
Vamos ao exemplo:

No contexto escolar, um aluno aproxima de outro colega e diz:


Situação 1: Precisa de ajuda? Oferecer ajuda pode ser considerada uma habi-
lidade social, se a situação for propicia para o sujeito oferecer ajuda, ele pede
ajuda olhando para a pessoa, com tom de voz adequado, com expressão facial
e corporal que demonstre disposição verdadeira/sincera para ajudar.
Situação 2: Que você quer? Fica olhando aí... tá querendo ajuda. (reação agressiva)
Situação 3: O aluno pensa acho que meu colega está precisando de ajuda, mas
eu vou ficar aqui não vou ajudar vai que a professora fica brava. (reação passiva)

Podemos também compreendem as Habilidades Sociais em termos das reações,


expressam predominantemente:

Habilidosa
Contribuem para competência social por sua coerência entre atitudes e senti-
mentos e adequação às demandas e consequências obtidas;

Passiva - Não habilidosa


De forma encoberta de incômodo, mágoa, ressentimento, ansiedade e/ou que
demonstra esquiva ou fuga ao invés de enfrentamento da situação;

Agressiva- não habilidosa ativa


De forma aberta e demonstra agressividade, negativismo, ironia, autoritarismo, etc.

(DEL PRETTE & DEL PRETTE, 2005, p. 39-40).

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Sugestão de Atividade

Assista o vídeo Agressivo, passivo ou assertivo? e responda as questões a seguir

https://www.youtube.com/watch?v=rd1mCZVNnxE
Como tem sido suas reações em sala de aula?
Quais dificuldades você encontra?

Para ampliar o conhecimento:

BOLSONI-SILVA, A. S; MARTURANO, E. M. & LOUREIRO, S. M. (2009). Construction


and validation of the Brazilian questionário de respostas socialmente habilidosas segundo
relato de professores (QRSH-PR). Spanish Journal of Psychology, 12 (1), 349-359.

CASTRO, A. B. & BOLSONI-SILVA, A. T. (2008). Habilidades sociais na educação:


relação entre concepções e práticas docentes na educação infantil. In: Capellini, V. L.
M. F. & Manzoni, R. M. (orgs.). Políticas públicas, práticas pedagógicas e ensino-
aprendizagem: diferentes olhares sobre o processo educacional. Bauru: Cultura
Acadêmica.

DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. (2017). Competência Social e Habilidades


Sociais: manual teórico prático. Petrópolis: Vozes.

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4. Contribuições da Área das Habilidades Sociais
para o desenvolvimento socioemocional - As
classes de HS

Objetivos deste tópico:


Apresentar as classes de HS.

A área de estudos das Habilidades Sociais auxilia no entendimento das habilidades


sociais que estão requisitadas na BNCC (2017) dentro de classes amplas (ver DEL PRET-
TE; DEL PRETTE, 2001, 2005, 2017), algumas delas apresentadas abaixo:

Habilidades Socioemocionais de Comunicação / Assertividade


Iniciar e manter conversa;
Fazer e responder perguntas;
Pedir Feedback e Dar feedback;
Elogiar e agradecer elogio;
Dar opinião.
Manifestar opinião, concordar, discordar;
Fazer, aceitar e recusar pedidos;
Desculpar-se,
Admitir falhas;
Interagir com autoridade;
Lidar com críticas.

Autocontrole e Expressão de sentimentos


Reconhecer e nomear as próprias emoções e as dos outros;
Falar sobre emoções e sentimentos;
Expressar emoções negativas e positivas;
Acalmar-se, lidar com os próprios sentimentos, controlar o próprio humor;
Lidar com sentimentos negativos (raiva, medo, vergonha);

Empatia
Manter contato visual, aproximar-se do outro,
Escutar (evitando interromper);
Demonstrar interesse pelo outro;
Reconhecer/ inferir sentimentos do interlocutor;
Compreender a situação (assumir a perspectiva)
Expressar compreensão pelo sentimento ou experiência do outro;
Expressar ajuda;
Compartilhar alegria diante de conquistas do outro.

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Habilidades Sociais na infância

Del Prette & Del Prette (2005) apresentam várias classes de habilidades sociais que
são reconhecidas como importantes para o desenvolvimento infantil, tais como:

Habilidades sociais acadêmicas.

Considerando que as Habilidades sociais são aprendidas, elas precisam ser ensina-
das, aprimoradas e generalizadas por meio de procedimentos baseados nos princípios
básicos de aprendizagem. A literatura na área de Habilidades sociais tem desenvolvi-
do estudos que mostram que algumas habilidades do educador (pais, professores ou
outros agentes educacionais) podem promover desenvolvimento e aprendizagem de
estudantes, elas têm sido chamadas de habilidades sociais educativas.

Del Prette & Del Prette (2008) também definem classes de habilidades de HSE tais como:

Organizar Atividade Interativa envolve três fatores:


Selecionar, Disponibilizar Materiais e Conteúdos;
Organizar o Ambiente Físico;
Dar Instruções sobre a Atividade

Conduzir Atividade Interativa envolve:


Cultivar Afetividade, Apoio, Bom humor;
Expor, Explicar e Avaliar de Forma Interativa;
Aprovar, Valorizar Comportamentos;
Reprovar, Restringir e Corrigir Comportamentos.

Habilidades Sociais Educativas – HSE

Segundo revisão da literatura, Bolsoni- Silva et al (2013) afirmam que são considera-
das práticas educativas positivas:
comunicar-se efetivamente com o aluno (olhar para os alunos, falar, ouvir, ini-
ciar comunicação, buscar aproximação, responder perguntas),
elogiar e ser afetivo (elogiar, expressar sentimentos positivos, dar feedback positi-
vo a comportamentos esperados e agradecer a elogios, apoiar o aluno apesar do
seu erro e encorajá-lo a novas tentativas, ser amistoso com o aluno e demonstrar
reciprocidade quando o aluno é afetuoso, promover situações lúdicas);
fazer e receber críticas, ouvir e expressar opiniões e alterar o próprio compor-
tamento;
propor situações-problema, estabelecer regras e incentivar seu cumprimento.

Com a proposta educacional de formar sujeitos capazes de compreender as rela-


ções sociais e ter maior consciência da sua importância na relação com o outro requer
professores capazes de planejar, intervir e avaliar suas próprias intervenções pedagó-
gicas Rosin-Pinola (2009), Rosin-Pinola e Del Prette (2014) e Rosin-Pinola, Marturano,

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Elias e Del Prette (2017) com o trabalho em grupos de professores como incentivo à
troca de experiência entre os professores, para que aprendam uns com os outros, con-
tando com uma assessoria especializada. E definem como Classes de HSE:
Observar e avaliar as HS;
Implementar o ensino de HS;
Mediar interações favoráveis as HS;
Avaliar comportamentos desejáveis e indesejáveis;
Lidar com situações de conflito.

(Rosin-Pinola, Marturano & Elias, 2018)

Apesar da literatura já trazer há muito tempo a importância do trabalho pedagógico


do professor considerar o desenvolvimento social e emocional das crianças e trabalhar
com esse nível de desenvolvimento, pouco são os currículos de graduação e programas
de formação em serviço que contemplam como conteúdos formativos esses conheci-
mentos. E também são poucos os currículos escolares que apresentam esse conteúdo
de forma explícita e interdisciplinar.

a exigência das sociedades actuais requer que as crianças desenvolvam de-


terminados requisitos, pertença da área emocional, tais como a tomada de
decisão, a interacção social, a resolução de conflitos, sem os quais dificilmen-
te alcançarão o sucesso e o bem-estar na vida adulta. (COIMBRA, p.27)

A proposta de formação aqui apresentada se baseia nas práticas docentes, para pro-
mover e aprimorar as habilidades já presentes no repertório dos professores e deriva
do campo teórico-prático das habilidades sociais. Propõe-se que esta formação articu-
le os conhecimentos teóricos e práticos dos professores para que eles sejam capacita-
dos a elaborar projetos e currículos que contemplem as habilidades socioemocionais.

Para ampliar o conhecimento:

CALDARELLA, P. & MERRELL, K. W. (1997). Common dimensions of social skills


of children and adolescents: a taxonomy of positive behaviors. School Psychology
Review, 26 (2), 264-278.

DEL PRETTE, Z. A. P. & DEL PRETTE, A. (2005). Psicologia das habilidades sociais
na infância. Petrópolis: Vozes.

DEL PRETTE, Z. A. P. & DEL PRETTE, A. (2001). Psicologia das relações interpessoais:
vivências para o trabalho em grupo. Petrópolis: Vozes.

DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. (2017). Competência Social e Habilidades


Sociais: manual teórico prático. Petrópolis: Vozes.

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5. Competência Social e a relação com a ética.

Objetivo deste tópico:


Conhecer o conceito de Competência Social e sua relação com a ética.

A Competência Social é um constructo avaliativo, definida como a capacidade do


indivíduo de articular sentimentos, pensamentos e ações, considerando as demandas
da situação e da cultura, e gerando consequências positivas para o indivíduo e para
a sua relação com as demais pessoas conforme critérios instrumentais e éticos (DEL
PRETTE; DEL PRETTE, 2005, 2017).

A Competência Social refere-se não apenas a avaliação da qualidade desse desem-


penho, mas também à sua efetividade em termos de resultados, considerando as de-
mandas da tarefa interpessoal. Enquanto as Habilidades Sociais “Refere-se a descrição
de componentes do desempenho em resposta à pergunta “O que e como o participan-
te da interação fez” (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017).

A Competência Social

Inclui questões tais como:

(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017, p.38.)

O desempenho de uma pessoa em situações interpessoais depende do repertório


de Habilidades Sociais, mas não só, também depende de aspectos cognitivos e afetivos
(que não são facilmente observáveis), além de processos de decodificação das deman-
das do contexto (percepção, interpretação, etc.) e de seleção e decisão sobre o que e
como responder, bem como de previsão de consequências – tudo isso chamamos de
comportamentos encobertos. (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017).

Vamos aos exemplos...


Uma criança pode saber fazer perguntas aos seus pais e na sala de aula não conseguir fazer
nenhuma pergunta ao professor, seja porque:

A coerência entre os comportamentos públicos e privados(ou encobertos) pode ser


aprendida desde a infância, apesar de não ser tarefa fácil de ser desenvolvida, é funda-
mental que pais e professores saibam que a aprendizagem de habilidades sociais e de
comportamentos éticos envolvem práticas tais como, seu eu quero que meus filhos e
meus alunos falem a verdade, eu também preciso compreender que comportamentos
de falar a verdade envolvem história de aprendizagem da pessoa, modelos aprendi-

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dos, percepções, valores e consequências previstas. Por exemplo, se eu falar a verdade,
pode ser que eu também esteja errado e por isso tenha consequências ruins, por isso é
tão importante que o adulto(pais e professores) cuide do contexto, dos modelos e das
consequências ou ameaças que eles oferecem.

Os programas de Desenvolvimento de Habilidades Sociais(HS) orientados por valo-


res buscam beneficiar o ensino de HS, estabelecendo condições para a ocorrência de
comportamentos éticos e a coerência entre sentir, pensar e agir nas diversas interações
sociais. (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017). Ou seja, os programas de Desenvolvimento de
Habilidades Sociais precisam contribuir para que as pessoas que deles participam se
beneficie de habilidades que os qualifique a ser mais competentes socialmente, pro-
porcionando melhor qualidade de vida.

A definição da competência social “envolve um julgamento de valor, por parte de um


observador, quanto à efetividade do desempenho do participante em uma tarefa especí-
fica” (MCFALL, 1985. p.23 apud DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017, p. 40). A avaliação da com-
petência social deve considerar os resultados obtidos pela pessoa que apresentou aquele
conjunto de habilidades sociais sobre sua autoestima, qualidade da relação com o outro e
o respeito aos direitos humanos, sendo assim, a efetividade das habilidades sociais preci-
sam considerar os critérios abaixo. (DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017, p. 40).

Alguns critérios são importantes para avaliar a Competência Social

Critérios de avaliação da Competência Social


a) Consecução do objetivo;
b) Manutenção/ melhora da autoestima;
c) Manutenção/ melhora da qualidade da relação;
d) Equilíbrio de poder entre os interlocutores;
e) Respeito/ampliação dos direitos humanos interpessoais

(DEL PRETTE; DEL PRETTE, 2017, p.40-41).

A partir da compreensão do conceito de Competência Social (CS) percebe-se sua


estreita relação com a formação ética que envolve “fazer ao outro o que gostaria que
este lhe fizesse” conhecida como Lei Áurea ou Regra de ouro. Essa lei, contempla o
critério de reciprocidade que no conceito de Competência Social é fundamental, pois
comportamentos que produzem danos aos a própria pessoa ou as demais, a curto, mé-
dio ou longo prazo não são éticos.

Em síntese, a Competência Social (CS) inclui valores morais ou éticos de convivência, usual-
mente referidos às noções de justiça, equidade, liberdade, solidariedade, bem-estar, etc.

Para ampliar o conhecimento:

DEL PRETTE, A. & DEL PRETTE, Z. A. P. (2017). Competência Social e Habilidades


Sociais: manual teórico prático. Petrópolis: Vozes.

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6. Evidências científicas que justificam o ensino
de habilidades socioemocionais no contexto
escolar.

Objetivo deste tópico:


Apresentar evidências científicas que justificam o ensino de Habilidades
Sociais e socioemocionais no contexto escolar.

No Brasil tem sido conduzidas pesquisas que buscaram descrever relações funcio-
nais entre habilidades sociais e comportamentos-problema (CASTRO & BOLSONI-SILVA,
2008; BOLSONI-SILVA et al, 2013). Estes trabalhos avaliam múltiplos comportamentos,
comportamento social estabelecido entre pais e filhos, professor e aluno, terapeuta e
cliente, ora se valendo de observação direta e ora de delineamento de grupo, por meio
de instrumentos de relato verbal (BOLSONI-SILVA, A. T. & CARRARA, 2010).

Mayer (1999) apresenta uma pesquisa que mediante o uso de um delineamento de su-
jeito único, que os princípios do método construcional podem ser eficazes para promover
comportamentos positivos, pois ao ensinar as crianças a seguir regras, houve a redução de
problemas de comportamento, ainda que esses comportamentos não tenham sido foco
de intervenção direta. Evans (1993) também acredita que avaliações e intervenções devam
mensurar, além dos comportamentos-problema, as potencialidades, recursos e suportes
dos participantes. O repertório de habilidades sociais é, portanto, recurso a ser avaliado de
forma a ampliá-las na superação de comportamentos problema.

Carr e Durang (1985) encontraram que a comunicação e comportamento com to-


pografias diferentes podem ter a mesma função, em experimento com sujeito único,
assim ensinaram as crianças a obterem atenção dos adultos pela comunicação verbal,
observaram que seus problemas de comportamento reduziram de frequência.

Castro e Bolsoni-Silva (2008), com base na observação de duas professoras de pré-


-escolares, identificaram algumas classes de habilidades sociais como demandas
nesse contexto, e são elas: (a) habilidades sociais de comunicação (dar atenção/ouvir
atentamente o outro, manter contato visual, dar feedback positivo, iniciar e manter
conversação, manter conversação trivial); (b) habilidades sociais de expressão de sen-
timentos positivos (sorrir e tocar); e (c) habilidades sociais de mediação de conflitos
e empatia (oferecer ajuda, atender a pedidos, auxiliar em resolução de conflito). Em
todos os casos, essas habilidades sociais foram consequenciadas positivamente pelas
crianças que retribuíam com atenção, comunicação, afeto, além de resolver os confli-
tos existentes com outros alunos. Adicionalmente, essas habilidades sociais ocorriam
com baixa frequência em comparação com as práticas educativas negativas, sugerin-
do a influência cultural quanto a práticas coercitivas e também o déficit de habilidades
sociais educativas contingentes a situações que requerem repertório de autocontrole
e de maior asserção. Isso significa que as práticas educativas de ameaça e punição
apareceram com alta frequência o que interfere de forma negativa nas relações inter-
pessoais entre professor e aluno.

Rosin-Pinola (2009) desenvolveu um estudo com o objetivo de avaliar o impacto de um


Programa de Habilidades Sociais Educativas junto a professoras do ensino regular que ti-
nham alunos com necessidades educacionais especiais incluídos em sala de aula. A ava-

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liação do repertório de HSE das professoras foi feita por meio da análise de três aulas de
cinquenta minutos de cada professora e os alunos foram avaliados por meio SSRS-BR, da
análise de filmagens e dos produtos acadêmicos. Os dados evidenciaram efeitos positivos
e funcionais no repertório de HSE das professoras e mudança positiva e clinicamente rele-
vante no repertório geral dos estudantes com necessidades educacionais especiais.

Mariano (2011) realizou um estudo com objetivo de descrever a prática educativa


do professor em lidar com o repertório infantil de crianças com e sem problemas de
comportamento. Participaram 16 professores que indicaram 16 alunos com e 16 alunos
sem problemas de comportamento. Os professores avaliaram suas próprias habilida-
des sociais educativas e as habilidades sociais do aluno, além de identificar os alunos
com problemas de comportamento. Os resultados mostraram que os professores pare-
cem reforçar comportamentos inadequados, mesmo que em sua prática demonstrem
habilidades sociais. A habilidade mais frequentemente identificada no repertório dos
professores foi o de se comunicar. Diferenças foram encontradas entre os grupos de
alunos com e sem problemas de comportamento: nas interações com os primeiros, os
professores apresentavam, com mais frequência, comunicação sobre comportamento
inadequado, expressão de sentimento negativo, indicação de comportamentos de que
não gostavam e práticas consideradas “negativas” (dar bronca, tirar o brinquedo ou
colocar para “pensar”). Em relação a expressar sentimento positivo, os professores o
fizeram com os dois grupos (Mariano, 2011).

Borges e Marturano (2012) aplicaram um programa com alunos do 1º ano do Ensino


Fundamental que combinou lições formais do “Eu Posso Resolver Problemas” (EPRP)
paralelamente as reflexões sobre valores humanos, utilizando a contação de histórias,
e ainda desenvolveram atividades para promoção de autocontrole. Em comparação
com um grupo que não passou pelo programa, foi evidente, no grupo que recebeu in-
tervenção, a ampliação das habilidades de gerar soluções alternativas, bem como a
redução significativa dos conflitos entre as crianças, notadamente provocação, agres-
são e disputa. As autoras discutem a importância dos programas para melhorar a so-
cialização das crianças e ampliação do conhecimento de soluções adequadas para as
crianças agirem de forma socialmente competente em situações de conflito.

Elias, Marturano e Motta-Oliveira (2012) implementaram, em maior escala, o progra-


ma EPRP, com o objetivo de desenvolver habilidades cognitivas de solução de proble-
mas interpessoais para prevenir comportamentos impulsivos e agressivos em crian-
ças. Segundo as autoras, nas escolas, o programa se mostrou efetivo para redução de
comportamentos inadequados, aumento de soluções relevantes frente a situações
problemas e aumento de habilidades sociais.

Bolsoni-Silva et al. (2013) compararam as práticas educativas de professores do ensi-


no regular e do ensino especial em relação a alunos com e sem problemas de compor-
tamento, em estudo com 15 professoras e 28 alunos, de seis a nove anos. As professoras
avaliaram suas próprias habilidades sociais educativas, as habilidades sociais do aluno
e identificaram/confirmaram os alunos com problemas de comportamento. Os dados
evidenciaram que meninos e crianças com problemas de comportamento apresentam
mais dificuldades e suas professoras utilizam mais estratégias punitivas, e que meni-
nas foram avaliadas como apresentando mais habilidades sociais. Não foram encon-
tradas diferenças significativas entre as professoras do ensino regular e da educação
especial, evidenciando necessidade de intervenções com professores.

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Os estudos citados evidenciam contribuições do campo das habilidades sociais à
Educação, porém, considerando o contexto da educação inclusiva, verifica-se a neces-
sidade de estudos sobre programas universais que ampliem a formação dos professo-
res para o domínio de conteúdos e práticas sobre as interações sociais, as habilidades
do professor e sua relação com a promoção de habilidades sociais e emocionais e a
necessidade de planejar intencionalmente os conteúdos acadêmicos e sociais. O pre-
sente estudo, visando contribuir para o preenchimento dessa lacuna, apresenta um
programa de formação em serviço voltado para a promoção de Habilidades Sociais
Educativas de professores (ROSIN-PINOLA et al, 2017).

Para ampliar o conhecimento:

BOLSONI-SILVA, A. T. et al. Contexto escolar: práticas educativas do professor,


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